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2_Produtividade do Trabalho e Vantagem Comparativa_o Modelo Ricardiano

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Universidade Estadual de Campinas Instituto de Economia 
CE-482. Economia 
Internacional 1 ​Produtividade 
do Trabalho e Vantagem 
Comparativa: O Modelo 
Ricardiano 
Prof(a). Carolina T. Baltar 
1 
Vantagem Comparativa 
• Custo de Oportunidade​: custo de 
oportunidade do bem 1 em termos do 
bem 2 representa a quantidade do bem 2 
que poderiam ser fabricadas com os 
recursos utilizados para produzir uma 
certa quantidade do bem 1. 
• Vantagem Comparativa​: quando o 
custo de oportunidade da produção de 
um bem em relação ​aos demais é mais 
baixo nesse país do que em ​outros. → 
Comércio pode beneficiar a ambos se 
cada país ​exporta os bens que possui 
vantagem comparativa 
2 
Hipóteses 
• Duas economias simples: “Local” 
e “Estrangeira” 
– Dois bens são produzidos: vinho e 
queijo ​– Trabalho: único fator de 
produção ​– Oferta de trabalho é fixa ​– 
Produtividade da mão-de-obra: fixa para 
cada bem 
(não varia com a quantidade produzida) ​– 
Economia “concorrencial” 
3 
Produtividade Constante 
• Produtividade do Trabalho ​em 
cada setor: número de unidades 
produzidas em uma hora de 
trabalho. 
– “necessidade unitária de trabalho” 
(número de ​horas de trabalho 
necessárias para produzir uma certa 
quantidade do bem) → inverso da 
produtividade. 
• ​a​LV​: a necessidade unitária de trabalho para o 
vinho na economia Local. 
• ​a​LQ ​: a necessidade unitária de trabalho para o 
queijo ​na Economia Local. 
• L: oferta de trabalho na Economia Local ​4 
Exemplo 
• Recursos totais da economia: 
oferta total de trabalho (L) 
– Se L = 120 (economia possui 120 
horas de 
trabalho) – Se a​LQ​=1e ​a​LV​= 2 – Quanto a 
economia pode produzir de cada bem? 
• L/a​LQ ​= Q​Q ​= 120 quilos de queijo ou 
• L/a​LV ​= Q​V ​= 60 litros de vinho. 
5 
Fronteira de 
Possibilidades de 
Produção 
• Fronteira de Possibilidades de 
Produção​: combinações de bens 
que podem ser ​produzidas pela 
quantidade de recursos 
existente.​a​LQ​Q​Q ​+ ​a​LV​Q​V ​≤ ​L, ​– a​Li​.Q​i ​: 
a quantidade de trabalho aplicada à 
produção do bem i. ​– Se L = 120, a​LQ​=1e 
a​LV​= 2, obtemos: 
Q​Q ​+ 2​Q​V ​= 
120 ​(Em 
equilíbrio: ​a​LQ​Q​Q 
+ ​a​LV​Q​V ​= ​L) 
6 
Fronteira de 
Possibilidades de 
Produção 
Produção de vinho da Local, 
a​
LQ​
Q​
Q ​
+ ​a​
LV​
Q​
V ​
= ​L ​
Q​v​, em litros 
O ​custo de oportunidade ​do queijo: ​a​LQ​/a​LV 
L/a​LV 
P 
O valor em módulo do declive ∆ ​Qv​/​∆ ​Qq ​é também igual ao custo de 
oportunidade do queijo em termos de vinho (0,5). 
Como a fronteira nesse modelo é linear, o custo de oportunidade é 
constante. ​F 
L/a​LQ 
Produção de queijo da Local, ​Q​Q​, em quilos 
7 
Preços Relativos e 
Oferta 
• Que combinação de bens a 
economia ​efetivamente 
produzirá, empregando todo L? 
– Precisamos examinar os preços → 
preço relativo ​dos dois bens da 
economia (preço de um bem em 
relação ao outro). 
• O trabalho fluirá para o setor 
que, dado o ​preço do produto, 
pague salários mais altos, até 
que essa vantagem seja 
eliminada. 
8 
Preços Relativos e 
Oferta 
• Economia em concorrência 
perfeita: lucros = 0. 
