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RESUMO DE PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA

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RESUMO DE PATOLOGIA CLÍNICA – 1º BIMESTRE 
09/02 
O aparelho automático de hematologia que conta várias espécies 
 
 
Aparelho automatizado de bioquímica, no qual programa quantas amostras quer, quais exames quer solicitar, aperta o 
botão e vai sozinho. Caso tenha emergência, ele para tudo e faz a emergência. 
 
 
 Aparelho de hemogasometria – coloca a amostra no tempo cronometrado. 
Patologia clinica poderia ser resumida no uso dos aparelhos que está citado acima, mas não pode, pois precisa de um 
veterinário, que saiba usar o aparelho, uma pessoa que saiba fazer exame, interpretá-los. 
Quais são os problemas que enfrenta? Não diagnostica a doença por si só, é um sugestivo. Tem que interpretar exames. 
Tem que ter um treinamento para saber como funcionam os aparelhos. Saber preparar as amostras, não pode colocar 
qualquer coisa, pode entupir, precisa saber se a amostra está adequada. Precisa ter conhecimento de, tem que saber o 
valor do animal, associar à clínica do animal que está sendo atendido. O aparelho precisa estar calibrado, senão vai dar 
um valor totalmente diferente do que é o normal, precisa saber como funciona, ter um controle de qualidade (faz testes 
a cada 3 meses, com amostras que vem do RJ para ser laudada, tem que ter 100% de acerto para continuar usando). 
Porque quando começa descalibrar, começa passar resultados, se não souber o que significa VCM, leucócitos, 
diferencial, plaquetas, valor normal da ureia e creatinina, vai sair o resultado errado, e vai tratar o paciente errado, algo 
que ele não tem. 
Muitas clinicas tem o problema de não saber usar os aparelhos, tem que saber usar e interpretar para diagnosticar, não 
é só apertar o botão. Ex: a babesia não vai aparecer lá que é babesia. 
 
“PATOLOGIA É A CÊNCIA DO POR QUÊ” 
Tem que pensar, não adianta decorar, o animal não vem com uma bula. Ex: diarreia, vomito e inapetência, vai ser tal 
coisa – tá errado! 
O animal não fala o que ele tem, e muitas vezes o proprietário vai esconder a informação (Ex: espera muito tempo para 
levar, fala que acabou de acontecer; tentou “atendimentos” com pessoas incapacitadas para não pagar, como não 
resolveram, leva ao veterinário). 
 
Ex: um gato, 10 anos, caquético, 3 meses sem comer – suspeita em primeiro lugar de insuficiência renal. Tem que fazer 
vários exames. 
Um animal que está assim esta em uremia ou azotemia ? 
A diferença é que quando tem sinal clínico é uremia, quando não tem sinal clínico é azotemia (tem os resultados 
laboratoriais mas não apresenta sinais clínicos). Então no caso é uremia. 
http://www.revistaveterinaria.com.br/2012/10/26/azotemia-x-uremia/ 
 
A ciência pontua que tem que saber (situações): 
- como está a hemostasia (percussor de plaquetas) 
- como estão as hemácias (tamanho, cor, o que têm, o que pode levar) 
- se a medula óssea está respondendo ou não (tem formas de avaliar isso) 
- a diferenciação de leucócitos 
- prova de compatibilidade sanguínea (para ver se pode receber uma transfusão ou não; se é compatível ou não; se é 
compatível com restrição (receber um tratamento junto) ou não). 
 
Para requisição do exame, precisa do histórico, para a pessoa do laboratório é muito mais importante ter um histórico 
bem feito, do que uma suspeita. 
 
PATOLOGIA CLÍNICA -> Estudo de todos os fluidos biológicos do organismo, proporcionando um “RX” do animal no 
momento da colheita. Informações obtidas no sangue auxiliam na avaliação e na conduta em relação ao paciente. 
A patologia clinica nada mais é do que um QUEBRA CABEÇA, tem que juntar tudo “as peças” (achados laboratoriais, 
exame clínico, anamnese, outros) para dar um possível diagnóstico e prognóstico. 
Define isso estudando tudo que tem no organismo, como se fosse um “raio X” do animal no momento em que colhe a 
amostra (não tem como interpretar uma amostra que fez a um ano atrás - o animal possivelmente não vai estar do 
mesmo jeito). Exames feitos até uma semana, ainda dá para avaliar, e dependendo do processo tem animal que tem 
que avaliar todos os dias. 
Outra coisa importante é o “auxilio na avaliação e na conduta em relação ao paciente” (auxilia, não define!) – Há 
diferença de auxilio e definição. Não pode definir (nenhuma define), precisa de exame clínico, anamnese, não depende 
da pessoa do laboratório, o exame vai ser um auxilio, um apoio ao diagnóstico. Não é a pessoa do laboratório que vai 
receber o animal e fazer anamnese, exame clínico, perguntar para o proprietário do animal se está comendo, se foi 
vacinado, vermifugado (há quanto tempo), se está recebendo antibiótico, idade, raça, etc, isso é o clínico que faz, a 
http://www.revistaveterinaria.com.br/2012/10/26/azotemia-x-uremia/
pessoa do laboratório não vai definir nada, ela vai auxiliar. Se o clínico não tiver dado essas informações à pessoa do 
laboratório, não tem como auxiliar. 
Outra coisa que acontece, é o animal chegar e já se colhe o sangue dele e leva para o laboratório, colocando “a 
esclarecer” na requisição - Se a pessoa levou o animal no hospital ela vai esclarecer o que ele tem, então tem que 
colocar na requisição o que ele está passando, a pessoa do laboratório precisa do histórico. Não é chegar o resultado e a 
partir dele pensar o que pode ser, porque senão vai perder o rumo. 
As outras áreas que auxiliam são: micro, parasito, diagnóstico por imagem e patologia (biopsia (vivo) e quando o animal 
morre, sacrifica um animal para ver o que está acontecendo para definir e evitar que aconteça o mesmo com outros 
animais na produção, ou que evite contaminação. 
 
Porque que acontece as alterações? Ta anemico ? Tá em policitemia ? A medula está funcionando ? Como vê isso ? Tem 
diferença de espécie ? (cada espécie animal tem um tamanho de hemácia). Cada espécie responde de uma maneira e 
tem uma forma de responder de medula. Cada animal responde de acordo com a idade (idoso, recem nascido e adulto). 
Macho responde diferente de fêmea. Se não souber essas coisas não tá para falar se o animal está bom ou não, se vai 
melhorar ou piorar. 
 
LEUCOGRAMA -> tem uma produção a mais da médula deslocando para o sangue periferico ? O animal está 
respondendo à antibióticoterapia? Essa resposta é favorável ou não ? Em quanto tempo tem que voltar a pedir o exame 
? Porque tem que voltar em uma semana, um dia ou 10 horas (dependendo da espécie) ? 
 
EXAMES BIOQUÍMICOS (vê se tá bem ou não): 
- Função renal – é uma lesão reversível, parcialmente reversível ou irreversível? 
- Função hepática – lesão aguda ou crônica? 
- Função pancreática 
Qual prognóstico vai dar para o proprietário ? (Se vale a pena ou não tratar) 
 
A Pato clínica é pegar o papel do exame de sangue, se tem alguma informação, ver se é anormal ou normal para a 
espécie. 
 
URINÁLISE: 
Tem proteinuria? hemoglobinuria? hematuria? É problema renal? Problema hepatico? É reversilvel ou não ? 
 
Na materia de pato clínica vamos aprender não só interpretar exame, mas também pedir, porque se não souber pedir, 
nunca vai saber interpretar. 
EX: hemograma completo – não existe hemograma incompleto, então o certo é só hemograma. 
Se pedir bioquímico completo vão falir o proprietário, porque são muitos (50 exames). Tem o perfil renal, perfil 
hepático, perfil pré cirurgico. 
Não se pede tudo para todas as espécies. 
O que significa aumento da ureia? O que significa aumento da ALT ? Tem que saber a teoria. 
 
Fora hemograma e Urinálise, tem de Médula ossea, Liquido cavitário, Liquor. 
 
A patologia clínica está associada a varias disciplinas que precisamos saber para entender. 
EX: 
- imuno (precisa saber resposta leucocitária, como estão os linfócitos), como está a imunidade, está respondendo ? Se 
tem uma resposta porque recebeu uma vacina recentemente, tem alteração de hemograma. 
Tinha que ter o linfocito e não tem, tem um problema viral, uma doença viral que acaba com os linfócitos em filhote é 
parvo, cinomose, hepatite infecciosa canina,erliquiose. 
- Reprodução -> pode alterar no exame de sangue quando o excesso de estrogeno na circulação ou por um desequilibrio 
hormonal, vai inibir a produção de hemácias na médula ossea. 
- Parasitologia -> tem que saber a idade, se for filhote, saber se foi vermifugado, fazer exame de fezes que é mais simples 
e mais barato que o hemograma. 
- Diagnostico por imagem -> ultrassom 
- Microbiologia -> faz cultura antibiograma para saber qual bacteria está crescendo (sangue, urina e fezes) 
- Anatomia -> faz punção de médula óssea (no esterno ou crista iliaca). 
- Anatomia Patológica -> precisa direcionar o que vai levar para a anatomia patológica (morte) (biópsia, citologia) 
É PRECISO TER BOM SENSO! Não é para pedir exames do “arco da velha” para filhote de 1 mês, se ainda não pediu exame 
de fezes e um hemograma, porque por exemplo uns imaginam tumor, quando é verminose. 
 
COLHEITA E ACONDICIONAMENTO DE AMOSTRAS 
Para saber interpretar é preciso ter qualidade e confiabilidade do resultado. Precisa preparar o material, colher 
adequadamente, e precisa saber qual exame vai fazer. Precisa conversar com laboratório para ver que dia que abre, para 
não perder material. 
Passos para uma boa colheita: 
- Tem que ter a contenção adequada do animal 
- A melhor forma de coleta a é vácuo (contém um tubo que já é preparado, uma guia, e são duas agulhas, uma fica no 
animal e a outra do lado de dentro) – preenche até o final. 
 
