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WINNICOTT – DTP-NP2 – 6º SEM Slide 1: desenvolvimento emocional, ambiente facilitador, mãe suficientemente boa, processo maturacional, da dependência à independência Ele tem algumas diferenças com a Klein, Klein fala da agressividade do bebê, da natureza agressiva e sádica. Winnicott tudo começa muito mais cedo do que Freud e Klein falavam, para ele o bebê já recebe toda a projeção no útero da mãe, desde o início da gestação, já iniciando a introjeção dessa carga de projeção; para ele isso já reflete nas primeiras semanas de vida do bebê. Para Freud o início e desenvolvimento da psique é no complexo de édipo, é o ápice, onde acontece a castração, o desenvolvimento emocional, lá pelos 5/6 anos. Klein fala que tem a triangulação e para ela esse desenvolvimento acontece mais cedo, ao entrar a 3ª pessoa. Para Winnicott isso acontece muito mais cedo, no útero já se inicia esse desenvolvimento. Ele era pediatra e psicanalista (infantil). Todo contexto de sua teoria tem uma base médica, ele consegue ver um desenvolvimento fisiológico e emocional, enquanto Klein só vê um desenvolvimento pisco. Trabalhou na guerra e atendeu crianças e adolescentes que eram filhos dos pais que estavam na guerra e estavam desamparados; o que trouxe muita base para Winnicott. Foi muito mais tendencioso às teorias de Klein, foi seu supervisionando e terapeuta de Erick, filho de Klein. Ele considera também o ambiente. Seu marco foi as experiencias na guerra; começou a fazer análise com James Strachey (Tradutor das obras de Freud). Propôs o Midle Group (grupo do meio), que eram as pessoas que não tendiam nem para uma e nem para outra (Melanie Klein e Anna Freud), eles consideram que todas as teorias eram validas e tinham prós e contras. Cada teórico deu sua contribuição conforme suas vivencias, experiencias e visões, conforme experenciado no contexto de suas épocas. A teoria de Winnicott é baseada nos processos MATURACIONAIS, ligados aos aspectos fisiológicos do desenvolvimento e em paralelo com o desenvolvimento psíquico. Winnicott teve experiencia com criança e Freud não; Freud era neurologista e não atendeu crianças como psicanalista. O que mais chamou a atenção de Winnicott em relação a Melanie Klein foi a caixa lúdica. Klein fazia supervisão com Winnicott. O primordial na teoria de Winnicott é o ambiente, ele é de extrema formação e desenvolvimento para o nosso psiquismo. Para ele o mundo, a mãe, é que tem que se adaptar ao bebê. Ele fala da saúde mental do ponto de vista coletivo. Tudo depende de todo mundo, a saúde mental é coletiva. A saúde mental do bebê dependerá de todas as pessoas envolvidas (no núcleo familiar). Dentro desse ambiente suficientemente bom é que ele destrinchará toda sua teoria. Slide: Experiência Clínica de Winnicott: “Então, inumeráveis histórias clínicas me mostravam que crianças que se tornaram doente, seja neurótico, psicóticos, psicossomáticos ou anti-sociais, revelavam dificuldades no seu desenvolvimento emocional na infância, mesmo como bebês. Crianças hipersensíveis paranoides podiam até ter começado a ficar assim nas primeiras semanas ou mesmo dias de vida. Algo estava errado em algum lugar. Quando vim a tratar crianças pela psicanálise pude confirmar a origem das neuroses no complexo de Édipo, mas mesmo assim sabia que as dificuldades começavam antes.” (p. 157) Complexo de Édipo (Freud): É a descoberta do corpo. Castração (em relação a mãe e pai), diferenças fisiológicas entre meninos e meninas (pênis e vagina). Essa castração que dá início ao complexo de édipo, àquele sofrimento, início do desenvolvimento psíquico emocional, início do desenvolvimento da psique humana. Klein e Winnicott: o desenvolvimento emocional do indivíduo, as desestruturas emocionais, as psiques, as doenças, se iniciam muito antes do complexo de édipo; para Klein nos