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Aula 7 - Fármacos de ação adrenérgica

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3/28/2020 
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SDE3853 – FARMACOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
Aula 07: FÁRMACOS DE AÇÃO ADRENÉRGICA 
As drogas simpatomiméticas são os agonistas adrenérgicos, ou seja, os fármacos 
que reforçam os efeitos do sistema simpático. 
 
EFEITOS: 
- Ação excitatória periférica em alguns tipos de musculatura lisa (vasos de pele, 
rins, membranas) e glândulas (ex. salivares e sudoríparas). 
- Ação inibitória periférica em alguns tipos de musculatura lisa (parede do trato 
gastrointestinal, árvore brônquica, vasos de musculatura esquelética). 
- Ação cardíaca excitatória que aumenta a força de contração e a frequência 
cardíaca (FC). 
- Ações metabólicas, como aumento da glicogenólise hepática e muscular e 
liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo. 
 
Simpatomiméticos 
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- Ações endócrinas como a modulação (aumento ou diminuição) de insulina, 
renina e hormônios hipofisários. 
- Ações no sistema nervoso central (SNC), como estimulação respiratória, estado 
de alerta e atividade psicomotora e redução do apetite. 
- Ações pré-juncionais que tanto podem inibir como facilitar a liberação de 
neurotransmissores, sendo a inibição a de maior importância fisiológica. 
Simpatomiméticos 
Simpatomiméticos 
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Classificação farmacológica 
 
Os fármacos adrenérgicos podem agir: 
• de forma direta (a droga liga-se ao receptor e 
promove o efeito) (inespecíficos ou específicos); 
• indireta (a droga aumenta a disponibilidade de 
norepinefrina (NE) ou adrenalina): aumento da 
síntese de neurotransmissor ou redução da 
metabolização ou redução da receptação do 
neurotransmissor; 
• mista. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
COMT: catecol O-metiltransferase 
MAO: monoamina oxidase 
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Agonistas de ação direta: São drogas que agem diretamente no receptor, ativando-
o. 
Agonistas de ação direta não seletivos (inespecíficos): Os principais fármacos 
agonistas são as catecolaminas endógenas (adrenalina e norepinefrina). Além 
delas, a isoprenalina (ou isoproterenol) é outra droga importante. 
 
Norepinefrina 
Age em receptores alfa1, alfa2 e beta1-adrenérgicos. 
Indicações: choque séptico; situações em que se deseja elevar o efeito 
vasoconstritor periférico (RVP). 
Efeitos colaterais: elevação da pressão arterial (PA), vasoconstrição periférica e 
visceral, oligúria (vasoconstrição renal), taquicardia, tremor fino das mãos, palidez, 
hipertensão, hiperglicemia, ansiedade, etc. 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
Adrenalina 
Age em receptores alfa1, alfa2, beta1 e beta2-adrenérgicos. 
Indicações: asma brônquica (efeito broncodilatador beta2), vasopressor (efeito 
vasoconstritor alfa1) e parada cardíaca (estimulador da função cardíaca beta1). 
Efeitos colaterais: elevação da PA; vasoconstrição periférica e visceral, oligúria 
(vasoconstrição renal), taquicardia, tremor fino das mãos, palidez, hipertensão, 
hiperglicemia, ansiedade, etc. 
 
Isoprenalina (isoproterenol) 
Age em receptores beta1 e beta2-adrenérgicos. 
Indicações: asma brônquica (efeito broncodilatador beta2). 
Efeitos colaterais: taquicardia, arritmias, tremor das mãos e queda da PA. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Agonistas de ação direta seletivos (específicos) 
 
