Buscar

Teoria das Obrigações Parte 1

Prévia do material em texto

Resumo das aulas de Direito Civil 
 
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES - Parte I 
 
Direito Civil 
Geraldo Magela Batista 
Faculdade de Direito Ipatinga – FADIPA 
Email: gmbui33431@bol.com.br 
Relação jurídica pessoal 
 
 
Uma parte (Devedor), fica obrigado a cumprir 
 
• Espontânea 
• Coercivamente 
 
 
Prestação patrimonial em proveito de outrem (credor). 
Dados principais que deve constar no conceito: 
Conceito Relação Jurídica Obrigacional 
Teoria Geral das Obrigações 
• Sujeitos 
 
• Pessoa Natural 
• Pessoa Jurídica 
 
• Objeto 
 
• Vínculo Jurídico 
 
 
 
Elementos 
Teoria Geral das Obrigações 
• O Sujeito: Elemento subjetivo ou seja as partes da Relação 
Obrigacional composto: 
 
• Sujeito ativo (credor) 
 
• Sujeito passivo (devedor) 
 
 
 
 
Atenção para o Artigo 104 CC - Agente Capaz 
 
Elementos 
Teoria Geral das Obrigações 
• O Objeto: Sempre será: 
 
• Dar (Exemplo: um carro) 
 
• Fazer (Exemplo: Pintar um apto.) 
 
• Ou não fazer (Exemplo: Contrato sigilo profissional) 
 
 
 
Atenção para o Artigo 104 CC - Lícito, possível, 
determinado ou determinável. 
 
Elementos 
Teoria Geral das Obrigações 
• O Sujeito: Pode ser: 
 
• Determinado: A deve B o valor de $. 
 
Sabemos que A é o devedor e B o credor. 
 
• Determinável: Proprietário de um cachorro perdido oferece 
uma recompensa para que achar o cão. 
 
Proprietário do cão (devedor) compromete a pagar a 
quem achar o cão. Credor até então não se sabe. 
Determinação dará no momento da entrega do cão 
(cumprimento da prestação). 
 
 
Antes do cumprimento da prestação temos uma indeterminação transitório do 
sujeito. 
Elementos 
Teoria Geral das Obrigações 
• O Objeto: Sempre será: 
 
• Dar (Exemplo: um carro) 
 
• Fazer (Exemplo: Pintar um apto.) 
 
• Ou não fazer (Exemplo: Contrato sigilo profissional) 
 
 
 
Atenção para o Artigo 104 CC - Lícito, possível, 
determinado ou determinável. 
 
Elementos 
Teoria Geral das Obrigações 
• O Vínculo Jurídico: 
 
 
Elemento imaterial responsável pela produção de efeitos da 
obrigação. O credor pode exigir do devedor o cumprimento 
da prestação. 
 
Elementos 
Teoria Geral das Obrigações 
• Objeto do Direito Civil 
 
 Fatos relevantes do cotidiano das pessoas em geral. 
 
• Relação Jurídica Obrigacional 
 
 Ela se realiza entre os sujeitos (normalmente por contratos) 
 
É uma relação Jurídica Horizontal 
 
Atenção 
Teoria Geral das Obrigações 
Algumas Distinções 
Teoria Geral das Obrigações 
 Direito Obrigacional Direitos Reais 
• Relações jurídicas dois ou mais 
sujeitos 
 
• Sujeito ativo (credor) 
• Sujeito passivo (devedor) 
 
• Relações jurídicas sujeito ativo 
e uma coisa. 
 
• Sujeito ativo 
• Coisa 
 
• Regidos pelos princípios da: 
 
Autonomia da vontade 
• Regidos pelos princípios da: 
 
Registro e Tradição 
• Efeitos inter partes: 
 
Entre as partes (AxB) 
• Efeitos erga omnes: 
 
Contra todos) 
Algumas Distinções 
Teoria Geral das Obrigações 
 Direito Obrigacional Direitos Reais 
• Garantia das obrigações (Princ. 
da Responsabilid. Patrimonial) 
 
Patrimônio de uma pessoa. 
Seus bens respondem por suas 
obrigações. 
• Garantia é a própria coisa 
(bem). 
 
