Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 1/12 Direito Administrativo e 0 conjunto harmonica de principles que regem as orgaos, as agentes e as ativi- dades pub Iicas, Para atender a seus fins, a Estado atua em tres sentidos: adnuuistrativo, legislativo e jurisdi- clonal . Em qualquer deles, 0 Direito Admirristrativo orienta a organizacac eo funcionamento de seus servi- cos, a administracao de seus bens, a regencia de seu pessoal e a formalizacao de sens atos de administracao. Fontes do Direito Administrativo a) Lei -E a fonte prirnaria do Direito Administrativo, abrangendo IIConstituicao, as leis ordinarias, dele- gadas e complementares e os regulamentos admi- nistrativos, b) Doutrinll- E resultante de estudos feitos por espe- cialistas, que analisarn 0 sistema normative e van resolvendo contradicoes e formulando definieoes e classificacoes, c) Jurisprudentia - E 0 conjunto de decisoes reitera-das e uniforrnes, proferidas pelos orgaos jurisdicio- nais ou administrativos, em casas identicos au semelhanres. dl Costume - E a norma jurldica nao escrita, origina- da da reiteracao de certa conduta par determinado grupo de pesscas, durante cerro tempo (usus - ele- mento objerivo), com a consciencia de sua obriga- toriedade (opilJio juris vel necessi tat is - elemento psicolcgico ). PRINC iP IOS Podem ser definidos como as alicerces de urna ciencia, condicionando toda a estruturacao subse- quente. Quatorze sao os principios que devem nortear a Administracao Publica, dos quais as cinco primeiros estao definidos na Constituicao (art. 37, caput): 1. Prtnclpio da.Jegalidade- 0 administrador publico esta sujeito aos mandamenros da lei e a s exigencies do bern comum e deles nao se pode afastar au des- viar, sob pena de praticar ato invalido e expor -se It responsabilizacfio disciplinar, civil e criminal, con- forme a case, l.Principia da moralidade (ou da. probidade admi- nlstrativa) - A moralidade administrariva constitui pressuposto de validade de todo ala daAdrninistracao Publica. Sempre que 0 comportamento desta ofender a moral, os costumes, as regras da boa ad01.inistral;ao, a JustiQ8, a eqiiidade, a i dlb a de honestidade,tratar- se-a de um a ofensa ap principio da moralidade. 3. Principio da impessoalidade - Cnteria para evitar favor;tismos au privil.egios. A Adm inistra9aO nao pode, no cxercicio da atividade administrativa, atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determilladas, uma vez que e 0 iJlteresse publico seu elemento norteador. 4. Principio da pubJicidade - . 1 3 . a divulgacao oficial. do ato para conhecimento publico e inkio de seus efeitos externas. A pllblicidade e reqllisito de efica- cia de qualquer ato administrativo. s. Principio d .a eficieD cia (introduzido pela Emenda Constitucional 1 9) - Obriga aAdnlinistra,1io PUblica a desenvalver mecan~slnos para 0 exercfc"io de LUna atividade administrativa eelere e com qualida.de. 6. Principio da isonomia (ou da iguaJdade entre os ,administrados) - A Administracao nao pOde esta- belecer privilegios de tratamento entre os cidadaos, d.evendo tFatar a todos igoal mente. 7. Prindpio dOlsupremada do intel'esse publko-A Administrm;ao existe para a realizac;iio dos fins pre- vistos na lei, eujo interesse representa convenien- cias e necessidades da propria sociedade, e m.o pri- vadas. Assim, ha.vendo conflito entre 0 coletivo e 0 individual, reconhece-se a predominancia do pri- mciro. As leis administrativas exprimem a posi<;:aode superioridadc do publico sobre 0 particular. s. Principia da pre5un~iio de Jegitimidade (ou da pr\,sun~iio de veracidade do ato administrativo) - E cOl1eebido sob dais aspectos: a presunciio de legalidade e a presun~ilo de verdade, que diz respei- to a certeza dos fatOs. 9. Prlncipio da auto-executoriedade - Prerrogariva da Administracao Publica de poder converter em aros rnateriais suus pretensoes juridicas, sem se SOCOITerdo Judiciario, 1D.Principio da aurotutela - A Administracao Publica pode auular os proprios atos quando eiva- dos de vicios que os tornem ilegais, porque deles nao se originam direitos, ou revoga-los por motivo de conveniencia e oporrunidade (Surnula 473 do STF). 11. Principia da hierarquia - Os orgaos da adminis- tracso sao estruturados de tal forma que existe sem- pre uma relacao de infra-ordenacdo e subordinacao. Desse principia resultam outros poderes, como a disciplinar, 12.. Prlncipin da indlsponibllldadc do interesse. publico - Adrninistrar e realizar uma atividade de zelo pelos interesses publicos e flaD cabe It Adrninistracao deles dispor. As pessoas adrninistra- tivas nao rem, portanto, disponibilidade sabre os interesses publicos confiados a sua guarda e reali- zacao. 13. Principle da razoabilidade - Exige que os atos nao sejam apenas praticados com respeito as leis, mas que tambem contenham urna decisao razoavel. Sempre deve haver uma razoabilidade, adequaciio, proporcionalidade entre as causas que estao ditan- do 0 ato e as medidas que vao ser tomadas. 14. Prlnctpio da mortvaeso - A Administracao e obrigada a indicar os fundamentos faticcs e de direito de suas decisoes, de modo a perrnit ir 0 con- trole dos atos adrninistrativos. A ADMINISTRA~Ao PUBLICA E 0 aparelhamento do Estado destinado a realiza- ~iio de services, visando a satisfacao de necessidadescoletivas. Para cumprir esse objetivo, a Administracao age par meio de eutidades, que se classificam em: a) Eutidades estatais - Pessoas jurldicas de direito publico que integrarn a estrutura constitucional do Estado e tern poderes polit icos e administrativoa, tais como a Uniao, os Estados membros, as Muni- cipios e 0 DE b)Entidlldes .antarquic.as - Pessoas juridicas de direi to publico de natureza mcramente adrninis- trati.va. el Entidades fllndacionais - Pessoas juridicas de direito publico assemelhadas as autarquias se insti- tuidas pelo Poder Pl!blico. d)Entidades, paraestlltais - Pessoas juridicas de direi to privado cuja criaG30 e autorizada po r lei espedfica para a realiz3l;iio de obras, servieos ou atividades de interesse coletivo. Conceito de orgaos publicos Sao centro. d .e -competencia instituidos para 0 de- sempenho das fun~5es estatais. Competenc:ia administrativa E a medida do poder administrativo estatal conf,ri- da pelo ord.enamento juridlCO aos diversos orgaos da pessoa adminiSlTativa. Essa parcela de poder equivale it funcao do orgao. Avoca"ao e deJega!;ao de competencia Requisito de ordem publica, a competencia 6 intransferlvel e improrrogavcl. Exeepcionalmente, a satisfal'ao do interesse publico pode autorizar 0 aban- I dono transitorio da regra, surgindo. assim, a avoca,ao e a delega<;ao: a :avoca~iio ocorre quando 0 org:'io superior cbama a si atribuiyoes do inferior; a deJega- ,~ao, quando 0 orgao supenor transfere atribU!yoes suas ao subordinado. Organiza"ao da Administra!;ao Publica A Administra,ao e 0 conjunto dos orgaos que de- sempenham a ~tividade administrativa e !laO ativida- des politicas. E p O T isso que h < \ Administra,3o nas secretarias e servicos auxihares do Legislativo e no proprio Judiciario. E 110 Execurivo, no entanto, que mais se enconrram orgaos administrativos aptos a transformar em realidades concretas as previsoes abs- tratas da lei. Desconcentra"ao administrativa E a distribuicao de cornperencias dentro de uma mesrna pessoa juridica. DescentraJiza"ao Ocone quando, por lei, deterrninadas comperencias sao transferidas a ourras pessoas juridicas. Pressupoe a existencia de uma pessoa distinta do Estado, que, investida dos necessaries poderes de adrninistracao, exercita atividade publica ou de interesse publico. Administ.""ao diret .. e indireta a) Direta - E 0 conjunto de orgaos das pessoas politi- cas que tern como funcao tipica a atividade admi- nistrat iva do Estado, por determiuacao do direito positivo .. b) Indtreta - E constituida pelas pessoas jurldicas dis- tintas do Estado, cuja fLln"ii.otipicae a atividadc adminisrrativa publica, per dererminacdo do direito positivo. Excepcionalmente, algumas dessas enti- dades - sociedades de economia mista e empresas publicas - exercem atividade economica que nan e tipica da Administraeao Publica, Entidades da Administra<;ao indireta ~u,tarquia E pessoa juridica de direito publico, criad.a por lei , com capacidade de auto-adrnirustracan, para.° desempe- nho de service publico descentralizado. Nao esta hierar- quicamentc subordinada 1 1 e nt id ad e e st at al que a c r io u . • 0 patrlmsnic inicial das autarquias e formado com a transferencia de bens moveis e irnoveis da entidade matriz, que se incorporam ao patrimonio da nova pessoa juridica. • Os bens e as reudas das autarquias sao considera- dos patrimonic publico. • 0 orcamento das autarquias e identico ao das enri- dades estatais, • Os contratos das autarquias estao sujeitos a lici- t3<;30. • As autarquias sujeitam-se ao controJe a.dministra- tivo ou tutela, que e exercido pela entidade estataL • Os .agentes piiblicus de uma autarquia sao servido- res publicos, assim entendidos aqueles que mantern com 0 POder Pilblico uma relayao de trabalho, c le natureza profissionat e carolter nao eventual. • As aUiarquias nascem cotn as privih~gios admiilis- trativos da entidade que as imtitui\h. Autarquia de regime especial- E aqueJa a qual a lei instituidora confere privilegios especificos e aurnenta sua autoll.omia em compara,ao com asautarquias cml1uns, Sem infringir os preceitos consti- hleionais. Exemplos·. Ballco Central, Universidade de Sao Paulo. Funda ..ao Pessoa juridica de direito privado, pod" ser defini- da como uma universalidade de bens personaJizada, em atenyao ao fim, que lhe da unidade. Segundo Mana Sylvia Zanella Di Pietro, "quando 0 Estado ins- ti tui pessoa juridica sob a forma de funda~o, ele pode atribuir a ela regimejuridico administrarivo com todas as prerrogatjvas e sujei~aes que Ihe sao pr6prias, au subordina-Ias ao C6digo Civil". Funda~ao de direito publico - Aplicam-se as fun- dai(oes publ:icas. alem das normas de natureza pllblica, as seguintes c:aracteristicas: • presuUl;:a.ode veracidade e executoriedade de sens alos admlnistrativos; . • inexigibilidade d ($ inscli«ao de sells alos constituti-vos no Registro Civil das Pcssoas Juri dicas; • nao submissao it fiscalizacao do Ministt\iio Publico; • impellhorabilidade de seus bens e sujeiCBo ao pro- cesso especla.l de execu~ao estabelecida pel0 art . 