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Ensino Pesquisa e extensão

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Em decorrência da complexidade que envolve o ensino, a pesquisa e extensão no ensino superior, faz-se necessário possibilitar implementações e refletir o papel do professor para garantir eficácia no processo de ensino-aprendizagem, para desvelar e compreender o mundo no qual estamos inseridos, reinventando, criando e oportunizando novos conhecimentos e campo de possibilidades para aprender sobre o mesmo.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai:
· investigar os processos de ensino, pesquisa e extensão na universidade contemporânea; 
· refletir sobre as competências de cada uma das esferas em estudo: Ensino, Pesquisa e Extensão;
· identificar as competências e habilidades que permeiam os processos curriculares do ensino superior tendo em vista o paradigma ação-reflexão-ação;
· buscar a solução do estudo de caso, usando o conteúdo disponível e as dicas apresentadas, podendo ser aplicada a cenários do mercado de trabalho;
· valorizar o ensino e a docência no ensino superior, como subsídio para o alcance de novas reflexões para a elaboração de implementações no ensino superior;
· articular reflexões e questões sobre experiências relevantes de seu cotidiano na construção do conhecimento no cenário da educação superior.
Introdução
Em educação, a pesquisa baseada em uma hipótese de solução para o que foi diagnosticado no cenário educacional contribui na formulação de novas estratégias de aprendizagem, definindo muitas vezes novos modelos de ensino. Nos últimos anos a pesquisa-ensino-extensão é extremamente importante para gerar inúmeros trabalhos que orientam sua condução. Para isso, é importante compreender e valorizar a importância do Ensino, Pesquisa e Extensão como paradigma da ação-reflexão-ação no cenário da educação superior.
Estabelecer  estratégias de como a pesquisa em educação pode colaborar para um cenário educacional transformador em busca de respostas às questões educacionais, possibilitando implementações no ensino, pesquisa e extensão da educação superior e buscando uma nova visão do papel educacional se tornou o grande desafio da atualidade para a docência superior.
Espera-se que através do estudo do material proposto durante a disciplina associado com a leitura de referências que estão neste roteiro de estudo e reflexões que foram repassadas nas pílulas do conhecimento, você, aluno(a), se ponha como protagonista do processo de aprendizagem proposto, concluindo e solucionando a questão proposta no estudo de caso e se engajando na discussão de novas provocações na educação.
Assim, observamos que é possível implementar a educação superior, com argumentos reflexivos, diante da realidade do ensino superior no Brasil, é possível o professor dialogar com seus alunos, com diversos autores e com o mundo, desenvolvendo a aptidão para a pesquisa, investigação, leitura de diferentes narrativas criando novos espaços para a elaboração de novas ações e projetos de pesquisa e extensão, que possibilitem transformações na realidade vivida. 
Para compreender toda a proposta delimitada pela disciplina Ensino, Pesquisa e Extensão faz-se oportuno coletar dados, pesquisar e analisar diversas narrativas e ideias a respeito do assunto, relacionando autores diversos sobre o mesmo. Respondendo e refletindo questões como: o que pesquisar em Educação? Para que e por que pesquisar? Como pesquisar, quais metodologias utilizar para aprofundar os assuntos abordados? Assim, obteremos inúmeras possibilidades de aquisição de conhecimentos, competências e habilidades como base para uma educação plena, plural e transformadora. 
Dessa maneira, o roteiro de estudos abarcará análises e reflexões a respeito de: 
· ensino, pesquisa e extensão na construção do conhecimento na universidade;
· valorização do ensino e a docência na universidade;
· ensino e pesquisa: a prática do professor universitário;
· extensão como método de ensino na educação superior;
· paradigma da ação-reflexão-ação no cenário da educação superior.
Ensino, Pesquisa e Extensão na Construção do Conhecimento na Universidade
Na sociedade do conhecimento o Ensino, a Pesquisa e a Extensão são importantíssimos para socializar e sistematizar o conhecimento científico, promovendo múltiplas relações de aprendizagens com a possibilidade de oportunizar ao educando maior propriedade do mundo e de suas articulações ao mesmo, compreendendo as diversas formas de saberes e práticas que remetem a uma complexa dinâmica do ato de aprender.
