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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 1 
 
OS: 002/7/23-Gil 
CONCURSO: 
 
ÍNDICE: 
1 – Interpretação de Textos.....................................................................................................................01 
2 – Tipologia Textual................................................................................................................................02 
3 – GênerosTextuais.................................................................................................................................10 
4 – Semântica/Estilística: Figuras de Linguagem......................................................................................17 
5 – Variação Linguística: Norma-padrão..................................................................................................26 
6 – Mecanismos de Coesão Textual: Domínio dos Elementos de Coesão................................................31 
7 – Morfologia: Processo de Formação das Palavras...............................................................................39 
8 – Período Composto por Subordinação: Oração Subordinadas Adjetivas............................................79 
9 – Colocação Pronominal........................................................................................................................81 
10 – Verbos: Mecanismo de Flexão dos Verbos.......................................................................................91 
11 – Locuções Verbais (Perífrases Verbais) .............................................................................................98 
12 – Concordância Verbal e Nominal.....................................................................................................119 
13 – Processos de Coordenação e de Subordinação..............................................................................130 
14 – Regência Verbal e Nominal – Crase................................................................................................140 
15 – Sintaxe: Frase, Oração e Período; Termos da Oração; Estudo do Período Simples........................160 
16 – Emprego dos Sinais de Pontuação..................................................................................................175 
17 – Acentuação Gráfica........................................................................................................................185 
18 – Ortografia.......................................................................................................................................192 
 
 
1 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
Em média 40% das questões elaboradas pelas bancas examinadoras versam sobre leitura, compreensão e interpretação. 
Em alguns concursos, o candidato é desafiado a enfrentar 2 ou mais textos de características bastante diferentes e o número 
de perguntas que exigem uma perfeita compreensão ou interpretação do que foi lido cresce ainda mais (e ainda há várias 
outras disciplinas para responder!). 
INTERPRETAR 
------------------------------------------------------------------------- 
explicar, comentar, julgar, 
tirar conclusões, deduzir. 
 
-TIPOS DE ENUNCIADOS 
 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
COMPREENDER 
------------------------------------------------------------------------- 
intelecção, entendimento, 
atenção ao que realmente está escrito. 
 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
✓ O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. 
✓ Faça leitura atenciosa de cada período, busque identificação da palavra-chave. 
A partir daí, localizam-se as 
✓ Ideias secundárias, 
✓ Fundamentações, 
✓ Argumentações, 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 2 
 
OS: 002/7/23-Gil 
✓ Explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
A organizadora de sua prova pode solicitar que se observe a possível construção de 
PARÁFRASE – é reescrever o texto com outras palavras, porém deve ser mantido o sentido original. 
 
INTERPRETAR 
------------------------------------------------------ 
explicar, comentar, julgar, 
tirar conclusões, deduzir. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do 
autor ao afirmar que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
 
COMPREENDER 
------------------------------------------------------ 
intelecção, entendimento, 
atenção ao que realmente está escrito. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a 
afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer 
pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que 
pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, 
consequentemente, errando a questão. 
 
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a óptica do escritor e a óptica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de 
concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 
 
2 – ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO: 
TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO, NARRATIVO, DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO) 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
1. Narrativo 
• Caracteriza-se pela enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo e no espaço. 
Exemplo 
 (...) 
Chegou à porta, olhou as folhas amarelas das catingueiras. Suspirou. Deus nos havia de permitir outra desgraça. Agitou a 
cabeça e procurou ocupações para entreter-se. Tomou a cuia grande, encaminhou-se ao barreiro, encheu de água o caco das 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa 
 
 
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OS: 002/7/23-Gil 
galinhas, endireitou o poleiro. Em seguida foi ao quintalzinho regar os craveiros e as panelas de losna. E botou os filhos para 
dentro da casa, que tinham barro até nas meninas dos olhos. Repreendeu-os: 
— Safadinhos! Porcos! Sujos como... 
— Deteve-se. Ia dizer que eles estavam sujas como papagaios. 
Os pequenos fugiram, foram enrolar-se na esteira da sala, por baixo do caritó, e sinhá Vitória voltou para junto da trempe, 
reacendeu o cachimbo. A panela chiava; um vento morno e empoeirado sacudiu as teias de aranha e as cortinas de pucumã 
do teto; Baleia, sob o jirau, coçava-se com os dentes e pegava moscas. (...) 
 (Adaptado de Graciliano Ramos. Vidas Secas.) 
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo 
certos personagens. 
Há uma relação de anterioridade e posterioridade. 
 
O tempo verbal predominante é o passado. 
 
Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. 
É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance,novela, depoimento, piada, relato. 
 
ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO 
- Apresentação; 
- Complicação ou desenvolvimento; 
- Clímax; 
- Desfecho. 
 
PROTAGONISTAS E ANTAGONISTAS 
Existe um 
• protagonista (personagem principal) 
• antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). 
 
Há também os coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história. 
 
OS ELEMENTOS DA NARRATIVA 
• Foco narrativo 
1ª pessoa: narrador- personagem 
3ª pessoa: narrador-observador 
• Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante) 
• Narrador (narrador-personagem, narrador-observador) 
• Tempo (cronológico e psicológico) 
• Espaço. 
 
TIPOS DE DISCURSO 
DISCURSO DIRETO: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que 
acontece em lugar de simplesmente contar. 
 
 
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Características 
• Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo "dizer", chamados de "verbos de 
elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, entre outros. 
• Utilização dos sinais gráficos - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas. 
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada. 
Exemplos 
1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza e honestidade." 
2. O réu afirmou: "Sou inocente!" 
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar: 
— Alô, quem fala? 
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia. 
 
DISCURSO INDIRETO: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas 
conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. Pode ser 
também: depoimento, piada, relato. 
Características 
• O discurso é narrado em terceira pessoa. 
• Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, 
exclamar, contudo não há utilização do travessão, uma vez que geralmente as orações são subordinadas, ou seja, 
dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo + que). 
Exemplos 
1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e honestidade. 
2. O réu afirmou que era inocente. 
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro lado, alguém 
respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar. 
 
Transposição do Discurso Direto para o Indireto 
Nos exemplos a seguir verificaremos as alterações feitas a fim de moldar o discurso de acordo com a intenção pretendida. 
1. Direto: Preciso sair por alguns instantes. (enunciado na 1.ª pessoa) 
Indireto: Disse que precisava sair por alguns instantes. (enunciado na 3.ª pessoa) 
2. Direto: Sou a pessoa com quem falou há pouco. (enunciado no presente) 
Indireto: Disse que era a pessoa com quem tinha falado há pouco. (enunciado no imperfeito) 
3. Direto: Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito perfeito) 
Indireto: Disse que não tinha lido o jornal. (enunciado no pretérito mais que perfeito) 
4. Direto: O que fará relativamente aquele assunto? (enunciado no futuro do presente) 
Indireto: Perguntou-me o que faria relativamente aquele assunto. (enunciado no futuro de pretérito) 
5. Direto: Não me ligues mais! (enunciado no modo imperativo) 
Indireto: Pediu que não lhe ligasse mais. (enunciado no modo subjuntivo) 
6. Direto: Isto não é nada agradável. (pronome demonstrativo em 1.ª pessoa) 
Indireto: Disse que aquilo não era nada agradável. (pronome demonstrativo em 3.ª pessoa) 
7. Direto: Vivemos muito bem aqui. (advérbio de lugar aqui) 
Indireto: Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de lugar lá) 
 
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DISCURSO INDIRETO LIVRE: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos 
personagens. É uma forma de narrar econômica 
e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo. 
Características 
• Liberdade sintática. 
• Aderência do narrador ao personagem. 
Ex: 
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... 
Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de 
casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!... 
Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro 
 
Descritivo 
• Revela-se pela enumeração de características de um ser, de um objeto, de um ambiente, de uma cena. 
 (...) 
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia 
alargando-se até a calva, vasta e polida, um pouco alongada no alto; tingia os cabelos que duma orelha a outra faziam colar 
por trás da nuca — e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode. Tinha-o 
grisalho, farto e caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e 
as orelhas grandes muito despegadas do crânio. 
Fora outrora diretor geral do ministério do reino, e sempre que dizia — El Rei! Erguia-se um pouco na cadeira. Os 
seus gestos eram medidos, mesmo a tomar rapé. Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e 
empregava restituir. 
(...) 
 (Adaptado de Eça de Queirós. O Primo Basílio). 
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais 
utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. 
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. 
Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. 
É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega. 
É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. 
Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado. 
 