Tipos de colheita: 
- Em coelho: anestesia, coloca na mesa, com a orelha caida, precisa treinar porque a veia da orelha é muito sensível e fina. 
- Amostras que não têm muita quantidade de sangue coloca no tubo Eppendorf (colhe sangue, soro, plasma) 
- Quando não tem tubo a vacuo, colhe com a seringa 
- Tentar sempre colher pela jugular – o sangue flui mais rápido, em maior quantidade e não estressa tanto o animal. 
- Também tem o kit Medula Óssea – contém uma seringa de 10 ml, um anticoagulante e agulha – Para chegar nesse exame 
obrigatoriamente tem que ter feitos todos os outros antes, porque é a ultima coisa que tem que fazer, porque vai ver a 
“fábrica”. (Antes de pegar a fábrica, tem que ver como está a produção em baixo, então faz para ver se a hemácia tá boa, 
fez hemograma, bioquímico, urinário, liquor, se não chegou em conclusão nenhuma, faz o de medula para ver a 
produção). Quando chega na situação de colher medula o animal está debilitado, ele não é anestesiado, e é um 
procedimento rápido (5 min) e de ultima escolha, o proprietário não entra para ver. Quando tirar tira o mínimo, 
homogeniza porque tem antigoagulante lá dentro, ai coloca em uma plaquinha de petri e faz esfregaço, e vai contar 
quantos percussores de hemácias, de leucócitos, e se vai ser normal para espécie, para a idade e para aquela situação. 
Ex: se o animal tem uma neoplasia, vai ver se as células neoplasicas já acometeu a medula, e vai ter um prognóstico. 
 
Passos para uma boa colheita: 
- Depois que colheu na forma de seringa, é muito importante tirar a agulha (a vácuo já cai no tubo), colocar no frasco, 
fechar e homogeinizar por inversão- não precisa ficar homogenizando muito tempo (a partir do que colhe o sangue, põe 
no tubo e tem anticoagulante, homogeinizou, acabou, não precisa ficar homogenizando momento até chegar no 
laboratório) 
 
Pessoa do laboratório precisa saber: 
- Identificação do material – nome, idade, sexo, raça. Faz histórico do animal, saber se tomou medicação. 
- Nome da pesquisa 
- Administração de medicamentos – base farmacológica, periodicidade. 
- Dia e horário da coleta – se colheu uma urina de manhã, não pode levar a tarde, urina leva uma hora para ser 
processada, não pode ficar demorando. 
- Momento – qual é a suspeita 
 
Acondicionamento ideal: 
Quando não tem como levar no dia para o laboratório, o acondicionamento ideal é deixar na geladeira (não é no 
congelador), se não tem grade, coloca em um isopor, gelo tem que ser reciclavel, não é gelo de pedra. 
Manter as amostras sob refrigeração (2 a 80C) por 24 horas no máximo. 
 
Tem que evitar: 
- Administração de tranqüilizantes, sedativos e anestésicos em geral – em silvestres perigosos vai ter que sedar, mas vai 
ter que saber que tem uma lista de medicamentos que interferem no exame de sangue. 
- Garrote prolongado – esquecem de tirar o garrote, da hematoma. 
- Introduções sucessivas da agulha – é quando não consegue e fica trocando de lugar, isso deixa o animal estressado e 
altera todo exame laboratorial. 
- Quebra de hemácias (hemólise) – acontece: 
 Por seringas quentes (quando esquece no carro) 
 Quando agita com muito vigor 
 Quando coloca tanto gelo, que congela 
 Temperatura ambiente por longos períodos ou calor excessivo – esquece amostra no carro 
 Colheita de sangue de animais recém-alimentados (amostra fica com gordura e auxilia quebra da hemácia, a lipemia 
favorece hemolise) 
 
 
Amostra lipêmica Amostra normal Amostra lipêmica Amostra normal 
 
Recebe muita amostra cheia de gelo, o gelo derretido (pode perder identificação), amostra fica boiando, ou coagulado. 
Não pode tirar o coagulo e colocar a amostra para rodar porque vai sair hemácia, leucocito e plaqueta junto, a 
contagem vai ficar diminuida. 
 
- Transporte: evitar contato direto com o gelo 
- Evitar Diluição ou coagulação da amostra 
- Evitar Frascos inadequados – por causa da proporção de anticoagulante e não tem como homogenizar. 
- Evitar demora para levar ao laboratório, senão tem que colher de novo. O certo é o veterinário levar. 
 
Não tem problema colher na seringa, põe EDTA, jacoalha a seringa. Mas quando colher na seringa tem que ter 
identificação. 
 
Tempo de espera para envio de exames: 
 
 
Líquidos como urina, líquido cavitário, plaqueta, líquor são exames que quando colhe já processa. O líquor (encefalo 
raquidiano) colhe no ambulatório, o animal é sedado porque não pode ficar mexendo a cabeça, coloca só a agulha, não 
põe seringa porque não pode fazer pressão, espera o líquor sair e coloca no vidro. 
Bilirrubina tem que guardar em papel aluminio porque ela degrada com a luz. 
Raspado de pele precisa colocar na glicerina. 
Fezes não se congela. 
 
Tem que orientar o proprietário ou veterinário quando for colher, também casos de rebanho, para não misturar de 
lotes, para não precisar tratar lote todo sem necessidade. 
 
TEM 4 TIPOS DE ANTICOAGULANTES – Anticoagulante é uma substância líquida ou em pó que evita a coagulação e 
age na cascata de coagulação. A cascata de coagulação têm 3 vias, o objetivo da cascata é transformar fibrinogênio 
em fibrina e forma um (inaudivel, pelo que pesquisei é gel). 
Uma substância anticoagulante é: dependendo da substância, ela vai agir em uma das vias da cascata de coagulação 
quebrando o ciclo, quebrando o ciclo, impedindo transformar o fibrinogênio em fibrina, não formando coagulo. 
Normalmente as vias são dependentes de cálcio para um fator se transformar em outro. O anticoagulante sequestra o 
cálcio, fazendo com que as vias extrinsica e intrisica não funcionem, e a via comum também não. 
 
Principais Anticoagulantes: 
 EDTA - Ácido etileno diamino tetra acético de sódio ou potássio (MAIS USADO) 
Mecanismo de Ação: Reage com o cálcio plasmático, tornando-o insolúvel. 
Uso 
Não interfere na rotina hematológica. 
Diluição a 10% para mamíferos e a 3% para aves e répteis 
Alterações: Excesso causa rompimento das hemácias, diminuindo o volume globular 
USA O EDTA PARA HEMOGRAMA. 
 
 Citrato de Sódio 
O Citrato vai mexer com albumina e tromboplastina, que são outras substâncias que também estão na cascata de 
coagulação, quebrando o ciclo. 
Mecanismo de Ação: Quelante de cálcio, com a formação de sais insolúveis 
Uso em provas de coagulação sanguínea. Diluição: 1 gota para 4,5 mL 
COM O CITRATO AVALIA PLAQUETAS, ELE MANTÉM A MORFOLOGIA DAS PLAQUETAS. E TAMBÉM PROVAS DE 
COAGULAÇÃO.É uma amostra que usa para avaliar, como tem exames laboratorias que usa para avaliar as 3 vias, então colhe com 
citrato para ele preservar as substâncias trombina e tromboplastina. 
 
 Heparina 
Mecanismo de Ação: Inibidor da trombina e tromboplastina 
Uso: determinação do pH sanguíneo e alguns bioquímicos. Diluição: 1 gota para 5 mL 
Alterações: causa aglutinação de leucócitos; interfere com a coagulação do esfregaço; alterações bioquímicas. 
PARA AVALIAR OS GASES SANGUÍNEOS (O2, CO2, BICARBONATO) (BASICAMENTE PARA GASOMETRIA) 
Alguns bioquímicos usam heparica, como dosagem de lactato. 
 
 Fluoreto de Sódio 
Mecanismo de ação: quelante de cálcio, com formação de sais insolúveis; Impede a glicólise sanguínea realizada “in 
vitro” pelo eritrócitos. 
Uso: determinação de glicose no sangue. Diluição: 1 gota para 3 mL 
Alterações: alterações bioquímicas 
USA PARA GLICOSE, IMPEDINDO QUE ELA SEJA QUEBRADA 
 
ENTÃO ISSO TEM QUE SABER, NÃO É SÓ PEDIR O EXAME. POR ISSO NÃO DÁ PARA PEDIR BIOQUÍMICO COMPLETO 
PORQUE TEM OS QUE SÃO “COM” E “SEM” ANTICOAGULANTE, UNS SÓ PODEM COM EDTA E OUTROS SÓ COM 
HEPARINA. 
 
16/02 
 
ERITROPOIESE E ERITROCINÉTICA 
Vai ver onde hemácia é produzida, como ela é multiplicada e liberada pelo sangue periferico, e depois pelo sangue 
periferico como ela é destruída. 
 
A hemácia depende de vários fatores para que ela seja produzida, se multiplique e seja liberada para corrente circulatória, 
isso vai independer da espécie. Quando cai na corrente circulatória, cada hemácia em cada espécie tem um tempo de 
meia vida, dependendo da espécie pode durar mais, ou menos. Chega uma hora que ela tem que ser destrúida (chega em 
um determinado momento a hemácia fica velha, é reconhecida como estranha, é fagocitada e é liberada (na próxima aula 
vai ver quais são os fatores aceleradores dessa destruição (o que pode acontecer, quais são as doenças), causando 
anemia). – Anemia = destruição das hemácias. 
Também existem fatores que levam ao excesso (aumento) de produção de hemácias (policitemia). 
 
SANGUE 
Antes de mais nada tem que saber o que é o sangue. O SANGUE pode ser definido como a associação de parte líquida e 
parte celular. 
A parte celular é composta por hemácias e leucócitos (os leucócitos (células brancas) são neutrófilos, basófilos, 
eosinófilos, linfócitos e monócitos). Todo neutrófilo é um leucócito, mas nem todo leucócito é um neutrófilo, porque pode 
ser um basófilo, eosinófilo, linfócito ou monócito. Leucócito é a junção de todos. 
No sangue tem um elemento figurado que não é célula, que são as plaquetas. 
Então o sangue é composto de hemácias, leucócitos e plaquetas. E tem a parte líquida, que pode receber dois nomes 
diferentes: PLASMA E SORO. 
O PLASMA é a parte líquida do sangue que contém anticoagulante e fibrinogênio. Recordando da aula passada, os 
anticoagulantes são substâncias que impedem a coagulação, e agem na cascata de coagulação, impedindo que ela se 
inicie; a função da cascata é transformar fibrinogênio em fibrina, para formar o coagulo (isso é quando não usa 
anticoagulante). O anticoagulante impede coagulação, então disponibiliza fibrinogenio para ser dosado (qualquer parte 
que o anticoagulante age na cascata, vai impedir a continuação da cascata e vai sobrar o fibrinogênio para ser usado, 
porque ele não vai ser transformado em fibrina e depois coagulo). 
O fibrinogênio é uma proteína produzida no fígado. 
- Quando o fibrinogênio tá aumentado ele indica que há um processo inflamatório agudo (é um sinalizador, e é dosado 
no hemograma o fibrinogênio plasmático, é mais especifico para grandes animais). 
- Quando o fibrinogênio está abaixo do valor normal para a espécie, indica que o animal está com hepatopatias 
(problemas no fígado), porque se o fígado é o órgão produtor e está comprometido, o fibrinogênio não vai ser produzido. 
E também pode ser alterações na cascata de coagulação, porque utiliza o fibrinogênio para formação do coagulo, isso 
significa que tem problema na hemostasia secundaria. 
(Tem que saber fisiologia, saber onde a proteína é produzida, porque tem exames laboratoriais específicos para o fígado 
para ver se ele está ou não comprometido, fora o ultrassom). 
Sabendo a dosagem de fibrinogênio pode direcionar um diagnóstico para o clínico. Ex: para ver onde está a inflamação, 
porque tem processo inflamatório (fibrinogênio aumentado). Ou avaliar o fígado, coagulação, no caso de fibrinogênio 
diminuído. 
 
