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Prévia do material em texto

Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Luzia Pimenta • Júlio Lociks • Débora Reis 
Vitor Figueredo
2016
Língua Portuguesa • Matemática e Raciocínio Lógico • Conhecimentos de Informática
“O que é uma apostila preparatória? É uma apostila elaborada antes da 
publicação do edital, com base nos concursos anteriores, ou no último edital, 
para permitir ao aluno antecipar seus estudos. Comece agora a se preparar”.
PREPARATÓRIA
Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
© 2016 Vestcon Editora Ltda.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida 
a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da 
editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro-
gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração 
da obra, bem como às suas características gráficas.
Título da obra: Ministério da Fazenda – Preparatória – Módulo 1
Assistente Técnico-Administrativo
Conhecimentos Básicos e Específicos – Nível Médio
Atualizada até 8-2016 (AM308)
(Conforme Edital Esaf nº 5, de 28 de Janeiro de 2014 – Esaf)
Língua Portuguesa • Matemática e Raciocínio Lógico • Conhecimentos de Informática
Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Luzia Pimenta
Júlio Lociks • Débora Reis • Vitor Figueredo
GESTÃO DE CONTEÚDOS 
Welma Maia
PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Dinalva Fernandes
Érida Cassiano
Micheline Cardoso
CAPA
Lucas Fuschino 
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Marcos Aurélio Pereira
Adenilton da Silva Cabral
www.vestcon.com.br
Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
PARABÉNS. VOCÊ ACABA DE ADQUIRIR UM PRODUTO
QUE SERÁ DECISIVO NA SUA APROVAÇÃO.
Com as apostilas da Vestcon Editora, você tem acesso ao conteúdo mais atual e à metodologia mais eficiente. Entenda 
por que nossas apostilas são líderes de preferência entre os consumidores:
• Todos os nossos conteúdos são preparados de acordo com o edital de cada concurso, ou seja, você recebe um 
conteúdo customizado, direcionado para os seus estudos.
• Na folha de rosto, você pode conferir os nomes dos nossos autores. Dessa forma, comprovamos que os textos 
usados em nossas apostilas são escritos exclusivamente para nós. Qualquer reprodução não autorizada desses 
textos é considerada cópia ilegal.
• O projeto gráfico foi elaborado tendo como objetivo a leitura confortável e a rápida localização dos temas tratados.
Além disso, criamos o selo Efetividade Comprovada, que sinaliza ferramenta exclusiva da engenharia didática da 
Vestcon Editora:
Com base em um moderno sistema de análise estatística, nossas apostilas são organizadas 
de forma a atender ao edital e aos tópicos mais cobrados. Nossos autores recebem essa 
avaliação e, a partir dela, reformulam os conteúdos, aprofundam as abordagens, acrescentam 
exercícios. O resultado é um conteúdo “vivo”, constantemente atualizado e sintonizado com 
as principais bancas organizadoras.
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Participe do movimento que defende a simplificação da ortografia da língua portuguesa. Acesse o site
www.simplificandoaortografia.com, informe-se e assine o abaixo-assinado.
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Compreensão e interpretação de textos ............................................................................................................................... 3
Ortografia oficial .................................................................................................................................................................. 18
Acentuação gráfica .............................................................................................................................................................. 27
Emprego das classes de palavras ......................................................................................................................................... 30
Emprego do sinal indicativo de crase .................................................................................................................................. 57
Sintaxe da oração e do período ..................................................................................................................................... 64/74
Pontuação ............................................................................................................................................................................ 83
Concordância nominal e verbal ..................................................................................................................................... 90/95
Regência nominal e verbal .................................................................................................................................................. 97
Significação das palavras ................................................................................................................................................... 101
Redação Oficial: 
 Manual de Redação da Presidência da República .......................................................................................................... 102 
Redação de correspondências oficiais: 
	 documentos	oficiais	utilizados	pelas	instituições	públicas	brasileiras............................................................................104
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
MINISTÉRIO DA FAZENDA
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Língua Portuguesa
Ernani	Pimentel	/	Márcio	Wesley	/	Luzia	Pimenta
Ernani Pimentel
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS
Textum,	 em	 latim,	particípio	do	 verbo	 tecer,	 significa	
tecido.	Dessa	palavra	originou-se	 textus, que gerou, em 
português,	“texto”.	Portanto,	está-se	falando	de	“tecido”	de	
frases,	orações,	períodos,	parágrafos...	Uma	“tessitura”	de	
ideias,	de	argumentos,	de	fatos,	de	relatos...	
INTELECÇÃO (OU COMPREENSÃO)
Intelecção	 significa	 entendimento,	 compreensão.	Os	
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito 
voltada	para	o	que	realmente	está	escrito.
Comandos para Questão de Compreensão 
O	narrador	do	texto	diz que... 
O	texto	informa que...
Segundo o texto,	é	correto	ou	errado	dizer	que...
De acordo com as ideias do texto...
Questão
1. Assinale a opção correta em relação ao texto.
O	Programa	Nacional	de	Desenvolvimento	dos	Recur-
sos	Hídricos	–	PROÁGUA	Nacional	é	um	programa	do	
Governo	Brasileiro	financiado	pelo	Banco	Mundial.	O	
Programa	originou-se	da	exitosa	experiência	do	PRO-
ÁGUA	/	Semiárido	e	mantém	sua	missão estruturante, 
com	ênfase	no	fortalecimento	institucional	de	todos	os	
atores	envolvidos	com	a	ges	tão	dos	recursos	hídricos	
no	Brasil	e	na	implantação	de	infraestruturas	hídricas	
viáveis	do	ponto	de	vista	técnico,	financeiro,econômico,	
ambiental e social, promovendo,	assim,	o	uso	racional	
dos	recursos	hídricos.
(http://proagua.ana.gov.br/proagua)
a)	 O	PROÁGUA	/	Semiárido	é	um	dos	subprojetos	de-
rivados	do	PROÁGUA/Nacional.
b)	 A	expressão	“sua	missão	estruturante”	(l.	5)	refere-
-se	a	“Banco	Mundial”	(l.	3).
c)	 A	ênfase	no	fortalecimento	institucional	de	todos	os	
atores	envolvidos	com	a	gestão	de	recursos	hídricos	
é	exclusiva	do	PROÁGUA/Semiárido.
d)	 Tanto	o	PROÁGUA/Semiárido	 como	o	PROÁGUA/
Nacional	 promovem	o	uso	 racional	 dos	 recursos	
hídricos.	
e)	 A	implantação	de	infraestruturas	hídricas	viáveis	do	
ponto	de	vista	técnico,	financeiro,	econômico,	am-
biental	e	social	é	exclusiva	do	PROÁGUA/Nacional.
Gabarito 
d
5
10
INTERPRETAÇÃO
Interpretação	significa	dedução,	 inferência,	 conclusão,	
ilação.	As	questões	de	 interpretação	não	querem	saber	o	
que	está	escrito,	mas	o	que	se	pode	inferir,	ou	concluir,	ou	
deduzir	do	que	está	escrito.
Comandos para Questão de Interpretação
Da leitura do texto, infere-se que...
O	texto	permite	deduzir que...
Da	fala	do	articulista	pode-se concluir que...
Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador	quando	afirma	que...
Pode-se extrair	das	ideias	e	informações	do	texto	que...
Questão 
1. Observe	a	tirinha	a	seguir,	da	cartunista	Rose	Araújo:
(www.fotolog.com/rosearaujocartum)
Infere-se	que	o	humor	da	tirinha	se	constrói:
a)	 pois	a	imagem	resgata	o	valor	original	do	radical	que	
compõe	a	gíria	bombar.
b)	 pois	o	vocábulo	bombar foi	dito	equivocadamente	
no	sentido	de	“bombear”.
c)	 pois	 reflete	o	problema	da	educação	no	país,	em	
que	os	alunos	só	se	comunicam	por	gírias,	como	é	
o caso de fessor.
d)	 porque	a	forma	fessor é	uma	tentativa	de	incluir	na	
norma culta o regionalismo fessô.
e)	 porque	o	vocábulo	bombar não	está	dicionarizado.
 
Gabarito
a
Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. 
Se	o	texto	diz	que	o	rapaz	está	cabisbaixo,	você	não	pode	
“deduzir”,	ou	“inferir”,	que	ele	está	de	cabeça	baixa,	porque	
isso	já	está	dito	no	texto.	Mas	você	pode	interpretar	ou	con-
cluir	que,	por	exemplo,	ele	esteja	preo	cupado,	ou	tímido,	em	
função	de	estar	de	cabeça	baixa.
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais 
	Tendo	o	texto	como referência inicial... 
 Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
	Enfocando	o	assunto abordado no texto... 
Nesses	casos,	o	examinador	não se apega ao ponto de 
vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o 
conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. 
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Questões 
Texto	para	os	itens	de 1 a 11.
Os	oceanos	 ocupam	70%	da	 superfície	 da	 Terra,	
mas	até	hoje	se	sabe	muito	pouco	sobre	a	vida	em	suas	
regiões	mais	recônditas.	Segundo	estimativas	de	ocea-
nógrafos,	há	ainda	2	milhões	de	espécies	desconhecidas	
nas	profundezas	dos	mares.	Por	ironia,	as	notícias	mais	
frequentes	produzidas	pelas	pesquisas	científicas	relatam	
não	a	descoberta	de	novos	seres	ou	fronteiras	marinhas,	
mas	 a	 alarmante	 escalada	das	 agressões	 impingidas	
aos	oceanos	pela	ação	humana.	Um	estudo	recente	do	
Greenpeace	mostra que a concentração de material 
plástico	nas	águas	atingiu	níveis	inéditos	na	história.	Se-
gundo	o	Programa	Ambiental	das	Nações	Unidas,	existem	
46.000	fragmentos	de	plástico	em	cada	2,5	quilômetros	
quadrados	da	superfície	dos	oceanos.	Isso	significa	que	
a substância já	responde	por	70%	da	poluição	marinha	
por	resíduos	sólidos.
Veja,	5/3/2008,	p.	93	(com	adaptações).
Tendo	o	texto	acima	como	referência	inicial	e	considerando	a	
amplitude	do	tema	por	ele	abordado,	julgue	os	itens	de	1	a	5.
1.		 Ao	citar	o	Greenpeace,	o	texto	faz	menção	a	uma	das	
mais	 conhecidas	 organizações	 não	 governamentais	
cuja	atuação,	em	escala	mundial,	está	concentrada	na	
melhoria	das	condições	de	vida	das	populações	mais	
pobres	do	planeta,	abrindo-lhes	frentes	de	trabalho	no	
setor secundário da economia.
2.		 Por	 se	decompor	muito	 lentamente,	o	plástico	pas-
sa	 a	 ser	 visto	 como	um	dos	principais	 responsáveis	
pela	degradação	ambiental,	razão	pela	qual	cresce	o	
movimento	de	conscientização	das	pessoas	para	que	
reduzam	o	consumo	desse	material.
3.		 Considerando	o	extraordinário	desenvolvimento	cien-
tífico	que	caracteriza	a	 civilização	contemporânea,	é	
correto	afirmar	que,	na	atualidade,	pouco	ou	quase	
nada	da	natureza	resta	para	ser	desvendado.
4.		 A	exploração	científica	da	Antártida,	que	enfrenta	enor-
mes	dificuldades	naturais	próprias	da	região,	envolve	
a	participação	 cooperativa	de	 vários	países,	mas	os	
elevados	 custos	do	empreendimento	 impedem	que	
representantes	sul-americanos	atuem	no	projeto.