Características 
• Retrato verbal 
• Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases 
• Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas 
• Utilização da enumeração e comparação 
• Presença de verbos de ligação 
• Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado) 
 
Tipos de Descrição 
Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em: 
Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do 
texto. Exemplos são nos textos literários repletos de impressões dos autores. 
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OS: 002/7/23-Gil 
Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as características concretas e físicas de 
algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos 
falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias. 
Exemplos 
Descrição Subjetiva 
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos 
botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro,enrolava-se, 
torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo 
encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam 
cintilações escarlates.” 
 (O Primo Basílio, Eça de Queiroz) 
 
Descrição Objetiva 
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos; nariz 
fino e rosto ligeiramente alongado." 
 
Dissertativo expositivo 
• Estrutura-se na enunciação de fatos e dados sem defender uma opinião específica. Apenas expõe ideias sobre um 
determinado assunto. Privilegia a informação. 
O TELEFONE CELULAR 
A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca 
Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e 
Dalila (1949). 
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de 
armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia. 
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha 
haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam 
se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940. 
 Dissertação-Expositiva 
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. 
Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. 
O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. 
Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais. 
 
Características do texto dissertativo-expositivo 
Com o intuito de informar e esclarecer, o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por: 
• utilizar uma linguagem clara e objetiva; 
• ser de fácil compreensão por diversas pessoas; 
• apresentar muita informação sobre um determinado assunto; 
• especificar conceitos e definições; 
• realizar descrições de características; 
• recorrer a enumerações, comparações e contrastes para clarificar os conceitos. 
• mostrar exemplos dos assuntos abordados. 
 
 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 7 
 
OS: 002/7/23-Gil 
Dissertativo argumentativo 
• Estrutura-se no encadeamento das ideias com a finalidade de defender um determinado ponto de vista. 
É possível afirmar que o celular é o dispositivo mais usado no mundo, ele deixa de ser uma agenda telefônica e passa 
a ter várias utilidades (notícias, pesquisas, filmes e séries, redes sociais), podemos perceber que atualmente a utilização do 
aparelho tornou-se um vício para os indivíduos. O uso de celular durante a aula é um utensílio de desatenção ou de auxílio? 
Por meio do uso do celular é possível esclarecer dúvidas realizando pesquisas, que anteriormente eram feitas em 
bibliotecas, assistir a "vídeo-aulas" e debater sobre determinado assunto por meio de grupos em redes sociais, a exemplo de 
Facebook, Whatsapp, Twitter. 
Podem-se destacar também pontos negativos. Segundo a pesquisa do "Hypescience" (hiperciência), o uso excessivo 
do celular pode prejudicar a memória, assim afetando também a saúde. Além disso, faz que o aluno tenha desconcentração, 
pois, com o uso do "smarthphone", fica ainda mais difícil de obter a atenção do aluno, assim não tendo absorção completa 
do assunto. 
Portanto, faz-se necessário os filhos terem educação por parte dos pais ou responsáveis para que haja a utilização 
do dispositivo apenas quando necessário e de forma adequada, deve-se impor regras para o uso moderado, assim 
beneficiando o professor e o aluno, o que permite a aula fluir melhor. 
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. 
O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. 
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. 
Geralmente utiliza linguagem denotativa. 
É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e 
revistas. 
 
Características do texto dissertativo-expositivo 
Os diversos argumentos deverão ser sustentados com exemplos e provas que os validem, tornando-os indiscutíveis, como: 
• fatos comprovados; 
• conhecimentos consensuais; 
• dados estatísticos; 
• pesquisas e estudos; 
• citações de autores renomados; 
• depoimentos de personalidades renomadas; 
• alusões históricas; 
• fatores sociais, culturais e econômicos. 
 
Estas estratégias argumentativas validam os argumentos, dotando-os de autoridade, consenso, lógica, competência e 
veridicidade. Assim, os leitores não só refletem sobre estes dados, como ficam obrigados a concordar com os argumentos, 
sem hipótese de os rebater. 
Além disso, diversos recursos de linguagem podem ser usados para captar a atenção do leitor e convencê-lo da correção da 
tese, como a utilização de uma linguagem formal, de perguntas retóricas, de repetições, de ironia, de exclamações. 
 
 
 
 
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OS: 002/7/23-Gil 
 
Injuntivo 
• Revela-se pela finalidade de instruir e de ordenar(caráter prescritivo) atividades para o leitor realizar uma determinada 
ação. 
Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo. 
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com 
regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de 
natal, aniversário). 
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem. 
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição. 
Exemplo: 
BOLO DE CENOURA 
Ingredientes 
Massa 
3 unidades de cenoura picadas 
3 unidades de ovo 
1 xícaras (chá) de óleo de soja 
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3 xícaras (chá) de farinha de trigo 
2 xícaras (chá) de açúcar 
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó 
Cobertura 
1/2 xícara (chá) de leite 
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó 
4 colheres (sopa) de açúcar 
1 colher (sopa) de Margarina 
 
Como fazer 
Massa 
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha. 
Leve para assar em uma forma untada. 
Depois de assado cubra com a cobertura. 
 
Cobertura 
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar. 
5. PREDIÇÃO 
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. 
É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. 
 
6. DIALOGAL / CONVERSACIONAL 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat. 
BREVE RESUMO PARA FIXAÇÃO 
Narração: Personagens, Enredo, Espaço... 
Descrição: Caracterização, Enumeração, Comparação, Retrato Verbal... 
Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater... 
Injunção:Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...) 
 
3 – ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO: 
GÊNERO DO TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO) 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS LITERÁRIOS 
GÊNERO CRÔNICA: a crônica é um gênero narrativo. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal e 
trata de acontecimentos cotidianos. A crônica artística se diferencia do jornal por não buscar exatidão da informação. 
Diferente da notícia, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação 
comum, vista por outro ângulo, singular. 
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor faz 
que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo 
contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Jornalismo e literatura: É assim 
que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade 
cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua 
durabilidade no tempo. 
TIPOLOGIA: Narrativo 
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 11 
 
OS: 002/7/23-Gil 
Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis: 
O nascimento da crônica 
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, 
agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos 
fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um 
suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...) 
 (Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora Ática, 1994) 
 
GÊNERO FÁBULA: é uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e 
agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. TIPOLOGIA: Narrativo 
O Leão e o Rato 
– Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um 
ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho 
certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco 
tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia 
mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de 
que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que 
mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão. 
(Baseada na obra de ESOPO). 
Moral da História 
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais. 
 
GÊNERO APÓLOGO: texto protagonizado por coisas inanimadas (plantas, pedras, rios, relógios, montanhas, estátuas) que 
adquirem certos dotes humanos. 
● Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas, 
objetos ou animais, seres animados ou inanimados; 
● Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando­os a agir de 
maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem 
moral e social 
● Diferencia­se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo 
de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir. 
 