A integração de ensino e pesquisa na práxis universitária pressupõe um envolvimento sistemático em atividades de pesquisa e extensão que oportunizarão práticas reflexivas críticas e transformadoras no cenário educacional da universidade, local este produtor de questionamentos e argumentações que conduzem à compreensão dos saberes e conhecimentos diversos da realidade na qual estamos inseridos.
Segundo Freire (1996, p. 29),
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.
Nessas condições a pesquisa reflete sobre possibilidades não consideradas, sobre o próprio modo de pensar do indivíduo, criando condições para questionar o papel da educação e o conhecer no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, construindo e reconstruindo o conhecimento, criando possibilidades e novas interpretações, múltiplas verdades, diferentes narrativas, novas implementações no ensino que levem a uma criticidade e ressignificação da educação.
Essa discussão remete-nos à análise de Severino (2009, p. 125-126), que diz que:
Por ser responsável pela construção do conhecimento, a pesquisa assume papel preponderante no conjunto das atividades da universidade, que busca cumprir suas finalidades. Não pode ocorrer aprendizagem, se o aprendiz não incorpora os processos de construção do conhecimento. Desse modo, a aprendizagem fica na dependência pedagógica da pesquisa, assim como o ficava o ensino, pois, como dar dimensão pedagógica à aprendizagem, se o docente não impregnar sua intervenção com essa postura investigativa? Aprender é, necessariamente, uma forma de praticar o conhecimento, é apropriar-se de seus processos específicos. O fundamental no conhecimento não é a sua condição de produto, mas o seu processo.
As relações entre ensino, pesquisa e extensão propõem a reflexão sobre o conhecimento científico e aquele produzido culturalmente pelos diferentes grupos que compõem a sociedade. Como ressalta Silva (2000), as relações entre ensino, pesquisa e extensão decorrem dos conflitos em torno da definição da identidade e do papel da universidade ao longo da história. 
Tal como salienta Cunha (2008, p. 8),
A universidade ocupa o lugar da formação quando os sujeitos desse processo se beneficiam e incorporam as experiências na sua biografia. Atribuem sentido ao que viveram naquele lugar e passam a percebê-lo como o seu lugar, mesmo quando lá já não o habitam.
O conhecimento científico suscita uma complexidade que promove uma ciência interdisciplinar na docência superior capaz de desvelar e compreender o mundo no qual estamos inseridos, reinventando, criando e oportunizando novos conhecimentos e campos de possibilidades para aprender sobre o mesmo, provocando ou mesmo sofrendo na sua relação com a sociedade, além de formar novos pesquisadores, críticos e comprometidos com a intervenção social. 
Nesse sentido, o professor pesquisador é imprescindível na construção do conhecimento científico, pois a pesquisa tem sido um desafio nas ações do fazer pedagógico da universidade. Segundo Minayo (2010), o pesquisador vivencia descobertas, revela reflexões sobre dados, fatos, construindo o conhecimento. A autora diz que:
Isto significa que cada sociedade humana existe e se constrói num determinado espaço e se organiza de forma particular e diferentede outras. Por sua vez, todas as que vivenciam a mesma época histórica têm alguns traços comuns, dado o fato de que vivemos num mundo marcado pelo influxo das comunicações. Igualmente, as sociedades vivem o presente marcado por seu passado e é com tais determinações que constroem seu futuro, numa dialética constante entre o que está dado e o que será fruto de seu protagonismo (MINAYO, 2010, p. 21).
Consideramos o contexto econômico, social, político, cultural do nosso país e correlacionamos dados e hipóteses ao mesmo, dispondo de diversas narrativas e metodologias na construção do objeto de estudo para assim protagonizar novos conhecimentos científicos com autonomia e identidade social.
