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Adaptações do Organismo na Gestação

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26/06/2017
1
Adaptações do organismo 
materno à gestação
Profª Msc. Sandra L. Felix de Freitas
Sandra L. Felix de Freitas 2
Objetivos:
Que a(o) aluna(o) ao final da conferência sinta-se
motivado para buscar conhecimentos sobre as
adaptações do organismo materno a gestação.
Com a nidação do ovo é preciso
que o organismo da grávida se
altere, adaptando-se para
permitir sua vivência e nutrição
adequadas.
Introdução
Sandra L. Felix de Freitas 3
Para uma adequada atenção pré-natal faz-se 
necessário conhecer as
ADAPTAÇÕES/ALTERAÇÕES DO 
ORGANISMO MATERNO À GESTAÇÃO.
A gravidez  série de alterações anatômicas, fisiológicas e
bioquímicas no organismo materno, que resultam em sinais e
sintomas próprios.
Alguns destes sinais e sintomas despertam apenas curiosidade,
outros podem causar sintomas desagradáveis.
Pré-natalista: orientar, encaminhar, apoiar e tranquilizar a
gestante para que a gravidez transcorra de maneira agradável.
Sandra L. Felix de Freitas 4
As exigências da prenhez atingem os limites da capacidade
funcional de muitos órgãos maternos, podendo fazer despontar,
ou agravar, quadros patológicos preexistentes.
Algumas alterações são percebidas e
referidas pela gestante durante a
entrevista...
...Outras são observadas durante o exame
físico
Sandra L. Felix de Freitas 5
AS PRIMEIRAS ALTERAÇÕES MATERNAS 
O organismo materno sofre modificações para receber, nutrir,
proteger e para oportuna expulsão do concepto.
• Amenorréia secundária
• Náuseas e vômitos (que ocorrem mais
freqüentemente pela manhã) - acometem 1/3
das grávidas, cessando no final da 12ª semana;
• Tonturas, sonolência, alterações do apetite,
perversões do apetite e constipação intestinal;
•Polaciúria
6
Sandra L. Felix de Freitas
Adaptações do aparelho reprodutor feminino
Mamas
• Congestão mamária (com 5 semanas)
• Hiperpigmentação da aréola primária (8ª sem)
• Rede de Haller – aumento da circulação venosa
da mama (16ª sem)
• Pré-colostro (16ª sem)
• Tubérculos de Montgomery;
• Sinal de Hunter –20ª sem
26/06/2017
2
Sandra L. Felix de Freitas 7
Útero
• Ocorre hipertrofia e dilatação, aumento do
tamanho e número de vasos sanguíneos e linfáticos.
• Alterações no tamanho, forma e posição – piriforme
inicialmente, depois o corpo e fundo assumem uma
configuração globular no fim do terceiro mês de
gestação.
• Alterações da contratilidade
Do primeiro trimestre em diante, o útero sofre
contrações irregulares, geralmente indolores –
Braxton Hicks - esporádicas e imprevisíveis,
geralmente arrítmicas
Sandra L. Felix de Freitas 8
• Sinal de Holzapfel – o útero, por volta da 8ª semana, adquire
consistência cística, elástico-pastosa
• Sinal de Hegar – amolecimento do
istmo
• Sinal de Goodel – amolecimento do colo,
consistência cística, elástico-pastosa (8ª
semana)
• Sinal de Mac Donald – em virtude do amolecimento do
istmo, o útero exagera sua anteversoflexão.
• Sinal de Piskacek ou Braum-Fernwald –
assimetria do corpo uterino (8ª semana)
Sandra L. Felix de Freitas 9
Sandra L. Felix de Freitas 9
• Sinal de Nobile-Budin –
preenchimento dos fundos-de-sacos 
vaginais (8ª semana)
• Logo após a concepção, forma-se um tampão de muco muito
espesso (rolha de Schroeder) que leva à obstrução do canal
cervical. No início do trabalho de parto, este tampão mucoso é
expulso.
• A redução de consistência do muco cervical e aumento do
conteúdo vaginal deve-se à estimulação cervical pelo estrogênio e
progesterona.
