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Direito Internacional Privado

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
OBJETIVO DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
· O direito internacional privado tem por objetivo resolver conflitos de leis no espaço em matéria jurisprivatista.
· Seu objetivo são, portanto, as relações privadas com conexão internacional, ou seja, que transcendem as fronteiras nacionais. 
Escolas
· Germânica conflito de lei no espaço
· Anglo-saxônica conflito de lei no espaço e jurisdição
· Francesa 
Não é objetivo do Direito Internacional Privado:
· Solucionar questões de direito material – o DIPr é feito de normas indiretas, logo, não se discute a matéria, mas sim a questão de qual lei aplicar.
· Resolver conflitos entre leis estaduais e interpessoais – no BR conflito entre normas se resolve com a supremacia da CF.
· Aplicar o direito “melhor ou mais justo” – princípio do non liquet – ideia de negar jurisdição. No BR há de se julgar e encontrar solução, sendo vedado negar jurisdição. Ideia de que juiz deve fazer o que está na lei.
· Aplicação forçosa da “lex fori” pelos juízes em desacordo com a LINDB – não é obrigação aplicar a lei estrangeira, trata-se de buscar uma solução na lei estrangeira. Ex: em Foz aplicar lei do PY.
FONTES DO DIPr
· Fontes são os processos de produção da norma jurídica. Fontes com especificidades para DIPr:
· Jurisprudência deu origem ao direito DIPr. Ex: estrangeiro que em seu pais é capaz mas aqui no BR era incapaz, porque? Considera-se a lei internacional, considera o mesmo capaz e evita diversos conflitos no BR, como invalidação de contratos etc.
· Doutrina determinar a autonomia da disciplina. Para então regulamentar através de lei. Ex: UNIDROIT
· Lei LICC 1916 – primeira lei a respeito, a qual adotava nacionalidade como principal elemento de conexão. 
 LICC 1992 – posteriormente houve alteração, adotando como critério o domicilio.
 LINDB 2010 – alteração no nome. 
· Tratados servem para uniformizar as normas de DIPr e para estabelecer o direito substantivo uniforme, isto é, fazer com que os países adotem o mesmo elemento de conexão para as mesmas situações. Ex: direito da criança e do adolescente, tratado acatado. OBS: Código de Bustamante 1928. 
DIPR E OUTRAS DISCIPLINAS JURÍDICAS 
· Nacionalidade: lex patriae – vinculo jurídico entre o indivíduo e o Estado
· Condição jurídica do migrante ou visitante: visto (autorização de ingresso) são divididos em 4. Ex: visto temporário que concede o direito de residência, mas não o direito de domicilio. 
· Direito processual civil internacional: homologação de sentença estrangeira, carta rogatória.
· Conflitos de leis no espaço em matérias não jusprivatistas: 
ELEMENTOS DE CONEXÃO
· São as circunstancias presentes na relação jurídica jusprivatista que determinam o direito aplicável a essa relação: o direito interno ou norma estrangeira.
· Solucionam o conflito de leis no espaço. São eles exemplificativamente:
· “lex domicilii” lei do domicilio 
· “lex patriae” lei da nacionalidade
· “lex fori” lei do foro
· “lex rei sitae” lei da situação da coisa 
· “locus regitactum” o local rege o ato
· “lex voluntatis” lei da vontade
· “lex loci celebrationis” lei do local da celebração 
· Cada país determina em sua legislação interna quais elementos de conexão serão adotados para cada tipo de conflito de leis no espaço. No BR os elementos de conexão estão dispostos na LINDB.
	RAMO DO DIREITO PRIVADO
	ELEMENTOS DE CONEXÃO
	LINDB
	DIRETOS DA PERSONALIDADE
	“LEX DOMICILI”
	7º, CAPUT
	DIREITO DE FAMÍLIA
	“LEX DOMICILI”
	7º, CAPUT
	DIREITOS REAIS
	- REGRA GERAL: “LEX REI SITAE”
- BENS EM TRÂNSITO - REGRA ESPECIAL: “LEX DOMICILI” DO PROPRIETÁRIO
- PENHOR: “LEX DOMICILI” DO POSSUIDOR 
	8º, CAPUT
8º, §1º
8º, §2º
	DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
	- ENTRE PRESENTES: “LOCUS REGIT ACTUM”
 - ENTRE NÃO PRESENTES: “LEX DOMICILI” DO PROPONENTE 
	9º, CAPUT
9º, § 2º
	DIREITO DAS SUCESSÕES
	-REGRA GERAL: LEI DO ÚLTIMO DOMICÍLIO DO “DE CUJUS” QUANDO EM VIDA. 
- BENS DE ESTRANGEIROS NO BRASIL: “LEX FORI” OU “LEX PATRIAE”, A QUE FOR MAIS BENÉFICA AO CÔNJUGE SUPÉRSTITE OU FILHOS BRASILEIROS.
	10, CAPUT
10, § 1º
	DIREITOS DA PESSOA JURÍDICA 
	- REGRA GERAL: “LEX DOMICILI” ORIGINÁRIA 
- AGÊNCIAS, FILIAIS E ESTABELECIMENTOS: “LEX FORI”
	11, CAPUT
11, § 1º
APLICAÇÃO DO DIREITO ESTRANGEIRO PELO JUIZ NACIONAL
· Obrigatoriedade: mandamento legal, não arbítrio do juiz. Estrita legalidade. O direito estrangeiro deve ser aplicado pelo juiz mesmo quando não for invocado pelas partes.
· Etapas de aplicação - o juiz deve seguir o roteiro:
· qualificação do problema pela “lex fori”
· Identificação da norma de DIPr aplicável 
· Identificação e prova da norma estrangeira
· Filtro da ordem publica
· Aplicação do DIPr estrangeiro 
· 
· Prova do direito estrangeiro
· O ônus da prova é de que invoca o direito estrangeiro
· LINDB, art.14
· CPC, art. 376
· Devem ser observados o teor e a vigência da norma estrangeira
· O juiz pode dispensar a prova se conhecer o direito estrangeiro.
3 situações
I. A parte alega e prova
II. A parte alega e não prova
III. A parte nem alega nem prova
· Em I e II, o juiz determina que a parte faça prova ou faz a prova ele mesmo “ex officio”.
· 
· Meios de prova
· Certidão passada por autoridade consular estrangeira
· Certidão emitida por autoridade estrangeira, consultarizada
· Opinião legal de um advogado em exercício no país cujo direito se invoca
Convenção Americana sobre Prova e Informação acerca do Direito Estrangeiro (Montevidéu, 1979)
Consularização
Tradução juramentada
Registro 
· Reserva da Ordem Pública
· Art.17, LINDB
· Relatividade e contemporaneidade 
Recurso para a decisão do juiz é a Apelação

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