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Slides das Aulas - Homem e Sociedade

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Unidade I
HOMEM E SOCIEDADE
Profa. Claudete Nogueira
Objetivos
 Antropologia Social ciências da 
sociedade, voltada à compreensão do 
comportamento humano orientado pela
cultura.
 Homem e Sociedade e Antropologia
Compreensão das relações sociais
profundamente influenciadas pelo
conjunto complexo que forma a cultura.
A cultura
 Compreender a cultura leva a uma nova 
postura que permite perceber nossa vida 
em sociedade como uma fonte 
inesgotável de estabelecimento de 
regras e padrões, como suas constantes 
m dançasmudanças. 
 A isso chamamos diversidade. 
Ser humano, cultura e sociedade
 Comportamento humano, diferente de 
outras espécies que vivem 
coletivamente, é orientado pela cultura 
ao invés do instinto.
 O comportamento humano baseado na 
cultura e na troca de conhecimento 
(aprendizagem) é o que nos distingue 
muito das demais espécies.
Ser humano, cultura e sociedade
 Precisamos de história, da experiência 
das gerações passadas, da capacidade 
de nos educar mutuamente. 
 Definição de cultura "um conjunto 
complexo que inclui os conhecimentos, 
as crenças, a arte, a lei, a moral, os 
costumes e todas as outras capacidades 
e hábitos adquiridos pelo homem 
enquanto membro de uma 
sociedade".(Taylor,1871) 
Ser humano, cultura e sociedade
 Os padrões de comportamento coletivo 
são adquiridos.
 Tudo que compartilhamos ao viver em 
sociedade, e que podemos observar que 
se repete na maioria dos indivíduos de 
nosso grupo, é resultado de um 
processo de aprendizagem da cultura 
que denominamos socialização.
Ser humano, cultura e sociedade
“O processo por meio do qual o indivíduo 
aprende a ser um membro da sociedade, 
designado pelo nome de socialização, não 
tem fim e pode dividir-se em socialização 
primária e socialização secundária. A 
família é tradicionalmente a instit içãofamília é tradicionalmente a instituição 
responsável pela socialização primária e a 
escola, o trabalho e as demais instituições 
são responsáveis pela socialização 
secundária.”(Peter e Brigitte Berger ) 
Ser humano, cultura e sociedade
Socialização
 forma de educação, mas vai para além 
dela. 
 A cultura tem uma influência tão profunda 
em nossa forma de encarar o mundo, que , q
pensamos durante a maior parte do 
tempo, que tudo é muito “natural”. 
Ser humano, cultura e sociedade
 Ao nascer um indivíduo da espécie homo 
sapiens sapiens, somos dotados de 
potencialidades inatas como linguagem, 
inteligência, postura bípede entre outras 
coisas.
 Nenhuma dessas características se 
desenvolve “naturalmente”. Precisamos 
dos estímulos do meio para que cada 
uma delas seja utilizada, desenvolvida e 
lapidada.
Ser humano, cultura e sociedade
 O ser humano é um “animal cultural” em 
potencial.
 Precisamos do estímulo da vida em 
sociedade que exige o desenvolvimento 
de capacidades como inteligência, 
comunicação e cooperação. 
 Para exercitar essas capacidades, 
precisamos de modelos, exemplos que 
podem ser seguidos. 
 A cultura é exatamente esse modelo.A cultura é exatamente esse modelo. 
Ser humano, cultura e sociedade
A influência do Meio para a vida 
humana:socialização e o aprendizado das 
atitudes sociais
Exemplos:
 “crianças selvagens” ou “meninos-crianças selvagens ou meninos
lobo”. 
 Auto flagelação dos muçulmanos
 a cultura e os processos de socialização 
modelam nossa forma de perceber o 
mundo e agir em cada situaçãomundo e agir em cada situação.
Ser humano, cultura e sociedade
 A vida em sociedade exige o 
desenvolvimento de capacidades como 
inteligência, comunicação e cooperação. 
 Para exercitar essas capacidades, 
precisamos de modelos, exemplos que 
podem ser seguidos. 
 A cultura é exatamente esse modelo. 
Relação indivíduo e sociedade
 O ser humano é produto do meio, ou 
produto de sua própria natureza?
 Nosso comportamento é resultado da 
combinação entre a influência de nossa 
cultura, nossas capacidades inatas e a 
história de vida pessoal. 
