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Resumo História da Psicologia

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PERÍODO COLONIAL 
No período colonial, chamado também de período pré institucional devido a não ligação com 
instituições, os fenômenos psicológicos estavam articulados em outras disciplinas como Teologia, 
Moral, Pedagogia, Medicina, Política. 
Grande parte da produção de conhecimento estava diretamente ligada aos interesses 
metropolitanos, que buscava controlar a colônia por meio do uso da moral. 
PERÍODO SÉCULO XIX 
É nesse século, no ultimo quartel, que a psicologia conquista o estatuto de ciência autônoma. 
No século XIX, o Brasil passa de colônia a império o que muda não só o sistema político, mas 
também os pensamentos e produções da época. 
A produção do saber psicológico ainda se mantém dentro de outras disciplinas sendo a medicina 
e a área da educação as principais, por meio das teses de doutorado muitos estudantes 
abordavam temas relacionados a psicologia. 
A história da psicologia escrita por educadores e pelas Escolas Normais (1920 – 1960) 
Com a transferência da corte para o Brasil se cria os primeiros cursos de ensino superior no país, o 
que abre caminho para novas produções de conhecimento apesar de no início ter se preocupado 
apenas com a formação profissional. 
Influenciados pelas linhas de pensamento europeias, liberalismo e positivismo, há uma crescente 
preocupação com os fenômenos psíquicos em especial aos métodos de ensino. Ou seja, 
instrumentaliza o uso das práticas psicológicas para melhorar o aprendizado em sala de aula. 
Sendo esses conteúdos parte da disciplina de Pedagogia das Escolas Normais, abordando 
questões como educação das faculdades psíquicas, aprendizagem e utilização de recompensas e 
castigos como instrumentos educativos. 
A psicologia tornou-se necessária como ciência básica e instrumental para a Pedagogia. Com o 
ideário positivista e liberal, a disciplina de Filosofia foi substituída pelas disciplinas de Psicologia e 
Lógica, com o intuito de introduzir saberes científicos necessários a orientação positivista. 
A necessidade de instrução com o desenvolvimento industrial no país favoreceu a inserção das 
técnicas da psicologia no sistema brasileiro, uma vez que se tinha muita preocupação com o 
processo de ensino e aprendizagem no país, sendo influenciados pelo modelo do escolanovismo. 
O escolanovismo fazia parte de um projeto de sociedade, baseado nas ideias de modernidade, em 
que se fazia necessário um “homem novo”, esculpido pela educação. Soma-se a isso o fato de 
que, no escolanovismo, a Psicologia constituía-se como uma das mais importantes ciências que 
fundamentavam sua pretensão de ser Pedagogia Científica. 
Foi por meio do Pedagogium – centro para reformas e melhoramentos para a educação nacional- 
tendo dado origem ao primeiro Laboratório de Psicologia Experimental em 1906, planejado por 
Alfred Binet e Manoel Bomfim. Este último defendia o estudo da mente humana, não apenas dentro 
do laboratório, pois é incompleto, mas sim analisando o indivíduo dentro do espaço social e coletivo. 
O Pedagogium foi extinto em 1919, mas vê-se continuidade de seus trabalhos no atual Instituto 
Nacional de Estudos Pedagógicos-INEP criado em 1938. 
As Escolas Normais contribuíram também com a produção de conhecimento, por meio de 
pesquisas e estudos realizados em seus laboratórios, e com as experiências postas em prática nas 
salas de aula. E em 1938, por decreto, a disciplina de Psicologia foi inserida no currículo das 
Escolas Normais. 
O ano de 1954 é marcado por dois grandes eventos: cria-se a Associação Brasileira de Psicologia, a 
10 de outubro, e o Arquivo Brasileiro de Psicologia publica o anteprojeto da lei sobre a formação 
de Psicólogo. 
 
A história da psicologia escrita por médicos (1900 – 1920) 
 