Sandra L. Felix de Freitas 10
• Surgem frequentemente as ectopias ou
ectrópios.
ectrópio - eversão do epitélio colunar sobre a
ectocérvice, extensa área avermelhada na
ectocérvix ao redor do orifício cervical
externo.
Ovários e Trompas de Falópio - A ovulação cessa durante a
gravidez e o recrutamento e maturação de novos folículos são
suspensos.
Sandra L. Felix de Freitas 11
Vagina e Períneo
• Sinal de Jacquemier ou de Chadwiick – coloração
violácea da vulva (8ª semana)
• Sinal de Osiander – percepção dos batimentos do pulso vaginal
(8ª semana)
• Sinal de Kluge - coloração violácea da mucosa vaginal (8ª semana)
• Sinal de Puzos – rechaço fetal intra-uterino (impulsiona-se o feto
com os dedos no fundo-de-saco posterior (14ª semana) ;
•pH ácido -  produção de ácido lático a partir da ação dos
lactobacilos no glicogenio do epitélio vaginal.
Sandra L. Felix de Freitas 12
Sistema Cardiovascular
Coração:
– eleva-se e roda anteriormente para a esquerda (devido o
aumento uterino que faz com que o diafragma se desloque para
cima);
– hipertrofia leve, secundária ao aumento do volume sanguíneo
circulante e ao débito cardíaco aumentado – volta ao normal após
o parto;
– a freqüência cardíaca aumenta de 10 a 15 bpm entre a 14ª a 20ª
semana, persistindo elevada até o termo. Podem ocorrer
palpitações.
Vasos sanguíneos:
– Redução da resistência vascular periférica.
26/06/2017
3
Sandra L. Felix de Freitas 13
Volume sanguíneo
Aumenta cerca de 20% durante a gravidez.
• A hipervolemia inicia-se no 1ºtrimestre, a partir da 6ª a 8ª
semana, aumenta rapidamente no segundo, diminui a velocidade
de aumento no terceiro trimestre e estabiliza em torno das 32-34
semanas
O aumento do volume sanguíneo resulta do aumento de: plasma
(40 a 50%) e da massa eritrocitária (30 a 33%).
• A hemodiluição (anemia fisiológica) ocorre porque o aumento da
massa eritrocitária é menor que a expansão plasmática.
• taxa de leucócitos  durante o 2º trim e atinge pico no 3º.
• taxa de plaquetas  ligeiramente - hemodiluição e  de consumo
Sandra L. Felix de Freitas 14
• Aumento de vários fatores da coagulação:
▪ fibrinogênio (fator I),
▪ protrombina (fator II),
▪ pro-convertina (fator VII),
▪ fator anti-hemofílico (VIII),
▪ fator de Christmas (IX),
▪ fator de Stuart (X)
diminuindo a chance de sangramento e aumentando a sua
vulnerabilidade à trombose.
Sandra L. Felix de Freitas 15
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Pressão arterial
A pressão arterial sistêmica diminui ligeiramente durante a
gravidez, logo desde as primeiras semanas. A pressão arterial
sistólica varia pouco, mas a diastólica reduz-se 5 a 10mmHg
entre as 12 e 26 semanas. Ao aproximar-se o termo, é habitual
os valores de pressão arterial regressarem aos níveis observados
antes da gravidez.
Obs.: verificar sempre no mesmo
braço e com a mulher na mesma
posição pois ocorrem variações:
- sentada – mais alta
- DL – mais baixa
Sandra L. Felix de Freitas
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA - redução excessiva da pressão arterial
ao adotar-se a posição vertical, o que provoca uma diminuição do
fluxo sanguíneo ao cérebro podendo levar ao desmaio.
SÍNDROME DA HIPOTENSÃO SUPINA:
em decúbito dorsal a veia cava inferior
e aorta abdominal são comprimidas
pelo útero gravídico, ocorrendo  do
retorno venoso, do débito cardíaco 
hipotensão acompanhada por tontura
(lipotimia ou lipotímia), desfalecimeto,
palidez, taquicardia, sudorese e
náusea.