Como ressalta Viana (2019, p. 37), instigar o ensino e a pesquisa
É cumprir nosso papel social, enquanto professores, fortalecendo nossa identidade social, para que nossos alunos conheçam e reconheçam o espaço em que vivem, proporcionando mudanças no seu modo de entender a si mesmos, entender os outros, as relações sociais e a própria História; entendendo que saber sua história é saber narrar a si mesmo e ao outro; é ser sujeito de sua própria história, um agente ativo na sociedade, um sujeito capaz de pensar e transformar, exercendo sua plena cidadania.
Assim, é importante chamar a atenção para a organização e incentivo a pesquisas e extensão que formulem, instiguem e promovam uma ressignificação do saber científico em prol de um saber social e transformador, empenhando-se em reestruturar e enfrentar os problemas que afligem a sociedade na qual estamos inseridos. Respaldando-se em metodologias científicas diversas que oportunizam reflexões, aprendizado, ação, experimentos, dinamismo, integração e por que não encorajamento por novas ideias e aplicabilidade da ciência para atingir os objetivos propostos.
LEITURA
A leitura a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e resolução da nossa situação-problema. Leia atentamente o texto proposto antes de fazer sua análise.
Título: A Didática no Ensino Superior
Autor: Rogéria Alves Freire
Ano: 2016 
Editora: Cengage Learning Edições Ltda.
Disponível em nossa Biblioteca Virtual da Laureate
Valorização do Ensino e a Docência na Universidade
As pesquisas em educação revelam uma urgência em implementar novas possibilidades e estruturas no ensino, que consistem em diversas maneiras elaborativas de se pensar, refletir, de interpretar e transformar o conhecimento.
Sendo assim, o ensino e a pesquisa devem prosseguir em busca da resolução de problemas no cenário educacional, revendo o papel do professor, buscando o consenso acerca da ciência e da busca pelo saber e procurando oportunizar novos conceitos, teorias e práticas para a docência. 
Segundo Pimenta (2005) pesquisar a própria prática, na sala de aula é ação realizada com intencionalidade que revela a profissionalidade do docente: rever a própria prática, debruçar-se e refletir sobre ela é necessário a toda profissão. 
Tal reflexão se torna particularmente fundamental para nossa compreensão a respeito da valorização do ensino e docência na universidade, configurando o que denominamos de primordial no cenário educacional - o papel e a importância do professor.
Pimenta (2005, p. 14) ressalta que
A profissão de professor exige de seus profissionais alteração, flexibilidade, imprevisibilidade. Não há modelos ou experiências modelares a serem aplicadas. A experiência acumulada serve apenas de referência, nunca de padrão de ações com segurança de sucesso. Assim, o processo de reflexão, tanto individual como coletivo, é a base para sistematização de princípios norteadores de possíveis ações e nunca de modelos.
Dessa forma, torna-se prioridade o processo de elaboração de novos currículos e aprimoramento dos que existem para atender a demanda educacional do século XXI na educação superior, que além de educar para o mercado de trabalho, também deve ensinar e, de maneira inadiável, ensinar para transformar, em um espaço de troca e elaboração de experiências, tendo em vista articulações de ações que garantam o papel social e político do professor e a reorganização e debates de políticas públicas no fazer pedagógico.
Faz-se necessário entender sobre a importância da universidade no processo de ensino, pesquisa e extensão, como assinala Severino (2009, p. 125),
A universidade é lugar de construção do conhecimento, como lugar privilegiado de pesquisa. Impõe-se a exigência de uma política de pesquisa. Não se trata, bem entendido, de se transformar as instituições de ensino superior em institutos de pesquisa, mas de se transmitir o ensino mediante postura de pesquisa. Trata-se de ensinar pela mediação do pesquisar, ou seja, mediante procedimentos de construção dos objetos que se quer ou que se necessita conhecer, sempre trabalhando a partir das fontes.