As principais instituições responsáveis pelas primeiras produções de caráter psicológico são as 
Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia, criadas em 1893. Os trabalhos de teses da 
Faculdade do Rio abordavam temas relacionados a psiquiatria, neurologia, medicina social e 
medicina legal, já a Faculdade da Bahia tinha como preferência os temas da aplicação social da 
Psicologia, para a Criminologia, Psiquiatria Forense e Higiene Mental. Muitas das teses antecedem 
a criação formal da cátedra de questões psicológicas, sendo a primeira criada em 1881, e as teses 
datam de 1836 as quais recebem influência da psicologia experimental com a inauguração do 
laboratório de Leipzig e dos experimentos de Pavlov. 
A primeira tese que trata do fenômeno psicológico foi defendida em 1836, por Manoel Ignacio de 
Figueiredo Jaime, denominada “As paixões e afetos d’alma em geral, e em particular sobre o 
amor, amizade, gratidão e o amor da pátria” 
Defendida em 1907, a tese de Maurício Campos de Medeiros, “Métodos em Psicologia”, veio 
demonstrar a penetração da Psicologia científica no país e a preocupação metodológica com a 
produção de conhecimento nos patamares do rigor científico. 
Com a crescente necessidade de higienização social, propõem-se formas de controle de 
comportamento tanto dentro das escolas como no âmbito público por meio da medicina social. 
Originando nesse período os primeiros hospícios no país com o intuito de higienizar e normalizar 
a sociedade, sendo em 1842 criado o Hospício Pedro II no Rio de Janeiro, cujas práticas são 
fundamentadas nas ideias de Pinel e Esquirol. 
Ainda nesse século foram criados: o Hospício São João de Deus, em 1861, em Recife; um em 
Salvador, em 1874 e outro em Porto Alegre, em 1884. 
No final do século, o Brasil adota o modelo republicano e começa o processo de industrialização 
do país com a expansão do ideário liberal. A psicologia já como ciência autônoma marca esse 
período por grande avanço na produção teórica e prática. 
É criado os laboratórios de Psicologia dentro das instituições psiquiátricas cujas ações agora são 
influenciadas pelo alienismo tendo como objeto de estudo a razão. Se estabelece no país a teoria 
da degenerescência que defendia a ideia de hereditariedade da loucura sendo está proveniente 
das pessoas negras. 
O Hospício Pedro II é nomeado de Hospital Nacional dos Alienados, sendo o primeiro no país a 
tratar a loucura do ponto de vista eminentemente médico. É dentro dessa instituição que se cria o 
segundo laboratório de Psicologia no Brasil, em 1907 sob a direção de Juliano Moreira. 
As Ligas de Higiene Mental também tiveram papel importante na produção do saber psicológico. 
Tendo em 1932 proposto ao Ministério da Educação e Saúde Pública a presença obrigatória de 
gabinetes de Psicologia. Além de realizarem as Jornadas Brasileiras de Psicologia, cujo objetivo 
era difundir pesquisas e aplicações da área psicológica. 
É importante destacar os trabalhos de Ulysses Pernambucano, o qual caminhava na contramão do 
pensamento psiquiátrico vigente. Tendo ele criado a Escola para Anormais em 1964 que 
posteriormente passou a ser dirigida pela APAE. Além da produção de conhecimento, 
Pernambucano realizou vários cursos de especialização em busca de promover monitores de 
saúde mental e auxiliares psicólogos. A doença mental era por ele concebida como situação 
existencial, resultante da dinâmica do processo psicológico considerando o sujeito como agente 
desse processo e admitindo os fatores sociais como co-determinantes. O movimento de Recife, 
liderado por ele, contribuiu para o Instituto de Psicologia, posteriormente denominado Instituto 
de Seleção e Orientação Profissional. 
Os principais temas abordados nas teses de medicina eram inteligência, emoção e psicofisiologia, 
tendo ganhado força a partir de 1890 quando enfim a psicologia já era considerada ciência 
autônoma. Nomes importante para o desenvolvimento da Psiquiatria e Psicologia no Brasil, 
dentre eles: Afrânio Peixoto, Juliano Moreira, Oscar Freire de Carvalho, Flamínio Fávero e Artur 
Ramos. 
Leis e regulamentações da Psicologia durante o período pré ditatorial 
Vale destacar dois anos decisivos no período pré ditatorialpelas leis e regulamentações que 
entraram em vigor acerca do profissional de psicologia. 
Em 1946, através da portaria 272, referente ao decreto-lei 9092 foi institucionalizada a formação 
profissional do psicólogo, que deveria escolher entre filosofia, biologia, fisiologia, antropologia ou 
estatística, cursando durante três anos o curso escolhido para então fazer um curso especializado 
em psicologia. Somente em 1957 tal formação seria organizada em torno de um currículo 
dedicado quase que exclusivamente a psicologia. 
Em 1962, a profissão de psicólogo foi regulamentada com a aprovação da lei nº4.119, bem como 
foram estabelecidas as bases curriculares do curso superior de psicologia pelo parecer 403 do 
Conselho Federal de Educação. Assim, abriu-se caminho para a regularização de profissionais que 
já atuavam com atividades ligadas à psicologia, como profissionais com diploma em cursos oficiais 
e reconhecidos na área de psicologia clínica, educacional ou do trabalho; funcionários públicos 
nos cargos e funções de psicólogo, psicologista ou psicotécnico; militares formados pelo curso de 
psicologia do Ministério da Guerra; pós-graduados e doutores em Filosofia, Educação e Pedagogia 
com tese relacionada à psicologia. 
Período da Ditadura Civil-Militar 
O período compreendido entre os anos de 1964 a 1985, no Brasil, é denominado como Ditadura 
Civil-Militar. Essa época é marcada, historicamente, como um momento violento e de violação 
dos direitos humanos e de muita censura a instituições da educação e da mídia. 
Nessa época, a psicologia brasileira foi orientada pelo modelo biológico, ou seja, o homem era 
responsável pelo próprio sofrimento e tinha que se ajustar à normalização social. Dessa forma, os 
debates dos psicólogos brasileiros não se comprometem com o coletivo e, talvez por isso, não 
sofreu tanta repressão por parte dos meios governamentais. E, foi nesse período que a Psicologia, 
em 20 de dezembro de 1971 foi aprovada a Lei n°5766 acerca da criação dos Conselhos 
Profissionais de Psicologia e do Conselho Federal de Psicologia. Dois anos depois, em 1973, foi 
criado o Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo (Sapesp), e no próximo ano, em 1974, 
foram criados os Conselhos Regionais de Psicologia. Assim, verifica-se que a área da psicologia no 
Brasil, no período ditatorial, teve avanços quanto o estabelecimento de instituições. Entretanto, 
os debates entre estas eram focados no campo profissional, deixando o campo político e social de 
lado. A atuação dos psicólogos era centrada nas clínicas, logo, centrada nas emoções individuais e 
não nas reflexões coletivas. 
Com isso, a Psicologia se abstém de certas discussões (sociais e políticas) e garante o avanço da 
área ao focar em questões técnicas da profissão. Dessa maneira, as práticas psicológicas se 
mostravam neutras frente a situação política do país enquanto funcionavam como 
normalizadoras ao adaptarem os indivíduos para a sociedade desajustada e opressora da época. 
Foi só na década de oitenta, início da abertura política, que Psicologia começa a se questionar 
quanto a realidade social e a própria postura das entidades da Psicologia Tais entidades passam a 
discutir o compromisso social da Psicologia, os Sindicatos da área passam a se posicionar mais 
politicamente, sendo a favor da democratização do país e contra as opressões. 
Em 1987, dois anos pós-ditadura, é lançado o Código de Ética do Profissional da Psicologia( há 
uma versão lançada em 2005). 
VII. O psicólogo, no exercício da sua profissão, completará a definição de suas responsabilidades, 
direitos e deveres, de acordo com os princípios estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas 
(CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1987, p. 5). 
A partir disso, se vê no campo da psicologia uma maior preocupação com o estabelecimento dos 
direitos humanos e do compromisso social da área. 
 