O SORO também é chamada de parte líquida do sangue que NÃO contém anticoagulante (se não contém anticoagulante, 
colhe o sangue e coloca em um tubo sem nada) e NÃO contém fibrinogênio (não vai conseguir dosar fibrinogênio, porque 
ele vai ser usado para coagular). Então na amostra sérica (soro) não usa anticoagulante. 
 
Tem que saber os dois (plasma e soro) porque dependendo do exame só pode ser feito com plasma, ou só com soro. 
Ex: se pedir para dosar fibrinogênio de soro, não dá! Porque no soro não tem fibrinogênio. Então na amostra sérica (soro), 
já sabe que não utilizou anticoagulante. 
Quando usa o plasma tem que especificar qual plasma está usando, pois o PLASMA é a parte líquida do sangue que pode 
ter {
𝐸𝐷𝑇𝐴
𝐶𝐼𝑇𝑅𝐴𝑇𝑂 𝐷𝐸 𝑆Ó𝐷𝐼𝑂
𝐹𝐿𝑈𝑂𝑅𝐸𝑇𝑂 𝐷𝐸 𝑆Ó𝐷𝐼𝑂
𝐻𝐸𝑃𝐴𝑅𝐼𝑁𝐴
 que são os 4 anticoagulantes que são mais utilizados. 
Quando fala soro sabe-se que não tem nenhum anticoagulante, mas quando fala plasma precisa especificar que plasma 
tem que ser usado, as vezes só vai poder usar o plasma citratado, ou fluoretado, ou com EDTA, ou plasma heparinizado. 
PRODUÇÃO ERITROCITÁRIA (produção da hémacia) 
A produção da hemácia pode ser dividida em duas fases -> PRÉ NATAL (antes do nascimento) E PÓS NATAL (depois do 
nascimento). Há uma grande diferença e que tem que entender porque isso acontece: 
 
PRÉ NATAL 
Antes do nascimento a hemácia já começa sua produção, e tem alguns órgãos que são responsáveis pela produção pré 
natal, que são (esses órgãos liberam algumas substâncias, armazena algumas coisas e fazem com que a hemácia consiga 
iniciar o seu processo de produção) : 
- Fígado -> começa produzir precursores das hemácias (hemácias nascem muito grandes e anucleadas). 
- Baço (dos 4 é o único que prevalece depois do nascimento) -> sequestra e armazena algumas hemácias. 
- Timo -> produção linfocitária – liberação de alguns leucócitos 
- Estomago -> liberação HCl - Precisa do ácido clorídrico para facilitar a absorção de algumas vitaminas e ferro. 
 
- Medula óssea -> Antes do nascimentos esses órgãos fazem a função que a medula óssea vai fazer o resto da vida 
 
Medula óssea faz parte da faixa de transição, porque ela começa sua produção – pouco do pré natal, quando está quase 
nascendo. (Então ela é um pouco pré e muito pós natal (90%)). 
 
PÓS NATAL 
- MEDULA ÓSSEA -> na medula tem várias substância e sofre várias interferencias onde a medula começa a sua produção, 
multiplicação para conseguir liberar hemácia para corrente circulatória. E na corrente circulatória a hemácia carrea 
oxigênio (precisa de O2 para oxigenar todos os tecidos). 
Precisa fazer com que o oxigênio saia da medula (hemácia) e atinja os tecidos – (não adianta produzir hemácia cheia de 
O2, se ela não conssegue fazer a função dela que é oxigenar o tecido). Precisa de substâncias que liberem esse O2 contido 
dentro da hemácia para poder fazer sua função. 
Se não tem hemácia –> não tem O2 -> tecido necrosa. 
 
PÓS NATAL (AJUDA) 
BAÇO 
O baço tem uma função primordial antes do nascimento (pré hematopoiético - sequestra e armazena hemácia e 
plaquetas), e continua armazenando depois que o animal nasce, isso serve para quando precisar do baço em certas 
situações. 
O baço faz uma CONTRAÇÃO ESPLÊNICA MOMENTÂNEA, e isso vai ajudar em casos de HEMORRAGIA AGUDA (traumas, 
cirurgias), resolvendo o problema naquele instante. 
Ex: em alguma cirurgia deu algum problema e começou a estravasar sangue,tendo uma hemorragia no momento, no 
organismo não dá tempo de enviar sinais para a medula óssea para ela produzir (porque leva um tempo), e precisa de 
hemácias e não vai ter, precisa manter o grau de oxigênio no organismo, então o baço faz uma contração esplênica 
momentânea (porque é uma hemorragia aguda). O baço vai mandar tudo o que tem, e essa hemácia vai para tentar 
manter o grau de oxigênio. 
 
Na prática: vai atender um animal que sofreu um trauma (foi atropelado) e tem uma hemorragia interna. Os médicos 
acham que precisa fazer uma transfussão porque está vendo que está perdendo sangue, precisa intervir e decide fazer 
transfusão de primeiro momento. Vai pedir então o Volume Globular (exame que mede % de hemácias do animal – tem 
diferentes valores para cada espécie. Ex: cão 37 – 55%). Se no Volume Globular deu 60% (significa que ele não está 
anêmico, porque deu acima do valor normal), vai esperar 1 hora no primeiro momento (baço está agindo). Depois de 1 
hora cai para 20%. 
Muito clínico erra porque vê o valor do volume globular alto e não faz a transfusão, pensando que não está perdendo 
muito sangue, esquecendo que o baço pode estar agindo no momento. 
Quem precisa tirar o baço não tem esse “plano B” 
 
O baço também funciona (contração esplênica) como “plano B” quando tem baixa oxigenação ou precisa aumentar a 
oxigênação (exercício físico – cavalo, cão). Depois do exercicio físico a % de hemácias vai estar alta, porque fez o exercicio, 
precisou oxigenar mais e precisou fazer a contração esplênica. 
 
Então o baço funciona tanto para perda de sangue, ou para qualquer motivo que tenha que aumentar a oxigenação, como 
por exemplo o exercicio físico. (Quando tem aquela pontada, é quando o baço está funcionando, porque está fazendo 
exercicio acima do que está acostumado, e o baço contrai para enviar mais O2). 
 
 
PÓS NATAL: MEDULA ÓSSEA (M.O.) 
Nos ultimos dias antes do nascimento, a medula já começa a produzir. 
A medula óssea é a “fábrica” de todas as células! Porque ela vai dar origem (dependendo do estímulo que ela receba) às 
hemácias, aos leucócitos e as plaquetas (produz tudo). Se tiver algum problema nessa produção vai ter um 
comprometimento sério em um ou até nos 3 elementos. 
 
Stem cell (célula tronco) -> é uma célula de origem mesenquemal pluripotencial, isso significa que ela tem capacidade 
de se transformar em Hemácia, Leucócito, Plaqueta, Tecido, Órgãos (regenerando). Ela faz isso dependente de estímulos, 
em cada um com um estímulo diferente. 
(Será estudado primeiramente só a hemácia). 
Tudo sai da medula óssea. Se tiver algum problema tem que saber como está a “fábrica”. 
A medula óssea tem um limite de produção (não pode esperar tudo dela). 
 
A produção medular é diferente conforme a idade: 
ALTA -> filhote 
MÉDIA -> adulto 
BAIXA -> idoso 
A importância disso é que quando for pedir um mielograma (avaliar a “fábrica do animal”) tem que saber a idade do 
animal para ver se ele está produzindo adequadamente em relação à idade. O clínico avalia a produção de acordo com a 
faixa etária do animal, não pode esperar uma alta produção de células em um animal idoso (depende da raça, da espécie). 
Ex: se tiver uma produção baixa em um animal de 11 anos, pra ele vai tá bom. Agora se for uma produção baixa em um 
animal de 2 meses, vai indicar que tem alguma coisa errada (prognóstico desfavorável, porque não consegue produzir). 
Mielograma = exame de medula óssea 
 
Ehrlichiose afeta M.O. (afetando sua produção) no quadro (fase) crônico, vai ter diminuição de hemácias, diminuição de 
leucócitos e diminuição de plaquetas, quando tem essa diminuição é chamado de PANCITOPENIA (anemia, leucopenia e 
trombocitopenia - todas células diminuidas). QUANDO TEM COMPROMETIMENTO DA MEDULA É QUADRO CRÔNICO (EM 
TODOS OS CASOS), porque a medula é a fábrica, e quem vai ser acometido primeiro antes da fábrica é o sangue periférico 
(fase aguda), a fase crônica tem que evoluir, piorando o quadro até chegar na medula. 
O Prognóstico para o animal que tem ehrlichiose crônica é desfavorável, mas não vai ser sempre - vai depender da idade 
e produção. Ex: em filhotes pode conseguir reverter e recuperar porque a M.O. está produzindo, se tratar consegue 
reverter, mas vai depender do tratamento (se vai tratar), se o animal vai responder. (SEMPRE E NUNCA NÃO EXISTEM 
NESTA DISCIPLINA). E as vezes pode acontecer de ter um animal idoso e estiver ótimo, então pode ser que a medula 
consiga reverter com o tratamento. 
A ehrlichiose no quadro agudo vai atingir o sangue periférico. 
 
 HEMÁCIA OU ERITRÓCITO (são a mesma coisa) 
É uma célula bicôncova, anucleada (mamiferos) com função de carrear O2 
(Em aves e repteis é uma célula eliptica e nucleada) 
 
Em mamíferos essa célula tem que sair bicôncova, sem núcleo, começa grande e vai diminuindo (como mostra na imagem 
abaixo. Mesmo sendo bicôncova vê ela redonda porque é assim que a gente vê no microscópio). Vai da medula óssea até 
o sangue periferico (sequência de mudança), passa pelos vasos (circulação), tem que madurar e diminuir. 
A primeira é grandona com núcleo, até chegar na hemácia sem núcleo. 
 
Medula ----------------------------------------------------------------------------------------------- sangue periferico 
Acontece na M.O. e termina a maduração no sangue periferico. 
O sangue periferico no animal tem que ter 90% desse tipo de hemácia (sem núcleo, pequena e carreando O2) 
Para acontecer isto não é tão simples, precisa de constituintes das hemácias. 
 