TIPOLOGIA: Narrativo 
EXEMPLO DE APÓLOGO 
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: 
­ Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? 
­ Deixe­me, senhora. 
­ Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei 
sempre que me der na cabeça. 
­ Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. 
Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe­se com a sua vida e deixe a dos outros. 
­ Mas você é orgulhosa. 
­ Decerto que sou. 
­ Mas por quê? 
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­ É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? 
­ Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? 
­ Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados… 
­ Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu 
faço e mando… 
­ Também os batedores vão adiante do imperador. 
­ Você é imperador? 
­ Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai 
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto… 
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma 
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, 
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era 
a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a 
agulha: 
­ Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa 
comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima. 
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como 
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou­se também, 
e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic­plic-plic­plic da agulha no pano. Caindo o 
sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e 
ficou esperando o baile. 
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu­se. A costureira, que a ajudou a vestir­se, levava a agulha espetada no 
corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, 
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou­lhe: 
­ Ora agora, diga­me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é 
que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das 
mucamas? Vamos, diga lá. 
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre 
agulha: 
­ Anda, aprende, tola. Cansas­te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha 
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
 
HISTÓRIA EM QUADRINHOS: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros por meio de 
diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Sua estrutura é composta por ilustrações, 
balões: espaço ondeaparece a fala, pensamento, onomatopeias: São palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de 
objetos. 
Ex: BUUM!!! (explosão), TOC-TOC! (batendo à porta); Metáforas visuais: Produzem uma sensação de movimento). 
 
TIPOLOGIA: Narrativo 
 
GÊNERO CHARGE: linguagem verbal e não verbal, permeadas pelo humor e uma fina ironia, são tipos de textos que podem 
ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade. 
 
TIPOLOGIA: Argumentativa 
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GÊNERO CARTUM se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal 
associada à não verbal. 
Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por 
isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico. 
 
 
 
POEMA: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. 
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. 
Pode ou não ser poético. 
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, 
dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. 
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ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS NÃO LITERÁRIOS 
GÊNERO EDITORIAL: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre 
determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. 
Tipologia: argumentativo 
Editorial 
Indústria e exportações 
Por 
Gazeta do Povo 
28/03/2021 20:07 
 
Vista aérea do Porto de Paranaguá.| Foto: José Fernando Ogura/ANP 
Estudos com base na experiência do desenvolvimento brasileiro nos últimos 40 anos revelam que, se o país quiser 
crescer a taxas superiores ao crescimento da população, o primeiro passo é a busca de exploração de todos os mercados. O 
sistema produtivo nacional destina-se a produzir bens e serviços para atender o consumo das pessoas, o consumo do 
governo, o investimento do governo, o investimento das empresas e a demanda internacional. A soma dessas cinco 
demandas é chamada “demanda agregada”. A primeira causa do estímulo à produção – logo, do emprego, da renda e dos 
impostos – é a existência de compradores para o conjunto do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, os bens e serviços finais 
que compõem o PIB. 
O mercado é um sistema de sinais que segue mais ou menos uma lógica: a demanda se manifesta, o setor produtivo a 
identifica, os investimentos são realizados, a empresa entra em operação, o produto é fabricado (com todos os benefícios em 
termos de geração de emprego e salários), as vendas são feitas... e a economia cresce. No caso do governo, sua demanda se 
dá por outro caminho. Parte do PIB – vale dizer, parte da renda nacional, que tem o mesmo valor do PIB – é capturada pelo 
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setor estatal por meio da carga tributária bruta, que fornece os recursos financeiros com os quais o governo faz sua demanda 
a fim de prover os serviços públicos e investimentos decididos no orçamento governamental (municípios, estados e União). 
A miopia política e os gritos de nacionalismo irracional boicotaram o que poderia ter sido a semente de um sistema que 
levaria o Brasil a virar o milênio como um país rico, desenvolvido e membro do clube das nações adiantadas 
Entendido esse quadro simplificado, é fácil concluir que um dos principais elementos na dinâmica funcional da 
economia é a existência e a materialização real da demanda, aí incluída a demanda internacional. Em julho de 1951, foi 
instalada, sob a liderança do Ministério da Fazenda, a Comissão Mista Brasil-EstadosUnidos para o Desenvolvimento 
Econômico, que trabalhou e produziu seus resultados até dezembro de 1953, a partir da origem em abril de 1950, quando o 
governo brasileiro reivindicou financiamento norte-americano para um extenso programa de reequipamento dos setores de 
infraestrutura. Aquela comissão teve um papel importante na história econômica brasileira, a começar pela base de sua 
justificativa, que foi a constatação de que o Brasil era altamente dependente de suprimentos internacionais, fazendo que o 
abastecimento interno fosse vulnerável a eventuais crises de importações. 
A comissão mista foi criada composta por técnicos dos dois países, cuja missão era elaborar projetos específicos 
destinados a expandir o desenvolvimento do potencial econômico brasileiro, cujas prioridades incluíam os setores de 
transportes, energia, componentes industriais e a agricultura, entre outros. Na época, o Brasil era visto pelos organismos 
internacionais recém-criados, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, como um país fragilizado em 
termos de segurança alimentar, segurança militar e segurança energética, a ponto de a diplomacia dos Estados Unidos do 
governo Truman ter afirmado que a principal tarefa da comissão mista seria encorajar a introdução do capital estrangeiro no 
Brasil e, junto com ele, a transferência de tecnologia para o crescimento da produção interna. 
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/industria-e-exportacoes/ 
Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados. 
 
ARTIGO DE OPINIÃO: faz a defesa de ideias ou ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o 
interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. 
TIPOLOGIA: Argumentativo 
EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO 
 
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QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O ARTIGO DE OPINIÃO E O 
EDITORIAL? 
O editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, 
uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto 
de vista pessoal, mas da instituição para a qual trabalha, 
que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer 
declaração polêmica presente no editorial. 
Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas 
no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, 
e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a 
veracidade dos elementos apresentados. 
O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu 
objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou do 
jornal) sobre um determinado evento. 
O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que 
apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura 
influenciar o leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia 
e/ou tomar uma atitude. 
O EDITORIAL é SEMELHANTE ao ARTIGO DE OPINIÃO 
quanto à estrutura e aos objetivos, a única diferença é que 
no editorial não se apresenta assinatura do autor 
(individual), pois representa a posição da imprensa. 
 
GÊNERO NOTÍCIA: os elementos da apresentação da notícia 
são: 
MANCHETE: ou título principal (costuma ser composto de 
frases pequenas e atrativas, e revela o assunto principal que 
será retratado em seguida). 
IMAGEM: (é um recurso que pode ou não estar presente) é 
uma estratégia para chamar a atenção dos leitores. 
LIDE: (Este termo deriva de uma palavra inglesa – lead). 
Nesta parte precisamos encontrar todas as informações 
necessárias para responder às seguintes perguntas: Onde 
aconteceu o fato? Com quem? O que aconteceu? Quando? 
Como? Qual foi o assunto? 
CORPO DA NOTÍCIA: Nela, háum detalhamento maior dos 
fatos, de modo a destacar os detalhes mais importantes, 
fundamentais à compreensão do interlocutor. 
TIPOLOGIA: Narrativo/relato 
 
Brasil 
NOTÍCIA 
Veja notas de corte dos cursos mais concorridos em 
universidades do Brasil 
Medicina, Engenharia Civil e Odontologia são algumas das 
graduações com as notas mais elevadas na UFPI no Sisu; 
maioria dos cursos mais disputados é na capital. Resultado 
do Enem foi divulgado nessa segunda, 29 
Por 
BEMFICA DE OLIVA 
19:02 | 02/04/2021 
FacebookTwitter 
 
Entre os cursos mais concorridos da UFRJ no Sisu do último 
ano estão Medicina, Ciências Econômicas e Odontologia; 
nota de corte do Enem para estas graduações chega a mais 
de 800 pontos (Foto: Divulgação/UFRJ) 
As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 
foram divulgadas na última segunda-feira, 29, e o Sistema 
de Seleção Unificado (Sisu) de 2021 abrirá inscrições para 
universidades públicas na terça-feira, 6 de abril (06/04). 
As vagas no Sisu são distribuídas em 110 instituições 
públicas de ensino superior de 24 estados e do Distrito 
Federal. 
São 209.190 oportunidades no Sisu 2021.1. Veja abaixo 
algumas das universidades que ofertarão vagas nesta 
edição, com as notas de corte dos cursos mais e menos 
concorridos em cada uma no último ano, em 2020. A nota 
de corte usada é a final, divulgada pela universidade após a 
chamada regular do Sisu, a lista de espera e o banco de 
suplentes. As notas exibidas são na modalidade Ampla 
Concorrência. 
Notas de corte da UFC no Sisu 2020 
 