10 D da Constitlli,ao; • prescri9a.o qiiinqiienal de suas djvidas. 5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 2/12 Entidades paraestatais A doutrina coloca a paraestatal como genero, da qual sao especies distintas as empresas publicas, as sociedades de econonna mista e as services sociai s autonomos, A paraestatal tem person alidade privada, mas realiza atividades de interesse publico, Empresas puhlicas - Sao pessoas juridicas de direito privado, autorizadas par lei, de capital publico, que realizam atividades de interesse da Adrni- nistracao, funcionando como ernpresas privadas, que podem adotar qualquer t ipo de organizacao empresa-rial. Estilo sujeitas ao regime das ernpresas privadas. Sociedades de econom1a mlsta> sso definidas pelo jurista Hely Lopes Meirel les como "pessoas juri- dicas de direito privado, com participacao do Poder Publico e de particulates em seu capital eem sua admi- nistracao, para a realizacao de atividade economica ou service de interesse colet ivo, outorgado ou delegado pelo Estado. Revestem a forma das empresas particu- lares, adrnitern lucre, e regem-se pelas normas das sociedades rnercantis , com as adaptacoes irnpostas pelas leis q-ueautorizam sua criacao e funcionarnento". Agencias As chamadas agencies forarn importadas do mode- 10 norte-americano e possuern funcao regulatoria. Contudo, as dererminacoes norrnati vas das agencies limitarn-se a fixar parametres dalei. Agencia.s executives - E a denominacao dada a autarquia au fundacao que celebre contrato de gestae com adrn in i s rracao d i re ta com q u emc s ta o v in c ul ad a s.Os decretos 2.487 e 2.488, de 2 de fevereiro de 1998, definern como requisite das agendas executivas a existencia de c ele br ac ao d e c ou tr ato d e g es ta e com 0 rninisterio supervisor e plano estrategico de reestrutu- racao e desenvolvimento insritucional, Agenci as reguladoras - Sao autarquias em regi- me especial, com compctencia reguladora. 0 novo pape 1 que se atribui a elas e regular, nos termos da lei, os contratcs de concessao e permissao de service publico. o TERCEIRO SEIOR Orgalliza.lioes sociais Sao pessoas j urid ieas de dire i to privado, sem fins lucrativos, instituidas por particulares, para desempe- nhar servi<;os sociais nao exclusivos do Estado, com incentive e fiscaliza~ao do Poder Publico, mediante conllato de gestao (Lei 9.637198). 0 Poder PUblico podera destinar para. as organiza<;6es sociats .fecursos or~amentarios e bens necessarios ao cumprimBnto do contrato de gestao, med.iante permissao de uso, bern como ceder servidores publ ices, com onus para a ori- gem. A Administrai;ao poden\ dispensar a hcita<;ao nos contratos de presta9iio de servi~os celebrados com as organiza<;oes sociais. Orgalliza ..ao da sociedade civil de interesse publico E pessoajuridica de direito pri.vado, sem fins lucra- tiVDS,instituida por particulares, para 0 desempenho de servi;;:ossociais nao exclusivos do Estado, incenti- vadas e fiscalizadas pelo Estado, mediante a ce1ebra- "ao de Termo de Parceria (Lei 9.790199). AIO ADMINISIRATIVO E toda manifest39ao de vontade da Admi.nistrayao que tenha por fina!idade imediata .adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos au obrig,woes, sob 0 regime jurid.ico de direito publico e Sl~eito ao contrale. Requisitos do ato admillistrativo a)Competencia - E 0 poder atlibltido ao agente publico para 0 desempellho de suas funyoes. b]Finalidade - 0 ato admjlUstrat ivo visa sempre ac interesse publico. A altera~iio da finalidade caracte- riza desvio de poder ou desvio de finalidade. c) Forma - E 0 revestimento exterior do ato, em su a rnaiaria a escrita. d]Motivo - E a situaQao de direito e de fato que deter- mina ou autoriza a rea liz39ao do ate administrativo. e)Objeto - E 0 conteudo do ato administrativo. A falta de qualquer urn desses requisi tos pode C011- dUZlr It inva1ida~ao do ate administrativo. Merito do ato admilli5trativo Implica a avalia<;ao da oportunidade e conveniencia da edi<;iio do ato administrativo, exisiindo. portanto, somente nos atos de cunho discricionario. R e s u m i o J u r t d I c o Atributo5 do ato admillistrativo a) Presuncao de legitimidade - Todo ato administra- tivo nasce Com presuncao de legalidade, b) Imperatividade - Conhecida como poder extroverso d o e st ad o, e 0 atributo do ar c adm in is t ra t iv e que ill1poe a coerci b il i dade para s eu c um pr ir ne nto a u e xe cu ca o. c) Auto-exeeutorredadec Imphca a possibilidade de a Administracao executar determinados atos admi- nistrativos diretarnente, independenternente de ordem jndicial. A au ro- execu to r ied ade ex is te : • quando a lei a preve expressarnente;• em case deprovidencias urgentes q\le, se nao ado- tadas de imediato, podern ocasionar um prejuizo maior para 0 interesse publico. C'lassificil".ao do!; atos admillistrativos O criteria mais aceito para classif icar os atos admi- nistrativos e 0 adotado pur Hely Lopes Meirelles, que os classitica da seguinte maneira: a) quanto aos destinatartosraros gerais (011 regula- menrares), que nao tern destinatarios especificos; atos indivlduals (ou especlais), que sao todos aqueles que possuern destinatarios certos, criando uma situacao juridica particular. b) quanto ao alcance: atos in te rn e s, d es ri na do s a p ro - duzir efcitos den:tro da Administracao Publica; atos externos, que alcancam os administrados, os con- tratantese, em certos casos, os pr6pnos servidores. Sornente entram em vigor depois de divulgados pelo orgao oficial; c) quanto ao regramento: atosvinculados, para os quais a lei estabelece as requisites e condicoes de sua reali- zacao (nao existe liberdade de opcao para 0 adrninis- trador publico); atos d.iscricioniirios, nos quais a Adm inistracao pode praricar com l iberdade de escolha d e s eu c on te ud o, d e s eu d es ti na ta rio , de sua convenien- cia, de sua oportunidade e do modo de sua realizacao; d) quanto it . formacao: ate simples, que e resultante da manifestacao de vontade de umunico orgao: ato complexo, que se forma pela ccnjugacao de vonta- des de mais de urn orgao administrativo;atocom- posto, que e resultante da vontade unica de LIm orgao, mas que depende da verif icacao por parte de outre para se tornar exeqiifvel. Formas classicas de invalida~ao dos atos administrat ivos a) Revoga~ao -.f. a supressao de urn ato administrati- vo legitimo, legal e eficaz, mas que nao mais aten- de aDinteresse publico. Efeito ex mmc. b) Anulll~iio - Trata-se da in:validac;aode ate aclmillis- trativo ilegihmo ou ilegal, feita pela pr6pria Administra<;ao ou pelo Judicialio. Efeito ex tUIlC. Convalidac;ao dos atos administrativos Hely Lopes MeireIles entende que nao existe ate administrat.ivo anulavel. Quando e d e e"clusivo inter- esse do particular, pode ser m:mtido 01 1 inva'lidado segundo a desejo das partes; quando e de interesse publico, sua kgalidade 6 condis:iio de validadc. Hoje, porem, ja se admite a convalidaqao para sanar um v[cio e legalizar 0 ata administtatJvo. -- - ---- LICITAf;Ao E 0 pmcediment.o adminislrativo mediante Q qual a Admitlistrar;ao Publica sel.eeiona a proposta mais van- tajosa para 0 contrato de seu interesse. Objeto da licita.,ao E a obm, 0 servi<;:o,a compra, a a]icna~ao, a con- ccssao, a permissao e a 10ca<;iloque seraa contratados com terceiros. Pri llcipi'os da lici tac;ao a) .Procedimento formal - lrnp6e a Adminish·a<;ao a vincula~ao da licita"ao a s prescri<;oes legais em todos as seus atos e fases. " b] PubHcidade' de seus atO's- Abrange todos os atos do procedimento, inclusive a abertura dos envelo- pes da dOGUmenta~iloe da proposta, que devem seT feitos em publico. c] Igualdade entre os licitantes - Impede a discrimi- na~ao entre as participantes. d) Sigilo n),! apresenlas:!io das propostas -Impede que um licitante proponente conhe~a 0 pre.,:odo ouiro. e) Vincu'la~ao ao edital - 0 edital e a "lei interna da licita,~o", vinculando a seus termos taoto os Iiei- tantes quanta a Achninis·tra~iio. f] JlIlgamento objetivo - Deve apoiar-se em fatos concretos exigi.dos pela Admillistracao e confronta· dos com as propostas oferecidas pelos Iicitantes. g] Probidade administrativa - E um mandarnento constirucional (art. 37, § 4") que pode levar a sus- pensao dos direi tos polit icos, a perda da funcao publica, a indisponibilidade dos bens e ao ressarci- menlo ao erario, h] Adjudica~iio cempulsorta - Impede que a Adminisrracao atribua 0 objeto daIici tacao a outro que nao 0 proponente vencedor, Excludentes da licital;ao a) Licita' rao dispensada - A Lei 8.666193, 110 art. 17,I c I I, d ec la ro u d is pe ns ad a a Iicitacao para os cases ali euumerados. Trata-se de norma de regramento vinculado. Nao h;\ margern de opcao para a Admi- nistracao, b],Licitaeao dispensavel - A Lei, no art. 24, incises I a XXVI, traz as hiporeses em que a Iicitacao e dispensavel (que formam urn rol taxativo). • IV - ernergencia ou calamidade publica: so- mente para os bens necessaries ao atendimento da situacao emergencial au calamitosa; • V - desinteresse pela licita~.ao anterior: e tarnbern motive para contratacao direta, desde q-uemantidas as condicoes preestabelecidas no edital ou no convite (0 des interesse ocorre quando nao acode ao chamamento anterior nenhum licitante; e conhecido tambem por lici- ta"ao deserta); • XXVI - celebracao de contratos para prestacao de services publicos 110S terrnos autorizados em WIl- tratos de consorcios publicos, c) Inexigibilida.de de licit"~iio - Ocorre quando ha impossibilidade juridica de cornpeticao entre con- tratantes, quer pela natureza especifica do nego- cia, quer pelos objetivos sociais visados pela Administracao, de acordo com as seguintes inci- sos do art. 25: • [ - predator ou vendedor excluslvo: a licitacao C inexigivel quando setratar de aquisicao de rnateriais , equipamentos ou generos que so pos- sam ser fornecidos par produror exclusive; • II - serviens tecnicos p roffssionais especiallza- dos:: "sao as presiados pOTquem, alern da habili- ta9ao tecnica e profissional, aprofundou-se nos estudos, 110 exercicio da profissao, na pesquisa cientifica, ou atraves d.e cursos. de pos·gradua~ao ou estagias de aperfei\,oamento"; .llI. - cOlltrata.