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Apostila - Teoria do Pagamento - DIREITO CIVIL II - Legisday

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DIREITO CIVIL II – OBRIGAÇÕES 
ASSUNTO: TEORIA DO PAGAMENTO 
A extinção das obrigações geralmente se dá 
pelo seu cumprimento, também chamado 
de PAGAMENTO. 
Segundo o Código Civil, pagamento é a 
realização voluntária da prestação 
debitória. 
Princípios aplicáveis: 
Boa-fé: exige que as partes se comportem 
de forma correta. 
Pontualidade: exige que a prestação seja 
cumprida no tempo, lugar e modos devidos. 
Espécies de pagamento: 
Direito ou indireto 
Voluntário ou forçado 
Natureza jurídica: 
É um fato jurídico (acontecimento que 
produz efeitos na orbita do direito) 
Requisitos: 
Vínculo obrigacional (débito) 
Intenção de solvê-lo 
Cumprimento da prestação 
Sujeito ativo e passivo 
Condições subjetivas do pagamento: 
1) De quem deve pagar: 
• Pagamento efetuado por pessoa 
interessada. 
(Art. 304/ CC): Qualquer interessado na 
extinção da dívida pode pagá-la, usando, se 
o credor se opuser, dos meios conducentes 
à exoneração do devedor. 
Permite que qualquer interessado possa 
pagar. Interessado é quem está vinculado 
ao contrato (fiador, herdeiro, avalista...). 
 
