Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1.2.3 a) na obrigação de fazer a partilha, em igual parte com a autora, dos bens que compõem o acervo patrimonial amealhado durante a união, representado pelo montante de R$ 253.000,00 (duzentos e cinquenta e três mil reais); b) ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Outrossim, requer a autora: a) citação da ré, por Oficial de Justiça, sendo o mandado acompanhado de contrafé para que, desejando, compareça à audiência de mediação a ser designada ou apresente resposta no prazo legal; b) deferimento de todos os meios de prova admitidos em direito, inclusive o depoimento pessoal do réu e oitiva de testemunhas e juntada de documentos supervenientes; c) seja decretado o segredo de justiça, nos termos do art. 189, II, do CPC. A autora atribui à causa o valor de R$ 126.500,00 (cento e vinte e seis mil e quinhentos reais). Nestes termos, Aguarda-se deferimento. Cidade, data, assinatura, OAB. Ação de divórcio litigioso PROBLEMA Elisvânia e Argemiro, casados pelo regime da comunhão parcial de bens em 13-8-2000, estão separados de fato desde 5-9-2015. A esposa quer regularizar a situação por meio do divórcio, mas o marido não. Proponha a medida cabível para atender ao seu interesse não apenas quanto à dissolução do vínculo conjugal, mas também definindo partilha, alimentos, guarda do filho de 5 anos (oficializando sua guarda de fato), visita e volta do uso do nome de solteira. Considere que Argemiro adquiriu, durante a união, um apartamento no valor de R$ 520.000,00 (quinhentos e vinte mil reais) e um veículo que vale R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Atente que Elisvânia é pobre e não pode arcar com os custos da demanda sem prejuízo de sua subsistência e de seu filho. SOLUÇÃO Deverá ser proposta ação de divórcio contencioso. Considerando a natureza da causa, deverá ser utilizado o procedimento referente às ações de família. OBJETO DA CAUSA: Obter a decretação do divórcio definindo também a questão da partilha, da guarda, dos alimentos e da visita ao filho do casal, assim como a mudança do nome da esposa. MODELO DE PEÇA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES (SE NÃO HOUVER, VARA CÍVEL) DO FORO DA COMARCA DE (FORO DA GUARDIÃ DO FILHO INCAPAZ, nos termos do ART. 53, I, do CPC). ELISVÂNIA (sobrenome) , brasileira, casada, comerciante, portadora da cédula de identidade RG n. (...), inscrita no CPF/MF sob n. (...), usuária do endereço eletrônico (e-mail), residente e domiciliada nesta cidade, em (endereço), por seus advogados e procuradores infra- assinados, vem, respeitosamente perante vossa excelência, propor AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO PELO PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS AÇÕES DE FAMÍLIA contra ARGEMIRO (sobrenome), brasileiro, casado, comerciante, portador da cédula de identidade RG n. (...) e inscrito no CPF/MF sob n. (...), usuário do endereço eletrônico (e-mail), residente e domiciliado nesta cidade em (endereço), pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas. I. DOS FATOS As partes são casadas sob o regime de comunhão parcial de bens desde 13-8-2000, conforme se verifica da certidão de casamento (doc. Anexo). Não há pacto antenupcial e da união nasceu um filho, Demóstenes, atualmente com 3 (três) anos de idade (doc. Anexo). Após 10 (dez) anos de intenso convívio, o casal se separou de fato; desde 5-9-2015 o réu deixou o lar conjugal, ficando o filho (menor impúbere) sob a guarda fática da autora. O casal tem bens a serem partilhados. Embora o casal se encontre separado de fato, o réu, procurado pela autora, negou-se a acertar consensualmente os termos do divórcio, razão pela qual tornou-se necessária a propositura da presente demanda. II. DO DIREITO a) DIREITO AO DIVÓRCIO Consoante se depreende do art. 226, § 6º, da Constituição Federal, o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio; a EC 66/2010 suprimiu o requisito de prévia separação judicial por mais de 1 (um) ano ou de comprovada separação de fato por mais de 2 (dois) anos. A autora não tem mais interesse na união. É seu direito potestativo divorciar-se do marido, não havendo motivo jurídico que justifique a manutenção do casamento diante da falta de vontade da autora de seguir casada. b) GUARDA, VISITAS E PENSÃO ALIMENTÍCIA A guarda do filho menor, que já está de fato com a mãe, permanecerá com a autora, por atender tal situação ao melhor interesse da criança. O direito de visitas é assegurado ao réu e vem se verificando regularmente, não sendo objeto de discordância. O regime é de retirada