~iiQ de artistas: e inexigivel a l ici tal ;'ao para a contrata9ao de profissionais do setor Brtistico, diretamente ou por meio de seu empres:hio., desde que 0 artista seja cOllsagra- do pela cdtica especia.lizada OU pela opiniao pllblica. Procedimento da licita,.ao A licita9ao compoe-se de duas fases: 1. Inte.rna -Inicia-se corn a abertura do procedimen- to, caraeteriz39ao e necessidade de contratar, defi- niQiio clara e detalhada do abjeto a ser contratado e res elVa de rcoursos orQamentirios. :1.. i l:xternll - Compreende 0 edital ou 0 convit.e, con forme 0 caso, que pade seT antecedido por audiencia publica, habilita<;ao, classifica<;iio ou ju1gamento das propostas, homologa~ao e adju- dic891io, a) Audi~ncia publica - Devera. ser divulgada pelos meias previstos para a publicidade do edital e rea' lizada com antecedencia minima de 15 dias antes da publicayiio doedital (art 39). b) Edital - E 0 instrumento pelo qual a Adminis· tra<,:aoleva ao con_hecimento publico a aber1ur8 de conco.rrencia, de tomada de pre;;:os, de con· curso e de leiliio, fixando as cOrldiyoes de sua realiza~ao e convocando os int.eressados para apresenta,9ao de suas propostas. Carta-convite - E 0 il1strumento conllocat6rio dos ilfteressados rw "iodalrdade de licitar;;iio. denominada co/wife. E uma/orma simpliJka- da de edital, que dispensa apublicm;iio, srndo ef1l1iada direlamen.le aos passive is propOl len . - les , escolhidas pela p ro p ri a r ep a rt ir ;; ii o inle- ressada. c) Habilita!;-ao do s l icita ,ntes - Abriga 0 recebi- mento da document3930 e a proposta ..A habilita· <;iiod.ever:l.contemplar a capacidade jurldica, a capacidade tecniea, a idoneidade financeira e a regularidade fiscal do licilante, conforrne art. 27 e seguintes da Lei de Licita ,6es. A habil ita<;:aQ de cunho vinculado. d) Classifica.~iio on julgamento das propostas - o julgamento devera alender aos criWrios de avalia<;;aodescritos no edital. 5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 3/12 Tipos de licita"ao Estao ligados aos criterios de julgamento adotado em cad a modalidade de licitayao: a) de mellOr preeo; b) de melhor tccnica; c) de tecnica c prc<;o; d) de melhor ofer!."!. e) Homologacao c adjudicaeao - 0 ato de homo- loga~iio implica a aprovacao da licitacao C de seu resultado; a adj udica~iio e a ato pelo qual a autoridade superior declara, perante a lei , que 0 objeto licitado e do licirante vencedor. Anula"ao da licita"ao Toda l ici tacao e passive I. de a nu la ca o, a q ua lq ue r tempo (art. 49). Anulacao e a invalidacao de ato adnunistrativo ilegitimo ou ilegal feita pela propria adminisrracao ou pelo Poder Judiciario. Para tanto,devera a Adrninistracao observar 0 principio de devi- do processo legal, consagrado constitucionalmente, concedendo aos intercssados 0 direito ao contraditorio e a ampla defcsa. Revogac;io da licita..ao E a invalidacao da licitacao por motivo de interesse publico, Revoga-se sornente 0 ala legit ime, mas ino- portuno o inconveniente a Administracao. esse easo, a decisao revocaroria dcve, neeessariamente, ser justi- f icada, e 0 interessado,ern obediencia ao principio de devido processo legal, tern direi to ao contraditorio e a ampla defesa, Modalidades de licita ..ao al Concorrcncta - E propria para contratos de grande valor, em que se admite a participacao de quaisquer intercs ados, cadastrados au nao, que atisfacam a todas as condicoes estabelecidas noedital. blTomada de prelios - Realiza-se entre interessados previamente cadastrados ou que atendam a todas as condicoes para cadastramento ate tres dias antes da licitacao, Registros cadastrais - Si io assentamentos que se fazem nos r1rgoos publicos, para fins de qualifi - ca~(70 dos interessados em contratar com a Administracdo. c) Convite - E a modalidade mais simples, destin a- da as conrratacoes de pequeno valor, consist indo na solicitacao escrita a pelo mcnos tres interes- sados do ramo, para que apresentern suas pro- postas no prazo minimo de cinco dia uteis (art. 21, § 2", IV). Uma copia do insrrumento convo- catorio deve ser af'ixada em local proprio, e ten- dendo-se autornaiicamente aos demais cadastra- dos 03 rnesrna categoria, desde que manifestern seu interesse em ate 24 horas antes da apresenta- "ao das propostas (art. 22, § 3"), mediante a exi- bicao do CRC. eI) ConcurS(l- De tina-se a escolha de trabalbo tecni- co ou artistico, predominanternente de criacao inte- lecrual, e de projetos. e) Leilao - E aplicavel a venda de bens rnoveis que nao servem para a Administraeao ou de prodlltos legal mente apreendidos ou penhorados (arts. 22, § 5", e 53) e, em casas especiais, tambem de imo, veis (art. 19, Ill). A Lei 9.491/97 passou a admi, tir 0 leilao como forma de licita~ao em varias modal idade de priva[izat;30, entre eJas a aliena- <;aode a~oes (inclusive de eontrole aeionario); a aliena<;i io. arrendamenlo, loca<;ao, comodato ou cessao de bens e L[)Slalacoes; e a ctmcessao, per- missiio ou autoriza<;80 de servicos publicos. Todavia, e imprescindivel que essa transfen!:ocia de bens, ativos ou encargos para 0 setor privado seja aprovada pelo Conselho Nacional de Desestatiza<;ao. f) l 'regiio - Modalidade de Iici tacao para aquisi~ii .o de bens e servi90s comuns, qualquer que seja 0 valor estimado da contrata<;ao, em que a disputa pelo fornecimento C feita por meio d e propostas e lances em sessao publica. As fases licitatorias sao invcrtidas. A primeira fase e 0 da abertura das proposlas comerciais, proclamando,se as ofertas de prec;:os dos licitantes, admitindo,se, a partir dai , lances verbais sucessivos. 0 !icilante que ofertar 0 menor preeo, apos os lances ver- bais, tenl 0 seu envelope docurnenta~ao aberto, sendo declarado vencedor na hipotese da docu- menta<;ao cncontrar'se formalmentc em ordem. o Decreto 5450/2005 dctermina que as lici- tacoes na Uniiio deverao ser feitas prefereneial- mente por pregao eletri'mieo. San,,6es penais Os arts. 89 a 98 da Lei 8.666/93 tipificam as con- duras criminosas e respectivas penas (derencao e multa), Referidos crimes sujeitarn seus autores it perda do cargo, emprego ou mandato elcrivo. CONTRATOS ADMIN ISTRATIVaS Conrraro administrative e aqucle que a Adminis- tracao Publ ica celebra corn urn particular ou outraentidade administrativa para a cousecucao de objcti- vos de interesse publico. Urna de uas caracteristicas mais rnarcantes e a exigencia de pr e ia l ici taceo, s6 excluida nos caso expressamcnte previstos ern lei. Mas 0 que realmente 0 distingue dos dernais e a parti- cipacao da Administracao na relacao juridica com suprernacia de podcr, fixando, previamente, as condi- coes do ajuste a ser celebrado. Peculiaridades do contrato administrativo a) Altera~iio e rescisiio unllaterals - 0 contrato administrative tern por finalidade a realizacao do interesse publico, que pede variar , i 'or tanto, pode ser alterado. Da mesma forma, 6 passive! de resci- sao uni latera I, 0bservados 0 contraditorio e a ampla defesa. b) Aplica"iio de penalidades contratuais - Adver- tencia, multa, suspensao, declaracao de inidonei- dade (art. 87, lei 8666/93) e impcdimcnto de licitar(art 7° , lei J 0.520/02). Formalillialfao do contrato administrativo Lei 8.666/93, alterada pelas Leis 8.883194, 9.032/95 e 9.648198 a) Instrumeuto do contratn administrative - E 0 termo, lavrado em Iivro proprio da repart icao con, trarante. Alem do termo de contrato (obrigatorio para cases que exigern coucorrencia e tornada de precos), cxistem: carta-contrato, nota de empenho de despesa e autorizacao de compra de service. b) Conteudo - E a vontade das partes expressa no memento de sua formalizacao. cl Garantias para a execuean do contrato - A esco- lha da garantia fica a crirerio do conrratado, dentre as modalidades previstas em lei , que sao dinheiro, t itulos da divida publica, seguro garantia e fianca bancaria. Execuc;:aodo contrato administrativo Direitos das partes A Adrninisrracao tern 0 direito de exercer suas prer- rogativas dirctamcnte, scm ter de recorrer ao Judi, ciario. 