5.		 Infere-se	do	texto	que	a	Organização	das	Nações	Unidas	
(ONU)	amplia	consideravelmente	seu	campo	de	atuação	
e,	sem	deixar	de	lado	as	questões	cruciais	da	paz	e	da	
segurança	internacional,	também	se	volta	para	temas	
que	envolvem	o	cotidiano	das	sociedades,	como	o	meio	
ambiente.
Gabarito
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos.
Comandos para Medir Conhecimentos 
Linguísticos 
Considerando as estruturas linguísticas do texto,	julgue	
os itens.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	erro gramatical.
Aponte	do	texto	a	construção	que	não	foge	aos	preceitos 
da norma culta.
5
10
15
Aqui	a	questão	pretende	medir	o	conhecimento	grama-
tical	do	candidato	e	pode	abordar	assuntos	de	morfologia,	
sintaxe,	semântica,	estilística,	coesão	e	coerência...	
Questões
Considerando	as	estruturas	linguísticas	do	texto,	julgue	os	
itens seguintes.
6.		 No	trecho	“até	hoje	se	sabe”	(l.2),	o	elemento	linguís-
tico	“se”	tem	valor	condicional.
7.		 O	trecho	“muito	pouco	sobre	a	vida	em	suas	regiões	
mais	 recônditas”	 (ls.2-3)	 é	 complemento	da	 forma	
verbal	“sabe”	(l.2).
8.		 A	palavra	“recônditas”	 (l.3)	pode,	sem	prejuízo	para	
a	informação	original	do	período,	ser	substituída	por	
profundas.
9.		 O	termo	“mas”	(l.8)	corresponde	a	qualquer	um	dos	
seguintes:	todavia,	entretanto,	no	entanto,	conquanto.
10.		 Na	linha	9,	a	presença	de	preposição	em	“aos	oceanos”	
justifica-se	pela	regência	do	termo	“impingidas”.
11.		 O	termo	“a	substância”	(l.15)	refere-se	ao	antecedente	
“plástico”	(l.11).
Gabarito
Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.
Erros Comuns de Leitura
Extrapolação ou ampliação
A	questão	abrange	mais	do	que	o	texto	diz.
O	texto	disse:	Os alunos do Colégio Metropolitano es-
tavam felizes.
A	questão	diz:	Os alunos estavam felizes.
Explicação:	o	significado	de	“alunos”	é	muito	mais	amplo	
que o de “alunos de um único colégio”.
Redução ou limitação 
A	questão	reduz	a	amplitude	do	que	diz	o	texto.
O	texto	disse:	Muitos se predispuseram a participar do 
jogo.
A	questão	diz:	Alguns se predispuseram a participar do 
jogo.
Explicação:	o	sentido	da	palavra	“alguns”	é	mais	limitado	
que o de “muitos”.
Contradição 
A	questão	diz	o	contrário	do	que	diz	o	texto.
O	texto	disse:	Maria é educada porque é inteligente.
A	questão	diz:	Maria é inteligente porque é educada. 
Explicação:	no	texto,	“inteligente”	justifica	“educada”;	na	
questão	se	inverteu	a	ordem	e	“educada”	é	que	justifica	
“inteligente”.
Desvio ou Deturpação 
O	 texto	disse:	A contratação da funcionária pode ser 
considerada competente.
A	questão	diz:	A funcionária contratada pode ser consi-
derada competente.
Explicação:	no	texto,	“competente”	refere-se	a	“contra-
tação”	e	não	a	“funcionária”.
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Leia	o	Texto
Em	vida,	Gustav	Mahler	(1860-1911),	tanto	por	sua	per-
sonalidade	artística	como	por	sua	obra,	foi	alvo	de	intensas	
polêmicas	–	e	de	desprezo	por	boa	parte	da	crítica.	A	incom-
preensão	estéticae	 o	 preconceito	 antissemita	 também	o	
acompanhariam	postumamente	e	foram	raros	os	maestros	
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe-
nharam	na	apresentação	de	suas	obras.	[...]
Julgue os itens a seguir.
1.	 Deduz-se	do	texto	que	Gustav	Mahler	foi	alvo	de	inten-
sas polêmicas.
2. Deduz-se	do	texto	que	o	personagem	central	(Mahler)	
foi	um	compositor.
3.	 Deduz-se	do	texto	que	o	personagem	central	(Mahler)	
era	de	origem	judaica.
4.	 Pode-se	deduzir	do	 texto	que	o	personagem	central	
(Mahler)	foi	um	compositor	de	músicas	eruditas.	
5.	 Pode-se	 inferir	do	 texto	que	 só	depois	de	 se	 terem	
passado	algumas	ou	várias	décadas	desde	sua	morte	
é	que	Mahler	acabou	por	ser	admirado	artisticamente	
e deixou de ter sua obra segregada. 
6.	 Pode-se	inferir	do	texto	que	hoje	a	avaliação	positiva	da	
obra	de	Mahler	constitui	uma	unanimidade	nacional.
7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação 
objetiva	das	informações	que	o	texto	traz	abertamente,	
explicitamente. 
8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção 
do	texto	é	resultado	de	raciocínio	aplicado,	permitindo	
captar-lhe	tanto	as	 informações	explícitas,	quanto	as	
implícitas.
9.	 A	aplicação	do	raciocínio	lógico	às	informações	contidas	
no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor 
tirar	dele	conclusões	ou	interpretá-lo	corretamente.
10.	 A	leitura	de	um	texto	deve	levar	em	consideração	o	mo-
mento	e	as	circunstâncias	em	que	foi	construído,	bem	
como	à	finalidade	a	que	se	propõe.	
11.	 Segundo	opinião	dedutível	do	 texto,	os	 críticos	que	
desprezaram	o	compositor	estavam	errados.
Gabarito Comentado
1. Errado. Por	quê?	Esta	informação	–	“foi	alvo	de	in-
tensas	polêmicas”	–	não	“se	deduz”	do	tex-
to, está claramente expressa nele.
2. Certo Por	quê?	Esta	dedução	se	origina	da	infor-
mação de que “maestros” apresentaram 
obras dele.
3. Certo Por	quê?	A	informação	de	que	ele	foi	alvo	
de	”preconceito	antissemita”	leva	à	conclu-
são	de	que	ele	era	“de	origem	judaica”.
4. Certo Por	quê?	A	palavra	“maestro”	tem	uma	co-
notação	diferente	(sem	vírgula)	de	“cantor”,	
“compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes-
tro	pressupõe	erudição,	por	sua	própria	for-
mação	acadêmica;	por	isso,	“pode-se	dedu-
zir	que	as	músicas	sejam	eruditas,	pois	‘eru-
ditos’	se	empenham	na	sua	apresentação”.		
O	“pode-se	deduzir”	é	aceitável,	porque	não	
impõe	que	seja	uma	“dedução	obrigatória”.
5. Certo Por	 quê?	 Essa	 inferência	 (dedução)	 nasce	
da	informação	de	que	“foram	raros	os	ma-
estros que, nas décadas que se seguiram à 
sua morte,	 se	empenharam	na	apresenta-
ção de suas obras.”
6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as-
sunto	 nacional,	mas	 internacional.	 Segun-
do,	não	se	pode	deduzir	que	haja	unanimi-
dade, mas uma boa ou grande aceitação.
7. Certo
8. Certo
9. Certo
10. Certo
11. Certo Por	 quê?	 Conforme	 o	 texto,	 tais	 críticos,	
além de não compreenderem o lado esté-
tico	do	artista,	incorreram	em	preconceito.
IDEIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA
Em	vida,	Gustav	Mahler	(1860-1911),	tanto	por	sua	per-
sonalidade	artística	como	por	sua	obra,	foi	alvo	de	intensas	
polêmicas	–	e	de	desprezo	por	boa	parte	da	crítica.	A	incom-
preensão	 estética	 e	 o	 preconceito	 antissemita	 também	 o	
acompanhariam	postumamente	e	foram	raros	os	maestros	
que,	nas	décadas	que	se	seguiram	à	sua	morte,	se	empenha-
ram na apresentação de suas obras.
Julgue os itens.
12.	 O	parágrafo	lido	constitui-se	de	dois	períodos,	residindo	
a ideia principal no segundo.
13.	 A	 ideia	 principal	 está	 contida	no	primeiro	período,	
representando	o	 segundo	um	desenvolvimento	das	
ideias do primeiro.
14. Qual a ideia principal do texto?
a)	 Mahler	foi	um	compositor.
b)	Mahler	tinha	origem	judaica.
c)	 Mahler	compunha	música	erudita.
d)	O	valor	de	Mahler	só	foi	reconhecido	devidamente	
a	partir	de	algumas	décadas	após	seu	falecimento.	
e)	 A	finalidade	do	texto	é	dizer	que	boa	parte	da	críti-
ca	foi	contrária	a	Mahler.
Gabarito Comentado
12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto.
13. Certo
14. d
Nesta	questão	14,	todas	as	cinco	alternativas	exprimem	
informações	 contidas	no	 texto	dado.	 	 Contudo,	 entre	 as	
ideias	 lançadas	em	qualquer	texto,	existe	uma	hierarquia,	
uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA 
CENTRAL	OU	PRINCIPAL	e	IDEIAS	SECUNDÁRIAS	OU	PERIFÉ-
RICAS.	A	ideia	central	ou	principal	será	a	responsável	pelo	
TEMA,	que	não	se	define	por	uma	só	palavra,	mas	por	uma	
AFIRMAÇÃO.	Pode-se	dizer	que	o	tema	do	trecho	lido	é	a 
valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, 
secundárias,	servem	para	dar	maior	compreensão	ao	texto	
e	propiciar	ao	leitor	uma	visão	mais	detalhada	do	assunto.
COMO ACHAR A IDEIA PRINCIPAL OU O TEMA
Tratando-se	de	texto	expositivo,	argumentativo,	os	exa-
minadores	buscam	avaliar	no	 candidato	a	 capacidade	de	
captar	o	mais	importante.		Quando	você	tem	pouco	tempo	
na	prova	e	precisa	 responder	a	uma	questão	que	 indaga	
sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de 
um	texto	completo,	basta	concentrar-se	na	leitura	do	último	
parágrafo.	Necessariamente	lá	está	a	resposta	da	questão.
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Normalmente,	num	parágrafo,	a	ideia	principal	se	encon-
tra	na	parte	inicial	sendo	seguida	de	um	desenvolvimento,	
em	forma	de	explicação,	detalhamento,	exemplificação	etc..		
Essa	ideia	principal	também	é	conhecida	por	TÓPICO	FRASAL.	
Mais	raramente,	pode	ser	encontrada	no	final	do	parágrafo,	
sob	a	forma	de	conclusão	das	informações	ou	explanações	
que	a	antecedem.	Repetindo:	a	ideia	central	ou	principal	de	
um	parágrafo	se	situa	no	início	ou	no	final.	Nas	outras	partes,	
aparecem os argumentos.
Quando	a	abordagem	é	não	apenas	de	um	parágrafo,	
mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se 
encontra	no	último	parágrafo,	podendo	também	aparecer	
no	primeiro,	 conhecido	 como	parágrafo	 introdutório.	Os	
parágrafos	centrais	são	reservados	às	argumentações,	que	
contribuem para dar suporte à principal ideia.
INTERTEXTUALIDADE
Chama-se	intertextualidade	a	relação	explícita	ou	implí-
cita de um texto com outro. 
