Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Exposição de Motivos do CPC - Embargos de Divergência Está-se, aqui, diante de poderoso instrumento, agora tornado ainda mais eficiente, cuja finalidade é a de uniformizar a jurisprudência dos Tribunais superiores, interna corporis. Sem que a jurisprudência desses Tribunais esteja internamente uniformizada, é posto abaixo o edifício cuja base é o respeito aos precedentes dos Tribunais superiores. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Precedente: Jurisprudência: Súmula: G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: I – as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; III – os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; V – a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: [...] II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 932. Incumbe ao relator: V – depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: [...] b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 496, § 4º. Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: [...] II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 932. Incumbe ao relator: [...] IV – negar provimento a recurso que for contrário a: b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: II – os enunciados de súmula vinculante; IV – os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Na verdade, a ratio será o que a Corte afirma como como interpretação correta da lei. [...] É a tese jurídica ou interpretação da norma consagrada na decisão. [...] Regra cuja ausência o caso seria decidido de outra forma. (In MARINONI, Luiz Guilherme. Uma nova realidade diante do projeto de CPC: a ratio decidendi ou os fundamentos determinantes da decisão). http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF- MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf http://www.marinoni.adv.br/wp-content/uploads/2012/06/PROF-MARINONI-ARTIGO-RT-2012.pdf G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 “O exemplo mais visível de utilização de um dictum é quando o tribunal, de forma gratuita, sugere como resolveria uma questão conexa ou relacionada com a questão dos autos, mas que no momento não está resolvendo.” (SILVA, Celso de Albuquerque. Do efeito vinculante..., p. 185) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Ratio decidendi: “O pagamento extemporâneo da condenação imposta em sentença transitada em julgado, muito embora espontâneo e antes de o credor deflagrar a execução forçada, enseja a incidência da multa do art. 523 do CPC.” Obter dictum: ”Com efeito, parece claro que o prazo a que faz menção o art. 523 do CPC, porque diz respeito a pagamento e, consequentemente, extinção de obrigações, tem natureza preponderantemente (se não exclusivamente) material, sendo imprópria, inclusive, a digressão sobre se é prazo peremptório ou dilatório.” (STJ, REsp 1.205.228/2013) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 OBS: O lapso quinzenal para o pagamento voluntário do débito executado - uma vez considerado prazo processual (e não material) - é contado em dias úteis. (STJ, Informativo 619, REsp 1.693.784/2017) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Enunciado 306 - Fórum Permanente dos Processualistas Civis (FPPC). O precedente vinculante não será seguido quando o juiz ou tribunal distinguir o caso sob julgamento, demonstrando, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótesefática distinta, a impor solução jurídica diversa. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Súmula 453, STJ. Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão transitada em julgado, não podem ser cobrados em execução ou em ação própria. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 A Corte Especial pacificou o entendimento segundo o qual "na hipótese de o recorrente ser beneficiário da justiça gratuita, deve haver a renovação do pedido quando do manejo do recurso, uma vez que o deferimento anterior da benesse não alcança automaticamente as interposições posteriores" (STJ, AgRg nos EAREsp 509.917/2015). A Corte Especial deste Superior Tribunal, revisando seu posicionamento, considerou que, se não há revogação do benefício da gratuidade de justiça nas instâncias ordinárias, não cabe ao beneficiário efetuar preparo do recurso especial, muito menos renovar o pedido, por força do art. 9º da Lei n. 1.060/50. (STJ, AgRg nos EAREsp 591.848/2015) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Enunciado 55, FPPC. Pelos pressupostos do § 3º do art. 927, a modificação do precedente tem, como regra, eficácia temporal prospectiva. No entanto, pode haver modulação temporal, no caso concreto. Lei 9.868/99, art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Enunciado 320, FPPC. Os tribunais poderão sinalizar aos jurisdicionados sobre a possibilidade de mudança de entendimento da corte, com a eventual superação ou a criação de exceções ao precedente para casos futuros. Anticipatory overruling: “Espécie de não-aplicação preventiva, por órgãos inferiores, do precedente firmado por Corte superior, nos casos em que esta última, embora sem dizê-lo expressamente, indica uma alteração no seu posicionamento quanto a precedente outrora firmado”. (DIDIER, Fredie, Curso...v. 2, p. 506) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Motivação das