CONSTITUINTES DAS HEMÁCIAS 
Os constituintes das hemácias precisa ter: 
- Membrana lipoproteíca (gordura + proteina) 
 Gordura dá maleabilidadade -> Maleável “mole” 
Essa membrana (em cada hemácia) precisa ter váarios constituintes para que ela possa diminuir o tamanho e passar da 
medula para o sangue periferico, essa passagem é pelos vasos (circulação). Para ir para circulação ela não pode ir grande 
(não passa), ela tem que madurar. Para ela passar para todos capilares, microcapilares, ela não pode ser dura. Então a 
membrana lipoproteíca é formada por gordura e proteína, onde a gordura vai dar maleabilidade (mole) para a hemácia 
se encaixar nos vasos para ela poder passar sem romper. Se tiver só a proteína (que dá a estabilidade da membrana) ela 
rompe, porque ela é dura. 
- Hemoglobina -> precisa de hemoglobina para fazer transporte de O2 (guardar O2) 
Na verdade o oxigênio fica dentro de hemoglobina (se não tiver hemoglobina não tem O2), o O2 tem que ficar dentro da 
hemoglobina. Dentro da hemácia há milhões de partículas de hemoglobina. 
Não adinta ter tudo isso se não consegue fazer passar a hemácia da M.O. para a circulação, ela não vai sozinha, tem que 
“empurrar”, ela vai precisar de ATP (energia) e uma outra substância. 
- Energia -> ATP -> carreada 
A hemácia precisa de energia (ATP) para ela ser carreada. 
E a 2,3 DIFOSGLICERATO (2,3 DPG) é necessária para permitir a liberação do O2 que está dentro da hemoglobina para os 
tecidos – não adianta a M.O produzir uma hemácia bonita, mole, que consiga ir para a circulação, tenha energia (ATP) 
para conseguir levar para os tecidos, se não tiver essa substância para fazer o O2 sair da hemoglobina e ir para os tecidos. 
Todas as hemácias tem que ter essa substância (o organismo produz 2,3 DPG) para fazer com que O2 saia da hemoglobina. 
No caso de bolsa de sangue no máximo ela dura 7 dias, o sangue armazenado começa a cair gradativamente 2,3 DPG, se 
não tiver o 2,3 DPG não adianta ter o sangue porque não vai a função de oxigenar porque não vai liberar 02 de dentro da 
hemácia. Se usar sangue velho para fazer transfunção, não vai ter essa função (o sangue é feito para oxigenar). 
Laboratoriamente pode dosar o quanto tem de 2,3 DPG e ver se vale a pena usar a bolsa ou não. 
O sangue quanto menos O2 mais escuro é (sangue venoso mais escuro que o arterial).Para que a hemácia faça sua função e consiga ser transportada, precisa de alguns estímulos (ela não faz isso sozinha) que 
são: 
 
ESTIMULOS PARA LIBERAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO ERITROCITÁRIA (são 3 estímulos) 
 INTERLEUCINA 3 (IL3) 
Precisa da interleucina 3 
Animal imunocompetente a produção irá diminuir, então se tiver um problema (baixa) de imunidade pode ter um 
problema de hipoplasia medular, porque não vai estar produzindo intercelucina 3, e além da imunidade a interleucina faz 
a produção e liberação. 
 FEC (OU UFC) – GM (FATOR ESTIMULADOR DE COLÔNIAS – GRANULÓCITOS E/OU 
MONÓCITOS -> (os dois são leucócitos)) 
O fator estimulador de colônia vai estimular a colonia a se multiplicar e se transformar em outras, e vão se 
multiplicando e transformando... 
Uma colonia é os “blasto” de cada célula em desenvolvimento (imagem que está acima). 
 
Os granulocitos são células que tem granulos, que são: eosinófilo , basofilo e neutrófilo (1ª que defende). 
O neutrófilo contém granulos (granulócito) que não são conservados em condições normais – no animal só vê 
granulo visível no neutrófilo quando ele tem algum problema. 
Monócito (defesa tardia) e neutrófilo (1ª que defende). 
O monócitos não é granulócitos, o monócito é mononuclear ou aglanulócito 
É uma UNIDADE FORMADORA DE COLÔNIA (UFC) que dá origem à todas essas células (granulócito e neutrófilo) 
+ as hemácias. Se tiver uma diminuição ou problema nessa UFC a consequencia para o animal e pro sangue 
periférico é ficar sem defesa (a primeira célula que defende é o neutrófilo, depois monócito (defesa tardia), sem 
hemácias, tendo ANEMIA CRÔNICA. É dificil descobrir esse tipo de anemia porque o animal produz, e sabe que 
ele produz porque na interleucina está intacto, ele tem a interleucina estimulando e tem mais um fator. 
 ERITROPOETINA -> HORMÔNIO 
A eritropoetina é produzida nos RINS (eritrogenina) 
 FÍGADO (eritropoetinogenio) 
A eritropoetina tem precursores, então o precursor da eritropoetina nos rins é o eritrogenina e no fígado é o 
eritropoetinogenio. Quando isso é convertido é assim: nesses dois órgãos (rins e fígado) ele têm os precursores, 
não tem a eritropoetina no rim ou no fígado, mas sim precursor da eritropoetina. E esses precursores só são 
convertido (ex: eritrogenina em eritropoetina) para agir na medula quando são estimulados pela falta de 
oxigênio (HIPÓXIA). Toda vez que tiver hipoxia (em maior ou menor grau) há conversão da eritrogenina em 
eritropoetina, essa eritropoetina vai fazer com as hemácias sejam liberadas. 
 
 
Para as hemácias terem quantidades suficiente no sangue periferico, precisa de 3 substâncias: interleucina 3, 
fator estimulador de colônia (granulócito e monócito, vai estimular as hemácias a se multiplicarem e irem para 
corrente circulatória), e a eritropoetina, que é um hormônio e só é convertida em hormônio quando o rim e o 
fígado manterem os precursores da eritropoetina, então eles precisam ser convertidos em eritropoetina para 
ela fazer maturação e multiplicação das hemácias. Só vai ter a eritropoetina ativa quando a eritrogenina se 
converter em eritropoetina; o eritropoetinogenio se converter em eritropoetina, e isso só vai acontecer em 
situação de diminuição de oxigenação (hipóxia – ela que faz essa conversão). E essa hipóxia não precisa ser 
necessariamente um problema, a destruição normal da hemácia já é considerada uma situação de hipóxia, e já 
libera eritropoetina para formar outras hemácias. 
O que acontece nas anemia é que vai ter uma baixa quantidade de O2 e quando é isso precisa converter mais 
eritropoetina para formação de hemácia. A eritropoetina é considerada dooping (injetado) porque aumenta 
aumentando produção e liberação de hemácias, aumentando oxigenação, melhorando a perfomace, isso 
acontece quando não se precisa de O2 mas se quer aumentar a quantidade dele, como dessa maneira não vai 
ter conversão, então coloca a eritropoetina no organismo – por isso é considerado dooping. Aumentando 
liberação de hemácias, aumenta teor de O2 – faz exercício mais perfeito. É dificil pegar o dooping porque a 
eritropoetina é natural ( o organismo produz). O que estão fazendo para tentar evitar esse tipo de coisa é 
avaliando cada atleta e vendo seu perfil normal de hemácias, se for pego no dooping vai ter que ter um padrão 
para comparar e ter um controle, se aumentar muito acima do controle normal vai ter a suspeita de dooping. 
Se tiver uma nefropatia ou uma hepatopatia o que acontece ? Por que em insuficiencia renal crônica tem 
anemia e queda de assução ? Porque não tem a eritropoetina. Se tiver uma insuficiência renal crônica, a 
consequência é anemia crônica. 
 
Resumindo: Vimos que a hemácia é produzida antes do nascimento e depois do nascimento, ela precisa de 
constituintes para formação dela; tem hemoglobina, dentro da hemoglobina tem O2, e para esse O2 ser 
transportado precisa de energia e 2,3 DPG que é uma substância que faz com que o oxigênio seja liberado da 
hemoglobina. E para a multiplicação eritrocitária até chegar no sangue periferico precisa de 3 substâncias: 
interleucina 3, fator estimulador de colônia e a eritropoetina. A eritropoetina só é convertida em eritropoetina 
de acordo com os precursores, então precisa de baixa oxigenação para a eritrogenina ser convertida em 
eritropoetina, se tiver problema renal ou hepático, isso vai cair (produção eritrocitária). E dependendo da 
gravidade do problema não vai ter mais a produção, tendo uma destruição eritrocitária (hemácia). 
 
A hemácia chega ao sangue periferico depois de carrear oxigênio, transportou para os tecidos, e o que acontece 
depois? Ela tem uma meia vida que varia conforme a espécie, então sem acontecer nada as células vão morrer 
de acordo com os dias como mostra o quadro abaixo: 
Cão 120 dias 
Gato 70 dias 
Cavalo 145 dias 
Bovino 160 dias 
 
É bom saber isso (não precisa decorar os dias) para destinguir um caso de anemia. 
Ex: em um caso de anemia, a espécie que vai visualizar mais rápido que está anemico é o gato! Depois vem o cão, cavalo, 
bovino, respectivamente. 
A hemácia no gato dura menos na circulação. É importante saber na clínica que o gato é mais rápido que o cão porque 
em caso de insuficiência renal por exemplo, sabe que ele não vai produzir hemácia e que a hemácia dele já dura menos, 
então o que tem que fazer nele transfusão com mais frequência que no cão. O risco é que não se pode fazer toda hora a 
transfusão, porque se der muita transfusão para o animal, além de ser complicado, não precisa de bolsa, colhe uma 
seringa de 20 mL e coloca anticoagulante, não é fácil fazer; também corre risco de incompatibildade. 
Apesar de o cão ter um pouco mais de tempo de duração de hemácia, dependendo do quadro do animal vai ter que fazer 
transfusões as vezes quinzenais, e o risco de incompatibilidade vai aumentando. 
A reação de uma transfusão em um bovino é feia. 
Se faz uma prova de compatibilidade sanguínea antes de fazer as transfusões, porque na hora que der uma reação tem 
que estar pelo menos com o medicamento na mão (corticóide para evitar reação anafilática). Para fazer o teste aqui pega 
plasma de um e hemácia do outro e faz reação cruzada. Em casos extremos, se tiver no campo, pega sangue e pinga no 
olho, para ver se dá reação, não é um exame muito fiel. Mas se for um caso de emergência que não tiver outro jeito, pega 
o sangue que tiver e aplica medicamento. 
 