Quando	Chico	Buarque	diz,	na	música	Bom	Conselho,	“de-
vagar	é	que	não	se	vai	longe”,	“quem	espera	nunca	alcança”,	
cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares 
“devagar	se	vai	ao	longe”	e	“quem	espera	sempre	alcança”.
Veja	a	estrofe	seguinte:
Minha	terra	tem	palmares	
Onde	gorjeia	o	mar
Os	passarinhos	daqui
Não	cantam	como	os	de	lá
(Oswald	de	Andrade)
E	responda	C	(certo)	ou	E	(errado):
(			)		Esses	versos	 lembram	“Minha	 terra	 tem	palmeiras,	 /	
Onde	canta	o	sabiá;	/	As	aves,	que	aqui	gorjeiam,	/	Não	
gorjeiam	como	lá.	/”,	de	Gonçalves	Dias.
(			)		A	criação	de	Oswald	de	Andrade	constitui	um	combate	
à	estética	romântica.
(			)		trata-se	de	bom	exemplo	de	intertextualidade.
Gabarito
C, C, C 
IMPLÍCITOS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
Implícitos
Implícitos	constituem	informações	que	não	se	encontram	
exteriorizadas	(ou	escritas	ou	pronunciadas)	no	texto,	estando	
apenas	sugeridas	por	um	ou	outro	índice	linguístico.	É	a	leitura	
atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que 
ficou	implícito,	ou	se	mostra	apenas	nas	entrelinhas.
Pressupostos
Os	pressupostos	são	identificados	por	estarem	sugeridos 
por palavras	ou	outros	elementos	do	texto,	não	são	difíceis	
de	encontrar-se	e	não	podem	ser	desmentidos	pelo	uso	do	
raciocínio	lógico.
Ex.:	Teresa voltou da Índia.
Pressupostos:	ela	foi	à	Índia	(indiscutível);	a	viagem	teve	
início	há	mais	que	dois	dias	(indiscutível).	
Subentendidos 
Os	subentendidos	se	formam	por	dedução subjetiva do 
leitor,	pois	baseiam-se	em	sua	visão	de	mundo,	por	isso	são	
discutíveis.
Ex.:	Teresa voltou da Índia.
Subentendidos:	 Teresa	 gastou	 muito	 (discutível,	 pois	
pode	alguém	ter	pago	tudo);	ela	é	uma	felizarda,	aproveitoubastante	 (discutível,	porque	pode	ter	 ido	a	 trabalho,	com	
pouco	dinheiro,	e	ter	ficado	hospitalizada	o	tempo	todo).
Exercícios
Assinale C ou E nos parênteses.
Na	frase	Carlos mudará de profissão,
1.		 (			)	tem-se	como	pressuposto	que	ele	ganha	pouco.
2.		 (			)	tem-se	como	pressuposto	que	ele	tem	profissão.
3.		 (			)	é	possível	que	ele	esteja	contrariado.
4.		 (			)	é	possível	que	ele	tenha	profissão.
Gabarito
1. E 2. C 3. C 4. E
TIPOLOgIA TEXTUAL
Narração ou história
Texto	que	conta	uma	história,	curtíssima	ou	longa,	tendo	
personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de 
estar	em	desenvolvimento.
Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As 
ações	acontecem	em	sequência)
Descrição ou retrato 
1.	 Texto	que	mostra	um	ambiente.	
 O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas 
escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os 
galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
2.	 Texto	que	mostra	ações	simultâneas.
 Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho-
rava, o vizinho aplaudia.	 (As	 ações	 acontecem	no	
mesmo	momento,	o	tempo	está	parado)
Dissertação ou ideias 
Texto	construído	não	para	contar	história	ou	fazer	um	
retrato,	mas	para	desenvolver	um	raciocínio.
É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de 
seu próprio medo.
Na	prática,	um	texto	pode	misturar	as	tipologias,	por	isso	
é	comum	classificá-lo	com	base	em	qual	tipologia	predomina,	
ou	seja,	para	atender	a	qual	tipologia	o	texto	foi	feito.
O	tipo	DISSERTAÇÃO	modernamente	vem	sendo	subs-
tituído,	conforme	o	caso,	por	Argumentação,	Exposição,	ou	
Injunção:	
• Argumentação:	apresenta	argumentos	na	defesa	
de	um	ponto	de	vista:
 A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes 
dos	países	vizinhos,	não só porque dispunha de extensa 
rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
que detinha maiores recursos para investimento.
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• Exposição:	apenas	expõe	as	ideias,	sem	apresentar	
argumentos:
 A Bulgária se tornou membro da União Europeia em 
janeiro de 2007, após dez anos de negociação. 
• Injunção:	orienta	o	comportamento	do	receptor:
	 Manuais	de	utilização	de	equipamentos.	Orientações	
de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a 
irrigação	do	jardim...	
Exercícios 
Use	as	letras	iniciais	das	cinco	frases	seguintes	para	identificar	
nos	parênteses,	os	cinco	textos	que	as	acompanham.	
N.	Constitui	exemplo	de	narração.	
D. Predomina o caráter de descrição. 
I.	Tem	como	base	um	parágrafo	injuntivo.	
E.	Exemplifica	dissertação	expositiva.	
A.	Classifica-se	como	dissertação	argumentativa.
Atenção para as partes em itálico.
Texto	1	(EP).
(				)	 Quando	Clarice	se	mostrou	chateada	com	algumas	es-
trias	no	seio,	Rogério	prontamente	informou:	
	 –	Tenho	solução	para	isso.
	 –	É	verdade	que	você	tem?
 – Claro!
 – Então me ensina.
 – Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi-
deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a 
casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo 
médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que 
ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável 
ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes 
necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su-
avemente em movimentos circulares no seio estriado. 
Vá ao espelho e veja o resultado. 
	 –	As	estrias	vão	embora?	
	 –	Podem	ir,	mas	se	não	forem,	você	pode	estrear	um	
peitinho	a	alho	e	óleo.
Texto	2	(EP).
(				)	 Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o 
ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a 
cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari-
dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão 
e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. 
Teve certeza de que o bicho não estava lá.
Texto	3	(EP).
(				)	 Berenice	percebeu	que	André	não	lhe	estava	sendo	fiel	
porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois 
de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes 
que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou 
primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem 
falar no perfume que o acompanhava quando entrou 
em casa: o preferido de Isaura. 
Texto	4.
(				)	 Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro 
desviado tenha sido usado por Collor para compra de 
carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al-
guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia 
Federal na Operação Politeia, um desdobramento da 
Lava Jato, realizada em 14 de julho.
Texto	5.
(				)	 A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem. 
As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas 
oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har-
monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por 
latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu-
me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo 
o tom rosado da pele de Janaína.
(			)	 Ponha	nestes	parênteses	o	número	do	texto	que	faz	uso	
do	diálogo	em	sua	organização.
Gabarito
Texto	1	(I)
Texto	2	(N)
Texto	3	(A)
Texto	4	(E)
Texto	5	(D)
Texto	1
NíVEIS DE FORMALIDADE/INFORMALIDADE
Níveis de Fala (Tipos de Norma)
Registro formal ou adloquial
No	registro	formal	(adloquial,	culto,	padrão),	as	circuns-
tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada 
a	um	grupo	sofisticado	de	falantes.	Tende	ao	uso	da	norma	
culta	 (também	chamada	de	padrão,	 ou	erudita),	 que	 se	
estuda	nas	gramáticas	normativas.
Por favor, entenda que seria importante para nós sua 
presença.
Registro informal ou coloquial
A	 informalidade	ou	coloquialismo	acontece	quando	o		
ambiente	permite	ao	emissor	uma	postura	mais	à	vontade,	
sem	preocupações	gramaticais.
Vem, que sua presença é importante. (A	gramática	orien-
ta:	Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na	 informalidade,	a	 língua	é	usada	na	 forma	de	cada	
região,	profissão,	esporte,	gíria,	internet...
Registro vulgar
Normalmente	envolve	uso	de	calão	ou	gíria.
Oi, cara, pinta lá no pedaço. 
Registro de baixo calão
É	o	nível	das	gírias	pesadas	e	dos	palavrões.
Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. 
Cada	 texto	deve	obedecer	a	um	nível	de	 formalidade	
ou	informalidade,	com	a	escolha	do	vocabulário	e	de	cons-
truções	frásicas	adequada	ao	público	e	ao	ambiente	a	que	
se	destina.
Variação linguística
Uma	língua	se	realiza	na	fala	de	grupos	diferentes,	no	
tempo	(compare	os	escritos	da	carta	de	Caminha,	de	José	
de	Alencar	e	de	hoje),	no	espaço	(veja	as	diferenças	de	ex-
pressão	das	várias	regiões	brasileiras),	nas	profissões	(atente	
para	seus	jargões	ou	expressões	características),	em	grupos	
de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru-
ções	frásicas	identificadoras:	DJs,	políticos,	cantores	de	rap,	
religiosos,	surfistas,	tatuadores,	traficantes,	escaladores...)
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Já	houve	o	tempo	em	que	se	considerava	certo	apenas	o	
uso	da	norma	então	conhecida	como	culta	ou	erudita,	porém	a	
sociolinguística	substituiu	o	conceito	de	certo/errado	pelo	de	
adequado/inadequado.	Em	termos	de	comunicação,	fala-se	 
em	o	emissor	adequar	seu	código	ao	do	receptor	para	se	
fazer	 entender	bem.	Por	 isso,	 tanto	o	 “nós	 vai”,	 como	o	
“nós	vamos”	podem	ou	não	estar	adequados,	dependendo	
do	ambiente	ou	do	grupo	de	falantes	a	que	se	destine,	bem	
como	da	 intenção	do	comunicador,	que	pode	 justamente	
pretender comunicar que pertence a outro grupo.
FUNÇÕES DA LINgUAgEM
Todo	emissor,	no	momento	em	que	realiza	um	ato	de	fala,	
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância 
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep-
tor,	referente,	canal,	código	ou	mensagem).	Descobrirqual	
elemento	está	em	destaque	é	definir	a	função	da	linguagem.
Função Emotiva (ou Expressiva)
Predomina em importância o emissor e é muito usada 
em	textos	líricos,	amorosos,	autobiográficos,	testemunhais...	
Constitui	uma	característica	de	subjetividade.
Emissor:	aquele que	 fala,	representado	por	eu,	nós,	a	
gente	(no	sentido	de	“nós”).	
São	índices	desta	função:
1.	 sujeito	emissor	–	Eu	vi	Mariana	chegar.	A gente	viu	
Mariana	chegar.	Nós	vimos	Mariana	chegar.
2.	 uso	de	exclamação	–	Mariana	chegou!
3.	 uso	de	interjeição	–	Ih!	Mariana	chegou.
Função Conativa (ou Apelativa)
Predomina	em	importância	o	receptor	e	é	frequente	em	
linguagem	de	publicidade	e	de	oratória.
Receptor:	com quem	se	fala,	representado	por	tu,	vós,	
você(s),	Vossa	Senhoria,	Vossa	Alteza,	Vossa...	
São	índices	desta	função:
1.	 sujeito	receptor	–	Você sabia	que	Mariana	chegou?
2.	 vocativo	–	Paulo, tu estás correto.
3.	 imperativo	–	Por	favor,	venha cá. Beba guaraná.
Função Referencial (ou Informativa)
Predomina	em	importância	o	referente	e	é	empregada	
nos	textos	científicos,	jornalísticos,	profissionais	–	correspon-
dências	oficiais,	atas...	É	uma	característica	de	objetividade.