Direito de sequela: Perseguir a 
coisa de quem injustamente a 
detém (aprender de terceiros) 
• Rol meramente exemplificativo 
 
Numerus Apertus 
• Rol taxativo 
 
Numerus Clausus 
• Possui caráter transitório 
 
Extingue com o pagamento 
(exemplo: Contrato) 
• Possui caráter permanente 
 
Não se extingue pela utilização 
(exemplo: Propriedade) 
• A obrigação civil é a obrigação completa composta por 2 requisitos . 
 
 
• Shuld (Débito) 
• Haftung (Responsabilidade) 
 
 
• Penhor 
 
Todo patrimônio que garante no direito das obrigações. Se o 
devedor tiver vários bens a justiça poderá determinar o bem a ser 
penhorado durante o processo. 
Aloiz Brinz 
Teoria Geral das Obrigações 
 
• Contratos 
 
Negócio jurídico bilateral (envolve duas ou mais pessoas) 
 
• Declarações unilaterais de vontade 
 
Promessa de recompensa 
 
• Atos ilícitos. 
 
Batida de Automóvel (Civil, penal ou administrativo) 
Fontes das Obrigações 
Teoria Geral das Obrigações 
Atenção 
 
A elas pode ser adicionada a lei, que é a fonte primária e única de todas as obrigações. 
Uma obrigação real, que decorre da relação entre o devedor e a coisa. 
Propter rem significa “por causa da coisa”. Assim, a obrigação a segue, 
seja qual for o título translativo. Exemplo: 
 
 
 
• Obrigação imposta ao condômino de ratear as despesas 
de conservação da coisa. 
 
• Obrigação imposta ao condômino, em edificações, de não 
alterar a fachada do prédio. 
Obrigações propter rem 
 
Teoria Geral das Obrigações 
Como regra as obrigações produzem efeitos entre os obrigados podendo, 
excepcionalmente, produzir efeitos contra todos (erga omnes) se, a mesma, 
for obrigado o registro no órgão competente. 
Obrigações com eficácia real 
Teoria Geral das Obrigações 
• Obrigações positivas Dar / Fazer 
 
• Obrigações negativas Não Fazer 
Classificação das obrigações 
Teoria Geral das Obrigações 
• Direitos Reais 
 
São sempre registrados 
 
 
 
• Transferência de propriedade – No geral (há exceções) 
 
• Tradição (Bens móveis) 
• Transcrição (Bens imóveis) 
 
 
• Penhor 
 
Todo patrimônio que garante no direito das obrigações. Se o 
devedor tiver vários bens a justiça poderá determinar o bem a ser 
penhorado durante o processo. 
Observações 
Teoria Geral das Obrigações 
• Penhor Penhora 
 
• Penhor: Quando um bem e dado pelo devedor como 
garantia. O bem fica empenhado (de posse do credor) 
 
• Penhora: Não há bem dado pelo devedor como garantia. 
O que ocorre e que se não houver o pagamento, e o 
devedor tiver bens, a justiça nomeia o bem a ser 
penhorado. O mesmo fica bloqueado até o final do 
processo. 
Diferença entre Penhor e Penhora 
Teoria Geral das Obrigações 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA 
A coisa certa 
 
Para o Código Civil é a determinada, perfeitamente individualizada. É 
tudo aquilo que poder ser distinguido de qualquer outra coisa. 
 
Exemplo: 
 
O devedor se compromete a entregar ou a restituir ao credor um 
objeto perfeitamente determinado (certo quadro de um pintor 
célebre ou uma casa localizada em uma rua e numero). 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 233 CC 
 
A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, 
salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
A coisa certa - Abrangência dos acessórios 
 
Decorrência do princípio geral de direito, universalmente aplicado, 
segundo o qual o acessório segue o destino do principal (gravitação 
jurídica). 
 
 
• Principal: Bem que tem existência própria, que existe 
por si só. 
 
• Acessório: Cuja existência depende do principal. 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 233 CC 
 
A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, 
salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
Acessórios 
 
salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
 
 
Contrato de compra e venda de uma TV, o controle remoto é um 
acessório. 
 