 
 DESTRUIÇÃO ERITROCITÁRIA 
Para a hemácia ser liberada e destruída, precisa alguém fagocitar. 
Pode acontecer de duas formas: 
 INTRAVASCULAR 
 EXTRAVASCULAR 
 
INTRAVASCULAR 
Dentro do vaso ela vai se romper, não precisa ser fagocitada – por uma fragilidade ela acaba se rompendo e perde 
constituintes 
As doenças que causam hemólise intravascular são: 
- BABESIOSE – o agente se multiplica dentro da hemácia, vai se multiplicando até a parede ficar frágil; 
- LEPTOSPIROSE - a bactériafaz com que a parede da hemácia fique frágil; 
- INTOXICAÇÕES – algumas intoxicações causam hemolise. Precisa do sistema mononuclear fagocitário para fazer isso. 
(As intoxicações podem ser por minerais em excesso). 
 
EXTRAVASCULAR 
Fagocitose SMF (sistema monuclear fagocitário) 
O que acontece na fagocitose: o monócito fagocita e a hemácia é “quebrada” 
 
Na babesiose pode ter as duas formas de destruição: a babesia pode se multiplicar até romper ou pode estar dentro da 
hemacia sem rompimento, ser considerada como estranha e ser fagocitada. 
As vezes na lâmina vê uma hemácia sendo fagocitada por um monócito e dentro da hemácia tem merozoítos de babesia. 
 
O que acontece com a hemácia quebrada: 
 HEMÁCIA 
 ↓ 
 Membrana lipoproteíca → lipídios 
 ↘ 
 Aminoácidos – para formar novas proteínas 
 
 
 HEMOGLOBINA → fração heme (tem que ser eliminada) 
 ↘ 
 Fração globina -> proteína -> aminoácido 
Explicação; 
Hemácia 
Não pode jogar fora essa hemácia, pode destrui-la e reaproveitar o que ela tem. 
Então os lipídios vão ser reaproveitados para formar uma nova membrana. 
A proteína é convertida em uma cadeia de aminoácidos para formar novas proteínas. 
 
Hemoglobina 
Dentro da hemoglobina tem: uma fração Heme, e uma fração Globina (que é uma outra proteína). 
Então se a fração Globina é uma outra proteína, ela vai virar aminoácido. 
Já a fração Heme vai ter outra solução, ela tem que ser eliminada (ela não pode ficar no organismo). 
 
 HEME (Hb) 
 ↓ Fases de degradação 
 BILIRRUBINA (FG) → Bilirrubina indireta ou não conjugada (se ficar no organismo animal amarelo) 
 ↓ 
 + albumina (proteína produzida FG) – bilirrubina direta ou conjugada 
 ↓ ductos biliares 
 Urobilinogênio e estercobilinogênio 
 Urina Fezes 
 (amarela) (cor acastanhada) 
 
Explicação: essa fração Heme veio da constituição da hemoglobina, ela passa por inumeras fases de degradação e o 
produto final é a bilirrubina. Ela passa no fígado, nele a bilirrubina vai ser associada à albumina (proteína produzida no 
fígado). 
Essa fração heme vai ser convertida em bilirrubina, mas não pode ter bilirrubina no organismo, porque se tiver o animal 
fica de cor amarelada (icterícia), então essa bilirrubina tem que ser associada à albumina para poder ser eliminada. Passa 
pelos ductos biliares e sai na forma de urobilinogênio (pela urina) e estercobilinogênio (fezes). Essa bilirrubina que sai, que 
é normal da degradação da hemácia, ela dá coloração amarelada na urina, e coloração acastanhada nas fezes. 
Antes de ser associada à albumina, essa bilirrubina não conjugada é chamada de bilirrubina indireta. Quando passa o 
fígado e associa à albumina, é chamada de bilirrubina direta ou conjugada. 
Isso tudo está sempre acontecendo em condições normais, mas o excesso de bilirrubina leva a icterícia. 
 
Quando tem ictericia tem excesso de bilirrubina 
As causas de ictericia são (ela pode ser): 
- Hepática (quando no fígado há diminuição da produção de albumina) – e a bilirrubina precisa se juntas à albumina para 
ser eliminada. Se tiver problema hepático não vai ter produção de albumina, assim não vai ter como liga-la à bilirrubina. 
- Pré hepática -> por hemólise intravascular – não precisa passar pelo fígado, porque vai romper antes. 
Ex: babesiose, lepstospirose. 
- Pós hepática -> colestase (obstrução dos ductos biliares) – não precisa estar necessariamente obstruído totalmente, 
pode estar inflamado, então as vezes os ductos têm um certo grau de inflamação que impede a saída total dessa 
bilirrubina e isso acumula. 
Então a ictericia não é só hepática, a causa dela pode ter sido pré hepática, aumentando todo o fluxo. Na hepática antes 
está normal, mas o fígado não tem albumina, então acumula. E pode estar obstruído ou com inflamação, que dificulta a 
liberação. 
 
Se dificultar a liberação a urina e as fezes ficam com que cor? 
 
URINA (depende da causa da icterícia) 
Ambar (muita bilirrubina saindo) 
Clara (caso de obstrução, não tem bilirrubina saindo)- pós hepática 
 
FEZES 
Claras (↓ bilirrubina) 
Escuras (↑↑↑ bilirrubina) – muito estercobilinogênio 
 
Já se tiver gordura nas fezes (brilhante, boiando) o problema está nos sais biliares (eles não vão estar sendo liberados), 
também no pâncreas exócrino (digestão). 
O pâncreas endócrino quando tem problema causa diabete tipo 1, já a tipo 2 é por obesidade por falha de receptor. 
 
23/02 
 
ANEMIAS E POLITEMIAS 
 
ANEMIAS 
Na aula passada viu como a hemácia era formada, transportada e destruída em condição normal, agora vai ver o que 
acontece quando o animal perde sangue (hemácias), quais são as causas, e como pode classificar essa anemia: se a medula 
óssea está respondendo frente a perder sangue ou não. Já na policitemia vai ver o que acontece quando tem um excesso 
de hemácias na circulação. 
Falta de hemácias -> anemia 
Excesso de hemácias -> policitemia 
 
Pode definir a anemia como: 
DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE HEMÁCIAS E/OU DIMINUIÇÃO DA % DE HEMÁCIAS (HEMATÓCRITO OU VOLUME 
GLOBULAR) E/OU DIMINUIÇÃO DA HEMOGLOBINA – vai classificar como animal anêmico quando tiver qualquer um dos 
3 parâmetros diminuidos, ou eles associados. 
 
A anemia é classificada (dividida) de dois grandes tipos: 
- RELATIVA 
- ABSOLUTA 
ANEMIA RELATIVA: é proveniente da expansão plasmática – expansão plasmática é o aumento da parte líquida do sangue 
que contém fibrinogênio e anticoagulante. (O fibrinogênio é a proteína produzida pelo fígado, que quando está 
aumentado é um sinalizador de inflamação, e quando está diminuida é um sinalizador de problema no fígado ou na 
cascata de coagulação). 
Exemplos de coisas que aumentam a parte líquida do sangue e levam à anemia relativa (medula óssea normal): 
- fluidoterapia (dá líquido para o animal) 
- prenhez – é comum terem anemia (tanto em animais, como seres humanos), porque se expande com o líquido e o feto, 
mas a partir do momento que tem os filhotes volta ao normal. Com a prenhez é previsto uma anemia relativa. 
A anemia relativa não tem tratamento, já tem uma causa definida, é só retirar a causa (fluidoterapia), então clinicamente 
é mais fácil de tratar. Em caso de prenhez, não se trata, tem que esperar parir, antes não dá para tratar. E na fluidoterapia 
para de dar o liquido. 
O que interessa mais para a gente são as anemia absolutas. 
ANEMIAS ABSOLUTAS: as anemias absolutas precisam de associação de 3 fatores, para poder dar um diagnóstico, e a 
partir do diagnóstico, um prognóstico. No diagnóstico vai saber a causa (se é erliquiose, babesiose, lepstopirose, 
insuficiência renal, problema hepatico, problemapancreatico), a partir dessa causa vai ver se ele consegue responder; 
não vai conseguir responder mais; ou vai responder dependendo do tratamento e da idade - (na patologia não existe nem 
“sempre”, nem “nunca”, vai existir “depende” – depende do animal, da idade, do proprietário, do tratamento, do clínico). 
 
Para conseguir esse diagnóstico e prognóstico a anemia absoluta têm 3 classificações: 
 CAUSAS (tem que saber as causas que levam à anemia) 
 + 
 MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA (morfologia das hemácias) 
 + 
 RESPOSTA MEDULAR (se a medula óssea responde) 
 
Uma dessas sozinha não vai fazer muita coisa. Precisa associar: 
- A morfologia eritrocitária -> Se tem hemácia grande, normal, pequena; 
 Muito corada, ou pouco corada 
- Qual a principal causa de estar acontecendo a alteração morfológica na hemácia. 
- E a partir dessas duas acima vai ver se o organismo (medula óssea – “fábrica”) responde ou não. 
E a partir da associação dos três vai para um diagnóstico e prognóstico. 
 
A anemia relativa é sobre a parte líquida, já a absoluta é a parte celular. 
Por isso que a absoluta é clinicamente importante, porque está mexendo com produção e resposta medular. Precisa saber 
a causa e precisa tratar, se não tratar o animal morre. Na relativa é fácil tratar, porque sabe a causa, não tem alteração 
na produção medular. 
 
A partir de agora só irá falar das anemias absolutas. 
 
ANEMIAS ABSOLUTAS 
A partir do momento que tem anemia (hemácia diminuida, e/ou hemoglobina, e/ou volume globular), começa a classificar 
essa anemia. 
A MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA também é chamada de ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS (hemácia). 
Os índices hematimétricos que aparecem no exame de sangue, que começa a classificar o tipo de resposta que ele têm, 
são (todos referentes à hemácia): 
- TAMANHO (VCM) 
- COR (CHCM) 
- DIÂMETRO (RDW) 
Precisam saber isso das hemácias para poder começar a pensar nas principais causas. Dependendo do tamanho tem uma 
causa mais provável. 
 
1.TAMANHO: 
Volume corpuscular médio (VCM) = tamanho 
O VCM mede o tamanho da hemácia, por um cálculo matemático 
Formula: 
VCM = VG X 10 / nº total de hemácias em milhões VG= volume globular (% de hemácias) 
 
Cada espécie tem um número de VCM (tamanho), isso sai no laudo. 
O VCM (podendo variar 10%) pode ser: 
- MACROCÍTICO (agudo) –> quando o VCM está acima do valor normal para a espécie (cada espécie tem um valor normal) 
- NORMOCÍTICO (depende) –> quando o VCM está normal – precisa classificar quando o VCM está normal porque não 
está mexendo com um animal normal, está mexendo com um animal anêmico 
- MICROCÍTICO (crônico) –> quando o VCM está abaixo do valor normal para a espécie. 
 