Nesse sentido, a universidade contemplará práticas integradoras de iniciação científica, utilizando-se de metodologias problematizadoras para o incentivo à pesquisa, articulando teoria e prática, direcionando a aprendizagem em ações efetivas de interdisciplinaridade e contextualização dos conhecimentos, considerando as competências, habilidades e cientificidade.
LEITURA
A leitura a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e resolução da nossa situação-problema. Leia atentamente o texto proposto antes de fazer sua análise.
Livro: Prática da Interdisciplinaridade no Ensino e Pesquisa
Autores: Arlindo Philippi Jr. e Valdir Fernandes
Ano: 2015 
Editora: Manole Ltda
Disponível em nossa Biblioteca Virtual da Laureate
Ensino e Pesquisa: a Prática do Professor Universitário
Ensino e Pesquisa contribuem na formulação de novas estratégias de aprendizagem, cujo artefato está na realização de um trabalho de investigação, de métodos aliados à teoria e prática, de percepções que influenciam nossas visões de mundo, definição de um objeto de conhecimento científico e dimensões complexas e múltiplas da realidade na qual estamos inseridos.
A pesquisa aliada ao ensino busca ultrapassar o senso comum através de métodos científicos que permitam reconstruir o conhecimento sobre aquele objeto de estudo, proporcionando um saber reflexivo correlacionando o que já é tido como  conhecido e sobre o que ainda pouco se sabe, com originalidade e aprofundamento dos pressupostos teóricos coerentes na abordagem proposta.
Com o objetivo de tornar mais clara a questão, é importante considerar a análise de Martins (2007, p. 5):
Esta organicidade pressupõe a formação superior como síntese de três grandes processos, quais sejam: processos de transmissão e apropriação do saber historicamente sistematizado, a pressupor o ensino; processos de construção do saber, a pressupor a pesquisa, e os processos de objetivação ou materialização desses conhecimentos, a pressupor a intervenção sobre a realidade e que, por sua vez, retornam numa dinâmica de retroalimentação do ensino e da pesquisa.
A pesquisa científica pressupõe uma reflexão coletiva, consistindo em reconstruir uma realidade, definir conceitos, contextualizar e viabilizar a produção do conhecimento. Nessa dimensão o professor do ensino superior assume um papel muito importante, pois conduzirá seus alunos a um projeto de pesquisa com múltiplas dimensões e métodos na intencionalidade de inovar, pensar e aplicar novas possibilidades de abordagens para a sociedade na qual estamos inseridos, permitindo que novas práticas participativas e democráticas possam ser implementadas e consolidadas. 
Considerando-se as várias possibilidades alcançadas pelo meio da pesquisa, é importante destacar o caminho a ser realizado na construção do conhecimento científico, como: a escolha do assunto a ser investigado, a delimitação do tema e do objeto de estudo, a elaboração dos objetivos a serem alcançados, a definição do marco teórico conceitual e a coleta de dados, a análise de diversas narrativas a respeito do objeto de estudo e a pesquisa de campo.
O ser humano é essencialmente histórico, social, político em qualquer lugar do mundo,o seu sentimento de pertencimento ao lugar em que vive é primordial na escolha de seu objeto de estudo na iniciação científica, pois assim estará interagindo a querer conhecer e respeitar o lugar em que vive, construindo assim pesquisas eficazes e inovadoras para a compreensão da realidade.
Como bem acentua Viana (2019, p. 37-38), é preciso
Oportunizar ao aluno a busca de suas raízes, em relembrar coisas do passado, seja na família ou comunidade, na cidade ou região, tornando a história viva, tornando-se sujeitos da própria História, sendo capaz de transformá-la de maneira crítica e consciente, propiciando à sociedade cidadãos críticos, transformadores e sensíveis ao meio em que vivem. 
Observa-se que para um melhor resultado na construção de uma pesquisa, é preciso que o professor pesquisador e o aluno pesquisador enfatizem algumas características importantes no seu problema de pesquisa, como assinala Gil (1991, p. 12-13):
Deve ser formulado como pergunta. Esta maneira parece ser a mais fácil para se formular um problema, além do que facilita sua identificação por quem consulta o projeto de pesquisa. O problema deve ser claro e preciso. Deve ser delimitado a uma dimensão viável. O problema é às vezes formulado de maneira muito ampla, impossível de ser investigado.