primeiros meses de vida; para Winnicot, inclusive as neuroses, psicoses, psicossomáticas, anti-sociais, dão início no útero. Para Winnicott é tudo muito precoce. É um salto grande para a psicanálise, com tanta base educacional quanto Freud. Influência Kleiniana: caixa lúdica. Para Winnicott é um modo diferenciado de tocar o inconsciente da criança, o que o fez dar muita importância ao brincar, sendo este através da associação livre, onde a criança consegue colocar todo conteúdo que está em seu inconsciente. No brincar a criança projeta seu SELF, tudo que ela tem dentro dela. Self sou Eu. Slide Influencia Kleiniana: • Winnicott achou valiosa a experiência do conjunto de brinquedos no setting, já que eram facilmente manipulados e se uniam à imaginação da criança de modo especial; • Winnicott percebeu que Klein tinha um modo de tornar a realidade psíquica interna muito real, pois para ela o brincar era uma projeção psíquica da criança, a partir dos conteúdos localizados dentro do self e no corpo. Então... • Então, Winnicott percebia que a base das ansiedades estava relacionada com impulsos pré-genitais (diferente do Édipo); • Em muitos casos, havia doença e uma organização de defesas pertencentes a períodos anteriores da vida da criança Impulsos pré genitais esta antes da fase da descoberta do corpo. A criança começa a se descobrir muito cedo. Valoriza a posição Depressiva, estar deprimido é muito bom. É importante. É uma conquista! É um salto no seu desenvolvimento, é reconhecer o outro. Faz com que restituímos e reparemos alguma situação com a pessoa. Slide “A chegada a este estágio...” A chegada a este estágio (p. depressiva) está associada com ideias de restituição e reparação, e na verdade o ser humano não pode aceitar as ideias destrutivas e agressivas em sua própria natureza sem a experiência da reparação, e por isso a presença continuada do objeto de amor é necessária nesse estágio, já que só assim há uma oportunidade de reparação; Para eu reconhecer o outro, o outro tem que estar vivo dentro de mim. Preciso ter afeto pela pessoa. Relacionado a ideias de reparação e restituição, assim consigo perdoar e reparar com a pessoa. Para isso acontecer o objeto de amor tem que estar vivo dentro de mim. Slide “Winnicott valorizava a Teoria Kleiniana...” • Winnicott valorizava a teoria Kleiniana, sobretudo no que se refere à posição esquizo-paranóide com seus mecanismos do medo de retaliação e a cisão (splitting) do objeto “bom” e “mau”; • Para Winnicott, se não há uma criação suficientemente boa então o resultado é o caos, mais do que o medo de retaliação e o splitting. Splitting: É a divisão entre bem e mau, bom e ruim. É como a cisão de Klein. O bebê não tem o entendimento da mãe, não consegue enxergar a mesma mãe que nutre com a mãe que falha. Ele tem medo de ser punido. Mecanismo de defesa do medo e da retaliação. Slide “Winnicott pôde estruturar sua clínica...” Winnicott pôde estruturar sua clínica apoiado em vários conceitos kleinianos, valorizando: • Os conflitos e ansiedades infantis e defesas primitivas; • A teoria da reação depressiva e na teoria de alguns estados caracterizados por expectativa persecutória; • O conceito de relacionamento a duas pessoas – lactente e mãe -, na posição depressiva, diferentemente do relacionamento a três pessoas, característico do Complexo de Édipo freudiano; Slide 2: desenvolvimento emocional, ambiente facilitador, mãe suficientemente boa, processo maturacional, da dependência à independência Tudo é o ambiente e a saúde mental depende da capacidade dos pais de oferecer cuidado, da capacidade da criança em receber o cuidado, provisão de necessidades físicas e emocionais, tendencia inata para integração e crescimento. Para ele todos nós nascemos com uma tendencia inata para nos desenvolvermos, mas precisamos de um ambiente suficientemente bom e uma mãe suficientemente