Relação indivíduo e sociedade
 Da perspectiva antropológica: nossa 
herança genética é importante, e deve 
ser considerada como um fator que pode 
facilitar ou impedir certos 
comportamentos. 
 Sem as condições sociais as 
potencialidades não são desenvolvidas.
A influência da natureza sobre a 
cultura
 Para os que defendem que a cultura é 
um mero reflexo das condições naturais 
de um povo (sua genética e seu 
ecossistema), há as teses que 
chamamos de “determinismo biológico” 
o “determinismo geográfico”ou “determinismo geográfico”.
A influência da natureza sobre a 
cultura
 A antropologia se preocupa em 
demonstrar a importância da cultura, e 
minimizar coisas como nossas 
características físicas, ou o clima e 
geografia física do lugar onde nascemos.
Interatividade
O processo por meio do qual o indivíduo
aprende a ser um membro da sociedade é 
designado:
a) Cultura;
b) Associação;b) Associação;
c) Aprendizagem;
d) Socialização;
e) Assimilação.
O surgimento da cultura
A origem da Cultura: questões
Quem começou a inventar palavras para 
dar nomes às coisas, ou saber quais 
alimentos são comestíveis e como 
devemos prepará-los? Quem inventou o 
primeiro tipo de calçado, ou descobriu 
como fabricar o vidro? Enfim, como surgiu 
a cultura? Qual a importância em decifrar 
esse fato pode ter para nossa compreensão 
de ser humano?
O surgimento da cultura
 A Teoria da evolução
 No séc. XIX Charles Darwin (biólogo), 
afirmou que todas as espécies vivas
resultam de uma EVOLUÇÃO ao longo
do tempo:Para que isso ocorra é 
necessário:
 Adaptação ao meio.
 Seleção natural
O aparecimento do Homo Sapiens
A teoria da evolução
 “O homem descende do macaco.”-
afirmação polêmica de Darwin na 
segunda metade do séc. XIX
 Para os evolucionistas, todas asPara os evolucionistas, todas as 
espécies vivas foram surgindo das 
transformações de outras já existentes, 
dando origem a novas espécies, 
enquanto outras se extinguiram.
O aparecimento do Homo Sapiens
Teoria da evolução
 Nossa espécie surgiu devido a 
mudanças biológicas e ao surgimento da 
cultura:
 aumento da caixa cranianaaumento da caixa craniana
 A postura ereta-
 o surgimento do polegar opositor -
“movimento de pinça”
O aparecimento do Homo Sapiens
A partir dessas três características básicas
que se desenvolvem inúmeras outras
características como:
 A capacidade da fala
 De fabricar instrumentos para aDe fabricar instrumentos para a 
sobrevivência.
O aparecimento do Homo Sapiens
O ser humano teria surgido plenamente
dotado dessas características em conjunto:
 Características biológicas: forma, 
funcionamento e estrutura do corpo. 
 Características culturais: todoCaracterísticas culturais: todo
comportamento baseado nas regras de 
comportamento em grupo que nos
permite transformar a natureza para a 
sobrevivência (trabalho), e nos permite
atribuir significados e sentidos ao
mundo através dos símbolos
O aparecimento do Homo Sapiens
 A origem dos primeiros humanos 
ocorreu no continente africano entre 200 
e 100 mil anos atrás.
 As famílias humanas foram adquirindo 
características físicas diferentes em 
função tanto da necessidade de 
adaptação a novos meios, como pela 
combinação da carga genética de cada 
grupo.
O aparecimento do Homo Sapiens
 Os primeiros tempos
 não havia escrita e os únicos vestígios 
de comunicação encontrados são as 
pinturas em cavernas (arte rupestre) e 
pequenas estatuetas representando 
figuras femininas. 
 Eram organizados em bandos que 
praticavam caça e coleta, por isso 
dependiam de deslocamentos 
constantes em busca de alimento
O aparecimento do Homo Sapiens
 A Revolução neolitica
 o ser humano desenvolveu técnicas 
determinantes para a história de nossa 
espécie: 
 a agricultura;
 a domesticação de animais, 
 Sedentarismo
 Surgem a cerâmica e a tecelagem
 Comércio e uso da moeda
 Divisão sexual do trabalhoDivisão sexual do trabalho
 Fundição de metais
 Surge a propriedadeprivada
 O neolítico termina com a invenção da 
escrita
Humanidade
Interatividade
A agricultura e a domesticação de animais
significaram a garantia de alimentação dos 
grupos humanos, independente do sucesso
na caça e coleta.Essas transformações
permitiram aos grupos humanos:
a) A divisão de tarefas;
b) O sedentarismo;
c) O desenvolvimento religioso;
d) O nomadismo,isto é, as mudanças
constantes;constantes;
e) A descoberta do fogo.