Contudo, a segunda parte do artigo 233 do CC, diz que é possível que no 
contrato esteja expresso o contrario, ou seja, que compra e venda da TV 
não abrange o controle remoto. 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 234 CC 
 
se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou 
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes;se a perda 
resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
Perda da coisa certa sem culpa do devedor 
 
Por caso fortuito ou força maior, antes de efetuada a tradição ou 
pendente a condição suspensiva, resolver-se-á a obrigação para 
ambos os contratantes. 
 
O devedor deverá restituir ao credor a quantia recebida pelo 
preço ajustado, na obrigação de dar a coisa certa. 
 
 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 234 CC 
 
se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou 
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda 
resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
Perda da coisa certa sem culpa do devedor 
 
Exemplo: O devedor se obrigou a entregar um cavalo, e este vem a 
falecer por ter sido atingido por um raio, no pasto, desaparece a 
obrigação, sem ônus para as partes. 
 
Se o pagamento já tiver sido efetuado devolve o valor com 
atualização e não há perdas e danos. 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Perda da coisa certa por culpa do devedor 
 
Respondera pelo equivalente, ou seja, pelo valor que a coisa tinha no 
instante de seu perecimento. 
 
E por perdas e danos, que compreendem o prejuízo 
efetivamente sofrido pelo credor (dano emergente) e o lucro 
que deixou de auferir (lucro cessante). 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 234 CC 
 
se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou 
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda 
resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
Art. 235 CC 
 
Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço, o valor que perdeu. 
Consequência da deterioração da coisa certa sem culpa do devedor 
 
 
Se a coisa certa se deteriorar caberá, neste caso, ao credor optar se 
considera extinta a relação obrigacional. 
 
Ou se aceita o bem, no estado em que se encontra, abatido no 
seu preço o valor do estrago. 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 235 CC 
 
Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço, o valor que perdeu. 
Consequência da deterioração da coisa certa sem culpa do devedor 
 
Exemplo: 
 
O credor adquire um cavalo para corrida e o animal vem a 
contrair moléstia que o impede de competir. 
 
• O comprador poderá dar por resolvida a obrigação, se não mais 
pretender a coisa. 
 
• Ou receber a coisa, abatendo-se o preço respectivo, levando-se em 
conta o valor de um animal para reprodução e não mais para 
competições. 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 236 CC 
 
Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no 
estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização 
das perdas e danos. 
Consequência da deterioração da coisa certa por culpa do devedor 
 
Poderá o credor exigir o equivalente (valor da coisa em dinheiro) mais 
perdas e danos, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, 
podendo também neste caso reclamar por perdas e danos. 
 
Ressalte-se que o valor da indenização é apurado, 
geralmente, por perícia. 
 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 237 CC 
 
Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá 
exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 
 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
Cômodos na obrigação de dar a coisa certa 
 
Cômodos são as vantagens produzidas pela coisa (melhoramentos e 
acrescidos), que, na obrigação de dar coisa certa, pertencem ao 
devedor. 
 
Exemplo: João ficou de vender sua fazenda para Antonio. Neste 
período houve a pavimentação da estrada e o imóvel foi valorizado. 
Como a transferência, ainda não tinha sido feita, João poderá exigir 
um aumento. Se o credor (Antônio) não concordar, João pode 
resolver a obrigação. É como dizer: “não quero mais vender para ti.” 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 237 CC 
 
Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá 
exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 
 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
Propriedade dos frutos: 
 
Exemplo: Na venda de uma fazenda com plantação de maçã. Ainda 
estando dentro da tradição. 
 
 
• Vendedor fica com as maçãs que foram colhidas do 
pomar (frutos percebidos). 
 
• Comprador fica com os frutos percipiendos ou 
pendentes. 
 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 238 CC 
 
Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, 
sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 
Perda da coisa a ser restituída sem culpa do devedor 
 
Neste artigo, não temos transferência da coisa, mas empréstimo. 
 
 
• Caso um desastre natural danifique um carro emprestado a 
alguém, ela (devedora) não terá culpa. O credor (proprietário) 
arcará com todos os prejuízos. 
 
• “Ressalvados os seus direitos até o dia da perda”: O credor 
(proprietário tem seus direitos ressalvados até o dia da perda. 
Se for um carro alugado tem o direito de receber o valor do 
aluguel ate o dia do sinistro. 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 239 CC 
 
Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. 
Perda da coisa a ser restituída por culpa do devedor 
 
Neste artigo, não temos transferência da coisa, mas empréstimo. 
 
