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Biossegurança em Laboratórios


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Dr. Flávio Cruz 
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	NB 1 baixo risco individual e coletivo. Inclui microorganismos que nunca foram descritos como agente causal de doenças para o homem e que não constituem risco para o meio ambiente.
	NB 2 representa risco individual moderado e risco coletivo limitado. Pouca probabilidade de alto risco para profissionais do laboratório. Ex. Schistosoma mansoni
	NB 3 representa risco individual elevado e risco coletivo baixo. Enfermidades graves nos profissionais de laboratório. Ex. Mycobacterium tuberculosis
	NB 4 agrupa agentes que causam doenças graves para o homem e representam um sério risco para os profissionais de laboratório e para a coletividade. 
	Ex. vírus Ebola
Níveis de Biossegurança
CTNBio
Dr. Flávio Cruz 
Vias de Penetração dos microorganismos
	Via aérea pipetagem, centrifugação, maceração de tecidos, agitação, flambagem de alça de platina, aberturas de ampolas, manipulação de fluidos orgânicos, abertura de frascos com cultura de células infectadas
	Via cutânea agulhas contaminadas, recapeamento de agulhas, vidraria quebrada ou por instrumentos pérfuro cortantes
	Via ocular projeção de gotículas ou aerossóis nos olhos
	Via oral falta de procedimentos higiênicos (não lavar as mãos após manusear materiais contaminados) - hábito de fumar e refeições no laboratório
Dr. Flávio Cruz 
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Cuidados Relativos aos Riscos de Contaminação
	Um laboratório pode receber diariamente grande número de amostrass de fluidos corporais e de fezes que são potencialmente infecciosos. Os maiores perigos estão relacionados com o vírus HIV, hepatite B e C, micobactérias, S. typhi, fungos filamentosos e alguns protozoários.
	O principal cuidado a ser tomado é evitar a exposição e consequente infecção.
	Devemos considerar que. os riscos são influenciados por uma relação variável entre o agente infectante, o hospedeiro (idade, sexo, gravidez, uso de medicamentos, nível de nutrição e imunidade, vacinação prévia, etc) e a atividade desempenhada.
	Devemos sempre considerar risco elevado ao trabalhar com material clínico desconhecido.
Dr. Flávio Cruz 
Produção de Aerossóis
	O uso incorreto do material de laboratório, como pipetas, alças de inoculação, agulhas, seingas, centrífugas e homogeneizadores, pode produzir grandes quantidades de aerossóis potencialmente infectantes. Devemos portanto:.
	Não destampar frascos com culturas que foram fechados com tampa de pressão;
	Não eliminar o ar das seringas;
	Evitar guebrar frascos que contenham cultura de microorganismos;
	Não ejetar líquido de pipetas sob alta pressão;
	Não centrifugar tubos ou frascos sem tampa
	Quando houver risco de contaminação por aerossóis, recomenda-se o emprego de capelas de segurança biológica, luvas, máscara e óculos de proteção.
Dr. Flávio Cruz 
Imunizações 
Técnicas Educacionais 
Proteção Coletiva câmaras de fluxo laminar, cabinas de segurança biológica 
EPI protetor facial, óculos de segurança, jaleco, máscara, calçados fechados, luvas descartáveis
	
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Precauções Universais
	O ponto principal da precaução universal é reconhecer que todo o sangue, derivado ou fluido orgânico pode ser considerado potencialmente infeccioso. 
	Seu contato deve ser prevenido por barreiras técnicas como uso de luvas, máscaras e óculos de proteção. Deve-se ainda incluir métodos seguros de descarte de agulhas contaminadas e de outros instrumentos afiados e adotar medidas que visem à segurança, como proibição para fumar, comer e beber no ambiente de trabalho, bem como pipetar com a boca quaisquer materiais. 
(Garner e cols., 1983; CDC/MMWR, 1988)
Dr. Flávio Cruz 
Vacinação contra Hepatite B
	A Comissão Nacional de Hepatite (Fundação Nacional de Saúde/Ministério da Saúde) propõe a vacinação nos grupos de risco em todo o país.
	Existe vacina disponível nos Postos de Saúde para estes Grupos.
Dr. Flávio Cruz 
	Desinfetar pele ou mucosa íntegra com álcool 70%, deixando pingar o líquido sobre material absorvente. Deixar secar ao ar.
	Pele ou mucosa ferida - PVPI (povidine)
	Sorologia e quimioprofilaxia do acidentado
	Inativação de todo material contaminado antes de descartar no lixo comum;
	Produtos clorados - hipoclorito de sódio - 1 volume para 9 volumes H2 O - diluídos no dia do seu uso (Shapshak et al., 1993; Van Bueren et al. 1995);
	Álcool a 70% também podem ser usados;
	calor úmido sob pressão 1210 C/20 min - autoclavação
Dr. Flávio Cruz 
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Medidas em Caso de Acidentes
	Pele íntegra e Mucosa - lavar o local com água em abundância e solução de PVPI a 5% (povidine);
	Inoculação por acidente - lavar a área lesionada com água, aplicar PVPI a 5% e procurar um médico.