boa. A mãe também precisa estar num ambiente suficientemente bom para conseguirprover coisas boas ao bebê, ela também tem que estar boa para conseguir prover. Sem isso, o desenvolvimento pode não dar certo. O desenvolvimento depende da ‘realidade’, do ambiente em que nos desenvolvemos, crescemos. Vindo de dentro da criança para que ela se desenvolva de forma equilibrada, coerente, psíquica e fisiologicamente bem. Quando a criança é podada, castrada, reprimida, isso pode destrui-la. A frustração para o bebê é muito boa, mas a mãe tem que ter o olhar sensível para prover àquilo que o bebê e ela são capazes de suportar. Pois se for algo superior as capacidades dele de suportar, ele pode adoecer. A mãe boa não precisa ser intelectual, o necessário é que exista uma identificação entre mãe e bebê. Essa identificação só ocorrerá se a mãe for suficientemente boa. O bebê se torna um sujeito subjetivo quando olha a mãe e ela se olha refletida nele. É através dessa identificação que eles se comunicam, que a mãe saberá do que ele precisa e quando precisa em relação as necessidades vitais. Quando ocorre a ausência acima do tempo que ele pode suportar, essa mãe acaba morrendo dentro dele, havendo uma grande tendencia de que ele se torne uma pessoa anti-social. Pois as relações objetais foram interrompidas antes que o bebê tivesse concluído a construção dessa relação. Na tentativa de a criança preencher esse vazio, poderá haver tendência ao furto (poderá ser capacidade cognitiva, comportamental etc.); é como se ele estivesse reivindicando àquilo que lhe foi tirado. “Seja qual for o aspecto físico da questão, há sempre o lado emocional. Pode- se dizer que nesse estágio o bebê já é capaz de mostrar, através do brincar, que ele compreende que tem um interior, e que as coisas vêm do exterior. Ele mostra que sabe que está enriquecendo com as coisas por ele incorporadas (física e psiquicamente). Mais ainda, ele mostra que sabe que é possível livrar-se das coisas uma vez obtido delas o que desejava. Tudo isto representa um enorme progresso.” (...) - Desenvolvimento Emocional Primitivo. IN: Da pediatria à Psicanálise. Página 221. Desenvolvimento emocional primitivo: começa bem cedo, é o desenvolvimento inicial, é assim que começamos a nos desenvolver como ser humano e emocionalmente para Winnicott. É muito primitivo, não é inato e não acontece do nada, isso vai acontecendo e depende do ambiente. Separamos didaticamente para compreender, mas acontecem tudo ao mesmo tempo, quando integralizado todos, não perdemos mais: • Integração: noção de tempo e espaço no mundo, ele não tem noção de onde está e de como esta, quando a criança nasce ela não tem isso. Bebê quando nasce não é um ser uno, ele é fragmentado e no seu desenvolver é que ele começa a adquirir essa noção de tempo e espaço. Regularidade ambiental, quando acolhido pelo ambiente ele consegue ter essa noção de tempo e espaço. • Personalização: Ter a noção que existo no meu próprio corpo. O bebê não tem essa noção, ele morde o dedo do pé e chora, por exemplo. Essa personalização é me identificar quanto pessoa, no meu próprio corpo. Experiência de saber existente no próprio corpo, quando me reconheço no espelho. É um potencial que depende do ambiente facilitador. • Realização: Relacionada ao mundo real, ao mundo concreto, fora da fantasia e imaginação. Algo que realmente existe e não é fantasioso. Experiencia que existe um mundo externo, e de que esse mundo é independente de mim, ele é real. Pode acontecer uma NÃO INTEGRAÇÃO PRIMÁRIA, é quando acontece uma falha no desenvolvimento primitivo e nos processos de integração, personalização e realização. Ocorre muito no início da vida da criança. É quando a pessoa não desenvolveu bem em algum desses processos ou em todos eles. Se não ocorreu essa integração primária, não ocorreu, não fica alternando entre uma e