Cursos com maiores notas de corte da UFC do último ano 
1 - Medicina (Fortaleza): 786.8 
2 - Medicina (Sobral): 781.18 
3 - Direito (Fortaleza): 755.74 (Integral) e 746.48 (Noturno) 
4 - Odontologia (Fortaleza): 745.24 
5 - Engenharia de Computação (Fortaleza): 740.58 
6 - Odontologia (Sobral): 736.74 
7 - Arquitetura e Urbanismo (Fortaleza): 733.3 
8 - Psicologia (Fortaleza): 733.16 
9 - Ciência da Computação (Fortaleza): 730.44 
10 - Engenharia Mecânica (Fortaleza): 724.34 
 
https://www.opovo.com.br/noticias/brasil
https://www.opovo.com.br/bemficadeoliva
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https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/03/27/sisu--entenda-como-funciona-a-selecao-das-universidades-publicas.html
https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/03/27/sisu--entenda-como-funciona-a-selecao-das-universidades-publicas.html
https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/03/05/consulta-de-vagas-do-sisu-sera-disponibilizada-hoje-pelo-mec.html
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REPORTAGEM: é um gênero textual jornalístico que tem 
por objetivo informar e levar os fatos ao leitor de uma 
maneira clara, com linguagem direta. 
Manchete: título principal da reportagem 
Imagem: (é um recurso que pode ou não estar presente) é 
uma estratégia para chamar a atenção dos leitores. 
Lide: pequeno resumo que aparece depois do título afim de 
chamar a atenção do leitor. - Corpo: desenvolvimento do 
assunto abordado, é um texto maior do que a notícia, com 
linguagem direcionada ao público alvo. 
TIPOLOGIA: Narrativo/Relatar 
 
 
 
 
 
4 – SEMÂNTICA: SENTIDO E 
EMPREGO DOS VOCÁBULOS; 
CAMPOS SEMÂNTICOS 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
Como se pode enriquecer o Vocabulário? 
Para a realização desse objetivo é preciso dialogar com 
pessoas que se expressam bem; ler textos variados e bem 
escritos; memorizar os diferentes significados das palavras 
por meio de dicionários. Por último, produzir textos 
variados em que as palavras surgidas nas leituras e já 
memorizadas nos dicionários, possam ser contextualizadas, 
isto é, usadas adequadamente em frases. É claro que a 
prática de exercícios também ajuda. Vamos indicar agora 
um roteiro de estudo, o qual trata da significação das 
palavras: 
• Polissemia; 
• Denotação/Conotação; 
• Sinonímia/Antonímia; 
• Hiperonímia/Hiponímia; 
• Homonímia/Paronímia; 
 
POLISSEMIA 
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = 
muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode 
apresentar diferentes significados, dependendo dos usos 
linguísticos em que possa aparecer. 
A palavra "vela" é um dos exemplos de polissemia. 
Ela pode significar 
a vela de um barco; 
a vela feita de cera que serve para iluminar 
 pode ser a conjugação do verbo velar, que significa estar 
vigilante. 
"Letra" é uma palavra polissêmica. Letra pode significar 
o elemento básico do alfabeto, 
o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado 
indivíduo. 
Neste caso, os diferentes significados estão interligados 
porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita. 
 
 
 
 
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AMBIGUIDADE 
 
A qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo 
que pode ter mais do que um sentido ou significado. 
A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão, 
hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação. 
Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se 
vou ou fico”. 
A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões 
ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de 
teor literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado 
em textos científicos ou jornalísticos, por exemplo. 
Ambiguidade é também um substantivo que nomeia a falta 
de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao 
amigo que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou 
o amigo?). 
Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, 
mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”. 
As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao 
celular, quanto ao homem, dificultando a direta 
interpretação da frase e causando ambiguidade. 
Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”. 
No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao 
objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de refeição. 
 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
Denotação e Conotação referem-se, de forma geral, aos 
significados atribuídos às palavras e orações empregadas na 
língua portuguesa, sendo recursos essenciais para a 
adequada interpretação de textos. Para saber exatamente o 
significado delas, ver exemplos e demais informações 
relevantes, confira nosso artigo. 
 
O QUE É DENOTAÇÃO? 
Denotação refere-se a sentido denotativo que, por sua vez, 
significa um sentido próprio, literal e real 
independentemente do contexto em que a palavra, oração 
ou período aparecem. Resumidamente, podemos dizer que 
denotação é o sentido exato da palavra, não cabendo 
maiores interpretações. 
Exemplos: 
O gato é um mamífero. 
Já li esta notícia do jornal. 
O empregado limpou o jardim. 
A mulher estava cansada. 
Como é possível observar, o uso da denotação tem por 
objetivo transmitir uma mensagem ao receptor de forma 
objetiva e clara, evitando equívocos na interpretação e 
desempenhando uma função estritamente prática e 
utilitária. Por essas razões, esse tipo de linguagem é muito 
utilizado em textos informativos, tais como: regulamentos, 
jornais, manuais de instrução, artigos científicos, bulas de 
medicamentos etc. 
 
O QUE É CONOTAÇÃO? 
O termo conotação está associado a sentido conotativo 
que, por suavez, refere-se a palavras utilizadas no sentido 
figurado, ou seja, que pode ter diferentes significados de 
acordo com o contexto no qual ela é empregada. Por esse 
motivo, textos construídos utilizando conotações requerem 
maior habilidade de interpretação, já que a linguagem não é 
tão objetiva como nos casos da denotação. 
Exemplos: 
Hélio tem um coração de pedra. 
Mariana é um sol na vida de todos. 
Minha vida é um mar de esperanças. 
Conforme é possível perceber, a conotação assume um 
sentido simbólico e figurado, o qual o grande objetivo é 
provocar sentimentos em quem está recebendo a 
mensagem. Esse recurso é muito perceptível na literatura, 
na linguagem poética, em letras musicais, nos anúncios 
publicitários e em conversas informais no dia a dia. 
 
INTERTEXTUALIDADE 
Referência explícita ou implícita de um texto em outro. 
Também pode ocorrer com outras formas além do texto, 
música, pintura, filme, novela. 
O recurso da intertextualidade ocorre quando um texto 
remete a outro texto que faz parte da memória social de 
uma coletividade. Pode-se dizer que acontece um 
verdadeiro diálogo entre textos. 
Toda vez que uma obra fizer ALUSÃO à outra ocorre a 
intertextualidade. 
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INTRATEXTUALIDADE 
Ocorre quando o autor é capaz de criar elos de 
aproximação entre os textos de sua própria autoria. 
EXEMPLO: 
Em seguida, após relatar tal episódio, Brás conta que 
cresceu normalmente. Foi à escola, que ele chama de 
enfadonha, onde teve aulas com um professor de nome 
Ludgero Barata. É justamente ali que conhece um de seus 
melhores amigos de infância, Quincas Borba, com quem se 
reencontrará mais tarde. Ambos os garotos se revelam 
travessos e mimados, já que o Quincas era filho único, 
adorado pela mãe, que o vestia muito bem, mandando um 
pajem indulgente acompanhá-lo a todos os lugares. 
 
RELAÇÕES DE SINONÍMIA E ANTONÍMIA 
SINONÍMIA 
Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há 
sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em 
determinados contextos linguísticos, podem ser 
substituídas por outras significações correspondentes. 
Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns 
contextos, mas não em todos. 
Exemplos: 
• Tecido branco = tecido alvo 
• Alcançar o meu alvo = atingir meu objetivo 
Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender 
dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo: 
peito – seio – busto 
dor de cabeça – cefaleia 
são usados em diferentes contextos. 
 
