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Prévia do material em texto

Inscrição e registro na OAB
Prof. Paulo Ricardo Nogueira Machado
Descrição
A inscrição do advogado, os tipos de inscrição, os requisitos, as
incompatibilidades, os impedimentos e o licenciamento.
Propósito
O conhecimento das exigências legais sobre inscrição e sociedade de
advogados faz com que o profissional inicie sua atividade dentro da
ética. Conhecer os trâmites que envolvem a inscrição do advogado
marca o início da advocacia, assim como o registro de uma sociedade
de advogados marca o começo da história da pessoa jurídica.
Preparação
Para o estudo deste material, é imprescindível que você tenha em mãos
a Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB, o Regulamento Geral
do EAOAB e o Código de Ética e Disciplina), para que possam ser
consultados com facilidade no decorrer do texto.
Objetivos
Módulo 1
Inscrição do advogado, incompatibilidades,
impedimentos e licenciamento
Analisar regras de inscrição, incompatibilidade, impedimentos e
licenciamento do advogado.
Módulo 2
Registro das sociedades de advogado
Identificar os requisitos de registro das sociedades de advogado.
O estudo do presente conteúdo é de suma importância tanto para o
acadêmico de Direito quanto para quem já está inscrito na Ordem
dos Advogados do Brasil. Vamos analisar os requisitos necessários
à inscrição no quadro de estagiários e no de advogados, bem como
os casos em que o profissional terá que cancelar sua inscrição ou
pedir licença, e, ainda, aqueles cargos que darão ensejo ao seu
impedimento ou à sua incompatibilidade.
Introdução
1 - Inscrição do advogado, incompatibilidades, impedimentos e
licenciamento
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar regras de inscrição, incompatibilidade,
impedimentos e licenciamento do advogado.
Quadros da OAB
Requisitos para inscrição como advogado
Principais aspectos
Neste vídeo, o professor Paulo Machado discorre sobre os requisitos
para a inscrição como advogado e seus principais aspectos.
A OAB possui dois quadros de inscritos: o quadro de advogados e o
quadro de estagiários. Neste primeiro momento, vamos conhecer os
requisitos necessários para inscrição no quadro de advogados, que
estão no art. 8º do Estatuto. Vejamos:

Capacidade civil
A capacidade civil aqui referida é a capacidade civil plena, que, nos
termos da legislação civil, se adquire aos 18 anos completos (art. 5º do
Código Civil). Essa capacidade civil pode ser comprovada com a
apresentação da carteira de identidade. Para o preenchimento desse
requisito, presume-se que a pessoa é civilmente capaz com a simples
prova de sua maioridade.
Comentário
Em algumas situações, o menor pode ser emancipado, cessando sua
incapacidade, mediante a colação de grau em curso de nível superior,
nos termos do art. 5º, parágrafo único, IV, do Código Civil. Neste caso, o
curso deve ser o de Direito e a comprovação se dará com o diploma.
Diploma ou certidão de graduação em Direito obtida em instituição de
ensino o�cialmente autorizada e credenciada
O atual Estatuto possibilitou, na falta do diploma, a apresentação de
certidão de graduação em Direito. Isso ocorre em razão de o diploma,
em determinadas situações, demorar a ser expedido, o que impossibilita
a inscrição daquele que já colou grau em Direito.
Além desse requisito, expresso no inciso II do art. 8º do Estatuto, o art.
23 do Regulamento Geral condicionou o suprimento da falta do diploma
à apresentação da certidão de graduação em Direito, desde que
acompanhada da cópia autenticada do histórico escolar. Assim, deve o
candidato apresentar o diploma ou, se não o tiver, a certidão de
graduação em Direito mais o histórico escolar devidamente autenticado.
Título de eleitor e quitação de serviço militar, se brasileiro
Esse requisito permaneceu no atual Estatuto.
Atente-se que a redação determina que, para inscrição como advogado,
é necessário apresentar o título de eleitor e provar a quitação do serviço
militar, se brasileiro. A contrario sensu – e por razões óbvias – se
brasileiro for, somente deve ser apresentado o título de eleitor; se
estrangeiro, nem título de eleitor, nem quitação do serviço militar.
Sobre a inscrição de estrangeiros e brasileiros graduados em outro país
comentaremos à frente.
Aprovação no exame da Ordem
Candidatos ao Exame da Ordem, em Brasília.
Conforme expressamente dito pelo art. 8º, § 1º, do Estatuto, o exame da
Ordem será regulamentado por provimento do Conselho Federal da OAB.
O exame já foi regulamentado por vários provimentos: 81/96, 109/05 e
136/09. Atualmente, o exame da Ordem é regulamentado pelo
Provimento 144/11.
O exame da Ordem pode ser prestado por bacharéis em Direito, inclusive
por aqueles que exercem atividades incompatíveis com a advocacia, a
exemplo dos policiais, dos técnicos de atividade judiciária e dos
prefeitos, ficando, entretanto, impossibilitados de exercer a atividade de
advocacia enquanto estiverem incompatibilizados. Neste caso, a
aprovação no exame na Ordem tem validade por prazo indeterminado,
podendo se obter a inscrição no quadro de advogado após a
desincompatibilização.
Não exercer atividade incompatível com a advocacia
A expressão “atividade incompatível” está relacionada à atividade
profissional da pessoa. O art. 28 do EAOAB traz num rol taxativo
(numerus clausus) as atividades incompatíveis. Uma pessoa que exerça
atividade incompatível com a advocacia pode prestar o exame da
Ordem, mas, caso venha a ser aprovada, não poderá se inscrever no
quadro de advogados enquanto estiver incompatibilizada.
Idoneidade moral
O EAOAB não define o que vem a ser idoneidade moral. Alguns autores
se referem à condição do indivíduo honesto, probo ou escrupuloso.
Para Paulo Lôbo (2009), os parâmetros não são
subjetivos, mas decorrem da aferição objetiva de
standards ou topoi valorativos que se captam na
comunidade profissional, no tempo e no espaço, e que
contam com o máximo de consenso na consciência
jurídica.
topoi
Termo latino que designa um método aristotélico de argumento.
Como a idoneidade moral é um requisito para a inscrição na OAB, caso
venha o advogado, futuramente, a ser considerado inidôneo
moralmente, sofrerá a penalidade de exclusão dos quadros da OAB,
somente podendo retornar após o deferimento do pedido de reabilitação
(vide art. 41 e parágrafo único do Estatuto).
