Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade x Titulo da unidade Autor Nome da disciplina Metodologias Ativas Andréa Cesar Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autora ANDRÉA CESAR Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS Andréa César Especialista em Educação a Distância, graduada em Administração, mestranda em Pedagogia do e-Learning pela Universidade Aberta de Portugal. Atuo no mercado de educação a distância há 10 anos, inicialmente no segmento de educação profissional, coordenando cursos e produzindo conteúdos, migrando há cerca de 5 anos para a Educação Superior, com foco no design educacional e formação continuada de professores e tutores, participando de equipes multidisciplinares de desenvolvimento de Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Objetos de Aprendizagem para EaD, em projetos de pesquisa para a UAB- BR. Sinto-me feliz em fazer parte desse projeto, pois representa uma oportunidade ímpar de compartilhar experiências e reflexões que podem ser muito úteis para a disseminação de boas prática para a educação, independente da modalidade A AUTORA Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Contextualização histórica........................................................12 Um breve passeio pela história da educação...............................12 Principais teorias de aprendizagem.............................................17 A Educação 4.0 e o Mundo VUCA............................................21 Aplicação das metodologias ativas na sala de aula...................28 O papel do professor...................................................................33 O Design Instrucional/Educacional.............................................35 Avaliação nos processos que utilizam as metodologias ativas...40 Algumas metodologias ativas......................................................43 Sala de Aula Invertida.....................................................44 Aprendizagem Baseada em Problemas............................45 Peer Instruction...............................................................46 Metodologias Ativas 7 UNIDADE 01 Metodologias Ativas8 É preciso insistir: este saber necessário ao professor – que ensinar não é transferir conhecimento – não apenas precisa de ser aprendido por ele e pelos educandos nas suas razões de ser – ontológica, política, ética, epistemológica, pedagógica, mas também precisa de ser constantemente testemunhado, vivido. (FREIRE, 2002) O objetivo desta unidade letiva é conhecer as metodologias ativas e contextuar sua aplicação nas práticas de ensino e aprendizagem, construindo juntos as competências necessárias para que você seja capaz de implementá-las no seu dia a dia, independente do nível educacional de sua atuação; afinal, professores da educação infantil tem tanta responsabilidade com o aprendizado efetivo de seus alunos quanto professores da educação superior, e as metodologias ativas são instrumentos poderosos que nos ajudam neste processo. Vamos conhecer um pouco das principais teorias de aprendizagem, em um breve passeio pela história da educação, até chegar nas demandas atuais da educação do século XXI, que precisa se adaptar ao “Mundo VUCA”, seguindo no foco dos estudos no entendimento do que são as metodologias ativas, suas características e a importância de contemplá- las no design educacional dos cursos, finalizando com a apresentação de algumas metodologias ativas muito usadas na atualidade e a importância da adoção de boas estratégias de avaliação . Durante todo o percurso formativo, você será convidado a refletir sobre o novo papel do professor, baseado no fato de que ensinar não é transferir conhecimento, e que esse princípio deve ser testemunhado e vivido diariamente em nossas práticas de ensino, conforme preconiza o mestre Paulo Freire. É importante destacar que este livro não tem a pretensão de esgotar o estudo sobre as metodologias ativas. Nossa principal intenção é apresentar os fundamentos para que você seja provocado a mergulhar INTRODUÇÃO Metodologias Ativas 9 nesse tema tão importante para a melhoria da qualidade de sua prática docente. Fundamente seu entendimento, amplie através de pesquisas, compartilhe suas descobertas com seus colegas e, principalmente, aplique suas novas competências e contribua para que a experiência de aprendizagem de seus alunos seja cada vez mais efetiva e prazerosa! Bons estudos! Metodologias Ativas10 Olá. Seja muito bem-vindo(a) à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Contextualizar historicamente a evolução da educação, conhecendo as principais teorias de aprendizagem. 2. Identificar as características da Educação 4.0 e do Mundo VUCA. 3. Identificar as características das metodologias ativas, contextualizando o papel do professor e a importância do Design educacional. 4. Contextualizar a importância da avaliação nos processos que utilizam as metodologias ativas. Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá! OBJETIVOS Metodologias Ativas 11 Contextualização histórica INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de compreender como aconteceu a evolução da educação, a partir de um breve passeio pela sua história. Isso será fundamental para que você seja capaz de contextualizar as metodologias ativas nos processos de ensino e aprendizagem. E então? Motivado para desenvolver essa competência? Então, vamos lá. Avante! Qualquer que seja o conhecimento que desejamos construir, devemos buscar elementos que nos auxiliem a construir uma base sólida que nos possibilite erguer as estruturas específicas de nossa prática. Elementos esses que possibilitam a contextualização da teoria, pois pouco vale conhecer e não ser capaz de aplicar na prática, e essa competência é plenamente desenvolvida quando compreendemos o percurso feito pelo nosso objeto de estudo até o momento. O que fez com que surgisse? Quais as demandas históricas? Qual o contexto socioeconômico? Qual a demanda atual? Conhecer o ontem é fundamental para compreendermos as demandas do hoje. Vamos juntos? Um breve passeio pela história da educação Vamos começar pelos significados. Selecionamos apenas três, utilizando como fonte o dicionário on-line Michaelis: • Ato ou processo de educar(-se). • Processo que visa ao desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, através da aplicação de métodos próprios, com o intuito de assegurar-lhe a integração social e a formação da cidadania. MetodologiasAtivas12 • Conjunto de métodos próprios, a fim de assegurar a instrução e a formação do indivíduo; ensino. Enquanto processo inerente ao desenvolvimento humano, a educação sempre esteve presente na evolução de nossa espécie, inicialmente de forma empírica, baseada em observação e nas próprias experiências, e caminhando para uma sistematização e formalização, por meio das práticas de ensino. Por ser um processo humano, naturalmente sempre esteve vinculado às demandas sociais, cada uma com suas especificidades. Analisando a história da escola a partir de Cambi (1999), percebemos que na antiguidade sempre foi elitista e para