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Questionário SUS

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FACULDADE EVANGELICA DE GOIANÉSIA 
Acadêmica: Jayana Paula Rabelo da Mota 
Professora: Danyelly Rodrigues 
Disciplina: Politicas de Saúde 
PROBLEMATIZAÇÃO SOBRE O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
1. Até 1900, o Estado não participava da assistência à saúde. Quem prestava 
essa assistência (instituições de caridade)? Qual o movimento brasileiro que 
serviu de base para o SUS? Por que Reforma? Por que Sanitária? 
 A saúde pública era responsabilidade do Instituto Nacional 
de Assistência Médica e Previdência Social, o INAMPS. O INAMPS dividia os gastos 
com saúde entre o empregador, o governo e a população. O movimento brasileiro 
que serviu de base foi a Reforma Sanitária. A expressão foi usada para se referir ao 
conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações 
necessárias na área da saúde. 
2. Quando foi criado o SUS? E quando foi regulamentado? 
 O Sistema Único de Saúde - SUS - foi criado pela Constituição Federal de 
1988 e regulamentado pelas Leis n.º 8080/90 e nº 8.142/90, Leis Orgânicas da 
Saúde, com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à 
Saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, 
sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto. 
3. Quais são princípios que regem o SUS? Discorra sobre cada um deles. 
Universalidade: A saúde é um direito de todos", entende-se que o Estado tem a 
obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por 
força de lei. 
Integralidade: A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os 
preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as 
necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em 
consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria. 
Equidade: Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; 
como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades 
de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio 
acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela eqüidade do 
SUS. 
4. Quais são as principais questões tratadas na lei 8080? 
 A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes. Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e 
serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou 
eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. 
5. O SUS é pensado pela maioria das pessoas apenas como assistência à 
saúde. A partir da lei 8080 é possível concordar com esta idéia? 
 Não. Pois o SUS vai além dos serviços prestados em postos de saúde e 
hospitais públicos e privados. Vai além da consulta e dos procedimentos médicos e 
inclui várias ações de prevenção como controle da qualidade da água, alimentos e 
remédios, vacinação de pessoas e animais e monitoramento das doenças. Tudo isso 
faz parte do sistema público de saúde brasileiro, ainda que não seja divulgado como 
tal. 
6. Lendo o capítulo IV da Lei nº 8.080 verifica-se diferenças 
substanciais nas competências e atribuições no âmbito federal, estadual e 
municipal do SUS. Quais seriam as principais diferenças? 
Federal: Coordenar o sistema de saúde, formular políticas e diretrizes nacionais, 
fomentar programas, fiscalizar a execução de recursos federais. 
Estadual: Articular as regiões de saúde, mediar o acesso a alta complexidade, 
planejar no âmbito estadual, apoiar técnica e financeiramente as ações dos 
municípios. 
Municipal: Administrar os serviços de saúde, garantir acesso ao sistema, executar 
ações de saúde. 
7. Quais são os gestores do SUS nas esferas federal, estadual e municipal (MS, 
SES e SMS)? O que entendem por gestor? 
Federal: Ministério da Saúde (MS), que é o gestor nacional. 
Estadual: Secretaria de Estado de Saúde ou órgão equivalente. 
Municipal: Secretaria Municipal de Saúde ou órgão equivalente. 
Gestor: propiciar e facilitar a organização da sociedade para que possamos superar 
problemas (leia-se desafios) que nos impedem de viver mais e melhor ou, dito de 
outro modo, desejar que ocorram menos mortes, que não surjam tantas doenças, 
que não tenhamos tantas incapacidades e nem infelicidades. 
8. A lei 8142 é considerada uma grande conquista popular. Porque? 
 Sim. Pois com a participação da comunidade na gestão do SUS se estabelece 
uma nova relação entre Estado e a Sociedade, de forma que as decisões do Estado 
sobre o que fazer na saúde terão que ser negociadas com os representantes da 
Sociedade, uma vez que eles são quem melhor conhecem a realidade da saúde da 
comunidade. 
9. O serviço privado pode participar do SUS? De que maneira? 
 Sim. Quando o poder público não consegue prestar diretamente determinado 
tipo de assistência à saúde para a população, devido à inexistência ou insuficiência 
do serviço no SUS. Nesses casos, a direção do SUS poderá firmar contrato de direito 
público ou convênio com instituições privadas, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
10. O que significou a implantação do SUS na saúde pública no país? 
 O SUS é uma conquista da sociedade brasileira e foi criado com o firme 
propósito de promover a justiça social e superar as desigualdades na assistência à 
saúde da população, tornando obrigatório e gratuito o atendimento a todos os 
indivíduos. Abrange do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos 
e é o único a garantir acesso integral, universal e igualitário. 
11. O que é um Sistema de Saúde? E pontos de atenção à saúde? 
 Os sistemas de saúde são organismos extremamente complexos, que devem 
responder a múltiplas necessidades. Todavia, um grande número de profissionais, 