Orientação – manter gestante em
decúbito lateral, preferencialmente
esquerdo.
Sandra L. Felix de Freitas 17
Pressão venosa
A pressão venosa da metade
superior do corpo não sofre
alterações significativas
durante a gravidez, mas, nas
extremidades inferiores,
aumenta significativamente,
sobretudo na posição supina,
ortostática e sentada.
DC = Vm x FC
PA = DC x RP
Porque a pressão arterial diminui?
Sandra L. Felix de Freitas 18
Débito cardíaco
é o produto do volume de ejeção pela freqüência
cardíaca.
Ele aumenta cerca de 40% durante a gravidez,
atingindo um valor máximo às 20-24 semanas e torna-
se muito sensível a alterações posturais.
Esta sensibilidade aumenta ao longo da gravidez visto
que o útero comprime a veia cava inferior, diminuindo
o retorno venoso.
26/06/2017
4
Sandra L. Felix de Freitas 19
Metabolismo do Ferro
apesar da absorção do ferro estar elevada durante a
gestação, a quantidade de ferro absorvido pela dieta,
junto com a mobilização do ferro estocado, seria
insuficiente em geral para suprir a demanda imposta pelo
processo gravídico.
Anemia Ferroprivaem gestantes – ocorre devido ao
aumento das necessidades do mineral decorrente da rápida
expansão da massa celular vermelha e pelo crescimento
acentuado dos tecidos.
Sandra L. Felix de Freitas 20
Consequências da anemia em gestantes: 
▪ > risco de morbidade e mortalidade fetal e materna;
▪ > risco ao parto prematuro e baixo peso ao nascer, (infecções
e mortalidade infantil).
Sandra L. Felix de Freitas 21
Sistema Respiratório
Alterações anatômicas
• No início da gravidez, ocorre dilatação capilar, levando a edema
da nasofaringe, laringe, traquéia e brônquios  a voz modifica-
se, respiração pelo nariz torna-se mais difícil.
• O diafragma desloca-se cerca de 4 cm para cima à medida que a
gestação avança a respiração torácica substitui a abdominal.
• A gestante respira mais profundamente – aumentando o
volume corrente
• Freqüência respiratória ligeiramente maior.
Sandra L. Felix de Freitas 22
Alterações no sistema urinário
- morfológicas
As mudanças na estrutura renal - por ação
hormonal (estrogênio e progesterona), da pressão
exercida pelo útero aumentado e do aumento do
volume de sangue.
Pelve renal e ureteres – dilatação a partir da 10ª
semana – levando a estase urinária –
aumentando a suscetibilidade à ITU.
Polaciúria – início e final da gestação
Sandra L. Felix de Freitas 23
Alterações funcionais
• O tempo de filtração glomerular e o fluxo de plasma renal
aumentam no início da gravidez.
• A função renal é mais eficiente na posição de decúbito lateral
e menos da supina – o DL amplia a perfusão renal, aumenta a
eliminação urinária e diminui edema.
• Reabsorção tubular prejudicada – podendo ocorrer glicosúria
– aumenta risco para ITU.
Sandra L. Felix de Freitas 24
Sistema Gastrointestinal
• Apetite – oscila
• Náuseas com ou sem vômitos – mais freqüentes no período
matutino – desaparece no final do 1º trimestre.
• Perversões do apetite
• Boca – epúlide – gengivas hiperêmicas, esponjosas e
edemaciadas, com tendência a sangramento (ação estrogênica)
• Ptialismo
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5
Sandra L. Felix de Freitas 25
• Pela ação da progesterona a atividade
peristáltica e o tono diminuem, provocando
a regurgitação esofágica, esvaziamento
gástrico lento, podendo levar à indigestão
ácida ou azia (pirose) e à constipação
intestinal.
• Desconforto abdominal: pressão ou peso
pélvico, tensão dos ligamentos redondos,
flatulência, distensão, cólicas intestinais ou
contrações uterinas.