A inidoneidade moral, antes ou depois da inscrição, pode ser suscitada
por qualquer pessoa, sendo declarada mediante decisão que alcance, no
mínimo, 2/3 (dois terços) dos votos de todos os membros do Conselho
competente, em procedimento que siga os trâmites do processo
disciplinar.
Saiba mais
A lei traz uma hipótese expressa de inidoneidade moral: prática de crime
infamante, salvo se já tenha sido reabilitado judicialmente (vide arts. 93
a 95 do Código Penal).
Prestar compromisso perante o Conselho
Esse compromisso é o juramento que dever ser feito pelo requerente por
ocasião do recebimento da carteira e do cartão de advogado. Trata-se
de um requisito solene e personalíssimo, portanto, indelegável. Não se
pode prestar o compromisso por procuração, devendo o requerente
comparecer pessoalmente. Esse compromisso encontra-se no art. 20
do Regulamento Geral.
Note que as finalidades da OAB e o compromisso ético são passados ao
advogado neste momento:
Prometo exercer a advocacia com
dignidade e independência, observar
a ética, os deveres e prerrogativas
profissionais e defender a
constituição, a ordem jurídica do
estado democrático, os direitos
humanos, a justiça social, a boa
aplicação das leis, a rápida
administração da justiça e o
aperfeiçoamento da cultura e das
instituições jurídicas.
(REGULAMENTO GERAL DO ESTATUTO DA
ADVOCACIA E DA OAB, 1994)
Além dos requisitos arrolados no art. 8º do Estatuto, o art. 20, § 2º, do
Regulamento Geral, trouxe mais uma exigência: não praticar conduta
incompatível com a advocacia. Cabe, aqui, esclarecer a diferença entre
atividade incompatível e conduta incompatível.
Atividade incompatível
Está relacionadaà
atividade profissional
(art. 28 do EAOAB) da
pessoa: atividade
policial, cargos ou
funções vinculados
direta ou indiretamente
a qualquer órgão do
Poder Judiciário,
militares de qualquer
natureza (na ativa) etc.
Conduta incompatível
Refere-se à vida pessoal
(social) do indivíduo,
como, por exemplo, a
embriaguez e a
toxicomania habituais, a
prática reiterada de jogo
de azar não autorizado
por lei, a incontinência
pública e escandalosa
(art. 34, parágrafo único,
do EAOAB).
A respeito disso, entendemos que somente a lei (e a lei é a 8.906/94 ‒
Estatuto da Advocacia e da OAB) pode determinar os requisitos
necessários ao exercício da advocacia, pois a Constituição, no art. 5º,
XIII, ao tratar do princípio da liberdade de profissão, assim impôs: “é livre
o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
Assim, no que pese a relevância e a obrigatoriedade do respeito ao
Regulamento Geral por todos os advogados e membros da OAB, o RG
não é lei, é ato normativo emanado pelo Conselho Federal da OAB.
Comunga do mesmo posicionamento Geronimo Theml de Macedo:
Tal acréscimo trazido pelo
Regulamento Geral da OAB é ilegal,

pois as normas regulamentadoras
devem se ater aos limites das
normas regulamentadas; no nosso
caso, o Regulamento Geral deve se
limitar ao que dispõe o Estatuto da
Advocacia e da OAB.
(MACEDO, 2009, p. 50)
Requisitos para inscrição como estagiário
O estágio profissional, com duração de dois anos, realizado nos últimos
anos da faculdade de Direito, pode ser mantido pelas instituições de
ensino superior, pelos Conselhos Seccionais da OAB ou, ainda, por
setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela
OAB.
A inscrição do estagiário deve ser realizada no Conselho Seccional do
estado onde se localiza o seu curso jurídico, e não naquele que tenha
seu domicílio civil, na eventualidade de serem diferentes.
Podem inscrever-se o aluno de Direito (a partir dos últimos dois anos do
curso jurídico) ou o bacharel em Direito que assim desejarem e
preencherem os requisitos mencionados no art. 9º do Estatuto. Exige o
art. 9º que o requerente preencha alguns dos requisitos do art. 8º,
também do EAOAB:

Capacidade civil

Idoneidade moral

Prestar compromisso perante o Conselho

Não exercer atividade incompatível com a
advocacia

Título de eleitor e quitação de serviço militar,
se brasileiro
Além desses requisitos, o candidato deve ter sido admitido em estágio
profissional de advocacia.
O acadêmico de Direito que exerce atividade incompatível com a
advocacia (policial, técnico de atividade judiciária, militar das Forças
Armadas, por exemplo) pode frequentar o estágio ministrado pela
respectiva instituição de ensino para fins de aprendizagem, sendo
proibida a inscrição na OAB (art. 9º, § 3º, EAOAB).
Inscrição de estrangeiros ou brasileiros graduados fora do país
Não vigora no atual Estatuto (Lei nº 8.906/94) o princípio da
reciprocidade, no qual o estrangeiro somente poderá exercer a
advocacia no Brasil se o brasileiro tiver igual tratamento no país de
origem daquele. O art. 8º, § 2º, do EAOAB, determina que
o estrangeiro ou o brasileiro, quando graduados em Direito
fora do país, podem inscrever-se no quadro de advogados
da OAB.
Para isso, deve ser feita a prova do título de graduação em Direito,
obtido pela instituição de ensino estrangeira, devidamente revalidado,
bem como preencher os requisitos indicados nos incisos do art. 8º do
Estatuto.
De acordo com o Provimento nº 91/2000 do Conselho Federal da OAB, é
possível que o advogado estrangeiro preste tais serviços no Brasil,
desde que regularmente admitido em seu país a exercer a advocacia e
após a autorização dada pelo Conselho Seccional da OAB do estado
onde for exercer sua atividade profissional. Ressalte-se que tal
autorização será concedida sempre em caráter precário e o exercício da
advocacia se restringe, exclusivamente, à prática de consultoria em
Direito do país de origem, sendo vedados, mesmo em conjunto com
advogados ou sociedades de advogados nacionais, o exercício do
procuratório judicial e a consultoria ou assessoria em direito brasileiro.
Para tanto, deve se inscrever no quadro de advogados, depois de
preencher as exigências do art. 8º, § 2º, do EAOAB.
Saiba mais
Existe uma exceção trazida pelo Provimento nº 129/2008: os advogados
de nacionalidade portuguesa, desde que em situação regular junto à
Ordem dos Advogados Portugueses, poderão se inscrever no quadro de
advogados da OAB com dispensa dos requisitos de aprovação no
exame da Ordem, de revalidação do diploma e da prestação de
compromisso perante o Conselho (“juramento”).