Não adianta falar que é macrocítico, por exemplo, precisa saber o que significa ser macrocítico. 
Qual dos 3 seria uma resposta melhor frente à anemia ? (VCM alto, normal ou baixo) Por que ? 
R: Na maturação da hemácia ela sai da medula óssea grande, ela tem que diminuir o tamanho, perder o núcleo e chegar 
no periférico, isso é uma situação normal. Essa situação não é normal, então se não tem a hemácia do tamanho normal, 
a medula manda uma maior, se não deu conta, manda uma maior ainda com núcleo. Quanto maior o tamanho e a 
precocidade da hemácia (aparece no sangue periférico com núcleo, ou com resto de núcleo), melhor é a resposta! Porque 
a medula óssea se não tem a normal, manda a que tem (hemácia jovem), e isso vai aparecendo no sangue periferico. 
Então a melhor resposta frente a uma anemia é a macrocítica (99% é boa). 
A macrocítose é de caso AGUDO. 
 
A hemácia microcítica (menor que o tamanho normal) liberada na circulação acontece por estar velha ou com falha na 
produção (falta de viitamina, ferro, alguma substância na membrana) que fez com que não se desenvolvesse. 
Quando tem muita microcítose é ruim, sendo então de caso CRÔNICO. O microcítico é pior para o animal, porque se parte 
do príncipio que ela não foi produzida adequadamente, está faltando alguma coisa (vit, ferro), ou parte da hemoglobina, 
e se não tem alguma coisa, não tem tanto oxigênio, portanto não vai oxigenar, não vai fazer o transporte. 
No suíno quando nasce tem que aplicar ferro, porque é normal terem deficiência dessa substância, nascendo com uma 
anemia microcítica, isso já é esperado, e para evitar isso fortalece a hemácia dando mais ferro. 
 
A hemácia normocítica é a maior preocupação, porque as vezes não vai achar a causa (porque a hemácia está normal). 
Então fica dependente de outras alterações que vê no hemograma. A normocítica é a maior preocupação, porque é 
melhor ter uma hemácia grande (que significa que a medula está mandando o que ela tem), do que estar simplesmente 
normal (não mandou nada, ta produzindo, não tem estímulo, não consegue liberar o que ela tem). Isso é ruim, só que vai 
depender, depende de outras alterações, que vai ter que associar e fazer isso dependendo da espécie. 
Tem o VCM, a espécie envolvida (cada espécie tem um tipo de resposta), e se vai ter resposta medular ou não e de que 
tipo a resposta. 
 
Não adianta ter só o VCM, agora vai ser associado à algumas observações na FORMA DA HEMÁCIA, e isso só se consegue 
olhando no microscópio. Então além do VCM tem que olhar a lâmina. O laudo que sai no aparelho de contagem de 
hemácia não faz a microscópia, tem que olhar a hemácia para dar um laudo mais preciso. 
Essas observações na morfologia (microscopia) são: 
- ANISOCITOSE => É a diferença de tamanho entre as hemácias. 
Toda vez que tiver anisocitose não é bom (porque pode ter diferença para mais ou para menos). 
 Se tiver uma anisocitose macrocítica (diferença de tamanho das hemácias, só que as hemácias estão 
grandes), é FAVORÁVEL, na maioria das vezes. 
 Se tiver anisocitose microcítica, normalmente é DESFAVORÁVEL. 
Não tem anisocitose normocítica porque normo é normal, não tem diferença de tamanho. 
 
Próximo índice hematimetrico: 
2.CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM) 
CHCM -> COR DA HEMÁCIA 
O cálculo é 
CHCM = Hb X 100 / VG 
Hb= hemoglobina (dá a cor) 
VG= % de hemácias 
(o cálculo não cai na prova, já vai dar o valor calculado, mas tem que saber da onde vem, porque as vezes pode ser que o 
laudo não tenha). 
 
Referente à cor, a hemácia pode ser: 
- HIPOCRÔMICA (diminuição da cor) –> se tem diminuição da cor, quer dizer que tem baixa hemoglobina (ou Hb imatura) 
- NORMOCRÔMICA –> cor normal 
- HIPERCRÔMICA –> aumento da hemoglobina 
 
Quando que pode ter essas 3? 
A HIPOCRÔMICA está mais associada com anemia MACROCÍTICA (hemácia grande e nova) porque vai estar aumentado o 
tamanho, e a hemoglobina é imatura (não está finalizada), precisava de mais tempo na médula e não teve, porque é um 
animal que não está normal – então vai ser uma hemácia grande e pouco corada. Vai ser uma anemia MACROCÍTICA 
HIPOCRÔMICA. 
 
ANEMIA MACROCÍTICA 
 𝐻𝐼𝑃𝑂𝐶𝑅Ô𝑀𝐼𝐶𝐴 → 𝐹𝐴𝑉𝑂𝑅Á𝑉𝐸𝐿 (a hemácia está grande, pouco corada porque ela é jovem, significa que a M.O. 
está mandando a hemácia que ela tem) 
 𝑁𝑂𝑅𝑀𝑂𝐶𝑅Ô𝑀𝐼𝐶𝐴 → 𝐹𝐴𝑉𝑂𝑅Á𝑉𝐸𝐿 (a hemácia está grande, mas a coloração está normal, é bom também, porque 
as macrocitoses significa que é uma hemácia um pouquinho mais velha, mas deu tempo de maturar) 
 
ANEMIA NORMOCÍTICA 
 HIPOCRÔMICA → DESFAVORÁVEL 
 NORMOCRÔMICA → DESFAVORÁVEL 
A anemia normocítica independente se for hipocrômica ou normocrômica, o prognóstico édesfavorável. Mesmo que 
tenha tamanho e cor normal é anêmico, se fosse em alguém saudável seria normal. O problema é quando está normal de 
cor e tamanho e é anêmico, significa que não ta bom. 
 
ANEMIA MICROCÍTICA 
 HIPOCRÔMICA → DESFAVORÁVEL 
 NORMOCRÔMICA → DESFAVORÁVEL 
As microcíticas independente de hipocrômica ou normocrômica, são desfavoráveis. 
 
*A hipercrômica vai falar separado 
ANEMIA HIPERCRÔMICA 
As causas que levam ao aumento de hemoglobina (hipercrômia) na circulação é HEMÓLISE, porque dentro da hemácia 
tem hemoglobina, se sai muita Hb é porque rompeu a hemácia. 
A causa da hemólise pode ser por muitas causas, desde: 
- a coleta 
- acondicionamento (congelamento, etc) 
- dificuldade de colher a amostra 
- pode ter hemoparasitas 
- pode ter intoxicação 
- pode ter envenenamento 
- pode ser nutricional 
Então a hipercrômia tem causa, não é problema da medula praticamente, ou é produzido por alguém, ou o animal está 
com alguma alteração que leva a ter uma hipercrômia, porque se tem excesso de hemoglobina o CHCM vai estar alto 
(cálculo matemático). 
 
Assim como o VCM se observa na morfologia, o CHCM também, o que observa na morfologia: CHCM + MICROSCÓPIA, vai 
observar: 
- POLICROMASIA 
- HIPOCROMASIA (mais clara na microscopia) 
Explicação: se ver um CHCM alterado, vai olhar a lâmina (microscópia). Policromasia é a diferença de cor entre as hemácias 
(uma mais roxinha, outra menos roxinha). 
Quando todas estão mais claras que o normal, ela está em Hipocrômia (diminuição da cor). 
 
 
3.DIÂMETRO DA HEMÁCIA - (RDW) RED DISTRIBUTION WIDTH – (dá exatamente o tamanho da hemácia) 
Até pouco tempo atrás a veterinária tinha equipamentos mais simples, e só calculava VCM e CHCM, e esses dois têm uma 
variação de 10% (para mais ou para menos), não são exatos. Com o passar do tempo teve esse novo parâmetro, esse 
calculo se obteve somente de equipamento eletrônico (não tem cálculo matemático). 
A hemácia passa por um feixe, onde é medido uma por uma, dando exatamente o tamanho da hemácia. 
Quando a hemácia passa nesse feixe, ela pode dar dois tipos de RDW: o CV e o SD. 
CV 
- O CV está relacionado sempre ao tamanho, ao VCM, e é isso que sai no laudo. O RDW CV vai medir o tamanho da 
hemácia, a HETEROGENICIDADE da amostra, isso significa que vai medir a diferença de tamanho entre as hemácias, 
quanto maior a diferença de tamanho, mais alto vai dar o gráfico. 
Quanto maior a heterogenicidade, mais alto vai ser o grafico, e maior vai ser o coeficiente. 
RDW CV ↑, significa que o VCM é ↑ = (macrocitose) – porque o VCM é outro índice que mede o tamanho da hemácia. 
Explicando melhor: quando o aparelho faz o diâmetro da hemácia, e o valor dado é mais alto que o normal significa que 
têm hemácias de tamanhos diferentes (grandes hemácias), isso vai aumentar o gráfico. 
Então sempre o CV associa ao VCM que é o tamanho. 
Associa RDW CV, VCM e observação. Sempre que tem olhar a observação. 
O VCM é um valor médio, já o CV é mais preciso que o VCM. 
 
SD – vai ver homogenicidade 
O SD é um outro exame, que quanto mais homôgenio for o gráfico, mais largo ele vai ser. Homogênio quer dizer igual. 
Então nesse caso vai ser Anemia Normocítica ou Microcítica. Se for micro, mesmo que tenha um pouco de diferença ele 
não vai aumentar na altura, mas sim na largura, porque a hemácia é pequena. 
Explicando melhor: Quanto mais homogenio for, ele não vai aumentar o gráfico, vai alargar. Se alarga, a anemia 
normocítica faz isso, porque a hemácia está de tamanho normal, não aumentando o gráfico (não tem nada que faça com 
que ele suba). A microcítica também pode acontecer isso porque ela é pequena, não vai dar para aumentar a altura, mas 
aumenta a largura. 
 
 
 
Outra situação: 
E se o CV está aumentado e o VCM não está (está normal), o que pode estar acontecendo? Isso pode acontecer, porque 
o VCM tem uma variação de 10% (cálculo matemático que pode dar um pouco de erro), o que pode levar a ter um valor 
normal de VCM, sendo um erro considerado normal. O RDW é um laudo muito mais preciso, porque ele conta uma por 
uma as hemácias. 
Então sempre se tiver a oportunidade de ter um laudo com o RDW, é ele que vai prevalecer, porque é mais preciso. Tem 
laboratórios que não têm equipamento que faça o RDW, são mais simples. 
 