A cultura do homem 
A lógica das trocas
 Claude Lévi-Strauss, defende que a 
proibição do incesto (relações sexuais 
entre indivíduos com parentesco 
próximo) foi a primeira “atitude cultural” 
do ser humano,
 Permitiu uma mudança no 
comportamento do animal humano: as 
trocas. 
A cultura do homem 
A proibição do incesto indicou:
 a existência da noção de família e 
parentesco. 
 organização melhor da produção e 
distribuição de alimentos e recursos.distribuição de alimentos e recursos. 
 a idéia de reciprocidade, ou seja, 
devolver de alguma forma o que foi 
recebido. 
A cultura do homem
A importância das tradições culturais
“... entre as formigas (e outros animais 
sociais) existe sociedade, mas não existe 
cultura. Ou seja, existe uma totalidade 
ordenada de indivíduos que atuam como 
coletividade... Mas não há cultura porque 
não existe uma tradição viva, 
conscientemente elaborada que passe de 
geração para geração, que permita 
individualizar ou tornar singular e única 
uma dada comunidade relativamente àsuma dada comunidade relativamente às 
outras (constituídas de pessoas da mesma 
espécie).” (DaMatta) 
O senso comum e a ciência 
antropológica explicam a cultura
 Chamado de “filosofia do povo”, ou 
“escola da vida” nem sempre, o senso 
comum nos proporciona soluções 
eficientes no que se refere aos contatos 
sociais.
É É de responsabilidade do senso comum 
o conjunto de preconceitos e idéias 
equivocadas sobre questões complexas 
cuja polêmica exigiria reflexão, interação 
e ponderação.
O senso comum e a ciência 
antropológica explicam a cultura 
Cultura no senso comum
 “ter cultura” significa ter estudado muito 
e dominar uma grande variedade de 
temas e áreas do conhecimento letrado.
 Normalmente as pessoas utilizam essaNormalmente as pessoas utilizam essa 
idéia para julgar pessoas ou povos.
 “Que povo sem cultura!”
O senso comum e a ciência 
antropológica explicam a cultura 
Conceito antropológico de Cultura:
 Franz Boas (1930) - “A cultura inclui
todas as manifestações dos hábitos
sociais de uma comunidade, as reações
do indivíduo na medida em que são
afetadas pelos costumes do grupo em
que vive, e os produtos das atividades
humanas na medida em que são
determinados por tais costumes”.
O senso comum e a ciência 
antropológica explicam a cultura 
Conceito antropológico de Cultura:
 B. Malinoswki (1931) - “ (...) A cultura
inclui os artefatos, bens, procedimentos
técnicos, idéias, hábitos e valores
herdados. Não se pode compreender
verdadeiramente a organização social 
senão como uma parte da cultura”.
O senso comum e a ciência 
antropológica explicam a cultura 
Conceito antropológico de Cultura
Clifford Geertz (1966) - “Se compreende
melhor a cultura não como complexos de 
esquemas concretos de conduta –
costumes, usos, tradições, conjuntos de 
hábitos – mas sim como planos, receitas, 
fórmulas, regras, instruções (o que os
engenheiros de computação chamam de 
‘programas’) e que governam a conduta”.
O senso comum e a ciência 
antropológica explicam a cultura 
Conceito antropológico de Cultura
 Anthony Giddens (1989) - “Cultura se 
refere aos valores que compartilham os 
membros de um grupo, às normas que 
estabelecem e os bens materiais que 
produzem. Os valores são ideais 
abstratos, enquanto que as normas são 
princípios definidos ou regras que as 
pessoas devem cumprir”.
O senso comum e a ciência 
antropológica explicam a cultura 
Conceito antropológico de Cultura
 O que há em comum é a tentativa de 
abarcar todas as realizações humanas, 
representadas em dois níveis 
complementares que são as realizações 
materiais e as imateriais. 