Referente:	de que ou de quem	se	fala,	representado	por	
ele(s),	ela(s),	Sua	Excelência,	Sua	Majestade,	Sua...,	ou	por	qual-
quer	substantivo	ou	pronome	substantivo	de	terceira	pessoa.	
É	índice	desta	função:
1.	 sujeito	referente	–	Mariana	chegou.	Ele	chegou.	Sua 
Senhoria chegou.	Quem	chegou?
Função Fática
Predomina em importância o canal e normalmente 
aparece	em	trechos	pequenos,	dentro	de	outras	funções.
Canal:	meio	físico	 (ar,	 luz,	 telefone...)	 e	psicológico	 (a	
atenção)	que	interliga	emissor	e	receptor.	
Usa-se	a	função	fática	para:
1.	 testar	o	funcionamento	do	canal	–	Um,	dois,	três...	
Alô,	alô...
2.	 prender	a	atenção	do	receptor	–	Bom	dia.	Como	vai?	
Até logo. Certo ou errado?
3. distrair a atenção do receptor –
	 Ele:	Onde	você	estava	até	esta	hora?
	 Ela:	Por	 favor,	 ligue	agora	para	o	 José	e	 lhe	deseje	
sorte.	(Ela	desviou	a	atenção	do	assunto	dele)
Função Metalinguística
Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para 
falar	da	própria	língua.	
Língua:	tipo	de	código	usado	na	comunicação.
Os	dicionários,	as	gramáticas,	os	livros	de	texto,	de	re-
dação,	as	críticas	literárias	são	exemplos	de	metalinguagem.
Função Poética (ou Estética)
Predomina em importância a elaboração da mensagem.
Mensagem,	fala	ou	discurso:	é	o como	 se	diz	e	não	o 
que	se	diz.
As	 frases	 “Você roubou minha caneta” e “Você achou 
minha caneta antes de eu a perder”,	embora	tenham	o	mes-
mo	assunto	ou	referente,	são	mensagens,	falas	ou	discursos	
diferentes,	tanto	é	que	provocam	sensações	diferentes	no	
receptor.
A	função	poética	valoriza	a	escolha	das	palavras,	ora	pela	
sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo 
quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),	
ora	pelo	significado	inusitado	(Penso, logo desisto),	ora	por	
mais	de	uma	dessas	ou	outras	características.
Obs.:	 todas	essas	 funções	podem	 interpenetrar-se	no	
texto,	mas	uma	(qualquer	uma)	tenderá	a	ser	predominante.	
No	caso	de	um	texto	poético	ou	estético,	as	demais	funções	
ocupam o segundo plano.
TIPOS DE DISCURSO
Discurso Direto
Reprodução	exata	da	fala	do	personagem.
Julieta	respondeu:	Estou satisfeita com sua resposta.
Pode	vir	entre	aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Pode	 vir	 após	 travessão:	 –	Estou satisfeita com sua 
resposta. 
Discurso Indireto
O	narrador	traduz	a	fala	do	personagem.
Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta 
dele.
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
Discurso Indireto Livre
A	fala	do	personagem	se	confunde	com	a	do	narrador.
Mariana	sentou-se	em	frente	ao	guri,	o que se passava 
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Discurso do Narrador 
É	a	fala	de	quem	conta	a	história.
Julieta respondeu:	Estou	satisfeita	com	sua	resposta.
Monólogo
Fala	de	um	personagem	consigo	mesmo.
Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no 
que acabei de ver”.
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Diálogo
Conversa	entre	dois	ou	mais	personagens.
– Você devia ser mais suave na sua fala.
– Vou tentar.
gÊNEROS DO DISCURSO, gÊNEROS TEXTUAIS
Desde	os	estudos	de	Bakhtin	até	os	de	Koch,	chegou-se	
à	percepção	de	certas	sequências	relativamente	estáveis	de	
enunciados,	voltadas	a	atender	necessidades	diferentes	da	
vida	social,	sequências	essas	definidoras	do	que	se	conven-
cionou	chamar	Gêneros	do	Discurso,	adaptáveis	à	sociedade	
e seus comportamentos.
Gêneros primários
São	os	que	se	desenvolvem	primeiro,	realizados	em	situa-
ções	de	comunicação,	no	âmbito	social	cotidiano	das	relações	
humanas:	diálogo,	telefonema,	bilhete,	carta,	piada,	oração,	
comando	militar	rápido,	situações	de	interação	face	a	face..
Gêneros secundários
Referentes	a	circunstâncias	mais	complexas,	públicas,	de	
interação	social,	muitas	vezes	escritas,	monologadas,	capazes	
de	incorporar	e	transmutar	os	gêneros	primários.	Necessitam	
de	instrução	formal	e	aparecem	sob	a	forma	de	1.	Gêneros	
literários:	provérbios,	crônicas,	contos,	novelas,	romances,	
dramas...;	2.	Gêneros	oficiais:	cartas,	ofícios,	memorandos,	
anais,	tratados,	textos	de	lei,	documentos	de	escritório...;	3.	
Gêneros	científicos:	pesquisas,	relatórios,	críticas,	análises,	
teses,	ensaios...		4.	Gêneros	Jornalísticos:	notícia,	matéria,	
entrevista,	charge	...	5.	Gêneros	outros	como	dos	círculos	
artísticos,	 sócio-políticos,	 retóricos,	 	 jurídicos,	 	 políticos,	
publicísticos,	esportivos...
Eis	alguns	tipos	explorados	em	provas	elaboradas	pelo	
Cespe:
Crônica
Texto	curto	dissertativo,	comentando	fato	ou	situação	
do momento.
Conto
História	curta	com	poucos	personagens	em	torno	de	um	
núcleo de ação.
Novela
História	mais	longa	que	o	conto	e	que	também	envolve	
só	um	núcleo	de	ação.
Romance
História	longa	e	complexa	em	que	os	personagens	atuam	
em	torno	de	vários	núcleos	de	ação.	As	chamadas	novelas	de	
televisão	literariamente	são	romances	porque	revezam	vários	
núcleos	temáticos,	revezando	também	como	protagonistas	
grupos	diferentes	de	personagens.
Parábola
Narrativa	que	transmite	uma	mensagem	indireta,	geral-
mente	de	cunho	moral,	por	meio	de	comparação	ou	analogia.
Cristo	falava	por	parábolas,	como	a	do	Filho Pródigo e a 
do Joio e do Trigo.
Fábula
Tipo	de	parábola	curta,	em	prosa	ou	verso,	que	apresenta	
animais como personagens e que ilustra um ensinamento 
moral.	Famosas	são	as	fábulas	de	Esopo,	como	A Raposa e 
as Uvas, O Lobo e o Cordeiro.
Sátira
Texto	 crítico,	 picante,	 sarcástico,	maledicente,	 irônico,	
zombeteiro	para	criticar	instituições,	costumes	ou	ideias.
Apólogo
Narrativa	didática,	em	prosa	ou	verso,	em	que	se	animam	
e	dialogam	seres	inanimados.	Um	bom	exemplo	é	o	texto	de	
Machado	de	Assis	intitulado	A Agulha e a Linha.
Lenda
História	com	base	em	informações	imaginárias.	São	len-
dários	o	saci-pererê,	a	boiuna,	a	mula	sem	cabeça...
Anedota
História	curta	engraçada	ou	picante.
Paródia
Imitação	 artística,	 jocosa,	 satírica,	 bufa;	 arremedo	 de	
outro	texto.	Vejam-se	os	segundos	textos.
Quem	com	ferro	fere	com	ferro	será	ferido.
Quem confere ferro, com ferro...
Penso, logo existo.
Penso, logo desisto.
Paráfrase ou frase paralela
É	um	texto	criado	na	tentativa	de	reproduzir	o	sentido	
de	outro.	É	um	texto	sinônimo,	de	sentido	semelhante.	Veja	
o segundo texto.
Todo	dia	ela	faz	tudo	sempre	igual	/	Me	sacode	às	três	
horas	da	manhã	/	Me	sorri	um	sorriso	pontual	/	E	me	beija	
com	a	boca	de	hortelã...	(Chico	Buarque)
Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama 
às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo 
com gosto de pasta de dente...
Obs.:	a	paráfrase	sempre	altera	algo	no	sentido	subjetivo	
do texto.
Epígrafe
Inscrição	que	antecede	umtexto	(no	frontispício	de	um	
livro,	no	início	de	um	capítulo,	de	um	poema,	de	uma	crô-
nica...).
Título:	 EPICÉDIO	III
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
 
Texto:	 Comigo	falas;	eu	te	escuto;	eu	vejo
	 Quanto	apesar	de	meu	letargo,	e	pejo,
	 Me	intentas	persuadir,	ó	sombra	muda,
 Que tudo ignora quem te não estuda.
(Cláudio	Manuel	da	Costa)
SEMÂNTICA
Sema 
É	unidade	de	significado.	A	palavra	“garotas”	tem	três	
semas:
1. garot é	o	radical	e	significa	ser	humano	em	formação;
2. a	é	desinência	e	significa	feminino;
3. s é	desinência	e	significa	plural.
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Monossemia ou unissignificação
É	o	fato	de	uma	expressão	ter	no	texto	apenas	um	sig-
nificado.
Polissemia ou plurissignificação
É	o	fato	de	uma	expressão,	no	texto,	ter	múltiplos	sig-
nificados.	
Ambiguidade ou anfibologia 
Significa	duplo	sentido.
Denotação
Sentido	objetivo	da	palavra	–	Teresa	é agressiva.
Conotação
Sentido	figurado	da	palavra	–	Teresa	é	um	espinho.
Campo Semântico
Área	 de	 abrangência	 ou	 de	 interpenetração	 de	
significado(s).
Chuteira,	pênalti,	drible,	estádio...	pertencem	ao	campo 
semântico do futebol.
Oboé,	melodia,	contralto...	pertencem	ao	campo semân-
tico da música.
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se-
mântico da aviação.
Contexto
As	palavras	ou	signos	podem	estar	soltos	ou	contextua-
lizados.	O	contexto é	a	frase,	o	texto,	o	ambiente	em	que	a	
palavra	ou	signo	se	insere.	Normalmente,	uma	palavra	solta,	
fora	de	um	contexto,	desperta	vários	sentidos	(polissemia)	
e	os	dicionários	 tentam	relacioná-los,	 apresentando	cada	
um	dos	 sentidos	 (monossemia)	 ligado	a	um	determinado	
contexto. 
No	Dicionário Houaiss,	a	palavra	ponto	tem	62	significa-
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada 
um	desses	contextos,	a	monossemia	prevalece.
Nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po-
lissemia	 são	 valores	positivos.	O	 texto	artístico	pode	 ser	
considerado	tão	mais	valioso	quanto	mais	plurissignificativo.
Nos textos informativos	(jornalísticos,	históricos,	cien-
tíficos...	),	a	monossemia	é	valor	positivo,	enquanto	a	ambi-
guidade	e	a	polissemia	devem	ser	evitadas.
Sinonímia
Existência	de	palavras	ou	termos	com	significados	con-
vergentes,	 semelhantes:	 vermelho	e	encarnado,	brilho	e	
luminosidade,	branquear	e	alvejar...
Antonímia
Existência	de	palavras	ou	termos	de	sentidos	opostos:	
claro	e	escuro,	branco	e	negro,	alto	e	baixo,	belo	e	feio...
Homonímia
Palavras	iguais	na	escrita	ou	no	som	com	sentidos	dife-
rentes:	cassa	e	caça,	cardeal	(religioso),	cardeal	(pássaro),	
cardeal	(principal)...
