Processo de produção do sabão( parte escrita)

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Processo de produção do sabão
O sabão é um dos produtos mais importantes já inventados pelo homem. Devido às suas propriedades tensoativas, ele consegue emulsionar e dissolver em água gorduras e impurezas, auxiliando na limpeza de superfícies em geral. 
A fabricação de sabão para limpeza é conhecida há séculos e narrada pelos antigos historiadores. Até o século XIV, os espanhóis e os italianos foram provavelmente os principais fabricantes de sabão.
A água por si só não consegue remover certos tipos de sujeira, como, por exemplo, restos de óleo. Isso acontece porque as moléculas de água são polares e as de óleo, apolares. O sabão exerce um papel importantíssimo na limpeza porque consegue interagir tanto com substâncias polares quanto com substâncias apolares.
Podemos dizer que a cadeia apolar de um sabão é hidrófoba (possui aversão pela água) e que a extremidade polar é hidrófila (possui afinidade pela água). Ao lavarmos um prato sujo de óleo, forma-se o que os químicos chamam de micela, uma gotícula microscópica de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água).
A água usada para enxaguar o prato interage com a parte externa da micela, que é constituída pelas extremidades polares das moléculas de sabão. Assim, a micela é dispersa na água e levada por ela, o que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apolares. O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas.
Os sabões são substâncias denominadas tensoativas, ou seja, diminuem a tensão formada entre dois líquidos. Além de reduzir a tensão superficial, os tensoativos ajudam a deslocar e a dispersar as partículas de sujeira. A maior parte da sujeira é do tipo graxa.
· Matérias-primas primárias: 
ÁCIDOS GRAXOS: podem ser de origem animal ou vegetal. São de origem animal: o sebo, a graxa de porco, a graxa de ossos, a graxa de cavalo, a graxa de lã, etc. De origem vegetal: azeite de oliva, óleo de coco, óleo de palma, azeite de algodão, óleo de rícino, azeite de girassol, etc. 
· Matérias-primas primárias: 
BASES: Os álcalis mais usados são o hidróxido de sódio (soda cáustica) e o carbonato de potássio (K2CO3), conhecido simplesmente como potassa. 
As substâncias alcalinas que contêm sódio produzem sabões sólidos; aquelas que contêm potássio produzem sabões moles.
· Matérias-primas secundárias: 
‘’São aqueles componentes que, incorporados ao produto, melhoram a qualidade ou diminuem o custo. ‘’
Podem ser: resinas, substâncias de recheio, corantes e perfumes. 
Processo de Fabricação de Sabão: São conhecidos dois processos de fabricação de sabão.
O primeiro convencionalmente conhecido como o processo de caldeira é baseado na saponificação direta da gordura, isto é, na reação da gordura com o álcali liberando sabão e glicerina.
Atualmente, utiliza-se a saponificação alcalina contínua, com controle automático e capacidade de produção de aproximadamente 300 ton/dia. Representando de 2 a 5 dias a produção obtida pelos métodos descontínuos tradicionais. O processo se da apartir da Saponificação alcalina contínua a NaOH de óleos e gorduras, passando pelas etapas de Hidrólise contínua , Purificação dos ácidos graxos e por fim Neutralização de ácidos graxos à sabão.
Existem alguns componentes especiais que melhoram a qualidade do sabão em sua fabricação, alguns deles são:
Carbonato de sódio: O carbonato de sódio (Na2CO3) mais conhecido comercialmente como barrilha é usado em muitos produtos domésticos. Na lavanderia, na cozinha ou no banheiro, carbonato de sódio é um aditivo útil nos detergentes e produtos de limpeza. A adição de carbonato de sódio impede que a água “dura” impeça uma distribuição mais uniforme do agente de limpeza durante o ciclo de lavagem.
Metassilicato de sódio: O metassilicato de sódio é um sólido branco, cristalino, inodoro, atóxico com ponto de fusão de 72 °C e altamente solúvel em água. O mesmo garante um alto teor de sódio exigido em limpezas industriais, combate a corrosão, atua dispersando as sujidades e possui a propriedade de anti-compactação, fundamentais para formulações de detergentes e sabão em barra, e aumenta a liga do sabão, isto é, provoca uma maior interação entre as matérias primas.
Ácido oleico: Ácido oléico é um resíduo da fabricação de velas de cera. Este ácido é empregado (mesclada ou isoladamente) com óleo de palma ou de sebo. Tratado com soda é empregado na fabricação de sabões. O procedimento envolve a hidrólise contínua, onde depois da separação da glicerina, os ácidos graxos são neutralizados a sabão.
Resina ou Breu: A resina é o produto da destilação da essência da terebintina. É dura e frágil, apresenta cor amarelada. Com o emprego da resina se corrigem defeitos de certas graxas que são empregadas na fabricação de sabões e, ao mesmo tempo, transmitem ao sabão qualidade detergentes, como por exemplo, a de formar grande quantidade de espuma.
As diferenças encontradas entre os sabões e detergentes situam-se, principalmente, em sua forma de atuar em águas duras e águas ácidas. Os detergentes, nessas águas, não perdem sua ação tensoativa, enquanto que os sabões, nesses casos, reduzem grandemente e até podem perder seu poder de limpeza. Os sais formados pelas reações dos detergentes com os íons cálcio e magnésio, encontrados em águas duras, não são completamente insolúveis em água, o que permite ao tensoativo sua permanência na solução e sua possibilidade de ação. Em presença de águas ácidas, os detergentes são menos afetados, pois possuem também caráter ácido e, novamente, o produto formado não é completamente insolúvel em água, permanecendo, devido ao equilíbrio das reações químicas, em solução e mantendo sua ação de limpeza.
Conclusão
Pode-se dizer que o processo de fabricação do sabão veio evoluindo com o tempo, de modo que aumentou a qualidade no que diz respeito ao aumento do seu poder de adsorção e pH, melhorando sua eficiência. As novas composições de sabão criadas pelas indústrias estão cada vez mais puras, sustentáveis e suáveis.
Em meio a questão ambiental, podemos dizer que é mais viável utilizar sabão do que detergente, entretanto, levando-se em conta a eficiência, os sabões não são recomendados pois formam a ‘’água dura’’.
Referências
http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840855/LOQ4023/apostila6Detergentes2009[1].pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVYEAL/processos-unitarios-organicos-hidrolise
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/sabao-x-detergente.htm
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAJ30AB/intalacao-industria-sabao
São empregados na produção do sabão alguns componentes especiais como: Carbonato de sódio, que aumenta o poder de absorção do sabão em pó e aumenta o Ph. Metassilicato de sódio que tem como função aumentar a liga do sabão, provoca interação entre as matérias primas, onde tem vantagens por ser neutro. 
Aditivos: que são usados para realçar a cor, a textura e o perfume do sabão. ÁCIDO OLÉICO: é um resíduo da fabricação de velas de cera. Este ácido é empregado mesclado com óleo de palma ou de sebo que é utilizado para dar lubricidade e emoliência. RESINA OU BREU: é o produto da destilação da essência da terebintina. É dura e frágil, apresenta cor amarelada. É responsável pela dureza do produto, assim como a fixação de perfumes.