ANTONÍMIA 
São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido 
contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por 
prefixo: 
Leal x desleal; 
feliz x infeliz; 
típico x atípico 
 
Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra: 
Claro x escuro 
Rico x pobre 
 
HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA 
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado 
que uma palavra superior estabelece com uma palavra 
inferior. O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente 
superior porque apresenta um sentido mais abrangente que 
engloba o sentido do hipônimo, uma palavra 
hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito. 
A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica 
de significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da 
palavra hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível 
semântico, pode ser incluída numa classe superior que 
abrange o seu significado - hiperônimo. 
País é hiperônimo de Brasil. 
Mamífero é hiperônimo de cavalo. 
Jogo é hiperônimo de xadrez. 
Brasil é hipônimo de país. 
Cavalo é hipônimo de mamífero. 
Xadrez é hipônimo de jogo. 
 
 
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Os hiperônimos: 
• Apresentam um sentido abrangente; 
• Transmitem a ideia de um todo; 
• Representam as características genéricas de uma classe; 
• Permitem a formação de subclasses associadas a elas. 
Os hipônimos: 
• Apresentam um sentido restrito; 
• Transmitem a ideia de um item ou uma parte de um 
todo; 
• Representam as características específicas de uma 
subclasse; 
• Permitem a associação a uma classe superior mais 
abrangente. 
Exemplos de hiperônimos e hipônimos 
Hiperônimo Hipônimos 
 cor 
 verde, azul, amarelo, vermelho, 
branco,... 
 fruta maçã, banana, manga, abacaxi, jaca,... 
 veículo 
 carro, automóvel, moto, bicicleta, 
ônibus,... 
 esporte 
 natação, futebol, patinação, atletismo, 
esgrima,... 
 animal cobra, onça, cachorro, urubu, urso,... 
 flor 
 rosa, margarida, malmequer, hortênsia, 
orquídea,... 
 eletrodoméstico 
 geladeira, batedeira, liquidificador, 
aspirador, ferro,... 
 móvel estante, armário, mesa, cadeira, sofá,... 
 ferramenta 
 martelo, serrote, alicate, enxada, chave 
de fenda,... 
 ave 
 papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, 
coruja,... 
 doença 
 gripe, sarampo, caxumba, catapora, 
bronquite,... 
 
Uso de hiperônimos e hipônimos 
O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a 
construção de uma boa coesão lexical num texto. Os 
hiperônimos e hipônimos atuam como um recurso coesivo 
lexical que permite a abordagem de um tema evitando 
repetições vocabulares. 
Além disso, desempenham uma função anafórica no texto, 
fazendo referência a uma informação previamente 
mencionada sem a repetir, através do uso de substantivos 
genéricos e específicos. 
 
LISTA DE PALAVRAS PARÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS 
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia, mas 
diferentes no significado. 
Acurado – feito com muito carinho 
Apurado – refinado, desvendado 
Adotar – aceitar: alguém, doutrina, ideia 
Dotar - conceder dote, beneficiar, favorecer 
Amoral – pessoa destituída de senso moral 
Imoral – contrário à moral, devasso 
Apóstrofe – figura de linguagem 
Apóstrofo – sinal gráfico 
Aprender – adquirir conhecimento 
Apreender – assimilar mentalmente 
Arrear – pôr arreios, encilhar, selar 
Arriar – fazer descer o que estava no alto 
Assoar – limpar secreção nasal 
Assuar – dar vaia em, apupar 
Atuar - desempenhar um papel como ator 
Autuar - auto de infração, processar 
Auto - ato público, peça teatral de um ato 
Alto - de grande extensão vertical, elevado 
Absolver: perdoar, inocentar 
Absorver: aspirar, sorver 
Câmara – onde se reúnem os deputados 
Câmera – aparelho que capta imagens 
Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo 
Cavalheiro – homem educado 
Celerado - aquele que cometeu crimes 
Acelerado – apressado 
Comprimento – extensão 
Cumprimento – saudação, ato de cumprir 
Conjetura – suposição, hipótese 
Conjuntura – situação, circunstância 
Deferir – atender, conceder 
Diferir – distinguir-se, ser diferente, adiar 
Degredado – desterrado, exilado 
Degradado – estragado, rebaixado 
Delatar – denunciar 
Dilatar – alargar, ampliar 
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Descrição - ato de descrever, expor 
Discrição – reserva; qualidade de discreto 
Descriminar – inocentar 
Discriminar - distinguir 
Desmistificar - desfazer uma ilusão 
Desmitificar - desfazer um mito 
Despensa - lugar de guardar mantimentos 
Dispensa - isenção, licença 
Desapercebido - desprevenido, desprovido 
Despercebido - não percebido, não notado 
Destratar – insultar 
Distratar - desfazer trato, anular, rescindir 
Discente - que aprende 
Docente - que ensina 
Emergir - vir à tona 
Imergir – mergulhar 
Emigrar - sair da pátria 
Imigrar - entrar num país estranho para nele morar 
Eminente – notável, célebre 
Iminente – prestes a acontecer 
Emitir - lançar fora de si 
Imitir - fazer entrar 
Esbaforido – ofegante, cansado 
Espavorido - apavorado, assustado 
Estada - permanênciade pessoa 
Estadia - permanência de veículo 
Estância – morada 
Instância - jurisdição, urgência 
Estofar - cobrir de estofo 
Estufar - meter em estufa 
Flagrante – registrado momentâneo 
Fragrante - que exala bom odor, aromático 
Fluir - correr com certa abundância 
Fruir - gozar, desfrutar 
Fuzil - arma de fogo 
Fusível - peça de instalação elétrica 
Incerto – duvidoso 
Inserto - inserido, incluído 
Incidente – acontecimento imprevisível 
Acidente - acontecimento casual, porém grave 
Inflação - desvalorização do dinheiro 
Infração - violação, transgressão 
Informar - transmitir conhecimento 
Enformar - colocar na forma 
Enfornar - colocar no forno 
Infligir - aplicar pena ou castigo 
Infringir - transgredir, violar, não respeitar 
Mandado - ordem judicial 
Mandato - poder dado ou autorizado 
Precedente – antecedente 
Procedente – proveniente, oriundo 
Prescrição - ordem expressa 
Proscrição - eliminação, expulsão 
Previdência - faculdade de ver antecipadamente o futuro 
Providência - a suprema sabedoria atribuída a Deus 
Ratificar – confirmar 
Retificar – tornar reto, endireitar 
Recrear – divertir 
Recriar - criar novamente 
Soar - produzir som 
Suar – transpirar 
Tráfego – trânsito 
Tráfico – comércio ilegal 
Treplicar - responder a uma réplica 
Triplicar - multiplicar por três 
Vultoso - volumoso, de grande vulto, enorme 
Vultuoso - atacado de vultuosidade, inchado 
 