poucos, especialmente para aqueles que não precisavam trabalhar, tanto que a definição remete, além de espaços dedicados à discussão e conferências, também a lugares de ócio. Na idade média, a educação formal ficou sob a tutela das religiões, que além do monopólio das letras, também usava essa poderosa ferramenta para catequisar e doutrinar o povo. Especialmente os povos indígenas nativos das terras conquistadas. Nessa época também surgiram as primeiras universidades, ligadas direta ou indiretamente à Igreja Católica e às monarquias. SAIBA MAIS: Que tal saber quais são as Universidades mais antigas do mundo? Acesse: https://bit.ly/3fY49jd https://bit.ly/3fY49jd Metodologias Ativas 13 Figura 1 - Reunião de doutorados, na Universidade de Paris – Idade Média. Fonte: Wikimedia A idade moderna tem dois marcos consensuais, apesar de historiadores divergirem em alguns pontos: começou com a tomada de Constantinopla no século XV, permanecendo até o século XVIII, tendo como marco final a Revolução Francesa. Nesse período, a principal grande mudança foi no âmbito econômico, pois o feudalismo deu lugar ao capitalismo, e a Igreja deixou de ser tão influente no segmento educacional. A Idade Moderna foi marcada pelo surgimento da estrutura escolar do ensino tradicional, que na época foi um grande avanço: disciplina, formação de turmas, ampliação do acesso à escolarização e o professor conduzindo todo o processo. Nessa época, os filósofos iluministas deram grandes contribuições que fundamentam as teorias da aprendizagem. Metodologias Ativas14 A Idade Contemporânea é marcada pela Revolução Industrial, revolucionando o segmento educacional, que recebeu a demanda de formar os trabalhadores demandados pelas indústrias. Nesse período, eclodiram as pesquisas, surgiram as teorias que analisavam os processos de aprendizagem e propunham estratégias para a eficácia dos processos de ensino. Sobre elas, iremos apresentar as principais mais adiante. Um outro grande marco para a educação foi o crescimento exponencial das Tecnologias da Informação e Comunicação, conhecidas como TICs, as quais transformaram a forma como acessamos os conteúdos de estudo. No século passado, as famílias passaram a usar o rádio, a TV, e, por fim, o computador, o que deu acesso à grande rede virtual, que conectava todos e abria o acesso a uma infinidade de conteúdos e informações, além de propiciar a possibilidade de interações mais amplas, que quebravam as barreiras do tempo e do espaço. Nessa época, a Educação a Distância começou a crescer exponencialmente e a escola presencial passou a adotar em seus processos de ensino as tecnologias como ferramentas para otimizar os processos de aprendizagem (CAMBI, 1999). Figura 2 - Tecnologias e Educação Fonte: Freepik ACESSE: Acesse o conteúdo integral do relatório Educação, um Tesouro a Descobrir pelo link https://bit.ly/2NrCHhG https://bit.ly/2NrCHhG Metodologias Ativas 15 No segmento educacional, os avanços tecnológicos foram tão intensos e num espaço tão curto de tempo, que gerou uma lacuna entre a funcionalidade e sua usabilidade: temos uma infinidade de recursos que tem uma função muito útil nos processos de ensino, mas não dominamos plenamente o uso. A forma como os jovens aprendem também mudou de forma radical, gerando a necessidade de repensar as estratégias didáticas. Para indicar caminhos que atendam as demandas de uma sociedade conectada e extremamente tecnológica, típica do século XXI, a UNESCO criou a Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, liderada por Jacques Delors, no período de 1992 a 1996 (DELORS, 2010). A comissão gerou o relatório intitulado “Educação, um Tesouro a Descobrir”, e apresenta quatro pilares que devem embasar os processos de ensino nos tempos atuais. Vamos conhecê-los: Figura 3 - Pilares da educação para o século XXI. Fone: Adaptado pela autora. Uma reflexão importante que o relatório nos traz é a necessidade de ter o foco no ser humano e no impacto de suas ações em sociedade, independentemente do tanto de tecnologia que ele use ou domine. IMPORTANTE: Todos os esforços didáticos devem ter como ponto focal o sujeito que aprende. A tecnologia é um meio que pode ser utilizado no processo. Metodologias Ativas16 O relatório reforça um ponto basilar das metodologias ativas: o protagonismo do aluno, que deve ser considerado em todas as etapas do processo de ensino, considerando a aplicação dos saberes construídos para seu progresso como ser humano que interage e também é responsável pela construção de um mundo melhor. REFLITA: Qual a aplicabilidade dos Pilares da Educação, na prática? Você enxerga alguma dificuldade? Qual? Socialize suas impressões com os colegas e analise as opiniões diferentes das suas. Principais teorias de aprendizagem A principal função de uma teoria é explicar como algo acontece, o que varia de acordo com a visão do observador. Assim também é com as teorias de aprendizagem, que são muitas e que representam visões particulares de seus criadores. Não vamos nos aprofundar nesse campo, pois não é esse nosso foco, mas fizemos um recorte para ajudar você a contextualizar as metodologias ativas nas principais teorias de aprendizagem. Figura 4 - Enfoques teóricos à aprendizagem e ao Ensino Fonte: A autora. Metodologias Ativas 17 Fonte: A autora. Vejamos um breve resumo sobre cada uma das teorias, segundo Moreira (2011): • Comportamentalismo: Também conhecido como Behaviorismo, “está nos comportamentos observáveis e mensuráveis do sujeito [...] O comportamento é controlado pelas consequências.”. Marcado pela padronização e pelas avaliações objetivas de resultados. • Cognitivismo: Apesar de ter surgido na mesma época do comportamentalismo, o contrapõe por enfatizar o ato de conhecer, a cognição, o processo individual de aprendizagem humana, pois entre os estímulos e as respostas existe um mundo de possiblidades e particularidades que devem ser levadas em consideração. • Humanismo: “Vê o ser que aprende, primordialmente, como pessoa.” Essa teoria enxerga o aluno como um todo, e não apenas o intelecto. Nos processos de ensino que adotam a teoria humanista, os professores devem contemplar a integração dos pensamentos, dos sentimentos e das ações. O mestre Paulo Freire, patrono da educação brasileira, é um dos teóricos do humanismo e faz uma análise crítica da educação bancária (behaviorista), que sintetizamos no quadro abaixo: EDUCADOR EDUCANDO Educa É educado Sabe Não sabe Pensa É pensado Fala Escuta Disciplina É disciplinado Prescreve Segue a prescrição Escolhe o conteúdo Acomoda-se ao conteúdo É o sujeito do processo É o objeto do processo Quadro 1 – A Educação bancária, segundo Freire Metodologias Ativas18 No quadro anterior percebemos claramente que o papel do professor na educação bancária não atende às demandas da educação para o século XXI. Acredito que você já iniciou a mapear características importantes que os processos de ensino devem contemplar para estar sintonizados com o novo perfil de alunos. Você verá que as metodologias ativas podem ser aliadas poderosas nesse processo de atualização das práticas de ensino. A sala