 Para a antropologia, cultura é um 
conceito que define nossa imensa 
capacidade de criar diferentes soluções 
para a vida humana.
 Ao criar essas soluções, cada sociedade 
contribui para gerar a diversidade 
cultural.
Interatividade
Quanto a definição de cultura é incorreto
afirmar:
a) Todos os povos possuem capacidade de 
criar cultura;
b) Cada sociedade contribui para criar ab) Cada sociedade contribui para criar a 
diversidade cultural;
c) As culturas ocidentais são mais
avançadas que as de outros povos;
d) Cultura Material e Imaterial fazem parte 
da vida humana;
e) A cultura também se refere a valores
compartilhados pelo grupo.
A comunicação humana é simbólica
O símbolo, o ato de simbolizar e a cultura:
 A cultura depende dos símbolos, a 
comunicação humana é baseada na 
simbolização.
 A maior parte de nossa comunicaçãoA maior parte de nossa comunicação 
diária tem como finalidade narrar, 
descrever, lembrar, conceituar, coisas 
que não estão presentes. Ao fazer isso, 
retiramos todas as coisas de seus 
contextos originais, que não pode ser 
reproduzido em toda a sua riqueza e 
complexidade, e escolhemos alguns de 
seus aspectos a serem ressaltados. 
A comunicação humana é simbólica
O símbolo, o ato de simbolizar e a cultura:
 Simbolizamos as experiências vividas, e 
através dessa comunicação simbólica 
podemos atribuir qualidades ao mundo.
 “Essa flor é alegre”, “esse cheiro meEssa flor é alegre , esse cheiro me 
lembra a infância”, “as cores dessa 
bandeira simbolizam a paz e a riqueza”, 
“o crucifixo identifica os cristãos”, são 
formas de simbolizar experiências e 
sensações. 
A comunicação humana é simbólica
O símbolo, o ato de simbolizar e a cultura:
 Os símbolos são frutos: da persistência 
humana de olhar para o mundo e ver 
significados, tornar rotineiras as 
soluções racionalmente pensadas, de 
significados coletivamente construídos. 
A comunicação humana é simbólica
A comunicação humana
Há muitas formas de comunicar e que
dependem do uso dos símbolos:
 Verbal -utilização de palavras da nossa
língua, que traduz em sons e organizalíngua, que traduz em sons e organiza
através da sintaxe as regras de 
omunicação. 
 Não-verbal- há todo o universo de 
símbolos que não dependem das 
palavras como sons sem palavras,palavras como sons sem palavras, 
gestos e cores
A comunicação humana é simbólica
Em uma mesma cultura, existe a tendência 
a utilizar o mesmo “repertório simbólico”, e 
esse repertório pode mudar em outras 
culturas.Exemplos:
 Estar doente, ou “doente de paixão”, 
“doente de vontade de comer algo”.
 Ser “uma derrota amarga”, “amargo para 
o paladar”, “amargo de doer”.
A comunicação humana é simbólica
 A simbolização acompanha o ser 
humano. 
 Em suas realizações materiais o ser 
humano pensa simbolicamente. Não nos 
abrigamos de qualquer forma, não nos 
alimentamos de qualquer forma, não 
fabricamos as coisas com qualquer 
forma.
A comunicação humana é simbólica
 O símbolo é a mais antiga forma de 
expressar a cultura de um povo. 
 A simbolização permite ao homem 
transmitir os seus conhecimentos 
adquiridos e acumulados no decorrer do 
tempo. 
 Os símbolos conservam os valores 
básicos para que a cultura de uma 
sociedade seja perene. 
A comunicação humana é simbólica
 A comunicação seja pela linguagem 
escrita, falada, filmada, ou pelas artes, o 
conteúdo do que é comunicado é sempre 
algo que precisa ser interpretado. 
Interpretar é dar sentido, entender, 
j lgarjulgar. 
 Essa comunicação é composta de 
conteúdos que se tornaram convenção 
social. 
 Ser membros da mesma cultura é uma 
garantia de que todos estejam 
interpretando de forma muito semelhante 
os conteúdos comunicados. 
A comunicação humana é simbólica
 “ O homem é um animal amarrado a teias 
de significado que ele mesmo teceu, 
sendo a cultura estas teias. Os 
indivíduossentem, percebem, 
raciocinam, julgam e agem sob a direção 
destes símbolos A e periência h manadestes símbolos. A experiência humana 
é assim uma sensação significativa, 
interpretada e aprendida”.
