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FÓSFORO E POTÁSSIO

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FÓSFORO 
 
Na natureza, o fósforo é encontrado em compostos que estão distribuídos 
em muitas rochas, nos solos, nas plantas e animais. No solo, o fósforo pode ser 
encontrado em formas orgânicas e inorgânicas. O fósforo orgânico no solo pode 
variar de 15 a 80% do fósforo total. O fósforo inorgânico encontra-se sob várias 
formas, as quais a quantidade depende do pH. 
O fósforo é, dos macronutrientes, um dos menos exigidos pelas plantas. No 
entanto, trata-se do nutriente mais usado em adubação no Brasil, porque nas 
regiões tropicais e subtropicais com os solos intemperizados, como acontece no 
Brasil, é o elemento cuja falta no solo mais frequentemente limita a produção. 
Pois, além da carência generalizada de fósforo nos solos brasileiros, o elemento 
apresenta forte interação com o solo, o que reduz a eficiência da adubação 
fosfatada. O fósforo inicialmente adsorvido à superfície do solo difunde-se, com 
o tempo, para o seu interior. É um processo lento, porém, responsável pela 
diminuição da disponibilidade de fósforo de um solo recém fertilizado, com o 
aumento do tempo de contato com o fósforo com esse solo. Há um termo 
adicional para esta retenção do fósforo no solo, fixação, utilizado para o fósforo 
que não está mais em equilíbrio com a solução do solo. Assim, as doses 
utilizadas de fósforo na adubação são superiores às necessidades das culturas, 
visto que cerca de 80% do P aplicado torna-se indisponível após a incorporação 
ao solo do fertilizante. 
Da solução do solo, o fósforo é absorvido nas formas aniônicas (H2PO4- e 
HPO4
2-
), as quais apresentam uma ligação com o átomo de O e H. Além da 
disponibilidade do fósforo para as plantas, as formas aniônicas em que o fósforo 
no solo é absorvido pela planta é dependente do pH. 
 
 
FUNÇÕES DO FÓSFORO NA PLANTA 
O fósforo absorvido pelas células é rapidamente envolvido em processos 
metabólicos, principalmente no controle da atividade enzimática. O fósforo 
desempenha papel importante na fotossíntese, respiração, divisão e crescimento 
celular, dentre outros processos que ocorrem na planta. O fósforo é importante 
no armazenamento e na transferência de energia como parte da molécula ATP, 
como componente de muitas proteínas, coenzimas e ácidos nucléicos. Além 
disto, o fósforo promove a rápida formação e crescimento das raízes, melhora a 
qualidade dos frutos, hortaliças e grãos, sendo vital à formação de sementes. 
 
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA E EXCESSO DE FÓSFORO 
 Devido aos papéis do fósforo na vida da planta, participando da síntese e 
degradação de macromoléculas – amido, gorduras, proteínas e de outros 
inúmeros processos metabólicos, como já descritos, o primeiro sinal de 
deficiência de fósforo manifesta-se na forma de plantas pequenas, menor 
crescimento das raízes e o menor perfilhamento em gramíneas. Devido a fácil 
redistribuição do fósforo na planta, a deficiência de fósforo mostra-se sob a forma 
da coloração púrpura ou avermelhada em folhas mais velhas e na parte de baixo 
da planta. A deficiência do fósforo retarda a maturação dos cultivos. À medida 
que a planta se torna mais velha, a maior parte do fósforo move-se para as 
sementes ou para os frutos. Assim, a carência de fósforo causa reduz o número 
de frutos e sementes. São raros os sintomas de excesso de fósforo nas plantas, 
pois os nossos solos são bem pobres deste nutriente devido a seu avançado 
grau de intemperização. 
 
