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1 Farmacovigilância e Farmacoeconomia Tema 3: Reações Adversas a Medicamentos e Desvios de Qualidade João Luiz Coelho Ribas O que deve ser notificado? RAM: reações conhecidas ou não, graves ou leves, causal ou não estabelecida ainda (suspeita), esperadas ou inesperadas. Queixas técnicas: alterações fisico- químicas, adulterações, falsificações, problemas de rotulagem... Falha Terapêutica: redução ou falta de efeito esperado, resistência bacteriana Interações Medicamentosas: Efeitos de toxicidade ou falha terapêutica Reações Adversas a Medicamentos (RAM) •Qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas no homem (OMS) Efeitos farmacológicos normais, no entanto aumentados. Previsíveis e geralmente dependente da dose Reações do tipo A Classificação: Reações Adversas a Medicamentos (RAM) Hipóteses: � - Os indivíduos receberam drogas a mais que o adequado; � - Usou-se a dosagem adequada mas o indivíduo metaboliza ou excreta muito lentamente, produzindo níveis sanguíneos muitos altos; � - Os níveis sanguíneos podem ser os esperados mas o indivíduo é muito sensível a eles. Efeitos farmacológicos anormais e inesperados (bizarras). Não previsíveis, nem dose-dependente. Reações do tipo B Consequência do método de administração do fármaco ou pela natureza física da preparação Reações do tipo D Ocorrem após a retirada do fármaco ou redução da doseReações do tipo E Ocorrem apenas em indivíduos suscetíveisReações do tipo F Causada por características químicas e pela concentração do agente agressor e não pelo efeito farmacológico do fármaco Reações do tipo C 2 Decorrentes da ativação do sistema imuneReações do tipo H Causadas por mecanismos não entendidosReações do tipo U Reações genotóxicas, causadas por medicamentos que promovem dano genéticos irreversíveis Reações do tipo G Classificação quanto ao mecanismos - Dependentes dos pacientes - Dependentes do medicamento Classificação quanto a morbidade - Idade - Sexo - doenças intercorrentes - metabolismo anormal - multiplos fármacos - alergias Classificação quanto a suscetibilidade O que deve ser notificado? RAM: reações conhecidas ou não, graves ou leves, causal ou não estabelecida ainda (suspeita), esperadas ou inesperadas. Queixas técnicas: alterações fisico- químicas, adulterações, falsificações, problemas de rotulagem... Falha Terapêutica: redução ou falta de efeito esperado, resistência bacteriana Interações Medicamentosas: Efeitos de toxicidade ou falha terapêutica 3 Desvios de qualidade •Conceito: - É qualquer afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um produto ou processo (RDC 210/03) Alterações organolépticas �Mudanças de coloração �Mudanças de odor �Mudanças de sabor �Turbidez Desvios da qualidade de medicamentos – Casos Exemplos 1. Frasco de Omeprazol com pó na cor amarela enquanto nos demais a cor é branca. Avaliação do caso: possível reação de degradação. 2. Cliente costuma comprar sempre mesmo xarope, mas o gosto do último adquirido está diferente do usual. Avaliação do caso: possível reação de degradação. 3. Conteúdo da ampola de solução do Medicamento (sulfametoxazol + trimetoprima) apresentando partículas aparentemente oleosas, que após agitação se desfazem e turvam a solução. Avaliação do caso: possível contaminação Alterações físico-químicas �Precipitação �Dificuldades de solubilização (pó para suspensão) �Dificuldades de homogeneização (suspensões, emulsões) �Problemas de desintegração e dissolução �Formação de gases �Fotosensibilidade e Termosensibilidade 1. Formação de cristais na solução de xarope. A temperatura de armazenamento foi de +/- 25 ºC. Avaliação do caso: possível problema na formulação ou no transporte. 2. Paciente verificou que os comprimidos estavam saindo nas fezes. Avaliação do caso: comprimido com possíveis problemas na desintegração e dissolução. 3. Comprimidos soltando pó ou quebrando dentro do blíster. Avaliação do caso: possíveis problemas de dureza. Desvios da qualidade de medicamentos – Casos Exemplos Alterações gerais �Partículas estranhas �Falta de informações no rótulo �Rótulo com pouca adesividade ao material de embalagem �Problemas de registro �Troca de rótulo ou de conteúdo �Rachaduras e bolhas no material de condicionamento 4 Desvios da qualidade de medicamentos – Casos Exemplos 1. A impressão do lote e validade apagam com facilidade. Avaliação do caso: possível utilização de tinta inadequada. 2. Blíster inviolado vazios (sem comprimidos) Avaliação do caso: possível problema de BPF 3. Mesmo obedecendo o empilhamento máximo as caixas de embarque amassam e tombam. Avaliação do caso: possível problema de BPF (não qualificação do fornecedor das caixas). 4. DOU está especificado ampola âmbar e farmácia recebe ampola transparente Avaliação do caso: possível problema de registro 5. Ausência do número de registro ou apenas número de protocolo. Avaliação do caso: possível produto sem registro Exemplo: partículas estranhas Exemplo: rótulo descolando Exemplo: Precipitação “Um desvio da qualidade de medicamentos pode ser devido ao transporte, armazenagem e uso” 5 Problemas de transporte de medicamentos Problemas de armazenagem de medicamentos Problemas de dispensação, preparo e administração de medicamentos O que deve ser notificado? RAM: reações conhecidas ou não, graves ou leves, causal ou não estabelecida ainda (suspeita), esperadas ou inesperadas. Queixas técnicas: alterações fisico- químicas, adulterações, falsificações, problemas de rotulagem... Falha Terapêutica: redução ou falta de efeito esperado, resistência bacteriana Interações Medicamentosas: Efeitos de toxicidade ou falha terapêutica Referências de Apoio • BRASIL. Lei nº. 8080, de 19 de setembro de 1990. Disponível em: www.portal.saude.gov.br. • BRASIL. Promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na saúde suplementar. 2. ed.: manual técnico / Agência Nacional de Saúde Suplementar Rio de Janeiro : ANS, 2007. Farmácias, 2002. Referências de Apoio • BRUNTON L., CHABNER, B. KNOLLMAN B. Goodman and Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics 12 ed. McGraw-Hill Companies, Inc, 2011. • CZERESNIA D. Ações de promoção à saúde e prevenção de doenças: o papel da ANS. Fórum de Saúde Suplementar, 2003., 2002. 6 Referências de Apoio • HEPLER, C. D.; STRAND, L. M. Opportunities and responsibilities in pharmaceutical care. American Journal of Hospital Pharmacy, v. 47, p. 500-43, 1990. • RANG, H.P.; DALE, M. M. Farmacologia. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
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