Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Relatório ERE 1 Ondas estacionárias em cordas e tubos Aluno: Arthur Andrade de Pádua Carvalho – 201810674 - 22B Lavras – MG 1. Introdução As ondas estacionárias se caracterizam por ser um padrão de onda de vibração estacionária, que se mantém no mesmo lugar, que é formada através da sobreposição de duas ondas que estão em sentidos opostos uma da outra em um mesmo espaço definido, neste caso, em corda e tubo fechado e semiaberto. Ondas estacionárias possui diferentes pontos fixos no espaço com valor zero, os chamados nodos, importantes para os cálculos. Em contrapartida, existem os antinodos, que são os pontos de máxima e mínimo de uma onda. [1] Estas ondas são resultadas da soma de duas ondas que contém a mesma frequência, amplitude, comprimento de onda, que viajam em mesma direção, com o porém de sentidos oposto. [2] 2. Métodos 2.1 - Modelo teórico Pelo exemplo inicial de uma onda propagando através de uma corda, para se obter a velocidade de propagação, é usada a seguinte fórmula, onde T representa a tensão que a corda é submetida e µ representa a densidade linear de massa, característica da corda esticada. (1) √ Para se calcular a frequência da mesma onda, é utilizada a fórmula abaixo, onde o n representa o número de nodos, L representa o tamanho da corda e v representa a velocidade de propagação da onda. (2) Como anteriormente fora exposta a fórmula para encontrar a velocidade de propagação da onda (1), a mesma pode ser utilizada na equação de frequência (2). (3) √ Agora com a propagação das ondas em um tubo, as condições podem ser diferentes. Em um tubo aberto, a fórmula utilizada para a obtenção da frequência de uma onda com n nodos, é a equação (2). Já em um tubo com uma extremidade aberta e a outra fechada, utiliza-se a fórmula descrita abaixo. (4) 2.2 – Métodos experimentais Para a realização do experimento, foram utilizados os sites phy.hk e ophysic.com para a simulação dos experimentos de ondas estacionárias em cordas e em tubos respectivamente. Para o experimento das ondas estacionárias em uma corda, alterava-se a frequência que a onda propagava pelo meio, com a finalidade de alterar os nodos (n), indo de 1 até 7, fazendo o registro da frequência obtida em cada n, para, após a obtenção de todos os dados, realizar as contas para obtenção da velocidade de propagação da onda no meio, em uma corda de tamanho 18cm. Imagem 1: representação do experimento de ondas estacionárias em uma corda Na segunda parte do experimento, foram realizadas 2 simulações em tubos, inicialmente com o tubo aberto nas extremidades, e, posteriormente, com uma de suas extremidades aberta e a outra fechada. Na primeira parte, com ambas extremidades abertas, inicia-se com 10 nodos(n), comprimento de onda(λ) igual a 1, e o tamanho da corda(L), em função de λ, equivalente a 5 λ. Imagem 2: representação inicial do experimento de ondas estacionárias em um tubo de extremidades abertas A partir destas condições iniciais, alterava-se o valor do comprimento de onda (λ) para a redução de nodos(n), indo de 10, inicialmente, até o valor 2, anotando sempre o novo valor de λ para a determinada quantidade de nodos e o tamanho L, sempre em função de λ. Após já ter os resultados da simulação em mãos, utilizando o valor da velocidade do ar, calculou-se a frequência para cada nodo, com sua devida incerteza. Em seguida, alterou-se a medida L do tubo ao qual as ondas estavam percorrendo, com a finalidade de compreender se são mantidos os modos normais de vibração. Com o tamanho inicialmente fixo em 5m e a onda estacionária com n=3, alterou-se o tamanho do tubo para a obtenção de n=2 e n=1, mantendo o mesmo λ. Tendo todos os dados anteriores em mãos, uma das extremidades do tubo fora fechada para a realização de outra simulação. A partir dos resultados obtidos, conclusões foram feitas e discorridas. 3. Discussões e Resultados A. Na realização do experimento da onda estacionária viajando por uma corta, obteve- se a frequência em cada quantidade de nodos específica, de n=1 até n=7. Os resultados estão representados na tabela a seguir. Nodos(n) Frequência(Hz) 1 25 2 50 3 75 4 100 5 125 6 150 7 175 Tabela representando os valores obtidos no experimento de uma onda estacionária em uma corda. Foi pedido que considerasse o erro presente na medida em L da corda, e por ser uma régua analógica, usa-se como incerteza a menor medida dividida por 2. Através dos dados obtidos anteriormente, foi feito um gráfico de nodos(n) em função da frequência de onda, caracterizando uma função y=25x. Gráfico com os dados obtidos através do experimento de uma onda estacionária viajando por uma corda. Com os resultados em mãos, foi possível obter a velocidade de propagação da onda. Para realizar o cálculo através do gráfico, percebe-se que a expressão (v/2L) é o coeficiente angular da reta, então basta calcular o coeficiente angular e igualar à expressão. ∑ ∑ ∑ ∑ (∑ ) Para obter o erro de tal medida, calculou-se