gestores, organismos, pessoal de apoio consegue garantir uma prestação de 
serviços de maneira coordenada e integrada. 
 Os pontos de atenção à saúde são entendidos como espaços onde se ofertam 
determinados serviços de saúde, por meio de uma produção singular. 
12. Quais os principais avanços observados na saúde brasileira após a criação 
do SUS? 
 Mudou o conceito de direito à saúde, tornando seu acesso, pelo menos na 
letra da lei, universal e gratuito para todos os brasileiros. Protegeu, dessa forma, aos 
indigentes e famílias inseridas no mercado informal de trabalho, que antes não 
tinham acesso aos serviços públicos de saúde da Previdência Social. Mudou a forma 
de organização dos serviços de saúde, aumentando a oferta de atenção primária e 
iniciando um processo regulado de acesso aos serviços de maior complexidade. 
Proporcionou uma rápida melhoria nos indicadores básicos de saúde da população 
brasileira. 
13. Quais os principais desafios? 
 A implementação do SUS é um processo ainda por completar. Entre os 
principais desafios que existem para a implementação do SUS estão os seguintes: 
 No âmbito dos direitos, das mudanças culturais e demográficas: Consolidar 
mecanismos que atendam aos reclamos mais imediatos da população, evitando as 
filas, melhorando a qualidade e resolvendo os problemas que se apresentam nos 
estabelecimentos de saúde. É necessário aumentar a qualidade mas também tratar 
os cidadãos com a dignidade e respeito, criando instâncias para resolver as queixas 
e avaliar a qualidade e a satisfação dos usuários dos serviços públicos; 
 No ámbito do financiamento: Completar o processo que possa garantir, de um 
lado, um melhor uso dos recursos existentes do SUS, aumentando a eficiência, a 
fiscalização para reduzir a corrupção e o mau uso e garantido os recursos suficientes 
para financiar a expansão das necessidades da população; 
 No âmbito da Gestão dos Serviços: Estabelecer processos que integrem os 
serviços, desde a atenção básica aos hospitais, com os serviços auxiliares e a oferta 
de medicamentos, e estabelecermodelos alternativos de gestão dos serviços, que 
permitam aumentar a autonomia gerencial, premiar a eficiência e remunerar os 
estabelecimentos e o pessoal de acordo aos resultados alcançados. Os serviços 
devem também ser modernizados, a través do uso em massa de tecnologicas de 
informação e comunicação, que permitam a marcação eletrônica de consultas 
médicas e a existência de registros eletrônicos que contenham os dados clínicos dos 
pacientes para acompanhamento com qualidade e para a produção e análise de 
dados e tendências do setor, como forma de subsidiar os processos de 
planejamento; 
 No âmbito da coordenação do SUS com o Setor Privado: O SUS não é um 
sistema único, e nem totalmente estatal. Cerca de dois terços dos leitos hospitalares 
pertencem ao setor não estatal – lucrativo e filantópico – e o SUS não apenas 
necessita da rede privada (que hoje administra boa parte das organizações sociais 
em São Paulo, por exemplo) mas também fornece serviços de alta tecnologia para os 
usuários dos planos de saúde. Portanto, há que aumentar os níveis de coordenação 
entre o SUS e a saúde suplementar. 
14. Após assistir o vídeo “Sergio Arouca e o SUS do Brasil” faça uma resumo 
dos principais pontos que foram levantados no vídeo? 
O sanitarista Sérgio Arouca foi um dos principais teóricos e líderes do chamado 
"movimento sanitarista", que mudou o tratamento da saúde pública no Brasil. A 
consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde se 
tornou um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta 
Magna: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". No documentário falou sobre 
a importância da ampliação do conceito de saúde. 
“Pode significar que as pessoas tenham algo além de simplesmente não estar 
doente. Que tenham direito à casa, ao trabalho, a um salário condigno, à agua, à 
vestimenta, à educação, a ter informações sobre como se pode dominar esse mundo 
e transformá-lo”, afirmou o sanitarista. 
“Que também tenham direito ao meio ambiente – que não nos seja agressivo, mas 
pelo contrário, que permita a existência de uma vida digna e decente – bem como a 
um sistema político que respeite a livre opinião, à livre possibilidade de organização e 
de autodeterminação de um povo”. 
“É preciso uma reforma sanitária profunda em que seja garantido à população um 
serviço descentralizado (mais próximo das necessidades de cada um), universal 
(com acesso a todos os brasileiros), integral (em que todo o ciclo de vida seja 
beneficiado) e com controle social (a fiscalização do atendimento deve ser feito pela 
própria sociedade)." 
"A saúde enquanto projeto pode ser demarcada antes e depois da Oitava, onde 
novamente discutimos o valor da participação da população, o valor do controle 
social, o valor da democracia direta e da luta pela redemocratização do País." 
"A batalha sanitária é uma questão superpartidária, nenhuma pessoa, instituição, 
partido, agrupamento, categoria ou entidade enfrenta sozinha essa luta." 
"Saúde não é simplesmente ausência de doenças, é muito mais que isso. É bem-
estar mental, social, político. As sociedades criam ciclos que, ou são ciclos de 
miséria, ou são ciclos de desenvolvimento..." 
"Saúde é o resultado do desenvolvimento econômico-social justo." 
 
 REFERÊNCIAS 
1. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988. 
Artigos 196-200. 
2. _____. Ministério da Saúde. Lei nº 8080 / 1990. Brasília, DF, 1990. 
3. _____. Ministério da Saúde. Lei nº 8142 / 1990. Brasília, DF, 1990.

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