• Aumento do fluxo sanguíneo na pelve,
aumentando pressão venosa, contribuindo
para o aparecimento de hemorróidas.
Sandra L. Felix de Freitas 26
Sistema Endócrino
Hormônios da gravidez
Gonadotrofina coriónica humana (hCG) - secretada pelo
sinciciotrofoblasto e pode ser detectada no sangue ou urina 9 dias
após a concepção.
Funções: manter o corpo lúteo além da sua duração habitual,
estimular a síntese de relaxina e inibe a secreção hipofisária de LH.
Sandra L. Felix de Freitas 27
Progesterona
É o hormônio mais diretamente responsável pela instalação e
manutenção do feto na cavidade uterina.
Funções: estimular a secreção de nutrientes pela trompa de
Falópio e glândulas endometriais por forma a manter o zigoto;
manter a decídua uterina, inibir as contrações uterinas,
estimular o desenvolvimento dos sacos alveolares mamários,
inibir respostas imunológicas maternas a antígenos fetais e
estimular o centro respiratório da grávida, aumentando a
ventilação.
A placenta começa a sintetizar progesterona por volta 6ª
semana e na 12ª semana segrega quantidades suficientes para
substituir o corpo lúteo.
Sandra L. Felix de Freitas 28
Estrogênios
A produção de estrógenos (estradiol,
estrona e estriol) aumenta na gravidez.
Funções: estimular o crescimento contínuo
do miométrio uterino e o desenvolvimento
do sistema ductal mamário, do qual se
desenvolverão os alvéolos, aumentar a
síntese de progesterona.
Inicialmente são sintetizados pelo corpo
lúteo sob a ação da hCG, papel que mais
tarde é assumido pela placenta.
Sandra L. Felix de Freitas 29
Lactogénio placentário humano (hPL) ou
somatomamotrofina coriónica humana
(hCS) é sintetizado pelo sinciciotrofoblasto
e pode ser detectado logo na 4ª semana.
Funções: atividade lactogênica, estimula a
lipólise materna e antagoniza as ações da
insulina no metabolismo glicídico.
Prolactina
A principal função deste hormônio na 
gestante é assegurar a lactação.
Sandra L. Felix de Freitas 30
Relaxina - segregada pelo corpo lúteo e
possivelmente pela decídua uterina.
Função: relaxante miometrial e:
• amolecimento e apagamento do colo uterino,
• alterações na pressão arterial,
• alterações na mobilidade da sínfise púbica,
• regulação da lactação e
• remodelagem dos tecidos conjuntivos.
Na 1ª fase funciona como calmante uterino e em
fases mais tardias pode facilitar a passagem do feto
pelo canal do parto.
26/06/2017
6
Outras alterações hormonais da gravidez
- secreção de insulina aumenta até um pico no 3º trimestre. Há
ainda uma resistência periférica à ação da insulina.
- hipófise aumenta cerca de 135% durante a gravidez;
- volume aumentado da tireóide: hiperplasia e vascularização.
Hiperpigmentação da aréola, abdome e face – dá-se pela
hiperfunção do lobo anterior da hipófise – as células basófilas
secretam hormônio melanotrófico.
Sandra L. Felix de Freitas 32
Alterações metabólicas
ocorrem em resposta ao rápido crescimento
do feto e placenta e são numerosas e
profundas. Deste ponto de vista, a gravidez
pode ser dividida em 2 fases:
• durante a 1ª metade da gravidez - a mulher
encontra-se num estado anabólico e o
produto de concepção não representa uma
sobrecarga nutricional grave;
• na 2ª metade da gravidez (especialmente no terço final) - os
pesos fetal e placentário aumentam aceleradamente elevando as
necessidades calóricas à custa do metabolismo materno.
Sandra L. Felix de Freitas 33
Aumento ponderal
a maior parte do aumento ponderal é
atribuível ao útero e seus conteúdos,
mamas e aumento do volume plasmático
e fluido intersticial.
Em média, a grávida aumenta cerca de
12.5K, dando-se a maior parte deste
aumento nos dois últimos trimestres.
