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Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 0 0 www.sanarflix.com.br Resumo Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 1 1 www.sanarflix.com.br 1. Introdução O aparelho reprodutor masculino consiste no conjunto de órgãos masculinos responsáveis pela reprodução. É no aparelho reprodutor masculino, mais precisamente nos testículos, que são formados os espermatozoides, que irão fecundar um óvulo feminino fértil a fim de formar um embrião. Ademais, o aparelho reprodutor masculino compartilha estruturas com o aparelho urinário, visto que parte da uretra masculina é caminho comum para excreção de urina e espermatozoides. 2. Estruturas Internas DUCTO DEFERENTE • É a continuação do ducto do epidídimo, sendo o principal componente do funículo espermático. • Possui paredes musculares espessas, penetrado a parede abdominal pelo canal inguinal, cruzando os vasos ilíacos externos e entrando na pelve. • Termina se fundindo ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório, e forma a ampola do ducto deferente antes de seu término. • O ducto deferente mantém contato direto com o peritônio, cruza o ureter perto do ângulo posterolateral da bexiga urinária para chegar ao fundo vesical. • Posteriormente à bexiga, este ducto passa acima da glândula seminal e desce medialmente ao ureter e à essa glândula. • O ducto deferente é irrigado pela artéria do ducto deferente e a drenagem venosa é feita principalmente para a veia testicular. Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 2 2 www.sanarflix.com.br GLÂNDULAS SEMINAIS • Estruturas situadas entre o fundo vesical e o reto, que secretam muco espesso, composto por agente coagulante e frutose, que promove fonte de energia para os espermatozoides. Não realiza produção ou armazenamento de espermatozoides. • São separadas do reto pelo peritônio da escavação retovesical e suas extremidades inferiores são íntimas ao reto, sendo separados apenas pelo septo retovesical. • Seus ductos se unem ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. • As glândulas seminais são supridas principalmente por ramos das artérias vesical inferior e retal média, e drenadas por veias que acompanham as artérias e possuem mesma nomenclatura. DUCTOS EJACULATÓRIOS • Tubos que se originam perto do colo da bexiga e segue atravessando a parte posterior da próstata. • Formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal • Esses ductos (par, bilateralmente) se abrem no colículo seminal pelas aberturas do utrículo prostático. Fonte: https://bit.ly/2YqTPbk Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 3 3 www.sanarflix.com.br OBS: As secreções prostáticas só se juntam ao líquido seminal no final dos ductos ejaculatórios, na parte prostática da uretra. • A irrigação arterial dos ductos ejaculatórios é feita pelas artérias do ducto deferente; e as veias que os drenam são derivadas dos plexos venosos vesical e prostático. PRÓSTATA • Maior glândula acessória do sistema reprodutivo masculino, a qual circunda a parte prostática da uretra e é formada por tecido glandular e fibromuscular. • Possui cápsula fibrosa densa, que incorpora os plexos nervoso e venoso prostáticos. Essa cápsula é cercada pela fáscia visceral pélvica, que forma uma bainha prostática contínua com os ligamentos puboprostáticos. Posteriormente, essa fáscia forma o septo retovesical. • A próstata possui base, ápice, istmo e dois lobos (direito e esquerdo), que não são bem distinguidos anatomicamente. A base é íntima ao colo da bexiga, enquanto o ápice se comunica com os músculos esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo. • O istmo é fibromuscular, constituindo a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga. • Cada lobo prostático pode ser subdividido em quatro lóbulos, de acordo com sua relação com a uretra e ductos ejaculatórios. São eles: lóbulos inferoposterior (palpável no exame retal), inferolateral (maior lóbulo), superomedial (circunda o ducto ejaculatório) e anteromedial. • Há também um lobo médio, formado pelos lóbulos anteromedial e superomedial e situado entre a uretra e ductos ejaculatórios. Normalmente este lobo aparece quando hipertrofiado, indução hormonal na idade avançada. – Urologistas e ultrassonagrafistas costumam dividir a próstata em zonas periféricas e central, a qual seria o lobo médio. • A próstata se relaciona ainda com a ampola do reto, em sua face posterior, e com a sínfise púbica na parte anterior, da qual é separada pela gordura retroperitoneal. Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 4 4 www.sanarflix.com.br • Os ductos prostáticos se abrem nos seios prostáticos, que ficam na parede posterior da parte prostática da uretra. • O líquido prostático é leitoso e participa da ativação dos espermatozoides. OBS: Sêmen = junção das secreções testiculares, prostáticas, seminais e das glândulas bulbouretrais, além dos espermatozoides. • A próstata é irrigada pelas artérias prostáticas, ramos da ilíaca externa, pudenda interna e retal média. A drenagem venosa é feita pelo plexo venoso prostático, que drena para as veias ilíacas internas. GLÂNDULAS BULBOURETRAIS • Também chamadas de glândulas de Cowper, situam-se próximo à parte membranácea da uretra, no músculo esfíncter externo da uretra. • Os ductos dessas glândulas atravessam a membrana do períneo e se abrem nas aberturas proximais da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. • A secreção bulbouretral é lançada na uretra durante a excitação sexual. Fonte: https://bit.ly/2FKUWvk Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 5 5 www.sanarflix.com.br Inervação das Estruturas Internas do Aparelho Reprodutor Masculino ➢ Os ductos deferente e ejaculatórios, as glândulas seminais e próstata recebem inervação simpática através dos ramos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) e dos plexos hipogástricos e pélvicos. ➢ A inervação parassimpática chega por ramos dos nervos esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos hipogástricos/pélvicos inferiores. ➢ O sistema simpático estimula a contração do esfíncter interno da uretra para evitar a ejaculação retrógrada no orgasmo. Também estimula as contrações peristálticas do ducto deferente e secreção das glândulas seminais e prostática, garantindo a liberação do esperma. ➢ As fibras parassimpáticas que atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos, que são responsáveis para ereção peniana. Fonte: https://bit.ly/2YpJMmU Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 6 6 www.sanarflix.com.br 3. Estruturas Externas PÊNIS • Consiste em raiz, corpo e glande. • Formado por três corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso. • O corpo cavernoso é revestido externamente pela túnica albugínea, a qual é profunda à fáscia do pênis (fáscia de Buck), que une os corpos cavernosos e esponjoso. • Posteriormente, os corpos cavernosos se separam para formar os ramos do pênis e internamente esse tecido é dividido pelo septo do pênis. • A raiz do pênis é fixa, formada pelos ramos, bulbo e músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso. • Os ramos e bulbo do pênis são massas de tecido erétil, cada ramo é fixado à parte inferior interna do ramo isquiático correspondente. • O corpo do pênis é a parte livre suspensa da sínfise púbica, não possui músculos, apenas algumas fibras do músculo bulboesponjoso perto da raiz do pênis e do músculo isquiocavernoso que circundam os ramos. Fonte: https://bit.ly/2InhUKT Fonte: https://bit.ly/2xnP7iPResumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 7 7 www.sanarflix.com.br • Na parte distal, o corpo esponjoso forma a glande do pênis, onde se abre o óstio externo da uretra e cuja margem se projeta formando a coroa do pênis. • A coroa pende sobre o colo do pênis, que separa a glande do corpo. No colo, a pele e fáscia do pênis se prolongam formando o prepúcio do pênis. • O frênulo do prepúcio é uma prega que vai da parte profunda do prepúcio peniano até a face uretral da glande do pênis. • O pênis possui pele fina, normalmente mais escurecida do que a pele adjacente, a qual se liga à túnica albugínea por tecido conjuntivo. • Os corpos eréteis do pênis são fixados à sínfise púbica pelo ligamento suspensor, que possui fibras curtas e tensas. • Há também o ligamento fundiforme do pênis, que possui fibras longas e frouxas e se localiza anteriormente ao ligamento suspensor. • O pênis é irrigado principalmente pelos ramos das artérias pudendas internas (artérias dorsais, profundas e do bulbo do pênis) e ramos das artérias pudendas externas, que irrigam a pele do pênis. ✓ Artérias dorsais do pênis: segue lateralmente à veia dorsal profunda entre os corpos cavernosos, irrigando esse tecido além do corpo esponjoso, parte esponjosa da uretra e pele do pênis. ✓ Artérias profundas do pênis (artérias helicinas do pênis): são os principais vasos que irrigam os