• Seja ​P​Q ​o preço do queijo e ​P​V 
o preço do vinho: ​– Salário por 
hora no setor de queijo = valor de 
queijo ​que o trabalhador produz em 1 
hora = ​P​LQ ​/ ​a​LQ ​; ​– Salário por hora 
no setor de vinho ​= P​LV ​/ a​LV​. 
• Os salários no setor de queijo 
são maiores se 
P​Q ​/ ​a​LQ ​> ​P​V ​/ ​a​LV ​– A economia se 
especializaria na produção de queijo 
→ por que produzir vinho, se a 
remuneração pela ​produção de 
queijo é maior? ​9 
Preços Relativos e 
Oferta 
• Se ​P​Q ​/ ​a​LQ ​> ​P​V ​/ ​a​LV ​P​Q ​/ ​P​V ​> 
a​LQ​/ ​a​LV 
• ​a​LQ ​/ ​a​LV​: ​custo de 
oportunidade ​do queijo em 
termos do vinho. 
– A economia se especializará na 
produção de queijo se o preço 
relativo do queijo (P​Q​/P​V​) superar seu 
custo ​de oportunidade; ​– Se o preço 
(​relativo​) de um bem supera o custo 
(​de oportunidade​), vale a pena 
produzir mais desse bem. 
10 
Preços Relativos e 
Oferta 
• Em autarquia: 
– Economia precisa produzir os dois 
bens 
P​Q ​/ ​a​LQ ​= ​P​V ​/ ​a​LV​= w (o mesmo 
salário é pago ​nos dois setores); 
P​Q ​/ ​P​V ​= ​a​LQ​/ ​a​LV 
11 
Comércio em um mundo 
de um só fator 
• Premissas do modelo: 
– Há dois países no mundo (​Local ​e 
Estrangeiro​). – Cada um deles produz dois 
bens (vinho e queijo). ​– A mão-de-obra é o 
único fator de produção. ​– A oferta de 
mão-de-obra é fixa em cada país ​e será 
plenamente empregada​. ​– A produtividade 
da mão-de-obra em cada bem é fixa. ​– A 
mão-de-obra não é móvel entre os dois 
países. – Economia concorrencial. 
• Notação: 
– Todas as variáveis com asterisco 
referem-se ao país ​Estrangeiro. 
12 
Comércio em um mundo 
de um só fator 
• ​Vantagem Absoluta​: 
– Um país tem ​vantagem absoluta ​na 
produção de ​um bem se tiver uma 
necessidade de mão-de-obra ​menor 
que o outro país para a produção 
desse bem. – Considere que ​a​LQ ​< 
a​*​LQ ​e ​a​LV ​< ​a​*​LV 
• o Local tem vantagem absoluta na 
produção dos dois bens. → Mesmo assim, 
é possível haver um comércio benéfico. 
• O padrão do comércio será 
determinado pelo ​conceito da 
vantagem comparativa​. ​13 
Vantagem Comparativa 
• Considere que ​a​LQ ​/​a​LV ​< ​a​*​LQ ​
/​a​*​LV 
→ ​a​LQ/​a​*​LQ​<a​LV​/​a​*​LV ​– Isso implica que o 
custo de oportunidade do queijo em 
termos do vinho é menor no Local que no 
Estrangeiro. ​– Em outras palavras, na 
ausência de comércio, o preço ​relativo do 
queijo no Local é menor que o preço 
relativo do queijo no Estrangeiro. 
→ O Local tem uma vantagem 
comparativa no queijo e vai 
exportá-lo para o Estrangeiro 
em troca de vinho. 
14 
As fronteiras de 
possibilidades de 
produção 
Figura 3-1: Fronteira de possibilidades de produção ​de Local ​Produção de 
vinho ​do Estrangeiro, ​em litros 
Q*​V​, 
FPP do Estrangeiro mais inclinada do que no local → 
declividade da fronteira de possibilidades de produção é 
igual ao custo de oportunidade do queijo em termos de 
vinho 
Produção de queijo do Estrangeiro, em quilos 
Q*​Q​, 
15 ​L/a​LV 
P 
L​*​/a​*​LV 
F​L/a​F 
LQ​
* 
P​* 
L​*​/a​*​LQ 
As fronteiras de 
possibilidades de 
produção ​Figura 3-2: Fronteira de 
possibilidades de 
Figura 3-1: Fronteira de possibilidades de produção de 
Estrangeiroprodução de Local 
L​*​/a​*​LV 
F​Queijo Vinho c.o.​Q ​c.o.​V ​Estrangeiro a*​LQ ​= 
6 a*​LV ​= 3 2 0,5 ​Local a​LQ ​= 1 a​LV​= 2 0,5 2 
16 ​* 
P​* ​L​*​/a​*​LQ 
L/a​LV 
P 
L/a​F ​LQ​Essas fronteiras seriam compatíveis 
com números como esses: 
Preço Relativo após a 
abertura ​comercial 
• O comércio? 