FONTES DE FÓSFORO 
As fontes de fósforo podem ser divididas basicamente em solúveis e 
insolúveis em água. As primeiras, quando adicionadas ao solo, aumentam 
rapidamente a concentração do fósforo na solução do solo, já o tornando 
disponível para a absorção da planta. Os fosfatos solúveis têm sua eficiência 
diminuída ao longo do tempo devido ao processo de "adsorção" ou "fixação" de 
fósforo. Já os fosfatos que são insolúveis em água, como os fosfatos naturais, 
se dissolvem lentamente na solução do solo e tendem a aumentar a 
disponibilidade do fósforo para as plantas com o tempo. As adubações 
fosfatadas são feitas principalmente utilizando-se formas solúveis. 
Os principais fertilizantes minerais são: 
Fertilizante Teores de P2O5 
Fosfatos solúveis em água 
Superfosfato Simples 18% 
Superfosfato Triplo 41% 
Fosfato diamônio (DAP) 45% 
Fosfato monoamônio (MAP) 48% 
Fosfatos insolúveis em água 
Fosfato natural 24% 
Hiperfosfatos em pó 30% 
Termofosfato 17% 
As principais fontes orgânicas são: 
Dejetos de animais - seus principais nutrientes são o fósforo e o nitrogênio. 
Porém, sua composição química possui outros elementos, como o potássio. 
Apesar de ser bastante rico em nutrientes, pelo fato de a concentração dos 
elementos presentes no adubo ser desbalanceada (não conhecida), o dejeto de 
animal deve ser aplicado e complementado por doses adicionais de fertilizantes 
minerais. A mistura de dejetos com adubos fosfatados minerais tem mostrado 
excelentes resultados. 
Cama de aves - é o adubo orgânico de origem animal mais utilizado no Brasil 
devido a abundância, preço e facilidade de manipulação. Geralmente, a cama 
de aves apresenta menor concentração de fósforo em relação aos dejetos de 
animais, mas ainda é significativa para utilizar este fertilizante como fonte de 
fósforo. Também, a mistura de cama de aves com fertilizantes minerais pode ser 
uma alternativa para aumentar a produção da cultura. 
Ainda, outros fertilizantes orgânicos podem ser utilizados como fontes de 
fósforo, entre estes a palhada, a adubação verde e a compostagem para a 
reciclagem do nutriente. Sempre que possível e econômica, a adubação 
orgânica deve ser efetuada. 
 
MANEJO DOS FERTILIZANTES FOSFATADOS 
 O local de aplicação faz diferença quando se trata de fósforo para plantas. 
Quando estamos falando de adubação de manutenção, realiza-se de forma 
localizada no solo, no sulco ou linha de plantio, visando a aplicação próximo à 
região das raízes. Isso é tido como crucial para o crescimento da planta, pois tal 
condição permite uma maior quantidade de fósforo na solução do solo disponível 
para absorção pela planta. A aplicação na linha de plantio do fósforo é para evitar 
a sua rápida adsorção/fixação ao reagir com o solo. 
 
POTÁSSIO 
 
A maior parte do potássio no solo (98%) encontra-se na estrutura dos 
minerais das rochas, este não é uma forma disponível para as plantas. Além do 
K estrutural dos minerais, o nutriente aparece no solo na forma de cátion trocável 
(K+ adsorvido nas cargas negativas do solo) e na solução do solo, formas tidas 
como disponíveis para as plantas. A energia de ligação do potássio com as 
cargas do solo é baixa, tornando mais fácil a liberação do potássio para a solução 
do solo. No entanto, este fato favorece a lixiviação do potássio para camadas 
subsuperficiais em solos arenosos de baixa CTC. O potássio é absorvido da 
solução do solo pelas plantas na forma iônica K+. 
 
 
https://blog.aegro.com.br/adubacao-de-soja/
FUNÇÕES DO POTÁSSIO NA PLANTA 
De forma distinta do nitrogênio e fósforo, o potássio não participa de compostos 
orgânicos da planta, ou seja, o potássio não tem função estrutural na planta. Suas 
funções estão relacionadas fundamentalmente com variados processos 
metabólicos. A principal função do potássio na planta é a ativação de sistemas 
enzimático, muitos deles participantes dos processos de fotossíntese e respiração. 
O potássio atua como um ativador de enzimas também nos processos de síntese 
de proteínas e de carboidratos. O potássio está envolvido em funções fisiológicas, 
tais como: transporte no floema, turgescência das células estomáticas e crescimento 
celular. 
O potássio também participa na regulação osmótica e na manutenção de água 
na planta por meio do controle de abertura e fechamento dos estômatos. O potássio 
tem grande impacto na produtividade e qualidade dos cultivos, afetando o 
incremento do peso e a qualidade de grãos e frutos. Outros efeitosatribuídos ao 
potássio referem-se à resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças. 
 