 
• Um automóvel alugado tem que ser restituído, mas quem alugou, 
quando viajou dirigiu a 180 km/h, e veio a bater, gerando multas e 
danos. 
 
• Ele (devedor) agiu com culpa e responderá pelo equivalente ao 
valor do automóvel mais as perdas e danos. 
 
 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 240 CC 
 
Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se 
ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 
239. 
Deterioração da coisa a ser restituída 
 
 
• Sem culpa do devedor: 
 
O credor receberá a coisa no estado em que se 
encontra. sem poder pleitear qualquer indenização. 
 
• Com culpa do devedor: 
 
Voltamos ao art. 239. Pagamento do equivalente mais 
perdas e danos. 
 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 241 CC 
 
Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do 
devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. 
Melhoramento na coisa restituível 
 
Locação de Imóvel na rua X sem asfalto. 
 
Durante a locação a rua foi pavimentada valorizando todos os 
imóveis da área. Lucrará o credor com o fato sem pagar qualquer 
indenização, pelo simples fato de ser proprietário da coisa 
 
Mas 
 
Se o locatário (devedor) tiver empregado trabalho e desembolso financeiro 
deverá ser indenizado. 
 
 
 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 242CC 
 
Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas 
normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-féou de má-fé. 
 
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste 
Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
Direito às benfeitorias na coisa a ser restituída e aos seus frutos 
 
Havendo melhoramento em razão de dispêndio ou trabalho do devedor o credor 
deverá pagá-los, Exceto se for ele comodatário. 
 
 
• Se de boa-fé, terá direito aos frutos percebidos e à indenização pelas 
benfeitorias úteis e necessárias. 
 
• Se de má-fé, somente terá direito à indenização das benfeitorias úteis e 
necessárias. Responderá pelos frutos percebidos (que, culposamente, 
deixou de perceber,), mas terá direito às despesas de produção e custeio. 
 
 
 
Das obrigações de dar coisa certa 
Teoria Geral das Obrigações 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA 
• Conceito 
 
Obrigação de entregar coisa que seja indicada apenas o 
gênero e a quantidade. 
 
• Entregar um cavalo. 
• Entregar uma tonelada de feijão 
• Entregar um automóvel 
 
 
Obrigação de dar coisa incerta 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 243 CC 
 
A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
• Incerteza 
 
A incerteza quanto ao objeto da prestação é temporário ou 
transitório, pois dura até o momento da concentração. 
Obrigação de dar coisa incerta 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 244 CC 
 
Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao 
devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar 
a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. 
• Concentração 
 
Individualização do bem, em regra, a escolha é do devedor. 
 
Salvo se constar em contrário. 
A determinação a coisa incerta perfaz-se pela escolha. 
 
 
Feita esta, e cientificado o credor, acaba a incerteza, e a coisa 
torna-se certa, vigorando, então, as normas que tratam das 
obrigações de dar coisa certa. 
Escolha e concentração 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 245 CC 
 
Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na seção antecedente. 
Antes da escolha não é possível o devedor se eximir da obrigação alegando 
coisa fortuita ou forca maior. 
 
Atenção: Com a concentração (escolha) a obrigação passa a ser 
tratada em Dar Coisa Certa. 
O critério e pela média,ou seja a proporcionalidade. 
 
Não cabe a alegação da teoria dos riscos, na obrigação de dar 
coisa incerta pois o gênero não perece. 
Critério de Escolha 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 246 CC 
 
Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que 
por força maior ou caso fortuito. 
DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER 
Conceito: 
 
Consiste na prestação de um fato (obrigação de dar) ou uma 
atividade (obrigação de fazer) do devedor para o credor . 
Das obrigações de fazer 
 
Teoria Geral das Obrigações 
• Prestação de um fato: 
 
Entrega de uma coisa (Obrigação de dar) 
 
• Prestação de uma atividade: 
 
 Fazer um coisa (Obrigação de fazer ) 
Conceito: 
 
Consiste na prestação de um fato (obrigação de dar) ou uma 
atividade (obrigação de fazer) do devedor para o credor . 
Das obrigações de fazer 
 
Teoria Geral das Obrigações 
• Prestação de um fato: 
 
Entrega de uma coisa (Obrigação de dar) 
 
• Prestação de uma atividade: 
 
 Fazer um coisa (Obrigação de fazer ) 
Aponta a doutrina a seguinte diferença: 
 
 
 
• Obrigações de Fazer 
 
O prestação consiste em ato ou serviço do devedor. 
 