tecidos eréteis dos corpos cavernosos (participam da ereção) quando o pênis está flácido, essas artérias ficam espiraladas, restringindo o fluxo sanguíneo. ✓ Artérias do bulbo do pênis: irrigam a parte posterior do corpo esponjoso, além da uretra dessa região e a glândula bulbouretral. • A drenagem venosa peniana é feita pelas veias dorsais profundas e superficiais do pênis que drenam, respectivamente, para o plexo venoso prostático e para a veia pudenda externa superficial. • A linfa do pênis é drenada para os linfonodos inguinais profundos e superficiais e linfonodos ilíacos internos Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 8 8 www.sanarflix.com.br • A inervação sensitiva e simpática do pênis é feita principalmente pelo nervo dorsal do pênis, ramo do nervo pudendo, que chega até a pele e glande, área mais inervada. • Ramos do nervo ilioinguinal suprem a pele da raiz do pênis e os nervos cavernosos conduzem fibras para as artérias helicinas. URETRA • Dividida em 4 partes: intramural, prostática, membranácea e esponjosa. • A parte intramural da uretra varia de comprimento e diâmetro de acordo com o enchimento ou esvaziamento da bexiga. Com o enchimento, ocorre contração do colo da bexiga tornando o óstio interno da uretra fechado. Quando esvazia, o colo vesical relaxa, permitindo abertura do óstio uretral. • A porção prostática é onde se abrem os ductos ejaculatórios. Possui uma porção proeminente, chamada de crista uretral, que fica entre os seios prostáticos. No meio da crista uretral, há o colículo seminal, que se abre no utrículo prostático. • A parte membranácea é intermédia, começa no ápice da próstata, sendo circundada pelo músculo esfíncter externo da uretra. Essa parte termina no bulbo do pênis, parte aumentada do pênis que é perfurada pela uretra. • Próximo à parte membranácea da uretra estão as glândulas bulbouretrais, cujos ductos se abrem próximo à parte esponjosa da uretra. Existem também as glândulas uretrais, que secretam muco na porção esponjosa da uretra. • A porção esponjosa fica no corpo esponjoso do pênis e começa após a parte membranácea, terminando no óstio externo da uretra. Essa porção é distendida no bulbo do pênis, formando a dilatação intrabulbar e na glande do pênis para formar a fossa navicular. • A uretra é suprida por ramos da artéria dorsal do pênis e drenada pelas veias que acompanham esses ramos e que recebem mesmo nome. • A linfa da parte membranácea é drenada principalmente para os linfonodos inguinais profundos e parte para os linfonodos ilíacos externos. • A inervação da parte membranácea é igual à da parte prostática: inervação autônoma suprida pelo plexo nervoso prostático (originado do plexo hipogástrico Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 9 9 www.sanarflix.com.br inferior); inervação simpática dos nervos esplâncnicos lombares e inervação parassimpática dos nervos esplâncnicos pélvicos. • A parte esponjosa da uretra recebe inervação somática do nervo pudendo. ESCROTO • Saco fibromuscular cutâneo que envolve os testículos e estruturas associadas. • Formado por pele pigmentada e túnica dartos, lâmina fascial sem gordura que possui o músculo dartos, que dá aparência rugosa ao escroto. • O escroto também conta o músculo cremaster, que dá sustentação ao testículo dentro do escroto. • A rafe do escroto é contínua com as rafes do pênis e do períneo. • O septo do escroto, prolongamento da túnica dartos, divide o escroto em dois compartimentos, um para cada testículo. • O desenvolvimento do escroto é relacionado com a formação dos canais inguinais. • O escroto é suprido pelas artérias escrotais anteriores, ramos das pudendas externas, e artérias escrotais posteriores, originadas das artérias pudendas internas. Além disso, recebe ramos da artéria cremastérica. • As veias escrotais acompanham as artérias e drenam principalmente para as veias pudendas externas. Fonte: https://bit.ly/2XBVOwk Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 10 10 www.sanarflix.com.br • A linfa do escroto é drenada para os linfonodos inguinais superficiais. • O escroto é inervado pelos nervos escrotais anteriores e pelo ramo genital do nervo genitofemoral na face anterior; e pelos nervos escrotais posteriores e ramo do nervo cutâneo femoral posterior. • A inervação simpática do escroto regula sua temperatura, estimulando a contração do músculo liso dartos no frio ou as glândulas sudoríparas no calor. TESTÍCULOS • Os testículos são órgãos