Metabolismo da água
O aumento de retenção hídrica é uma
alteração fisiológica normal da
gravidez.
Sandra L. Felix de Freitas 34
Metabolismo glicídico
A gravidez é um estado potencialmente diabetogênico - a diabetes
mellitus pode agravar neste período ou surgir neste contexto o DG.
Na a 1ª metade da gestação, há necessidade fetal de glicose para
crescer e se desenvolver.
FASE HIPOGLICÊMICA
Para preencher sua necessidade de “combustível” o feto 
consome estoque de glicose materna,  a capacidade da
gestante de sintetizar a glicose ao sequestrar seus aminoácidos
 levando-a a valores de glicemia baixo
Sandra L. Felix de Freitas 35
Na 2ª metade  placenta cresce e produz quantidades
progressivamente maiores de hormônios (hPL, estrogênio e
progesterona)
 glicemia
FASE DIABETOGÊNICA
Hormônios placentários maior produção de cortisol pelas adrenais
antagonismo à insulina
a disposição do feto
estimula pâncreas aumentar produção de
insulina
caso não seja capaz – DG
Sandra L. Felix de Freitas 36
Sistema Tegumentar
A maioria das grávidas apresenta um aumento de pigmentação
cutânea, mais evidente em determinadas regiões corporais: a
face e pescoço (manchas hiperpigmentares que se designam por
cloasma gravídico e que regridem, pelo menos parcialmente,
após o parto), sinal de Hunter, linea nigra (escurecimento da
linha alba) e vulva.
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7
Sandra L. Felix de Freitas 37
A hiperpigmentação é estimulada pelo
hormônio melanotropina da hipófise
anterior.
Angiomas do tipo aranhas vasculares –
estrogênio
Estrias - resultam de alterações do tecido
conjuntivo, designadamente maior retenção
hídrica, por ação estrogênica.
Estrias ou víbices - representam soluções de continuidade
da derme, de cor avermelhada ou arroxeada no início
(estrias violáceas) e depois esbranquiçadas (estrias
nacaradas).
Sandra L.Felix de Freitas 38
Sistema Músculo-Esquelético
A inspeção geral inclui o aspecto
da gestante, que no dizer de
Briquet tem...
...o rosto cheio, olhar vivo,
respiração ativa, cintura alargada
e curva dos quadris aumentada.
Sandra L. Felix de Freitas 39
Sistema Músculo-Esquelético
- Embebição gravídica: ligamentos mais relaxados,
particularmente os relacionados com a bacia. Tal deve-se à
ação do hormônio relaxina.
A diminuição da rigidez das articulações sacro-ilíacas,
sacrococcígeas e sínfise púbica permite movimentos de
báscula durante o parto. A sínfise púbica alarga-se 3 a 4mm.
Sandra L. Felix de Freitas 40
O volume uterino aumenta
acentuando a lordose lombar.
• O centro de gravidade - deslocado
para os membros inferiores,
• a grávida tenta compensar com
flexão anterior do pescoço e
inclinando anteriormente a cintura
escapular,
• resultando numa tração dos nervos
cubital e mediano.
Sandra L. Felix de Freitas 41
A queixa mais frequente associada a
estas alterações é a lombalgia que
poderá ser minimizada numa grávida
com melhor condicionamento físico.
Shakespeare denominou esta postura 
"orgulho da gravidez". 
Diagnósticos de Enfermagem / 
Prescrição de Enfermagem
DE: Menstruação anormal (CIPE, 2017).
PE: 
solicitar Teste Imunológico de Gravidez;
Orientar a cliente para colher a primeira urina da manhã;
Agendar retorno para avaliar o resultado de exame.
Se amenorréia há mais de 10 semanas, tentar auscultar os BCFs com Sonnar Doppler.
Sandra L. Felix de Freitas
26/06/2017
8
Sandra L. Felix de Freitas 43
DE: Conhecimento deficiente sobre a importância do pré-natal,
evidenciada por verbalização do problema e seguimento
inadequado de instruções, relacionado à falta de exposição, falta
de familiaridade com os recursos de informações e interpretação
errônea de informações.