 
• Obrigações de Dar 
 
A prestação consiste na entrega de uma coisa, certa 
ou incerta. 
Diferenças entre obrigação de fazer e obrigação de dar 
Teoria Geral das Obrigações 
• Fungível ou Impessoal (não personalíssima) 
 
Pode ser realizada por uma terceira pessoa 
 
 
• Infungível ou Pessoal (personalíssima) 
 
Somente poderá ser realizada pelo devedor 
Espécies de obrigações de fazer 
Teoria Geral das Obrigações 
Recusa do devedor em cumprir a obrigação 
 
 
A recusa voluntária induz culpa. Um cantor que se recusa a se apresentar 
em um show responde pelo prejuízo acarretado. 
 
 
A recusa ao cumprimento de obrigação infungível resolve-se, 
tradicionalmente, em perdas e danos, pois não se pode constranger 
fisicamente o devedor a executá-la. 
Obrigações infungíveis ou personalíssimas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 247 CC 
 
Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. 
• Culpa do Devedor 
 
Indenização ao credor por perdas e danos. 
 
• Sem Culpa do Devedor 
 
Não haverá indenização. A obrigação ficara resolvida. 
 
 
Impossibilidade de cumprimento da prestação 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 248 CC 
 
Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á 
a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
• Autorização ao Juiz 
 
O credor pode solicitar autorização ao juiz para que um terceiro 
cumpra a prestação as custas do devedor sem perda do direito de 
indenização. 
 
• Hipótese de Autotutela Auto executoriedade 
 
Em caso de urgência o credor poderá solicitar que um terceiro cumpra 
a obrigação, independente de uma autorização judicial. 
Obrigação pode ser executada por terceiro Fungível 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 249 CC 
 
Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, 
havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, 
executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
O credor, em cumprimento ao parágrafo único, estará exercendo a autotutela com 
o objetivo de amenizar os prejuízos possíveis com o não comprimento de uma 
obrigação por parte do devedor. 
 
 
 
Exemplo: A cobertura de um depósito contendo toneladas de sacos de 
sal. Uma chuva poderá causar um prejuízo maior que talvez o devedor 
não possa arcar em um possível ajuizamento de perdas e danos. 
Autotutela Urgência 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 249 CC 
 
Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, 
havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, 
executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER 
Conceito 
 
 
Trata-se de uma obrigação de abstenção que impede que o devedor pratique 
ato que normalmente não lhe seria vedado. 
 
 
A obrigação de não fazer é sempre personalíssima (Infungível ). 
Obrigação de não fazer 
Teoria Geral das Obrigações 
Obrigação do locador de não perturbar o locatário da coisa locada. 
 
Obrigação contraída pelo locatário de não sublocar a coisa. 
 
Obrigação do artista de não atuar senão para determinado empresário ou empresa. 
Impossibilidade de cumprimento (abstenção ) do fato sem culpa do devedor 
 
 
A obrigação automaticamente se extingue. 
Obrigação de não fazer 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 250 CC 
 
Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se 
do ato, que se obrigou a não praticar. 
Abstenção da venda de um móvel que é desapropriado posteriormente por interesse público. 
Consequências do descumprimento (inadimplemento) da obrigação de não fazer. 
 
 
• Credor pode exigir que o devedor desfaça o ato 
• Credor pode mandar que terceiro desfaça o ato, as custas do devedor. 
• Indenização por perdas e danos. 
Obrigação de não fazer 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 251 CC 
 
Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob 
pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpadoperdas e danos 
. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 
No caso de urgência, o credor poderá desfazer o ato independente de autorização judicial. 
DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS 
 
Ou 
 
Obrigações Plurais quanto ao Objeto 
Conceito 
 
 
São obrigações em que há possibilidade de cumprimento de várias prestações, 
mas o cumprimento de apenas uma delas extingue a obrigação. 
 
 
Exemplo: 
 
João deve a Antonio R$ 200.000,00 ou um Apartamento 
 
 
 
Extingue a obrigação cumprindo uma delas. 
 