 
LISTA DE PALAVRAS HOMÔNIMAS COM SEUS 
SIGNIFICADOS 
• Homônimas: são palavras escritas e pronunciadas de modo 
idêntico, mas diferentes nos significados. Podem ser: 
• Homônimas Homófonas: são aquelas iguais na pronúncia, 
mas diferentes na escrita e na significação. 
• Homônimas Homógrafas: são aquelas diferentes na 
pronúncia (timbre fechado e aberto), mas iguais na escrita. 
Acender: pôr fogo 
Ascender: subir 
Acento - sinal gráfico, tom de voz 
Assento - lugar, superfície onde se senta 
Aço – liga de ferro e carbono 
Asso – 1ª. pessoa do presente do verbo assar 
Acerca de - sobre, a respeito de 
Há cerca de – perto de, ou faz (= tempo decorrido) 
Afim – que tem afinidade, ligação 
A fim – com intenção ou com finalidade de 
Apreçar – perguntar o preço de 
Apressar – impor maior pressa 
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Caçar – ir ao encalço de, perseguir animais ou aves 
Cassar – anular, revogar 
Calda – líquido espesso e viscoso, xarope 
Cauda – rabo, parte posterior de avião 
Cela – pequeno quarto, cômodo de reduzidas dimensões 
Sela – peça de couro 
Coser: costurar 
Cozer: cozinhar 
Cheque: ordem de pagamento 
Xeque: lance de jogo de xadrez 
Censo – recenseamento, dados estatísticos 
Senso – juízo claro, raciocínio 
Censual – relativo ao censo 
Sensual – relativo ao sexo, aos sentidos 
Céptico - que duvida ou quem duvida 
Séptico - que causa infecção 
Cerração – nevoeiro denso 
Serração – ato de serrar, de cortar 
Cerrar – fechar 
Serrar – cortar 
Cessão – ato de ceder 
Seção ou secção – corte, divisão, repartição 
Sessão – espaço de tempo que dura uma atividade 
Cesto – balaio 
Sexto – ordinal de seis 
Chá – bebida 
Xá – título do ex-imperador do Irã 
Cheque – ordem de pagamento 
Xeque – lance de jogo de xadrez, dirigente árabe 
Cinta - tira de pano 
Sinta - subjuntivo presente e imperativo do verbo sentir 
Cocho - recipiente de madeira 
Coxo – capenga, manco 
Concerto – sessão musical 
Conserto – reparo 
Coser – costurar 
Cozer – cozinhar 
Espiar - observar, espionar 
Expiar - sofrer castigo 
Empoçar - fazer poças 
Empossar - dar posse 
Espectador - o que observa um ato 
Expectador - que tem expectativa 
Esperto - ativo, inteligente, vivo 
Experto - perito, entendido 
Era - data, época 
Hera – planta 
Estático - firme, imóvel 
Extático - admirado, pasmado 
Estirpe - raiz, linhagem 
Extirpe - flexão do verbo extirpar 
Estrato - tipo de nuvem 
Extrato - resumo, essência 
Esterno - osso dianteiro do peito 
Externo - que está por fora 
Incerto – duvidoso 
Inserto - inserido, incluído 
Incipiente - que inicia, principiante 
Insipiente - ignorante, sem juízo, imprudente 
Intercessão - ato de interceder 
Interseção - ponto onde duas linhas se cruzam 
Paço - palácio real ou episcopal 
Passo – marcha 
Profetiza - do verbo profetizar 
Profetisa - feminino de profeta 
Ruço – grisalho, desbotado, situação grave 
Russo - da Rússia 
Tacha - pequeno prego 
Taxa - imposto, preço de um serviço público 
Tachar – atribuir defeito 
Taxar – fixar taxa 
Viagem - substantivo: a viagem 
Viajem - forma verbal: que eles viajem 
 
HOMÔNIMAS PERFEITAS 
Homônimas perfeitas: são palavras que possuem mesma 
pronúncia e mesma grafia, porém apresentam sentidos 
diferentes. 
Eu CEDO livros para a biblioteca. 
Levantou CEDO para estudar. 
DIFERENÇA ENTRE PARÁFRASE E PARÓDIA 
 
PARÁFRASE 
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do 
texto original é confirmada pelo novo texto. 
É dizer com outras palavras o que já foi dito. 
 
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Texto Original 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
 (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”) 
 
PARÁFRASE 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. 
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que tem palmeiras 
Onde canta o sabiá! 
 (Carlos Drummond de Andrade) 
 
COMENTÁRIO: 
O poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto 
primitivo conservando suas ideias, não há mudança do 
sentido principal do texto que é a saudade da terra natal. 
 
PARÓDIA 
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros 
textos; ruptura com as ideologias impostas. 
Estimula-se uma reflexão crítica de verdades incontestadas 
anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre 
os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, 
concebida através do raciocínio e da crítica. 
 
TEXTO ORIGINAL 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
 (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). 
 
PARÓDIA 
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar 
os passarinhos daqui 
não cantam como os de lá. 
 (Oswald de Andrade) 
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a 
palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial 
neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi 
dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto 
primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão 
existente no Brasil. 
 
ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM 
Figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na 
escrita para tornar mais expressiva a mensagem 
transmitida. 
Compreender e saber usar as figuras de estilo capacita o 
uso mais eficaz da linguagem como fenômeno social, 
ajudando a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas 
e obras literárias, por exemplo. 
 
Figuras de Palavras 
Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar 
um termo com significado diferente do habitual. Ex.: “A 
menina é uma flor”. 
Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é 
uma figura de linguagem usada para qualificar uma 
característica parecida entre dois ou mais elementos. No 
entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de 
conexão (como, tal qual, assim). Ex: "O olhar dela é como a 
lua, brilha maravilhosamente". 
Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra 
semelhante. Ex.: “Beber um copo de vinho”. 
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por 
não haver um termo próprio. Ex.: “A perna dos óculos”. 
Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: 
“O docesom da flauta”. 
Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: “trrrimmmmm” 
(telefone). 
Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar 
algo ou alguém. Ex.: “Cidade Luz” (Paris). 
 
Figuras de Pensamento 
Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau 
Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só 
frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele 
silêncio ensurdecedor”. 
Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: 
“Foi para o céu” (morreu). 
Hipérbole: exagero intencional. Ex.: “Morto de sono”. 
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: “É um 
santo!” (para alguém com mau comportamento). 
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Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos 
próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: “O sol 
está tímido”. 
 
Figuras de Construção (Sintaxe) 
Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: 
“Subir para cima”. 
Aliteração: repetição de determinados sons consonantais 
nos versos ou frases. Ex: “O rato roeu a roupa...”. 
Assonância: repetição de determinados sons vocálicos. Ex: 
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...” 
(Eugênio de Castro) 
Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: “O 
homem, não sei o que pretendia”. 
Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou 
expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. 
Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, 
mesmo sem alvo”. (Carlos Drummond de Andrade). 
Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado 
facilmente. Ex.: “No trânsito, carros e mais carros”. (há). 
Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. 
Ex: “Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão”. 
Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da 
oração. Ex.: “Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das 
estrelas”. 
Assíndeto: classifica a junção de diferentes orações sem o 
uso de conectivos, por norma, são separadas por vírgulas ou 
outros sinais de pontuação. Ex: “Vim, vi, venci.” (Júlio César) 
Silepse: concordância com a ideia que se quer passar, um 
termo oculto, e não com o termo da frase. Ex: "a linda (ilha 
de) Fernando de Noronha". 
LISTINHA DE MEMORIZAÇÃO 
Metáfora: comparação implícita 
Símile ou Comparação: comparação explícita 
Antítese: oposição lógica 
Paradoxo: oposição não lógica 
Hipérbole: exagero. 
Eufemismo: suavização. 
Elipse: omissão de um termo subentendido. 
Zeugma: omissão de um termo já dito. 
Polissíndeto: Mesmo conectivo repetido 
Assíndeto: Nenhum conectivo. 
Aliteração: Repetição de consoantes. 
Assonância: Repetição de vogais. 
Ironia: sarcasmo. 
Gradação: ideias sequenciais 
Onomatopeia: palavras que surge de ruído. 
Hipérbato: inversão; ordem indireta da frase. 
Metonímia: substituição de termo por outro com relação 
de sentido 
Catacrese: ausência de termos específicos. "pé da mesa". 
Sinestesia: mistura dos sentidos. 
Prosopopeia: personificação das coisas. 
Paranomásia: trocadilho de sons 
Apóstrofe: vocativo. 
Silepse: concordância com ideia. 
Anáfora: repetição - retorno. 
Pleonasmo: repetição com redundância. 
 
TIPOS DE LINGUAGEM 
 É a capacidade que possuímos de expressar nossos 
pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem 
está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há 
comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos 
de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, 
tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais 
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por 
exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode 
ser classificada como qualquer sistema de sinais que se 
valem os indivíduos para comunicar-se. 
 
Tipos de Linguagem 
A linguagem pode ser: 
Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das 
palavras para comunicar algo. 
 
As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da 
linguagem verbal (usa palavras para transmitir a 
informação). 
Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de 
comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a 
linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a 
linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um 
gesto, etc. 
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Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar 
o que representam. 
 