 
 
 
 
 
 
☞ 1928 Por decreto, a disciplina Psicologia passa a ser obrigatória nas Escolas Normais. 
☞ Promulgada a Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971, que cria o Conselho Federal e os 
Conselhos Regionais de Psicologia. 
☞ Em 1971 ocorre o primeiro encontro Nacional em São Paulo, proposto pela Direção da 
Sociedade Mineira de Psicologia. 
 ☞O II Encontro Nacional ocorre nos dias 28 e 29 de janeiro de 1972, em Belo Horizonte e, depois, 
em Barbacena, no qual se decide como 27 de agosto o Dia do Psicólogo no país. 
☞ Nos dias 2 e 3 de junho, na Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, realiza-se o III Encontro 
Nacional de Sociedades de Psicologia, de onde haveria de sair, após ingentes esforços, a eleição e 
posse do Conselho Federal de Psicologia, sendo em 20 de dezembro realizado a posse do 
Conselho. 
☞ No dia 27 de agosto de 1974, Dia Nacional do Psicólogo, são empossados, solenemente, em 
suas respectivas Regiões, os membros dos Conselhos Regionais de Psicologia, designados pelo 
Conselho Federal, de acordo com o art. 38 da Lei nº 5.766, em suas Disposições Gerais e 
Transitórias. 
☞ Primeiro Conselho Federal a aprovar, pela Resolução nº 08, de 02 de fevereiro de 1975, o 
Código de Ética dos Psicólogos do Brasil. 
 
 
 
 
Referências 
Antunes, Mitsuko Aparecida Makino. A psicologia no Brasil: leitura histórica sobre sua 
constituição / Mitsuko Aparecida Makino Antunes. 5. ed. – São Paulo: EDUC, 2014. Bibliografia.

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