Paronímia
Palavras	parecidas:	 eminência	 e	 iminência,	 vultoso	e	
vultuoso...
QUALIDADES DO TEXTO
Um	texto	bem	redigido	deve	 ter	algumas	qualidades.	
A	seguir,	cada	tópico	apresenta	uma	dessas	qualidades	e,	
também,	seu	defeito,	o	oposto.
Clareza
Clareza	é	a	qualidade	que	faz	um	texto	ser	facilmente	
entendido. Obscuridade	é	o	seu	antônimo.
Questões
O	menino	e	seu	pai	foram	hospedados	em	prédios	diferentes	
o	que	o	fez	ficar	triste.
Assinale C para certo e E para errado.
1.	 (	 )	 A	estruturação	da	 frase	 se	dá	de	maneira	 clara	e	
objetiva.
2.	 (	 )	 A	leitura	desse	trecho	se	torna	ambígua	em	virtude	
do mau uso do pronome oblíquo “o”.
3.	 (	 )	 Colocando-se	o	oblíquo	“o”	no	plural,	caberia	plu-
ralizar	“ficar	triste”	(o	que	os	fez	ficarem	tristes)	e	a	
clareza	se	restaura	porque	o	“triste”	passa	a	se	referir	
a ambos, “o menino” e “seu pai”.
4.	 (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“este”	(o	que	fez	
este	ficar	triste	),	também	se	elimina	a	ambiguidade,	
passando	a	significar	que	só	o	pai	ficou	triste.
5.	 (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“aquele”	(o	que	
fez	aquele	 ficar	 triste)	 comete-se	uma	 incorreção	
gramatical.
6.	 (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“aquele”	(o	que	
fez	aquele	ficar	triste)	resolve-se	também	a	obscu-
ridade,	pois	afirma-se	que	só	o	menino	ficou	triste,	
porque	o	demonstrativo	“aquele”	refere-se	ao	subs-
tantivo	mais	distante.
Gabarito
Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
 
Coerência
Se	as	 ideias	estão	entrelaçadas	harmoniosamente	em	
termos	lógicos,	encontra-se	no	texto	coerência.	O	seu	an-
tônimo	é	ilogicidade, incoerência.
Questões
I	–	Toda	mulher	gosta	de	ser	elogiada.	Se	queres	agradar	a	
uma, mostra-lhe suas qualidades. 
II	–	Toda	mulher	gosta	de	ser	elogiada.	Se	queres	agradar	a	
uma, mostra-lhe seus defeitos. 
Assinale C para certo e E para errado.
1.	 (	 )	 O	texto	I	exemplifica	raciocínio	incoerente.
2.	 (	 )	 O	texto	II	desenvolve	raciocínio	coerente.
3.	 (	 )	 A	incoerência	se	faz	presente	em	ambos	os	parágrafos.
4.	 (	 )	 Os	dois	parágrafos	são	perfeitamente	coerentes.
5.	 (	 )	 O	 raciocínio	do	 texto	 I	 é	 perfeitamente	 lógico	 e	
coerente.
6.	 (	 )	 O	desenvolvimento	 racional	do	 texto	 II	 peca	por	
incoerência.
Gabarito
Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.
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Concisão
Concisão é	a	capacidade	de	se	falar	com	poucas	palavras.	
O	seu	oposto	é	prolixidade.
Questões
I	–	Andresa	trouxe	Ramiro	e	Osvaldo	à	minha	presença,	no	
meu	escritório	e	me	apresentou	essas	duas	pessoas.	
II	 –	Andresa	 trouxe-me	ao	escritório	Ramiro	e	Osvaldo	e	
mos apresentou. 
Assinale C para certo e E para errado.
1.	 (	 )	 Os	dois	textos	apresentam	o	mesmo	teor	informativo.
2.	 (	 )	 O	primeiro	é	mais	prolixo	(dezessete	palavras,	uma	
vírgula	e	um	ponto	final).
3.	 (	 )	 O	segundo	é	mais	conciso	(onze	palavras	e	um	ponto	
final).
4.	 (	 )	 A	última	oração	da	frase	II	deve	ser	corrigida	para	
“e nos apresentou”.
5.	 (	 )	 No	período	II,	“mos”	funciona	como	objeto	indireto	e	
direto,	porque	representa	a	fusão	de	dois	pronomes	
oblíquos	átonos	(me	+	os).
Gabarito
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Correção Gramatical
Correção é	o	ajuste	do	texto	a	um	determinado	padrão	
gramatical.	 Tradicionalmente	as	provas	 sempre	visaram	a	
medir	o	conhecimento	da	norma culta	(também	chamada	de	
erudita ou padrão),	por	isso,	quando	simplesmente	pedem	
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, 
estão-se	referindo	à	adequação	ou	inadequação	do	texto	a	
essa norma culta.
 
Questões
I		–	Nóis	num	é	loco,	nóis	só	véve	ansim	pruquê	nóis	qué.	
II	–	Não	somos	loucos,	só	vivemos	assim	porque	queremos.	
Assinale C ou E,	conforme	julgue	a	afirmação	certa	ou	errada.
a)	 O	 texto	 I	 está	 correto	em	 relação	ao	padrão	popular	
regional	e	errado	relativamente	ao	culto.
b)	 O	 texto	 II	 está	 certo	de	acordo	com	o	padrão	culto	e	
errado	se	a	referência	for	o	popular	regional.
Gabarito
Ambas	as	afirmações	estão	corretas.
Coesão
Coesão	é	a	inter-relação	bem	construída	entre	as	partes	
de	um	texto.	Seu	antônimo	é	a	incoesão	ou	desconexão.
COESÃO E CONECTORES 
Coesão	é	a	inter-relação	bem	construída	entre	as	partes	
de	um	texto	e	se	faz	com	o	uso	de	conectores ou elementos 
coesivos. 
Coesão gramatical (ou coesão referencial 
endofórica)
Os	componentes	de	um	texto	se	inter-relacionam,	referin-
do-se	uns	aos	outros,	evidenciando	o	que	se	chama	coesão	
referencial	endofórica,	ou	coesão	gramatical.	Além	do	uso	das	
preposições	e	conjunções,	eis	alguns	recursos	de	coesão	refe-
rencial	endofórica	e	seus	elementos	coesivos	ou	conectores:
Nominalização
Substantivo	que	retoma	 ideia	de	verbo	anteriormente	
expresso.
Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação 
lhes trouxe euforia.
Elemento	 coesivo:	 “aprovação”	 retoma	 “foram	apro-
vados”.
Pronominalização
Pronome	retomando	ou	antecipando	substantivo.
Conector:	na	frase	anterior,	“lhes”	retoma	“alunos”.
Repetiçãovocabular
Repetição	de	palavra.	
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. 
Elemento	 coesivo:	na	 segunda	oração	 repetem-se	os	
substantivos	“homem”	e	“mulher”.
Sintetização
Uso	de	expressão	sintetizadora.
Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
tra o mundo.
Conector:	na	segunda	oração,	a	expressão	“tudo”	sinte-
tiza	“Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
Uso de numerais 
São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo 
sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber 
o que fala.
Elemento	coesivo:	os	ordinais,	“primeira”,	“segunda”	e	
“terceira” retomam o cardinal “três”.
Uso de advérbios 
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar 
escondida a resposta.
Conector:	o	advérbio	“Ali”	recupera	a	expressão	“quarto	
de Raquel”.
 
Elipse
Omissão	de	termo	facilmente	identificável.
Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento	coesivo:	a	desinência	verbal	“mos”	retoma	o	
sujeito	“nós”	expresso	na	primeira	oração.
Sinonímia
Palavras	ou	expressões	de	sentidos	semelhantes.
O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. 
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
resse geral.
Conector:	o	sinônimo	“peça	de	oratória”	retoma	a	ex-
pressão “discurso”.
Hiperonímia
Hiperônimo	é	palavra	cujo	sentido	abrange	o	de	outra(s).	
Roupa	 constitui	 hiperônimo	em	 relação	a	 calça,	 vestido,	
paletó,	camisa,	pijama,	saia...
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Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente.
Elemento	coesivo:	o	hiperônimo	“conjunto”	retoma	os	
substantivos	anteriores.
Hiponímia
Hipônimo	é	palavra	de	sentido	 incluído	no	sentido	de	
outra.	Boneca,	pião,	pipa,	bambolê,	carrinho,	bola	de	gude...	
são	hipônimos	de	brinquedo. 
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o 
Flamengo se pronunciou.
Conector:	o	hipônimo	“Flamengo”	 cria	 coesão	 com	a	
palavra	“times”.
Anáfora
chama-se	anafórico ao elemento de coesão que retoma 
algo	já	dito.
O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, 
com temor.
Coesivos	anafóricos:	“aquele”	e	“este”	retomam	“lobo”	
e “cordeiro”.
Catáfora
Palavra	ou	expressão	que	antecipa	o	que	vai	 ser	dito.																			
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos.
Conector	catafórico:	“disto”	antecipa	a	oração	“já	esta-
mos	comprometidos”.
Obs.:	a	coesão	é	uma	qualidade	do	texto	e	sua	falta	cons-
titui	erro.	Desconexo	ou	incoeso	é	o	texto	a	que	falta	coesão.
DOMíNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO 
TEXTUAL
Os	mecanismos	de	coesão	textual	exigem	conhecimentos	
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, 
colocação... 
Resolva	as	questões	seguintes,	onde	aparecem	10	co-
esões	 bem	 feitas	 e	 10	 imperfeitas,	 com	 relação	 à	 norma	
padrão	oficial.
Qual	dos	dois	textos	está	mais	bem	escrito,	levando	em	con-
sideração os mecanismos de coesão textual?
1.	 a)	 O	cavalo,	o	ganso	e	a	ovelha	andavam	lado	a	lado;	
enquanto	 este	 relinchava,	 aquele	 grasnava	 e	 ela	
balia.
b)	O	cavalo,	o	ganso	e	a	ovelha	andavam	lado	a	lado;	
enquanto	aquele	 relinchava,	esse	grasnava	e	esta	
balia. 
 
2.	 a)	 Atenção	a	este	aviso:	“Piso	Escorregadio”.
b)	 Atenção	a	esse	aviso:	“Piso	Escorregadio”.
3.	 a)	 Silêncio	e	respeito.	Essas	palavras	se	viam	por	toda	
parte.
b)	 Silêncio	e	respeito.	Estas	palavras	se	viam	por	toda	
parte. 
4.		 a)	 Encontrei	o	artigo	que	você	falou.
b)	 Encontrei	o	artigo	de	que	você	falou.	 	
5.	 a)	 Foi	essa	a	frase	que	você	falou.
b)	 Foi	essa	a	frase	de	que	você	falou.	 	
6.	 a)	 Era	uma	situação	que	ele	fugia.
b)	 Era	uma	situação	de	que	ele	fugia.	 	 	
7.	 a)	 Estamos	diante	de	um	texto	que	falta	coesão.
b)	 Estamos	diante	de	um	texto	a	que	falta	coesão.	
8.		 a)	 Finalmente	chegou	ao	quarto	onde	estava	escondido	
o	dinheiro.
b)	 Finalmente	chegou	ao	quarto	aonde	estava	escon-
dido	o	dinheiro.
9.		 a)	 Veja	o	local	onde	você	chegou.
b)	 Veja	o	local	aonde	você	chegou.
10.	 a)	 Convide	para	a	mesa	as	senhoras	cujos	os	maridos	
estão presentes.
b)	 Convide	para	a	mesa	as	senhoras	cujos	maridos	estão	
presentes.