de aula tradicional ainda predomina, tanto nos contextos presenciaiscomo virtuais, trazendo ênfase nas aulas expositivas, nas quais os estudantes recebem passivamente as informações. Sobre elas, Bates (2016), nos traz o resultado de uma pesquisa sobre a sua eficácia: 1. A aula expositiva é tão eficaz quanto outros métodos de transmissão de informações. Salientando que os outros métodos são os vídeos, a leitura, o estudo independente ou a Wikipedia, e que estão cada vez mais acessíveis a todos, competindo em pé de igualdade com as exposições tradicionais; 2. A maioria das aulas expositivas não é tão eficaz quanto o debate para fomentar ideias; 3. Aulas expositivas são geralmente ineficazes na mudança de atitudes ou valores, ou para inspirar interesse em um assunto; 4. Aulas expositivas são relativamente ineficazes no ensino de competências comportamentais. TESTANDO:: Relacione algumas atividades que você já aplica em seu dia- a-dia, em processos de ensino, que podem ser formais ou não formais, com as teorias apresentadas na Figura 4. Metodologias Ativas 19 Também podemos observar nas evidências apresentadas na pesquisa que as aulas expositivas estão na contramão do que preconiza a educação para o século XXI, o que embasa mais fortemente a necessidade de repensarmos nossas práticas e implementarmos metodologias que dinamizem nossos processos de ensino e aprendizagem, contribuindo para que o estudante ocupe um lugar de protagonismo dinâmico e reflexivo. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter conhecido a trajetória da escola ao longo dos tempos, sua função social e as transformações advindas da evolução tecnológica. O trabalho da UNESCO é um rico referencial que nos apresenta os pilares da educação para o século XXI, nos quais as teorias de aprendizagem são utilizadas, sempre com o objetivo de otimizar os resultados de aprendizagem, a partir de um ensino que contribua para a formação de sujeitos sociais críticos e transformadores da sociedade da qual fazem parte. Cumprimos a etapa de contextualização histórica, que nos torna aptos a seguir com nossos estudos! Contamos com sua dedicação e comprometimento com os estudos! Metodologias Ativas20 A Educação 4.0 e o Mundo VUCA INTRODUÇÃO: O impacto dos avanços tecnológicos na educação criou um cenário que precisamos conhecer bem para sermos capazes de atuar de forma efetiva nos processos de ensino e aprendizagem. Nesta etapa de nossos estudos, você conhecerá a Educação 4.0 e o Mundo VUCA. As mudanças ocorridas em detrimento dos avanços científicos e tecnológicos têm um impacto estrutural nos processos de ensino e aprendizagem. Para percebermos essa relação, conheceremos nesta seção de estudos o fenômeno da Educação 4.0 e as características do Mundo VUCA. Vimos na seção anterior que a Idade Contemporânea foi marcada pela Revolução Industrial, que revolucionou o segmento educacional com a demanda de formar os trabalhadores que precisavam se escolarizar para ocupar os cargos disponíveis nas indústrias. Essa necessidade contribuiu bastante para a socialização da educação, que é um ponto positivo, mas, por outro lado, o modelo adotado para atender essa demanda gigantesca baseou-se na estrutura militar, que adotam a disciplina, o treinamento e a hierarquia para garantir a eficiência do processo, fazendo com que a escola tradicional assemelhe- -se a um quartel, com suas mesas enfileiradas, o medo da autoridade do professor, práticas repetitivas e avaliações rigorosas. O novo modelo de produção necessitava de verdadeiros soldados, dispostos a dar vida pelo seu trabalho, sem questionar ou pensar sobre seu papel e sua atuação nesse contexto. Metodologias Ativas 21 • 1ª fase: Segunda metade do século XVIII – Com o desenvolvimento da máquina a vapor na Europa, as possibilidades de produção em massa foram ampliadas e o transporte ferroviário ganhou agilidade. • 2ª Fase: Final do século XIX e início do século XX – O protagonismo passou para os EUA, com o uso de outras fontes de energia, como o petróleo e a eletricidade. Nesse período, surgiram o automóvel e o avião. O rádio, a TV e o telefone também são dessa época, iniciando uma outra revolução nos meios de comunicação e informação. • 3ª Fase: Segunda Guerra Mundial – Liderada pelos EUA, teve como marco o uso da energia nuclear e informática, com o desenvolvimento da eletrônica. Surge a World Wide Web (WWW), a rede mundial de computadores. VOCÊ SABIA? Para saber mais sobre a WWW, acesse https://bit.ly/37Wb75L Hoje, os estudiosos já consideram que estamos na 4ª revolução. Vamos conhecer: 4ª Revolução Industrial: Movimento iniciado na Alemanha, em 2013, como um projeto de alta tecnologia que tem por objetivo de tornar as indústrias autônomas, totalmente independentes da intervenção humana. Na indústria 4.0 teremos fortemente: • Internet das Coisas (Internet of Things em inglês, ou IoT), que consiste na comunicação máquina a máquina via internet. Mas o progresso e a evolução são inevitáveis, e os modelos acabam ficando obsoletos e precisam ser renovados e adaptados às mudanças. Segundo Henderson (1979), a Revolução Industrial pode ser classificada da seguinte forma: https://bit.ly/37Wb75L Metodologias Ativas22 • Fusão dos mundos físicos e virtuais. • Biologia sintética. • Nanotecnologia. • Sistemas ciber físicos (CPS). • Inteligência artificial. Fonte: https://bbc.in/3841NwD SAIBA MAIS: A Educação 4.0 é foco de um debate muito interessante no programa Conexão, da TV Futura. Acesse em https://bit. ly/2Bz4OJ9 Acesse também a página do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, dedicada à Indústria 4.0: https://bit.ly/31ea3bR Quando falamos no último elemento que estará fortemente presente na indústria 4.0, podemos ficar incomodados com o protagonismo da inteligência artificial nesse novo ciclo que estamos passando. O impacto na Educação fez surgir um outro termo, a Educação 4.0, que, dentre outras, tem as seguintes características básicas: • Integração da tecnologia no currículo. • Estímulo à criatividade e prática reflexiva. • Aprendizagem contextualizada. • Uso de metodologias ativas. Sobra Educação 4.0, Filatro (2019) nos apresenta a seguinte relação entre a sociedade, o ambiente de trabalho, as tecnologias e a educação: https://bbc.in/3841NwD https://bit.ly/2Bz4OJ9 https://bit.ly/2Bz4OJ9 https://bit.ly/31ea3bR Metodologias Ativas 23 Etapa Sociedade Ambiente de Trabalho Tecnologias Educação 4.0 Inovadora e Exponencial Rápida obsolescência do conhecimento e emergência acelerada de novos conhecimentos; desaparecimento de carreiras existentes e emergência de novas carreiras, aumento do número de trabalhadores nômades, foco no desenvolvimento de soft skills (criatividade, empatia, pensamento crítico, comunicação efetiva, empreendedorismo, solução de problemas...) Tecnologias analíticas, ubíquas e pervasivas, com aplicativos móveis, mídias multimodais, computação em nuvens, agentes semânticos, ciências dos dados, IA e computação cognitiva. Emergência do conectivismo, da aprendizagem aberta e informal; mix de formatos na educação formal; novos sistemas de credenciamento