 
 
 
Atenção: Normalmente a obrigação surge de um contrato. Nele, os sujeitos se 
comprometem a entregar o objeto e de que forma o fará. 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Concentração (escolha e cientificação) 
 
Em regra a escolha competirá ao devedor. Salvo disposição expressa em 
contrario. 
 
 
Duas ou mais prestações o devedor exonera-se cumprindo apenas 
uma delas 
 
 
Atenção: 
 
 
Após a escolha e cientificação a obrigação deixa de ser alternativa 
para se tornar única. 
 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 252 CC 
 
Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.. 
Concentração (escolha e cientificação) 
 
A escolha, se tiver objetos distintos, quem escolher deverá escolher um deles, 
e não a metade de um mais a metade de outro. credor não é obrigado a aceitar 
fração de um mais a fração de outro. 
 
 
Cuidado 
 
O parágrafo trata-se de situações que não foram combinadas (em contrato), O Direito das 
Obrigações é um Direito patrimonial disponível, que significa que as partes podem dispor 
livremente. 
 
 
Se estiver previsto em contrato pode ser recebida em frações. 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 252 CC 
 
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. 
Concentração (escolha e cientificação) 
 
A escolha poderá, eventualmente, se renovar periodicamente. 
 
Exemplo 
 
Arrendamento de uma propriedade rural. O arrendatário (devedor) assumiu a 
obrigação de, ao final de cada ano, entregar um valor: 
 
• 20 toneladas de milho, ou 
• 10 toneladas de soja, ou 
• uma quantia em dinheiro. 
 
 
Significa então que ele pode optar por entregar o milho no primeiro ano, e, notando as variações dos rumores do 
mercado, escolher por entregar a soja no segundo ano, que esta com valor menor. no ano seguinte pode optar por 
entregar novamente o milho. 
 
 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 252 CC 
 
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em 
cada período. 
Concentração (escolha e cientificação) 
 
Pluralidade de optantes num polo da obrigação. 
 
 
 
Exemplo 
 
 
Digamos que temos três devedores, que estão brigando por dificuldade na escolha. 
Não se chegando a um consenso ocaso chega ao juiz que porá um ponto final na 
discussão. 
 
 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 252 CC 
 
3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o 
prazo por este assinado para a deliberação. 
Concentração (escolha e cientificação) 
 
Inércia de que tem opção de escolha. Será feito procedimento de acordo com 
CPC quanto as regras do processo de execução. Inerte o devedor quando a 
opção de escolha caberá esta ao credor. 
 
 
Exemplificando 
 
 
Significa então que o terceiro pode entrar como o escolhedor. Mas se persistir 
o impasse se remete novamente ao juiz para solução do conflito. 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 252 CC 
 
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a 
escolha se não houver acordo entre as partes. 
Inexequível (impossibilidade ) 
 
Se uma das prestações se perde, e a escolha é do devedor, ela 
persistirá na outra prestação. 
 
 
Independente do motivo da perda. 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 253 CC 
 
Se uma das 2 (duas) prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, 
subsistirá o débito quanto à outra. 
Inexequível (impossibilidade ) 
 
Culpa do devedor, mas a escolha é do devedor 
 
 
 Quando toda as prestações se perderam e a concentração 
cabe a ele. Será obrigado a pagar o valor do último que se 
perdeu mais perdas e danos. 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 254 CC 
 
Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a 
escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e 
danos que o caso determinar. 
Inexequível (impossibilidade ) 
 
Culpa do devedor, mas a escolha é do Credor 
 
 
• O credor poderá escolher a que não se perdeu ou o valor 
da que se perdeu mais perdas e danos. 
 
• Na perda das duas, o credor o opta pelo recebimento do 
valor de uma delas mais perdas e danos. 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 255 CC 
 
Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, 
o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por 
culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de 
qualquer das 2 (duas), além da indenização por perdas e danos. 
Concentração (escolha e cientificação) 
 
Quando todas as obrigações não podem ser cumpridas. 
 
 
 
Sem culpa do devedor 
 
 
 
A obrigação alternativa se extinguira. 
 
 
 
 
 
Obrigações Alternativas 
Teoria Geral das Obrigações 
Art. 256 CC 
 
Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação. .

Continue navegando