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O Absolutismo e Mercantilismo do Oriente

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1 O Absolutismo
Diante da crise econômica e da sociedade européia nos séculos XIV e XV, surge no ocidente o Estado Absolutista marcando o fim da Idade Média, eram monarquias centralizadas onde o poder se desloca totalmente para as mãos do rei. 
 
Perry Anderson procura estabelecer uma análise do “caráter” (ou papel) do Estado Absolutista. Partindo da análise de Marx e Engels o autor observa que estes autores apesar de suas importantes contribuições cometeram um lapso ao entender que o Estado Absolutista comporta uma situação de equilíbrio entre nobreza e burguesia.
O ápice do lapso está na concepção de Engels que do equilíbrio chega à afirmação que o Estado absolutista foi “a pedra angular” (a base) para o desenvolvimento da burguesia.
Afirmando que a abordagem de Marx e Engels não é sistemática, Anderson toma para si a realização de tal sistematização. Sua tese é que o Estado Absolutista apresentou um caráter feudal. 
 
Portanto, este Estado, tem caráter feudal, mas não se encontra no Feudalismo. O fim da servidão não representou a generalização do trabalho assalariado na sociedade. Em outras palavras, acabou o trabalho servil, mas subsistiram relações feudais no campo.
Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar de alguma forma as massas camponesas à sua posição tradicional. Em outras palavras o Estado Absolutista seria a “carapaça” política de uma nobreza atemorizada em meio a um processo de transformações sócio-econômicas.
É, por essa razão, que o autor afirma:
“Se a economia e a sociedade se tornavam burguesas, a política ainda era feudal”. (Pierry p. 22).
A nobreza – mesmo sofrendo duros golpes – encontrou no Absolutismo uma forma de manutenção de seu poder. O poder político da nobreza, proveniente desde os primórdios da Idade Média, manteve-se intacto, delimitado agora por novos critérios, principalmente pelo desenvolvimento de uma economia mercantil que aos poucos destruía os alicerces produtivos de uma sociedade marcadamente feudal e hierarquizada. 
A aristocracia tinha que se adaptar a burguesia mercantil que se desenvolvia nas cidades medievais, a cidade foi se desenvolvendo pela dispersão do modo de produção que libertara pela primeira vez as economias urbanas da dominação da classe dirigente rural. 
Indústrias urbanas importantes crescem durante toda a depressão feudal, que ajudaram a superar a longa crise onde pela primeira vez os avanços técnicos urbanos desempenham um papel principal. Avanços no campo dos metais ajudam a aumentar de maneira bem ampla a produção de moedas na Europa central, desenvolve-se o canhão de cobre a pólvora decisivo nas guerras. Avanços na indústria naval possibilitam as conquistas ultramarinas. 
Nesta mesma época ocorre a restauração da autoridade e da unidade política, em vários paises as “novas” monarquias erguem-se e se estruturam resgatando o direito romano, movimento importante cultural da época. Na Bolonha na escola de Glosadores se reconstituiu e classificou metodicamente o legado dos juristas romanos, mais interessados na aplicação contemporânea destas normas jurídicas romanas do que em sua analise de seus princípios teóricos. Esses conceitos jurídicos romanos se difundem e no final da Idade Média nenhum país importante da Europa ocidental escapara deste processo. 
 
Economicamente esse resgate fundamentou a expansão do livre capital na cidade e no campo, pois sua concepção de propriedade privada absoluta e incondicional, que endureceu e delimitou as noções de propriedade e centralizou os poderes.
“Os Estados Absolutistas ocidentais fundamentavam seus novos objetivos em precedentes clássicos: o direito romano era a mais poderosa arma intelectual disponível para o seu programa característico de integração territorial e centralismo administrativo. Com efeito, não foi por acidente que a única monarquia medieval que alcançou completa emancipação de quaisquer restrições representativas ou corporativas tenha sido o papado, primeiro sistema político da Europa a utilizar o a jurisprudência romana em grande escala, com a codificação do direito canônico nos séculos XII e XIII.”
(Perry. p. 27).
Assim como o papado operaram e construíram seus amplos controles administrativos, os burocratas constituíram os principais funcionários executivos dos novos Estados monárquicos, as monarquias absolutas contaram com especialistas para promover suas maquinas administrativas, executaram o centralismo monárquico no primeiro século da construção do Estado Absolutista. Essa transformação do direito refletia na distribuição de poder entre as classes proprietárias. Ouve um acréscimo em racionalidade formal, mesmo que ainda extremamente imperfeita e incompleta fora obra do absolutismo aristocrático.
Inovações institucionais caracterizaram e reforçaram a dominação da classe feudal, exército, burocracia, tributação, comércio e diplomacia. O exército era composto por mercenários estrangeiros que se explica pela recusa da nobreza em armar os seus próprios camponeses em larga escala. Pois se treinar todos os súditos na arte da guerra é impossível mantê-los obedientes às leis e aos magistrados, alem de ser usados para esmagar rebeliões sociais.
