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Aula 04 05 - Penal - 17 08 2015 - 19 08 2015

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Aula 04 – 05 | 17.08.2015 - 19.08.2015 
 
Documento Compilado de diversas obras e sistematizado para melhor compreensão por Gleice 
Fernanda Banholi. 
Natural
Acidental
Criminoso
Legal
Infanticídio 
 
Possibilidade de coautoria e 
participação 
 O estado puerperal e a condição 
de mãe da vítima são elementares do 
infanticídio e, evidentemente, de caráter 
pessoal. Por isso, estendem-se àqueles que 
tenham tomado parte no crime. 
 Para que a comunicação ocorra, 
é necessário que estejam presentes todas 
as elementares do crime em relação à 
mãe, pois, apenas se caracterizado o 
infanticí dio para ela é que a tipificação 
poderá se comunicar aos comparsas. 
 Se apenas a mãe cometer ato 
executório, tendo sido estimulada a fazê-
lo por terceiro, este será partícipe no 
infanticídio 
Aborto 
Interrupção da gravidez com a 
consequente morte do produto da 
concepção. 
Este passa por várias fases 
durante a gravidez, sendo chamado de 
ovo nos dois primeiros meses, de 
embrião nos dois meses seguintes e, 
finalmente, de feto no período restante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aborto criminoso 
Existem quatro figuras de aborto 
criminoso: 
 
Autoaborto 
  A própria gestante quem 
pratica as manobras abortivas que levam 
à morte do feto 
Consentimento para o aborto 
 A gestante não pratica em si o 
ato abortivo, mas permite que outra 
pessoa nela realize a manobra 
provocadora da morte do feto. 
Provocação de aborto com o 
consentimento da gestante 
O consentimento, para que seja 
válido, deve ter sido obtido de forma livre 
e espontânea. 
O consentimento obtido com 
emprego de violência, grave ameaça ou 
fraude não é válido, devendo o agente ser 
punido por crime de aborto sem o 
consentimento da gestante. 
Não é reconhecido valor ao 
consentimento prestado exclusivamente 
por gestante não maior de 14 anos, ou 
alienada, ou débil mental, respondendo 
igualmente por aborto sem o 
consentimento da gestante quem realize o 
ato abortivo baseado em referida 
autorização nula 
Caso a gestante que, 
inicialmente, havia prestado 
consentimento se arrependa — já na sala 
Aborto 
•Autoaborto(art. 124, 1ª 
parte) 
•Consentimento para o 
aborto
(art. 124, 2ª 
parte) 
•Provocação de aborto com o 
consentimento da gestante (art. 126)
•Provocação de aborto sem o 
consentimento da gestante (art. 125)
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Documento Compilado de diversas obras e sistematizado para melhor compreensão por Gleice 
Fernanda Banholi. 
própria para a realização da manobra 
abortiva — e peça ao agente que não o 
faça, mas este prossiga na execução do 
crime e pratique o aborto, responderá, 
evidentemente, por crime de aborto sem 
o consentimento, restando atípico o fato 
em relação à gestante que havia retirado 
o consentimento e foi forçada ao ato. 
 
Provocação de aborto sem o 
consentimento da gestante 
 
Pode se caracterizar em duas hipóteses: 
1. Quando não houve, no plano 
fático, qualquer autorização por 
parte da gestante, o que se dá, 
por exemplo, quando o agente 
agride uma mulher grávida para 
causar o abortamento, ou, ainda, 
quando, clandestinamente, 
introduz substância abortiva na 
bebida dela. 
2. Quando houve, no plano fático, 
uma autorização da gestante, mas 
tal anuência carece de valor 
jurídico em razão do que dispõe o 
próprio texto legal. É o que se dá 
nas cinco hipóteses elencadas no 
art. 126, parágrafo único, do 
Código Penal: 
a. Se o consentimento foi 
obtido com emprego de 
fraude; 
b. Se o consentimento foi 
obtido com emprego de 
grave ameaça; 
c. Se foi obtido com 
emprego de violência; 
d. Se a gestante não é maior 
de 14 anos; 
e. Se é alienada ou débil 
mental, de modo que não 
tenha capacidade para 
compreender o 
significado de seu gesto. 
 
 
Ação penal 
Todas as formas de aborto 
apuram-se mediante ação pública 
incondicionada. 
O julgamento é feito pelo 
Tribunal do Júri 
 
Causas de aumento de 
pena/Aborto Qualificado 
Por expressa disposição legal, 
elas só são aplicáveis ao terceiro que 
realiza o aborto com ou sem o 
consentimento da gestante, pois, no início 
do art. 127 está expressamente previsto 
que os aumentos são exclusivos dos 
crimes previstos nos dois artigos 
anteriores que são os arts. 125 e 126. 
Aborto legal 
Existem duas hipóteses expressamente 
previstas no Código Penal em que a 
provocação do aborto não é considerada 
crime. 
1. Aborto necessário ou terapêutico 
Modalidade prevista no art. 128, I, 
do Código Penal, e exige dois requisitos: 
1) Que não haja outro meio senão o 
aborto para salvar a vida da gestante. 
2) Que seja realizado por médico. 
 
Aborto de gêmeos 
Quando a conduta é realizada antes de o 
agente saber que se trata de gravidez de 
gêmeos, responde por crime único, já que 
imaginava tratar-se de feto único. Se, todavia, 
já havia sido feito exame de ultrassom ou 
outro similar, e o agente (terceiro ou 
gestante) sabia que se tratava de gêmeos, 
responde por dois crimes de aborto, na 
medida em que houve dolo em relação a 
ambos 
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2. Aborto sentimental ou humanitário 
Pressupõe três requisitos: 
1) Que a gravidez seja resultante 
de estupro. 
2) Que haja consentimento da 
gestante ou de seu representante 
legal se ela for incapaz, 
3) Que seja realizado por médico. 
 
Aborto eugenésico 
 Aquele realizado quando os 
exames pré-natais demonstram que o 
filho nascerá com alguma anomalia como 
Síndrome de Down, ausência congênita de 
algum membro etc. A sua realização, por 
falta de amparo legal que lhe dê suporte, 
constitui crime. Não é lícito, portanto, o 
aborto eugenésico.

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