decisões e “legitimidade argumentativa” CPC, art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 489, § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I – se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II – empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 A diligência para simples notificação de decisão de guarda de menor não ofende a dignidade da pessoa humana, a ordem pública nem a soberania nacional. (STJ, AgInt na CR 13.466/2019) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 III – invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; Decisão “vestidinho preto” (“...a significar algo que pode se usar em diferentes situações, sem risco de incidir em erro grave.” (WAMBIER, Tereza. CPC Comentado, p. 795.) IV – não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 “É sabido que o juiz não fica obrigado a manifestar-se sobre todas as alegações das partes, nem a ater-se aos fundamentos indicados por elas ou a responder, um a um, a todos os seus argumentos, quando já encontrou motivo suficiente para fundamentar a decisão, o que de fato ocorreu.” (STJ, AgRg no AREsp 549.852/2014) "O julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. A prescrição trazida pelo art. 489 do CPC/2015 veio confirmar a jurisprudência já sedimentada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, sendo dever do julgador apenas enfrentar as questões capazes de infirmar a conclusão adotada na decisão recorrida" (STJ, Corte Especial, EDcl no AgRg nos EREsp 1.483.155/2016). G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 V – se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI – deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Duração razoável do processo e a efetividade da execução cível Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Medidas de Execução Direta X Medidas de Execução Indireta G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá. § 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 523. § 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EOVA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 827. § 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: [...] IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Essas não são medidas adequadas ao atingimento do fim almejado (o pagamento da quantia) – não há, propriamente, uma relação meio/fim entre tais medidas e o objetivo buscado, uma vez que a retenção de documentos pessoais ou a restrição de crédito do executado, não geram, por consequência direta, o pagamento da quantia devida ao exequente. Tais medidas soam mais como forma de punição do devedor. (DIDIER, Fredie. Curso..., p. 385) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 O devedor continua podendo ir aos mesmo lugares com o uso de outros meios de transporte, sendo que não viola a dignidade da maioria da população brasileira o fato de não ter acesso ao uso de automóvel. [...] Assim como não se ofende a dignidade da pessoa a retenção de passaporte, se só usado para viagem de lazer. (AMORIM, Daniel Assumpção, Manual..., p. 969) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Cabe Habeas Corpus para impugnar decisão judicial que determinou a retenção de passaporte. Revela-se ilegal e arbitrária a medida coercitiva de retenção do passaporte em decisão judicial não fundamentada e que não observou o contraditório, proferida no bojo de execução por título extrajudicial. [...] G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 No caso dos autos, observada a máxima vênia, quanto à suspensão do passaporte do executado/paciente, tenho por necessária a concessão da ordem, com determinação de restituição do documento a seu titular, por considerar a medida coercitiva ilegal e arbitrária, uma vez que restringiu o direito fundamental de ir e vir de forma desproporcional e não razoável. [...] G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 [...] O reconhecimento da ilegalidade da medida consistente na apreensão do passaporte do paciente, na hipótese em apreço, não tem qualquer pretensão em afirmar a impossibilidade dessa providência coercitiva em outros casos e de maneira genérica. [...] G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 [...] A medida poderá eventualmente ser utilizada, desde que obedecido o contraditório e fundamentada e adequada a decisão, verificada também a proporcionalidade da providência. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 [...] A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação não configura ameaça ao direito de ir e vir do titular, sendo, assim, inadequada a utilização do habeas corpus, impedindo seu conhecimento. Com efeito, e ao contrário do passaporte, ninguém pode se considerar privado de ir a qualquer lugar por não ser habilitado à condução de veículo ou, ainda que o seja, esteja impedido de se valer dessa habilidade. (STJ, Informativo 631, RHC 97.876/2018) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 III - A despeito do cabimento do habeas corpus, é preciso aferir, in concreto, se a restrição ao uso do passaporte pelos pacientes foi ilegal ou abusiva. IV - Os elementos do caso descortinam que os pacientes, pessoas públicas, adotaram, ao longo da fase de conhecimento do processo e também na fase executiva, comportamento desleal e evasivo, embaraçando a