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+1 fator
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	Não se afobe. Em nosso laboratório não se recebem doses letais dos radioisótopos 14 C e 125 I;
	Notificar imediatamente o responsável da área (Lúcia de Fátima - Hormônios e Dr. Jorge - Bacteriologia);
	Usar Radikleen 10% com sabão comum conforme Plano de Radioproteção do Laboratório e POP AD ST 003 .
	Contaminação com 131I em clínica médica em BH/MG, devido à ingestão não autorizada de radiofármaco;
	Contaminação com 131I em laboratório de produção de radiofármacos do IPEN/CNEN-SP, devido à manipulação não autorizada de material radioativo;
	Serviço de Atendimento a Emergências Radiológicas - SAER, da CNEN tel. 442-2539
Dr. Flávio Cruz 
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Micobactérias
	Mycobacterium leprae
	Mycobacterium tuberculosis
	Mycobacterium bovis
	Quebra de frasco - prender a respiração sair imediatamente e ligar a lâmpada UV por uma hora;
	Auto inoculação acidental - lavar com água e sabão e desinfetar com álcool a 70%. (Procurar atendimento médico especializado).
	Vacinação BCG e fluxo laminar
Dr. Flávio Cruz 
Acidentes envolvendo fungos
	Feche a ventilação da área e espere, aproximadamente, por 1 hora antes de entrar na sala;
	Use um macacão ajustado nos pulsos, máscara, luvas e cubra os sapatos. Coloque na área do acidente hipoclorito de sódio a 5%, diluído a 1:10. Espalhe o desinfetante ao redor do sítio do acidente, mas não diretamente sobre o derramado, para não produzir aerossóis;
	Coloque sobre o derramado papel toalha embebido com desinfetante; deixe por 1 hora. A descontaminação com formaldeído se faz necessária quando se tratar de agentes mais agressivos como o caso de Coccidioides immitis e Histoplasma capsulatum;
	Autoclave todos os materiais contaminados durante o acidente;
	Limpe com desinfetante os equipamentos e acessórios do laboratório.
	OBS. A roupa contaminada deve ser retirada e embebida em hipoclorito de sódio a 5%, diluído a 1:10.
Dr. Flávio Cruz 
Acidentes com protozoários
	O risco e a gravidade de um acidente laboratorial dependem do parasito envolvido, do estágio evolutivo, da dose inoculada, bem como do tipo de material/espécime manipulado e da natureza do trabalho laboratorial;
	Os acidentes envolvendo manipulação de parasitos que se encontram no sangue ou são cultiváveis in vitro tendem a ser mais graves. Já aqueles que são parasitas do tubo digestivo envolvem sobretudo a quebra de regras básicas de higiene. 
	Trypanosoma cruzi - Doença de Chagas - formas tripomastigotas metacíclicas (cultura ou sangue)
	Plasmodium - Malária - esporozoítas - sangue contaminado
	Toxoplasma gondii - Toxoplasmose - tecidos infectados, fezes de felinos ou cultura
	Protozoários intestinais
Dr. Flávio Cruz 
Descarte de Resíduos, Amostras e Material Contaminado
	Todo material dever ser descartado em recipiente rígido destinado à autoclavação;
	As seringas, escalpes e outros objetos pérfuro-cortantes contaminados - descartex - autoclavação;
	Resíduos de amostras clínicas, culturas e outros materiais contaminados - autoclavados.
Dr. Flávio Cruz 
Resolução n º 701 -
Secretaria Estadual de Saúde de 05/12/91
Art. 38 º
O transporte das amostras dos postos de coleta para o laboratório, deverá obedecer às seguintes especificações:
I - Carro contendo dispositivo fixo de alta confiabilidade ondepossa ser encaixado e preso o (s) recipiente (s) para transporte das amostras de modo a impedir sua movimentação.
II - Os recipientes deverão ser de isopor ou outro material que isole termicamente as amostras.
III - As amostras deverão estar fixas dentro dos recipientes e conservadas em gelo na quantidade suficiente para manter a temperatura ideal até a chegada ao laboratório.
Dr. Flávio Cruz 
	Atualmente utiliza-se o termo genérico de encefalopatia subaguda espongiforme para reunir várias doenças neurodegenerativas e fatais que apresentam características clínicas e patológicas semelhantes:
	scrapie, que atinge ovinos e caprinos;
	a encefalopatia espongiforme bovina (EEB);
	as doenças humanas kuru, doença de Creutzfeld-Jakob (DCJ), Síndrome de Gerstmann-Sträussler-Sheinker (SGSS) e Síndrome da Insônia Familiar Fatal (SIFF).
	1) Risco Real - representado principalmente pela DCJ, através da utilização de produtos de origem humana ou por contato direto com tecidos ou orgãos de pacientes ou cadáveres.
	2) Risco Potencial - representado pela possível transmissão ao homem de infecções animais (scrapie e EEB) - derivados animais utilizados na alimentação
Dr. Flávio Cruz 
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