Gabarito
1.	 b.	Uso	dos	demonstrativos: aquele, para o mais dis-
tante; esse, para o intermediário; este, para o mais 
próximo.
2.	 a.	Uso	dos	demonstrativos: este	refere-se	ao	que	se	
vai	falar; esse,	ao	que	já	foi	dito.
3.	 a.	Uso	dos	demonstrativos: este	refere-se	ao	que	se	
vai	falar; esse,	ao	que	já	foi	dito.
4.		 b	(falar	de	um	artigo).
5.		 a	(falar	uma	frase).
6.		 b	(fugir	de	algo).
7.		 b	(falta	coesão a	algo).
8.		 a	(o	dinheiro	estava	escondido	no	quarto).
9.		 b	(você	chegou	a	um	local).
10. b (cujo	não	vem	seguido	de	artigo).	
OUTROS CONCEITOS
Barbarismo
Erro no uso de uma palavra.
1.	 Erro	de	pronúncia	ou	grafia:	Ele é adevogado e co-
nhece o pograma.
2.	 Erro	de	flexão:	Eu reavi os leitães.	(O	certo	é	reouve	
os	leitões)
3.	 Troca	de	sentido:	tráfico x tráfego, estrutura x esta-
tura, ascendente x descendente...
Cacofonia
Som	desagradável	ou	ambíguo.	
Meus afetos por ti são (tição). Louca dela	(cadela), por 
não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor.
Eco ou Colisão
Rima na prosa. 
Depois da primeira porteira, encontrou a costureira 
descendo a ladeira da goiabeira.
Estrangeirismo
Uso	de	palavras	ou	expressões	estrangeiras.
Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche, 
front-light...
Solecismo
Erro	sintático.
1.	 De	regência:	Emprestei de você um calção. Ele obede-
ceu o pai.
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2.	 De	concordância:	Nós vai... A gente pensamos... As 
menina... 
Arcaísmo
Uso	de	palavras	ou	expressões	antigas.
Palavras adrede escolhidas	(especialmente). Brincavam 
de trocar piparotes (petelecos).
Neologismo
Palavra	recém-inventada.
– O que ele está fazendo? 
– Ah! Deve estar internetando.
Preciosismo
Preocupação exagerada com a construção do texto.
FIgURAS DE LINgUAgEM
Podem-se	subdividir	em	Figuras de Pensamento, Figuras 
de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda Tropos (Uso de 
Sentido Figurado ou Conotação).
Figuras de Pensamento 
São	as	figuras	que	atuam	no	campo	do	significado.
Antítese
Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem 
ser agressivos ou não.
Paradoxo
Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de 
feiura.
Ironia
Afirmação	do	contrário	–	O animal estava limpo, com 
os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado!
Eufemismo
Suavização	do	desagradável	–	Passou desta para a me-
lhor	(=	morreu).
Hipérbole
Exagero – Já repeti cem mil vezes.
Perífrase
Substituição	de	uma	expressão	mais	curta	por	uma	mais	
longa	e	pode	ser	estilisticamente	negativa	ou	positiva,	de-
pendendo do contexto.
 
Texto:	Apoio	sinceramente	sua	decisão.
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você 
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros 
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações.
Também	constitui	perífrase	o	uso	de	duas	ou	mais	pala-
vras	em	vez	de	uma:	
titular da presidência	(=	presidente);	a região das mil e 
uma noites (=	Arábia)
Figuras de Sintaxe 
São	as	figuras	relacionadas	à	construção	da	frase.
Elipse
Omissão	de	termo	facilmente	identificável	–	(eu)	cheguei, 
(nós)	chegamos.
Zeugma
Elipse	de	termo	já	dito.	
– Comprei dois presentes; ela, três.
– José chegou	cedo; Maria, não.
Hipérbato
Inversão	da	frase	–	Para o pátio correram todos.
Pleonasmo vicioso
Repetição	desnecessária	de	 ideia	–	Chutou com o pé, 
roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...
Pleonasmo estilístico
A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que...
Assíndeto
Ausência	de	conjunção	coordenativa	–	Chegou,olhou, 
sorriu, sentou.
Polissíndeto
Repetição	de	conjunção	coordenativa	–	Chegou, e olhou, 
e sorriu, e sentou.
gradação
Sequência	de	dados	em	crescendo	–	Balbuciou, sussur-
rou, falou, gritou...
Paralelismo Sintático
Obediência	a	um	mesmo	padrão.
Sem	paralelismo:	Quero	de	você	admiração,	honestidade	
e que me obedeça.
Ela é alta, inteligente e tem beleza.
Com	paralelismo:	Quero	de	você	admiração,	honestidade	
e obediência.	(todos,	substantivos)
Ela é alta, inteligente e bela.	(todos,	adjetivos)
Silepse
Concordância	com	a	ideia,	não	com	a	palavra.
Silepse	de	Gênero:	Vossa	Senhoria está cansado?
Silepse	de	Número:	E	o casal de garças pousaram tran-
quilamente.
Silepse	de	Pessoa:	Todos	deveis estar atentos.
Figuras de Sonoridade
São	as	figuras	relacionadas	ao	trabalho	com	os	sons	das	
palavras.
Aliteração
Repetição	de	sons	consonantais	próximos	–	“Gil engendra 
em Gil rouxinol” (Caetano	Veloso).
Assonância
Repetição	de	sons	vocálicos	próximos	–	Cunhã poranga 
na manhã louçã.
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Onomatopeia
Tentativa	de	imitação	do	som	–	coxixo, tique-taque, zum-
-zum, miau...
Paronomásia ou trocadilho
Contudo... ele está com tudo.
Tropos (Uso do Sentido Figurado ou 
Conotação)
Comparação ou Analogia
Relação	de	semelhança	explícita	sintaticamente.
Ele voltou da praia parecendo um peru assado.
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
Corria qual uma lebre assustada.
Sua voz é igual ao som de panela rachada.
Metáfora
Relação	de	 semelhança	 subentendida,	 sem	conjunção	
ou	palavra	comparativa.
Voltou da praia um peru assado.
A sua Tereza é a minha Júlia.
Correndo, ele era uma lebre assustada.
Sua voz era uma panela rachada.
Metonímia
Relação	de	extensão	de	significado,	não	de	semelhança.
Continente	x	conteúdo
Só bebi um copo.	(Bebeu	o	conteúdo	e	não	o	copo)
Origem	x	produto
Comeu um bauru.	(Bauru	é	a	origem	do	sanduíche)
Causa	x	efeito
Cigarro incomoda os vizinhos.	(A	fumaça	é	que	incomoda)
Autor x obra
Vamos curtir um Gilberto Gil?	(Curtir	a	música)
Abstrato x concreto
Estou com a cabeça em Veneza.	(O	pensamento	em	Veneza)
Símbolo	x	simbolizado
A balança impôs-se à espada.	(Justiça...	Forças	Armadas)
Instrumento	x	artista
O cavaquinho foi a grande atração.	(O	artista)
Parte x todo
Havia mais de cem cabeças no pasto.	(Cem	reses)
Catacrese
Metáfora	estratificada,	que	já	faz	parte	do	uso	comum.
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de 
bule, pé de limão...
Prosopopeia ou Personificação
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras 
sussurravam aos nossos ouvidos.
PONTO DE VISTA DO AUTOR
Todo	 e	 qualquer	 autor,	 ao	 produzir	 um	 texto,	 falado,	
cantado	ou	escrito,	 seja	para	descrever	uma	cena,	narrar	
um	fato,	ou	desenvolver	um	raciocínio,	coloca	nesse	texto,	
mesmo	que	não	o	perceba,	sua	visão	de	mundo,	sua	posição	
política,	religiosa,	artística,	econômica,	social	etc.,	além	de	
sua	preferência	por	este	ou	aquele	assunto,	este	ou	aquele	
personagem.	A	linguística	textual	levanta	com	base	nos	vo-
cábulos	escolhidos	e	na	organização	dos	enunciados,	o	que	
se denomina Ponto de Vista do Autor.
INTENCIONALIDADE
Paralelamente	ao	ponto	de	vista,	o	autor	também	mani-
festa	uma	intencionalidade,	ou	tendência	psicológica,	a	favor	
ou	contra	determinada	realidade,	personalidade	ou	atitude,	
o	que	se	pode	deduzir,	também,	das	palavras	utilizadas	e/ou	 
da	organização	das	frases.	Nos	cartazes	das	ruas	e	da	 im-
prensa,	duas	 frases	usando	as	palavras	 “impeachment”	e	
“golpe”	se	opuseram	insistentemente:	1)	Impeachment sem 
crime é golpe	e	2)	Impeachment não é golpe. Por trás de 
cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da 
frase	1	é	impedir o impeachment,	enquanto	a	frase	2	tem	
como	propósito	a	sua	aprovação.
Leia	com	atenção	o	depoimento	de	duas	testemunhas	
sobre	o	fato	que	presenciaram.
Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, 
consciente da importância de sua postura no convencimento 
dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os 
presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração 
de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão 
Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os 
dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo 
e com dificuldade foram separados pelos outros.
Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro 
voou pra cima dele com um soco armado que passou no 
vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao 
agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, 
segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, 
sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o 
subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada 
no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os 
dois e os separamos.
Exercícios
Veja	agora	como	os	pontos	de	vista	das	duas	testemunhas	são	
diferentes,	respondendo	C	ou	E	para	as	afirmações	seguintes	
e	conferindo	suas	respostas	com	as	do	gabarito.
1	 (			)		O	fato	motivador	de	ambas	as	narrativas	foi	o	mes-
mo:	uma	briga	entre	dois	indivíduos.	
2	 (			)		Ambas	as	narrativas	indicam	que	as	duas	testemu-
nhas	demonstram	bom	nível	de	escolaridade	pelo	
domínio	do	padrão	linguístico	apresentado.	
3	 (			)		No	trecho	“o	irmão	Antônio,	com	frieza,	gestos	con-
trolados,	voz	macia	e	baixa,	olhar	de	Madalena	arre-
pendida, consciente da importância de sua postura 
no	convencimento	dos	irmãos,	desfiava	um	rosário	
de	mentiras”,	a	testemunha	A	descreve	psicologica-
mente	Antônio	como	frio,	calculista	e	mentiroso.	
4 ( )		as	expressões	“o	irmão”,	“Madalena	arrependida”,	
“dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos” 
e	a	própria	repetitividade,	refletem	repertório	reli-
gioso	e	caracterizam	o	autor	do	texto	como	conviva	
do mesmo grupo dos demais personagens.
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5	 (			)		No	 segundo	 período	 a	 testemunha	 A	 indica	 que	
Antônio	agrediu	moralmente	com	“um	esboço	de	
sorriso	vitorioso”	a	Lauro,	tendo	provocado	a	briga.	
6	 (			)		A	testemunha	A	se	mostrou	imparcial.
7 ( )		Com	a	descrição	psicológica	 (item	3)	e	a	agressão	
moral	(item	5),	pode-se	perceber,	na	testemunha	A,	a	
tendência	para	construir	a	culpabilidade	de	Antônio.
8 ( )		A	testemunha	A	narra	em	3ª	pessoa,	como	obser-
vadora	dos	acontecimentos.
9	 (			)		O	tratamento	“Seu”	usado	em	“Seu	Antônio”	e	“Seu	
Lauro”	 indica	pouca	 intimidade	e	distanciamento	
respeitoso	da	testemunha	B.