Inscrição
Tipos de inscrição
O Estatuto prevê três tipos de inscrição para advogados (principal,
suplementar e por transferência) e um tipo para os estagiários
(inscrição de estagiário).
Inscrição principal
Obtida a aprovação no Exame, e caso a pessoa não exerça atividade
incompatível com a advocacia (art. 28 do EAOAB), a inscrição principal
deve ser feita no Conselho Seccional em cujo estado pretende
estabelecer seu domicílio profissional. O Estatuto da Advocacia e da
OAB considera domicílio profissional a sede principal da atividade de
advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do
advogado (domicílio civil).
Com a inscrição principal, o advogado pode exercer livremente
(ilimitadamente) a profissão no Estado-membro (ou no Distrito Federal)
respectivo e, eventualmente (limitadamente), em qualquer outro Estado
do país. Passando a exercer a advocacia com habitualidade na área de
outro Conselho Seccional, será obrigado a fazer outra inscrição
(suplementar) naquele local.
Inscrição suplementar
A inscrição suplementar é outra inscrição que deve ser feita pelo
advogado quando passa a exercer a advocacia habitualmente em outro
estado, diverso daquele onde tem a inscrição principal. O art. 10, § 2º,
do Estatuto da Advocacia considera habitualidade a intervenção judicial
que exceder de cinco causas por ano.
Nos casos de procurações conjuntas ou de
substabelecimento recebido com reserva de poderes,
somente serão computadas as causas em que o
advogado, efetivamente, passar atuar, assinando
petições, fazendo audiências etc.
Outro aspecto relevante é acerca da expressão “intervenção judicial”,
que consta no art. 10, § 2º, do Estatuto. Desse modo, não contam para
fins de habitualidade as intervenções extrajudiciais. O art. 1º e seu § 2º,
do Estatuto, determinam que são atos privativos de advogado a
assessoria, consultoria e direção jurídicas, bem como o visto nos atos e
contratos constitutivos de pessoas jurídicas para registro nos órgãos
competentes.
Exemplo
Um advogado que tenha inscrição principal no Conselho Seccional do
Rio de Janeiro pode elaborar mais de cinco ‒ e muito mais ‒ pareceres
jurídicos na Bahia, sem a necessidade de fazer a inscrição suplementar.
Também não se deve contar o acompanhamento de cartas precatórias
em outro estado. A carta precatória é um ato processual de
comunicação, não exigindo do advogado inscrição suplementar no
Conselho Seccional, mesmo sendo superior a cinco. A respeito, já se
manifestou o Conselho Federal da OAB na mesma consulta supracitada
(processo nº 0136/1997, DJ 08.07.97):
“A defesa em processos administrativos, em inquéritos
policiais, o visto em contratos constitutivos de pessoas
jurídicas, a impetração de habeas corpus e o simples
cumprimento de cartas precatórias não constituem
intervenção judicial para os efeitos do art. 10, § 2º”.
Em relação aos recursos para tribunais localizados fora do Estado,
Paulo Lôbo (2009, p. 110) afirma que “não se entende, evidentemente,
no sentido de causa os recursos decorrentes e processados em
tribunais localizados fora do território da sede principal”. E completa: “A
instalação ou participação em escritórios de advocacia ou vínculo
permanente a setor jurídico de empresa ou entidade pública fazempresumir a habitualidade da profissão, deixando de ser eventual”.
Na primeira parte, é o caso dos recursos para o STJ, STF, TST, TSE, STM
ou TRF, quando sediados fora do local de inscrição do advogado, não se
exigindo outra inscrição.
Inscrição por transferência
A inscrição por transferência deve ser feita pelo advogado quando
houver mudança efetiva de seu domicílio profissional para outra unidade
federativa.
Difere-se da inscrição suplementar, porque nesta o advogado
permanece com a inscrição principal. Com a transferência da inscrição,
a principal é cancelada.
Por determinação do art. 10, § 4º, do Estatuto, o Conselho Seccional
deve suspender o pedido de inscrição suplementar ou de transferência
ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal,
representando contra ela ao Conselho Federal.
Afastamento e saída do quadro da
OAB
Licença e cancelamento da inscrição
A licença e o cancelamento, por razões óbvias, são institutos que
ocorrem após a inscrição nos quadros da OAB. O Estatuto trata do
assunto nos artigos 11 e 12.
Licença
A licença significa o afastamento do advogado do exercício profissional,
quando ocorrer qualquer uma das hipóteses do art. 12 do Estatuto.
Durante o prazo do licenciamento, caso o advogado pratique qualquer
ato de advocacia, o ato será nulo (art. 4º e parágrafo único, EAOAB).
Na licença, não será cobrada anuidade e o profissional não precisará
votar (nem justificar porque não votou), caso haja eleição na OAB no
período correspondente. Com a licença, o número de inscrição será
mantido quando do seu retorno à atividade. Será licenciado o advogado
que:
Assim o requerer por motivo justificado 
De modo geral, os advogados preferem a licença ao
cancelamento, porque o número continua o mesmo, sendo mais
fácil e mais rápido o retorno. No cancelamento, deverá ser feito
um novo requerimento, aguardar a confecção de nova carteira e
o número de inscrição passa a ser outro, tendo, ainda, que
prestar novo juramento.
Para licenciar-se, o requerimento deve vir acompanhado de um
motivo justificado, que será analisado pela OAB (viagem ao
exterior para fazer um curso de extensão em Direito e doença
grave, por exemplo). Caso não haja comprovação de justo
motivo, a inscrição poderá ser cancelada por simples solicitação
do advogado.
As atividades incompatíveis estão arroladas no art. 28 do
Estatuto, sendo algumas em caráter permanente e outras em
caráter temporário. É temporária, por exemplo, a atividade de
Chefe do Poder Executivo. Assim, o advogado que for eleito
Presidente da República, Governador ou Prefeito ficará
licenciado, estando, portanto, impossibilitado de exercer a
advocacia durante o período do mandato.
Não há no Estatuto um rol das doenças mentais que se
enquadram nessa hipótese, devendo a expressão ser remetida à
área médica. Para o nosso estudo, enquanto durar a enfermidade
mental curável, o advogado ficará licenciado.
Cancelamento
O cancelamento, por sua vez, enseja a saída do advogado dos quadros
da OAB. Em outras palavras, ele passa a não mais ser advogado. Caso o
advogado faça um novo pedido de inscrição, deve fazer prova dos
requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º do Estatuto, que são,
respectivamente:
Passar a exercer atividade incompatível com a advocacia
em caráter temporário 
Sofrer doença mental considerada curável 
I
Capacidade civil.