A guerra sem duvida era o mais “racional” e rápido modo de expansão da extração de excedentes ao alcance de qualquer classe dominante sob o feudalismo. A nobreza era a classe de proprietários de terra cuja profissão era a guerra, por meio da guerra se conquistavam ou perdiam terras que é imóvel, sendo assim a nobreza era uma nobreza móvel, os nobres viajavam e se estabeleciam em lugares distantes para tomar posse desta terra, já o capital é móvel, que permite que se detentores fixarem em um plano nacional. Os Estados Absolutistas eram maquinas construídas para o campo de batalha, o primeiro imposto a ser instituído na França foi criado para financiar as primeiras unidades militares. Por volta da metade do século XVI, 80 por cento das rendas do Estado espanhol destinavam-se às despesas militares. 
O sistema burocrático civil e fiscal do Estado Absolutista era complexo e contraditório, era um transição entre o racional-legal e as dependências da Alta Idade Média. Sob forma de aquisição de cargos fundamental para o financiamento do Estado, através desta a burguesia ascendente consegue migrar de posição social e abusava dos privilégios e da corrupção via sistema de gratificação. Os funcionários do Estado em sua maioria eram parasitos. Tributava os pobres que deu origem a uma cadeia de revoltas camponesas, as províncias jogavam os camponeses contra os coletores de impostos e ficava em uma situação cômoda. Esses funcionários para desempenhar seu trabalho precisavam ser acompanhados por fuzileiros.
A diplomacia foi uma das grandes invenções institucionais da época e marcou nascença do Estado renascentista, formando um sistema político internacional. O casamento foi uma forma pacifica de evitar guerras e conseguir expansão territorial.
1.1 Conclusão
O Estado absolutista centralizou o crescentemente poder político e fez o possível para criar sistemas jurídicos mais uniformes. Patrocinou empreendimento colonial e companhias de comércio, fez cumprir funções parciais para a acumulação primitiva de capital necessária para o triunfo do próprio modo capitalista de produção. Todas as monarquias tinham interesses de concentrar tesouros e incentivar o comercio sob sua nação, sempre em luta contra os seus rivais. A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado feudal da mesma forma que abriu caminho para o enriquecimento da burguesia. A nobreza podia permitir o enriquecimento da burguesia, pois as massas continuavam aos seus pés. Seu fim começa com a crise da perca de poder de sua classe, que da origem as revoluções burguesas e a ascensão do Estado Capitalista.
2 Mercantilismo
Foi um sistema econômico complexo, baseado em um conjunto de medidas e praticas econômicas adotadas pelos Estados Absolutistas dos séculos XV – XVIIIsurgiu das necessidades dos séculos anteriores. 
A medida que a expansão ultra-marina avança e descobre novos territórios fornecedores de matérias primas as praticas mercantis começam a ser pensadas como conseqüência da riqueza provinda da América.
A América sede matéria prima e cria um mercado consumidor na economia européia. As características do mercantilismo são de ordem global diferente dos séculos anteriores, a economia passa a ser multiétnica. O homem europeu passa a ter contato pautado pela necessidade de adquirir mais matéria prima, é um contato econômico. Essa economia mercantil gera uma riqueza jamais vista na Europa. Mas essa riqueza está concentrada nas mãos de poucos, embora as nações estejam cada vez mais enriquecendo a desigualdade se torna ainda mais aguda com o valor de troca, agora um explora o outro.
Unificam e padroniza a moeda formão o primeiro sistema econômico unificado, que melhor prepara o terreno para a circulação de produtos e mercadorias. Economia e Estado caminham juntos ao processo de desenvolvimento das relações mercantis, que nada mais é que uma continuidade da relação que os senhores tinham na Baixa Idade Média, porem agora de uma esfera micro para uma máster. Estado e comerciantes se alinham, via protecionismo o Estado começa a agir sobre a economia, isso acelera ainda mais o processo das relações capitalistas.
Centraliza e passa a ter controle sobre o mercado interno e externo, comprando tarifas e impostos, protegendo os burgueses mais próximos ao rei da isenção de impostos. O rei protege o mercado de burgueses de outras regiões, aumentando o imposto de suas mercadorias e regula os postos e ofícios. Conseqüentemente o Estado que consegue fazer melhor esse jogo, tem mais lucro e mais força.
No Brasil o protecionismo cria um mercado onde apenas certos grupos que conseguem a liberação do Estado para explorar certo produto (um grupo explora o pau Brasil, outro o comercio, etc.).
