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Endocrinologia do Ciclo Gravídico [RESUMO]

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Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
ENDOCRINOLOGIA DO CICLO GRAVÍDICO 
Durante a gestação, os hormônios são produzidos e secretados por três 
compartimentos, que mantém interrelações complexas. São eles: 
1. Glândulas endócrinas maternas 
2. Placenta 
3. Glândulas endócrinas fetais 
Abaixo seguem as principais mudanças que ocorrem em cada um desses compartimentos. 
 
Sistema Endócrino Materno 
HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO 
– Lobo anterior aumenta de tamanho, por conta da hiperplasia e a 
hipertrofia das células acidófilas produtoras de prolactina. Esse 
aumento glandular pode comprimir o quiasma óptico e reduzir o campo 
visual; 
– Aumento gradual da produção de prolactina durante a gestação; 
– O hormônio hipotalâmico estimulador da tireotrofina (que estimula 
a produção do TSH pela hipófise), embora não altere sua concentração 
durante a gestação, é capaz de atravessar a placenta e estimular a 
produção de TSH pela hipófise fetal. 
– Produção de ACTH e TSH permanece inalterada; 
– Hipotálamo suspende a produção de GnRH, que por sua vez não irá estimular a hipófise, e 
assim a produção de LH e FSH é extremamente reduzida; 
– Aumento de GH. 
 
[?] E as mulheres hipofisectomizadas? A hipófise materna desempenha pouca influência na evolução da 
gestação depois da nidação. Dessa forma, essas mulheres terão gestação normal desde que recebam 
corticosteroides, hormônios da tireoide e vasopressina. 
 
TIREOIDE 
– Tireoide aumenta de volume durante a gestação, por hiperplasia e 
hipertrofia dos ácinos glandulares, além de aumento acentuado da 
vascularização (por isso, é possível verificar sopro vascular à ausculta); 
– T3 e T4 aumentam, por conta do estímulo do TSH coriônico e 
gonadotrofina coriônica humana (hCG); 
– TSH materno tem queda transitória no 1º trimestre, por causa da 
estimulação secundária da tireoide pela hCG. Na 2º metade da gravidez, os 
níveis do TSH retomam aos valores pré-gestacionais ; 
– Fígado produz mais globulina transportadora de T4, além de outras 
proteínas transportadoras de hormônio, em resposta aos altos níveis 
séricos de estrógenos. 
[?] Isso significa que a gestante vai ter T4 em excesso? Não! A gestante mantém-se eutireóidea, pois, apesar 
de a concentração total de hormônios estar aumentada, estes se encontram ligados à globulina 
transportadora de T4; e assim o T4 livre se mantém em taxas normais. 
 
Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
PARATIREOIDES 
– Ocorre hiperplasia das paratireoides e elevação nos níveis séricos 
do PTH. Isso porque na gestação ocorre diminuição da concentração 
sérica de cálcio na mãe. Essa hipocalcemia estimula as paratireoides 
para produzirem PTH, que é um hormônio calcemiante. 
 
 
 
[?] Por que os níveis séricos de cálcio diminuem? Por conta da hemodiluição gravídica, do aumento da taxa 
de filtração glomerular (com maior depuração de cálcio) e da maior transferência de cálcio da mãe para o 
feto através da placenta. Para a osteogênese fetal, durante toda a gestação são necessários 32 g de cálcio. 
 
PÂNCREAS 
– Hipertrofia e hiperplasia das ilhotas pancreáticas 
com hiperinsulinismo e progressivo aumento da 
resistência à insulina. Isso acontece porque os 
estrógenos e a progesterona estimulam a atividade das 
células pancreáticas. 
– Níveis de insulina aumentam a partir do 2º trimestre; 
– Aumento da resistência à insulina causado pelos 
elevados níveis de estrógenos, da progesterona, do 
hormônio lactogênico placentário e dos corticosteroides. 
 
 
[?] E como é que sabem que a insulina aumenta pela maior produção e não pela redução da depuração? 
Não ocorre redução na depuração metabólica da insulina, pois a meia-vida dela não se altera no período 
gestacional e, por ser destruída por potentes insulinases, também não atravessa a placenta. 
 