V
Não exercer atividade incompatível com a advocacia.
VI
Idoneidade moral.
VII
Prestar compromisso perante o Conselho, não precisando prestar novo
Exame da Ordem.
O número antigo não será restaurado, ficando para dados históricos da
OAB. A inscrição será cancelada se o advogado:
À diferença do que ocorre no requerimento de licença, não há de
ser apresentado um motivo justificado no pedido de
cancelamento.
A exclusão é a sanção disciplinar mais grave aplicada pela OAB.
Com a exclusão, ocorrerá, automaticamente, o cancelamento da
inscrição.
Um novo pedido de inscrição deve vir acompanhado de provas
de reabilitação (art. 41 e parágrafo único do EAOAB).
Em caso de falecimento do advogado, o cancelamento será
promovido ex officio pelo Conselho competente ou por meio de
Assim o requerer 
Sofrer penalidade de exclusão 
Falecer 
comunicação por qualquer pessoa.
As atividades incompatíveis encontram-se no art. 28 do EAOAB,
sendo algumas delas em caráter permanente, outras em caráter
temporário. São de natureza definitiva, por exemplo, as
atividades de membro do Poder Judiciário e de membro do
Ministério Público.
Assim, o advogado que for aprovado em concurso público de
provas e títulos para a magistratura deverá cancelar sua
inscrição na OAB.
Esclareça-se que, embora o juiz possa voltar ao exercício da
advocacia após sua aposentadoria ou exoneração, respeitado o
prazo de três anos para o juízo ou tribunal do qual se afastou
(art. 95, parágrafo único, V, da Constituição Federal), a atividade
aqui referida tem natureza permanente, ensejando o
cancelamento, diferentemente dos mandados eletivos, dos
cargos em comissão e dos cargos exoneráveis ad nutum.
Tais requisitos são aqueles do art. 8º do Estatuto. Se o
interessado precisa preenchê-los para fazer a inscrição, uma vez
perdido qualquer deles, deverá a mesma ser cancelada.
Impossibilidades de atuação
Incompatibilidade e impedimento
Essas nomenclaturas também são encontradas em diversos ramos do
Direito, sendo que, em cada um deles, os conceitos e as consequências
variam.
Passar a exercer atividade incompatível com a advocacia
em caráter definitivo 
Perder qualquer um dos requisitos necessários para a
inscrição 
Direito Civil
A tít l d l i t i di t
Para a Deontologia Jurídica, impedimento e incompatibilidade
significam outras coisas (art. 27 do EAOAB). Para o Estatuto da
Advocacia e da OAB, impedimento é a proibição parcial do exercício da
advocacia, ou seja, o advogado pode continuar exercendo a profissão,
menos contra ou a favor de determinadas pessoas. No caso, são
aquelas mencionadas no art. 30, I e II, que serão estudas a seguir.
Somente para ilustrar, um agente administrativo da Prefeitura de
Salvador pode advogar, exceto contra o município de Salvador.
A incompatibilidade, por sua vez, gera a proibição total do exercício da
advocacia, não podendo advogar em hipótese alguma, nem mesmo em
causa própria. Essa proibição total pode ensejar:
Cancelamento da inscrição
Quando a atividade é incompatível em caráter definitivo: juiz, promotor
de justiça, analista judiciário, delegado de polícia, entre outras.
Apenas uma licença
Quando a atividade incompatível tiver natureza temporária (art. 12, II,
EAOAB), como nos casos do Prefeito, do Governador ou do Presidente
da República (Chefes do Poder Executivo: art. 28, I, primeira parte, do
EAOAB).

A título de exemplo, existe o impedimento para o
casamento entre irmãos.
 Direito Processual Civil e Direito Processual
Penal
O impedimento é regra de natureza objetiva em que
um juiz, por exemplo, não pode atuar num processo
em que tenha um parentesco muito próximo com o
advogado ou com a parte, ou o advogado que não
pode ingressar nos autos de um processo quando
já existe aquela relação de parentesco.
O motivo para a criação de impedimentos e de incompatibilidades é o
de evitar que alguns advogados levem vantagens ou desvantagens em
relação aos demais que não exerçam tais atividades, e até mesmo por
implicações éticas, como no caso supracitado do funcionário vinculado
ao município de Salvador se pudesse advogar contra quem o remunera.
As vantagens podem ser em relação à captação de clientela, ao poder
de influência nas decisões etc. Um exemplo de desvantagem seria a
falta de independência dos militares das Forças Armadas, que, em
virtude do regime próprio a que são subordinados, podem ficar presos
no quartel, vindo a faltar uma audiência ou deixar de interpor um recurso
tempestivamente.
Resumindo
São atividades incompatíveis aquelas que não poderão ser
desenvolvidasconcomitantemente com a advocacia. Caso a pessoa já
exerça uma atividade incompatível, não poderá se inscrever na OAB
(mas pode prestar o Exame da Ordem, conforme visto), pois um dos
requisitos mencionados no art. 8º do Estatuto para ser advogado é “não
exercer atividade incompatível com a advocacia”.
Por outro lado, quem já é advogado e depois passa a exercer qualquer
atividade incompatível deverá licenciar-se da OAB ou cancelar sua
inscrição. No impedimento, ele continua com sua inscrição, ficando
apenas uma anotação em sua carteira profissional de que há restrições
para a advocacia.
Casos de incompatibilidade
O art. 28 do Estatuto traz, em oito incisos, todos os casos de atividades
incompatíveis. Porém, o legislador não definiu quais têm natureza
temporária e quais têm caráter definitivo, devendo ser analisadas cada
uma das situações em conjunto com a Constituição, leis ordinárias, leis
complementares, leis orgânicas etc.
Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder
Legislativo e seus substitutos legais
Em razão deste primeiro inciso, não podem exercer a advocacia
os Prefeitos, os Governadores, o Presidente da República e seus
substitutos legais (Chefes do Poder Executivo). Também são
incompatíveis os membros da Mesa do Poder Legislativo.
I 
Observe que os membros do Poder Legislativo, conforme o art.
30, II, são impedidos (podem exercer a advocacia, menos contra
ou a favor de determinadas pessoas), ao passo que os membros
da Mesa não podem advogar em hipótese alguma. Para melhor
entendimento do leitor, relembremos a composição do Poder
Legislativo no Brasil.
