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Resumo das aulas de Direito Civil DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES - Parte I Direito Civil Geraldo Magela Batista Faculdade de Direito Ipatinga – FADIPA Email: gmbui33431@bol.com.br Relação jurídica pessoal Uma parte (Devedor), fica obrigado a cumprir • Espontânea • Coercivamente Prestação patrimonial em proveito de outrem (credor). Dados principais que deve constar no conceito: Conceito Relação Jurídica Obrigacional Teoria Geral das Obrigações • Sujeitos • Pessoa Natural • Pessoa Jurídica • Objeto • Vínculo Jurídico Elementos Teoria Geral das Obrigações • O Sujeito: Elemento subjetivo ou seja as partes da Relação Obrigacional composto: • Sujeito ativo (credor) • Sujeito passivo (devedor) Atenção para o Artigo 104 CC - Agente Capaz Elementos Teoria Geral das Obrigações • O Objeto: Sempre será: • Dar (Exemplo: um carro) • Fazer (Exemplo: Pintar um apto.) • Ou não fazer (Exemplo: Contrato sigilo profissional) Atenção para o Artigo 104 CC - Lícito, possível, determinado ou determinável. Elementos Teoria Geral das Obrigações • O Sujeito: Pode ser: • Determinado: A deve B o valor de $. Sabemos que A é o devedor e B o credor. • Determinável: Proprietário de um cachorro perdido oferece uma recompensa para que achar o cão. Proprietário do cão (devedor) compromete a pagar a quem achar o cão. Credor até então não se sabe. Determinação dará no momento da entrega do cão (cumprimento da prestação). Antes do cumprimento da prestação temos uma indeterminação transitório do sujeito. Elementos Teoria Geral das Obrigações • O Objeto: Sempre será: • Dar (Exemplo: um carro) • Fazer (Exemplo: Pintar um apto.) • Ou não fazer (Exemplo: Contrato sigilo profissional) Atenção para o Artigo 104 CC - Lícito, possível, determinado ou determinável. Elementos Teoria Geral das Obrigações • O Vínculo Jurídico: Elemento imaterial responsável pela produção de efeitos da obrigação. O credor pode exigir do devedor o cumprimento da prestação. Elementos Teoria Geral das Obrigações • Objeto do Direito Civil Fatos relevantes do cotidiano das pessoas em geral. • Relação Jurídica Obrigacional Ela se realiza entre os sujeitos (normalmente por contratos) É uma relação Jurídica Horizontal Atenção Teoria Geral das Obrigações Algumas Distinções Teoria Geral das Obrigações Direito Obrigacional Direitos Reais • Relações jurídicas dois ou mais sujeitos • Sujeito ativo (credor) • Sujeito passivo (devedor) • Relações jurídicas sujeito ativo e uma coisa. • Sujeito ativo • Coisa • Regidos pelos princípios da: Autonomia da vontade • Regidos pelos princípios da: Registro e Tradição • Efeitos inter partes: Entre as partes (AxB) • Efeitos erga omnes: Contra todos) Algumas Distinções Teoria Geral das Obrigações Direito Obrigacional Direitos Reais • Garantia das obrigações (Princ. da Responsabilid. Patrimonial) Patrimônio de uma pessoa. Seus bens respondem por suas obrigações. • Garantia é a própria coisa (bem). Direito de sequela: Perseguir a coisa de quem injustamente a detém (aprender de terceiros) • Rol meramente exemplificativo Numerus Apertus • Rol taxativo Numerus Clausus • Possui caráter transitório Extingue com o pagamento (exemplo: Contrato) • Possui caráter permanente Não se extingue pela utilização (exemplo: Propriedade) • A obrigação civil é a obrigação completa composta por 2 requisitos . • Shuld (Débito) • Haftung (Responsabilidade) • Penhor Todo patrimônio que garante no direito das obrigações. Se o devedor tiver vários bens a justiça poderá determinar o bem a ser penhorado durante o processo. Aloiz Brinz Teoria Geral das Obrigações • Contratos Negócio jurídico bilateral (envolve duas ou mais pessoas) • Declarações unilaterais de vontade Promessa de recompensa • Atos ilícitos. Batida de Automóvel (Civil, penal ou administrativo) Fontes das Obrigações Teoria Geral das Obrigações Atenção A elas pode ser adicionada a lei, que é a fonte primária e única de todas as obrigações. Uma obrigação real, que decorre da relação entre o devedor e a coisa. Propter rem significa “por causa da coisa”. Assim, a obrigação a segue, seja qual for o título translativo. Exemplo: • Obrigação imposta ao condômino de ratear as despesas de conservação da coisa. • Obrigação imposta ao condômino, em edificações, de não alterar a fachada do prédio. Obrigações propter rem Teoria Geral das Obrigações Como regra as obrigações produzem efeitos entre os obrigados podendo, excepcionalmente, produzir efeitos contra todos (erga omnes) se, a mesma, for obrigado o registro no órgão competente. Obrigações com eficácia real Teoria Geral das Obrigações • Obrigações positivas