[?] Beleza, falou da insulina. Mas e o glucagon? Na gestante, a produção de glucagon sofre redução maior 
após a ingestão de glicose do que numa não gestante. Tem que lembrar que o glucagon é um hormônio 
catabólico (promove glicogenólise e lipólise) e a produção pancreática de glucagon aumenta com o estímulo 
dos aminoácidos e diminui após a ingestão de glicose. 
 
[...] Agora uma curiosidade: na gestante normal, ainda que o nível de glicose sérica esteja 
diminuído (discretamente), há maior oferta de glicose para o feto graças à sua transferência 
placentária por difusão facilitada. Nesse caso, as necessidades energéticas da mãe vão ser 
supridas pelos ácidos graxos, que vão aumentar sua concentração por ação lipolítica do hormônio 
lactogênico placentário ou hormônio somatotrófico coriônico. 
– Então, desde que haja uma dieta adequada ao longo da gestação, essas alterações no 
metabolismo energético são benéficas para o feto e inócuas para a mãe. 
– Por outro lado, mesmo um modesto jejum pode causar cetose, o que é potencialmente 
prejudicial ao feto. 
 
 
Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
ADRENAL (CÓRTEX) 
– O volume praticamente não se altera, mas sabemos que ocorre 
hiperplasia da zona fasciculada (que produz glicocorticoides); 
– A concentração de cortisol aumenta 3x mais no 3º trimestre. 
Concomitantemente, ocorre aumento das proteínas que transportam 
cortisol (ex: transcortina que duplica no 1º trimestre e triplica no 3º), 
que tem sua produção aumentada pelo fígado em resposta aos níveis 
elevados de estrógenos; 
– A aldosterona aumenta durante a gestação, por conta da maior produção pela zona glomerular 
das glândulas adrenais. 
– Aumento da renina e de seu substrato determina o incremento da atividade da renina e da 
angiotensina; 
– Aumento da produção de 11-deoxicorticosterona, isso não ocorre por conta do estímulo do 
ACTH como é nas pessoas normais, esse aumento aqui acontece pela conversão a partir da 
progesterona nos tecidos periféricos. 
– Aumento discreto na produção de andrógenos e globulinas transportadoras dos hormônios 
sexuais (SHBG). 
 
[?] E como fica o cortisol no feto? O nível de cortisol materno é 08-10x maior que o verificado no feto. Isso 
porque o cortisol livre atravessa facilmente a placenta, mas a porção ligada a proteínas apresenta velocidade 
de transferência placentária três vezes menor. 
 
[?] Esse aumento do sistema renina-angiotensina-aldosterona causa aumento da PA na gestante? Não! Pois 
ocorre redução da sensibilidade do sistema vascular materno à angiotensina. Além disso, os altos níveis de 
renina, angiotensina e aldosterona observados nas gestantes estão sujeitos ao controle normal de 
retroalimentação, pois respondem de maneira adequada a alterações na postura, ingestão de sódio e 
sobrecarga ou restrição de água, de forma semelhante ao que é observado na não grávida 
 
OVÁRIOS 
– Corpo lúteo apresenta exuberante desenvolvimento, em 
torno do 22º dia após a fecundação. O corpo lúteo secreta 
principalmente a progesterona, que tem a secreção 
aumentada devido a crescentes níveis séricos de hCG; 
– A progesterona é responsável pela manutenção da 
gestação; 
– No final do período embrionário, o corpo lúteo materno 
atinge maior vascularização e suas células se apresentam 
hiperplasiadas e hipertrofiadas. 
[?] Onde fica sendo produzida a progesterona para manter a gestação? O corpo lúteo é indispensável paraa manutenção da gestação durante as primeiras 8 semanas. Após 8 semanas de gestação, a placenta 
assume a produção de progesterona e, com a queda da produção da hCG, o corpo lúteo involui 
significativamente. 
 
 
 
 
 
Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
Placenta 
Os hormônios placentários regulam o crescimento e a diferenciação do próprio trofoblasto, 
influenciam o crescimento e a homeostase fetal, modulam a reação imunológica materna 
diante do produto conceptual, regulam as alterações cardiovasculares e nutricionais 
maternas, protegem o feto de infecções e preparam o organismo materno para o parto e 
a lactação. 
 
GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA – hCG 
 Produzido pelas vilosidades coriônicas. 
 Nas primeiras semanas, os níveis de hCG dobram a cada 1,7 a 2 dias e atingem valores 
máximos entre 60 e 80 dias de gravidez. Depois disso, ocorre declínio gradual até o 
final da gestação. 
– Níveis muito altos de hCG: pensar em gestações múltiplas, Síndrome de Down 
ou gravidez molar. 
– Níveis muito baixos de hCG: pensar em gravidez ectópica ou aborto espontâneo. 
 No início da gestação, a hCG atua na manutenção morfológica e funcional do corpo 
lúteo (função luteotrófica semelhante ao LH hipofisário). 
 A hCG tem atividade tireotrófica intrínseca (mas de apenas 1:4.000 da potência do 
TSH humano). Só que quando há níveis muito elevados desse hormônio, como 
observado na doença trofoblástica gestacional, essa atividade tireotrófica intrínseca 
pode ser suficiente para provocar hipertireoidismo clínico. 
A hCG é, possivelmente, o primeiro sinal da presença de tecido trofoblástico no organismo 
materno; sua identificação constitui ferramenta importante no diagnóstico precoce de gestação. 
 
HORMÔNIO LACTOGÊNICO PLACENTÁRIO – HLP 
Também chamado de: hormônio somatotrófico coriônico, somatotrofina coriônica, 
coriossomatotrofina e somatotrofina placentária. 
 Produzido no sinciciotrofoblasto, é encontrado no plasma a partir da 3ª semana. 
 A concentração de HLP no sangue materno está diretamente relacionada com o peso 
fetal e da placenta. 
 Nas gestações múltiplas os níveis séricos são mais elevados quando comparados 
àqueles observados em gestações únicas. 
 Exerce efeito metabólico importante: assegura as demandas nutricionais do feto, 
apresenta efeito lipolítico e facilita a mobilização dos ácidos graxos livres. 
 É responsável pelo aumento da resistência periférica materna à ação da insulina, 
especialmente no fim da gestação, fato que propicia maior disponibilidade de glicose 
para as necessidades energéticas do feto 
 A concentração de HLP se altera de acordo com a glicemia: hiperglicemia (diminui HLP), 
hipoglicemia (aumenta HLP). 
 
 
Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
HORMÔNIO TIREOTRÓFICO CORIÔNICO 
Também chamado de: tireotrofina coriônica ou placentária, coriotireotrofina e tireotrofina 
coriônica humana. 
 Possui semelhança com o TSH hipofisário. 
 A secreção é maior no fim do primeiro trimestre. 
 A potência estimulante da tireoide é muito menor que a do TSH hipofisário humano. 
 
PROGESTERONA 
O corpo lúteo é o responsável pela maior quantidade de progesterona produzida nas 
primeiras 6 a 8 semanas da gestação. À medida que o trofoblasto se desenvolve, a 
progesterona placentária é produzida em concentrações crescentes, de tal modo que a 
partir dessa época a progesterona de origem ovariana já é dispensável para a evolução 
normal da gestação. 
 90% é secretada na circulação materna e 10% na fetal. 
 Prepara e mantém o endométrio para implantação embrionária. 
 Serve de substrato para produção de glicocorticoides e mineralocorticoides pela 
suprarrenal do feto. 
 A produção aumenta progressivamente no decorrer da gravidez, com pico (300 mg) 
poucas semanas antes do parto. 
 
ESTROGÊNIO 
Durante a gestação, a placenta produz de modo crescente e progressivo grande 
quantidade de estrógenos. 
A produção estrogênica pela placenta ocorre a partir de precursores androgênicos 
especialmente o DHEA-S (precursor do estradiol e da estrona) e o sulfato de 16-alfa-
hidroxi-hidroepiandrosterona (precursor do estriol). 
O estrogênio produzido pela placenta é proveniente do DHEA-S materno, que sofre 
conversão em DHEA, que lá na placenta vai ser convertido em estrogênio. Ele converte na 
placenta, mas o substrato vem da mãe. 
 A síntese de estrogênio aumenta muito durante a gravidez, alcançando níveis de 80 
mg/dia. 
 A maior parte do estrogênio produzido pela placente é estriol. 
 Essa produção de estrogênio durante a gestação reflete interações entre a suprarrenal 
fetal e materna, e o fígado fetal. 
Funções do estrogênio: 
– Implantação placentária 
– Crescimento uterino 
– Aumento do fluxo sanguíneo uteroplacentário 
– Proliferação do sistema ductal mamário 
Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
ALFAFETOPROTEÍNA – AFP 
É uma glicoproteína derivada do fígado fetal (principalmente) e do saco vitelino 
(parcialmente) 
Altos níveis de AFP se relacionam com anormalidades fetais: 
– Defeito no tubo neural 
– Obstrução intestinal 
– Onfalocele 
– Nefrose congênita 
 