e acreditação; novos papeis para alunos e docente; aprendizagem ativa, ágil, imersiva e adaptativa; processos e sistema de aprendizagem em rede. Quadro 2 – Relação entre a sociedade, o ambiente de trabalho, as tecnologias e a Educação 4.0 Fonte: A autora. Todos esses elementos interagem entre si, e não seria diferente no contexto educacional, partindo do pressuposto que a educação caminha lado a lado com as demandas da sociedade. Metodologias Ativas24 O mundo que vivemos atualmente tem características bem peculiares,em função da velocidade dos eventos e das mudanças. É o Mundo VUCA Vamos conhecer o que significa? Figura 6 – Significado do termo VUCA Fonte: A autora DEFINIÇÃO: O termo VUCA surgiu nos anos 90 dentro de um contexto militar e é uma sigla para descrever um ambiente, uma situação ou condições de volatilidade (volatility), incerteza (uncertainty), complexidade (complexity) e ambiguidade (ambiguity). (Fonte: https://bit.ly/2Z0ryd8) Vamos entender melhor: • V - Volatility (volatilidade) – Vivemos um momento de mudanças que acontecem praticamente de forma instantânea. Quando conseguimos dominar uma tecnologia, uma outra superior aparece. Os processos educacionais precisam se adaptar à natureza volátil dos tempos atuais, e uma ferramenta muito útil para essa adaptação é a formação continuada de toda a equipe envolvida nos projetos educacionais. Cada um na sua área de atuação. V Volatility - Volatilidade U Uncertainty - Incerteza C Complexity - Complexidade A Ambiguity - Ambíguo https://bit.ly/2Z0ryd8 Metodologias Ativas 25 • U - Uncertainty (incerteza) – A velocidade das mudanças tecnológicas afeta todos os processos que se utilizam delas, e para os processos educacionais não é diferente. Esse ambiente de instabilidade gera a necessidade de ajustarmos os planos e as metodologias periodicamente. • C - Complexity (complexidade) – A linearidade da escola tradicional não existe mais. Antes o sistema hierárquico posicionava a tomada de decisões na mão de poucos, mas hoje, para que a aprendizagem se dê de forma efetiva, o aprendiz participa ativamente do processo, acrescentando inúmeras variáveis que devem ser consideradas pelo professor e pela equipe pedagógica. Essa complexidade demanda reflexões colaborativas e busca de soluções simples. • A - Ambiguity (ambiguidade) – Não existem mais verdades absolutas e as respostas podem ser diversas. As situações podem (e devem) ser avaliadas sob diferentes ângulos e a adoção da “verdade” (que será sempre relativa), deve fazer sentido para a resolução do problema, garantindo eficiência. • Adaptar-se ao Mundo VUCA é uma necessidade para agirmos de forma assertiva no contexto educacional. Apesar de não ser uma tarefa fácil, levando-se em conta que a grande maioria dos profissionais que atuam na educação são de um período mais estável e seguro, mas, com foco e perseverança é possível sair da zona de conforto e abrir-se para novas possiblidades. • Aprender é sempre muito positivo e mesmo como educadores não devemos abrir mão de sermos eternos aprendizes. Metodologias Ativas26 RESUMINDO: Aprendemos que imersão tecnológica está sendo incorporada aos processos educacionais, fazendo com que a educação acompanhe também as revoluções da indústria, que atualmente tem foco na Inteligência Artificial e a Internet das Coisas. Nos processos educacionais da Educação 4.0, o conectivismo e a aprendizagem virtual emergem com muita ênfase. Vimos também as características do Mundo VUCA, que nos alerta para compreendermos o cenário atual no qual atuamos, baseados na incerteza, volatilidade, complexidade e ambiguidade. Esses conhecimentos sinalizam a necessidade de revermos nossas práticas docentes e discentes, para que possamos ter experiências produtivas de ensino e aprendizagem. Vamos seguir para a próxima etapa de estudos! Metodologias Ativas 27 Aplicação das metodologias ativas na sala de aula INTRODUÇÃO: Partindo do princípio de que o conhecimento teórico deve sempre ser associado à aplicação prática, nosso objetivo nesta etapa de estudos é apresentar estratégias de aplicação das metodologias ativas na sala de aula, para que você seja capaz de adaptar para sua realidade e necessidade, inclusive criando metodologias próprias. Então? Motivado para desenvolver essa competência? Então, vamos lá. Avante! Ao longo dos anos, os processos de ensino sofreram mudanças significativas, sempre baseadas na necessidade de alinhar as suas práticas aos progressos científicos e culturais conquistados pela civilização humana. Um dos progressos que muito impactou nos processos de ensino e aprendizagem foram os tecnológicos, que introduziram no contexto escolar novas mídias audiovisuais, como o rádio, a TV, os projetores e, a partir da segunda metade do século passado, os computadores, que, com o advento da Internet, derrubaram de forma definitiva os limites de acesso à informação. Esse novo cenário motivou vários estudos que tinham por objetivo identificar boas práticas para possibilitar bons resultados de aprendizagem com os novos recursos disponíveis. Em 1946, o professor norte-americano Edgar Dale, baseado em seus estudos teóricos e observações pessoais, inseriu no seu livro Audio-visual methods in teaching uma representação gráfica acerca dos diferentes níveis de abstração, relacionando-os à utilização de métodos variados de ensino, com diversos recursos audiovisuais. Conhecido como cone de aprendizagem, continha os seguintes níveis: Metodologias Ativas28 Figura 7 - Cone da aprendizagem Fonte: Adaptado pela autora O cone da aprendizagem de Dale mostra que os processos de aprendizagem que estimulam e promovem a participação ativa dos estudantes são mais significativos e eficazes, e que aprendemos de forma mais significativa quando somos capazes de mobilizar os conhecimentos teóricos na realização de experimentos reais, tornando o processo de aprendizagem dinâmico e os estudantes numa postura ativa. SAIBA MAIS: Talvez você já tenha visto várias representações de pirâmides da aprendizagem referindo percentuais de retenção de informações, baseadas nos meios e estratégias de aprendizagem, e a partir desse conhecimento tenha se questionado sobre a ausência desses números em nossa representação gráfica. Para saber mais sobre a inexistência de dados seguros de pesquisas quantitativas que fundamentem os percentuais de retenção amplamente apresentados na internet, acesse e leia o artigo publicado na revista eletrônica Dialogia: Pirâmides e cones de aprendizagem: da abstração à hierarquização de estratégias de aprendizagem. Disponível em https:// bit.ly/3fUr52U https://bit.ly/3fUr52U https://bit.ly/3fUr52U Metodologias Ativas 29 Acredito que você já tenha contextualizado a necessidade da adoção das metodologias ativas no atual momento que vivemos, impactado pela velocidade das mudanças e progresso tecnológico. Contribuir com a formação de cidadãos globais e conectados, trabalhando de forma integrada as competências técnicas, comportamentais e sociais é o grande desafio da educação para o século XXI, no qual nossos alunos precisam aprender a conhecer, fazer, conviver