0 principal direito do contratado e a de receber o pre«o, nos con!ratos de colaboragao, na forma e no prazo convenci onados au, do mesmo modo, a presta, 9iio devida pela AdminislrH<;ao, nos contratos de atri, buicao. Tem tanlbem 0 direito a manutenc;ao do equi, librio financeiro. Acompanhamento da execu..ao do contrato A Administra<;ao tern 0 dever/poder de acolDpa[)har a e:xecu<;1iodo contrato. Esse direito/dever compreen- de: a fiscaliza~a.o, a orienta~ao, a interven"ao e a aplica~ao de penalidades contratuais. Recebimento do objeto do contrato a) Provis6rio - Aeontece sCl1lpre 0111 cararer experi, mental, por peciodo determinado (quai squer falhas ou impcffeiyoes detectac1as nesse periodo deverao ser corrigidas i l . s expensns do contratado; transeor, rido 0 praza do recebilllento provisorio, sem iln' pngna<;:ao da AdministHII;ao, entende-se 0 objeto como recebid9 deflllitivamente). bl Definitivo - E 0 que a Administray30 faz em cara' ter permanente, incorporando 0 objeto do con1rato a seu patrimonio. ~!Ctin..ao do contrato E a cessayao do vinculo obrigacional entre as par, tes pelo integral curnpri l11ento de suas clausulas ou por seu rompimento. a) Conclusiio do objeto - E a regra, ocorrendo de pleno direito quando as partes cumprem llltegral, mente suas prcsta90es eqntratuais. bl Termino do pra.zo - E a regra nos ajnstes por tempo determjnado, nos quais Q prnzo e de eficicia do oegocio juridieo contratado, de modo que, uma vez expirado, exlingue-se 0 contrato. cl Rescisiio - E 0 desfazimento do contrato durm1te sua execu~ao pOl'inadimplcncia de uma das partes, confonne segue: • rescisao admlnistrativa: C a realizada por ate unilateral da Administracao, por inadimplcncia do contratado (com culpa OUsem culpa) ou por interesse do service publico; • resclsao judicial: e a deeretada pclo Poder Judiciario, em a~ao proposta pela parte que tiver direiro it extincao do contrato; • .rescisiio de pleno direito: e fato que ocorre inde- pendcntemente da vontade de qualquer uma das partes, tais como 0 falecimento do contratado, a dissolucao da sociedade, a falencia da empresa, a insolvencia civil, 0 perecimento do objeto contra- tado c eventos scrnelhantes. • Rescisao amigavel: ocorre mediante a celebracao de urn distrato. d) Anula"iio - E tarnbem forma excepcional, s6 podendo ser declarada quando se verificar i legali- dade na formalizacao ou em clausulas essenciais do contrato. I;'rorroga~iio do contrato E 0 prolongamento de sua vigencia, alern do prazo inicial, com 0 rnesmo conrrarado e nas mesmas condi- coes anteriores. Renovacao do contrato E a inovacao, no todo ou ern parte, do ajuste, man- tido, porem, seu objeto inicial. Sua finalidade e a rnanutencao da continuidade do service publico. ln~xecuc;:io do contrato o descumprimento das clausulas, no todo OUem parte. Pode ocorrer par acao ou omissao, com culpa ou sern culpa, por qualquer das partes, podendo carac- terizar-se em retardarnento {mora) ou descumprimen- to integral do ajustado. A inexecueao cuJposa resulta de a<;1ioou ornissao da parte, decorrente de negligencia, impericia, impruden-I cia ou irnprevidencia no atendimento das clausulas COI1- tratuais; a inexecucao sem culpa assenta-se na chama- da teoria da imprevisao (ocorrencia de eventos novos, imprevistos e imprevisiveis pelas partes e a elas na o i rnputaveis , refletindo sobre aeconomia o u a e xe cu ca o do contrato, autorizando sua revisao para ajusta-lo a s circunstancias supervenientes, sob pena de rescisao). Sao causas justifjcadoras da inexecucao: a) Forea major - E 0 evento decorrente da vontade humana que impede a regular continuidade do ajus- te (ex.: greve, rebelioes, conturbacoes ociais, guer-ras, etc.). b) Caso fortuito - E a evento decorrente das forcas da natureza que se opoe como obstaculo iutransponi- vel it regular execucao do eontrato (ex. : chuvas, inundacoes, veudavais, etc.). e) Faro do principe - E toda determin3«iio estata], positiva ou negativa, geral, imprevista e imprevisi, vel, que onera substancialmente a execu9aa do can, h 'ato administrativo, tornando,o insuport<\vcl ao cootratado; 0 fato do principe e um a[o geral do Poder Publico (ex.: plano e<;onomico). d) Fato da Administra~.io - E toda a<;1ioou omissao do Poder Publico ql!e, i_ncidindodireta e especifica- mente sobre 0 eontrato, retarda ou impede sua exe- cuC;iio (ex.: a Admillistra~ao deixa de entregar 0 local da obra, nao providencia as desapropria~oe au atrasa os pagamentos por longo tempo l. e) Interrerencias imprevistas - Trata,se da ocorren, cia de fatos materiais imprevistos, mas existemes aD tempo da celebra((ao do contrato, porem so cOllhecidos durante a exccu,ao do ajuste (ex.: a dlversidade de ten-enos conhecidos somente na ex:e, cU9ao da obra). Cooseqiiencias da inexecu~ao A inexeclicao propicia a rescisao do contrato, acarretando para 0 inadimplente conseqliencias civis e administrativas. A responsabilidade civil impoe 0 dever de reparar 0 dano patrimonial; a res- ponsabil idade administrativa resulta da infringen' cia de norma da Administra<;ao estahelecida em lei ou no proprio contrato. Revisao do contrato E a modi fica<;1iodas condi,oes de sua execuyao, que pode ocorrcr tanto por interesse da Administra,ilo qual1lo pela supcrveniencla de tatos novOSque tornem inexeqiiiveJ 0 ajuste inieia!. ~uspensao do contrato Eprerrogativa da Administra,ao, desde que prescn- les razaes de interesse publico. Mesmo que os 1110tivos que ensejam a re cisao sejam transitorios, serao sufi- cientes para sua suspen ao. 5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 4/12 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO A responsabi lidade civil e a obrigacao de reparar danos patrirnoniais cxaurindo-se com a indeniza- 9ao. A doutrina do direi to publico e da rcsponsabi- lidade objetiva do Estado e formulada com base em t re s t e se s : 1. Tenria da culpa administrativa - Leva em conta a fal ta do service para irnpor II Admin i s t racao 0 dever de indeuizar, independentemente da culpa subjetiva do agente administrativo (a vitima e quem deve comprovar a [alta do service). 2. Teoria do risco administrative - Segundo csta teoria, nao sao necessarias a falta do ser- vice publico nom a culpa de seus agentes, bas- lando a lesao, sem 0 concurso do Jesado (basta que a vit irna dernonsrre 0 fato danoso c injus- to ocasionado por a98.0 ou omissao do Poder PUblico). 3. Teoria do risco integral - E a rnodalidade extrernada do risco adm inistrat i YO, abandonada na pratica, per conduzir ao abuso e It iniqtiidade social (a Administracao fica obrigada a indeni- za r todo e qualquer dano suportado por tercei- ros, ainda que resultante de culpa ou dolo da vitima); jarnais foi acolhida entre nos, A responsabilidade civil da Administrat;ao no Direito brasileiro A teoria da responsabilidade objetiva da Administracao (da rcsponsabilidade sern culpa) funda-se na substituicao da responsabilidade indi- vidual do servidor pela responsabilidade generica do Pnder Publico. A Adrninistracao, ao deferir a seu servidor a real izaci io de certa atividade adrni- nistrativa, a guarda de um bern ou a conducao de urna viatura, assume 0 risco, de sua execucao e res- ponde civilmente pelos danos que esse agente venha a causa r injustamente a terceiros. Todo ato ou omissao de agente administrative, d esd e q ue le siv o e ioj u to. e r ep ar av el pel a Fazenda PUblica. 0 que a Constituicao distingue C 0 dana causado pelos servidores daqueles ocasionados pOT atos de terceiros ou por fenomenos da natureza. Observe-so que 0 art. 37, § 6·, so atribui responsa- bi1idade objetiva it Administracao pe los danos que seus agcntes causem a terceiros. Portanro, 0 legis- lador nao responsabil izou a Administracao por atos predatorios de terceiros nem por fcnomenos natu- rais que causem prejulzo aos parriculares. Para a indenizacao desses atos e fatos estranhos it atividade administrativa, observa-se 0 principio geral da culpa civil, manifestada pelairnprudencia, negligencia ou impcricia na realiza<;ao do servi<;o que causou ou cnsejou 0 dano. lsso explica 0 fato de que a lurisprudencia tcm exigi do a prova de culpa da Admil1istracao nos casos dc depredaciio por multidiies c de enchentes e vendavais que, superando os servicos publicos existentcs, causam danos a particulares, Para trus hipoteses, a indeni- zac8.o pela fazenda Publica s6 e devida se se com- provar a culpa da Administracao. Responsabilidade por atoslegislativos e judiciais Para os al08 adl1linistrativos a regra constitucio- Ilal e ada responsabilidade objctiva da Adminis- tracao, enq uanto para os atos legisl ativos e judiciais a fazenda Publica s6 responde mediante comprova- ~o de culpa manifesla em sua expediciio. de ma- neira ilegit ima c lesiva. Tal dist inCiio resulta da pro- pria Constituicao, que se ref ere somente aos agen- tes administrativos (servidares) sem aludir aos agentes politicos (parlamentares e magisITados), que nao sao servidorcs da Administra<;ao Publica, mas membros de poderes do Estado. Reparat;ao do dane A reparaCao do dano causado pela Adminis- tracao a terceiros e obtida amigaveJmente ou por ac8.o de indeniza<;ao. Uma vez indenizada a vitima, fica a cnt;dade com 0 direito de reaver do fun-cionario os valores pagos a vitima, por meio da a<;1ioregress iva (art. 37. § 6", CF). AIj.iioregress iva Esta tarnbem prevista no art. 37, § 6°, da CF. Para 0 exito dessa a,<ao, e necesario que a Administra<;:ao ja lenha sido condenada a indenizar a vltima do dano sofrido e que se comprove a culpa do fUDciom\rio no evento danoso. AGENTES PUBLICOS "Sao rodas as pessoas fisicas incumbidas, defini- tiva ou transitoriamente, do exercicio de alguma funcao estatal" , como define Hely Lopes Meirelles, que assirn classifica os agentes publicos: a)Agentes politicos - !ntegram 0 Govcmo em seus p rimei ro s c sc a lo e s, i nv e st id o s por e l ei c ao , n o rnea - cao ou designacao para 0 exercicio de atribuicoes const i tucionais (politicos eleitos pelo voto popu- lar, rninistros de Estado, juizes prornotorcs de jus- t ic a , me rnb ro s dos Tribunais de Comas) . b) Agentes administrativus - Vinculam-se ao Estado ou a suas cnridades autarquicas e funda- cionais por relacoes de ernprego, iujeiros It hie- rarquia funcional, nao exercendo arividades politicas ou governamentais, c) Agentes honorificos - Sao cidadaos convoca- dos, design ados ou nomeados para prestar, tran- sitoriarnente, determinados services ao Estado, em razao de sua condicao civica, honorabilida- de ou not6ria capacidade profissional, scm qual- quer vinculo empregatlcio e normalmcnte sern remuneracao (funcso de jurado, mesario eleito- ral, membro de comissao de estudo). d) Agentes delegados - Sao particulates que rece- bern a incumbencia da execucao de deterrninada atividade, obra ou service publico e a realizam em uome proprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado (concessionarios e permissionarios de obras e services publicos, serventuariosde cartorios, leiloeiros, tradutores e interpreres publicos), Cargo publico E definido por Hcly Lopes Meirelles como "0 lugar instituido na organizacao do service publico, com denorninacao pr6pria, atr ibuicocs e responsa- bilidades especificas e cstipendio correspondente", A criacao, transformacao e extincao de cargos, funcoes ou empregos do Exccutivo dependern de lei de iniciativa privativa do chefe desse poder (presidente da Republica, governador ou prefeito); do Legislat ivo cabem It Camara dos Deputados, ao Senado Federal, its Assembleias Legislativas e a s Cimaras de Vereadores; do .ludiciario sao fertas mediante lei de iniciariva dos tribunais. 