tramitação processual e deixando de cumprir provimentos jurisdicionais, em conduta sintomática da ineficiência dos meios ordinários de penhora e expropriação de bens. [...] G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 [...] V - A decisão que aplicou a restrição aos pacientes contou com fundamentação adequada e analítica. Ademais, observou o contraditório. Ao final do processo ponderativo, demonstrou a necessidade de restrição ao direito de ir e vir dos pacientes em favor da tutela do meio ambiente. (STJ, HC 478.963/2019) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Enunciado 12, FPPC. A aplicação das medidas atípicas sub- rogatórias e coercitivas é cabível em qualquer obrigação no cumprimento de sentença ou execução de título executivo extrajudicial. Essas medidas, contudo, serão aplicadas de forma subsidiária às medidas tipificadas, com observação do contraditório, ainda que diferido, e por meio de decisão à luz do art. 489, § 1º, I e II. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Do contraditório constitucionalizado/dinâmico: CPC, art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Tal garantia concretiza-se mediante a possibilidade de, em plena igualdade, influírem em todos os elementos (fatos, provas, questões de direito) que se encontrem em ligação com o objeto da causa e que em qualquer fase do processo apareçam como potencialmente relevantes para a decisão. (VARGAS, Cirilo Augusto. A perspectiva "dinâmica" do princípio do contraditório.) https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188 https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=7188G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Trata-se de proibição da chamada decisão surpresa, também conhecida como decisão de terceira via, contra julgado que rompe com o modelo de processo cooperativo instituído pelo Código de 2015 para trazer questão aventada pelo juízo e não ventilada nem pelo autor nem pelo réu. A proibição de decisão surpresa, com obediência ao princípio do contraditório, assegura às partes o direito de serem ouvidas de maneira antecipada sobre todas as questões relevantes do processo, ainda que passíveis de conhecimento de ofício pelo magistrado. (STJ, REsp 1.676.027/2017) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Da cooperação processual Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 O nosso sistema processual é informado pelo princípio da cooperação, sendo pois, o processo, um produto da atividade cooperativa triangular entre o juiz e as partes, onde todos devem buscar a justa aplicação do ordenamento jurídico no caso concreto [...] (STJ, RHC 37587/2016) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 357, § 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 373. O ônus da prova incumbe: § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 O nosso sistema processual é informado pelo princípio da cooperação, sendo pois, o processo, um produto da atividade cooperativa triangular entre o juiz e as partes, onde todos devem buscar a justa aplicação do ordenamento jurídico no caso concreto, não podendo o Magistrado se limitar a ser mero fiscal de regras, devendo, ao contrário, quando constatar deficiências postulatórias das partes, indicá-las, precisamente, a fim de evitar delongas desnecessárias e a extinção do processo sem julgamento do mérito. (STJ, RHC 37587/2016) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: [...] IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 932, parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 256. § 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 319. A petição inicial indicará: [...] § 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Da boa-fé processual G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 CPC, art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. A boa-fé objetiva se apresenta como uma exigência de lealdade, modelo objetivo de conduta, arquétipo social pelo qual impõe o poder-dever de que cada pessoa ajuste a própria conduta a esse modelo, agindo como agiria uma pessoa honesta, escorreita e leal. (STJ, REsp 803.481/2007) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 ENUNCIADO 1, CJF – A verificação da violação à boa-fé objetiva dispensa a comprovação do animus do sujeito processual. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 A jurisprudência desta Corte já decidiu que a supressio indicaa possibilidade de um redimensionamento da obrigação pela inércia qualificada de uma das partes em exercer um direito ou uma faculdade, durante o período da execução do contrato, criando para a outra parte a legítima expectativa de ter havido a renúncia àquela prerrogativa. (STJ, AgInt no AREsp 296.214/2018) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Constata-se a configuração da supressio pelo decurso do prazo superior a 10 anos, sem exercício do direito, com indícios suficientes de que não mais seria exercido (gerando expectativa) pelo condomínio. (STJ, AgInt nos EDcl no AREsp 1.054.558/2018) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 A questão trazida pelo embargante, em que pese seu prévio conhecimento, fora propositadamente omitida e só suscitada no momento tido por conveniente pelo mesmo, traduzindo-se em estratégia rechaçada por esta Corte Superior ("nulidade de algibeira"). (STJ, EDcl no AgInt no AREsp 204.876/2017) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 "[...] é o clássico exemplo de contradição de comportamento da parte, doutrinariamente conhecido como “venire contra factum proprium”. Pois bem, a teoria dos atos próprios protege a parte contra aquela que pretende exercer uma faculdade jurídica em contradição com o comportamento voluntário assumido anteriormente. [...] G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 [...] Situação em que se cria expectativa por uma das partes, em razão de conduta indicativa de determinado comportamento futuro do outro litigante, na qual haverá desrespeito injustificado do princípio da boa-fé, quando vier a ser praticado ato contrário ao previsto, com surpresa e prejuízo à contraparte". (STJ, AgInt nos EDcl nos EDcl no AREsp 366.050/2018) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Não tem interesse recursal o autor que, requerendo desistência do processo, argui, contra a decisão homologatória, haver mudado de opinião. (STF, MS 25.742/2006) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 A atuação jurisdicional veda a adoção pela parte de comportamentos contraditórios - venire contra factum proprium -, pelo que, tendo o recorrente atuado em juízo efetuando o pagamento das custas processuais, evidencia- se a dispensa do benefício da gratuidade anteriormente deferido. (STJ, AgRg no AREsp 646.158/2015) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 En. 376, FPPC. A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão jurisdicional. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Ao homologar a convenção pela suspensão do processo, o Poder Judiciário criou nos jurisdicionados a legítima expectativa de que o processo só voltaria a tramitar após o termo final do prazo convencionado. Por óbvio, não se pode admitir que, logo em seguida, seja praticado ato processual de ofício - publicação de decisão - e, ademais, considerá-lo como termo inicial do prazo recursal. (STJ, REsp 1.306.463/2012) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 O princípio duty to mitigate the loss conduz à ideia de dever, fundado na boa-fé objetiva, de mitigação pelo credor de seus próprios prejuízos, buscando, diante do inadimplemento do devedor, adotar medidas razoáveis, considerando as circunstâncias concretas, para diminuir suas perdas. (STJ, REsp 1.201.672/2017) Enunciado 169, CJF: O princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 O arbitramento da multa coercitiva e a definição de sua exigibilidade, bem como eventuais alterações do seu valor e/ou periodicidade, exige do magistrado, sempre dependendo das circunstâncias do caso concreto, ter como norte alguns parâmetros: i) valor da obrigação e importância do bem jurídico tutelado; ii) tempo para cumprimento (prazo razoável e periodicidade); iii) capacidade econômica e de resistência do devedor; iv) possibilidade de adoção de outros meios pelo magistrado e dever do credor de mitigar o próprio prejuízo (duty to mitigate de loss). (STJ, AgInt no REsp 1.361.544/2017) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Da primazia do julgamento do mérito Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: [...] IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 282. [...] § 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício. Art. 319, § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. [...] § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 932. Incumbe ao relator: [...] Parágrafo único. Antesde considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 1.029, § 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Da autocomposição dos conflitos e o Direito Processual: Pretendeu-se converter o processo em instrumento incluído no contexto social em que produzirá efeito o seu resultado. Deu-se ênfase à possibilidade de as partes porem fim ao conflito pela via da mediação ou da conciliação. Entendeu-se que a satisfação efetiva das partes pode dar-se de modo mais intenso se a solução é por elas criada e não imposta pelo juiz. (Exposição de Motivos do NCPC) G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. § 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: [...] V – promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 “DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA” Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Arts. 165/175: Dos conciliadores e mediadores judiciais; Da audiência de conciliação ou mediação: Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Art. 165. § 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. § 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Da autocomposição e a produção antecipada de provas: Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Da manutenção e da reintegração de posse: Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Das ações de família: Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação. Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar. G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 - G EO VA N DO N AS CI M EN TO J O RG E - 0 56 67 86 66 41 Novos contornos da COISA JULGADA no CPC/15 Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida. § 1º O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:
Compartilhar