que determina o preço relativo (ex.: 
P​Q ​/ ​P​V​) após o 
– O preço relativo será aquele que fizer a 
demanda e a 
oferta globais de cada bem se igualarem. – 
Funções de oferta e demanda ​relativas​: 
• Oferta relativa ​do queijo: quantidade total de 
queijo fornecida por ambos os países dividida 
pela quantidade total de preço vinho relativo. 
fornecida, (​Q​Q​+ ​Q​*​Q​
)​/​(​Q​
V​
+ ​Q​*​V​), para cada nível 
de 
• Demanda relativa ​de queijo no mundo é 
definida de modo ​semelhante. 
17 
Preço Relativo após a 
abertura ​comercial 
DR: curva de demanda relativa 
A ​curva de demanda DR ​é tradicional: menor o preço 
relativo do queijo, maior a demanda por 
Preço relativo ​do queijo, ​P​Q ​/ P​V 
ele (em termos absolutos ​e em relação ​à demanda por 
vinho). 
Uma mudança nas preferências ​aa​**​LQ LV​poderia deslocar a 
curva de demanda de DR para DR​1​. 
DR​1 
18 ​
/ 
a​a​LQ ​LV 
/ 
DR ​Quantidade ​de queijo, ​Q​Q ​relativa ​+ Q​
*​Q ​Q​V ​+ Q​
*​V 
Preço Relativo após a 
abertura ​comercial 
Figura 3-3​: Oferta e demanda relativas 
mundiais 
Preço relativo do queijo, ​P​Q ​/ P​V 
a​*​LQ ​/ a​*​LV ​OR1 
Existe especialização nos 
dois países 
a​LQ ​/ a​LV 
2 
DR 
DR 
DR​1 
Q' 
L/a​LQ ​L​*​/a ​*​LV 
Quantidade ​de queijo, ​Q​Q 
relativa ​+ Q​*​Q ​Q​V ​+ Q​*​V 
Quantidade ​de queijo, ​Q​Q 
relativa ​+ Q​*​Q ​Q​V ​+ Q​*​V 
19 
Preço Relativo após a 
abertura ​comercial 
• O que ocorre se as preferências por 
queijo ​em relação a vinho 
Preço relativo do queijo, ​P​Q ​/ P​V 
mudam? 
• Que economia se 
a​a​**​LQ LV 
/ 
OR 
beneficiará mais? 
→Resultado: 
a​a​LQ LV ​DR ​→Preço relativo do queijo 
diminui; →Comércio beneficiará mais a economia 
/ 
DR’ 
L/a​LQ ​L​*​/a ​*​LV 
Quantidade ​de queijo, ​Q​Q ​relativa ​+ Q​
*​Q ​Q​V ​+ Q​
*​V ​Estrangeira 
20 
Preço Relativo após a 
abertura ​comercial 
• O que ocorre se as preferências por 
queijo ​em relação a vinho 
Preço relativo do queijo, ​P​Q ​/ P​V 
mudam • Que ainda mais? 
economia se 
a​a​**​LQ LV 
/ 
OR 
beneficiará mais? Qual é ​o benefício para a 
economia Local? ​→Resultado: 
a​a​LQ LV 
/ 
DR ​DR’ 
DR’’ 
→Preço relativo do queijo 
diminui (= c.o. Local); →Comércio beneficiará 
L/a​LQ ​L​*​/a ​*​LV 
Quantidade ​de queijo, ​Q​Q ​relativa ​+ Q​
*​Q ​Q​V ​+ Q​
*​V ​apenas a 
economia ​Estrangeira 
21 
Preço Relativo após a 
abertura ​comercial 
• O que ocorre se a população do país 
Local ​for menor? 
Preço relativo do queijo, ​P​Q ​/ P​V 
• O que ocorrerá com os preços relativos? 
a​a​**​LQ LV 
/ 
OR 
• Que economia se ​beneficiará mais? 