10.	 (			)		A	linguagem	da	testemunha	B	não	indica	ponto	de	
vista	religioso,	mas	de	quem	entende	ou	convive	
com	ambiente	de	 luta	 (“voou	pra	cima	dele	com	
um	soco	armado	que	passou	no	vazio”,	“mais	forte	
e	mais	pesado,	atracou-se	ao	agressor,	derrubou”,	
“dominou completamente”, “montada completa”, 
“desferir	golpe”	,	“subjugado”	).
11.	 (		)		 Segundo	a	testemunha	B,	“Seu	Lauro”	agrediu	duas	
vezes	“Seu	Antônio”:	uma	fisicamente	(“voou	pra	
cima	dele	com	um	soco	armado”)	e	outra	física	e	
moralmente	(“uma	cusparada	no	rosto”).
12.	 (		)		 A	testemunha	B	mostrou-se	imparcial.
13.	 (		)		 Pode-se	perceber	na	testemunha	B	a	intencionali-
dade de culpar “seu Lauro”.
14. ( )		 A	testemunha	B,	como	narrador	de	1ª	pessoa	(Eu 
e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois 
e os separamos),	coloca-se	na	cena	como	um	dos	
personagens,	ou	seja,	como	narrador	participante.
Gabarito
1. V
2. V
3. V
4. V
5. V
6.	F
7. V
8. V
9. V
10. V
11. V
12.	F
13. V
14. V
Conclusão:
Pela	leitura	dos	dois	textos,	percebem-se	pontos	de	vis-
ta	diferentes	dos	dois	autores,	no	caso	os	dois	narradores.
Pontode	 vista	do	narrador	A:	 usa	 a	 3ª	pessoa,	 fala	
como	observador,	visão	de	fora;	demonstra	bom	domínio	
linguístico;	posta-se	como	integrante	de	uma	irmandade;	
considera	agressor	e	provocador	o	“irmão	Antônio””.
Ponto	de	vista	do	narrador	B:	usa	a	1ª	pessoa,	fala	como	
um	dos	personagens;	demonstra	bom	domínio	linguístico;	
posta-se	como	entendedor	de	luta;	mostra	distanciamento	
e	pouca	intimidade	com	os	envolvidos	na	briga;	considera	
agressor	e	provocador	o	“Seu	Lauro”.
Exercícios
Uma	das	formas	de	se	cobrar	paráfrase	e	conhecimentos	
de	redação	nas	provas	são	exercícios	de	reescrita	de	textos	ou	
trechos,	que	adaptamos	de	prova	para	Auditor-Fiscal	da	Re-
ceita	Federal	do	Brasil	–	AFRFB,	com	base	no	seguinte	texto:
A	demanda	doméstica	depende	de	vários	fatores,	e	da	
perspectiva	do	seu	aumento	depende	a	produção	industrial.	
É	normal,	então,	dar	atenção	especial	ao	nível	do	emprego	e	
à	evolução	da	massa	salarial	real,	sem	deixar	de	acompanhar	
as	receitas	e	despesas	do	governo	federal.	Enquanto	a	ligeira	
retomada	da	economia	norte-americana	é	acompanhada	por	
aumento	do	desemprego,	no	Brasil	o	quadro	é	diferente.	Os	
dados	de	julho,	nas	seis	principais	regiões	do	País,	mostram	
redução	do	desemprego	de	8,1%	para	8%,	o	que	significa	
a	geração	de	185	mil	postos	de	trabalho.	Essa	taxa	de	de-
semprego,	em	julho,	é	a	menor	da	série	desde	2002.	Para-
lelamente,	houve	melhora	na	qualidade	do	emprego,	e	142	
mil	postos	foram	criados	com	carteira	de	trabalho	assinada.	
(O	Estado	de	S.	Paulo,	Editorial,	21/8/2009)
Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto 
não	mantém	as	informações	originais.
1.	 A	demanda	doméstica	depende	de	vários	fatores,	e	a	
produção	industrial	depende	da	perspectiva	do	aumen-
to dessa demanda.
2.	 Essa	taxa	de	desemprego	é	a	menor	em	julho	de	2002.	
Paralelamente,	em	142	mil	postos,	a	carteira	de	trabalho	
assinada	melhorou	a	qualidade	do	emprego	já	existente.	
3.	 O	 aumento	 do	 desemprego	 acompanha	 a	 ligeira	 re-
tomada	da	economia	norte-americana,	enquanto	no	
Brasil	o	quadro	é	diferente.
4.	 Nas	seis	principais	regiões	do	País,	os	dados	de	julho	
mostram	a	geração	de	185	mil	postos	de	trabalho,	o	
que	significa	redução	do	desemprego	de	8,1%	para	8%.	
5.	 É	normal,	então,	dar	atenção	especial	tanto	ao	nível	do	
emprego	e	à	evolução	da	massa	salarial	real	quanto	às	
receitas	e	despesas	do	governo	federal.	
Texto	1	 (extraído	de	Natália	Petrin	 in	www.estudopratico.
com.br/satira-literatura-ant)
Assinale	C	ou	E:
6.	 (			)	 O	texto	mistura	linguagem	escrita	e		icônica	(letra	
e	imagem	visual).
7.	 (			)	 Trata-se	de	um	banner	divulgado	por	meio	eletrônico.	
8.	 (			)	 Pode-se	ver	ironia e sátira na mensagem. 
Texto	2	(Propaganda	da	BomBril,	baseada	na	Monalisa	de	
Leonardo	Da	Vinci)
 
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Assinale	C	ou	E:
9.	 (			)	 A	propaganda	é	só	o	quadro	maior,	pois	o	menor,	
com	finalidade	didática,	mostra	como	é	a	Mona	Lisa,	
de Miguel Ângelo. 
10.	 (			)	 Trata-se	de	propaganda	bimidiática,	pois	usa	duas	
linguagens,	ou	dois	meios	de	comunicação:	um	ver-
bal	e	um	não	verbal.		
11.	 (			)	 A	sugestão	base	dessa	mensagem	propagandística	
é a comparação. 
Texto	3	(Trabalho	de	Ziraldo,	colhido	na	internet)
Assinale	C	ou	E:
12.	 (			)	 Podem-se	atribuir	ao	trabalho	do	Ziraldo	caracte-
rísticas	de	charge.		
13.	 (			)	 Trata-se	de	texto	bimidiático,	pois	usa	duas	lingua-
gens,	ou	dois	meios	de	comunicação:	um	verbal	e	
um	não	verbal.		
14.	 (			)	 O	recurso	comunicativo	em	que	se	baseia	o	texto	é	
o diálogo. 
Preencha	os	parênteses	das	afirmações	a	seguir,	relacionan-
do-as	aos	três	últimos	textos.	(Dilma, Monalisa e Ziraldo)
15.	 Assim	como	Manuel	Bandeira,	quando	disse	”O	sapo-
-tanoeiro,/Parnasiano	aguado,/	Diz:	-	‘meu	cancioneiro/É	
bem	martelado...’,	satirizou	os	poetas	tradicionais,	nota-
-se	um	exemplo	de	sátira	no	texto	número	(			).	
16.	 Muito	frequente	na	imprensa,	a	charge	constitui	um	tipo	
de ilustração em traços de caricatura, geralmente para 
criticar	ou	satirizar	personagens	ou	fatos	do	cotidiano.	
Pode-se	ver	exemplo	de	charge	no	texto	número	(			).	
17.	 Paródia,	tipo	de	criação	muito	frequente	não	só	na	lite-
ratura,	mas	também	na	internet	e	na	televisão,	vem	a	
ser	uma	releitura	irônica,	debochada,	cômica	de	outro	
texto.	Pode-se	apontar	exemplo	de	paródia	no	texto	
número	(			)
Gabarito
1.	 Errado,	porque	mantém	as	informações	do	1º	período	
do texto.
2.	 Certo,	porque	contraria	o	que	diz	o	último	período	do	
texto.
3.	 Errado,	porque	mantém	as	informações	do	3º	período	
do texto.
4.	 Errado,	porque	mantém	as	informações	do	4º	período	
do texto.
5.	 Errado,	porque	mantém	as	informações	do	4º	período	
do texto.
6. C
7. C
8. C
9. C
10. C
11. C
12. C
13. C
14. C
15.	(1)
16.	(3)
17.	(2)
Questões de Prova
As	questões	1	e	2	tomam	por	base	o	seguinte	texto.
	 Quando	o	imperador	do	Brasil,	D.	Pedro	II,	resolveu	criar	
o	primeiro	banco	do	país,	a	Caixa	Econômica	Federal,	seu	
principal	objetivo	era	consagrar	a	caderneta	de	poupan-
ça	como	a	maior	aplicação	financeira	nacional,	facilitar	
o	crédito	da	população	das	classes	menos	favorecidas,	
valorizar	o	penhor	e	o	financiamento	imobiliário.	Naquela	
época,	a	poupança	era	a	única	forma	de	economizar	di-
nheiro	sem	ser	debaixo	do	colchão.	A	aplicação	era	muito	
usada	por	escravos	–	principal	mão	de	obra	no	início	das	
atividades	da	família	real	no	Brasil	–	que	queriam	econo-
mizar	para	comprar	a	sua	carta	de	alforria.	Atualmente	o	
maior	motivo	que	leva	o	brasileiro	a	poupar	também	está	
relacionado	à	liberdade.	Não	de	uma	prisão	ou	de	um	
trabalho	desumano,	ao	qual	os	escravos	eram	submeti-
dos, mas do aluguel. A maioria dos clientes que deixa o 
dinheiro	na	poupança	sonha	em	adquirir	a	casa	própria.	
Por	isso,	atualmente	a	Caixa	é	a	maior	fomentadora	do	
crédito	para	habitação.
(Adaptado de Poupança de D. Pedro II faz 50 anos. In: 
A História do Pensamento Econômico, ed. Minuano, p.4-5)
1.	 (Esaf/Assistente	Técnico-Administrativo)	Depreende-se	
das	relações	de	sentido	do	texto	que
a)	 o	primeiro	banco	do	país	 foi	criado	para	comprar	
cartas	de	alforria	para	os	escravos.
b)	 a	criação	da	Caixa	Econômica	trouxe	aos	brasileiros	
uma	nova	forma	de	economizar	dinheiro.
c)	 a	criação	da	caderneta	de	poupança	tinha	como	ob-
jetivo	inicial	transformar	escravos	em	poupadores.
d)	o	hábito	da	poupança	 revela	que	a	aquisição	da	
casa	 própria	 tem	o	poder	 de	 superar	 o	 trabalho	
desumano.
e)	 o	trabalhador	que	se	submete	ao	aluguel	encontra-	
se,	 na	 sociedade	 atual,	 encarcerado	 em	 trabalho	
desumano.
2.	 (Esaf/Assistente	Técnico-Administrativo)	Nas	relações	
de	coesão	do	texto,	usa-se	o	termo
a)	 “seu”(l.2)	para	referir-se	ao	objetivo	da	“caderneta	
de poupança”(l.3	e	4).
b)	 “A	aplicação”(l.8)	para	referir-se	a	“financiamento	
imobiliário”(l.6).
c)	 “que”(l.10)	para	referir-se	a	“atividades”(l.10).
d)	 “maior	motivo”(l.12)	 para	 referir-se	 ao	 “principal	
objetivo”(l.3).
e)	 “qual”(l.14)	para	referir-se	a	“trabalho	desumano”	
(l.14).
3.	 (Esaf/Assistente	Técnico-Administrativo)	Os	trechos	a	se-
guir	constituem	um	texto	adaptado	do	Editorial	do	Cor-
reio Braziliense, de 14/8/2012, mas estão desordenados. 