As corporações de oficio são grupos de artesões especializados em produzir determinado produto, existem varias corporações e tarifas são cobradas de forma individual de cada uma delas. Produzem produtos manufaturados, os mestres ensinam os aprendizes, porem era um grupo pequeno os mestres já tinham noção de monopólio. Do acumulo de capital é revertido e investido nas manufaturas, quem podem ser de ordem privada ou real.
A criação das companhias marítimas é uma mistura de capital privado com capital publico, a navegação volta a ser a principal atividade, porem agora em mares do Atlântico. O preço era elevado, então burgueses que exploravam vários tipos de negocio se uniam e dividiam as despesas de transporte.
Outra pratica comum era o exclusivo colonial que vinculava a economia da colônia com a da metrópole, essa foi a grande responsável pelo sucesso da Europa, onde apenas o Estado responsável por aquela colônia poderia negociar, esse processo fazia a metrópole sempre lucrar, na compra de matérias primas e na venda de produtos manufaturados. Isso contribuiu por criar um perfil na colônia muito particular, que serve apenas de produtora de matéria prima.
No metalismo que sempre buscava uma balança comercial positiva, fazem os Europeus virem à colônia a busca de metais preciosos, e para firmar esta balança a regra era sempre exportar mais e importar menos. Há uma crescente preocupação em desenvolver e obter produtos com valores superiores.
Dos Estados que adotavam as políticas mercantis a França e a Inglaterra conseguiram desenvolver melhor essas praticas, principalmente via desenvolvimento das manufaturas de uma maneira mais extensiva. 
Portugueses e espanhóis pelo fato de terem as colônias mais produtivas fez deles paises ricos, que não se preocuparam em desenvolver as manufaturas, pois tinha muito dinheiro e simplesmente vendiam as matérias primas e compravam produtos manufaturados, disto resultou a balança comercial negativa, se por ventura ficava positiva era por conta de descobrimento de ouro e prata em suas colônias. Alem de serem patrocinados por grupos de outras nações que resultava na divisão dos lucros.
2.1 O mercantilismo Inglês
Durante os séculos XIII – XV os ingleses estão organizando sua monarquia nacional, por este motivo eles demoram a buscar o mundo alem do Atlântico, primeiro focam em organizar seu Estado. Buscam em sua própria cultura formas de superar a crise, investem e protegem a indústria da lã, através do protecionismo, varias medidas foram adotadas para beneficiar o setor têxtil. Em suas colônias investem no algodão e desenvolvem a monocultura e o trabalho escravo principalmente ao sul dos Estados Unidos.
Pautada pela balança comercial favorável e através dos economistas ingleses que começam ver na circulação da moeda uma forma de lucrar mais que o capital parado (acumulado). Rica agora não é a nação que mais acumula ouro em seu cofre e sim a que faz mais a moeda circular e consegue lucrar a partir da circulação desta.
Aposta em uma política de circulação, varias medidas são adotadas para este fim, protege a matéria prima na colônia e as manufaturas privadas nacionais, através de um decreto fica estabelecido que apenas navios ingleses podem circular em seu cais, isso faz que a circulação de mercadoria seja somente feita por navios ingleses, facilita a tributação dos produtos desembarcados em solo inglês através da alfândega. Privilegiar a marinha nacional faz com que esta que já era forte, pois a Inglaterra é uma ilha se fortaleça ainda mais.
As cidades vão ganhando cada vez mais importância e viram centros comerciais, o conhecimento vai sendo valorizado, vive a reforma religiosa e sofrem o impacto calvinista, que consequentemente muda a cara da religiosidade, novos valores vão sendo adotados, valores que casam muito vêm com o desenvolvimento do capitalismo onde a vida passa a ser pautada pelo trabalho, que agora enobrece as pessoas.
2.2 O mercantilismo Francês
O Estado Absolutista Francês começou com uma reforma do sistema tributário que teve origem no próprio exercito, criaram uma ampla área de impostos e tarifas.
Impostos para financiar o exercito mercenário que foi o responsável pelo monopólio da defesa e das armas. Reprimiam as revoltas internas e externas. Praticamente em toda a história da França o exercito teve papel importante.
Praticas intervencionista tanto no mercado interno quanto no mercado externo (ultramarino). A preocupação com a balança comercial favorável leva o Estado a financiar oficinas de manufaturas reais.
O grupo da nobreza francesa é muito extenso, porem é um grupo que consome muito, acabou tento um papel importante para o Estado no inicio do século XV. Após isto vai se tornando uma nobreza parasitaria que vive exclusivamente de favores do rei. As oficinas e manufaturas reais são para abastecer o mercado dos nobres.
A colônia francesa era o Canadá porem os franceses não conseguiam produzir matérias primas em larga escala como as outras nações, por se tratar de um região muito fria.
As cidades ganham importância porem a imagem do campo nunca foge do horizonte, o mercantilismo tem fim na revolução industrial.
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