e ser. Mas, o que são metodologias ativas? Vamos ao conceito: O Dicionário Michaelis nos apresenta duas definições para Metodologia, que podemos aplicar em nossos estudos: • Parte da lógica que trata dos métodos aplicados nas diferentes ciências. • Estudo dos métodos, especialmente dos métodos científicos. Método corresponde ao “emprego de procedimentos ou meios para a realização de algo, seguindo um planejamento; rumo”. Já Ativa significa “A parte principal na realização de um ato”. As metodologias ativas nos processos de ensino e aprendizagem correspondem ao conjunto de estratégias para realização das atividades acadêmicas, desenvolvidas de forma planejada e contemplando a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos. Moran (2015, p. 19), nos fala que “nas metodologias ativas de aprendizagem, o aprendizado se dá a partir de problemas e situações reais; os mesmos que os alunos vivenciarão depois na vida profissional, de forma antecipada, durante o curso”. Quanto às características comuns presentes em todas as metodologias ativas, os autores Diesel, Baldez e Martins (2017) apontam as seguintes: Metodologias Ativas30 Figura 8 - Características das metodologias ativas Fonte: Adaptadopela autora Vamos refletir sobre cada uma das características, a partir dos autores citados: • Protagonismo do aluno Todos os processos de ensino devem ser pensados e planejados de forma a conceder ao estudante o protagonismo de seus processos de aprendizagem; incentivando sua participação ativa e efetiva durante todo o percurso formativo. • Autonomia do aluno Liberdade consiste na liberdade moral ou intelectual, que pressupõe a inexistência de dominação externa que impeça o estudante de fazer suas próprias escolhas e conduzir o seu processo de aprendizagem da forma que lhe for mais produtiva e prazerosa. • Reflexão As situações e momentos de aprendizagem devem sempre estimular o pensamento reflexivo, no qual o estudante seja estimulado Metodologias Ativas 31 a tecer suas próprias considerações e estabelecer os vínculos que sejam coerentes com sua história de vida • Problematização da realidade Resolver problemas é o grande objetivo de todo conhecimento adquirido, sem a prática não pode ser concretizado como uma ação útil para o progresso da humanidade. Identificar os problemas e relacioná-los com estratégias que possibilitem sua resolução e que possam mobilizar os conhecimentos adquiridos devem sempre pautar as modelagens educacionais que apliquem as metodologias ativas. • Trabalho em equipe Aprendemos melhor quando aprendemos juntos, pois é na troca que conseguimos enxergar aspectos diferentes da mesma realidade, que é vista pelos nossos pares. .Essa soma de visões constrói o todo completo e possibilita a resolução colaborativa dos problemas. • Inovação As metodologias ativas têm uma forte caraterística de ser ambiente propício para a inovação e criatividade, em função dos valores de liberdade, experimentação e colaboração que preconiza. Os mediadores dos processos de ensino e aprendizagem que aplicam metodologias ativas devem estar atentos à fomentação da inovação e respectivo registro dos processos de avaliação. • Professor mediador Essa característica desloca o professor do centro do processo de ensino, característico da escola tradicional, para atuar como mediador e facilitador dos processos de e aprendizagem, contribuindo com seu conhecimento para que os estudantes possam construir as competências requeridas no programa de curso. Nas metodologias ativas o professor é parceiro, caminhando, aprendendo e ensinando junto com o estudante. Mais adiante apresentaremos algumas metodologias ativas muito utilizadas atualmente, e você verá que as características acima estarão presentes em todas elas. Metodologias Ativas32 O papel do professor Quando falamos de metodologias ativas, naturalmente somos levados a refletir sobre a prática docente, que tradicionalmente foi baseada na transmissão unilateral de informações, cujo papel de destaque ficava a cargo do professor. Sobre as competências requeridas do professor para uma atuação exitosa, Philippe Perrenoud, propõe o foco no desenvolvimento de 10 novas competências para ensinar. Competência, segundo ele, “é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.), e das 10 competências propostas, selecionamos as que convergem para a adoção e implementação das metodologias ativas. Vamos conhecer? 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem Planeamento prévio é fundamental, seguido de uma prática organizada, com objetivos claros para todos os envolvidos. É importante destacar que mesmo com o protagonismo necessário do aluno, o comando e as orientações devem partir do professor. A consultora americana Angela McGlynn, em entrevista à revista Ensino Superior, afirma que ainda que nas metodologias ativas a participação dos alunos é mais destacada e incentivada, os catalisadores e mentores desse processo devem ser sempre os professores. SAIBA MAIS: Você pode ler a entrevista acessando: https://bit.ly/2CCZGEs 2. Administrar a progressão das aprendizagens Aplicar formas sistemáticas e eficazes de avaliar é fundamental, especialmente durante o processo. Bates (2016, p. 483 e 505) nos diz que “não faz sentido introduzir novos objetivos ou resultados de aprendizagem e não avaliar quão bem os alunos os alcançaram”; e , mais adiante, reflete https://bit.ly/2CCZGEs Metodologias Ativas 33 que “a última chave fundamental do processo de ensino e aprendizagem é a avaliação e a inovação: avaliar o que tem sido feito e, então, procurar formas de melhorar”. 3. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho Assegurar o protagonismo dos estudantes naturalmente ajuda no envolvimento, que será potencializado quando as atividades forem contextualizadas com situações da vida real. Nesse momento, as teorias passam a ter funcionalidade e todos se engajarão na atividade. 4. Trabalhar em equipe O trabalho em equipe é uma das características presentes em todas as metodologias ativas, lembra? A atividades devem ser planejadas de forma a garantir que todos terão tarefas a realizar. 5. Utilizar novas tecnologias O professor deve se apropriar do uso de novas tecnologias e utilizá-las em sala de aula. Estímulos para que os alunos pesquisem e compartilhem ferramentas complementares também é muito salutar, pois esse empoderamento fará com que tenham ainda mais comprometimento com os processos de ensino e aprendizagem. 