0Minis- terto Publico tern a faculdade de propor a criacao e extincao de sells cargos e servicos auxiliares, Provimento e 0 ato de preenchimento do cargo publico. 0 previmenrn urlginario ou inicial se faz por rneio de nomeacao (tanto e provirnento inicial a nomeacao de pessoa estranha aos quadros do ser- vico publico quanto a de outra que ja exereia fun- cao pllblica como ocupante de cargo nao vinculado aquele para 0 qual foi nomeada). 0 provimento derivado se [az por transferencia, Prom09ao, remociio, acesso, reintegrac;ao, readntissao. eoqua- dramento, aprove'itamenlo ou reversao (e sempre uma alteraf,:ao na s;tu3<;ao de servi<;:o do provido). Acessibilidade aos cargos publicos "Os cargos, empregose funcoes publicas sao acessiveis aos brasi leiros, que preencham os requi- si tos previstos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei" (art. 37, I, CF). Concurso publico A investidura em cargo ou emprego pllblico de- pende de previa apTovayao em concurso pllblico de provas ou de provas e titulos, salvo as nomeaciies para cargo em comissao decJarado em lei de livre nomeacao e exoneraCao. o concurso tem vaJidade de ate dois anos, COll- tados da homologaciio, pranogavel uma vez, por igual perfodo (art. 37, ru , Cf). Nomea'r8.o e 0 ate de provimento do cargo, que sc completa com a posse e 0 exercicio. A investidu- ra do servidor no cargo ocorre com 3. posse. Sem a pos e e 0 exercicio 0 provimento nao se completa. Paridade de vencimentos A remuneral,(ao c os subsidios do funcionalismo pllblico e dos me.lllbros de qualquer dos poderesda Uniiio, dos Estados, do DF e dos Municipios detentores de mandato delivo, bern como os pro- ventos, pensoes ou oulra esp6cie remunerat6ria, percebidos cumulativamente ou nao, incluidas todas as vantagens, nao poderao exceder 0 subsi- dio mensal dos millistros do STF, aplicando-se como limites: no Executivo, 0 subsidio dos prefeilos nos Municipios, e 0 subsidio do gover- nador, nos Estados e OF; no Legislative, 0 subsi- dio dog deputados estaduais: no Judiciario, 0 sub- sidio dos deserubargadores do T.l, limitado a 90,25% do subsidio dos ministros do STf (este limite se aplica aos mernbros do MP, procuradores e defensores publicos), A EC 47/05 acrescenta 0 p ar ag ra fo 1 2. no art. 37 da CF, determinando que E s ta d os e D i st ri to Federal poderao optar, mediante emenda na Constituicao Estadual e Lei Organica, COlnOlimite unico 0 sub- sidio mensa I dos desembargadores do Tribu-na! dc Justica, Acumula4;80de cargos, emprego5 e fum;oes publicas A regra constitucional e pela vedacao de qual- quer hipotese de acumulacao remunerada de car- gos publicos, cxceto quando houver cornpat ibi l i - dade de horarios e observado 0 teto salarial dos ministros do STF (art, 37. XVI, CF): a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro tecnico cientifico; c) a de dais cargos privativos de profissionais de saude, desde que com profissao regulamentada, conforme alteracao da EC 34 /01 . Estabilidade Para adquirir a estabilidade no service publico, e necessario 0 cumprirnento de tres requisi tos (art . 41, CF): 1. nomeacao para cargo de provirnento efetivo em virtude de concurso publico; 2. efetivo exerclcio por tres anos (estagio proba- torio); 3. avaliacao e pecial e obrigatoria de desempenho po r comissao i ns ti tu id a p a ra e sa finalidade. A exoneracao nao e penalidade; e simples dis- pensa do servidor, por nao convir it Administracao sua permanencia, J a . 11 demissao se constitui em pena administrativa e podera ser aplicada ao servi- dor que cometa infracao disciplinar ou crime fun- cional regularrncnte apurado em processo adrni- nistrativo ou judicial. Uma vez adquirida a establlidade, 0 servidor somente podera perder 0 cargo (art. 41, § I", alte- rado pela EC 19/98) : a) em virtude de sentence judicial transitada em julgado; b) mediante processo administrative em que Ihe seja assegurada ampla defesa; c) mediante procedirnento de avaliacao periodica de desempenho. na forma da lei complernentar , assegurada arnpla defesa, A despesa com pessoal ativo e in.at ivo da Uniao, Estados, Distrito Federal e Municipios nao poderi exceder os limites e labelecidos em lei comple- mentar (art. 169, § 4°, alterado pela EC 19f98), 0 que abre outra possibilidade de 0 servidor estavel vir a perder 0 cargo. Extmguindo-se 0 cargo em que se cl1contrava 0 servidor estavel, ficara ele em disponibiLidade remuncrada, com remunerayao proporcional ao tempo de servico, ate seu adequado aproveitamen- to em outro cargo (art. 41, § 3°). A reintegra~ao e 0 retorno do servidor ao mesmo cargo de que fora demitido, com 0 paga- mento integral dos vencimentos e vantagens do tempo em que esteve afastado, lITllavez reconhcci- da a ilegalidade da demissao em decisao judicial . Aposentadoria E a garantia de inatividade remullcrada para 0 servidores que ja prestaram longos arros de serviCo ou que se tornaram incapacitados para suas funCoes. A CF estabelecc tres especies de aposentadoria (art. 40 , § 10, I all!): 1. pOl' invaHdez permanente: COIll proventos praporcionais ao tempo de contTibui~ao, exceto se decorrente dc acidente em servit;o, molestia profissional ou doenCa grave, contagiosa ou incuri tvel, espccificada em lei; 2. compuJsoria: aos 70 anos de idade. com pro- venlos proporclonais ao tempo de contribuicao; 3_ voluntaria: quando Tequclida pdo servidor, desde que cumprido tcmpo minimo de dez anos de efeti- vo exercicio no serviGo publico e cinco anos no cargo cfeLivo em que se dara " aposentadoria. Fica vedada a perceplfiio de mais de urna apo- scntadoria, reosalvadas as aposentadorias decor- remes dos cargos acumulaveis na forma da CF, que deveri'io obedecer ao limite fixado no art. 37, § 1I0. XL 5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 5/12 Deveres e responsabllidades dos servidores publicos Estao dispostos nos textos constitucionais e no Esraruto dos Servidores Publicos, A doutrina aneta os eguintcs devcres: de lealdade (para a entidade estatal a que a servidor esta vinculado); de obe- weucia (a lei e aos superiores); de cunduta etica (honestidade. moralidade, decoro, zelo, eficiencia e eficacia), No desernpenho de suas funcoes, os servidores podem cometer infracoes, dcvendo ser responsabi- lizado no ambito interno da Administracao c perante a Justica Comurn. a) Responsabllldade administrativa- Resulta d a violacao de normas internas da Admini tracao peJo erv idor, . b) Responsabilidade civil - E a obrigacao que se impoe ao servidor de reparar 0 dana causado it Administracao par culpa ou dolo no desernpe- nh o de s ua s ( un c oe s. c) Responsabi1idade criminal - Resulta do co- metimento de crimes funcionais, definidos em lei. A responsablllzaeao e punicao dos servidores publicos faz-se por rneios intemos (processo admi- nistrativo disc iplinar e meios surnarios) e externos (processes judiciais, civis e cri rninais). BENS PUBL ICOS Sao definidos por Hely Lopes Meire lles como "todas as ccisas corp6reas ou ineorporeas, im6- veis, moveis e sernovenres, creditos, direitos e acoes, que pertencarn, a qualquer titulo, a s enti- dades estatais, autarquicas, fundacionais e paraestatais" .Classifica"ao a) Bens de usa eomum do povo all do dominio publico - Sao os mares, praias, rios, estradas, ruas e pracas (todos os locais abertos a utiliza- c ;ao publica, de uso coletivo, de fruicao propria do povo) . b) Bens de usa especial 011 do parrlmfmle admi- nist ratlvo (tambem charnado bens indisponf- v ets) - Sao os que se destinam especial mente a execucao dos services publicos, tais como os ediflcios das reparticoes publicas, os veiculos da Administracao , os mercados e ourras serven- tias que 0 Estado poe II d isposi<;ao do publico, com destina.;ao especial. c) Bens dominiais ou do patrimilnio disponiveJ ou do patrimonio fiscal - Sao aqueles que, embora integrando 0 domillio publico como os dcmais, nao possuem destinacao publica. De acordo com a natureza fisica, os bens publi- cos intcgram 0 domillio terrestre (im6veis em gera l), 0 dOlllinio hJdrieo (subdivid ido em mariti- mo - mar territorial; fluvial - rios publicos; lacus- tre - lagos e lagoas pllblicos) ou 0 do OIin io aereo (espac;o aereo). Utiliza~ao do bem publico Pode dar-se por meio dos institutos de direito publico ou pela uti liza<,;i io de ins ti tutosjurid. icos de direito privado. , a) Autoriza!rao de uso - E al0 unilateral, discri- ciomirio e prccario, gratuilo ou oneroso, pelo qllal a Administra<;ao coruente que 0 particuLar se utilize de bem publiso com exclusividade. b) Pe.rmissiio de uso - E alo unilateral, discri- ciomi.rio e predrio, gratuito ou Olleroso, pelo qual a Administraciio faculta ao particular a uti I iza9ao individual de determinado bern publico. . c} COllcessao de uso - E 0 contrato adrninistra- tivo pelo qual 0 Poder Publico aU'ibui a utili- za<;ao ex.clusiva de bem publico a particular para que 0 explore segundo sua destinaciio especifica. . d) Concesslio de direito real de uso - E 0 contra- to pelo qual a Administracao transfere 0 uso remllnerada ou gratuito de terreno publico a particular para que dele se utilize em fin espe- cif icos de urbaniza<;ao, industriaJ izavao, edif i- cac ;ao, cullivo ou qualqueT outra exploraqiio de interesse social. e) Cessao de uso - E a transferencia gratuira da posse de um bern publico de lima entidade ou orgao para outro, a rim de que 0, c essionario 0 uti lize nas condi<;ocs estabelecidas no respecti - vo termo, por tempo certo ou indeterminado. Atributos ou caracteres dos bens publicos Segundo Hely Lopes Meirelles, os bens publicos possuem tres atributos: 1. Irnprescritibtlldade - Decorre da con equencia logica de sua inalicnabilidade originaria. Os bens publicos sao inal ienaveis enquanto dest ina- dos ao uso cornum do povo ou a fins adrninistra- tivos especiais. 