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA E EXCESSO DE POTÁSSIO 
Como o potássio é elemento móvel quanto à redistribuição na planta, as 
deficiências aparecem primeiro nos tecidos mais velhos (inferiores). Os sintomas 
nas folhas mais velhas são a clorose seguida de necrose nas pontas e margens das 
folhas. As plantas com deficiência de potássio crescem lentamente, apresentando 
sistema radicular mal desenvolvido e colmos frágeis, sendo comum o acamamento. 
As plantas têm baixa resistência às doenças. As sementes e frutos são pequenos e 
desuniformes. 
Os sintomas pelo excesso de potássio podem ser o efeito salino que fontes 
de potássio exercem na germinação e crescimento das plantas. E quando ocorre 
acúmulo de potássio na planta, este pode causar desidratação. 
 
 
FONTES DE POTÁSSIO 
Os principais fertilizantes minerais: 
Fertilizante % K20 
Cloreto de potássio 60 
Sulfato de potássio 50 
Nitrato de potássio 44 
Sulfato de potássio 22 
Outra fonte mineral que vem ganhando espaço na agricultura brasileira para uso 
de adubações potássicas é o pó de rocha. Alguns pós de rocha contêm teores 
consideráveis de fósforo, potássio, cálcio e magnésio. A liberação destes nutrientes 
do pó de rocha é lenta, pois eles são pouco solúveis e depende, principalmente, da 
granulometria do material, do tipo do material presente e da acidez do solo. 
Os principais fertilizantes orgânicos: 
Os principais adubos orgânicos utilizados como fontes de potássio são os 
dejetos de animais e cama de aves (já citado no capitulo anterior). No entanto, a 
concentração de potássio nesse material é pequena em relação a necessidade da 
planta. Então, às vezes, se faz necessário o uso do fertilizante mineral junto com o 
fertilizante orgânico para melhores resultados. Diferente do fósforo e nitrogênio, todo 
o potássio nos adubos orgânicos de origem animal já se encontra mineralizado, ou 
seja, não precisa passar pelo processo de mineralização para ser liberado para a 
solução do solo e disponível para as plantas. 
Mesmo que estes adubos orgânicos tenham baixas concentrações de potássio, 
o uso deste é de fundamental importância, pois contem consideráveis teores de 
outros nutrientes, além da própria matéria orgânica que beneficia o solo nas 
propriedades químicas, físicas e biológicas. 
 
 
MANEJO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA 
A dose, a época de aplicação e o modo de aplicação do adubo com o 
potássio são os três itens principais para se ter cuidado na hora da utilização de 
fertilizantes. Isso de deve a dois efeitos: o primeiro é as perdas de potássio por 
lixiviação, e o segundo é o efeito salino que os fertilizantes minerais podem exercer 
na planta, diminuindo a sua germinação e o crescimento. 
DOSE - A lixiviação do potássio depende de sua presença em concentrações 
significativas na solução do solo. Por esta razão, a dose de potássio não deve 
exceder a exigida pela planta, para diminuir as perdas de potássio por lixiviação e 
reduzir o custo do agricultor. Também, deve-se cuidar da dose na semeadura de 
fertilizantes com potássio, devido ao efeito salino deste na germinação e 
crescimento das plantas. 
ÉPOCA DE APLICAÇÃO – Em algumas situações a adubação potássica 
deve ser parcelada em duas vezes, e isso ocorre para solos arenosos (baixa 
CTC) ou quando a dose a ser aplicada na semeadura é muito alta. Assim, 
recomenda-se aplicar parte do potássio na semeadura e o restante em 
cobertura, com a finalidade de evitar perdas do nutriente por lixiviação. Também, 
porque se a adição de doses muitos altas (doses superiores a 80 kg ha-1 de K2O) 
ocorrerem toda em semeadura pode prejudicar a germinação e o crescimento 
inicial da planta em razão do aumento excessivo na concentração salina próximo 
das sementes. 
MODO DE APLICAÇÃO – Em alguns casos específicos, a aplicação dos 
fertilizantes no sulco pode favorecer as perdas de potássio por lixiviação, 
principalmente quando as doses a serem aplicadas são altas e o solo é arenoso 
(baixa CTC).