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FÁRMACOS QUE ATUAM NO TRATO GASTRINTESTINAL O TRATO GASTRINTESTINAL Funções: - Digestão - Absorção - Secreção gástrica - Motilidade do intestino • As prostaglandinas E2 e E1, inibem a secreção de ácido, estimulam a secreção de muco e de bicarbonato e dilatam os vasos sanguíneos da mucosa. • O ácido é secretado das células parietais gástricas por uma bomba de prótons (K+/H+ ATPase). • Os três mediadores endógenos para ácido são: A gênese de úlceras pépticas envolve: • Infecção da mucosa gástrica por Heliobacter pylori; • Desequilíbrio entre os agentes que provocam dano da mucosa e os que a protegem Secreção de ácido gástrico, muco e bicarbonato histamina acetilcolina gastrina Regulação da produção de ácido clorídrico Gastrina: - Hormônio - Se liga à receptores de gastrina nas células parietais - Função: Estimula a secreção de ácido pelas células parietais Acetilcolina: - Neurotransmissor - Receptor Muscarínico M1 - Aumenta a secreção de ácido gástrico Histamina - Um hormônio local - Atuam sobre os receptores H2 - estimulam as células parietais a secretarem HCl. RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Secreção de ácido pelas células parietais. A secreção envolve: - uma bomba de prótons (B), que é uma H+/K+ ATPase, - um carregador (C) de simporte para K+ e Cl- - um antiporte (A), que troca Cl- e HCO-3. RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Condições patológicas em que é indicado reduzir secreção de ácido: • Úlcera péptica • Esofagite de refluxo • Síndrome de Zollinger – Ellison • Infecção da mucosa gástrica (Infecção por Helicobacter pylori) Uso de protetores gástricos! PROTETORES GÁSTRICOS Agentes que afetam a acidez gástrica e seus usos Inibidores da bomba de prótons – omeprazol, lansoprazol, pantoprazol: - Úlcera péptica - Esofagite de refluxo - Componente da terapia de Heliobacter pylori; - Síndrome de Zollinger-Ellison Antagonistas dos receptores H2 da histamina – ranitidina, cimetidina: - Úlcera péptica; - Esofagite de refluxo. Antiácidos – trissilicato de magnésio, hidróxido de magnésio, bicarbonato de sódio: - Dispepsia; - Alívio sintomático na úlcera péptica - Refluxo esofágico. Antagonistas dos receptores H2 da histamina – ranitidina, cimetidina: - Úlcera péptica; - Esofagite de refluxo. - Inibem competitivamente as ações da histamina em todos os receptores H2 - Assim, inibe a secreção do ácido gástrico. - Efeitos indesejáveis são raros. Incluem diarreia, tontura e dores musculares - ATENÇÃO! A Cimetidina inibe o citocromo P450! RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Inibidores da bomba de prótons – omeprazol, lansoprazol, pantoprazol: - Úlcera péptica, - Esofagite de refluxo, - Componente da terapia de Heliobacter pylori; - Síndrome de Zollinger-Ellison - Atuação do omeprazol: Inibição irreversível H+/ K+ - ATP ase (enzima) - Suprime a secreção de íons hidrogênio para a luz do estômago; - Omeprazol é rapidamente degradado em pH ácido É apresentado na forma de cápsula com revestimento entérico. - Efeitos indesejáveis não são comuns. Inclui: Diarreia e cefaleia - Há relatos de dores musculares, confusão mental, ginecomastia, impotência RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. • Hidróxido de Magnésio – forma cloreto de magnésio no estômago • Trissilicato de Magnésio – reage com o suco gástrico e forma Cloreto de Magnésio • Gel de Hidróxido de alumínio – forma cloreto de alumínio. • Bicarbonato de sódio – ao reagir com o suco gástrico, libera CO2. Reação dos antiácidos Antiácidos – trissilicato de magnésio, hidróxido de magnésio, bicarbonato de sódio: - Dispepsia; - Alívio sintomático na úlcera péptica, - Refluxo esofágico. • Bases fracas que reagem com o ácido gástrico elevando o pH gástrico, Reduzem a colonização por Helicobacter pylori. CO2 : estimula secreção de gastrina e pode resultar em elevação secundária de secreção de ácido. Efeitos indesejáveis: • Constipação, hidróxido de alumínio; • Diarreia, hidróxido de magnésio; • Flatulência pela liberação de CO2; ANTIEMÉTICOS Controle do Vômito As vias e mediadores incluem: • Impulsos da zona de gatilho quimiorreceptora e de vários outros centros do SNC retransmitidos ao centro do vômito; • Transmissores químicos, como histamina, acetilcolina, dopamina, 5-hidroxitriptamina, e substância P, atuando sobre receptores H, muscarínicos, D2, 5-HT, e NK, respectivamente. Os estímulos eméticos incluem: • Substâncias químicas ou fármacos no sangue ou no intestino; • Impulsos aferentes provindos do trato gastrintestinal, labirinto e sistema nervoso central (SNC). Vômito: Evento físico que resulta na evacuação vigorosa do conteúdo gástrico pela boca Agentes antieméticos, antiespasmóticos e seus usos Antagonistas dos receptores H1 da histamina: - Ciclizina: cinetose; - Prometazina Antagonistas dos receptores muscarínicos: - Hioscina (escopolamina): cinetose. Antagonistas dos receptores da dopamina (antagonista D2): - Ex: Metoclopramida, Domperidona - Também apresentam ação periférica: pró-cinética - Atenção metoclopramida (bloqueia os receptores de Dopamina em outras partes do SNC) Antagonistas seletivos dos receptores 5-HT3 da 5-hidroxitriptamina - Ondansetrona: citotóxicos ou radiação, vômitos pós-operatórios. Canabinoides: - Nabilona: vômito causado por agentes antineoplásicos citotóxicos. - Antagonista: Naloxona CONTROLADORES DA MOTILIDADE Laxativos • Laxativos formadores do bolo fecal Ex: metilcelulose • Laxativos osmóticos Ex: laxativos salinos • Emolientes fecais Ex: Docusato de sódio • Laxativo estimulante Ex: Bisacodil e Sene Aceleram o trânsito do alimento através do intestino Nome científico: Senna alexandrina Mill. Sinonímia: Cassia angustifolia Vahl Família: Caesalpiniaceae Parte usada: folíolos e frutos SIMÕES, C. E COL., (2007). DIARREIA - Eliminação frequente de fezes líquidas - Causas: infecção, ansiedade, toxina - Tratamento: - Manutenção do equilíbrio hidroelétrico - Uso de agentes anti-infecciosos - Uso de agentes antidiarreicos Referências: KATSUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. SILVA, Penildon. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. SIMÕES, C. E COL., Farmacognosia da planta ao medicamento, 6ª. Edição. 2007, Brasil, editora da UFSC e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Farmacopeia Brasileia 6ª Edição
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