(Clifford Geertz) 
Interatividade
O uso da comunicação não verbal é uma
rica fonte de simbolização.Assinale a 
alternativa que não exemplifica a utilização
desse símbolo:
a) As expressões faciais;
b) Histórias infantis;
c) Posturas corporais;
d) A estética;
e) Ornamentações.
ATÉ PRÓXIMA!
Unidade II
HOMEM E SOCIEDADEHOMEM E SOCIEDADE
Profa. Claudete Nogueira
As relações humanas dependem de 
valores e regras
As relações sociais em qualquer cultura 
são mediadas por valores, normas e 
regras.
O que torna possível essa educação para 
agir de acordo com as regras de uma 
sociedade, é a socialização.
Em cada universo social existem os 
valores que são mantidos pelo grupo e 
fazem parte das condutas pessoais. 
As relações humanas dependem de 
valores e regras
As regras não existem apenas no 
tratamento com os outros, elas fazem
parte também de todo o universo cultural 
de formas cotidiana de organizar a vida. 
Exemplos :
como preparar alimentos, 
servir e comê-los, 
como tomar banho e manter a higiene
pessoal...
As relações humanas dependem de 
valores e regras
Desenvolvimento:
O controle do grupo sobre os indivíduos
e dá através da aplicação das normas e 
valores sociais. 
Normas e valores- orientações para aNormas e valores orientações para a 
conduta social e que prevalecem em um 
grupo social. 
Os valores são responsáveis por noções
coletivas que possibilitam aos indivíduos
considerar/julgar as atitudes dos outrosconsiderar/julgar as atitudes dos outros
como “boas” ou “ruins”, “certas” ou
“erradas”, “justas” ou “injustas”, 
comportamentos desejáveis e 
indesejáveis
As relações humanas dependem de 
valores e regras
Dimensões das regras:
caráter formal - que está relacionado 
com normas e leis. É o conjunto de 
regras como as leis de um povo, ou as 
regras de um tipo de jogo.
mais informais- que não estão 
registradas de forma escrita e que não 
precisam ser “estudadas” ou conhecidas 
pela escrita. São as regras que permeiam 
nossa vida cotidiana, que regulam nossa 
conduta.
As relações humanas dependem de 
valores e regras
Quando uma regra é insistentemente 
repetida, ela se transforma em hábito.
Transformamos algumas regras em 
hábitos, e alguns hábitos em regras. 
Tudo depende de que situação está 
sendo analisada.
As relações humanas dependem de 
valores e regras
Hábitos e Regras:
As regras se transformam em hábitos
quando repetimos exaustivamente seu
uso, e deixamos de pensar que esse
comportamento é uma forma de regrar a 
vida coletiva.
Há regras e normas que devem ser 
seguidas por todos os indivíduos de uma
sociedade, e há aquelas que são
aplicadas apenas a alguns grupos
específicos.Ex: Clubes, religiões, 
associações, partidos e instituições em
geral...
As relações humanas dependem de 
valores e regras
Hábitos e Regras:
O consenso em relação a valores é 
obtido quando a grande maioria da 
sociedade concorda com alguma atitude 
e lhe atribui importância.
As relações humanas dependem de 
valores e regras
As normas e valores
Precisam ser mantidos, e para isso há
uma espécie de “vigilância”. 
Existem vários níveis de “vigilância” que
a sociedade cria para zelar peloa sociedade cria para zelar pelo
cumprimento dos valores e normas:
Institucional- escolas, prefeituras, a 
polícia, as leis e a jurisdição, o 
Estado. 
Convívio social por meio deConvívio social – por meio de 
julgamentos de condutas
As relações humanas dependem de 
valores e regras
“mas também, mereceu!”, 
“fulano é muito fofoqueiro”, 
“eu não faria isso”, 
“você pode me explicar por que fez 
isso?”isso?” 
São formas que os indivíduos demonstram
que é preciso que todos participem de 
alguma forma do conjunto de valores, e que
as normas devem valer para todos. 
Os que não seguem as normas e valores
são repreendidos, e recebem um tipo de 
punição moral, psicológica.