• Supor: DR não se altera 
a​a​LQ LV 
/ ​DR ​→Resultado: 
→Aumento do preço 
relativo do queijo; →Comércio beneficiará 
L/a​LQ ​L​*​/a ​*​LV 
Quantidade ​de queijo, ​Q​Q ​relativa ​+ Q​
*​Q ​Q​V ​+ Q​
*​V 
ainda mais a economia Local 
22 
Preço Relativo após a 
abertura ​comercial 
• O que ocorre se a produtividade em 
queijo ​da economia Local for 
Preço relativo do queijo, ​P​Q ​/ P​V 
maior? 
• O que ocorrerá com os 
a​a​**​LQ LV 
/ 
OR 
preços relativos? 
• Que economia beneficiará mais? 
se 
a​a​LQ LV 
/ ​DR ​• Supor: DR não se altera ​→Resultado: 
→Preço relativo do queijo 
diminui; 
L/a​LQ ​L​*​/a ​*​LV 
Quantidade ​de queijo, ​Q​Q ​relativa ​+ Q​
*​Q ​Q​V ​+ Q​
*​V 
→Benefício: para Local 
depende! 
23 
Ganhos de Comércio 
• A especialização conforme as 
vantagens ​comparativas gera 
“​ganhos de comércio​” ​(i.e., 
quando o preço relativo é 
diferente do preço ​de autarquia 
original). 
• Duas formas de ilustrar os 
ganhos obtidos ​com o comércio: 
(1) Comércio como método indireto 
de produção. (2) Comércio 
aumentando a possibilidade de 
consumo de cada país. 
24 
Ganhos de Comércio ​(1) 
Comércio como ​método indireto ​de 
produção 
–Em Local, o comércio internacional 
permite “produzir ​vinho por meio de 
queijo” de forma mais eficiente do 
que a produção “direta”. 
• Em autarquia, Local poderia utilizar 1 
unidade L para ​produzir 1/a​LV ​l. de 
vinho. 
• Alternativamente, pode usar este 
mesmo L para ​produzir 1/​a ​LQ ​kg. de 
queijo. 
• Cada kg. é trocado internacionalmente 
por P​Q​/P​V ​litros: ​–cada hora de trabalho 
gera, pelo comércio ​internacional, (1/ ​a​LQ​) 
(P​Q​/P​V​) litros de vinho. ​–Como (1/ ​a​LQ​) 
(P​Q​/P​V​) > 1/a​LV​, mais litros de vinho são 
obtidos. ​–Rearranjando: (P​Q​/P​V​) > ​a​LQ ​/​a ​LV 
25 
Ganhos de Comércio 
(2) ​Possibilidades de consumo em 
cada um país​. Na ausência do 
comércio, a curva de possibilidades 
de consumo é igual à curva de 
possibilidades de produção.​Figura 3-4​: O 
comércio expande as possibilidades de consumo 
Quantidade de vinho, ​Q​V 
Quantidade de queijo, ​Q​Q 
26 ​Quantidade de vinho, Q​
*​V 
T(RADE) 
F ​* ​Preços relativos ​com comércio internacional ​P 
F 
P ​* 
T ​* ​Quantidade de queijo, ​Q​*​Q 
(a) Local (b) Estrangeiro 
Exemplo Numérico 
Tabela 3-2​: Necessidades unitárias 
de trabalho 
Questões: 
1. Qual país tem vantagem comparativa na produção de 
queijo e vinho? 
2. Supondo que no equilíbrio mundial Pq/Pv = 1, haverá 
especialização? 
3. Mostre os ganhos de comércio a partir do conceito de 
“método indireto de 
produção” 
27 
Exemplo Numérico 
• O exemplo numérico apresentado 
implica que: 
a​LQ ​/ ​a​LV ​= 1/2 < ​a​*​LQ ​
/ ​a​*​LV ​= 2 
• No equilíbrio mundial, se o preço 
relativo do queijo ​estiver entre esses 
valores (por exemplo, ​P​Q​/​P​V ​= 1), 
ambos os países se especializam e 
ganham com essa ​especialização. ​– 
Local pode usar uma hora de trabalho para 
produzir 1/​a​LV ​= 0,5 l. de vinho se não 
comercializar. ​– Ou, então, pode usar uma 
hora de trabalho para produzir ​1/​a​LQ ​= 1 kg. 
de queijo, vender essa quantidade para o 
Estrangeiro e obter 1 l. de vinho. 