ATIVINA E INIBINA 
São glicoproteínas do fator de crescimento transformador beta. 
Ativina: potencializa a secreção de hCG GnRH-estimulada. 
– Atua no início da parturição por estimulação da produção de PGEs pelas 
membranas fetais 
Inibina: interrompe a estimulação de GnRH no sincíciotrofoblasto para secreção de hCG. 
 
RELAXINA 
 É um hormônio peptídio, da família da insulina. 
 Produzida pelo corpo lúteo. 
 Concentrações sobem no 1º trimestre (quando o corpo lúteo é dominante) e caem a 
partir do 2º trimestre. 
Funções: 
– Remodelação do colágeno 
– Amolecimento da cérvice materna 
– Inibição da contratilidade uterina 
 
PROLACTINA 
 A secreção é limitada à hipófise fetal, hipófise materna e útero 
 As concentrações elevam-se até a 20ª semana, depois diminuem 
Funções: 
– Produção do leite 
– Amadurecimento das glândulas mamárias 
 
 
 
Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROFINA 
É um hormônio hipotalâmico que regula a função hipofisária e da suprarrenal. 
 Detectado a partir da 20ª semana. 
 Aumenta os níveis no final da gravidez. 
 Está envolvido no determinismo do parto  “relógio placentário”. Controla a duração 
da gravidez humana. Esse hormônio causa modificações no corpo materno para que 
possa entrar em trabalho de parto. 
 
PROTEÍNAS PLACENTÁRIAS 
A placenta produz várias proteínas, tanto as produzidas exclusivamente na gravidez 
quanto outras encontradas fora do estado gravídico. 
As associadas à gravidez são chamadas de (PAPP) A, B, C, D. 
 
A PAPP-A tem sido utilizada no 1º trimestre para rastreamento bioquímico de aneuploidias 
fetais. Quanto mais próximo do 1, mais chance do bebê ser sadio. Se <1, há maior risco 
de aneuploidia 
 
 
Sistema Endócrino Fetal 
O conhecimento da endocrinologia fetal é ainda bastante incompleto. 
Hormônios Hipotalâmicos: Os núcleoshipotalâmicos se encontram totalmente 
diferenciados ao final do período embrionário, e a eminência média já está estruturada 
com 8 semanas de idade gestacional. Os neurotransmissores hipotalâmicos podem ser 
encontrados na eminência mediana já a partir de 12 semanas de gravidez. 
Hormônios Hipofisários: A conexão circulatória direta entre o hipotálamo e a hipófise se 
dá por meio de um sistema porta que se estabelece completamente com o término da 
invasão dos vasos capilares em torno de 16 semanas de gestação. 
Obstetrícia Thomás R. Campos 
Fisiologia da Gestante e do Feto Medicina - UFOB 
TESTÍCULOS 
Os testículos podem ser detectados ao redor de 6 semanas. 
 As células que sintetizam a testosterona fetal são funcionais já durante esse estágio 
de desenvolvimento embrionário, já que a produção máxima de testosterona coincide 
com o período de maior produção de hCG pela placenta. 
 O hCG estimula as células de Leydig dos testículos fetais, estimulando a liberação de 
testosterona. 
 Também são importantes outras substâncias produzidas pelos testículos, 
especialmente o fator inibidor dos ductos müllerianos (produzidos pelas células de 
Sertoli e responsáveis pela inibição do desenvolvimento desses duetos) 
 
OVÁRIOS 
São reconhecíveis por volta de 7 a 8 semanas. 
 Ainda que o ovário fetal não tenha capacidade de produzir testosterona na primeira 
metade da gestação, essa gônada fetal parece ser competente em metabolizar 
andrógenos sem a participação de estrógenos a partir de 8 semanas de gestação. 
 Especula-se que os estrógenos possam estimular, por ação local, o desenvolvimento 
dos folículos ovarianos.

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