 CAUSAS DA ANEMIA 
Basicamente pode serapar em 3 grandes grupos que podem levar a uma anemia: 
 
1.HEMORRÁGICAS - A mais básica 
Está perdendo sangue porque tem hemorrágia, só que tem que definir se é AGUDA OU CRÔNICA. Define isso a partir dos 
índices hematimétricos. 
- HEMORRÁGICA AGUDA (perde muito sangue, em pouco tempo) : 
 MACROCÍTICA; HIPOCRÔMICA / NORMOCRÔMICA; ↑ RDW 
 
- HEMORRÁGICA CRÔNICA (perde pouco sangue, durante muito tempo) : 
MICROCÍTICA; HIPO / NORMOCRÔMICA; RDW NORMAL OU ↓ 
NORMOCÍTICA; HIPO / NORMOCRÔMICA; RDW NORMAL 
 
 
 
Exemplos de hemorrágias: 
- fratura ↘ 
- atropelamento → HEMORRAGIA AGUDA 
- ato cirurgico ↗ 
 
Na aguda tem que resolver, senão animal morre. 
Na crônica pode durar semanas, meses, anos, porque se estabiliza porque perde pouco, durante muito tempo. Por isso 
também que a hemácia pode ser normocítica, ou evoluindo para microcítica (já não tem mais o que fazer). 
 
2.HEMOLÍTICAS 
Ex: babesiose, leptospirose, intoxicação 
As hemolíticas normalmente são: MACROCÍTICA HIPOCRÔMICA (↑ RDW) 
Se pega animal com babesiose, vai ter uma alta quebra de hemácias, não altera a medula, a medula vai estar respondendo, 
ela responde com células jovens. 
 
3.HIPOPROLIFERATIVAS (relacionada com a produção medular) 
Hipoproliferativa é diminuição da produção, sempre está relacionada com a produção medular. 
Na hipoproliferativa ela produz, mas produz pouco, produz insuficiente para o grau de anemia. 
É crônico, sendo então: 
- MICROCÍTICA / NORMOCÍTICA ; RDW ↓ OU RDW NORMAL 
- NORMOCRÔMICA / HIPOCRÔMICA ; RDW ↓ OU RDW NORMAL 
 
A partir do momento que sabe a causa, por exemplo, um excesso de estrogeno que o animal recebeu e ai alterou a 
produção medular, sabe que vai ter uma anemia como consequência, uma anemia microcítica ou normocítica, porque 
não está mais produzindo, ou produz pouco. 
 
TUDO QUE FOI FALADO ATÉ AGORA, VAI DEPENDER DA RESPOSTA MEDULAR E DA ESPÉCIE. 
 
 RESPOSTA MEDULAR 
A anemia pode ser: 
 REGENERATIVA: quando há resposta medular condizente com o grau de anemia. 
Não adianta ter resposta se não for condizente com o grau de anemia. Isso quer dizer que se responder pouco não 
vai adiantar nada, tem que responder muito bem para ser uma anemia regenerativa. 
O que leva em consideração em um animal que tem anemia regenerativa (tem que ter associação disso): 
 VCM 
 + 
 RDW 
 + 
OBSERVAÇÕES: ANISOCITOSE (diferença de tamanho entre as hemácias) MACROCÍTICA (hemácias grandes); 
POLICROMASIA (diferença de cor); HIPOCRÔMIA (pouca cor) 
 + 
HEMÁCIAS JOVENS (cada estágio da hemácia tem um nome, os principais são): ERITROBLASTO, PONTILHADO 
BASOFÍLICO, CORPUSCULO DE HOWELL – JOLLY E RETICULÓCITOS – (vai ver tudo isso quando pedir o hemograma) 
 
Essas alterações são alterações morfológicas (forma, tamanho da hemácia), e se tem hemácia jovem, quanto tipo que 
tem. 
 
ERITROBLASTO: é uma hemácia com núcleo (hemácia sai com núcleo se tiver resposta) – ela tem que ser maturada, 
perder o núcleo e diminuir de tamanho na medula óssea. Como está mexendo com animal anêmico, quanto maior a 
% de eritroblasto, melhoré a resposta, porque está mandando célula jovem para a circulação. 
 
PONTILHADO BASOFÍLICO: hemácia com resto de núcleo (não é nucleada) – que aparece mais em grande animais 
*ruminantes e cavalos (cão pode ter, mas não aparece muito nele) 
 
CORPÚSCULO DE HOWELL – JOLLY: outro nome que se dá para hemácia com resto de núcleo, mais comum nas 
espécies felinas, caninas e equinas. 
 
(Pontilhado basófilo e corpúsculo de howell-jolly não têm diferença, somente a frequência que aparece em 
determinadas espécies, então se aparecer um dos dois indica que tem resposta). 
 
RETICULÓCITOS: são hemácias jovens com restos de núcleo que vão se corar com outro tipo de corante (corantes 
supra vitais). 
Quando pede reticulócitos ele não faz parte do hemograma (só pede se tiver anêmico), tem que solicitá-lo (os outros 
3 acima (eritroblasto, pontilhado basofílico, corpúsculo de howell-jolly) fazem parte do hemograma, se aparecer 
relata). O reticulócito não tem como relatar porque precisa usar outro corante diferente (o que usa para corar lâmina). 
O corante supra vital vai somente corar hemácia que tenha resto de núcleo. 
Os reticulócitos são importantes porque quando eles estão aumentados finaliza a hemoglobinização, quer dizer que 
essa hemácia está mais próxima da normal, e é o melhor indicativo de resposta medular. 
Se tiver um exame que tenha anisocitose, eritroblasto, corpúsculo de howell-jolly e tiver pedido reticulócito, quem 
manda é o reticulócito. Se não tiver reticulócito, as outras observações quem mandam. 
O reticulócitos só vai dar informação em animais anêmicos. Então normalmente a pessoa pede o hemograma, se o 
resultado der muita anemia, faz contagem de reticulócitos. 
A técnica de reticulócito é rápida, fácil e barata. 
 
Todas as espécies têm reticulócitos, só que algumas terminam o processo de maturação da hemácia dentro da 
medula. As únicas espécies que podem liberar reticulócitos para a circulação são: 
- CÃO –> só vai ter um tipo de reticulócito, que é o chamado: AGREGADO 
 
- GATO –> o gato vai ter dois tipos de reticulócitos: AGREGADO 
 PONTEADO 
Precisa saber os dois tipos de reticulócitos do gato, para diferenciar agregado de ponteado, para definir tempo de 
anemia, e também indica que: 
 QUANDO AGREGADO FOR MAIOR QUE PONTEADO INDICA QUE A ANEMIA É AGUDA (↑VCM / ↑ RDW / 
HIPO/NORMOCRÔMIA) 
Na anemia recente/aguda vê no sangue o VCM alto, alto RDW e pode ter hipo ou normocrômia. 
 
 QUANDO O PONTEADO FOR MAIOR QUE O AGREGADO INDICA QUE A ANEMIA É CRÔNICA (VCM NORMAL/↓ 
/ ↓RDW OU NORMAL / HIPO/NORMOCRÔMICA) 
Na anemia crônica vê no sangue o VCM normal ou diminuído, RDW diminuído ou normal, hipo ou normocrômica. 
 
Então do gato é mais fácil, pois consegue definir tempo da anemia. Conta quem é maior pela quantidade de cada tipo 
encontrada. 
 
Não adianta só pedir reticulócitos , tem que interpretar (saber se está maior, quanto maior, e se está condizente). 
INTERPRETAÇÃO RETICULÓCITOS NA CIRCULAÇÃO: 
QUANTO < % HEMÁCIAS (VG) –> > % RETICULÓCITO PARA SER CLASSIFICADO COMO ANEMIA REGENERATIVA. 
 
 
Explicando: 
Quando menor a porcentagem de hemácias do animal (animal anêmico), maior tem que ser a porcentagem de 
reticulócitos, para poder classificar o caso como anemia regenerativa. (Não é tão simples) 
 
Exemplos: 
CÃO – entre parenteses são os valores normais para o cão 
 ANIMAIS VG (37 – 55 %) % RETICULÓCITOS (0,5 – 1,5%) RESPOSTA MEDULAR 
1 10 1,6 ARREGENERATIVA 
2 10 3,0 REGENERATIVA 
3 36 0,5 REGENERATIVA 
4 41 0,2 NORMAL 
Quando for classificar os 4 animais tem que ver o VG e as % de reticulócitos. Quanto menor o VG (quantidade de 
hemácias), maior tem que ser a % de reticulócitos que a medula óssea manda para circulação (hemácias jovens), para 
ser uma anemia regenerativa, indicando que a resposta medular é favorável. 
Nem tudo que é baixo vai ser ruim, e nem tudo que é alto vai ser bom. 
- No primeiro caso o animal tem 10% de VG, e o normal é de 37-55% (está bem baixo). Os reticulócitos está 1,6%, o 
normal é até 1,5% (estaria menos ruim se tivesse bem acima do normal). Pela % de reticulócitos o animal responde, 
mas não é condizente com o grau de anemia, porque ele devia estar respondendo mais para a medula óssea mandar 
mais. Então nesse caso do animal 1, vai ser arregenerativa (não regenerativa). 
- Entre os dois animais com o mesmo VG (1 e 2) quem está melhor é o 2, porque ele está com 3%, sendo então o 2 
regenerativa. 
- O animal 2 tem o mesmo VG que o 1, mas a % de reticulócito é bem maior, então ele é favorável (regenerativa) 
- O animal 3 está com 36% de VG (hemácias), e 0,5% de reticulócitos, é regenerativa. Porque a quantidade de hemácias 
não é tão baixa, não precisa responder com muitos reticulócitos (que está dentro do normal). A medula óssea está 
produzindo. 
- No animal 4 está normal porque o VG está dentro dos parâmetros, não necessitando solicitar reticulócito porque está 
normal. E regenerativa e arregenerativa são classificações de anemia, nesse caso o animal não está com anemia, está 
normal. Não precisa solicitar reticulócito nesse caso, e se solicitar vai dar baixo, porque a medula não precisa funcionar. 
 