PE:
1. Orientar a gestante sobre a importância das consultas regulares no
pré-natal durante toda a gravidez;
2. Estimular a participação do cônjuge ou outra pessoa significativa
nas consultas do pré-natal;
3. Incentivar a gestante a comparecer em, no mínimo, seis consultas 
de pré-natal, conforme preconiza o Ministério da Saúde (BRASIL, 
2005);
4. Explicar para a gestante sobre os exercícios e repousos adequados
durante a gestação - Uma boa preparação corporal e emocional
capacita a mulher a vivenciar a gravidez com prazer, permitindo-lhe
desfrutar plenamente seu parto (BRASIL, 2005);
Conhecimento deficiente sobre o preparo das mamas para o
aleitamento, caracterizada por verbalização do problema,
relacionado à falta de exposição, falta de familiaridade com os
recursos de informações.
Sandra L. Felix de Freitas 44
PE:
1. Instruir a gestante quanto à necessidade do uso de sutiã de
sustentação firme, com alças largas para equilibrar o peso das
mamas (RICCI, 2008);
2. Esclarecer que o uso de sabonete, creme ou pomadas no mamilo
deve ser evitado (BRASIL, 2005);
3. Estimular a cliente a enxaguar a área mamilar com água pura
durante o banho, para mante-la limpa (RICCI, 2008);
4. Recomendar banhos de sol nas mamas por 15 minutos, até 10
horas da manhã ou após as 16 horas, ou banhos de luz com
lâmpadas de 40 watts, a cerca de um palmo de distância (BRASIL,
2005);
Sandra L. Felix de Freitas 45
DE: Náusea, evidenciada por (NANDA, 2017)
PE: 
Sandra L. Felix de Freitas 46
DE: Risco para nutrição desequilibrada, mais que as necessidades corporais, 
relacionadas à gestação (NANDA, 2017).
PE: 
Sandra L. Felix de Freitas 47
DE: Eliminação urinária prejudicada, evidenciada por relato de polaciúria, 
relacionada à gravidez (NANDA, 2017).
PE: 
Sandra L. Felix de Freitas 48
DE: Constipação, evidenciada por relato de fezes endurecidas, relacionadas à 
gravidez (NANDA, 2017).
PE: 
26/06/2017
9
Sandra L. Felix de Freitas 49
DE: Mastalgia atual (CIPE, 2017)
PE: 
Sandra L. Felix de Freitas 50
DE: Risco de Infecção, relacionado à barreiras primárias inadequadas 
(ectopia) (NANDA, 2017).
PE: 
Sandra L. Felix de Freitas 51
DE: Risco de trauma, relacionado à possibilidade de hipotensão ortostática 
(NANDA, 2017)
PE: 
Sandra L. Felix de Freitas 52
DE: Edema atual em MMII (CIPE, 2017)
PE: 
Sandra L. Felix de Freitas 53
DE: Dispepsia atual (CIPE, 2017)
PE: 
 Astenia e desmaios
 Cólicas, flatulência e constipação 
intestinal
 Hemorróidas
 Corrimento vaginal
 Queixas urinárias
 dispnéia
 Lombalgia
 Cefaléia
 Epúlide (sangramento nas 
gengivas)
 Varizes
 Câimbras
 Cloasma gravídico
 Estrias
Sandra L. Felix de Freitas 54
OUTRAS QUEIXAS FREQUENTES NA GESTAÇÃO 
Ver apostila com diagnósticos e intervenções de enfermagem
26/06/2017
10
Sandra L. Felix de Freitas 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / 
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013.
FREITAS, S.L.F de. Ocorrência das vulvovaginites em gestantes de baixo risco. 
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Centro 
de Ciências Biológicas e da Saúde. Campo Grande, MS, 2008. 
LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I.M. O cuidado em enfermagem 
materna. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
Sandra L. Felix de Freitas 56
“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará
assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário
que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena
ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.”
Albert Einstein
Sandra L. Felix de Freitas 57

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