outra. Podemos observar nos casos de: Psicose, autismo (transtorno do neurodesenvolvimento), patologia da propriocepção (quando a pessoa não tem noção de tempo e espaço) e Depressões graves. Tudo tem uma pré-disposição genética, muitas das psicopatologias temos pré-disposição, o ambiente poderá facilitar o desenvolvimento delas ou não; ou ele facilita ou ele dificulta. Desintegração (Despersonalização – são a mesma coisa) – fenômeno psicótico: relacionado ao retardamento da personalização no início da vida. Pessoa que não se reconhece, não se vê, sentir-se sem controle sobre o que fala e faz. A pessoa não tem personalidade. Se dá no início da vida quando não tem o ambiente suficientemente bom, acolhedor. Slide “a desintegração da personalidade...” A desintegração da personalidade é um fenômeno psiquiátrico bem conhecido e complexo. O estado não integrado primário fornece a base da desintegração, e o atraso ou falha na integração primária predispõe à desintegração quando a regressão se dá, ou quando fracassa algum outro tipo de defesa. Assim, o fenômeno psicótico da despersonalização (a desintegração) também está relacionado ao retardamento da personalização no início da vida. Dissociação: mecanismo de defesa. Romper, afastar da realidade, tanto na fisiologia quanto no mental, busco outra “forma” para viver àquilo. Não é ruim. Ocorre tanto no neurótico quanto no psicótico. Neurótico: sabe que existe violência na rua, mas eu sei que não acontecerá nada comigo; sublima-se para outra coisa positiva; porém toma-se mais cuidado, usa-se mecanismos de defesa como mais cautela. Psicótico: não suporta a realidade e cria um outro mundo como mecanismo de defesa, para sua sobrevivência. O bebê faz a dissociação através do sono, ele não reconhece de forma consciente que ele é o mesmo que sente prazer quando cuidado e raiva quando privado no momento seguinte, ele ainda não está desenvolvido mentalmente para saber disso (splitting), ele não se vê uno; é um mecanismo de defesa e ele se defenderá desse problema através do sonho (sonhar dissociação do real). Para me defender do caos do mundo eu sonho, sonho que pinto a parede da escola, sonho que coloco uma bomba no meio da cidade, assim como sem sonhar, através da arte, eu posso mesmo pintar a parede da escola, ou um quadro, de forma artística, pois através da arte eu consigo sublimar e viver o caos do mundo. Concernimento (Ruthless): capacidade de perceber a dor ou sofrimento do outro; assim como de ter interesse pelo bem-estar do outro. Ruthless: sem Concernimento, ausência de compaixão, falta de se colocar no lugar do outro. A mãe tem que ser suficientemente boa para acolher, suportar o estado de não Concernimento (Ruthless) para então que ele tenha possibilidade de se desenvolver de forma sadia; caso ela não suporte, isso pode dar origem a outros estados como psicoses/autismo, é como se essa agressividade voltasse para o bebê. Slide 3: objetos transicionais e fenômenos transicionais, Agressividade e tendência Antissocial Objetos Transicionais (fenômenos transicionais): período de transição, é paradoxal, faz uma ponte dessa transição da fantasia para o real, antecede a realidade antes dele vivera realidade, passando da fantasia para o concreto; tendo um ambiente facilitador e suficientemente bom. Representa o seio ou o primeiro objeto de amor; acontece na consolidação do teste da realidade; o bebe passa de um controle onipotente (mágico) para controle por manipulação (real); pode vir a se transformar num objeto de fetiche e persistir na vida adulta e sexual adulta (isso já não é bom, não é normal o adulto ter objeto transicional, o bebe não conseguiu superar essa fase); em função de uma organização anal erótica, pode representar fezes (algo mais concreto, o bebe consegue realizar, consegue controlar). Ele será uma ponte para o desenvolvimento do bebê, é recheado e