CAUSAS DE VG ACIMA DO NORMAL: 
 ANIMAIS VG (37 – 55 %) % RETICULÓCITOS (0,5 – 1,5%) RESPOSTA MEDULAR 
1 60 0,2 NORMAL 
2 60 3,0 REGENERATIVA - OBS* 
Qual a diferença do animal 1 e 2 ? Os dois têm 60% (está bem acima do valor normal), só que um tem resposta e o 
outro não. O normal é o animal 1 (porque é igual ao animal 4 do quadro anterior), reticulócito não precisa ter resposta. 
- O animal 2 é regenerativa. Como é regenerativa (tem reticulócito na circulação) em um animal que não é anêmico? 
Isso pode acontecer. 
- *Fora isso tudo, tem como observação no caso 2 na lâmina, uma acentuada anisocitose macrocítica. Que quer dizer 
que tem tamanho de hemácia grande, reticulócitose, e VG 60%. 
O que está mascarando esta anemia e levando a uma hemoconcentração (concentração de sangue) ? Nesses casos 
sabe-se que a desidratação está mascarando uma anemia. Quando vê um VG muito alto e tem reticulócito, alguma 
coisa está mascarando, não é normal ter isso. A situação mais comum que pode acontecer é a desidratação: perde 
líquido, aumenta a parte celular, e parece que o animal não tem anemia, mas ele tem. Sabe que ele tem anemia porque 
ele tem reticulócito, e ele tem diferença de tamanho entre as hemácias (que não é normal em um animal com 60%). 
O que também pode mascarar é uma contração esplênica, em caso de hemorragia aguda tem contração do baço, o 
baço manda hemácias, quando for ver o volume globular, ele vai estar alto, mas aparece com anisocitose, macrocítose 
(na M.O. (hemácia grande e diferença de tamanho de hemácia) – se a medula está produzindo, quer dizer que tem 
perda considerável de hemácias). Não tem como a medula produzir com VG alto natural. 
Explicando sobre a parte da desidratação: quando tem alguma coisa que leva a desidratação, tem que lembrar que o 
sangue tem a parte líquida e celular, a desidratação (vômito, diarréia) faz perde líquido, então a parte celular aumenta, 
aumentando a parte celular visualiza no hemograma como aumento da % de hemácias (que não é real). Sabe que não 
é real porque fez a contagem de reticulócitos e viu alterações que indicam que a medula está respondendo, então tem 
alguma coisa errada, porque não bate a alteração com o índice. Neste caso o que seria a principal causa seria 
hemoconcentração (desidratação ou contraçao esplênica (baço armazena hemácias – transitório)). 
Por isso o exame clínico é importante, vai saber se o animal acabou de ser atropelado, etc, pois se tiver anemia, pode 
estar sendo mascarada por essa situação. 
Essas alterações são transitórias, quando bater o olho nisso já dá fluído para tratar. Se começar dar fluidoterapia, vaivoltar aos índices “normais” para ser condizente à anemia. O reticulócito tende a aumentar, porque ele não está 
associado com a fluidoterapia, mas sim com a M.O., se a medula está respondendo é porque está tendo perda de 
sangue, independe de tratar com fluido. 
 
- No caso 1 o VG está alto, e o reticulócito baixo, sendo normal, o que pode causar isso é uma desidratação. Não afetou 
a medula. Isso pode acontecer quando andar com o animal e logo depois colher o sangue, o VG vai dar alto, não alterou 
M.O., não tem causa. 
Desidratação não é causa. Não pode falar que a desidratação é a causa da anemia! É apenas mais um fator, tem que 
definir a causa. A desidratação MASCARA a anemia, mas precisa saber o real motivo de estar anêmico: hemorragia 
hipoproliferativa, ou anêmia hemolitica (ESSAS SÃO AS CAUSAS), pode associar essas causa com uma situação a mais. 
Por isso que nos hemogramas não pode falar, por exemplo, que toda babesia vai causar tal coisa (anemia), as que não 
tem anemia pode ter uma outra situação, como do próprio animal que pode estar levando a uma hemoconcentração. 
 
 ARREGENERATIVA: sem resposta medular - anemia normocítica ou microcítica. 
Na arregenerativa não tem nada. Sem alterações morfotintoriais (sem anisocitose; sem policromasia). 
- Sem alterações morfotintoriais (morfologia e cor) quer dizer que não vai ter anisocitose, e sem policromasia. Quando 
aparece: sem alterações morfotintoriais significa que a hemácia está com a cor e tamanho normal, então não vai 
colocar anisocitose e nem policromasia. 
- Reticulócitos NÃO condizentes com o grau de anemia. Por exemplo: pode ter reticulócitos 1,6% e VG 10, o animal 
responde, mas não está condizente, ou seja, teria que estar maior. As vezes tem reticulócito, mas não é suficiente, e 
as vezes não tem reticulócito. 
- Anemia normocítica ou microcítica 
 
E AS OUTRAS ESPÉCIES (TIRANDO CÃO E GATO) QUE NÃO LIBERAM RETICULÓCITOS NA CIRCULAÇÃO? 
Ex: se pega um bovino anêmico, ele não vai liberar reticulócitos (não tem), tem que ver se tem anisocitose, 
policromasia, se tem corpusculo de howell-jolly, se tem pontilhado basofilico, que são alterações condizentes à 
anemia regenerativa. Se não viu nada disso, é arregenerativa. 
Se tem observação -> regenerativa. 
Se não tem observação -> arregenerativa. 
 
POLICITEMIA 
Definição: AUMENTO DO NÚMERO DE HEMOGLOBINA, E/OU AUMENTO DO NÚMERO DE % DE HEMÁCIAS (VG), 
E/OU AUMENTO DO NÚMERO DE HEMÁCIAS. 
Enquanto a anemia é a diminuição, a policitemia pode ser o aumento de uma dessas situações, referente ao valor 
normal para a espécie. 
Ex: 60% no cão, já é policitemia. 
 
A policitemia pode ser classificada em: 
- RELATIVA 
- ABSOLUTA 
 
 POLICITEMIA RELATIVA 
É a mais comum, e é a que acontece 99% das vezes. Quando está aumentando nesse caso é porque está em 
desidratação. 
Causas: 
1)Desidratação, por: 
- Vômito 
- Diarreia 
- Febre 
 
2)Contração esplênica, por: 
- Exercício físico (pontada que sente do lado) 
 
A policitemia relativa NÃO TEM PARTICIPAÇÃO DA MEDULA, isso significa que a medula óssea não vai mexer em nada. 
O que acontece nesse caso é diminuição da parte líquida do sangue, e consequentemente aumento da parte celular. 
A relativa a causa é mais simples, porque não precisa saber onde está o problema na medula, não tem problema na 
medula, tem problema na parte líquida, perdeu líquido com vômito, desidratação, diarreia. 
 
 POLICITEMIA ABSOLUTA 
A policitemia absoluta tem participação medular, é a medula que está com problema. A medula que faz aumentar a 
quantidade de hemácias. 
A anemia absoluta pode ser PRIMÁRIA OU SECUNDÁRIA 
 
Policitemia absoluta primária: 
Ela é causada por um excesso de eritropoetina SEM hipóxia 
 (Explicação: para ter produção de hemácias precisa de hipóxia (condição de baixa oxigenação – estímulo que 
precisa ter para que a eritropoetina seja convertida e comece a multiplicar as hemácias, em condição 
normal)). Nesse caso tem um excesso de eritropoetina sem ter hipóxia. Há um desequilibrio de produção, 
produz sem precisar (não tem anemia, não tem nada). 
A causa principal da primaria normalmente são neoplasias da linhagem eritróide, ou seja, neoplasias que 
comprometem a produção das hemácias. Essas células são precursoras das hemácias, e por algum motivo começam 
a se multiplicar sem necessidade. 
A primária vem de um problema medular grave, porque não consegue parar de produzir hemácias. Há um 
desequilibrio da parte líquida com a parte celular (tem mais célula do que líquido), fica espesso (grosso) o sangue. 
Dificil de conseguir diagnosticar. Primeiro tem que excluir a relativa, excluir a secundária e ai vai para a primária. 
Esse tipo de policitemia não é muito comum. O mais comum é a secundária. Para diagnosticar a primária tem que 
fazer o exame de MIELOGRAMA (porque problema está na medula), no mielograma vê tempo de maturação das 
hemácias: quantidade e morfologia da linhagem normal das hemácias. Tem que ter uma quantidade X de um número 
de hemácias jovens, e nesse caso vai ter um desequilibrio dessa produção, levando a uma policitemia primária. 
 
Policitemia absoluta secundária: 
É o aumento das hemácias secundária à hipóxia. É alguma coisa que acontece, que vai levar a uma hipóxia e que leva 
a uma produção de hemácias acima do normal, essas coisas podem ser: 
- Aumento de altitude –> lugar muito alto normalmente tem baixa oxigênação, o organismo vai começar produzir 
mais hemácias. 
Ex: isso acontece quando for escalar montanha, ou com jogador quando vão para lugares mais altos, ou eles chegam 
antes para se adaptar, ou vão no dia direto para não dar nem tempo de adaptar, porque vai acontecer hipóxia porque 
ele não têm oxigênio porque está em um lugar alto. 
- Cardiopatias –> o coração diminui bombeamento, diminui oxigênio, pode levar à uma policitemia secundária à 
cardiopatia. 
- Neoplasias – porque altera produção de eritropoetina, aumentando a hipóxia, podem ser: 
 Renais. Ex: nódulo renal. 
 Hepáticas. Ex: nódulo hepatico 
 
CASOS CLÍNICOS 
 
Para todos os casos, responder: 
a) Classifique o eritrograma(anemia, policitemia ou sem alterações) 
b) Caso agudo ou crônico 
c) Prognóstico do animal 
d) Exames complementares 
 
CASO CLÍNICO 10 
 
Um cão, 10 anos, macho, chegou ao Hospital Veterinário apresentando urina de coloração 
avermelhada, apático e infestado por carrapatos. O eritrograma revelou: 
ERITROGRAMA Valores Encontrados Valores Normais 
Hemácias (/mm3) 1.660.000 5.500.000-8.500.000 
Hemoglobina (g/dL) 4,1 12 – 18 
Hematócrito (%) 14 37 – 55 
VCM (fl.) 84,3 60 – 77 
CHCM (%) 29,3 31 – 36 
Observações Moderada anisocitose com 
policromasia 
Sem alterações 
morfotintoriais 
Contagem de reticulócitos (%) 3,5 0,5-1,5 
 
A) Quando fala classificação do quadro, é pra falar se tem anemia, se tá normal ou se tem 
policitemia. 
Nesse caso o número de hemácias, hemoglobina, hematócrito (VG - % de hemácias) estáo 
diminuido, por causa desses 3 (ou até mesmo se só 1 estiver baixo), é classificado como 
ANEMIA.Mas não basta só falar que tem anemia, tem que falar se é macrocítica, normocítica ou 
microcítica, olha isso pelo VCM (tamanho), como o VCM está alto (acima do valor normal), ela é 
MACROCÍTICA. Também tem que classificar pela cor, vendo o CHCM (cor da hemácia), como a 
cor está diminuida, está HIPOCRÔMICA. Falta saber se ela é regenerativa ou arregenerativa, 
sendo REGENERATIVA, por causa dos reticulócitos (se tiver em uma amostra a contagem de 
reticulócitos, ela que vai mandar), no caso está 3,5%, e o normal é até 1,5%, estando bem acima. 
Ela é regenerativa primeiramente por causa do aumento de reticulócitos, mas também pelo aumento do 
VCM, anisocitose (diferença de tamanho das hemácias), policromasia (diferença de cor das hemácias), 
que também ajudam a definir este quadro. 
Ficando assim: 
ANEMIA MACROCÍTICA HIPOCRÔMICA REGENERATIVA 
Anemia -> hemácias ↓, hemoglobina ↓, hematócrito ↓ 
Macrocítica

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