6. Administrar sua própria formação contínua Lembra que falamos que o professor deve ser um eterno aprendiz? Pois é! No mundo VUCA de incertezas e volatilidade precisamos estar conectados com as mudanças e nos atualizar constantemente, vencendo os obstáculos que nos impedem de utilizar de forma assertiva as tecnologias que dispomos atualmente e nos apropriando da fluência digital necessária para que possamos estimular a participação ativa dos nossos alunos. Metodologias Ativas34 REFLITA: O conceito de competência no contexto educacional pode causar um certo desconforto, pela relação direta com o sistema industrial, e o peso negativo na avaliação da capacidade do trabalhador segue um padrão geral e engessado, tomando um sentido de qualificação. Perrenoud falou sobre isso no programa Roda Viva, que você pode acessar pelo link https://bit.ly/31iXdJL. E você, o que pensa a respeito? Compartilhe suas reflexões com seus colegas! O Design Instrucional/Educacional As metodologias ativas que serão aplicadas nos processos de ensino devem ser contempladas no Projeto de d Instrucional, também conhecido como Design Educacional, que assegura o registro de todo o planejamento didático-pedagógico do curso, contemplando os recursos que serão utilizados, as formas de avaliação e as contextualizações que serão trabalhadas. Vamos iniciar com a definição de Design Instrucional, apresentada pela professora e pesquisadora Andréa Filatro (2008): DEFINIÇÃO: É o processo (conjunto de atividades) de identificar um problema (uma necessidade) de aprendizagem e desenhar, implementar e avaliar uma solução para esse problema (FILATRO, 2008). Design Instrucional, ou DI, consiste em uma sequência de etapas que permitem construir soluções variadas – seja um curso, um programa de estudos, uma trilha de aprendizagem, um vídeo educativo, um tutorial multimídia, um livro didático impresso ou digital – para necessidades educacionais específicas (FILATRO, 2019). https://bit.ly/31iXdJL Metodologias Ativas 35 As etapas de implementação do DI/DE são variadas, mas um modelo clássico, conhecido como ADDIE, é o mais amplamente utilizado, e tem a seguinte estrutura: Figura 9 – Modelo ADDIE.s Fonte: Adaptado pela autora. SAIBA MAIS: O modelo ADDIE foi desenvolvido em 1950 pela Universidade da Flórida, para atender a uma demanda do Exército dos Estados Unidos, que usou com exclusividade por 25 anos. Para saber mais sobre o modelo ADDIE, acesse https://bit.ly/2zZ3oXW O Design Educacionaldeve ser desenvolvido de forma multidisciplinar e considerar todos os aspectos intervenientes, sob risco de não contemplar os fatores que irão gerar engajamento da turma. Mattar (2014, p. 57) nos fala: Os aprendizes não são iguais, nem iguais aos designers e professores. Se não partirmos de nosso público-alvo, corremos o risco de planejar e desenvolver um ensino que não é apropriado para ninguém. Se partirmos de como imaginamos que os Analisar o cenário atual, os pontos fortes e os que precisam melhorar https://bit.ly/2zZ3oXW Metodologias Ativas36 aprendizes são, corremos o risco de planejar e desenvolver um ensino para uma audiência que não existe. Devemos levar em consideração o que os aprendizes efetivamente são e o que sabem. Conhecer melhor nossos alunos permite adequar e modificar nossa estratégia de ensino em benefício da aprendizagem. Estejamos atentos, então, aos processos de modelagem educacional de nossos planos de ensino, que devem estimular a aprendizagem autônoma, e que conferem as seguintes vantagens aos processos educacionais: Figura 10 - Vantagens da modelagem educacional Fonte: Adaptado pela autora TESTANDO:: Lembra dos pilares para a Educação do Século XXI? Pois é! Agora iremos fortalecer o SABER FAZER, aplicando as metodologias ativas que estudamos em nossa disciplina. A seguir, iremos propor alguns cenários alternativos, que dependerá da realidade na qual você está inserido. São esses os cenários propostos: Educação Infantil e/ou Ensino Fundamental 1.. Ensino Fundamental 2 e/ou Ensino Médio, Ensino Superior. Metodologias Ativas 37 Professor(a), escolha a sua realidade e selecione a exemplificação de cenário desejada. Interessado em conhecer todos eles? Não se acanhe. Vá fundo! Cenário 1 | Educação Infantil e/ou Ensino Fundamental 1 Monte um plano de aula com o uso da Sala de Aula Invertida, com tema de sua escolha, contemplando também o engajamento das famílias das crianças. EXEMPLO – INÍCIO No site da Nova Escola, você pode acessar a atividade para a pré-escola intitulada “Diferenças entre bichos do jardim” (disponível em https://bit.ly/2CDJ3sj) Partindo desse exemplo, proponha uma atividade aplicando os princípios da Sala de Aula Invertida, utilizando uma das ferramentas de sua plataforma Google Education. Cenário 2 | Ensino Fundamental 2 e/ou Ensino Médio Monte um plano de asula com o uso da Aprendizagem Baseada em Problemas. A atividade proposta deve utilizar uma das ferramentas de sua plataforma Google Education. NOTA: Acesse o artigo Aprendizagem Baseada em Problemas no Ensino fundamental II: aplicabilidade, potencial e reflexões de uma adaptação sob perspectivas geocientíficas. https://bit.ly/31c6z9X Cenário 3 | Ensino Superior A produção de ciência é uma das demandas da formação superior, sendo fundamental que os estudantes desse nível sejam capazes de produzir conteúdos inéditos e com propostas para resolução de problemas pertinentes às suas áreas de atuação. https://bit.ly/2CDJ3sj https://bit.ly/31c6z9X Metodologias Ativas38 Na aplicação da Peer Instruction no contexto do Ensino Superior, utilizando a plataforma Google Education, propomos a seguinte atividade: • Delimite um tema. • Monte um plano de aula. • Grave um vídeo, disponibilizando na Plataforma. • Elabore um Guia de Orientações para o aluno, acerca da atividade que será realizada em sala de aula. SAIBA MAIS: Acesse os links abaixo, que descrevem casos práticos de aplicação da metodologia no Ensino Superior: Desafios no uso da Sala de Aula Invertida no Ensino Superior: https://bit.ly/2YrlpYq Sala de Aula Invertida: a análise de uma experiência na disciplina de Cálculo I: https://bit.ly/2NtjKv0 Aprendizagem Ativa no Ensino Superior: a proposta da Sala de Aula Invertida: https://bit.ly/3i7XOUy RESUMINDO: Neste capítulo, focamos na aplicação prática das metodologias ativas, que nos levou a contextualizar o papel do professor e a importância do Design Educacional/Instrucional no planejamento dos cursos, de forma que as metodologias ativas sejam contempladas de maneira integrada com eventos formativos programados. Compartilhamos também sugestões para que você possa iniciar a prática, assegurando a construção da competência, com a aplicação prática dos nossos estudos! Sigamos agora para a última etapa de nossos estudos. https://bit.ly/2YrlpYq https://bit.ly/2NtjKv0 https://bit.ly/3i7XOUy Metodologias Ativas 39 Avaliação nos processos que utilizam as metodologias ativas INTRODUÇÃO: Tão importante quanto conhecer e aplicar as metodologias ativas é contemplar um processo de avaliação coerente com as características comuns dessas estratégias de ensino e aprendizagem. Neste capítulo estudaremos as avaliações nos processos que utilizam as metodologias ativas. Avante! Figura 11 – Avaliação virtual Fonte: Freepik De acordo com o dicionário, avaliar é “apreciação, cômputo ou estimação da qualidade de algo ou da competência de alguém.”