Agonistas alfa1-seletivos 
Usados principalmente em razão do efeito vasoconstritor. São usos comuns: 
descongestionante nasal (receptores alfa na mucosa nasal – vasoconstrição auxilia a 
passagem de ar e na redução da secreção), tratamento de taquicardia (pelo 
barorreflexo) e midriáticos. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
Fenilefrina 
Indicações: descongestionante nasal normalmente usado em associação com 
outros medicamentos. 
Efeitos colaterais: ansiedade, arritmia cardíaca, aumento transitório da PA, 
cefaleias, confusão mental, dependências, depressão do SNC, angina, estimulação 
do SNC (convulsões, colapso cardiovascular), excitabilidade, anorexia, fraqueza, 
tonturas, sonolência, tremores, vômitos etc. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Metoxamina 
Indicações: taquicardia paroxística ventricular (vasoconstrição leva a aumento da 
pressão arterial com bradicardia reflexa). 
 
 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
Agonistas alfa2-seletivos 
Agentes sedativos clássicos; reduzem a atividade simpática; promovem acentuado 
relaxamento muscular. Indicações comuns: efeitos cardiopulmonares, ataxia 
(incapacidade de coordenação), ptose labial, aumento da glicemia e glicosúria, 
redução da motilidade intestinal, aumento da tonicidade uterina, etc. 
 
Clonidina 
Indicações: hipertensão 
Efeitos colaterais: hipotensão postural, sedação e bradicardia. 
 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Agonistas beta1-seletivos 
 
Dobutamina 
Indicações: choques de origem cardiogênica ou em ocasiões em que há 
comprometimento cardiogênico. 
Efeitos colaterais: arritmias cardíacas (fibrilação), elevação da pressão arterial. 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
Agonistas beta2-seletivos 
• São, majoritariamente, utilizados para tratamento de doenças pulmonares 
obstrutivas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Isso se 
deve ao efeito broncodilatador. 
• São divididos conforme a duração do efeito: curta duração (3 a 6 horas) e longa 
duração (aproximadamente 12 horas). 
• A indicação geral é: broncoespasmo diurno e noturno, associado com asma, 
bronquite e enfisema. 
• Efeitos colaterais gerais: taquicardia, tremor fino das mãos (aumento da 
contração muscular). Além disso, causa vasodilatação, aumento da frequência 
cardíaca e contração cardíaca. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Salbutamol (curta duração) 
Indicações: crise ou exacerbação da asma; usado também para retardar o parto 
prematuro. 
Salmeterol (longa duração) 
Indicações: broncoespasmo diurno e noturno, associado com asma ou DPOC. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
Agonistas de ação indireta 
Os fármacos de ação indireta agem de três formas básicas: aumento da liberação de 
neurotransmissor na fenda sináptica, diminuição da recaptação do 
neurotransmissor e diminuição da metabolização de neurotransmissor. 
 
Aumento da liberação 
Dois exemplos importantes: anfetamina e tiramina. 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Anfetamina 
Suas ações são mediadas primariamente pelo aumento da liberação não vesicular 
de catecolaminas como dopamina e norepinefrina dos terminais dos nervos. 
Efeitos: aumento da pressão (tanto sistólica como diastólica) com redução da 
frequência cardíaca (de forma reflexa), contração do esfíncter vesical (tratamento 
de enurese [emissão involuntária de urina frequentemente à noite] e 
incontinência), estimulação do centro respiratório, redução de sono e fadiga, efeito 
analgésico leve, anorexia (tratamento de obesidade). 
Efeitos colaterais: uso crônico: fadiga, depressão, cefaleia, insônia, redução da 
libido, irritabilidade e agressividade; efeitos psicóticos: ansiedade, delírio, 
alucinações e transtornos do pânico; dependência; angina, hipertensão pulmonar, 
xerostomia, náuseas, vômitos e cólicas. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
Anfetamina e congêneres para tratamento da obesidade 
• Apesar de terem questionável indicação clínica, anorexígenos anfetamínicos são 
muito empregados no Brasil. São substâncias psicotrópicas de uso controlado, 
requerendo formulários de receita específicos. 
• Anfetamina foi o primeiro anorexígeno utilizado no manejo da obesidade, 
inibindo, por meio da ação noradrenérgica, o centro da fome no hipotálamo 
lateral. Vários derivados ou congêneres de anfetamina foram desenvolvidos com 
o intuito de explorar o efeito anorético. Ex.: a Dextroanfetamina é mais potente, 
tem maior duração de efeito e menor ação periférica que anfetamina. 
• Embora no início as anfetaminas possam promover perda rápida de peso, a 
suspensão da droga provoca o “efeito rebote”, o apetite aumenta 
exageradamentee é comum o indivíduo ganhar mais peso do que tinha antes de 
tomar o fármaco. 
 