As relações humanas dependem de 
valores e regras
Valores e regras: Desenvolvimento
Aprendemos o “jogo social” de seguir
regras desde muito cedo:
1º - educação proporcionada pelos pais
2º Regras sociais através de jogos2º - Regras sociais através de jogos, 
brincadeiras...
As relações humanas dependem de 
valores e regras
A linguagem falada/escrita é um 
conjunto de regras. 
Para formular qualquer pensamento 
recorremos à linguagem.
Língua e cultura não existemLíngua e cultura não existem 
separadamente
As relações humanas dependem de 
valores e regras
A língua, como todas as formas de 
linguagem, é um corpo repleto de regras 
que garantem a produção de sentido 
pela sua ordem lógica e gramatical. 
Permitindo aos seres humanos o uso 
dessa lógica na prod ção e ordenaçãodessa lógica na produção e ordenação 
de seus pensamentos, emoções e 
expressões, de forma individual ou 
coletiva. Os princípios lógicos dessa 
ordem são as regras que ela contém. 
(PASSADOR L H A noção de regra)(PASSADOR, L. H. A noção de regra) 
Interatividade
Sobre os valores e normas existentes na
sociedade, é correto afirmar:
a) Tendem a mudar de acordo com a 
vontade coletiva.
b) Se mantém durante muito tempob) Se mantém durante muito tempo
c) Não podem ser questionadas
d) São semelhantes em todas as épocas e 
sociedades
e) Existem em caráter informal, apenas
As mudanças de regras e valores
O conjunto de valores e regras de uma 
cultura está em constante 
transformação.
Uma transformação de valores leva a 
outra, porque a cultura funciona em 
Éconjunto. É um todo interligado e não há 
como isolar algum de seus aspectos e 
garantir que não haverá mudanças.
As mudanças de regras e valores
As mudanças podem resultar de dois 
fatores principais: internos e externos
Internas- geradas a partir da vida coletiva 
de um povo que se transforma 
dinamicamente com o tempo, mesmo 
sem qualquer influência de eventos ou 
povos externos a ela. 
Ex: O choque de gerações 
As mudanças de regras e valores
Externas- mais repentinas e 
normalmente resultam do contato com 
uma cultura alheia. 
Ex: a chegada dos europeus ao continente
americano, na época das Grandes
Navegaçoes, a partir de 1500 d.C. 
As mudanças de regras e valores
A imprtância da tradição 
Tradição- deriva do latim traditio que 
significa transmissão, algo que é 
transmitido do passado ao presente. 
Chamamos de tradição cultural umChamamos de tradição cultural um 
conjunto de valores e práticas que se 
mantêm e atravessam muitas gerações. 
As mudanças de regras e valores
O processo de transformação de valores e 
regras pode gerar duas reações básicas no 
grupo social: 
Os que as aceitam, chamados de 
inovadores; 
Os que as rejeitam chamados de 
conservadores.
As mudanças de regras e valores
A sociedade pode ser vista como um palco
de embate entre essas duas tendências:
“as primeiras pretendem manter os
hábitos inalterados, muitas vezes
atribuindo aos mesmos uma legitimidade
de ordem sobrenatural. 
As segundas contestam a sua
permanência e pretendem substituí-los 
por novos procedimentos.”(Laraia,2006) 
As mudanças de regras e valores
Situações de conflitos
Assim, uma moça pode hoje fumar 
tranqüilamente em público, mas isto 
somente é possível porque antes dela 
numerosas jovens suportaram as 
zombarias, as recriminações, até que 
estas se esgotaram diante da nova 
evidência. Por isto, num mesmo 
momento é possível encontrar numa 
mesma sociedade pessoas que têm 
juízos diametralmente opostos sobre umjuízos diametralmente opostos sobre um 
novo fato. (LARAIA, R.B. 2006:99) 
As mudanças de regras e valores
Como todo sistema, a cultura e os valores
vigentes também têm dois níveis de 
existência:
O ideal corresponde àquilo que as 
pessoas idealizam, portanto não é algo
concreto, mas uma abstração, uma
construção mental.
O real corresponde à forma como as 
pessoas colocam em prática, de fato, os
valores vigentes
As mudanças de regras e valores
Todacultura sofre uma constante 
transformação, a cultura é uma coisa 
viva, dinâmica. 
Por mais que uma sociedade pareça 
“congelada” no tempo, sempre há 
algumas coisas que mudam com o 
tempo.