• Pagamento efetuado por terceiro não 
interessado. 
(Art. 304 / CC) Parágrafo único. Igual direito 
cabe ao terceiro não interessado, se o fizer 
em nome e à conta do devedor, salvo 
oposição deste. 
Um terceiro que não tem interesse jurídico 
na dívida também pode efetuar o 
pagamento e em caso de recusa do credor, 
podem consignar o pagamento. 
(Art. 305 / CC) O terceiro não interessado, 
que paga a dívida em seu próprio nome, tem 
direito a reembolsar-se do que pagar; mas 
não se sub-roga nos direitos do credor. 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida 
a dívida, só terá direito ao reembolso no 
vencimento. 
Só há direito a reembolso ao terceiro não 
interessado que paga a dívida em seu 
próprio nome. 
(Art. 306 / CC) O pagamento feito por 
terceiro, com desconhecimento ou 
oposição do devedor, não obriga a 
reembolsar aquele que pagou, se o devedor 
tinha meios para ilidir a ação. 
A oposição do devedor não vale como 
proibição, mas retira a legitimidade do 
terceiro para consignar. 
• Pagamento efetuado mediante 
transmissão da propriedade. 
(Art. 307 / CC) Só terá eficácia o pagamento 
que importar transmissão da propriedade, 
quando feito por quem possa alienar o 
objeto em que ele consistiu. 
Parágrafo único. Se se der em pagamento 
coisa fungível, não se poderá mais reclamar 
do credor que, de boa-fé, a recebeu e 
consumiu, ainda que o solvente não tivesse 
o direito de aliená-la. 
O pagamento só terá eficácia, quando feito 
por que tinha capacidade para alienar. No 
entanto, se a coisa entregue ao credor for 
fungível, tendo este recebido de boa-fé, o 
pagamento terá eficácia, extinguindo-se a 
relação jurídica. 
2) A quem se deve pagar: 
• Pagamento efetuado diretamente ao 
credor. 
(Art. 308 / CC) O pagamento deve ser feito 
ao credor ou a quem de direito o represente, 
sob pena de só valer depois de por ele 
ratificado, ou tanto quanto reverter em seu 
proveito. 
Ostenta a qualidade de destinatário do 
pagamento, legitimado a receber não só o 
credor originário como quem o substituir na 
titularidade do direito de crédito (herdeiro, 
legatário, cessionário, sub-rogado). Se a 
dívida for solidária ou indivisível, qualquer 
dos credores está autorizado a recebe-la. 
• Pagamento efetuado ao representante do 
credor. 
Há três espécies de representantes: 
-Legal: decorre da lei (pais, tutores...) 
-Judicial: nomeado pelo juiz 
(inventariante...) 
-Convencional: é o que recebe mandato 
outorgado pelo credor. 
O terceiro pode não ter relação material 
com a dívida e estar apenas autorizado a 
recebe-la. Essa autorização, tem por fim 
facilitar o pagamento para o devedor. 
• Validade do pagamento efetuado a 
terceiro que não o credor 
(Art. 308 / CC) O pagamento deve ser feito 
ao credor ou a quem de direito o represente, 
sob pena de só valer depois de por ele 
ratificado, ou tanto quanto reverter em seu 
proveito. 
Considera-se válido o pagamento feito a 
terceiro se: 
a) O credor confirmar recebimento; 
b) O pagamento reverter-se em seu 
proveito; 
• Pagamento efetuado ao credor putativo 
(Art. 309 / CC) O pagamento feito de boa-fé 
ao credor putativo é válido, ainda provado 
depois que não era credor. 
Credor putativo é aquele que se apresenta a 
todos como o verdadeiro credor. A boa fé 
valida atos que seriam nulos. Assim, 
apenas resta ao verdadeiro credor voltar-se 
contra o credor putativo. 
• Pagamento ao credor incapaz 
(Art. 310 / CC) Não vale o pagamento 
cientemente feito ao credor incapaz de 
quitar, se o devedor não provar que em 
benefício dele efetivamente reverteu. 
Não é válido o pagamento cientemente feito 
ao credor incapaz de quitar. No entanto, não 
se faz necessário que outro pagamento 
seja feito se este primeiro se reverteu em 
seu proveito. 
• Pagamento efetuado ao credor cujo o 
crédito for penhorado 
(Art. 312 / CC) Se o devedor pagar ao credor, 
apesar de intimado da penhora feita sobre 
o crédito, ou da impugnação a ele oposta 
por terceiros, o pagamento não valerá 
contra estes, que poderão constranger o 
devedor a pagar de novo, ficando-lhe 
ressalvado o regresso contra o credor. 
Quando a penhora recai sobre um crédito, o 
devedor é notificado a não pagar ao credor, 
mas depositar em juízo o valor devido, se 
mesmo assim pagar ao credor, o 
pagamento não valerá. 
3) Do objeto do pagamento 
O objeto do pagamento é a prestação: 
(Art. 313 / CC) O credor não é obrigado a 
receber prestação diversa da que lhe é 
devida, ainda que mais valiosa. 
O devedor só se libera entregando 
exatamente o objeto que prometeu dar. 
(Art. 314 / CC) Ainda que a obrigação tenha 
por objeto prestação divisível, não pode o 
credor ser obrigado a receber, nem o 
devedor a pagar, por partes, se assim não 
se ajustou. 
O devedor não se exonera enquanto não 
cumprir a integralidade do débito. O credor 
não é obrigado a receber pagamentos 
parciais. 
• Pagamento em dinheiro e o princípio do 
nominalismo. 
(Art. 315 / CC) As dívidas em dinheiro 
deverão ser pagas no vencimento, em 
moeda corrente e pelo valor nominal, salvo 
o disposto nos artigos subsequentes. 
As dívidas em dinheiro deverão ser pagas 
no vencimento, em moeda corrente. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento 
progressivo de prestações sucessivas. 
Admite-se a intervenção judicial para 
correção do valor do pagamento se houver 
desproporção entre o valor da prestação e 
do momento de sua execução. 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, 
sobrevier desproporção manifesta entre o 
valor da prestação devida e o do momento 
de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a 
pedido da parte, de modo que assegure, 
quanto possível, o valor real da prestação. 
4) Da prova do pagamento 
O pagamento libera o devedor do vínculo 
obrigacional, portanto, ao realizar a 
prestação devida, o devedor tem o direito de 
exigir a quitação da dívida. 
(Art. 319 / CC) O devedor que paga tem 
direito a quitação regular, e pode reter o 
pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
A quitação é a declaração emitida pelo 
credor a qual se dá o nome de recibo. 
(Art. 320 / CC) A quitação, que sempre 
poderá ser dada por instrumento particular, 
designará o valor e a espécie da dívida 
quitada, o nome do devedor, ou quem por 
este pagou, o tempo e o lugar do 
pagamento, com a assinatura do credor, ou 
do seu representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos 
estabelecidos neste artigo valerá a 
quitação, se de seus termos ou das 
circunstâncias resultar haver sido paga a 
dívida. 
Princípio da relativização da quitação: o 
devedor fica liberado apenas e tão somente 
em relação às verbas nela expressamente 
mencionadas. Ainda que o contrato tenha 
sido celebrado por instrumento público, 
valerá a quitação dada por instrumento 
particular. 
O CódigoCivil estabelece três presunções, 
que facilitam essa prova, dispensando a 
quitação: 
a) quando a dívida é representada por título 
de crédito, que se encontra na posse do 
devedor. 
(Art. 324 / CC) A entrega do título ao 
devedor firma a presunção do pagamento. 
Parágrafo único. Ficará sem efeito a 
quitação assim operada se o credor provar, 
em sessenta dias, a falta do pagamento. 
b) quando o pagamento é feito em questões 
sucessivas, existindo quitação da última. 
(Art. 322 / CC) Quando o pagamento for em 
quotas periódicas, a quitação da última 
estabelece, até prova em contrário, a 
presunção de estarem solvidas as 
anteriores. 
c) quando há quitação do capital, sem 
reserva dos juros, que se presumem pagos. 
(Art. 323 / CC) Sendo a quitação do capital 
sem reserva dos juros, estes presumem-se 
pagos. 
 