 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Tiramina 
A tiramina não é um fármaco 
clinicamente útil, mas é importante 
porque é encontrada em alimentos 
fermentados, como alguns queijos 
envelhecidos e vinhos. Ela é um 
coproduto do metabolismo da tirosina. 
Entra no terminal nervoso e desloca a 
norepinefrina armazenada. 
 
 
Classificação das drogas 
Simpatomiméticas 
Diminuição da recaptação 
Dois exemplos importantes: anfetamina e 
cocaína. 
 
Cocaína 
A cocaína bloqueia o NET, aumentando a 
concentração de norepinefrina na fenda 
sináptica. Tem como efeitos: taquicardia, 
vasoconstrição, aumento da pressão arterial. 
Já no SNC, causa euforia, loquacidade, 
aumento do prazer e de atividade motora, 
podendo ocasionar dependência, arritmias, 
trombose coronariana ou cerebral. 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Diminuição da metabolização 
São as drogas inibidoras da MAO (IMAO) e da COMT (ICOMT). 
Usos: antidepressivos, déficit de atenção/hiperatividade; doença de Parkinson. 
 
IMAO: iproniazida, fenelzina, isocarboxazida, tranilcipromida, moclobemida... 
ICOMT: tolcapona e entocapona. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
Agonistas de ação mista 
Os fármacos de ação mista agem de três formas básicas, além, é claro, de agir de 
forma direta (ligação ao receptor adrenérgico): aumento da liberação de 
neurotransmissor na fenda sináptica, diminuição da recaptação do 
neurotransmissor e diminuição da metabolização de neurotransmissor. 
 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
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Efedrina/pseudoefedrina 
Indicações: broncoespasmo, choque, descongestionante nasal e hipotensão. 
Efeitos colaterais: agitação, alucinações, ansiedade, aumento da pressão arterial, 
aumento da frequência cardíaca, confusão mental, delírio, euforia, excitação, 
anorexia, insônia, irritabilidade, náuseas, palidez, palpitação, xerostomia, tremores, 
etc. 
Mecanismo: agonistas alfa e beta, além de aumentar a secreção de norepinefrina 
dos neurônios simpáticos. 
Classificação das drogas Simpatomiméticas 
• Os fármacos simpatolíticos, também chamados de antiadrenérgicos ou 
antagonistas adrenérgicos têm como função a retirada do tônus simpático. 
Dessa forma, eles diminuem os efeitos proporcionados pela ativação dos 
receptores adrenérgicos. 
• Podem ser classificados em fármacos de ação direta – antagonistas dos 
receptores alfa ou beta – e em fármacos de ação indireta – diminuem a liberação 
ou a síntese de norepinefrina (NE). 
Antagonistas adrenérgicos 
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Antagonistas adrenérgicos 
Antagonistas alfa-adrenérgicos 
Os antagonistas alfa-adrenérgicos podem ser subdivididos em não seletivos e 
seletivos. 
 