repleto de sentimentos e significados, repleto de simbolismo, podendo simbolizar o amor que ele recebe da mãe; fase em que tem uma mãe viva dentro do bebê, repleta de significados; e esse objeto tem que ser validado pela mãe (tutor). O bebê só pode ser desiludido se ele for iludido. Será uma ponte para a vida adulta. Ele só consegue fazer esse processo se o objeto está vivo dentro dele e é bom, saudável, acolhedor, gostoso, ter uma boa identificação com a mãe. Para ser vivo dentro do bebê/criança, dependerá de como é a relação com o externo (a relação com o pai, a mãe). O que está dentro depende do que está fora. Quando a pessoa está viva dentro de nós, não precisamos ficar grudado com ela, não precisamos nos apegar a várias coisas. Se a mãe está morta dentro dele, o objeto transicional será o medo do abandono, um vazio, e será de forma falhada, perdendo o sentido real. EX.: O adulto que não toma Rivotril, mas não o tira da bolsa. O desespero de se encontrar abandonado cria o objeto transicional. Perdendo seu real significado e o sentido de fato do objeto transicional. Não sendo saudável para passar bem, de forma coerente e equilibrada para a fase adulta, carregando esse vazio (Patologia da carência e apego na fase adulta). Ilusão e Desilusão: o bebê acha que ele é onipotente e acredita que o seio é dele, é parte dele, que tudo está a seu dispor. O bebê pensa que tem o controle mágico. A tarefa da mãe será futuramente de desiludir o bebê. O bebê só poderá ser desiludido se ele for iludido pela mãe. Se ele não viver a ilusão, ele não acreditará que ele é poderoso e pode tudo, se sentindo mais confiante. Aos poucos a mãe fara a desilusão nele, através das falhas, a frustração, conforme for possível para ele suportar, de forma gradativa. Slide “Então podemos dizer que:” (descatexado: retirado da energia psíquica de acordo com a introdução ao meio social) 1. Os objetos transicionais relacionam-se tanto aos objetos externos (seio materno) quanto internos (o seio magicamente introjetado); 2. Os objetos e fenômenos transicionais pertencem ao reino da ilusão; 3. Esse estágio inicial no desenvolvimento deve sua existência à capacidade da mãe de adaptar-se às necessidades do bebê, permitindo-lhe a ilusão de que o que ele cria realmente existe; 4. O objeto transicional de um bebê torna-se, em geral, gradativamente descatexado, à medida que se desenvolvem os interesses culturais. Analogamente é expresso na vida adulta por meio das artes, religião, imaginação, criatividade. Concernimento e posição depressiva: a criança já está com ego estruturado e consegue ter Concernimento. Saudável X Patológico: quando o ambiente/pessoa não recebe a reparação, essa rejeição, negação, volta para a criança. Na saúde a criança consegue dar conta da culpa e é capaz de conseguir reparar, assim uma boa parte da agressividade se forma em funções sociais. Quando ela se sente rejeitada, essa agressividade se volta para ela. De-Privação: privação todo mundo é privado de tudo o tempo todo, isso é normal (frustração). De-privação é quando a criança tem tudo e é retirado, quando tudo é tirado da criança; perda de algo bom, positivo para a pessoa. Algo existiu e se ausentou (é diferente de vazio, pois neste caso existiu). Pode ser o tempo de mamar, foi retirado por um tempo maior do que ela possa suportar. É caracterizado como traumático (experiencia excessiva ao qual o aparato psíquico não suporta). Slide 4: falso e verdadeiro self Falso e Verdadeiro Self: não são nem mau, nem bonito, eles se coabitam e está tudo bem. Ver o contexto e como esses selfs são criados. Primeiras relações objetais. O bebê ainda está se construindo com a mãe e vai depender do que essa mãe oferecerá para esse bebê. Só o ambiente modula. No início da vida é importante fortalecer o ego e criar um self verdadeiro. A capacidade da mãe ser suficientemente boa