Na União, há o Congresso Nacional, que, por adotar o sistema do
bicameralismo, é integrado pelo Senado Federal (que representa
os Estados e o Distrito Federal) e a Câmara do Deputados (que
representa o povo). Nos Estados, existem as Câmaras
Legislativas; nos municípios, as Câmaras Municipais; e no
Distrito Federal, a Câmara Distrital. Cada uma dessas Casas tem
uma Mesa que a representa (Mesa Diretora), formada pelo
Presidente, Vice-Presidente e Secretários, cuja numeração varia
de acordo com cada Regimento Interno.
Dessa forma, se o advogado for eleito Deputado Estadual, ele
pode continuar exercendo a advocacia parcialmente, mas caso
passe a ser Presidente da Assembleia Legislativa, deverá
solicitar sua licença da OAB, por se tratar de atividade
incompatível temporária. Aliás, todos os casos deste inciso têm
caráter temporário, ensejando a licença.
Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério
Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos
juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas,
bem como todos os que exerçam função de julgamento
em órgãos de deliberação coletiva da administração
pública direta ou indireta
Uma primeira observação em relação a este inciso é que
“membro” se difere de “servidor”. São membros do Poder
Judiciário: os magistrados, juízes substitutos, juízes de Direito,
desembargadores e os Ministros dos Tribunais. São membros do
Ministério Público os promotores de justiça, procuradores de
justiça, procuradores da República, procuradores regionais da
República.
Outra ressalva é a extinção dos juízes classistas, que eram os
juízes que representavam as classe dos empregados e dos
empregadores nas antigas Juntas de Conciliação e Julgamento
II 
(JCJ), ao lado dos juízes togados. Atualmente, temos as Varas
do Trabalho, com juízes togados e sem juízes classistas.
Em relação aos membros dos juizados especiais, não podemos
deixar de mencionar o que dispõe o art. 7º, parágrafo único, da
Lei nº 9.099/95: “Os juízes leigos ficarão impedidos de exercer a
advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no
desempenho de suas funções”. Parece-nos que, pelo fato de
uma lei de mesma hierarquia (ordinária federal) ter tratado do
mesmo assunto de modo diverso, é o que deve prevalecer na
prática.
Por fim, é mister salientar que o Supremo Tribunal Federal, por
ocasião do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
nº 1.127-8, no dia 17 de maio de 2008 (publicado no Diário Oficial
da União em 26.05.2008) ratificou a liminar concedida e decidiu
que não se incluem nessa regra os juízes eleitorais e seus
suplentes.
Ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos
da Administração Pública direta ou indireta, em suas
fundações e em suas empresas controladas ou
concessionárias de serviço público
O art. 28, § 2º, do Estatuto, traz duas exceções a este tipo de
incompatibilidade:
Não se incluem nessa hipótese os que não detenham
poder de decisão relevante sobre interesses de terceiros, a
juízo do Conselho competente da OAB, ou seja, a Ordem irá
verificar se, na prática, há, ou não, poder de decisão
relevante, para definir se haverá, ou não, a
incompatibilidade.
Também não se incluem no inciso III aqueles que
desempenham a administração acadêmica diretamente
relacionada ao magistério jurídico.
III 
IV 
Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os
que exercem serviços notariais e de registro
O legislador tratou dos membros do Poder Judiciário no inciso II,
e dos servidores e de outros ocupantes de cargos ou funções
vinculados direta ou indiretamente ao Judiciário, neste inciso.
Fazem parte desta incompatibilidade os técnicos de atividade
judiciária, os analistas judiciários, os contadores judiciais, os
assessores dos desembargadores e até mesmo aqueles ligados
indiretamente a este Poder, bem como os psicólogos,
seguranças e demais cargos auxiliares ligados ao Poder
Judiciário.
Encontram-se nessa situação incompatível os que exercem
serviços notariais e de registro (tabeliães, notários, registradores
e escreventes de cartório extrajudicial).
Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou
indiretamente à atividade policial de qualquer natureza
Da mesma forma que no inciso anterior, o Estatuto fez menção a
vínculo de natureza direta ou indireta, só que, aqui, é em relação
à atividade policial. Como exemplo, podemos citar os próprios
policiais: policiais federais (agentes, escrivães e delegados),
policiais civis (investigadores, comissários, delegados), policiais
militares, policiais rodoviários (estaduais e federais), dentre
outros (art. 144 da CRFB). São também incompatíveis os
integrantes do Corpo de Bombeiro Militar.
O Órgão Especial do Conselho Federal da OAB decidiu que os
guardas municipais se enquadram nessa hipótese de
incompatibilidade (processo nº 252/99, DJ 19.10.99).
O Provimento nº 62/1988, embora tenha disposto sobre a
incompatibilidade que cuidava o inciso XII do art. 84 do antigo
Estatuto (Lei nº 4.215/63), ainda nos serve, compreendendo-se
entre os cargos incompatíveis os de perito criminal,
papiloscopista e seus auxiliares (como o auxiliar de necropsia) e
médico legista.
V 
Paulo Luiz Netto Lôbo (2009, p. 170) entende que “em virtude da
crescente terceirização, a vedação envolve igualmente os que
prestam serviços às atividades policiais diretas ou indiretas,
mesmo que empregados de empresas privadas”.
Militares de qualquer natureza, na ativa
São os militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e
Aeronáutica), seja qual for a patente e desde que estejam na
ativa.
Ocupantes de cargos ou funções que tenham
competência de lançamento, arrecadação ou
�scalização de tributos e contribuições para�scais
É o caso dos fiscais e de outros servidores que tenham
competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de
tributos ou contribuições parafiscais. Exemplificando, temos os
auditores fiscais, fiscais de receita previdenciária, fiscais de
renda e fiscais do trabalho.
Ocupantes de funções de direção e gerência em
instituições �nanceiras, inclusive privadas
A última hipótese de incompatibilidade trazida pelo Estatuto é a
dos diretores e gerentes de instituições financeiras públicas ou
privadas.
Afastamento temporário da atividade incompatível
VI 
VII 
VIII 
O § 1º do art. 28 do Estatutodetermina que a incompatibilidade
permanece, mesmo que os ocupantes de cargos e funções
incompatíveis deixem de exercê-los temporariamente. Desse modo, os
juízes não poderão advogar enquanto estiverem de férias ou de licença
da magistratura.