Antagonistas não seletivos de receptores alfa-adrenérgicos 
As drogas principais são a fenoxibenzamina (tratamento pré-cirúrgico do 
feocromocitoma - tumor que normalmente se origina das células de cromafina das 
glândulas adrenais) e a fentolamina (tratamento de disfunsão erétil). Seus efeitos 
colaterais são: hipotensão postural, congestão nasal, taquicardia, inibição da 
ejaculação e redução da retenção urinária. 
Antagonistas adrenérgicos 
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Fenoxibenzamina e haloalquilaminas 
Ligam-se covalentemente ao receptor, ou seja, fazem bloqueio irreversível de 
receptores alfa1 e alfa2. 
Promovem vasodilatação arteriolar e venosa e aumento da frequência cardíaca (FC) 
e do débito cardíaco (DC). 
Têm grande importância clínica no tratamento pré-cirúrgico do feocromocitoma. 
Tratamento de hiperplasia prostática benigna (auxilia na micção; receptor alfa induz 
ao crescimento de músculo liso). 
Efeitos colaterais: hipotensão postural e obstrução nasal. 
Antagonistas adrenérgicos 
Fentolamina e tolazolina 
Ao contrário da fenoxibenzamina, ligam-se de forma reversível ao receptor alfa-
adrenérgico. Seus efeitos são: dilatação arterial e venosa, com redução da pressão 
arterial média, aumento da frequência cardíaca e do débito cardíaco. 
São utilizadas para o controle da pressão arterial de pacientes com 
feocromocitoma. 
Além disso, são aplicados em tratamento para crises hipertensivas, como na 
retirada abrupta da clonidina e na ingestão de alimentos ricos em tiramina 
associados a uso de IMAO. 
O principal efeito adverso é a hipotensão postural. 
Antagonistas adrenérgicos 
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Antagonistas seletivos de receptores alfa1-adrenérgicos 
• As drogas principais são prazosina, terazosina, doxazosina, alfuzosina e 
tansulosina. O uso clínico delas está indicado para tratamento de hipertensão 
arterial, hiperplasia benigna da próstata (HBP) (por melhorar a retenção urinária 
e promover relaxamento esfincteriano). 
• Embora sejam seletivas, em elevadas concentrações, são capazes de se ligar a 
receptores alfa2-adrenérgicos. 
• O mecanismo de ação é a dilatação arterial e venosa, redução da resistência 
vascular periférica e pressão arterial médica, sem alteração da frequência 
cardíaca e do débito cardíaco. 
• O principal efeito adverso é a hipotensão postural. 
Antagonistas adrenérgicos 
Antagonistas seletivos de receptores alfa2-adrenérgicos 
• A droga principal é a ioimbina. 
• Ela penetra rapidamente no sistema nervoso central (SNC), leva ao aumento da 
pressão arterial, da frequência cardíaca e da atividade motora e gera tremores. 
• Embora sejam antagonistas seletivos, em elevadas concentrações, eles são 
capazes de se ligar a receptores alfa1-adrenérgicos. 
• No passado, foram utilizados para tratamento de disfunção erétil. 
• O mecanismo de ação é a diminuição do feedback negativo pelo receptor alfa2-
adrenérgico com aumento do tônus simpático. 
Antagonistas adrenérgicos 
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Antagonistas beta-adrenérgicos 
• Podem ser subdivididos em não seletivos (p.ex., propranolol) e seletivos (beta1 – 
atenolol – e beta1 com efeitos adicionais – carvedilol). 
• O mecanismo de antagonismo é competitivo reversível. 
• Efeito rebote: a parada abrupta do uso de beta-bloqueadores causa sintomas 
graves como arritmias cardíacas, agravamento da insuficiência coronariana, 
infarto do miocárdio e morte súbita. 
Antagonistas adrenérgicos 
Antagonistas não seletivos de receptores beta-adrenérgicos 
• As drogas principais são propranolol, nadolol e timolol. 
• Os efeitos terapêuticos são: ausência de vasodilatação, redução da frequência 
cardíaca, redução da contração cardíaca e redução da contração muscular. Há 
também redução do tônus simpático centralmente e redução da liberação de 
renina. 
• Importante: têm pouco ou nenhum efeito quando atividade simpática está 
normal (normotenso ou repouso). 
• Seus usos clínicos são: hipertensão, angina (reduz trabalho cardíaco), arritmias 
pós-infarto agudo do miocárdio (IAM), tremor de ansiedade e glaucoma de 
ângulo aberto (reduz formação de humor aquoso). Atualmente, é droga 
profilática de enxaqueca (cefaleia hemicraniana com ou sem aura). 
Antagonistas adrenérgicos 
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Antagonistas não seletivos de receptores beta-adrenérgicos 
• Seus efeitos colaterais são: broncoconstrição (não usar essas drogas em 
pacientes asmáticos), hipoglicemia (reduz a liberação de glicose pelo fígado – 
diabéticos tratados com insulina não sentirão os efeitos da hipoglicemia), 
depressão, letargia, fadiga e pesadelos. 
• Em caso de bradicardia, deve-se reduzir a dose de forma gradual, pois há efeito 
rebote. 
Antagonistas adrenérgicos 
Antagonistas seletivos de receptores beta1-adrenérgicos 
• As drogas principais são atenolol, alprenolol e oxprenolol. Os efeitos 
terapêuticos são: diminuição da frequência cardíaca e da contração cardíaca e 
redução da liberação de renina. 
• Usos clínicos: hipertensão, arritmias pós-IAM e angina. 
• Embora sejam seletivos, em elevada concentração, podem bloquear receptores 
beta2. Dessa forma, não devem ser utilizados em pacientes asmáticos e 
diabéticos. 
• A retirada doremédio deve ser gradual para evitar o efeito rebote. 
Antagonistas adrenérgicos 
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Antagonistas beta-adrenérgicos de terceira geração 
• Ainda há poucos estudos que identifiquem todos os usos clínicos dessas drogas. 
Além de bloquearem seletivamente – ou não – os receptores beta-adrenérgicos, 
apresentam outros efeitos. 
 