Criar condições para a pesquisa, incentivar a cientificidade e o conhecimento, desenvolver o pensar, perceber e se comunicar com o mundo, inventar e reinventar, possibilitam uma ressignificação no ensino da universidade implicando em um novo processo de aprendizagem que atenderá às demandas do século XXI, por um novo paradigma de ação-reflexão-ação.
Uma grande contribuição ao assunto é dada por Freire (1996, p. 77) quando enfatiza que
  Ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com os outros de forma neutra. Não posso estar no mundo de luvas nas mãos constatando apenas. A acomodação em mim é apenas caminho para a inserção, que implica decisão, escolha, intervenção na realidade.
LEITURA
A leitura a seguir irá trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e resolução da nossa situação-problema. Leia atentamente o texto proposto antes de fazer sua análise.
Livro: Metodologia Científica
Autor: Gisele Lozada
Editora: SAGAH EDUCAÇÃO S.A.
Ano: 2018
Disponível em nossa Biblioteca Virtual da Laureate
A Extensão como Método de Ensino na Educação Superior
De acordo com a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação, a promoção da extensão é uma das finalidades da educação superior, e ainda, de acordo com a lei, a extensão deve ser “aberta à participação da população, visando a difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição” (BRASIL, 1996, on-line).
Segundo Martins (2007, p. 7), 
As origens da extensão universitária reportam-nos ao regime militar, à ditadura, e ao papel que as universidades públicas foram “conclamadas” a assumir naquele momento. A retórica em torno da qual se afirmava a extensão versava sobre o dever da universidade em retornar à população, em especial à população carente, suas produções, seus conhecimentos. Tratava-se de um processo de mão única (universidade → sociedade) imbuído de inúmeros preconceitos ideologicamente criados e reforçadores da sociedade de classes.
É importante ressaltar que a extensão ao longo da História do Brasil sofreu mudanças significativas em seus pressupostos teóricos, métodos e eficácia, que contribuíram com mudanças, reflexões e novas formas analíticas de se pensar, propor e aplicar conhecimento e ciência a favor da sociedade.
Moraes (2001, p. 70) acentua que:
Extensão deve ser entendida, precisamente, como extensão de pesquisa e ensino. Não o contrário: devemos vigiar para que a pesquisa e o ensino não se transformem em uma extensão de serviços e convênios, sendo por eles determinados, no conteúdo, na forma e... nos recursos e manutenção.
É importante considerar ainda a reflexão de Morin (2011) a respeito da importância do ensino na educação superior:
Educar para a liberdade é reconhecer a complexidade do mundo e invés de excluir essa complexidade da universidade, trazê-la para dentro de seus muros, estimular a diversidade, compreendê-la, para que a construção de uma universidade democrática possa avançar (MORIN, 2011, p. 24).
A educação no ensino superior perpassa por várias mudanças no cenário político e econômico do país nos dias atuais, havendo uma preocupação dos professores e estudiosos de tornar a universidade mais democrática e com responsabilidade social, assumindo um novo papel na sociedade com implicações dialógicas, múltiplas e diversas, objetivando modificar a realidade em foco e contribuir na resolução de problemas derivados das demandas sociais.
Compreender a importância da extensão e pesquisa no ensino superior valida todas as expectativas de transformar a sociedade através da educação, legitimando implementações à vida humana em todas as esferas através dos resultados obtidos em pesquisas e cientificidade.
Vale lembrar, enfim, a contribuição de Martins (2007, p. 10) a esse respeito:
· A indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão como fundamento metodológico do ensino superior, nos moldes aqui expressos, identifica-se com a afirmação de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, comprometida com a luta contra as injustiças sociais que marcam nossa sociedade.