Elementos da Comunicação 
Conheça os principais elementos da comunicação. 
Com os elementos da comunicação, é possível usar como 
forma de comunicação, informação, expressão e 
significados os diversos sistemas simbólicos das diferentes 
linguagem. A forma de comunicação está dividida entre: 
• Emissor – o que emite a mensagem. 
• Receptor – o que recebe a mensagem. 
• Mensagem – o conjunto de informações transmitidas. 
• Código – a combinação de signos utilizados na 
transmissão de uma mensagem. A comunicação só se 
concretizará, se o receptor souber decodificar a 
mensagem. 
• Canal de Comunicação – por onde a mensagem é 
transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar… 
• Contexto – a situação a que a mensagem se refere, 
também chamado de referente. 
• Ruído – qualquer perturbação na comunicação. 
 
ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM À SITUAÇÃO 
COMUNICATIVA 
Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e da 
escrita em uma determinada situação comunicativa. O 
emissor e o receptor devem estar em concordância para 
que haja entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige 
uma linguagem diferente. 
Temos uma norma que rege a língua escrita que é a 
gramática. No entanto, a fala não se trata de uma 
convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. 
Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e, 
portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, 
está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a 
mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada 
e, por este motivo, é tão importante quanto à língua escrita. 
Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na 
escrita, mas somente aquelas que têm significação 
relevante à sociedade. 
O que determinará o nível de linguagem empregado é o 
meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para 
cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, 
um modo de se falar, uma entonação empregada, uma 
maneira de se fazer as combinações das palavras, e assim 
por diante. 
A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o 
contexto em que o emissor da mensagem e o destinatário 
se encontram. Claro, porque você não conversa com o 
vizinho da mesma forma que conversa com o professor ou 
conversa com o representante de sala da mesma forma que 
conversa com o diretor ou com este do mesmo jeito que 
com os pais. 
Então, para cada situação linguística, há uma linguagem 
adequada. 
Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se 
manifesta nas diversas situações vividas. 
 
O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, 
da gramática normativa. É frequente em ambientes que 
exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em 
sermões, apresentação de trabalhos científicos, em 
reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá 
padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor 
científico. 
 
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea 
da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição 
de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está 
presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas 
com quem temos intimidade. É muito comum se ver o 
coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da 
internet, como no WhatsApp, blogs, etc. 
 
Pressuposto e subentendido 
Pressupostos e subentendidos são informações implícitas 
num texto, não expressasformalmente, apenas sugeridas 
por marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, 
numa leitura proficiente, ir além da informação que se 
encontra explícita, identificando e compreendendo as 
informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas. 
Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando 
sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo 
leitor, sendo de sua responsabilidade. 
Exemplos: 
- Heloísa está cansada de ser professora. 
Pressuposto: Heloísa é professora. 
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita 
indisciplina. 
- Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do 
país 
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Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a 
mulher não está satisfeita com essa situação. 
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou 
por não encontrar trabalho no seu país. 
Pressupostos 
Os pressupostos são informações implícitas adicionais, 
facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões 
presentes na frase que permitem ao leitor compreender 
essa informação implícita. O enunciado depende dessa 
pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto 
é verdadeiro e irrefutável. 
 
Exemplos de pressupostos: 
- Decidi deixar de comer carne. 
Pressuposto: A pessoa comia carne antes. 
- Finalmente acabei minha monografia. 
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a 
monografia. 
- Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor 
rendimento. 
Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã. 
- Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi. 
 
Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa. 
Marcas linguísticas que facilitam a identificação de 
pressupostos: 
• Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e 
implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, 
conseguir,... 
• Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, 
antes,... 
• Pronome introdutório de orações subordinadas 
adjetivas: que 
• Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes 
que, desde que, visto que,... 
 
Subentendidos 
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, 
dependentes da interpretação do leitor. Não possuem 
marca linguística, sendo deduzidos através do contexto 
comunicacional e do conhecimento que os destinatários 
têm do mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser 
facilmente negados, visto serem unicamente da 
responsabilidade de quem interpreta a frase. 
 
 
Exemplos de subentendidos: 
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco. 
 
Subentendido: Está frio lá fora. 
- Já tenho a garganta seca de tanto falar. 
 
Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero 
parar de falar neste momento. 
- Você vai a pé para casa agora? 
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso 
andar a pé na rua a estas horas. 
 
5 – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: NORMA-
PADRÃO. 
 
A linguagem é a característica que nos difere dos demais 
seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar 
sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião 
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, 
sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. 
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se 
os níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de 
formalidade e o de informalidade. 
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem 
escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo 
geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma 
maneira que falamos. 
Quanto ao nível informal, por sua vez, representa-se a 
linguagem do dia a dia, das conversas informais que temos 
com amigos, familiares etc. 
 
NORMA-PADRÃO E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: POR QUE 
ESTUDAR A LÍNGUA PADRÃO? 
A linguagem culta ou padrão é aquela ensinada nas escolas 
e serve de veículo às ciências que se apresentam com 
terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das 
diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às 
normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem 
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais 
artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está 
presente nas aulas, conferências, sermões, discursos 
políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, 
programas culturais etc. 
Para você entender melhor aonde queremos chegar, 
imagine que você foi selecionado para uma entrevista de 
emprego. Qual roupa você usaria? Qual postura você teria? 
Como seria a sua linguagem para responder às perguntas? 
Provavelmente você usaria uma roupa mais adequada à 
http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/funcoes-linguagem.htm
http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/vicios-linguagem.htm
http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/vicios-linguagem.htm
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situação, como calça comprida e camisa, teria uma postura 
mais firme e decidida para transmitir seriedade e 
compromisso e sua linguagem seguiria a norma padrão e 
seria mais monitorada, isto é, você cuidaria da sua 
linguagem para evitar gírias e vícios. Este é o primeiro 
exemplo de por que precisamos saber a norma padrão. 
 
Assim, da mesma forma que você adapta sua linguagem 
para uma entrevista de emprego, você a adapta para falar 
com seus amigos, pessoas que você não conhece, com sua 
família, com uma criança e assim por diante. Com isso, é 
importante notar que nenhuma dessas linguagens está 
errada, na verdade elas estão corretas em cada contexto 
em que ocorrem. 
Agora você já deve ter compreendido melhor por que é 
preciso ensinar a norma-padrão nas escolas. Justamente 
para o cidadão saber se comportar linguisticamente em 
cada situação, com cada pessoa, seja on-line ou 
pessoalmente, por escrito ou mensagem de voz. 
Ainda não está convencido? Quer outro exemplo? 
Imagine que você more no sul do Brasil e viaja para o 
Nordeste. Você acha que todos irão entender todas as suas 
gírias e regionalismos? Claro que não! Por isso você precisa 
saber a norma-padrão, uma vez que a falta de 
entendimento entre os falantes gera uma falha na 
comunicação. 
Outro exemplo da importância de se saber a norma padrão 
é para entender a linguagem usada nos meios de 
comunicação de massa: internet, revistas e jornais 
impressos. Devido ao alcance desses meios, quem os faz 
precisa utilizar uma linguagem abrangente que seja 
entendida de norte a sul e de leste a oeste do país. 
Por fim, não se esqueça de que não costumamos ir à praia 
de terno e trabalhar de roupa de banho. Assim acontece 
com a língua, cada situação comunicativa diferente exige 
uma linguagem diferente e cada lugar diferente, uma roupa 
diferente. 
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, 
estão as chamadas variedades linguísticas, as quais 
representam as variações de acordo com as condições 
sociais, culturais, regionais e históricas em que é 
utilizada. Dentre elas destacam-se: 
Variações históricas: 
Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se 
transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante 
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em 
consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada 
com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a 
qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos. 
Analisemos, pois, o fragmento exposto: 
Antigamente 
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e 
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: 
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, 
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, 
arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do 
balaio." 
Carlos Drummond de Andrade 
Comparando-o à modernidade, percebemos um 
vocabulário antiquado. 
Variações regionais: 
São os chamados dialetos, que sãoas marcas 
determinantes referentes a diferentes regiões. Como 
exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos 
lugares, recebe outras nomenclaturas, tais 
como: macaxeira e aipim. Figurando também nesta 
modalidade estão os sotaques, ligados às características 
orais da linguagem. 
 
