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Responsablidade Técnica ou Ético Profissional dos Engenheiros

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Data: 31/07/202020
	
	Valor: 10 pontos 
Curso: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Disciplina: DIREITO E ÉTICA PROFISSIONAL (ENPRO 9)
	Professor:
	REYNALDO PRETTY
	
	
4
Alunos (as): Sandro Neves da Silva
Tarefa 04 – Responsabilidade Técnica ou Ético Profissional dos Engenheiros 
(tarefa a ser executada em dupla ou trio)
A) Para executar essa tarefa você deverá pesquisar em sites, fontes bibliográficas e/ou em vídeo aulas disponíveis nas mais diversas plataformas da internet. 
B) O objetivo desta tarefa é realizar uma pesquisa sobre este tema “Responsabilidade Técnica ou Ético Profissional dos Engenheiros” e atender o roteiro a seguir: propostos a seguir:
· Forneça o conceito operativo de cada item (o que é?);
· Apresente exemplo para cada item correlacionando um fato real com a doutrina do direito (conceito operativo).
C) Itens para serem pesquisados sobre o tema:
1 - Exercício ilegal ou aético da profissão.
2 - Processo ético disciplinar 
3 - Legislação profissional aplicável – Resolução 218/73 CONFEA / Resolução 235/75 CONFEA
4 - Advertência, Multa, Suspensão,
5 - Cancelamento do Registro Profissional.
Responsabilidade Técnica ou Ético Profissional dos Engenheiros.
Segundo Cremasco (indef.), o Engenheiro aplica conhecimentos para a modificação dos recursos visando criar e modificar mecanismos, estruturas, produtos e processos.
O engenheiro é o profissional que procura aplicar conhecimentos empíricos, técnicos e científicos à criação e à modificação de mecanismos, estruturas, produtos e processos que se utilizam para converter recursos naturais e não naturais em formas adequadas às necessidades do ser humano e do meio que o cerca. Um profissional apto para trabalhar com transformações e indispensável aos dias atuais, pois se vive em uma época de técnicas e mudanças multiplicadas que atuam diretamente na percepção humana, cujo reflexo se dá diretamente no ambiente que o abriga como a outrem. (CREMASCO, indef.)
Ao aplicar essas transformações nessa atividade vamos falar do que não deveria acontecer, o que segue nos tópicos a seguir:
1. Exercício ilegal ou aético da Profissão.
Vamos observar o artigo 6º da Lei 5.194/66 que fala sobre o exercício Ilegal da profissão de Engenheiro.
Art. 6º Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro ou engenheiro agrônomo: a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços públicos ou privados reservados aos profissionais de que trata esta lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais; b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas; d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade; e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da engenharia, da arquitetura e da agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do art. 8º desta lei. (Lei 5.194, 1966).
Então observamos como exercício ilegal os seguintes fatos: não possuir registro profissional, realizar atividade estranha às atribuições discriminadas em seu registro, emprestar seu nome a pessoas ou empresas, atuar com registro suspenso e firmas infringindo o artigo 8º da referida lei.
É importante observar também que além da formação superior em Engenharia é necessário o registro profissional no CREA para o exercício da profissão, segundo comentário à referida lei, este feito por Faria (2014).
Para o exercício das profissões mencionadas nesta lei e em outras normas esparsas, não basta apenas a regularidade da constituição da pessoa jurídica ou a posse de um diploma de curso de nível médio ou superior pela pessoa natural. É necessário que tanto uma como a outra possua registro nos Conselhos Regionais. Se a pessoa natural ou jurídica, sem registro no Crea, exercer atividades privativas de profissionais de que trata esta lei, comete a infração do art. 6º, “a”. Isso vale também para as pessoas jurídicas que, devido ao seu objeto social, não necessitem de registro no Crea. (FARIA, 2014).
Faria (2014) também fala que (...) “Desse modo, é incabível um profissional alegar erro de proibição para ver afastada sua culpabilidade em caso de imposição de sanção administrativa por infração a esta lei ou a regulamento publicado pelo Confea”. (Faria, 2014).
Faria (2014) ainda explica o que vem a ser esse erro de proibição.
Erro de proibição ocorre quando alguém comete uma infração por desconhecimento das normas jurídicas. Há uma falsa ou errônea percepção do agente acerca da autorização para realizar certo comportamento, desde que o agente tenha procurado, pelos meios normais, se informar acerca da legislação aplicável ao caso. (FARIA, 2014).
Faria (2014) discorre ainda sobre “sombreamento” que ocorre deivdo a autonomia das universidades para a criação de novos cursos que gera uma dificuldade enorme para se determinar quais atividades poderão ser exercidas por uma ou outra modalidade. E isso permitiria em tese que um profissional venha a exercer de forma culposa ou dolosa atividade que não lhe foi conferida em seu registro profissional.
Outra modalidade de infração segundo Faria (2014) são os conhecidos “caneteiros” ou “canetinhas”, que fazem o “acobertamento” ou “aluguel de nome” que Faria (2014) entende como uma das maiores mazelas que acometem o exercício profissional. Isso acontece quando o profissional “empresta” seu nome para regularizar determinada obra ou serviço junto ao Conselho Regional. 
2. Processo ético disciplinar
Um Processo ético disciplinar é instaurado quando o código de ética profissional não é cumprido. A Resolução 1.002 do CONFEA de 26 de novembro de 2.002 fala do código de ética profissional da Engenharia, conforme transcrito a seguir:
Art. 13. Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