28 
Exemplo Numérico 
• Na ausência de comércio, o 
Estrangeiro pode usar uma 
unidade de trabalho para 
produzir ​1/​a ​*​LQ ​= 1/6 kg. de 
queijo usando a tecnologia 
doméstica. 
• Mas uma unidade de trabalho 
produz 1/​a​*​LV ​= ​1/3 l. de vinho. 
• Com comércio internacional, 
Estrangeiro pode obter, com 1/3 
l. de vinho, 1/3 kg. de queijo. 
29 
Ideias Equivocadas 
sobre ​Vantagem 
Comparativa 
• Produtividade e 
competitividade 
– Mito 1: ​O livre comércio é benéfico 
somente se um país é 
suficientemente forte para resistir à 
concorrência estrangeira​. 
• O argumento não reconhece que o 
comércio se baseia em vantagens 
comparativas, não absolutas. 
30 
Ideias Equivocadas 
sobre ​Vantagem 
Comparativa 
• O argumento do trabalho 
miserável 
– Mito 2: ​A concorrência estrangeira 
é injusta e prejudica outros países 
quando se baseia em ​salários baixos​. 
• O exemplo mostra que o salário real em 
Local é maior e aumenta com o comércio. 
31 
Ideias Equivocadas 
sobre ​Vantagem 
Comparativa 
• Exploração 
– Mito 3: ​O comércio prejudica os 
trabalhadores em 
países com salários mais baixos​. 
• Na ausência de comércio, esses 
trabalhadores estariam ​em situação ainda 
pior. 
32 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
• O modelo: 
–Dois Países: Local e Estrangeiro 
–Fator de produção: trabalho ​–Os 
dois países consomem e podem 
produzir um ​número ​N ​de bens 
diferentes. ​–Tecnologias diferentes, 
descritas pelas ​necessidades de 
unidades de trabalho na produção de 
cada bem (​a​Li​, a*​Li​). ​–É possível 
ordenar os bens de acordo com as 
necessidades relativas de unidades 
de trabalho no ​país Local e no 
Estrangeiro: ​a​L1​/​a*​L1​< ​a​L2​/​a*​L2​< 
a​L3​/​a*​L3 ​< ....... < ​a​Ln​/​a*​Ln 
33 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
• Salários relativos e 
especialização: 
–O padrão do comércio depende da 
taxa de salários ​de Local em relação 
a Estrangeiro. ​–​Os bens sempre 
serão produzidos onde puderem ​ser 
produzidos por um custo inferior. 
• o custo de produção é igual ao produto do 
salário pela ​da necessidade unitária de 
trabalho = w​a​L​. 
OBS: ​estamos abstraindo a 
existência de diferenciais ​entre custo 
e preço em moeda nacional, bem 
como a ​questão da taxa de câmbio. 
34 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
35 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
• No exemplo, Local tem 
vantagens absolutas em todos 
os bens, à exceção das 
enchiladas. 
• Entretanto, se w* for 
suficientemente baixo em 
relação a w (w/w* 
suficientemente alto), 
Estrangeiro poderá produzir e 
exportar outros ​bens. ​36 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
• Que país produz quais bens? 
– Um país tem vantagem em custos em 
qualquer bem para o qual 
sua produtividade relativa seja maior que 
seu salário relativo. ​– Supor: ​w/w​*=3 
• Local produzirá maçãs, bananas e caviar, enquanto 
Estrangeiro produzirá tâmaras e enchiladas. ​– Supor 
w/w​*=1 
• Estrangeiro deixará de produzir tâmaras. ​37 
VantagemComparativa 
com ​Diversos Bens 
• Notaremos que os dois países 
ganham com o comércio. 
– Se ​w/w​* = 3, ​– Quanto custa, em salário 
Local, produzir tâmaras no 
Estrangeiro? 
• Local: 6w 
• Estrangeiro: 4w → Sai mais barato produzir 
tâmaras no Estrangeiro. 
38 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
Determinando o salário relativo 
no modelo multibens 
– O salário relativo será, em 
equilíbrio geral, aquele que 
for compatível com o pleno-emprego 
nos dois países. – Mais uma vez 
vamos usar os conceitos de oferta e 
demanda relativas. Nesse caso, 
porém, serão as ofertas relativas de 
trabalho​. ​– Dadas as populações dos 
dois países e a oferta de ​trabalho em 
cada um deles, a oferta relativa tem 
um valor fixo L/L*. 