Afastamento de�nitivo da atividade incompatível ‒ desincompatibilização
Apesar de apenas o art. 28, VI, do EAOAB determinar que a
incompatibilidade ocorre somente enquanto no exercício da atividade
(“na ativa”), às demais hipóteses deve-se dar o mesmo entendimento.
Assim, ex-policiais e ex-fiscais podem advogar.
Uma ressalva há de ser feita no que diz respeito aos magistrados e aos
membros do Ministério Público aposentados ou exonerados. É que a
Emenda Constitucional nº 45/2004 acrescentou o inciso V ao art. 95,
parágrafo único, e o § 6º ao art. 128. Assim, é vedado a eles o exercício
da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram, antes de
decorridos três anos do afastamento de seus cargos por aposentadoria
ou exoneração.
Casos de impedimento
I – Servidores da administração pública direta, indireta e fundacional
São impedidos, ou seja, estão proibidos de exercer a advocacia
parcialmente, os servidores da administração pública direta, indireta e
fundacional. Neste caso, eles podem advogar, menos contra a Fazenda
Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade
empregadora.
Exemplo
O funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro, que só não pode advogar
contra o município do Rio de Janeiro; o agente administrativo do INSS,
que não pode advogar contra a União, por se tratar de autarquia federal;
os professores de escolas estaduais, que não podem litigar contra o
Estado etc.
Exceção para advogados que sejam docentes de cursos jurídicos
A exceção legal é para os docentes dos cursos jurídicos (art. 30,
parágrafo único), que, apesar de serem servidores públicos, podem
advogar livremente.
Embora a lei, neste inciso, nada mencione, Marco Antonio Silva de
Macedo Junior e Celso Coccaro (2009, p. 40) discorrem que “docente da
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (autarquia estadual)
poderá advogar contra o Estado de São Paulo (“Fazenda que o
remunera”), mas não deverá fazê-lo contra a própria Universidade, em
decorrência de limitações éticas”.
No entanto, Paulo Lôbo (2009, p. 178) entende que os docentes dos
cursos jurídicos “não sofrem qualquer incompatibilidade ou
impedimento para advogar. Esclarece, ainda, que “essa explicitação
deve-se ao fato de que é importante, para a formação dos futuros
advogados, o magistério de profissionais qualificados que doutra forma
estariam impedidos de advogar, inclusive totalmente, se sua
especialidade fosse o direito público”.
Comentário
Somamos a este entendimento, por se tratar de exceção legal, ousando
apenas salientar outro motivo: se a Constituição possibilita aos
magistrados e aos membros do Ministério Público o exercício de suas
atividades cumulativamente com o magistério (art. 95, parágrafo único,
e art. 128, § 5º, II, d, da Constituição), igual tratamento deve ser
estendido aos advogados, mesmo em situação privada, sob o aspecto
de que não podem ver prejudicada sua atuação no mercado por causa
da docência em cursos jurídicos públicos.
Assim como os juízes e promotores de justiça não sofrem descontos
nos seus subsídios, não vemos motivo para o legislador vedar a
advocacia integral para advogados. Deve haver um tratamento
isonômico para os três agentes indispensáveis à administração da
justiça. Embora se saiba que a Constituição se refira aos casos das
exceções à acumulação de cargos públicos, externamos aqui o nosso
posicionamento sobre o tema.
Como a lei menciona apenas os docentes dos cursos jurídicos, os
docentes de outros cursos (medicina, engenharia, letras, administração)
ficam impedidos, nos termos do art. 30, inciso I, do Estatuto da
Advocacia e da OAB.
II – Membros do Poder Legislativo
O impedimento deste inciso II é mais abrangente do que o anterior
(inciso I). Aqui, o impedimento é maior, estendendo-se contra ou a favor
de qualquer órgão da administração pública direta ou indireta, e não só
contra quem ou remunera.
É o caso dos membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis
(senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e
vereador), que podem advogar, menos contra ou a favor das pessoas
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas
concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Impedimentos especiais (ou impedimentos sui generis)
Já foi dito que o Estatuto da Advocacia e da OAB determina que o
impedimento é a proibição parcial do exercício da advocacia. No
entanto, encontramos algumas hipóteses diferentes, nas quais a pessoa
pode advogar, mas somente no âmbito do cargo público que ocupa ou
menos no setor onde trabalha. Denominamos, aqui, “impedimento
especial”. Essa denominação não é pela lei.
Conforme disposto no art. 29 do Estatuto, os Procuradores Gerais, os
Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da
Administração Pública direta, indireta e fundacional, são,
exclusivamente, legitimados para o exercício da advocacia vinculada à
função que exerçam, durante o período da investidura.
Alertamos sobre a possibilidade de outras leis trazerem outras
hipóteses de “impedimentos especiais”, como é o caso dos Defensores
Públicos que prestaram concurso anteriormente à Lei Complementar nº
80/94, podendo advogar particularmente. Os que foram aprovados em
concursos posteriores só podem advogar no âmbito da Defensoria
Pública.
Atenção!
Apesar de, em recente decisão, a 2ª Turma do STJ ter entendido que o
Defensor Público está dispensado de ter inscrição nos quadros da OAB,
o candidato deve ter todo cuidado ao realizar o Exame de Ordem, pois a
pergunta da prova pode estar de acordo com as normas do EAOAB.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(XVIII Exame da Ordem dos Advogados ‒ 2016 ‒ FGV ‒ Adaptada)
Fernanda, estudante do 8º período de Direito, requereu inscrição
junto à Seccional da OAB do estado onde reside. A inscrição foi
indeferida, em razão de Fernanda ser serventuária do Tribunal de
Justiça do estado. Fernanda recorreu da decisão, alegando que
preenche todos os requisitos exigidos em lei para a inscrição de
estagiário e que o exercício de cargo incompatível com a advocacia
não impede a inscrição do estudante de Direito como estagiário.
Merece ser revista a decisão que indeferiu a inscrição de estagiário
de Fernanda?
Parabéns! A alternativa B está correta.
Os artigos 8º e 9º do Estatuto da Advocacia e da OAB trazem os
requisitos para a inscrição nos quadros da OAB.
O exercício de atividade incompatível com a advocacia proíbe a
inscrição tanto no quadro de advogados quanto no de estagiários.
Dessa forma, a serventuária do tribunal não pode se inscrever no
quadro de estagiários da OAB, pois exerce atividade incompatível
com a advocacia, nos termos do art. 28, IV, da Lei 8.906/94
(Estatuto da Advocacia e da OAB).
A
Sim, pois Fernanda exerce cargo incompatível com
a advocacia e não com a realização de estágio.