o erro do coeficiente angular da reta através da seguinte fórmula. √ ∑ (∑ ) Com o resultado obtido acima, conclui-se que a velocidade de propagação da onda através da corda é: . Em resposta ao item 5 da parte experimental A, se colocássemos na haste fixa da direta da simulação uma polia e pendurássemos uma massa de (4 ± 1) g, as frequências obtidas não seriam as mesmas, pois o peso do bloco aumentaria a tração da corda, causando uma alteração na velocidade de propagação da onda, e, consequentemente na frequência da onda. Tal análise foi feita a partir da fórmula (3) dos métodos teóricos. Em resposta ao item 6 para obtenção da densidade linear de massa (µ) no caso da situação do item 5 ser real, foram realizadas as seguintes conta: √ √ √ B. Na segunda parte do experimento, foi analisada a situação de uma onda estacionária viajando através de, inicialmente, um tubo aberto em suas extremidades, e, posteriormente, com uma de suas extremidades aberta e a outra fechada. Com o tubo aberto, foi requerido que, de n=10 até n=2, fossem alterados os valores de comprimento de onda λ, recolher os resultados e o valor de L em função de λ. Os resultados estão disponíveis na tabela a seguir. Nodos Comprimento de onda (λ) Tamanho do tubo (L(λ)) 10 1 5.λ 9 1,1 4,5.λ 8 1,25 4.λ 7 1,43 3,5.λ 6 1,66 3.λ 5 2 2,5.λ 4 2,5 2.λ 3 3,34 1,5.λ 2 1 λ Tabela representando os valores obtidos no experimento de uma onda estacionária viajando por um tubo com as extremidades abertas. Após ter estes dados coletados, foi calculada a frequência de onda em cada um dos casos, de n=10 até n=2, utilizando a fórmula (2) do modelo teórico com v=341m/s, a velocidade do som no ar. Os resultados obtidos foram os seguintes. Nodos (n) Frequência (Hz) 10 341 9 306,900 8 272,800 7 238,700 6 204,600 5 170,500 4 136,400 3 102,100 2 68,200 Tabela representando os valores calculados de frequência no experimento de uma onda estacionária viajando por um tubo com as extremidades abertas. Para obtenção do valor do erro, novamente foi utilizada a propagação de erro. O errode medida do tamanho do tubo é, por ser uma medida digital, o menor valor de medida possível. Com este resultado, foi feita a propagação de erro para encontrar o erro na medida da frequência. ( ) ( ) A fórmula em negrito acima é utilizada para cada n do experimento para encontrar seu respectivo erro. Os resultados estão representados na tabela abaixo. Nodos (n) (Hz) 10 0,682 9 0,614 8 0,546 7 0,477 6 0,409 5 0,341 4 0,273 3 0,205 2 0,136 Tabela representando os valores calculados da propagação de erro da frequência no experimento de uma onda estacionária viajando por um tubo com as extremidades abertas. Em resposta ao item 7, se variarmos o tamanho do tubo (diminuirmos L) para determinado comprimento, não são mantidos os modos normais de vibração, pois quando L diminui, n também diminui, porque as ondas mantêm suas características, o que diminui é o espaço para ela percorrer, consequentemente, diminuindo o n. Após, inicialmente, colocar fixo n=3 e L=5, foi requisitado que alterasse o L a fim de obter n=2 e n=1. Os resultados estão representados abaixo. Nodos (n) L(λ) 2 1.λ 3,34 1 0,5.λ 3,34 Tabela representando L para os nodos=2 e 1 com λ fixo em 3,34 Nota-se que, indiferentemente das alterações no tamanho, comprimento de onda se mantém a mesma por ser uma característica da onda que independe de seu meio, já a quantidade de nodos estão diretamente ligada com o comprimento do meio em que a onda em questão está propagando. Retornando à situação inicial onde λ equivale a 1m e L=5.λ, porém com o tubo fechado em uma de suas extremidades, percebe-se que, no tubo inferior, as ondas acabam se anulando, e por este fato, qualquer som ou ruído seria imperceptível no tubo Voltando à imagem 2 b) do REO para este experimento, foram reproduzidos os 3 exemplos da imagem. A conclusão obtida é que todas as 3 imagens têm seus modos de vibração permitidas. Na parte final do item 9, foi requerido o valor de λ para n=9 em um tubo semiaberto. Com L=5, encontrou-se λ=1,1m, e o resultado no tubo de baixo, novamente, é a anulação das ondas, e como já foi discutido anteriormente, quando as ondas se anulam, não é possível ouvir nenhum som ou ruído deste meio. 4. Conclusão Através destes experimentos de simulação, ficou mais evidente como é o funcionamento de uma onda estacionária, seja em uma corda ou em um tubo, sendo ele com as extremidades abertas ou semiabertas. Os resultados obtidos foram satisfatórios e acordam com a teoria, evidenciando na prática o funcionamento de ondas estacionárias. 5. Referências [1] SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Ondas Estacionárias"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas-estacionarias.htm. Acesso em 11 de junho de 2020 [2] Tipler, Paul Allan (2006). Física para Cientistas e Engenheiros. mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. 1 5 ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Cientíciso Editora S.A
Compartilhar