 Art. 14. A tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será estabelecida, a partir das disposições deste Código de Ética Profissional, na forma que a lei determinar. (Res. 1.002/2002).
Já a Resolução CONFEA N° 1.004, de 27 de Junho 2003 aprova o regulamento para a condução do Processo ético disciplinar. No trecho apresentado à seguir transcrevemos o artigo 7º que versa sobre a instauração do Processo ético disciplinar.
Art. 7º O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor competente do Crea em cuja jurisdição ocorreu a infração, decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada por: I – instituições de ensino que ministrem cursos nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; II – qualquer cidadão, individual ou coletivamente, mediante requerimento fundamentado; III – associações ou entidades de classe, representativas da sociedade ou de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; ou IV – pessoas jurídicas titulares de interesses individuais ou coletivos. (Res. 1.004/2003).
Analisando as resoluções 1.002/2002 e 1.004/2003 do CONFEA entendemos que o Processo ético disciplinar é realizado no CREA (Conselho Regional) e depois enviado ao CONFEA (Conselho Federal).
3. Legislação profissional aplicável – Resolução 218/73 CONFEA / Resolução 235/75 CONFEA.
As resoluções 218/73 e 235/75 do CONFEA discriminam as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, sendo que a primeira fala da Engenharia em geral em seus diversos ramos e a segunda especificamente do Engenheiro de Produção.
Nesse caso são norteadas as atividades de cada área da engenharia, delimitando-se assim que o profissional de uma determinada área execute tarefa em outra, sem que possua registro profissional.
Como conceito operativo podemos exemplificar um engenheiro químico tentando atuar na área de construção de edificações.
4. Advertência,Multa, Suspensão.
A lei 5.194/66 fala sobre as penalidades no Título VI. As penalidades aplicáveis estão discriminadas no Art. 71 e 72 transcritos a seguir:
Art. 71. As penalidades aplicáveis por infração da presente lei são as seguintes, de acordo com a da falta: a) advertência reservada; b) censura pública; c) multa; d) suspensão temporária do exercício profissional; e) cancelamento definitivo do registro. 
Parágrafo único. As penalidades para cada grupo profissional serão impostas pelas respectivas Câmaras Especializadas ou, na falta destas, pelos Conselhos Regionais.
Art. 72. As penas de advertência reservada e de censura pública são aplicáveis aos profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a gravidade da falta e os casos de reincidência, a critério das respectivas Câmaras Especializadas. (Lei 5.194/66).
O que demonstra que as penalidades vão aumentando visto a gravidade do ocorrido. O artigo 73 fala sobre a estipulação de valores das multas.
Art. 73 - As multas são estipuladas em função do maior valor de referência fixado pelo Poder Executivo e terão os seguintes valores, desprezadas as frações de um cruzeiro. (Redação deste artigo dada pela Lei 6.619/78). (Lei 5.194/66).
Já quanto a suspensão do registro profissional (Faria, 2014) fala que esta é uma penalidade de difícil aplicação, pois só ocorre no caso de nova reincidência (art. 74), que não é uma situação comum.
5.Cancelamento do Registro Profissional.
O Artigo 75 versa sobre o cancelamento do registro. “O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública e escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime considerado infamante”. (Lei 5.194/66).
Essa situação, no entendimento de Daniel Ferreira apud (Faria, 2014), não pode prosperar, pelo menos no que pertine à liberdade de exercício profissional. Conclui o referido jurista afirmando que uma lei que institui sanção permanente sem referir a possibilidade de reabilitação do punido afronta a constituição brasileira.
Conclusão do trabalho:
Na ilustração a seguir temos de forma gráfica a representação do engenheiro socialmente responsável demonstrando a interface das diversas habilidades e competências que se requer de um engenheiro. São observadas habilidades conceitual, técnica e humana.
FIG. 1 – O engenheiro socialmente responsável.
FONTE: CREMASCO (indet.).
Sandro Neves da Silva.
20132enpro0064.
Referências:
BRASIL. Lei 5.194/66. Regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteo e engenheiro-agrônomo, e dá outras providências.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução 218 do CONFEA de 29 de junho de 1.973. Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da engenharia, arquitetura e agronomia.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução 235 do CONFEA de 09 de outubro de 1.975. Discrimina as atividades do engenheiro de produção.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução 1.002 do CONFEA de 26 de novembro de 2.002. Adota o código de ética profissional da engenharia, da arquitetura, da agronomia, da geologia, da geografia e da meteorologia e dá outras providências.
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução 1.004 do CONFEA de 27 de junho de 2.003. Aprova o regulamento para a condução do processo ético disciplinar.
CREMASCO. Marco Aurélio. A responsabilidade social na formação de engenheiros. Ano indeterm. Disponível em https://docs.ufpr.br/~rtkishi.dhs/TH045/TH045_02_Cremasco.pdf. Acesso em 28 jul 2020.
FARIA. Claude Pasteur de Andrade. Comentários à Lei 5.194/66. Regula o exercício das profissões de Engenheiro e Engenheiro Agrônomo. 1ª ed digital. Disponível em http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/Livro%205_194%201%20edicao%20digital%202014.pdf. Acesso em 29 jul 2020.
FERREIRA, Daniel. Sanções Administrativas. São Paulo: Malheiros, 2001.

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