Carvedilol 
O carvedilol é um antagonista beta-adrenérgico e alfa1-adrenérgico com efeitos 
antioxidantes e anti-inflamatórios. Sua vantagem é o bloqueio em alfa1, que reduz a 
resistência vascular periférica e leva a maior perfusão tecidual. Dessa forma, tem 
uso promissor em diabéticos. Atualmente, é indicado para tratamento de 
hipertensão e insuficiência cardíaca. 
Antagonistas adrenérgicos 
Nebivolol 
Antagonista beta1, beta2 e beta3-adrenérgico. Dessa forma, causa vasodilatação 
adicional. Tem como vantagem a possível utilização em pacientes diabéticos. 
 
Antiadrenérgicos de ação indireta 
Estes fármacos interferem na síntese ou na liberação de neurotransmissor. 
 
Drogas que interferem na síntese de norepinefrina 
Os principais exemplos são: alfa-metiltirosina, metildopa, bretílio e carbidopa. 
 
Antagonistas adrenérgicos 
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Metildopa 
Falso neurotransmissor, pois, na metabolização dessa molécula, forma 
metilnorepinefrina. 
Agonista alfa2-adrenégico e tem ações periféricas e centrais. É usada na 
hipertensão na gravidez e tem como efeitos adversos: depressão, dificuldade de 
concentração, sedação, disfunção sexual e hipotensão postural. 
 
Carbidopa 
A carbidopa inibe a dopa descarboxilase e, assim, diminui a síntese de 
norepinefrina. 
 Uso clínico: parkinsonismo (reduz a dopamina periférica). 
Antagonistas adrenérgicos 
Drogas que interferem na liberação de norepinefrina 
Os principais exemplos são a guanetidina (não tem uso clínico) e a reserpina. 
 
Reserpina 
A reserpina bloqueia o transporte de norepinefrina para a vesícula. Com isso, ocorre 
depleção gradual e longa de norepinefrina. 
Uso clínico: hipertensão grave. 
Efeitos colaterais: sedação, depressão, congestão nasal, aumento da secreção 
gástrica, bradicardia, hipotensão postural e disfunção sexual. 
Antagonistas adrenérgicos 
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