39 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
Determinando o salário relativo 
no modelo multibens 
– A demanda relativa por trabalho 
L/L* varia 
inversamente ​ao salário relativo 
w/w*. – Se w/w* aumenta, aumentam 
os preços: 
• certos bens deixam de ser produzidos em 
L; 
• cai a demanda pelos bens que continuam 
a ser produzidos em L. 
40 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
• Como construir a curva de 
demanda relativa por trabalho? 
– Demanda relativa por trabalho (L/L*) em 
relação ao salário 
relativo (w/w*) 
41 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens ​Figura 
3-5: Determinação dos salários relativos 
a*​LI​/a​LI ​e salário relativo (​w/w ​
*​) 
A ​curva DR ​mostra como, com a queda em w/w*, 
aumenta a demanda por trabalho 
10 Maçãs 
local em relação à demanda por trabalho ​no estrangeiro 
(razão L/L*). ​8 ​Bananas 
Os degraus mostram as razões w/w* em que a produção 
de um certo bem pode ser partilhada entre os países, bem 
como o deslocamento de toda essa produção para ​4 
3​Caviar 
um ou outro país no caso de que w/w* 
Tâmaras 
mude. ​2 
Enchiladas ​0,75 
DR 
Quantidade relativa ​de trabalho, ​L / L​* 
42 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens 
Figura 3-5: Determinação dos salários relativos 
a*​LI​/a​LI ​e salário relativo (​w/w ​
*​) 
A curva DR mostra como, com a queda 
10 Maçãs 
8 ​Bananas 
43 ​em w/w*, aumenta a demanda por trabalho local em 
relação à demanda por trabalho no estrangeiro (razão 
L/L*). 
Se w/w* superasse 10, L/L* = 0, só haveria demanda para 
os bens produzidos em Estrangeiro, provocando ​4 ​3​Caviar 
desemprego – e queda de salários – em 
Tâmaras 
Local. 
2 
Enchiladas ​0,75 
DR 
Quantidade relativa ​de trabalho, ​L / L​* 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens ​Figura 
3-5: Determinação dos salários relativos 
Com w/w* = 10, os dois países produzem maçãs. 
a*​LI​/a​LI ​e salário relativo (​w/w ​
*​) 
Com uma pequena queda de w/w* abaixo de 10, L/L* dá 
um pulo: com 10<w/w*<8, só Local produz 
10 Maçãs 
8 ​Bananas 
44 ​maçãs. 
À medida que w/w* cai em direção a 8, aumenta a 
demanda por maçãs, produzidas em Local, e cai a 
demanda pelos outros bens. 
4 3​Caviar 
- isso porque o preço das maçãs cai em 
Tâmaras 
relação ao preço dos demais bens. 
2 
Enchiladas 0,75 
DR 
Quantidade relativa de trabalho, ​L / L​* 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens ​Figura 
3-5: Determinação dos salários relativos 
a*​LI​/a​LI ​e salário relativo (​w/w ​
*​) 
Se w/w* cai abaixo de 8, há nova mudança abrupta em 
L/L*. ​10 Maçãs 
8 ​Bananas 
Toda a produção de bananas desloca-se para Local. 
4 ​Caviar ​3​Tâmaras 2 
Enchiladas ​0,75 
DR 
Quantidade relativa ​de trabalho, ​L / L​* 
45 
Vantagem Comparativa 
com ​Diversos Bens ​Figura 
3-5: Determinação dos salários relativos 
No gráfico, OR dá a razão entre a força de trabalho em 
Local e Estrangeiro. 
a*​LI​/a​LI ​e salário relativo (​w/w ​
*​) 
OR’ 
OR ​10 Maçãs 
O equilíbrio entre oferta e demanda de ​trabalho globais 
ocorre quando w/w* = 3.​8 ​Bananas 
Com OR, o pleno-emprego implica que ​Local produz 
maçãs, bananas e caviar. 
Com OR’ (menor L/L*, menor pressão 
4 3​Caviar 
sobre os salários em Local), ambos os países produziriam 
caviar. 
2 
Quantidade relativa de trabalho, ​L / L​* 
46 ​Tâmaras 
0,75 
Enchiladas 
DR 
Inclusão de Custos de 
Transporte e ​Bens 
Não-comercializáveis 
• O modelo ricardiano prevê 
forte especialização dos países. 