. Ao longo de nossa vida, enquanto estudantes, temos na memória registros de que os momentos de avaliação eram tensos e geravam um grande desconforto, cenário esse que não tem aderência às novas metodologias de ensino, baseadas na autonomia do aluno e que resgata o prazer em aprender. Metodologias Ativas40 Sabemos também que a utilização de apenas um formato de avaliação é reconhecido como insuficiente para fazer um julgamento completo sobre a competência de um indivíduo. A partir dos estudos de Luckesi (2011), compreendemos que a avaliação tem quatro funções básicas: • diagnosticar os conhecimentos prévios “trazidos” pelos alunos para planejar o ensino; • possibilitar a identificação do suporte que eles terão necessidade ao longo do processo; • subsidiar o feedback do mediador ao aluno a respeito da sua aprendizagem; • analisar o valor da ação pedagógica em relação aos objetivos propostos. Há três importantes modalidades de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa, também conhecida como avaliação final: 1. A avaliação diagnóstica baseia-se no fato de que os alunos têm conhecimentos prévios e capacidade de formular suposições e hipóteses sobre tudo o que se converte em conteúdo escolar, e também pela certeza de que as novas informações se transformarão em conhecimento próprio se puderem se apoiar naquilo que já conhecem. 2. A avaliação formativa fundamenta-se na necessidade de acompanhar a evolução do processo de aprendizagem, por meio de instrumentos que possam responder a algumas perguntas centrais, que devem fazer parte do fazer docente: • os alunos estão de fato aprendendo? • de que forma é possível ajudá-los a avançar em seus conhecimentos? 3. A avaliação somativa parte da necessidade de registrar por meio de notas as informações sobre o que os alunos aprenderam em relação aos conteúdos que foram Metodologias Ativas 41 trabalhados. Essa avaliação ocorre por meio de atividades preparadas especificamente para conhecer os resultados obtidos em relação à aprendizagem. A avaliação somativa tem uma função reguladora, pois permite replanejar a proposta de ensino e estabelecer o nível de alcance dos objetivos previamente estabelecidos. O quadro a seguir explica o que, quando e por meio de quais instrumentos se avalia em cada modalidade: Tipo de avaliação O que se avalia Quando se avalia Como se avalia Diagnóstica Os conhecimentos prévios que o estudante possui, relacionado aos conhecimentos previstos no percurso formativo No início de cada etapa de aprendizagem Análise de histórico escolar em percursos anteriores Respostas dadas a atividades propostas antes do início dos estudos. Formativa Os avanços e dificuldades ao longo do processo formativo Ao longo do processo de ensino e aprendizagem Observação sistemática dos processos de aprendizagem, com registrosqualitativos Atividades planejadas com a finalidade de avaliar etapas específicas Somativa Níveis globais de aprendizagem, em conformidade com os objetivos planejados Ao término de cada percurso de aprendizagem Atividades planejadas com a finalidade de avaliar globalmente um determinado percurso de aprendizagem. Quadro 3 – Tipos de Avaliação Fonte: A autora Metodologias Ativas42 Transformar a concepção, os tipos de avaliação, a forma de desenvolvê-la, bem como o uso de seus resultados, não é algo simples. Pelo contrário: é, e por algum tempo ainda continuará sendo, motivo de dúvidas e conflitos entre os educadores, educandos e sistemas de ensino por meio de cada design Educacional. No ambiente on-line são recomendados alguns princípios para as boas práticas avaliativas: • Valores educacionais fundamentados no compromisso com o aprendizado dos estudantes devem ser evidenciados na condução dos processos de avaliação. • O estudante deverá compreender que o processo de avaliação está integrado ao seu processo de aprendizagem validando-o e norteando os seus estudos, a partir dos seus resultados. • Os objetivos e as metas dos processos de avaliação devem ser claros e continuamente apresentados para os estudantes. • Além dos resultados somativos inerentes aos processos de avaliação, por parte dos estudantes, a equipe docente também deverá utilizar esses mesmos resultados para indicar a assertividade de suas práticas e possíveis ajustes para melhorar as experiências de aprendizagem. • A continuidade do processo de avaliação deve fazer parte da cultura institucional, evitando-se a ênfase em eventos avaliatórios pontuais. • Mecanismos que assegurem a reflexão dos estudantes acerca de seus resultados nos processos de avaliação devem ser pensados e implementados. Algumas metodologias ativas Para finalizar nossos estudos sobre o que são Metodologias Ativas, iremos apresentar as três metodologias ativas mais utilizadas atualmente. Metodologias Ativas 43 É importante destacar que não existem apenas essas três metodologias. Inúmeros educadores desenvolveram metodologias buscando melhores resultados nos processos de aprendizagem, e você também pode desenvolver métodos de ensino partindo de sua prática pedagógica. Se esses métodos apresentarem as características que citamos anteriormente, as experiências ativas de aprendizagem serão oportunizadas, e teremos uma metodologia ativa. Sala de Aula Invertida Em 2007, os professores de química Jonathan Bergmann e Aaron Sams criaram uma maneira diferente de ministrar suas aulas, motivados pela frustração com o fato de que muitos alunos não conseguiam interpretar os conteúdos e aplicar na resolução das tarefas que deveriam ser realizadas em casa. Daí chegou a inspiração! E se as aulas fossem gravadas e os alunos assistissem como dever de casa, sobrando um tempo bem maior durante a aula presencial para resolver os problemas e esclarecer as dúvidas? O professor não teria mais que repetir a mesma exposição cinco vezes por dia e dedicaria todo o seu tempo para acompanhar de perto a evolução dos seus alunos; e o estudante poderia assistir à lição quantas vezes fossem necessárias, destacando as dúvidas e esclarecendo diretamente com o professor, na resolução de problemas práticos! Para inverter a aula, é fundamental que os vídeos sejam cuidadosamente preparados e que regras claras assegurem que sejam acessados e estudados previamente, assim como pré-testes de validação. Atualmente existem variações que usam a mídia escrita, mas, em sua concepção inicial, os vídeos são fundamentais. Agora, vamos conhecer a Aprendizagem Baseada em Problemas, também conhecida como PBL, da sigla em inglês. Metodologias Ativas44 Aprendizagem Baseada em Problemas Em 1969, na Faculdade de Medicina da McMaster University, no Canadá, um grupo de professores, baseados em teorias modernas de aprendizagem, propuseram uma nova metodologia, baseada em três postulados: a aprendizagem deve ser construída; é fundamental que o estudante saiba o que vai fazer, como vai fazer e se o que fez alcançou os resultados esperados; e, por último, o resultado do aprendizado é otimizado quando a contextualização tem aderência com a prática profissional. A Aprendizagem Baseada em Problemas, de uma maneira geral, atende a seguinte sequência de atividades: Figura 13 – Etapas da Aprendizagem Baseada em Problemas. Fonte: Adaptado pela autora. ACESSE: Para saber mais sobre a Aprendizagem Baseada em Problemas, acesse o link https://bit.ly/31eJp2S e assista ao vídeo! https://bit.ly/31eJp2S Metodologias Ativas 45 Peer Instruction Lembra as muitas vezes que não entendíamos a forma como o professor explicava, e pedíamos socorro a um colega? Vamos resgatar essa memória e compreender as motivações da PEER INSTRUCTION, ou aprendizagem por pares. O professor Eric Mazur leciona física introdutória em Harvard desde 1984, mas, a exemplo de Jonathan e Aaron, da Sala de Aula Invertida, percebeu que seus alunos não estavam aprendendo e decidiu fazer algo. A aprendizagem por pares, tem dois objetivos básicos: explorar a interação entre os alunos durante as aulas expositivas e focar a atenção dos estudantes nos conceitos que servem de fundamento. A dinâmica fica dessa forma: O professor faz apresentações curtas sobre pontos-chaves, sendo cada apresentação seguida de um teste conceitual. Por sua vez, cada teste conceitual tem a seguinte modelagem: 1. 