B
Não, pois as incompatibilidades previstas em lei
para o exercício da advocacia também devem ser
observadas quando do requerimento de inscrição de
estagiário.
C
Sim, pois o cargo de serventuário do Tribunal de
Justiça não é incompatível com a advocacia, menos
ainda com a realização de estágio.
D
Não, pois apenas estudantes do último período do
curso de Direito podem requerer inscrição como
estagiários.
E Sim, pois o estagiário não possui restrições.
Questão 2
(XVII Exame da Ordem dos Advogados ‒ 2015 ‒ FGV) Deise é uma
próspera advogada e passou a buscar novos desafios, sendo eleita
Deputada Estadual. Por força de suas raras habilidades políticas, foi
eleita integrante da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do
Estado Z. Ao ocupar esse honrosocargo, procurou conciliar sua
atividade parlamentar com o exercício da advocacia, sendo seu
escritório agora administrado pela filha. Nos termos do Estatuto da
Advocacia, assinale a alternativa correta.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Nos termos do art. 30, II, do EAOAB, os membros do Legislativo, em
seus diferentes níveis, estão impedidos de advogar contra ou a
favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas,
sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades
paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de
serviço público.
A
A atividade parlamentar de Deise é incompatível
com o exercício da advocacia.
B
A participação de Deise na Mesa Diretora a torna
incompatível com o exercício da advocacia.
C
A função de Deise como integrante da Mesa
Diretora do Parlamento Estadual é conciliável com o
exercício da advocacia.
D
A atividade parlamentar de Deise na Mesa Diretora
pode ser conciliada com o exercício da advocacia
em prol dos necessitados.
E
Deise poderá advogar livremente em qualquer
situação.
Entretanto, quando passam a integrar a Mesa Diretora, passam a
ser incompatíveis, nos termos do art. 28, I, do EAOAB, não podendo
exercer advocacia nem mesmo em causa própria.
2 - Registro das sociedades de advogado
Ao �m deste módulo, você será capaz de identi�car os requisitos de registro das sociedades
de advogado.
Sociedade de advogados
Sociedade de advogados
Neste vídeo, o professor Paulo Machado explica as sociedades de
advogados, tratando de sua natureza e seus aspectos gerais.
Natureza jurídica

Quando um advogado começa a assumir uma quantidade maior de
causas, surge a necessidade de se unir a outro ou a outros advogados,
para, juntos, dividirem as tarefas (e, até mesmo, as despesas) e, ao final,
ratearem os ganhos obtidos. Não raro, audiências são marcadas para o
mesmo dia, em juízos, em comarcas, em estados diferentes.
Para o auxílio recíproco, os advogados constituem uma sociedade de
advogados.
O tema está disciplinado nos arts. 15 ao 17 do Estatuto da Advocacia e
da OAB (que foram alterados pela Lei 13.247/16), nos arts. 37 ao 43 do
Regulamento Geral e no Provimento nº 112/06 do Conselho Federal da
OAB. De acordo com o texto original do art. 15 do Estatuto da Advocacia
e da OAB, os advogados poderiam se reunir em sociedade civil de
prestação de serviços de advocacia.
Por essa redação, poderíamos dizer que a natureza jurídica de uma
sociedade de advogados é uma sociedade civil. Acontece que o EAOAB
é uma lei de 1994 (Lei nº 8.906/94), quando ainda vigorava o Código
Civil de 1916, que, por sua vez, classificava as sociedades em civis e
mercantis. Com o advento do novo Código Civil (2002), a classificação
passou a ser em sociedades simples e sociedades empresárias, razão
pela qual, atualmente, sua natureza jurídica é de sociedade simples.
Apenas com o advento da Lei 13.247/16 é que o
mencionado art. 15 foi alterado, constando agora, que
os advogados podem reunir-se em sociedade simples
de prestação de serviços de advocacia.
Acrescente-se que mais uma novidade veio com essa alteração da Lei
8.906/94. A partir de então, os advogados também podem constituir
uma sociedade unipessoal de advocacia, como se percebe na redação
destacada a seguir:
Art.15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de
prestação de serviços de advocacia ou constituir
sociedade unipessoal de advocacia, na forma
disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.
Personalidade jurídica
Uma sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o
registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da
OAB, em cuja base territorial tiver sede, seja esta uma sociedade
simples ou uma sociedade unipessoal de advocacia, sendo proibido o
registro nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas
comerciais. Prevê o Estatuto que não são admitidas a registro, e nem
podem funcionar, as sociedades simples de advogados ou sociedades
unipessoais de advocacia que apresentem formas ou características
mercantis, que adotem denominação fantasia, que realizem atividades
estranhas à advocacia, que incluam sócios não inscritos no quadro de
advogados da OAB ou que estejam totalmente proibidos de advogar.
Denominação
No contrato social, que será registrado no Conselho Seccional da OAB,
deve constar a denominação (razão social) da sociedade. No entanto,
existem regras a serem seguidas para que o registro seja aprovado.
Conforme dito, não se admite o uso do nome fantasia (por exemplo,
“Justa Causa, advogados”.
Tampouco se permite a utilização do nome de algum advogado
renomado já falecido (“Escritório de Advocacia Rui Barbosa” ou
“Evandro Lins e Silva, advogados associados”).
Quando se tratar de uma sociedade simples de advocacia, a
denominação adequada deve trazer o nome de, pelo menos, um
advogado responsável pela sociedade, acompanhado de uma expressão
que indique a finalidade do escritório.
Exemplo
Se três advogados – Pedro Meira Júnior, Flávia Vidal e Carlos Dias –
resolvem constituir uma sociedade simples de advogados, poderão ser
colocadas, entre outras, as seguintes denominações: “Meira e
advogados”; “Flávia Vidal, advocacia”; “Escritório de Advocacia Carlos
Dias”; “Escritório Jurídico Meira, Vidal e Dias”. Não importa se a
expressão indicadora da finalidade vem antes ou depois do nome do
advogado.
O Regulamento Geral permite o uso do nome abreviado do advogado, o
que não significa que serão utilizadas siglas com as iniciais de cada
parte do seu nome completo. Por autorização do Provimento nº 112/06,
pode ser utilizado o símbolo “&” na denominação da sociedade de
advogados (Meira & Dias, Sociedade de Advogados – por exemplo).