Estar preparado para entender as 
mudanças de nossa época, e se 
posicionar como indivíduos capazes de 
construir uma opinião é um grande 
desafio.
Interatividade
Assinale a alternativa que completa a frase. 
“Os ----------- representam a ordem de 
valores que está instituída e, portanto, têm
apoio e poder para julgar e reprimir os -------
--------”. :
a) legisladores e inovadores;
b) mais velhos e conservadores;
c) jovens e inovadores;
d) conservadores e imorais;
e) conservadores e inovadores.
A diversidade cultural
Sobre a diversidade cultural
Debate da segunda geração de 
pesquisadores, após pesquisa de campo
Ao formar uma coletividade, o ser 
humano desenvolve hábitos de convíviohumano desenvolve hábitos de convívio 
e soluções para sua vida social que 
podem ser extremamente variados.
A isso denominamos diversidade 
cultural. 
A diversidade cultural 
A reação perante as diferenças de 
comportamento de um lugar para outro
podem ser orientadas de duas formas: 
Pelo etnocentrismo – rejeição do 
diferente
Pelo relativismo cultural- aceitação do 
diferente (representada pelo relativismo).
A diversidade cultural
Etnocentrismo
Quando colocadas em contato, as 
diferenças culturais suscitam reações 
que podem ir da simples admiração ou 
humor até o ódio mais violento. 
Essa reação ao diferente faz com que as 
pessoas julguem a sua própria cultura 
superior à outra, chamamos a isso 
etnocentrismo. 
A diversidade cultural
- “Etnocentrismo é uma visão do mundo 
onde o nosso próprio grupo é tomado 
como centro de tudo e todos os outros 
são pensados e sentidos através dos 
nossos valores, nossos modelos, nossas 
definições do q e é a e istência Nodefinições do que é a existência. No 
plano intelectual, pode ser visto como a 
dificuldade de pensarmos a diferença; no 
plano afetivo, como sentimentos de 
estranheza, medo, hostilidade, etc. 
(ROCHA Everardo o )(ROCHA, Everardo.o.) 
A diversidade cultural
Conceito- “etno” vem de etnia, que 
significa um povo que compartilha a 
mesma base cultural – língua, tradições, 
religião 
“Centrismo” é colocar no centro. 
Praticar o etnocentrismo é o mesmo que 
colocar minha própria cultura como 
centro do mundo, a partir da qual todas 
as outras são comparadas inferiormente, 
nunca se igualando à superioridade da 
minha.
A diversidade cultural 
Problemas do etnocentrismo
Quando se torna uma forma sistemática 
e repetitiva para enfrentarmos a 
diferença, pois assim nos tornamos 
incapazes de ser flexíveis e admitir 
novas formas de solucionar as coisas. 
Quando se torna tão radical que uma 
etnia deseja exterminar a outra 
simplesmente por não tolerar seus 
costumes e forma de encarar o mundo, 
A diversidade cultural
A Alteridade
A nossa capacidade em nos relacionar 
com o “outro” é chamada de alteridade.
Alteridade (ou outridade) é a concepção 
que parte do pressuposto básico de queque parte do pressuposto básico de que 
todo o homem social interage e 
interdepende de outros indivíduos. 
Assim, como muitos antropólogos e 
cientistas sociais afirmam, a existência 
do "eu-individual" só é permitida 
mediante um contato com o outro (que 
em uma visão expandida se torna o 
Outro - a própria sociedade diferente do 
indivíduo).
Interatividade
“A Antropologia foi sempre considerada a 
ciência que busca investigar o outro, 
aquele que é essencialmente diferente de 
mim.” Essa afirmação define o conceito de:
a) Identidade;
b) Diferenças;
c) Semelhanças;
d) Alteridade;
e) Raças.
A diversidade cultural
O Relativismo
Quando somos capazes de avaliar uma 
cultura alheia, sem utilizar o tempo todo 
a nossa própria cultura como parâmetro 
de comparação, estamos relativizando.