1 minuto para a proposição da questão. 2. 1 minuto para que os estudantes pensem 3. Entre 1 e 2 minutos para que os estudantes anotem suas respostas, que é opcional, convençam seus colegas (aqui a aprendizagem por pares acontece efetivamente) e anotem as respostas corrigidas 4. 2 minutos para que o professor dê o feedback e explique a resposta correta. Aprendizagem em pílulas é muito eficientes, conferem dinamismo e interação ao processo. Metodologias Ativas46 SAIBA MAIS: Para saber mais sobre a Peer Instruction, acesse o vídeo de seu idealizador, o professor Eric Mazur. Disponível em: https://bit.ly/3fUVz54 É importante ressaltar que várias metodologias ativas, fazem parte de um movimento que está sendo amplamente adotado nas práticas de ensino e aprendizagem: a Aprendizagem Experiencial, ou o Aprender Fazendo. Bates (2016) relaciona uma variedade de modelos de design que tem por objetivo unir a teoria com a prática. São eles: • Laboratórios, oficinas ou ateliês; • Formação prática; • Aprendizagem baseada em problemas; • Aprendizagem baseada em casos; • Aprendizagem baseada em projetos; • Aprendizagem baseada na pesquisa e nos questionamentos; • Aprendizagem cooperativa (baseada no trabalho ou na comunidade) A importância das práticas laboratoriais, por exemplo, tem objetivos extremamente importantes em algumas áreas de formação, sendo indispensáveis a fim de: • Oferecer aos alunos uma experiência mãos à obra, de forma que seja capaz de escolher e utilizar adequadamente os equipamentos e as ferramentas comuns a sua área de conhecimento; https://bit.ly/3fUVz54 Metodologias Ativas 47 • Desenvolver competências motoras no uso de ferramentas específicas; • Vivenciar vantagens e limitações dos experimentos; • Possibilitar a aplicação dos conhecimentos em situações do mundo real, contribuindo para uma maior internalização da teoria; • Possibilitar testes de hipóteses e inovações; • Possibilitar o desenvolvimento de projetos , assim como sua condução; • Capacitar os alunos a criarem novos equipamentos e ferramentas, usando diferentes mídias físicas. SAIBA MAIS: O Movimento Maker também está incluído na família da Aprendizagem Experiencial. Para saber mais, acesse os links: https://bit.ly/3fWTVj4 https://bit.ly/2Ysw05q Chegamos ao final desta etapa de estudos e espero que você tenha se apropriado dosconhecimentos acerca das metodologias ativas, a fim de prosseguir no seu percurso de aprendizagem ao encontro das principais metodologias ativas usadas nos contextos educacionais, sejam eles na modalidade presencial ou a distância. https://bit.ly/3fWTVj4 https://bit.ly/2Ysw05q Metodologias Ativas48 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Desejamos que as competências trabalhadas nesta primeira unidade tenham formado uma base sólida para as os conhecimentos que ainda serão construídos. Contextualizamos o nosso cenário educacional atual com a evolução das metodologias de ensino, conhecendo sucintamente as principais linhas teóricas. Conhecemos a Educação 4.0, que anda de mãos dadas com uma indústria de processos robóticos a autônomos, norteados pela Inteligência Artificial e o mundo baseado na incerteza, volatilidade, complexidade e ambiguidade: o mundo VUCA. Contextualizamos a aplicação das metodologias ativas na sala de aula, tendo por base as características comuns de todas, conectadas com as novas competências educacionais e o design instrucional/educacional. Por fim, refletimos sobre os processos de avaliação e como eles devem ser modelados no contexto de planejamento e aplicação das Metodologias Ativas. Desejamos sucesso nos seus estudos! Até a próxima! Metodologias Ativas 49 REFERÊNCIAS BATES, A. W. Educar na Era Digital – Design, ensino e aprendizagem. 1ª ed. São Paulo: Artesanato Educacional. 2016. p. 483 e 505. BERGMAN, J. SAMS, A. Sala de Aula Invertida: Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC. 2016. CAMBI, F. História da Pedagogia. UNESP, São Paulo, 1999. DALE, E. Audio-visual methods in teaching. New York: Dryden Press, 1946. DELORS, J. (org). Educação: Um Tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 2010. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590 DIESEL, A. BALDEZ, A. L. S. MARTINS, S.N. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema. 2017, V 14, nº 1, Pág. 268 a 288. Disponível em http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/ thema/article/viewFile/404/295 DICIONÁRIO ON-LINE MICHAELLIS. Disponível em http://michaelis.uol.com. br/busca?id=G97VM EDLER, R. C. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004. FILATRO, A. Design Instrucional na Prática. São Paulo: Pearson/Prentice- Hall. 2008. FILATRO, A. CAVALCANTI, C. [et al] DI 4.0. Inovação na Educação Corporativa. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva Educação. 2019. p. 27 FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª. edição. São Paulo: Paz e Terra. 2002. Metodologias Ativas50 GLASSER, W. Teoria da Escolha: uma nova psicologia de liberdade pessoal. São Paulo: Mercuryo, 2001. HENDERSON, W.O. A Revolução Industrial. 1.ed. São Paulo: Verbo Edusp. 1979. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011. MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. 2ª ed. São Paulo: EPU. 2011. MATTAR, J. Design Educacional: Educação a Distância na Prática. 1ª edição. São Paulo: Artesanato Educacional. 2014. MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. 2015. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/ moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf PERRENOUD. P. Dez Novas Competências para Ensinar. 1ª ed. São Paulo: Artmed. 2000. SILVA, F.L. MUZARDO, F.T. Pirâmides e cones de aprendizagem: da abstração à hierarquização de estratégias de aprendizagem. Dialogia, São Paulo, n. 29, p169-179, mai./ago.2018. Disponível em https://periodicos.uninove.br/index. php?journal=dialogia&page=article&op=view&path%5B%5D=7883 Metodologias Ativas Andréa César Contextualização histórica Um breve passeio pela história da educação Principais teorias de aprendizagem A Educação 4.0 e o Mundo VUCA Aplicação das metodologias ativas na sala de aula O papel do professor O Design Instrucional/Educacional Avaliação nos processos que utilizam as metodologias ativas Algumas metodologias ativas Sala de Aula Invertida Aprendizagem Baseada em Problemas Peer Instruction
Compartilhar