proporcionará através da identificação, acolhimento, a validação, ambiente saudável, no qual a criança possa ser ela mesma, existindo e não reagindo (mecanicamente); contribuirá para o desenvolvimento do verdadeiro self. Nós, quanto pessoas, não podemos viver o verdadeiro self o tempo todo, apenas o perverso (Psicopata - sem filtro e o que dá na telha, movido pelo ID), que vive o self verdadeiro constantemente. Em alguns momentos e locais na vida, não podemos ser o self verdadeiro. Falso self: a pessoa morre fisicamente, adoecimento, não ser você mesmo. Excesso do outro dentro de vc. É uma pessoa tão submissa que é anulada. É quando o bebê é muito polido, castrado e não pode ser ele nunca. É a mãe que manda e desmanda o filho, e o bebê vai cada vez mais sendo submisso à mãe, deixando de ser ele mesmo. Produz o que o ambiente solicita, mas não é autêntico. Não é ausência de objeto transicional, mas o adoecimento físico. Uma mãe não suficientemente boa, faz com que o bebê seja submisso a ela; ela não é capaz de complementar a onipotência do bebê. Pode ter ou não, objeto transacional, que pode ser a religião por exemplo. Self verdadeiro: gesto espontâneo do bebê são indícios do seu verdadeiro self, se ele for podado aqui, já começa a podar quem ele é verdadeiramente. Fortalecimento da autonomia do bebê. Slide 5: transferência e contratransferência, continência e limites do setting Transferência e contratransferência, continência e limites do setting No setting: simbolizar é quando o paciente consegue simbolizar (dar significado, identificar, representar. Tira do concreto para o simbólico, sabe transformar sua queixa em palavra, sentido, conexão com a dor, outro sentido) o que ele sente, ele nomeia e depois do sentido, isso é indicativo de amadurecimento. Quando ele começa a simbolizar ele dá nome para o que ele sente. A linguagem é um símbolo, ajudamos o paciente quandoele consegue nomear o que sente. Slide “Certamente, no setting...” • Certamente, no setting (diferentemente do que acontece na observação direta do desenvolvimento infantil), não é possível datar ou prever o momento “adequado” para o surgimento de alguma resposta por parte do paciente, ao processo psicoterápico (por exemplo, insights, associações livres etc.); • Todavia, assim como o bebê que se desenvolve apresenta uma capacidade física e emocional para tal processo, no setting o paciente também demonstrará (ou não) sua capacidade para SIMBOLIZAR, como indicativo de seu desenvolvimento emocional, naquele momento!! Neurose de transferência: o paciente vai atacar, manipular o terapeuta. É caracteristicamente derivada do ID (impulsivo, neurótico). Se comportará com o analista como se fosse a pessoa que o paciente está projetando no analista, percebendo isso o analista atuará com o paciente trazendo do inconsciente para o consciente. E o analista se adapta ao paciente. Slide “Neurose de transferência” • Na análise, a neurose de transferência é caracteristicamente derivada do id; • O paciente pode dizer ao analista: “Você me lembra minha mãe”. Então, percebemos que o analista recebe indícios de modo que possa interpretar não apenas a transferência de sentimentos da mãe para com ele, mas também: 1 Elementos instintivos inconscientes; 2 Conflitos; 3 Defesas. • Desta forma, o inconsciente começa a ter um equivalente consciente e a se tornar um processo vivo, assim como a se tornar um fenômeno aceitável pelo paciente. O analista tem que ser suficientemente bom no processo transferencial para receber esse ataque para que através dessa dinâmica o paciente possa trazer os conteúdos do inconsciente para o consciente para compreender com quem e o porquê o paciente tem o problema. O analista tem que se adaptar ao paciente. Meu palpite para discursivas: Self verdadeiro e Falso e Neurose de transferência.
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