Quando vigorava o Código Civil de 1916, era possível constar a
abreviatura “S.C.”, de sociedade civil no final da denominação (por
exemplo: Escritório de Advocacia Pedro Meira S.C.), mas, pelo fato de o
novo Código Civil não mais adotar esta classificação, hoje, não se pode
utilizá-la. Advirta-se que sempre foi proibida, por motivo óbvio, a adoção
das expressões “Ltda”, “Cia”, “S/A” e “ME”.
Em caso de falecimento de um dos sócios, cujo nome é utilizado na
denominação da sociedade simples de advogados, o Estatuto determina
que a permanência do nome é condicionada à previsão no contrato
social (art. 16, §1º, in fine). Quando houver licenciamento de um sócio
para o exercício de atividade incompatível com a advocacia em caráter
temporário, deverá tal fato ser averbado no registro da sociedade, não
alterando sua constituição. Por outro turno, caso o advogado passe a
exercer atividade incompatível em caráter definitivo, gerando o
cancelamento da inscrição, será obrigatória a alteração contratual para
que seja retirado o nome daquele sócio. Lembre-se de que a razão
social deve ter o nome de pelo menos um advogado da sociedade.
Neste caso, ele não será mais advogado em virtude do cancelamento da
inscrição.
Saiba mais
Em relação à grande novidade trazida pela Lei 13.247/16, quando se
tratar de sociedade unipessoal de advocacia, a sua denominação deve
ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou
parcial, com a expressão “Sociedade Individual de Advocacia”, como,
por exemplo, “Flávia Vidal, sociedade individual de advocacia” ou “Flávia
Vidal, sociedade individual de advocacia” (conforme art. 16, §4º, do
EAOAB).
Outros aspectos
Outras considerações
Os mandamentos do Código de Ética e Disciplina são aplicados às
sociedades simples de advogados ou às sociedades unipessoais de
advocacia, no que couber.
A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por
um advogado das quotas de uma sociedade de advogados,
independentemente das razões que motivaram tal concentração.
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados,
constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar,
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade
unipessoalde advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do
respectivo Conselho Seccional.
Exemplo
Se um advogado já é sócio de um escritório de advocacia no Estado do
Rio de Janeiro, não poderá integrar, como sócio, nenhuma outra
sociedade simples de advogados nem constituir uma sociedade
unipessoal de advogados neste Estado. Poderá, todavia, ser sócio de
outra sociedade de advogados (simples ou unipessoal) no Estado de
Minas Gerais, por exemplo.
Já na hipótese de constituição de filial em outro estado, o ato de
constituição deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no
Conselho Seccional onde se fixar, ficando os sócios obrigados à
inscrição suplementar. Essa obrigação também é exigida para o titular
da sociedade unipessoal de advocacia (art. 15, § 5º, do EAOAB).
Os sócios de uma mesma sociedade simples de advogados
não podem representar em juízo clientes com interesses
opostos.
As procurações passadas aos advogados devem ser outorgadas
individualmente aos profissionais, mencionando a sociedade de que
façam parte. As atividades de advocacia são exercidas pelos próprios
advogados, ainda que os honorários se revertam à sociedade. No
entanto, podem ser praticados pela sociedade, com o uso da razão
social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não sejam
privativos de advogado.
A sociedade simples de advogados pode contemplar qualquer tipo de
administração social, sendo permitida a existência de sócios gerentes,
com indicação dos poderes atribuídos (art. 41 do Regulamento Geral).
Por fim, no que diz respeito à responsabilidade civil, os advogados
sócios, o titular da sociedade individual de advocacia e os advogados
associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos
causados diretamente ao cliente, por dolo ou culpa, por ação ou
omissão, no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade
disciplinar e penal em que possam incorrer (art. 17 do EAOAB, com a
redação dada pela Lei 13.247/16, combinado com o art. 40 do
Regulamento Geral).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(FGV - VI Exame de Ordem - Duque de Caxias, 2012) No
concernente à Sociedade de Advogados, é correto afirmar, à luz do
Estatuto e do Código de Ética e Disciplina da OAB, que
Parabéns! A alternativa B está correta.
Nos termos do art. 15, p. 2, da Lei 8906/94, o Código de Ética e
Disciplina da OAB se aplica aos advogados, aos estagiários e às
sociedades de advogados, no que couber.
Questão 2
Levando em consideração o regramento das sociedades de
advogado, é correto afirmar que
A
pode se organizar de forma mercantil, com registro
na Junta Comercial.
B
está vinculada às regras de ética e disciplina dos
advogados.
C
seus sócios estão imunes ao controle disciplinar da
OAB.
D
seus componentes podem, isoladamente,
representar clientes com interesses conflitantes.
E
a lei não permite o registo das sociedades de
advogados junto à OAB, devendo ser feito na junta
comercial.
A
a sociedade unipessoal não é admitida na
advocacia.
Parabéns! A alternativa E está correta.
Trata-se de autorização disposta no art. 41 do Regulamento Geral
da OAB.
Considerações �nais
Como vimos, o estudo dos requisitos para inscrição nos quadros da
OAB, bem como do registro de uma sociedade de advogados, constitui
fator importante para o início da “vida” na advocacia.
Toda atenção aos deveres legais deve ser observada pelos profissionais,
a fim de que não venham a ser processados pela OAB.
B
nenhum advogado pode integrar mais de duas
sociedades de advogados na mesma área territorial
do respectivo Conselho Seccional.
C
na hipótese de constituição de filial em outro
estado, o ato de constituição deve ser averbado no
registro da sociedade e arquivado no Conselho
Seccional onde fica a matriz da sociedade.
D
os sócios de uma mesma sociedade simples de
advogados podem representar em juízo clientes
com interesses opostos.
E
a sociedade simples de advogados pode contemplar
qualquer tipo de administração social, sendo
permitida a existência de sócios gerentes, com
indicação dos poderes atribuídos.
Podcast
Agora, o professor Paulo Machado trata dos requisitos para a inscrição
na OAB, assim como das incompatibilidades e impedimentos à
advocacia.

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Assista à série norte-americana Suits, para comparar o modelo de
sociedade de advogados ao modelo aplicado no Brasil, tendo em vista
nossa legislação da advocacia.
Referências
JÚNIOR, M. A. S. de M.; COCCARO, C. Ética Profissional e Estatuto da
Advocacia. Coleção OAB Nacional. São Paulo: Saraiva, 2009.
LÔBO, P. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 5. ed., São
Paulo: Saraiva, 2009.
MACEDO, G. T. Deontologia Jurídica. 1. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2009.
MACHADO, P. 10 em Ética! 8. ed. Salvador: Jus Podivm, 2021.
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