2, Jmpenhorabilidade - Decorre de preceito constitucional que disp5e sobre a forma pela qual serao executadas as sentencas j udiciais contra a Fazenda Publica, sem permitir a penho- rabilidade de seus bens. 3. Nao nneracao - Ii a impossib ilidade de onera- <;ao dos bens publ icos (das entidades estatais, autarquicas e fundacoes), PODER DE POLiclA Segundo Hely Lopes Meirelles, e "a faculda- de de que dispoe a Administracao Publica para condicionar e restringir 0 uso e gozo de bens, atividades e direitos individual ,em beneflcio da coletividade ou do proprio Estado". E urn meca- nismo que perrnite it Administracao conter os abuses do direito individual, que, por vezes, se revela contrariu, nocivo ou inconveniente ao bem-estar social, ao desenvolvimento e a segu- ranca nacional. Policia administrativa e policia judiciiiria A pol icia adminis trative tern carater prevent ive, para impedir acoes anti-socials, e a policia judicia- ria, carater repressive, para punic os infratores da lei penal. Essa diferenca nao e absoluta, pois a policia administrative pode agir tanto preventiva- mente (proibindo 0 porte de anna, por exernplo) como reprcssivamente (cassando licence de uioto- rista, por exernplo). Razao e fundamento A razao do poder de po li c ia en cont ra - sc assen- tada no interesse social. Seu fundamento i! a supremacia do interesse pub Iico, sobre todas as pessoas, bens e atividade . Objeto e finalidade o objeto do poder de policia e todo bern, direi-to ou atividade individual que possa afetar a coleti- vidade ou por em Tisco a segul'anc;a nacional, exi- gindo, dessa forma, regularnentar;ao, cootrole e contenc;ao pelo Poder Publico . Sua finalidade e a protc((ao ao interesse publico em seu sentido mais amplo: a contem,iio das atividades particulares anti -sociais. Atributos o poder de policia tem atributos especificos e peculiares a seu exercicio: discricionariedade, anto-execotoricdade e cocrcibil idade. San~oes rmpostas e executadas pela Administrac;iio, as san90es pr6pdas do poder de policia sao a multa e oulras mais graves, tais c.omo a interdi9ao de atrvi- dade, 0 fechamento de estabelccimento, a dernoli- <;ao de constrllciio, 0 embargo de obra, a destllJi Cao de objctos, a inutiJizay30 de generos e tudo 0 mais que houver de ser impedido em defesa da moral, da satide e da seguran9a nacional. INTERVENc;:Ao NA PROPRIEDADE PRIVADA Iitodo ato do Poder PiJ.blico que complllsoria- mente rctira ou restringe direitos dominiais pri- vados ou sujeita 0 lISO de bens particulares a uma destina<;ao de interesse publico. Os funda- mentos da interven93.0 na propriedade privada se baseiam na neccssidade publica, utilidade publ iea ou interesse social, previstos em lei federal. H a seis fOrlnas de intervel.lyiio na pro- pnedade privada. Desapropriat;ao E a retirada compuls6ria da proprieda.de para a rea]iza9ao do interesse publIco, operando a transfe- rencia do bem para 0 pau'im6nio publico. Ii ato abla t6rio de direito, consubstanciando-se na forma mals drastica de manifestac;ao do poder de imperio do Estado. Caracterisricas a) A desapropriacao e forma orig in aria de aqui- si"ao da propricdade prlvada, A aquisicao niio provem de nenhurn titulo anterior e, por isso, 0 bem expropriado torna-se insuscetivel de reivindicacao e libera-se de quaisquer onus que sobre ele incidiam precedentemente , ficando os eventuais credores sub-rogados no preco, b)A desapropriacao e urn procedimento admi- nlstrattvo que se realiza em duas fases: a pri- meira, de natureza declaratoria, pelo decreto de desapropriacao; a segunda, de carater exec uto- rio, compreendendo a estimativa da justainde- nizacao e a transferencia do bern expropriado para 0 dominio do expropriante, c) Toda desapropr iacao deve ser precedida de de- claracao exproprtatoria regular, na qual se indique 0 bem a ser desapropriado e se espcci- fique sua destinacao publica ou interesse social. d) Todos os bens e direitos patrimoniais pres- tam-Sf a desapropria"iio, inclusive 0 espaco aereo eo subsolo. Excluern-se os dire itos perso- nalissimos, impossiveis de serem destacados do individuo ou retirados de sua condicao civica, Tarnbem a moeda corrente do pais nao pode ser desapropriada, porque ela se constitui no pro- prio meio de pagamento da indeuizacao. Con- tudo, podem ser desapropriadas rnoedas raras, nacionais ou estrangeiras. e) A desapropriacao da propr iedade e a regra, mas tarnbern a posse legitima ou de boa-fe pode se r expropriada, f) A desapropriacao deacbes, quotas ou dlreltos de qualquer sociedade e admitida, g) Os hens publicus sao passiveis de desapmprla- ~iio pelas entidades estatais superiorcs, desde que hajapreviaautorizacao do orgaolegislative do ente publico expropriante para 0 ato expro- pria t6rio e se observe a hierarquia polltica entre as entidades (a Uniao pode desapropriar bcns de qualquer Estado; os Estados podem expropriar os dos Municlpios; os Municfpios nao podern desapropr iar os de nenhuma enridade pol ir ica) . h) As areas de [azidas com autorizacao, conces- sao au licenciamenro de pesquisa ou lavra nao podem ser desapropriadas pelas entidades menores. i) Os desttnatarios dos bens expropriados sao 0 Poder Publico e sells delegados, Requisites const.itucionais Os requisitos constitucionais exigidos paradesapropriaQiio resumem-se na ocorrencia de necessidade ou utiJidade publica ou de interes- se social e no pagamento de j IIsta e previa inde- niza~lio em dinheiro (art. 5° , XXIV. C F) ou em tttulos especiais da divida pllblica (no caso de desapropria9ao para observancia do Plano Diretor do Municipio, art. 182, § 4°, HT) o u em tim los da di"ida agn\ria (no Gaso de desapropriaQao para fins de Reforma Agraria, art. 184). Os morivos ellsejadores da desapropriac ;ao sao: utilidade publica (qUalld.o a transferilncia de mn bem de terceiros para a Administracao e conve- mente , embora nao seja imprescindlvel) e interes- se socia.! (quando as circunstancias impoem a dis- t ribuiQ30 ou 0 condicionameuto da propriedade para seu melhor aproveitamento, utilizayao ou produtividade ern beneficio da coletividade ou de categorias sociais). Justa e previa indeoiza~lio e tarnbem requisi- to constimciona! para a desapropriacao. Indeni- za~ao justa c a que cobre 0 valor real e atual do bem expropriado (a data do pagamento), bem como os danos emergentes e lucros cessantes do proprietirio, decorrentes do despojamento de seu patrimonio. Tndeniza\3a pr'cvia significa que 0 expropriante deverli pagar ou depositar 0 preeo allies de entrar n3 posse do i lll6vei. Declara~3o expropriat6ria o ato inicial do procedimento expropria torio e a declaral(ao de lltilidade ptlbl iea ou interesse social, que pode ser feita por lei ou decreto em que se identifiquern 0 bern, seu destino eo dis- positivo legal que autorize a desapropria.:;ao. A publica<;ao do decreto de desapropriaeiio produz os seguintes efeitos: submete 0 bem Ii for<;a expropriat6ria do Estado; fixa 0 estado do bem, isto e , snas condicoes, rnelhoramcntos , benfeito- rias existentcs; confere a.o Poder Publico 0 direi- to de entrar no bem para verifical;oes e medi- c;oes, desde que atue com model'a9ao e sem excesso de poder; da inicio ao prazo de caduei- dade da declara9ao. 5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 6/12 SERVIC ;OS PUBLICOS Processo exproprlatorlc A dcsapropri a<,:aopodera ser eferivada de duas formas: iI) Via administrativa - E 0 acordo entre as partes quanto ao preco, reduzido a termo para a transfe- rencia do bern expropriado, 0 qual, se im6vel, exige escritura publica para a subseqilente transcricao no registro imobiliario, b) Processo judicial - 0 procedimento expropriatorio tern natureza adrninistrati va, haven do a intervencao do Poder Judiciario sornente quando nao se chegar aacordo quanro ao valor da indenizacao, o processo judicial segue a rito especial (Decreto- Lei 3.365/41), admitindo supletivamente a aplicacao dos preceitos do CPe. 0 foro para a 3\;iio e a da siruacao do im6vel, salvo quando houver interesse da Uniao, que toma competenre a Justica Federal com sede na capital do Estado correspondente (art. 109, I, CF; Decrero-Lei 3.365 /41; Sumula 218 do SIF). A 39ao de cesapropriacao deve iniciar-se com des- pacho de citacao, no prazo de cinco anos, se prove- niente de utilidade au necessidade publica, au de dais aIlOS,se resultante de mteresse social, a conrar da data dos respectivos atos declaratorios, sob pena de extin- "ao do processo com base em ato caduco. Ao despa- char a peticao inicial, 0 juiz designara urn perito (Deereto-Lei 3.365/41, art. 14) para avaliar 0 bern expropriado, mesmo que a acao nao seja cor t tes tada , como garantia da justeza da inderuzacao. 