internos masculinos, análogos aos ovários femininos, porém se localizam fora da cavidade pélvica, dentro do saco escrotal. • São as gônadas masculinas, produtoras de espermatozoides e hormônios masculinos, que ficam suspensas no escroto pelo funículo espermático. • Normalmente o testículo esquerdo é mais baixo que o direito. Tal posicionamento reduz os choques devido à movimentações do indivíduo • Cada testículo é coberto pela lâmina visceral da túnica vaginal, exceto no local de fixação ao epidídimo e funículo espermático. • A lâmina parietal da túnica vaginal é mais extensa que a visceral, e é separada desta por fina camada de líquido que permite o movimento dos testículos. • A superfície externa dos testículos é fibrosa, formada pela túnica albugínea, que se espessa internamente formando o mediastino do testículo. • Septos fibrosos se originam a partir do mediastino do testículo, separando os lóbulos de túbulos seminíferos contorcidos, onde são produzidos os espermatozoides. • Túbulos seminíferos retos unem os túbulos seminíferos contorcidos à rede do testículo no mediastino do testículo. • A irrigação arterial dos testículos é promovida pelas artérias testiculares, originadas da aorta abdominal. Essas artérias se anastomosam com as artérias do ducto deferente. • As veias que drenam os testículos, assim como o epidídimo, formam o plexo venoso pampiniforme, que faz parte da termorregulação do testículo (assim como Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 11 11 www.sanarflix.com.br os músculos cremaster e dartos). Desse plexo, formam as veias testiculares direita e esquerda, que são tributárias, respectivamente, da veia cava inferior e veia renal esquerda. • A linfa dos testículos é drenada para os linfonodos lombares direito e esquerdo (caval/aórtico) e pré-aórticos. • A inervação dos testículos é derivada do plexo nervoso testicular. • O epidídimoé a estrutura responsável por armazenar os espermatozoides produzidos pelo testículo, que são transportados pelos dúctulos eferentes do testículo. • O epidídimo é formado por alças do ducto do epidídimo, muito compactas e possui cabeça, corpo e cauda. A cabeça é composta pelos dúctulos eferentes espiralados, o corpo pelo ducto contorcido do epidímio e a cauda é contínua com o ducto deferente, onde são lançados os espermatozoides na ejaculação. Fonte: https://bit.ly/2LwlnZo Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 12 12 www.sanarflix.com.br 4. Ereção e Ejaculação • Com o estímulo sexual, o músculo liso das trabéculas fibrosas e das artérias helicinas espiraladas relaxa por estímulo parassimpático (inibitório), tornando as artérias helicinas retas e com luz aumentada, permitindo dilatação dos corpos cavernosos pela entrada de sangue. • Com isso, os músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso comprimem as veias que saem dos corpos esponjosos, impedindo o retorno venoso desse sangue, aumentando o turgor dos corpos cavernosos e corpo esponjoso, promovendo a ereção. • Na ereção, os músculos superficiais e transversos superficiais do períneo, ao contraírem simultaneamente, formam uma base firme para o pênis. Além disso, fibras do músculo bulboesponjoso também ajudam na ereção aumentando a pressão sobre o tecido erétil na raiz do pênis, além de comprimirem a dorsal profunda, impedindo o retorno venoso. • Os músculos isquiocarvernosos também comprime as veias tributárias da veia dorsal profunda, restringindo o retorno venoso e também participando da ereção. • O sêmen é levado pelos ductos ejaculatórios para a parte prostática da uretra, onde recebe o líquido prostático com a contração do músculo liso da próstata – emissão (processo simpático). • A ejaculação, por sua vez, resulta do fechamento do esfíncter interno da uretra, contração do músculo uretral e dos músculos bulboesponjosos. • Por fim, ocorre a remissão, quando estimulação simpática causa constrição do músculo liso das artérias helicinas espiraladas, gerando relaxamento dos músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso e permitindo drenagem do sangue para a veia dorsal profunda. Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 13 13 www.sanarflix.com.br Referências Bibliográficas 1. MOORE, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed 2. GARTNER, et al. Tratado de Histologia em Cores. 3ªed. Resumo de Anatomia do Aparelho Reprodutor Masculino 14 14 www.sanarflix.com.br
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