• Segundo K&O, os três 
principais motivos pelos quais a 
especialização na economia 
internacional do mundo real é 
menos intensa ​são: 
– A existência de mais de um fator de 
produção. ​– As políticas protecionistas. ​– 
Os custos de transporte. 
47 
Inclusão de Custos de 
Transporte e ​Bens 
Não-comercializáveis 
• A inclusão de custos de 
transporte faz com ​que alguns 
produtos se tornem ​bens não- 
comercializáveis 
(non-tradable)​. 
– Bens cuja razão peso-valor é 
elevada; – Serviços 
não-comercializáveis. 
48 
As Limitações do 
modelo 
• K&O: 
– O modelo desconsidera os fatores 
que amenizam 
a tendência à especialização. ​– Não 
é capaz de iluminar os impactos do 
comércio 
sobre a distribuição da renda dentro 
de cada país. – Desconsidera 
diferenças nas dotações de fatores 
dos países. ​– Desconsidera a 
existência de economias de escala.​49 
Vantagens 
Comparativas na 
Prática​Figura 3-7: Produtividade e exportações: 
• Dados (em log) para 1951, de Balassa (1963). 
• A produtividade norte- americana superava a 
britânica em 26 indústrias ​manufatureiras. 
• Entretanto, as exportações britânicas (para o 
mundo) superavam as norte-americanas ​(idem) 
em 12 setores, ​principalmente nos setores com 
maior vantagem comparativa. 
50 
Vantagens 
Comparativas na 
Prática 
• Estudos posteriores são 
menos contundentes. 
• Segundo o livro, isso em parte 
se deve ao próprio 
aprofundamento da 
especialização segundo as 
vantagens comparativas: 
– os países deixam de produzir 
vários bens em que ​são menos 
competitivos e com isso suas 
produtividades não podem mais ser 
computadas.​51 
Outro Exemplo 
Numérico 
• Em média, a produtividade do trabalho 
chinês era, em 1995, ​5% da alemã. 
• No setor de vestuário, em que a 
vantagem comparativa alemã era menor, a 
produção chinesa (e, presumivelmente, as 
exportações) era muito superior à alemã. 
52 
Exercício 
Questão 1 ​– A tabela mostra as unidades de 
trabalho disponíveis em cada ​país e as unidades de 
trabalho requeridas para produzir uma unidade de 
cada ​commodity ​em cada país. a) Como se 
distribuem vantagens absolutas e comparativas 
entre os países? ​b) Desenhe o gráfico da fronteira 
de possibilidade de produção para cada 
país. c) Construa a curva de oferta relativa mundial. 
d) Tomando como dado que um quilo de soja é 
comercializado por 2,2 quilos ​de milho no mercado 
internacional (Ps/Pm = 2,2), analise o padrão e os 
benefícios do comércio. e) Que implicações teria 
uma queda de Ps/Pm para 2? 
53 
Alguns Exercícios 
Questão 2 ​– A tabela mostra as unidades de 
trabalho disponíveis em ​cada país e as 
unidades de trabalho necessárias para produzir 
cada ​commodity ​em cada país. ​▪ ​a) Desenhe o 
gráfico da fronteira de possibilidade de 
produção em ​cada país. ​▪ ​b) Construa a curva 
de oferta relativa mundial. ​▪ ​c) Para qual 
intervalo de preços relativos no mercado 
internacional (Pt/Pv) o comércio internacional 
seria vantajoso para ambos os ​países? ​▪ ​d) 
Tome um valor arbitrário para Pt/Pv nesse 
intervalo e analise o padrão e os ganhos do 
comércio. 
54 
Alguns Exercícios 
Questão 3 ​- “Os trabalhadores 
chineses ganham apenas $0,50 por 
hora; se permitirmos que a China 
exporte o quanto desejar para os 
Estados Unidos, os ​salários dos 
trabalhadores norte-americanos 
serão forçados para baixo até o 
mesmo nível. Não se pode ​importar 
uma camisa de $5 sem importar o 
salário de ​$0,50 que a acompanha”. 
Discuta a afirmação. 
55 
Alguns Exercícios 
Questão 4 ​- Como ofato de 
muitos bens não serem 
comercializáveis afeta o 
tamanho dos ​possíveis ganhos 
do comércio? 
56

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