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Infertilidade Conjugal [RESUMO]

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Ginecologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
INFERTILIDADE 
Conceito de Infertilidade: não conseguir engravidar, após pelo menos 01 ano tentando. 
Pode ser de dois tipos: 
1. Primária: quando nunca engravidou 
2. Secundária: quando já tem filho 
 
FECUNDIDADE 
É a capacidade de um casal conceber, dentro de um determinado período. 
Ex.: 
Probabilidade de um casal normal engravidar: 
 De 20-25% a cada mês. 
 Em 03 meses, a fecundidade aumenta para 50%. 
 Em 06 meses, aumenta para 75% 
 Em um ano, um casal normal tem 85% de chance de engravidar. 
 
FREQUÊNCIA 
 10-15% dos casais em idade reprodutiva. 
 Pacientes >35 anos devem iniciar investigação com 06 meses de tentativa. 
 
ETIOLOGIA 
1- Homem 25% 
 
2- Mulher 
 Ovulatória 27% 
 Tubária/Uterina 22% 
 Outras (ex.: aderências) 9% 
 
3- Inexplicável 17% 
 
ANAMNESE MASCULINA 
1. Desenvolvimento puberal 
2. Disfunção sexual (erétil) 
3. Disfunção ejaculatória (hipospádia) 
4. DSTs 
5. Obstrução do deferente (epedidimite, prostatite) 
6. Caxumba 
7. Criptorquidia 
8. Varicocele 
9. Quimio ou radioterapia 
10. DM, HAS 
11. Tabagismo e alcoolismo 
12. Medicamentos: cimetidina, tetraciclina, eritromicina, esteroides anabolizantes; 
 
 
Ginecologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
EXAME FÍSCO DO HOMEM 
1. Estatura 
2. Caracteres secundários (pelos axilares e pubianos, barba) 
3. Ginecomastia ou aspecto enucoide sugerem síndrome de Klinefelter (47XXY) 
4. Localização da uretra na glande (hipospadia) 
5. Volume e tamanho testicular 
 
ANAMNESE FEMININA 
1. História ginecológica (menstruação, endometriose, miomatose, cirurgias no colo, alterações no mucocervical, 
DST, DIP, etc.); 
2. História clínica (hiperprolactinemia, hirsutismo, quimio e radioterapia) 
3. História cirúrgica (apendicite, abscessos pélvicos, aderências ou obstrução tubária, cirurgias uterinas, sinéquias 
uterinas; 
4. História medicamentosa 
5. História social (obesidade, tabagismo, alcoolismo, cafeína, drogas ilícitas) 
 
EXAME FÍSICO DA MULHER 
1. Estatura (baixa. Síndrome de Turner) 
2. Hirsutismo, alopecia ou acne (androginismo) 
3. Acantose nigricans (resistência à insulina) 
4. Galactorreia (hiperprolactinemia, hipertireoidismo) 
5. Mucosa trófica, rugosa, úmida, presença de muco (estrogenismo) 
6. Utero aumentado, irregular (miomas) 
7. Utero fixo (aderências, endometriose) 
8. Pesquisa de Clamídia e Gonococos 
 
FORMAS DE INVESTIGAR A DISFUNÇÃO OVULATÓRIA 
 Padrão menstrual 
 Tº basal do corpo (progesterona) 
 Kits preditores de ovulação (pico de LH) 
 Progesterona sérica (>10ng/mL) 
 USG 
 
ENVELHECIMENTO FEMININO E DISFUNÇÃO OVULATÓRIA 
Quanto mais velha a mulher, menor a fertilidade. 
Conforme a idade passa, ela vai perdendo oocitos viáveis. 
Forma de avaliar: 
 Dosagem de FSH >= 10, no 3º-5º dia do ciclo, revela perda da reserva ovariana 
 Dosagem de Estradiol >80pg/mL, no 3º-5º dia do ciclo, revela perda da reserva ovariana 
 Inibina B 
 Hormônio antimulleriano (AMH)  normal é >2.0 | <1.2 é ruim | <0.3 é impossível. Trata-se de um exame 
muito sensível, altera antes mesmo do FSH. 
 Contagem de folículos antrais >= 10 nos dois ovários, no 3º-5º dia do ciclo, pela USG-TV 
Uma contagem > 10 é similar ao exame antimulleriano acima de 2. 
 
Ginecologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
FATORES TUBÁRIOS E PÉLVICOS 
 Aderências 
 Obstruções 
 Infecções: DIP, apendicite, tuberculose genital 
 
FATORES UTERINOS 
 Congenitas (septo uterino, útero unicorno, útero septado) 
Útero septado é a principal causa de aborto habitual 
 Dietilestibestrol (pode causar agenesia parcial do útero, de modo que ele não se forma satisfatoriamente) 
 Polipos endometriais (pólipo é só uma área que cresceu mais que o habitual, aí na histeroscopia ele é 
amolecido, você aperta com o histeroscópio ele amassa, ao contrário do mioma que é duro) 
 Leiomioma 
 Síndrome de Asherman 
 
ABORDAGEM RADIOLÓGICA E CIRÚRGICA 
 Histerossalpingografia 
 USG-TV 
 Histerossonografia 
 Laparoscopia 
 Histeroscopia 
 
FATORES CERVICAIS 
 Alterações mucocervical 
 Conicação do colo 
 Infecções (clamídia, micoplasma...) 
 
Teste pós-coito: 
 Filancia do muco cervical (significa que o muco é característico do período ovulatório) 
 Mobilidade espermática 
 Cristalização do mucocervical 
Você pega essa secreção, coloca numa lâmina e avalia o espermatozoide dentro do muco. Se ele apresentar 
movimentos rápidos significa que está adequado. Depois você esquenta um pouco a lâmina e vê se o muco 
cristaliza, tipo cristais de samambaia, significa que está bem estrogenizado. 
 
ETIOLOGIA DA INFERTILIDADE MASCULINA 
O espermograma: 
 Volume > 1,5 ml 
 >20 milhões de epz 
 Motilidade: rápidos, lentos, progressivos, astenospermia (pouca mobilidade) 
 Morfologia: teste de Kruger > 14%; teratospermia (morfologia estranha);

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