da criança do lar materno tem sido aquele contemplado usualmente no cenário jurisprudencial: a cada 15 (quinze) dias o réu a leva, na sexta-feira às 18 horas, trazendo-a no domingo às 18 horas. No dia dos pais a criança fica com o réu, o mesmo ocorrendo nas férias escolares nas duas primeiras semanas. No Natal a criança fica com a autora e na virada do ano com o réu. No que tange ao valor da contribuição para criar e educar o filho, em atenção ao binômio possibilidade/ necessidade, requer seja descontado o valor de 1/3 dos rendimentos do réu, diretamente de sua folha de pagamento, para crédito na conta da autora, cujos dados são (...). Em caso de desemprego, requer desde logo a definição de que o valor da pensão alimentícia equivale a um salário mínimo mensal. Tal referencial atende à proporcionalidade em relação ao cenário atual, considerando que nos dias de hoje o réu aufere cerca de três vezes tal montante. – – A autora não requer a fixação de pensão alimentícia em seu favor por ter condições de trabalhar e, no momento, de se manter c) PARTILHA No tocante aos bens, segue a descrição patrimonial correspondente para que se efetue a partilha considerando o direito da autora à metade de seu valor: imóvel: apartamento no valor venal de R$ 520.000,00 (cujos dados mais detalhados constam nos docs. anexos); veículo automotor no montante de R$ 50.000,00 (especificações nos docs. anexos); d) NOME A autora voltará a adotar o seu nome de solteira, Elisvânia Souza. E) OPÇÃO PELA NÃO REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO Tendo em vista a ocorrência de prévias tentativas de resolução consensual do conflito que foram marcados pela resistência do réu em admitir o fim do casamento, a autora opta pela não realização de audiência de mediação, por entender que tal procedimento restaria infrutífero e danoso para as partes especialmente em relação ao tempo de decretação do divórcio. A opção da autora (referenciada no art. 319, VII, do CPC) deve ser respeitada por força dos princípios informadores da mediação – notadamente a autonomia da vontade das partes (CPC, art. 166, e Lei n ° 13.140/2015, art. 2º, VI) –, assim como em observância a normas do CPC. Nos termos do art. 3o, § 2º, “o Estado promoverá sempre que possível, a solução consensual dos conflitos”; o art. 334, § 4º, II destaca que não será agendada a sessão inicial “quando não se admitir a autocomposição”. No entanto, caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer-se a designação de audiência de mediação (e não de conciliação) por força do vínculo existente entre as partes. Em atenção ao disposto no art. 168 do CPC, indica que escolhe a mediadora Mariangela (sobrenome), (estado civil), (profissão), portadora da cédula de identidade RG n. (número) e inscrita no CPF sob o n. (número), endereço eletrônico (e-mail), residente em (Rua, a) b) c) d) e) número, bairro, CEP), integrante do corpo de mediadores deste tribunal. Nos termos do art. 168, § 1o, do CPC, requer sua nomeação para atuar nesta demanda em caso de concordância do réu. III. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Pelo exposto, requer a autoraseja julgado procedente o pedido da presente ação, decretando-se o divórcio do casal nos termos pleiteados e sendo o réu condenado a arcar com os ônus da sucumbência. Requer ainda: a citação do réu, por Oficial de Justiça, sendo o mandado acompanhado de contrafé para que conheça os termos da presente ação e, querendo, apresente defesa no prazo legal. Requer-se, como já indicado, que não seja designada sessão inicial de mediação por conta do potencial infrutífero da iniciativa; a intimação do digníssimo representante do Ministério Público para intervir no feito (CPC, art. 178, II); a expedição de mandado determinando a averbação da sentença de divórcio junto ao cartório de registro civil competente, para fins de direito; ante a autorização para que a requerente volte a usar o nome de solteira, a expedição de mandado para a alteração no cartório competente; a concessão dos benefícios da gratuidade, com fundamento no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal e do art. 99, § 3º, do CPC, uma vez que a requerente é pessoa pobre e não tem condições de arcar com as despesas do processo sem prejuízo de sua subsistência. Requer provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, especialmente por juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do réu. Dá à causa o valor de R$ (soma do valor dos bens a partilhar mais o valor equivalente a 12 vezes o salário mínimo vigente – CPC, art. 292, I, III e VI).
Compartilhar