Ordene-os	nos	parênteses	e	indique	a	ordem	correta	para	
que	componham	um	texto	coerente.
(		)		A	deterioração	do	quadro	—	crescente	e	generaliza-
da	—	não	permite	ver	luz	no	fim	do	túnel	e	carrega	
consigo	o	Estado	de	bem-estar	social,	arduamente	
construído	no	pós-guerra.
(		)		De	outro,	o	Brasil,	que,	com	os	fundamentos	eco-
nômicos	sólidos,	conseguiu	conviver	com	o	cenário	
adverso	sem	grandes	solavancos,	mas	sabe	que	tem	
uma espada de Dâmocles sobre a cabeça.
(		)		Estados	 Unidos	 e	 União	 Europeia	 há	 cinco	 anos	
veem	despencar	o	PIB,	a	produção	e	os	empregos.
(		)		Em	poucas	ocasiõesda	história	recente,	o	nosso	país	
enfrentou	momentos	tão	cruciais	quanto	agora.
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(		)		As	teorias	conhecidas	mostram-se	impotentes	para	
dar	resposta	eficaz	ao	problema.
(		)		De	um	lado,	uma	crise	financeira	que	afeta	os	mer-
cados mais ricos do planeta.
a)	 2	-	5	-	3	-	6	-	4	-	1
b)	 3	-	4	-	1	-	5	-	2	-	6
c)	 6	-	3	-	4	-	1	-	5	-	2
d)	 1	-	6	-	2	-	5	-	4	-	3
e)	 4	-	1	-	5	-	2	-	6	-	3
4.	 (Esaf/Assistente	Técnico-Administrativo)	Assinale	a	op-
ção	que	constitui	continuação	coesa	e	coerente	para	o	
texto a seguir.
	 Como	previsto,	a	atividade	econômica	do	Brasil	iniciou	
uma	fase	de	retomada	na	passagem	do	primeiro	para	
o	segundo	semestre.	Nada	ainda	indica,	contudo,	que	
o	ritmo	dessa	recuperação	redunde	em	alta	do	PIB.	Em	
junho,	as	vendas	do	comércio	ficaram	6,1%	acima	de	
maio.	O	saldo	de	contratações	com	carteira	assinada	
em	julho	ficou	1,4%	acima	do	verificado	em	julho	de	
2011	—	depois	de	ter	caído	44%	em	maio,	na	mesma	
base de comparação.
	 O	índice	de	atividade	econômica	do	Banco	Central	(um	
precursor	do	PIB)	cresceu	0,75%	sobre	maio,	a	melhor	
marca	do	ano.	Mantida	a	marcha	por	12	meses,	o	que	
é	improvável,	a	produção	subiria	9%.
(Adaptado de Folha de S. Paulo, 20/8/2012)
a)	 Alguns	 vetores	 confluem	 para	 essa	 retomada.	 A	
queda	dos	juros	e	da	inflação	prepondera	entre	os	
fatores	gerais,	macroeconômicos.	É	plausível	que	a	
desvalorização	do	real	também	venha	ajudando	a	
indústria nacional.
b)	 A	oferta	de	bens	pela	indústria	local	descasou-se	a	
tal ponto do poder de consumo da população que 
a entrada de produtos importados, para suprir o 
aumento da demanda, se tornou um contrapeso 
importante	a	segurar	o	PIB.
c)	 Além	disso,	a	alta	do	emprego	e	dos	salários	sus-
tentada	pela	bonança	anterior	elevou	o	custo	das	
empresas	acima	do	que	as	vendas	poderiam	com-
pensar.	O	resultado	foi	um	estrangulamento	geral	
de	margens	de	 lucro,	que	sufocou	o	 investimento	
privado.
d)	 Daí	essa	dificuldade	de	novos	estímulos	ao	consu-
mo,	via	crédito,	impulsionarem	a	atividade	como	um	
todo. A única saída dessa sinuca, rumo a taxas mais 
elevadas	de	crescimento,	é	aumentar	a	produtivi-
dade	da	economia.	Com	a	mesma	quantidade	de	
trabalho	aplicada,	o	Brasil	precisa	produzir	mais.
e)	 A	 primeira	 é	 uma	 redução	 substancial	 nas	 tarifas	
de	energia	elétrica,	aproveitando	o	vencimento	das	
concessões	de	boa	parcela	do	parque	de	geração	
nacional.	A	segunda	é	reduzir	a	carga	tributária,	de	
maneira	escalonada	e	prudente,	mas	começando	já.
5.	 (Esaf/Assistente	Técnico-Administrativo)	Assinale	a	op-
ção	em	que	o	conjunto	das	informações	a	seguir	não 
está	redigido	em	um	período	sintático	claro,	objetivo	
e	gramaticalmente	correto.
	 Fatores	de	respaldo	para	o	otimismo	do	governo:
1)		Aumento	das	vendas	no	varejo	em	junho.
2)		Dados	mais	favoráveis	do	emprego	formal	em	julho.
3)		Anúncio	de	que	o	Índice	de	Atividade	do	Banco	Cen-
tral subiu no mês retrasado.
(Adaptado do Correio Braziliense, 18 de agosto de 2012)
a)	 Há	respaldo	para	o	otimismo	do	governo	por	causa	
do	aumento	das	vendas	no	varejo	em	 junho;	dos	
dados	mais	favoráveis	do	emprego	formal	em	julho;	
e	do	anúncio	de	que	o	Índice	de	Atividade	do	Banco	
Central subiu no mês retrasado.
b)	O	aumento	das	vendas	no	varejo	em	junho,	os	da-
dos	mais	favoráveis	do	emprego	formal	em	julho	e	
o	anúncio	de	que	o	 Índice	de	Atividade	do	Banco	
Central	subiu	no	mês	retrasado	dão	respaldo	ao	oti-
mismo	do	governo.
c)	 Para	o	otimismo	do	governo	fatores	como,	em	ju-
nho,	aumento	das	vendas	no	varejo,	em	julho,	dados	
mais	favoráveis	do	emprego	formal,	no	mês	retrasa-
do	anúncio	de	que	o	Índice	de	Atividade	do	Banco	
Central subiu.
d)	 Respaldando	o	otimismo	do	governo	estão	o	aumen-
to	das	vendas	no	varejo	em	junho,	os	dados	mais	
favoráveis	do	emprego	formal	em	julho	e	o	anúncio	
de	que	o	Índice	de	Atividade	do	Banco	Central	subiu	
no mês retrasado.
e)	 Porque	houve	aumento	das	vendas	no	varejo	em	
junho	e	dados	mais	favoráveis	do	emprego	formal	
em	julho,	além	do	anúncio	de	que	o	Índice	de	Ativi-
dade	do	Banco	Central	subiu	no	mês	retrasado,	há	
respaldo	para	o	otimismo	do	governo.
6. (Esaf/Assistente	Técnico-Administrativo)	Assinale a opção 
correta	em	relação	às	estruturas	linguísticas	do	texto.
	 O	Governo	decidiu	elevar	o	 limite	de	endividamento	
da maioria dos estados, numa estratégia correta e 
oportuna	para	reforçar	a	capacidade	do	setor	público	
de	realizar	investimentos	em	obras	de	infraestrutura.	
Na	primeira	batelada	de	autorizações,	17	unidades	da	
Federação	 ganharam	 novas	 margens	 para	 contratar	
operações	de	crédito	com	o	Banco	Nacional	de	Desen-
volvimento	Econômico	e	Social	(BNDES),	que	poderão	
somar	R$	42,2	bilhões.	São	Paulo	foi	o	maior	benefi-
ciado,	com	quase	R$	12	bilhões,	seguido	da	Bahia,	com	
R$	5,6	bilhões,	e	do	Espírito	Santo,	com	4,6	bilhões.	
O	Distrito	Federal	e	Minas	Gerais	serão	atendidos	na	
próxima	chamada,	tão	 logo	seja	definido	o	valor	das	
dívidas	que	poderão	contratar.
	 O	limite	de	endividamento	de	cada	estado	guarda	uma	
proporção com sua capacidade de arrecadação. Atual-
mente,	a	dívida	consolidada	 líquida	de	cada	um	não	
pode	exceder	a	2%.	Esse	teto	vem	sendo	rigorosamente	
observado	desde	o	grande	ajuste	fiscal	realizado	no	país	
logo	depois	da	entrada	em	vigor	do	Plano	Real.
(Adaptado de Correio Braziliense, 20/8/2012)
a)	 O	emprego	de	“para”(l.3)	estabelece	uma	relação	
sintática	de	conclusão.
b)	 O	termo	“batelada”(l.5)	confere	formalidade	ao	texto.
c)	 Prejudica-se	a	correção	gramatical	do	período	ao	se	
substituir	“seja	definido”(l.13)	por	se defina.
d)	 A	palavra	“guarda”(l.15)	está	sendo	empregada	com	
o	sentido	de	mantém, encerra, apresenta.
e)	 O	elemento	coesivo	“Esse	teto”(l.18)	retoma	o	an-
tecedente	“dívida	consolidada líquida”(l.17).
Gabarito
1. b
2. e
3. c
4. a
5. c
6. d
5
10
15
20
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18
 L
íN
g
U
A 
PO
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U
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U
ES
A 
 
 
Márcio Wesley
ORTOgRAFIA OFICIAL 
O Alfabeto
Com	a	nova	ortografia,	o	alfabeto	passa	a	ter	26	letras.	
Foram	reintroduzidas	as	letras	k, w e y.
A	B	C	D	E	F	G	H	I	J	K L	M	N	O	P	Q	R	S	T	U	V	W X Y Z
As letras k, w e y,	que	na	verdade	não	tinham	desapare-
cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas 
em	várias	situações.	Por	exemplo:
a)	na	escrita	de	símbolos	de	unidades	de	medida:	km	
(quilômetro),	kg	(quilograma),	w	(watt);
b)	na	escrita	de	palavras	e	nomes	estrangeiros	(e	seus	
derivados):	show, playboy, playground, windsurf, kung fu, 
yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Emprego das Letras
•	 Ortho	=	Correta	
	 Graphia	=	Escrita
•	 No	Português	atual,	segue-se	o	sistema	ortográfico	
aprovado	em	12	de	agosto	de	1943	pela	Academia	
Brasileira	de	Letras.	Esse	sistema	sofreu	algumas	al-
terações	em	18	de	dezembro	de	1971.
•	 A	Nova	Ortografia	está	em	fase	de	 implantação	no	
Brasil	 desde	2009.	A	data	 limite	para	a	 transição	é	
31/12/2015.	Portanto,	em	2016,	vigora	a	nova	grafia	
como	forma	obrigatória.
Emprego do “S”
•	 O	“s”	intervocálico	tem	sempre	o	som	de	“z”:
 casa, mesa, acesa etc.
•	 O	“s”	em	início	de	palavras	tem	sempre	o	som	de	“ss”:
 sílaba, sabonete, seno etc.
Usa-se o “S”
•	 Depois	de	ditongos:
 Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão, 
mausoléu etc.
•	 Adjetivos	terminados	pelos	sufixos	“oso”,	“osa”	(indi-
cadores	de	abundância):
 cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc.
•	 Palavras	com	os	sufixos	“es”,	“esa”	e	“isa”	(indicadores	
de	títulos	de	nobreza,	de	origem,	gentílicos	ou	pátrios,	
cargo	ou	profissão):
 duquesa, chinês, poetisa etc.
•	 Nas	palavras	em	que	haja	“trans”:
 transigir, transação, transeunte

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