Buscar

SDE3896 - FUNDAMENTOS DE ESTATÍSTICA E EPIDEMIOLOGIA - Valores absolutos e relativos Taxas, coenficientes e indices

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Valores absolutos e relativos 
 
 
Os indicadores são construídos de acordo com aquilo que se quer medir. Sua 
escolha varia de acordo com os objetivos que se quer alcançar; e podem ser 
expressos por valores absolutos (números), relativos (percentagens) e outros 
(coeficientes). 
 
Os indicadores de valores absolutos referem-se a dados não tratados em 
relação a um todo como, por exemplo, número de casos e número de óbitos, 
impossibilitando, assim, comparações temporais ou geográficas. São úteis no 
planejamento e na administração da saúde para estimar o número de leitos, 
medicamentos e insumos em geral. 
 
Para ser possível comparar as frequências de morbidade e mortalidade, torna-
se necessário transformá-los em valores relativos, isto é, em numeradores de 
frações, tendo denominadores fidedignos. Os dados são relativos quando 
mostram alguma relação com outros, podendo ser expressos por meio de 
coeficiente, índice e razão. 
 
O número de casos (frequência absoluta) e o coeficiente de incidência de 
dengue, registrados nos anos de 2004 e 2005 em alguns estados brasileiros 
(RIPSA, 2008), exemplificam os elementos da comparação entre valores 
absolutos e relativos das medidas de doença. 
 
Ao se comparar os números absolutos de casos entre os estados de Alagoas 
(4.498 casos) e São Paulo (4.587 casos), em 2004, observa-se que possuem 
valores semelhantes, entretanto, não se pode concluir que a doença se 
manifesta na população dessas áreas com a mesma frequência. 
 
A população de São Paulo é bem maior que a de Alagoas e, portanto, o risco 
de transmissão da doença será diferente. Em contrapartida, as taxas de 
incidência, expressas pelo número de casos notificados de dengue para cada 
100.000 habitantes, registrado naquele ano em São Paulo (11,5) e em Alagoas 
(150,9) são valores relativos (à respectiva população), sua comparação 
possibilita verificar que a doença se manifestou com maior frequência (em 
torno de 13 vezes mais) em Alagoas do que em São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
Taxas ou Coeficientes 
 
Denominam-se taxas e coeficientes as relações entre o número de eventos 
reais e os que poderiam acontecer e são as únicas medidas que informam 
quanto ao “risco” de ocorrência de um evento. 
 
Por exemplo: número de óbitos por leptospirose no Rio de Janeiro, em relação 
às pessoas que residem ou residiam nessa cidade, no ano ou período 
considerado. 
 
Dentro desse contexto, torna-se importante destacar que no cálculo das taxas, 
é necessário excluir do denominador as pessoas não expostas ao risco, como 
por exemplo, excluir homens no cálculo do coeficiente de morbidade por 
câncer de colo de útero. 
 
 
Proporção 
 
É a relação entre frequências atribuídas de determinado evento. No numerador 
registra-se a frequência absoluta do evento, que constitui subconjunto da 
frequência contida no denominador. Por exemplo: número de óbitos por 
doenças cardiovasculares em relação ao número de óbitos em geral. 
 
 
Razão 
 
É a medida de frequência de um grupo de eventos relativa à de outro grupo de 
eventos. É um tipo de fração em que o numerador não é um subconjunto do 
denominador. Por exemplo: razão entre o número de casos de Aids no sexo 
masculino e o número de casos no sexo feminino.

Continue navegando