5) Do lugar do pagamento 
(Art. 327 / CC) Efetuar-se-á o pagamento 
no domicílio do devedor, salvo se as partes 
convencionarem diversamente, ou se o 
contrário resultar da lei, da natureza da 
obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único. Designados dois ou mais 
lugares, cabe ao credor escolher entre eles. 
Caso as partes não se dispuserem sobre o 
local, o pagamento será efetuado no 
domicílio do devedor. 
Por determinação da lei: 
(Art. 328 / CC) Se o pagamento consistir na 
tradição de um imóvel, ou em prestações 
relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde 
situado o bem. 
Se houver mais de um lugar para o 
pagamento, caberá ao credor, escolher o 
que mais lhe aprouver. 
6) Do tempo do pagamento 
O devedor dispõe do último dia do prazo por 
inteiro. Esse tempo não se prolonga quando 
depende de horário de comércio, banco... 
As obrigações puras, com estipulação para 
data do pagamento devem ser solvidas 
nessa ocasião, sob pena de 
inadimplemento. 
Exceções: 
(Art. 333 / CC) Ao credor assistirá o direito 
de cobrar a dívida antes de vencido o prazo 
estipulado no contrato ou marcado neste 
Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de 
concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados ou 
empenhados, forem penhorados em 
execução por outro credor; 
III - se cessarem, ou se se tornarem 
insuficientes, as garantias do débito, 
fidejussórias, ou reais, e o devedor, 
intimado, se negar a reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se 
houver, no débito, solidariedade passiva, 
não se reputará vencido quanto aos outros 
devedores solventes. 
a) Casos de antecipação da dívida. 
b) Quando o prazo estiver sido estabelecido 
em favor do devedor. 
Caso não tenha sido ajustada época para o 
pagamento, o credor pode exigi-lo 
imediatamente. 
(Art. 331 / CC) Salvo disposição legal em 
contrário, não tendo sido ajustada época 
para o pagamento, pode o credor exigi-lo 
imediatamente. 
Nos contratos, o prazo se presume 
estabelecido em favor do devedor. 
(Art. 133 / CC) Nos testamentos, presume-
se o prazo em favor do herdeiro, e, nos 
contratos, em proveito do devedor, salvo, 
quanto a esses, se do teor do instrumento, 
ou das circunstâncias, resultar que se 
estabeleceu a benefício do credor, ou de 
ambos os contratantes. 
 
 
Referências: 
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil 
esquematizado, volume I / Carlos Roberto 
Gonçalves. – São Paulo: Saraiva, 2011.

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