Dar / Fazer • Obrigações negativas Não Fazer Classificação das obrigações Teoria Geral das Obrigações • Direitos Reais São sempre registrados • Transferência de propriedade – No geral (há exceções) • Tradição (Bens móveis) • Transcrição (Bens imóveis) • Penhor Todo patrimônio que garante no direito das obrigações. Se o devedor tiver vários bens a justiça poderá determinar o bem a ser penhorado durante o processo. Observações Teoria Geral das Obrigações • Penhor Penhora • Penhor: Quando um bem e dado pelo devedor como garantia. O bem fica empenhado (de posse do credor) • Penhora: Não há bem dado pelo devedor como garantia. O que ocorre e que se não houver o pagamento, e o devedor tiver bens, a justiça nomeia o bem a ser penhorado. O mesmo fica bloqueado até o final do processo. Diferença entre Penhor e Penhora Teoria Geral das Obrigações DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA A coisa certa Para o Código Civil é a determinada, perfeitamente individualizada. É tudo aquilo que poder ser distinguido de qualquer outra coisa. Exemplo: O devedor se compromete a entregar ou a restituir ao credor um objeto perfeitamente determinado (certo quadro de um pintor célebre ou uma casa localizada em uma rua e numero). Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 233 CC A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. A coisa certa - Abrangência dos acessórios Decorrência do princípio geral de direito, universalmente aplicado, segundo o qual o acessório segue o destino do principal (gravitação jurídica). • Principal: Bem que tem existência própria, que existe por si só. • Acessório: Cuja existência depende do principal. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 233 CC A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. Acessórios salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. Contrato de compra e venda de uma TV, o controle remoto é um acessório. Contudo, a segunda parte do artigo 233 do CC, diz que é possível que no contrato esteja expresso o contrario, ou seja, que compra e venda da TV não abrange o controle remoto. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 234 CC se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes;se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. Perda da coisa certa sem culpa do devedor Por caso fortuito ou força maior, antes de efetuada a tradição ou pendente a condição suspensiva, resolver-se-á a obrigação para ambos os contratantes. O devedor deverá restituir ao credor a quantia recebida pelo preço ajustado, na obrigação de dar a coisa certa. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 234 CC se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. Perda da coisa certa sem culpa do devedor Exemplo: O devedor se obrigou a entregar um cavalo, e este vem a falecer por ter sido atingido por um raio, no pasto, desaparece a obrigação, sem ônus para as partes. Se o pagamento já tiver sido efetuado devolve o valor com atualização e não há perdas e danos. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Perda da coisa certa por culpa do devedor Respondera pelo equivalente, ou seja, pelo valor que a coisa tinha no instante de seu perecimento. E por perdas e danos, que compreendem o prejuízo efetivamente sofrido pelo credor (dano emergente) e o lucro que deixou de auferir (lucro cessante). Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 234 CC se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. Art. 235 CC Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço, o valor que perdeu. Consequência da deterioração da coisa certa sem culpa do devedor Se a coisa certa se deteriorar caberá, neste caso, ao credor optar se considera extinta a relação obrigacional. Ou se aceita o bem, no estado em que se encontra, abatido no seu preço o valor do estrago. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 235 CC Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço, o valor que perdeu. Consequência da deterioração da coisa certa sem culpa do devedor Exemplo: O credor adquire um cavalo para corrida e o animal vem a contrair moléstia que o impede de competir. • O comprador poderá dar por resolvida a obrigação, se não mais pretender a coisa. • Ou receber a coisa, abatendo-se o preço respectivo, levando-se em conta o valor de um animal para reprodução e não mais para competições. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 236 CC Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. Consequência da deterioração da coisa certa por culpa do devedor Poderá o credor exigir o equivalente (valor da coisa em dinheiro) mais perdas e danos, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, podendo também neste caso reclamar por perdas e danos. Ressalte-se que o valor da indenização é apurado, geralmente, por perícia. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 237 CC Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. Cômodos na obrigação de dar a coisa certa Cômodos são as vantagens produzidas pela coisa (melhoramentos e acrescidos), que, na obrigação de dar coisa certa, pertencem ao devedor. Exemplo: João ficou de vender sua fazenda para Antonio. Neste período houve a pavimentação da estrada e o imóvel foi valorizado. Como a transferência, ainda não tinha sido feita, João poderá exigir um aumento. Se o credor (Antônio) não concordar, João pode resolver a obrigação. É como dizer: “não quero mais vender para ti.” Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 237 CC Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. Propriedade dos frutos: Exemplo: Na venda de uma fazenda com plantação de maçã. Ainda estando dentro da tradição. • Vendedor fica com as maçãs que foram colhidas do pomar (frutos percebidos). • Comprador fica com os frutos percipiendos ou pendentes. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 238 CC Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. Perda da coisa a ser restituída sem culpa do devedor Neste artigo, não temos transferência da coisa, mas empréstimo. • Caso um desastre natural danifique um carro emprestado a alguém, ela (devedora) não terá culpa. O credor (proprietário) arcará com todos os prejuízos. • “Ressalvados os seus direitos até o dia da perda”: O credor (proprietário tem seus direitos ressalvados até o dia da perda. Se for um carro alugado tem o direito de receber o valor do aluguel ate o dia do sinistro. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 239 CC Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. Perda da coisa a ser restituída por culpa do devedor Neste artigo, não temos transferência da coisa, mas empréstimo. • Um automóvel alugado tem que ser restituído, mas quem alugou, quando viajou dirigiu a 180 km/h, e veio a bater, gerando multas e danos. • Ele (devedor) agiu com culpa e responderá pelo equivalente ao valor do automóvel mais as perdas e danos. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 240 CC Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239. Deterioração da coisa a ser restituída • Sem culpa do devedor: O credor receberá a coisa no estado em que se encontra. sem poder pleitear qualquer indenização. • Com culpa do devedor: Voltamos ao art. 239. Pagamento do equivalente mais perdas e danos. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 241 CC Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. Melhoramento na coisa restituível Locação de Imóvel na rua X sem asfalto. Durante a locação a rua foi pavimentada valorizando todos os imóveis da área. Lucrará o credor com o fato sem pagar qualquer indenização, pelo simples fato de ser proprietário da coisa Mas Se o locatário (devedor) tiver empregado trabalho e desembolso financeiro deverá ser indenizado. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações Art. 242CC Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-féou de má-fé. Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. Direito às benfeitorias na coisa a ser restituída e aos seus frutos Havendo melhoramento em razão de dispêndio ou trabalho do devedor o credor deverá pagá-los, Exceto se for ele comodatário. • Se de boa-fé, terá direito aos frutos percebidos e à indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias. • Se de má-fé, somente terá direito à indenização das benfeitorias úteis e necessárias. Responderá pelos frutos percebidos (que, culposamente, deixou de perceber,), mas terá direito às despesas de produção e custeio. Das obrigações de dar coisa certa Teoria Geral das Obrigações DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA • Conceito Obrigação de entregar coisa que seja indicada apenas o gênero e a quantidade. • Entregar um cavalo. • Entregar uma tonelada de feijão • Entregar um automóvel Obrigação de dar coisa incerta Teoria Geral das Obrigações Art. 243 CC A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. • Incerteza A incerteza quanto ao objeto da prestação é temporário ou transitório, pois dura até o momento da concentração. Obrigação de dar coisa incerta Teoria Geral das Obrigações Art. 244 CC Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. • Concentração Individualização do bem, em regra, a escolha é do devedor. Salvo se constar em contrário. A determinação a coisa incerta perfaz-se pela escolha. Feita esta, e cientificado o credor, acaba a incerteza, e a coisa