A diversidade cultural
Relativismo cultural - faz parte da 
Antropologia desde meados do séc. XX, 
quando muitos pensadores passaram a 
defender que não era correto um 
cientista julgar as culturas como 
“e ol ídas” o “atrasadas” mas em“evoluídas” ou “atrasadas” umas em 
relação às outras
A diversidade cultural
Relativismo cultural - atitude que exige 
que o observador se coloque no lugar do 
outro para julgar as situações a partir de 
uma perspectiva relativa ao outro, e não 
a si mesmo. Por isso exige a alteridade
A diversidade cultural
“O relativismo cultural rompe com a 
noção de uma historia e uma cultura 
únicas e comuns a todos os povos, 
assumindo que cada povo tem sua 
historia particular, relativa às 
e periências q e cada m i e naq eleexperiências que cada um viveu naquele 
tempo e espaço em que se inserem. 
(PASSADOR, L.H. )”
A diversidade cultural
A Antropologia defende que precisamos 
considerar cada aspecto de uma cultura 
dentro de seu próprio contexto, 
comparativamente a outras, mas cada 
uma dentro de seus próprios valores. 
Por isso a Antropologia nega a 
existência de uma hierarquia de culturas, 
que começaria com as mais “primitivas” 
ou “atrasadas” e iria até o topo das mais 
“avançadas” e “evoluídas.”
A diversidade cultural
O etnocentrismo e o relativismo cultural 
são formas opostas de agir em relação 
ao “outro”. 
Pode haver uma gradação ao utilizá-los. 
Não devemos ser tão etnocêntrico aNão devemos ser tão etnocêntrico a 
ponto de odiar o outro, e não devemos 
relativizar princípios que são universais 
e preservam a integridade de qualquer 
ser humano.
Globalização e diversidade cultural
Globalização - fenômeno que coloca em 
contato constante um número cada vez 
maior de povos e pessoas do mundo 
todo.
Globalização e diversidade cultural
Intensificação de atividades como:
O comércio exterior;
A transnacionalização das grandes 
indústrias e empresas;
O turismo;O turismo;
A valorização de serviços como a 
gastronomia;
A disseminação dos meios de 
comunicação de massa;
Valorização da escola como forma de 
educação no mundo todo.
Globalização e diversidade cultural
Essa circulação intensa de bens e idéias 
acaba impondo um certo modelo de 
cultura considerada “melhor” e 
“avançada”, em detrimento de outras 
consideradas “exóticas”, “atrasadas” ou 
“piores”“piores”. 
A língua universal, não por acaso hoje é 
o inglês, e o que se globalizou, sendo 
encontrado em esquinas do mundo todo, 
foram as redes de sanduíches fast food 
de marcas como McDonald´s e não ode marcas como McDonald s, e não o 
famoso pão de queijo mineiro, ou os 
tacos mexicanos.
Globalização e diversidade cultural
“A globalização pode permitir a 
emergência de novas formas de 
identificação coletiva, as quais, por não 
mais se definirem em função de um 
pertencimento territorial, ou de uma 
tradição imemorial mas em f nção detradição imemorial, mas em função de 
questões de relevância global, se 
subtraem às exigências de lealdade 
tradicional ou de atuação 
localizada.”(BURITY, Joanildo A) 
Globalização e diversidade cultural
“desenraizamento” cultural- Uma cultura, 
com seus hábitos, símbolos e 
identidades coletivas, deixa de ter um 
único território, e se “desenraiza” para 
deixar influências em muitas outras que 
participam do processo de globali açãoparticipam do processo de globalização.
A pós-modernidade trouxe a 
possibilidade da migração dos símbolos 
culturais, de sua utilização em novos e 
originais contextos, provocando seu 
desenraizamentodesenraizamento.
Globalização e diversidade cultural
Em tempos de globalização
Todos os lugares estão se comunicando 
culturalmente mutuamente, e os 
símbolos culturais flutuam livremente 
através de lugares virtuais como o 
mercado e os objetos de consumo, as 
comunicações virtuais não-presenciais e 
interativas.
As tradições- transformaram em 
espetáculos de mídia e turísticos, e 
muitas foram revividas e retomadas após 
um longo abandono e falta de 
valorização. Atualmente são mais 
respeitadas, pois já não significam 
“coisa de gente atrasada”.
Interatividade
A pós-modernidade trouxe a possibilidadeda migração dos símbolos culturais, de sua
utilização em novos e originais
contextos.Esse fenômeno é denominado:
a) Aculturação;
b) Globalização;
c) Endoculturação;
d) Desenraizamento;
e) Assimilação.
ATÉ PRÓXIMA!

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