0Decreto- Lei 3 .365 estabelece lirnites a contestaeao, que so ver-sara sabre a valor da inden izacao ou vicios do proprio processo judicial (art. 20). Imissao na posse - Exige os seguinrcs requisitos (Dccreto-Lei 3,365, art, 15): ill que 0 poder expropriante alegue urgencia (no proprio ala expropriatorio au no curse do processo judicial); b) que 0 poder expropriante faca 0 deposito c ia quan- t ia fixada segundo critcrios previstos em lei; c) que 8 ernissao seja requerida no prazo de 120 dias a contar da alegacao de urgencia (njio requcnda nesse prazo, 0 direito caduca). Desvio definalidade - Ocone quando 0 bern ex- propriado para urn fim e empregado em outre sem uti- lidade publica au interesse social, 0 bem dcsapropria- do para um fim publico pode ser usado para outre fim publico sem que OCOITadesvio de finalidade. Anula~ao dll. desapropria<;ao - A desapropri3l;iio estil sujeita it anula9ao, que pode ser praferida tanto pelo Judiciario cmpo pel a propria Administra,30. Retrocessii.o - E a direito do expropriado de exigir de volta seo imovel, caso este na~ tenha 0 destin.opara que se desapropriou, 0desapropriado nao pode se utiliw]' da re- trocessao quando 0 expropriaote der ao imovel uma desti- na~ao publica diversa daquela meociol1adano ata de desa- Propria9ao, ~ • "I I C Tombamento E a dec1arayiio editada pelo Poder PUblico acerca do valor hist6rico, artistico, paisagistico, arqueol6gico, turist ico, cultural ou cientifico de bern movel ou im6- vel com 0 objetivo de preserv:i-I.o, Pode ser: de ofieio, incidente sobre bens publicos; voluntario, incidente sobre bens particulares com a anuencia dos proprieta- rios; compuls6rio, incidente sabre bens particulares. Servidao administrativa Caracteriza-se pelo onus :real incidellte sabre um bern particular, com a finalidade de pennit ir uma utili- za9ao pUblica, A seTvidiio admi_nistrativa nao trallsfere o dominio au a posse do imovel para a Administra93o, limita.lldo apenas 0 direito de USaf e fruir 0 bem. Requisi ..ao Imp l ica a utiliza"ao coativa de bens ou serv i90S part iculares pel0 Poder Publico, para atendimento de n.ecessidados coIctivas urgentes c transitorias, 0 art. 5" , XXv, da CF autoriza 0 usa da propriedade part icu- lar, na iminencia de perigo publico. Ocupac;ao temporariil Implica a utilizaQao traositoria, remunerada ou gra- tuita, de bens particulares pelo Poder Publico, para execu930 de obras, servi<;os ou atividades publicas au de interesse publico (art. 5° , xxv, CF), Limita ..ao administrativa, E uma das formBSpelas quais 0 Estado, nousa de sua soberania intema, irrtervem aa pmpriedade e nas ativi- dades particulares, de tres matleiras: positiva (fazer) - a particular fica obrigado a realizar 0 que a AdministTaQao Ihe imp6e; negativa (nao fazer) - 0particular deve abs" te!-se do que Ihe e vedado; permissiva (deixar fazer) - ()partieu]ar deve permitir algo ern sua propriedade, Service publico e todo aquele prestado pela Admi- uisrracao au par seus delegados, sob as normas e can- trole esratais, para satisfazer ncccssidades esscnciais ou secundarias da coletividade ou simples convenien- cias do Estado (art. 175, CFl· ClassificOIlj;aod05 servi ..espubllees a) Quante it essencialidadc:• Servi~os publicos - Sao os que a Adrninistracao presta diretarnente Ii cornunidade, par reconhecer sua essencial idade e necessidade para a sobrevi- vencia do grupo social e do proprio Estado, como os de policia e saiide publica, • Servi~os de utilidade piiblica- Sao os que a Administracao, reconhecendo sua conveniencia para as rnembros da coletividade, presta direta- mente ou permite que sejam prestados par tercei- ros (concessionarios, permissionarios) e sob seu controle, mas par conta e risco dos prestadores, mediante remuneracao dos usuaries. Exemplos: transporte coletivo, energia eletrica, gas, telefone. b)Ouauroa finalidad.e: • Services administrativos - Sao as que a Admi- nistracfio executa para atender a suas necessida- des internas all preparar outros services que serao prestados ao publico, tais como os da imprensa oficial, das estacdes experimentais e outros dessa natureza. • Serviens industriais - Sao os que produzem renda para quem as prcsta, mediante a remuneracao (tari- fa ou preco publico) da uti lidade usada ou consu- mida. Essa remuneracao e sempre fixada pelo Poder Publico, quer quando a service e presrado pm seus orgaos ou entidades, quel' quando por COI1- cessionarios, perrnissionarios Oll autorizatarios,c) Quanto aos destinatarios: • Servieos uti universi ou gerais - Sao os que a Administracao presta para atender a coletividade no todo, como os de policia, i lurninacao publica, calcamento. Sao services indivisiveis, nao men- sura veis e mantidos par imposto - e nao por taxa ou tarifa, • Services uti singuti ou lndlviduals - Sao os que tern usuarios determinados e utiliz39ao partiCUlar e mensuriivel para cada destinatario, como oemre com tel.efone, agua, gas e energia eletrica domici- liares, Sao servicos de utiliza,iio individual, facultatl va e mensuraveL, devendo ser remunera- dos p O T taxa (tributo) ou tarifa (pre,o publico), d) Quanto a . natureza: • Servi"os piibUcos proprios - Sao as que co:nsti- tuem atividade administrativa tipicamente eEtalal, executada direta au indiretamente, • Servi.,-os publicos impr6prios - Sao as que, em- bora saHsfac;am necessidades coletivas, sao ativi- dades privadas. Competencia para presta.;ao de servi ..o ill Competencia. da Uni8.o - Em materia de serviyos publicos, abrange as que Ihe sao privativos (art. 21, CF) e os que Ihe sao comuns (art. 23), permit:indo atua~o paraJeLados Estados membros ~Municipios, b) Competencia do Estado membro - E residual. A unica exce9ao diz respeito it explora_,ao e dist.ribui- « < 1 0 dos servi~os de gas canalizado (arL 25, § 2°). Perteneem aos Estados todos os serviyo5 nao reser- vados ilUniii.o nem distribuidos ao Municlpio, c) Competenda do Municipio - Restringe-se aD s servi- I;OS de interesse locaL A COllstituicao Federal eiegeu determinados serviyos de interesse local como dever expresso dos Municipios, como otransport.e coJetiva, a educa~80 pre-escolar, 0 ensino fimdamel1tal, 05 ser- viGasde atendimento it saMe da populayao e Ol1tros, Concessao de servic;o publico E 0 contrato administrat ivo pelo qual a Adminis- tracao Publica delega a outrem a exeeu~ao de 1m] ser- vi90 PLlbleo, para que 0 faGa ern seu nome, por sua conla e risco, assegurada a remunera,i'io mediante tarifa paga pelo [lsuario all .autra forma de remlmera- 9a o decorrente da exploraiiao de servi<;o (art. 175, CF). Tem as mesmas caracterist icas dos demais COll- tratos administrativos, alem dessas exclusivas: ii ll50 existe cOllcessao de servico publico quando se trata de servi9u proprio do Estado, definido em lei; b) 0 Poder Publico transfere ao particuLar apenas a eXeCll\;an dOB servi90s, continuando a ser seu titular; cl a concessao deve ser feita sempre por meio de lici- tacao, na modalidade de COllcorrencia; d) 0 concessionario executa 0 service em sell pro- prio nome e corre os [lSCOS norrnais do ernpreen- dirnento; e) a tarifa tern a natureza de preco publico e e fixada em contra to; f) 0 usuario tem direito a . prestacao dos serv i C Os; 9)a rescisao unilateral da concessao antes do prazo estabelecido denomina-se sncampacao; h) a rescisae unilateral par inadimplemento denomina- se caducldade all.decadencia; i) em qualquer caso de extincao da concessao e cabivela incorporacao dos bens dos conccssionarios median- te lndenizal;3o (6 0 que se chama de reversao). A Lei .1 1,079/04 (PPP) institui a concessao admlnis- trativa: prestacao de services publicos diretamente 11 administracao; e a concessao patroelnada: concessao de services ou obras publicas com contraprestacfio pe- cuniaria do poder concedente, Permissao de servi ..o publico E wn " c on tr ar o de adesao, precario e revogavel uni- lateralmente peLo poder concedente" (Lei 8.987/95) , Depende de Iicitacao e pede sempre ser altcrado ou revcgado pela Administracao por motives de interesse publico. Suas caracteristicas sao: a) e ato unilateral, discricionario, precario, podendo ser gratuito OU oneroso; b) depende sernpre de licitacao; c) sen obj eto e a eXeC1l93.0de service publico; d) a service e executado pelo permissionario por suaconta e risco; e) a permissionano sujeita-se a fiscalizacao do Poder Publico; f) como ato precario, pode ser alterade ou revogado a qualquer momenta, Consorcio administrativo ReguLado pela Lei 11.107/05 , 0 consorcio se consti- ruira em pessoa juridica de direito publieo all privado. Seus objetivos serao deterrninados pelos entes da Pederacao que participarem do consorcio. 0 consorcio podera celebrar contratos, convenios, promover desa- propriacoes, instituir servidocs, ser contratado pela administracao direta ou indireta, dentre outros. Emenda 45: celeridade de tramita.;ao A EC-4SIO S - art. 5·, inciso LXXVTII, da CF: pro- cessns administrat ivos e judiciais d(lverao ter uma du- ra((an razoavel, com meios capazes de garantir uma celeridade de tramita9ao, R e s u m i o J u r id i c o A col e,ao Resumao Juri di co e urn pro je to edi to ri al da Ba r ros , F i scher & A .ssoc ia d o s L t d a , em parceria com a Exord . Insti tuto de Orienta ga o para Reci cl agem em Direi to . DIREITO ADMINISTRAT IVO Fevereiro(2006 Autor: Antonl a Ceci li o More ira P ires, advoga?o; mes tre em Di re l- to do ESlado pel a PUCISP ; pro fessor de Dl re i!" , Admin is tr ati vo Maa~c~~~~: :~o?~~~~~~~oht~~s~~s~~~~g~a;f!~~~t~~ exame de OA B e concursos publicos. execceudiversos cargos na administraQ~:o publica munic ipal , estadual e 'ederal , InclUSIV€ ~~~r~a:~~~i~S~~ffrnaciOnm$. Revi SaQ : Marcfa Menin Resumao Jur idico - Direi to Administrat ivo e um9 P1 !b I IC 89i "i a d a Banas, Ascher & Associ~dos Llda . . sob l ice. fl r; :a edi tOrial do Exord. COPYrighl © 2004 Anlonlo Cecil ia Morei ra P"es. Copyr ight @ 2006 des ta ediyao Barms, Fischer .& Assoc iados Uda . D i r e ll os rese rvados . [~:: .r§l~:~~~o~~~ ' rg5g~o-o20 Telefonelfax: 0(,-, ,)11 3675·0508 S[te: www.bafisB.com.br E-mail: balisa@uol.com.br Exord : Av, Pau ll sta . 171 . 