· Ensino, pesquisa e extensão são atividades constitutivas do ensino superior e devem ser contempladas nos Projetos Político-Pedagógicos dos cursos, norteadores do trabalho coletivo de formação. Não as compreendemos como tarefas individualizadas requeridas em todas as disciplinas, dado que empobreceria a própria construção de conhecimentos, limitando-a ao que é aplicável imediatamente.
· O acima exposto aponta que a referida indissociabilidade determina uma formação interdisciplinar pautada na superação das fragmentações gestadas pelo pensamento cartesiano. A apreensão dos fenômenos em suas múltiplas determinações não implica o abandono da delimitação de problemas eles dispensados.
· Dispositivos organizacionais vigentes, a exemplo de modelos avaliativos que reproduzem a lógica mercantil quantitativista, operam a serviço da dissociação ensino-pesquisa-extensão, convertendo ensino e extensão em epifenômenos da pesquisa. Para que a universidade pública preserve qualidade de todas as atividades realizadas no desempenho de suas funções basilares, em especial, de ensino, urge o enfrentamento desta questão.
LEITURA
Para se aprofundar um pouco mais em seus conhecimentos, faça a leitura do texto a seguir:
Título do Artigo: Professor reflexivo: da teoria a uma nova realidade
Autor: FERNANDES, D. R.; MACHADO, A. dos S. 
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, ano 4, ed. 9, v. 1, p. 98-115, set. 2019. ISSN: 2448-0959.
Acessar
O Paradigma da Ação-Reflexão-Ação no Cenário da Educação Superior
O professor é um mediador social, com capacidade de integrar novas experiências e dimensões do cotidiano educacional contribuindo para novas implementações no contexto da Educação Superior através de formas concretas no Ensino, Pesquisa e Extensão, para desvelar e compreender o mundo no qual estamos inseridos, reinventando, criando e oportunizando novos conhecimentos e campo de possibilidades para aprender sobre o mesmo.
Vale salientar uma reflexão feita por Freire (1996, p. 112):
O que se coloca à educadora ou educador democrático, consciente da impossibilidade da neutralidade da educação, é forjar em si um saber especial, que jamais deve abandonar, saber que motiva e sustenta sua luta: se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode. Se a educação não é a chave das transformações sociais, não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante.
Em educação, a pesquisa baseada em uma hipótese de solução para o que foi diagnosticado no cenário educacional contribui na formulação de novas estratégias de aprendizagem, definindo muitas vezes novos modelos de ensino.Como possibilidade de oportunizar e instigar a novas narrativas e conhecimento científico que possam ser aplicados no contexto educacional do país, o ensino superior protagoniza novos caminhos na reconstrução da realidade, estabelecendo diálogos entre a teoria e a prática viabilizando diversas formas de saberes, faz-se necessário instituir como paradigma a ação-reflexão-ação no cenário da Educação Superior.
Conteúdos, experimentação e sociabilidade são indissociáveis na organização do trabalho docente, na aprendizagem e na reconstrução social.
Em síntese, valorizar o ensino e a docência no ensino superior, como subsídio para o alcance de novas reflexões para a elaboração de implementações no ensino superior, articulando as reflexões e questões sobre experiências relevantes de seu cotidiano na construção do conhecimento no cenário da educação superior é de suma importância para que haja no processo de ensino-aprendizagem êxito e dinamismo nas implementações necessárias à sociedade em que vivemos.
Conclusão
Para que haja uma significativa prática do ensino, pesquisa e extensão na universidade, deve-se incentivar e ressignificar novas maneiras de pensar, saber e fazer, que configurem novos experimentos e inovações no cenário educacional, agregando novos conteúdos, percepções, formas de trabalho coletivo, incorporadas a iniciativas de defesa de pesquisas e extensão na educação universitária em prol de atender às demandas da sociedade e compreender a complexidade da mesma. Assim, transformar é reconhecer e valorizar o conhecimento científico como caminho para a reinvenção e reconstrução das práticas educativas no ensino superior.

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