torna-se certa, vigorando, então, as normas que tratam das obrigações de dar coisa certa. Escolha e concentração Teoria Geral das Obrigações Art. 245 CC Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na seção antecedente. Antes da escolha não é possível o devedor se eximir da obrigação alegando coisa fortuita ou forca maior. Atenção: Com a concentração (escolha) a obrigação passa a ser tratada em Dar Coisa Certa. O critério e pela média,ou seja a proporcionalidade. Não cabe a alegação da teoria dos riscos, na obrigação de dar coisa incerta pois o gênero não perece. Critério de Escolha Teoria Geral das Obrigações Art. 246 CC Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER Conceito: Consiste na prestação de um fato (obrigação de dar) ou uma atividade (obrigação de fazer) do devedor para o credor . Das obrigações de fazer Teoria Geral das Obrigações • Prestação de um fato: Entrega de uma coisa (Obrigação de dar) • Prestação de uma atividade: Fazer um coisa (Obrigação de fazer ) Conceito: Consiste na prestação de um fato (obrigação de dar) ou uma atividade (obrigação de fazer) do devedor para o credor . Das obrigações de fazer Teoria Geral das Obrigações • Prestação de um fato: Entrega de uma coisa (Obrigação de dar) • Prestação de uma atividade: Fazer um coisa (Obrigação de fazer ) Aponta a doutrina a seguinte diferença: • Obrigações de Fazer O prestação consiste em ato ou serviço do devedor. • Obrigações de Dar A prestação consiste na entrega de uma coisa, certa ou incerta. Diferenças entre obrigação de fazer e obrigação de dar Teoria Geral das Obrigações • Fungível ou Impessoal (não personalíssima) Pode ser realizada por uma terceira pessoa • Infungível ou Pessoal (personalíssima) Somente poderá ser realizada pelo devedor Espécies de obrigações de fazer Teoria Geral das Obrigações Recusa do devedor em cumprir a obrigação A recusa voluntária induz culpa. Um cantor que se recusa a se apresentar em um show responde pelo prejuízo acarretado. A recusa ao cumprimento de obrigação infungível resolve-se, tradicionalmente, em perdas e danos, pois não se pode constranger fisicamente o devedor a executá-la. Obrigações infungíveis ou personalíssimas Teoria Geral das Obrigações Art. 247 CC Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. • Culpa do Devedor Indenização ao credor por perdas e danos. • Sem Culpa do Devedor Não haverá indenização. A obrigação ficara resolvida. Impossibilidade de cumprimento da prestação Teoria Geral das Obrigações Art. 248 CC Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. • Autorização ao Juiz O credor pode solicitar autorização ao juiz para que um terceiro cumpra a prestação as custas do devedor sem perda do direito de indenização. • Hipótese de Autotutela Auto executoriedade Em caso de urgência o credor poderá solicitar que um terceiro cumpra a obrigação, independente de uma autorização judicial. Obrigação pode ser executada por terceiro Fungível Teoria Geral das Obrigações Art. 249 CC Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. O credor, em cumprimento ao parágrafo único, estará exercendo a autotutela com o objetivo de amenizar os prejuízos possíveis com o não comprimento de uma obrigação por parte do devedor. Exemplo: A cobertura de um depósito contendo toneladas de sacos de sal. Uma chuva poderá causar um prejuízo maior que talvez o devedor não possa arcar em um possível ajuizamento de perdas e danos. Autotutela Urgência Teoria Geral das Obrigações Art. 249 CC Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER Conceito Trata-se de uma obrigação de abstenção que impede que o devedor pratique ato que normalmente não lhe seria vedado. A obrigação de não fazer é sempre personalíssima (Infungível ). Obrigação de não fazer Teoria Geral das Obrigações Obrigação do locador de não perturbar o locatário da coisa locada. Obrigação contraída pelo locatário de não sublocar a coisa. Obrigação do artista de não atuar senão para determinado empresário ou empresa. Impossibilidade de cumprimento (abstenção ) do fato sem culpa do devedor A obrigação automaticamente se extingue. Obrigação de não fazer Teoria Geral das Obrigações Art. 250 CC Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. Abstenção da venda de um móvel que é desapropriado posteriormente por interesse público. Consequências do descumprimento (inadimplemento) da obrigação de não fazer. • Credor pode exigir que o devedor desfaça o ato • Credor pode mandar que terceiro desfaça o ato, as custas do devedor. • Indenização por perdas e danos. Obrigação de não fazer Teoria Geral das Obrigações Art. 251 CC Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpadoperdas e danos . Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. No caso de urgência, o credor poderá desfazer o ato independente de autorização judicial. DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS Ou Obrigações Plurais quanto ao Objeto Conceito São obrigações em que há possibilidade de cumprimento de várias prestações, mas o cumprimento de apenas uma delas extingue a obrigação. Exemplo: João deve a Antonio R$ 200.000,00 ou um Apartamento Extingue a obrigação cumprindo uma delas. Atenção: Normalmente a obrigação surge de um contrato. Nele, os sujeitos se comprometem a entregar o objeto e de que forma o fará. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Concentração (escolha e cientificação) Em regra a escolha competirá ao devedor. Salvo disposição expressa em contrario. Duas ou mais prestações o devedor exonera-se cumprindo apenas uma delas Atenção: Após a escolha e cientificação a obrigação deixa de ser alternativa para se tornar única. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 252 CC Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.. Concentração (escolha e cientificação) A escolha, se tiver objetos distintos, quem escolher deverá escolher um deles, e não a metade de um mais a metade de outro. credor não é obrigado a aceitar fração de um mais a fração de outro. Cuidado O parágrafo trata-se de situações que não foram combinadas (em contrato), O Direito das Obrigações é um Direito patrimonial disponível, que significa que as partes podem dispor livremente. Se estiver previsto em contrato pode ser recebida em frações. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 252 CC § 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. Concentração (escolha e cientificação) A escolha poderá, eventualmente, se renovar periodicamente. Exemplo Arrendamento de uma propriedade rural. O arrendatário (devedor) assumiu a obrigação de, ao final de cada ano, entregar um valor: • 20 toneladas de milho, ou • 10 toneladas de soja, ou • uma quantia em dinheiro. Significa então que ele pode optar por entregar o milho no primeiro ano, e, notando as variações dos rumores do mercado, escolher por entregar a soja no segundo ano, que esta com valor menor. no ano seguinte pode optar por entregar novamente o milho. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 252 CC § 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. Concentração (escolha e cientificação) Pluralidade de optantes num polo da obrigação. Exemplo Digamos que temos três devedores, que estão brigando por dificuldade na escolha. Não se chegando a um consenso ocaso chega ao juiz que porá um ponto final na discussão. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 252 CC 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. Concentração (escolha e cientificação) Inércia de que tem opção de escolha. Será feito procedimento de acordo com CPC quanto as regras do processo de execução. Inerte o devedor quando a opção de escolha caberá esta ao credor. Exemplificando Significa então que o terceiro pode entrar como o escolhedor. Mas se persistir o impasse se remete novamente ao juiz para solução do conflito. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 252 CC § 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. Inexequível (impossibilidade ) Se uma das prestações se perde, e a escolha é do devedor, ela persistirá na outra prestação. Independente do motivo da perda. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 253 CC Se uma das 2 (duas) prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. Inexequível (impossibilidade ) Culpa do devedor, mas a escolha é do devedor Quando toda as prestações se perderam e a concentração cabe a ele. Será obrigado a pagar o valor do último que se perdeu mais perdas e danos. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 254 CC Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. Inexequível (impossibilidade ) Culpa do devedor, mas a escolha é do Credor • O credor poderá escolher a que não se perdeu ou o valor da que se perdeu mais perdas e danos. • Na perda das duas, o credor o opta pelo recebimento do valor de uma delas mais perdas e danos. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 255 CC Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das 2 (duas), além da indenização por perdas e danos. Concentração (escolha e cientificação) Quando todas as obrigações não podem ser cumpridas. Sem culpa do devedor A obrigação alternativa se extinguira. Obrigações Alternativas Teoria Geral das Obrigações Art. 256 CC Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação. .
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