1 'andar, - Tel .: 0 (xx)11 3372-2500 Site: v.I\I'II\iIJ.exord.com.br - E·mail:.exord@exord.com.br Impres.sao: Eskenaz i I n dus tr ia Gn)Jlca Ltda AcabBmento: BadgeComerc la l de P last icos L tda Di.lribui ~i\" • vendas; 8afisa. tel 0(, ,)11 3675-0508 Aten~iio E expressamente proibida a reprodu- ~ao total au parcial do conteOdo des l.a pub li ca t;; :ao sem a previa autarlza.c;a.a do editor. I ~ BN 8 5 -8 8 74 9 -5 0 -5 I I I I I I I I I I I 9 788588 749504 http://www.bafisb.com.br/ mailto:balisa@uol.com.br mailto:balisa@uol.com.br http://www.bafisb.com.br/ 5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 7/12 Nao e sem motivo que 0 Direito Constitucional Figura como materia obrigatoria em diversos concur- sos publicos, Esse ramo do D ire ito e sta p re se nte e m todos os dernais, norteando os interesses do Estado e das pessoas que formam seu povo. Nenhuma carreira juridica pode cortar eus vinculos com 0 ordenamen- to juridico maior, sob pena de se perderern os mais elevados anseio da especie humana e de se cor- romper a eficiencia da representatividade democrati- ea legalrnente constituida. Muito mais do que alicerce aos profissionais da ciencia juridica, 0 Direito Constitucional e a voz da cidadania, CONSTITUI~{)ES Classifica~ao das Constituic<oes 1. Quanto ao conteudo: a) Constituieao material- Consiste no conjun- to de regra materialmente constitucionais, estejarn ou nao codificadas em urn unico do- cumento, b) Constituicau formal- E aquela consubstan- ciada de forma escrita, por meio de urn docu- mente solene estabelecido pelo poder consti- tuinte originario. 2.Quanto ii , forma: a) Constituicau escrlta - E aquela codificada e sistematizada em urn texto unico. Portanto, e o mais alto estatuto juridico de determinada comunidade. b) Constituieao nao esc rita - E 0 conjunto de regras n a o a g lu ti na d as em u m tex to solene, mas baseado em leis esparsas, costumes, ju- r isprudencias e convencoes (ex.: Constituicao inglesa),3. Quanto ao modo de elaboracao: a) Constitulcao dogmatics - Aprescnta-se co- mo p ro du to c sc ri to e s is te rn atiz ad o por ur n orgao constituinte, a partir de principios e ideias fundamentals da teoria politicae do di- reito dominaute. b) Constltulcao histertca 011 costumetra - E fruto da lenta e continua sintese da historia c tradicoes de determinado povo. 4.Quante a origem: a) Constituicao promulgada (popular ou de- mocratlca) - Deriva do trabalho de uma Assernbleia Nacional Constituinte composta de representantes do povo. eleitos com a Iina- lidade de ua elaboracao (ex.: CF de 1891, 1934, 1946 e 1988). b) Constlrulcao outorgada - E estabelecida em a participacao popular, par meio de im- posicao do poder da epoca (ex.: CF de 1824, 1937, 1967 e 1969), 5. Quante a establlldade: a) Consruuteao imutavel- E aquela em que se veda qualquer alteracao, tornando-se reliquia historica. b) Constituicao r[gida - E a Constituicao escri- ta que pode ser alterada par urn processo le- gislativo mais solene e dificultoso; alguns autores apontam nossa Constituicao como s\lper-rigida. c) Constituil,'iio flexivel - Pode ser Jivremente modificada segundo 0 mesmo processo esta- belecido para as leis ordinarias .. d) Constituii;iio semi-rigida - E urn meio- termo entre as duas anteriores, em qLte al gu- mas regras podem sel' alteradas por um pro- cesso legislativo ordinario. 6. Quanto aextensiio e finalidade: a) Constitui~iio analitica - Examilla e regula- menta todos os assuntos que entenda reievan- tes a fom1ac,;ao destinac,;ao e funcionameL1to do Estado. b) Constituicao slntetica - Preve somente os principios e as normas gerais de regencia do Estado. Resumo - ossa atual Constituicao e c1assificada da seguinte maneira; formal, esc ri ta, dogmatica, promulgada, rigida e analitica, Especies de poder constituinte a) Poder constituinte orlglnario - Esrabelece a Constituicao de urn novo Estado. Atua tanto no surgimentc de uma primeira Constituicao quanta na elaboracao de qualquer Constituicao posterior. b)Poder consrituinre derivado - E proveniente da propria Constiruicao, pois decorre de lima regra juridica de autenticidade consti tucional. Distin- gue-se, principal mente, por conhecer l imitacoes constirucionais expressas e implicitas e e passi-vel de controle de constitucionalidade, • Poder constituinte derlvado reformador - E responsavel pela alteracao do texto consritu- cional, respeitada rcgularnentacao especial prevista na propria Const i tu ivao e exe rc i da por orgaos de carater representative (no Brasil, pe- 10 Congresso Nacional). • Poder coustituinte derlvado decorrente - Consiste na possibilidade que os Estados membros tern, em v irtude de sua autonomia politico-adminisrrativa, de se auto-organiza- rem par meio de suas respectivas Consti- tuicoes estaduais, sempre re peitando a Cons- tituicao Federal. A ORGANIZA~Ao DO E STA DO BRA SIL EIR O Elementos do Estado 1. Terr'iterlo - Espaco flsico delirnitado por fron- teiras naturais ou niio. 2. Povo - Numero determinado ou nao de indivi- duos que haoitarn 0 territ6rio unidos pOI' uma mesma lingua, objetivos e cultura, 3. Soberania - Poder de urn pais de dizer e aplicar o Direito dentro de seu territ6rio com efeito erga omnes. Entidades federativas ,_ Ilniao - Entidade federativa autonoma, cabe-Ihe exercer as arribuicoes da oberania do Estado brasileiro. Nao se confunde com Estado federal, pois este e pessoa juridica de direito internacio- nal. A Uniao age em nome de toda a Federacao quando repre enta 0 pais no plano internacional ou quando intervern em um Estado rnembro, no plano interne. 2. Estados membros - Auto-organizam-se por meio do exercicio de seu poder constituinte derivado decorreute e, posteriormente, por meio de sua propria legislacao, 0 artigo 25 da Cons- tituicao Federal, em consonancia com 0 artigo II, caput, do Ato das Disposicoes Cons- titucionais Transitorias, permite aos Estados membros a auto-organizacao, por meio de Constituicaes estaduais, desde que observados os principios estabelecidos por no sa lei Maior. 3. Municipios - Consagrados como entidadcs fe- derativas indispensaveis a nosso sistema federa- tivo, integram-se na organizac;ao politico.admi· nistrativa cercados de plena autonomia. A clia- cao, incorporacao, fusao e desdobramento do Municipio depcnde de lei estadual, delltro do periodo determinado pOI' lei complementar fede- ral, assim como de consulta previa, mediante plebiscito, as populac5es interessadas, apos a di- vulgacao dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 4. Distrito Federal - A Consrituicao garante ao Distrito Federal a natureza de ente federativo autonorno, vedando-lhe a possibil idade de subdi- vidir-se em Municipios. Dessa forma, nao e Estado membro nem tampouco Municipio, tendo, em regra, todas as competencies legislat ivas e tri- butarias reservadas aos Estados e Municipios, 05 alicerces da Federa~iio A forma federativa do Estado possui do! ali- cerces irnutaveis a sua esrabilidade e funcionarnen- to. Sao eles: a)AutonOl11ia dos entes politicos Um ente poli tico e antonomo quando possui as seguintes caracteristicas: • arrecadacao - tributos proprios; • administracao publica - servidores COllCUTS3- dos (es ta vei );• representante do Poder Executive eleito dire- tamcnre. b)Reparti~a.o de competencias Cada ente politico recebe da Consri tu icao cornpe- rencia especificas para s ua s a ti vi da de s a dr ui ni st ra ti - vas, Icgislativas e tributaries, designadas desta maneira: • cornpetencia privativa da Uniao - delegavel aos Estados membros (art. 22); • cornpetencia cornum entre os cutes politicos (art. 23); • competencia concorrente - Uniao, Estados e Distrito Federal (art . 24). S EP AR A(:A o D OS P OD ER ES PODER LEG ISLATIVO o Poder Legislativo Federal, bicameral, e exercido pelo Congresso Nacional , que se com poe da Camara dos Deputados e do Senado Federal. E fundamental qu e se diferenciem os Legisla tivos Estadua l , Distrital e Municipal, nos quais se consagra 0 sistema unicameral. o bicarneralismo do Legislative Federal esta intima mente l igado a escolha pelo legislador C0115- tituinte da forma federariva de Estado. No Senado Federal, encontrarn-se representantes de todos os Estados m ernbros e do Distrito Federal, consa- grande 0 equilibrio entre as partes da Federacao, PODER EXECUT IVO o Poder Executive constirui orgao cuja fun~1io tipica e 0 exerclcio da chefia de Estado, da chefia de governo e da administr acao geral do Estado. Entre suas funcoes atipicas estao 0 ato de legislar e 0 de julgar sell contencioso administrative. Da rnesma forma que os congressistas, 0 chefe do Executive e elei to pelo povo e possui varias prerro- gativas e imunidades, as quais sao garantias para 0 indcpcndente e imparcial exercicio de suasfuncoes, Dica - Procurou-se. aqui. evitar ao maximo a trans- cricdo de texto constitucional, poi s a materia objeiiva deve ficar 110 texto legal. Assim, quanto a s atribuifoes dopresidente da Repllhlica. sugere-se a ieitura do arligo 84 da Con tituil;:iioFederal. PODER JUD IC IAR IO Completando a '1riparti<;ao dos poderes, em ua divisao ciassica, esta 0 Poder .Judiciario. Sua presen- ea garante 0 verdadeiro Estado democratico de direi- , to. Exalamente por esse morivo,justif ica-se a aplica- <;aode celtas garan6as a sells membros j lIlgadores, tais como vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibi- lidade de vencimentos. Dessa maneira, pode-se COI1- tar com urn orgiio i.Ddependenle e autollomo para guardar as leis e garantir a ordem governamental. 5/10/2018 resumão jurídico - direito administrativo & constitucional - slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/resumao-juridico-direito-administrativo-constitucional 8/12 Sistema de freios e contrapesos (controle externol Cada um dos tres poderes exerce parcialrnente urn controle sabre as arividades do outro, Esse procedi- mento tern como objetivo estabelecer Iirnites no excrcicio das funcoes tipicas e atipieas e nas dis- tribuidas pela Constituicao, A E rn en da Constitucional 45 estabeleceu 0 unico procedirnento que ainda faltava ao Estado brasileiro: 0 c on tr ol e e xt er
Compartilhar