Variações sociais ou culturais: 
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma 
maneira geral e também ao grau de instrução de uma 
determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os 
jargões e o linguajar caipira. 
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos 
grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, 
entre outros. 
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, 
caracterizando um linguajar técnico. Representando a 
classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais 
da área de informática, entre outros. 
Vejamos um poema e o trecho de uma música para 
entendermos melhor sobre o assunto: 
VÍCIO NA FALA 
Para dizerem milho dizem mio 
Para melhor dizem mió 
Para pior pió 
Para telha dizem teia 
Para telhado dizem teiado 
E vão fazendo telhados. 
 Oswald de Andrade 
http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/variacoes-lingua.htm
http://brasilescola.uol.com.br/portugues/expressoes-idiomaticas.htm
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CHOPIS CENTIS 
Eu “di” um beijo nela 
E chamei pra passear. 
A gente fomos no shopping 
Pra “mode” a gente lanchar. 
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim. 
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim. 
Quanta gente, 
Quanta alegria, 
A minha felicidade é um crediário nas 
Casas Bahia. 
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho. 
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”, 
Quando eu estou no trabalho, 
Não vejo a hora de descer dos andaime. 
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger 
E também o Van Damme. 
 (Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas 
Assassinas, 1995.) 
 
REESCRITURA DE FRASES: SUBSTITUIÇÃO, 
DESLOCAMENTO, PARALELISMO; 
Substituição de Substantivos por Pronomes 
Todos os pronomes (pessoais, possessivos, indefinidos, 
interrogativos, demonstrativos e relativos) podem 
substituir substantivos. 
Exemplos: 
– Murilo é estudioso, por isso ele consegue boas notas. 
– O trabalho é ação essencial, por isso eu o levo muito a 
sério. 
– A aluna quer muito a vaga. Sua determinação é invejável. 
– João e Pedro passaram, mas nenhum ficou satisfeito. 
– Ela e ele se classificaram, mas quem ficou realmente feliz? 
– Só isto me interessa: a aprovação. 
– O professor de que mais gosto é o Sérgio Rosa. 
Nominalização 
Nominalizar é, normalmente, transformar uma estrutura 
verbal em uma estrutura nominal, ou seja, substituir um 
verbo por um substantivo de mesmo radical (às vezes, por 
um adjetivo), a fim de evitar o exagero no uso de verbos. 
Isso se dá por meio de derivação sufixal ou de derivação 
regressiva, normalmente. 
Por derivação sufixal 
1. -ção/-são: adaptar > adaptação; fabricar > fabricação; 
ceder > cessão... 
– Adaptar meus desejos ao contexto social foi difícil. 
– A adaptação de meus desejos ao contexto social foi difícil. 
– Fabricar produtos sustentáveis está na moda. 
– A fabricação de produtos sustentáveis está na moda. 
2. -da: sair > saída; chamar > chamada; chegar > chegada... 
– Quando meu filho chegou, fiquei emocionada. 
– A chegada do meu filho me emocionou. 
3. -mento: conhecer > conhecimento; lançar > lançamento; 
surgir > surgimento... 
– Lançaram novas obas na Bienal que me deixaram 
interessado. 
– O lançamento de novas obras na Bienal me deixou 
interessado. 
Os demais sufixos seguem o mesmo modelo: 
-nça/-ncia: mudar > mudança; tolerar > tolerância; 
concordar > concordância... 
-aria: pescar > pescaria; piratear > pirataria... 
-agem: abordar > abordagem; filmar > filmagem; reciclar > 
reciclagem... 
-dor: pescar > pescador; acusar > acusador; dever > 
devedor... 
-nte: participar > participante; fabricar > fabricante... 
-(t)ura: ler > leitura; candidatar > candidatura... 
-eza: Estar certo de > A certeza de... 
-dade: Ser difícil de > A dificuldade de... 
Por derivação regressiva 
Observe três exemplos em que ocorre nominalização: 
– Quem canta os males espanta. 
– O canto espanta os males. 
– Ele causou o estardalhaço porque se revoltou com a 
postura dos políticos. 
– A causa do estardalhaço foi sua revolta com a postura dos 
políticos. 
– Depois de abraçar a namorada, ficou mais satisfeito. 
– O abraço na namorada tornou-o mais satisfeito. 
 
No caso dos adjetivos, a nominalização se dá pela 
transformação de orações subordinadas adjetivas em 
meros adjetivos. Veja alguns exemplos: 
– O aluno que é inteligente passou na prova. 
– O aluno inteligente passou na prova. 
– Comprei para a minha frota dois carros que estavam 
novíssimos. 
– Comprei para a minha frota dois carros muito novos. 
 
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Transformação de Oração Reduzida em Desenvolvida e 
Vice-versa 
Reduzidas de gerúndio para desenvolvidas 
– Pagou a conta, ficando livre dos juros. (coordenada 
aditiva) 
– Pagou a conta E ficou livre dos juros. (coordenada aditiva) 
– Vimos um pai dando boas lições aos filhos. (adjetiva) 
– Vimos um mendigo que pai dando boas lições aos filhos 
(adjetiva) 
– Não tendo tempo, fez quase todas as tarefas. (concessiva) 
– Embora não tivesse tempo, fez quase todas as tarefas. 
(concessiva) 
– Agindo desse modo, as pessoas confiarão em você. 
(condicional) 
– Se você agir desse modo, as pessoas confiarão em você. 
(condicional) 
– Temendo a indisposição dos colegas, não levou adiante a 
história. (causal) 
– Uma vez que temia a indisposição dos colegas, não levou 
adiante a história. (causal) 
– Saindo do local da festa, encontrei meus amigos. 
(temporal) 
– Quando saí do local da festa, encontrei meus amigos. 
(temporal) 
 
Reduzidas de infinitivo para desenvolvidas 
– É preciso estudar bastante. (subjetiva) 
– É preciso que se estude bastante. (subjetiva) 
– Deixe o povo falar. (objetiva direta) 
– Deixe que o povo fale. (objetiva direta) 
– Os vizinhos o acusaram de fazer denúncias caluniosas. 
(objetiva indireta) 
– Os vizinhos o acusavam de que fazia coisas erradas 
denúncias caluniosas. (objetiva indireta) 
– A melhor política é conservarmos a empatia. (predicativa) 
– A melhor política é que conservemos a empatia. 
(predicativa) 
– Tenho medo de sentirmos solidão. (completiva nominal) 
– Tenho medo de que sintamos solidão. (completiva 
nominal) 
– De Deus só quero isto: conquistar o cargo público. 
(apositiva) 
– De Deus só quero isto: que eu conquiste o cargo público. 
(apositiva) 
– João não é homem de mentir para os filhos. (adjetiva) 
– João não é homem que mente para os filhos. (adjetiva) 
– Apesar de estar indeciso, conserva as mesmas funções de 
trabalho. (concessiva) 
– Ainda que esteja indeciso, conserva as mesmas funções de 
trabalho. (concessiva) 
– Sem firmar propósitos, não atingirá sucesso. (condicional) 
– Sem que se firmem propósitos, não atingirá sucesso. 
(condicional) 
– Ela passou mal de tanto correr. (causal) 
– Ela passou mal porque correu muito. (causal) 
– Aquela situação o traumatizou tanto a ponto de ele sofrer 
muito. (consecutiva) 
– Aquela situação o traumatizou tanto que ele sofreu muito. 
(consecutiva) 
– Ela estuda tanto para conquistar seus ideais. (final) 
– Ela estuda tanto para que conquiste seus ideais. (final) 
– Pense muito antes de ser agressivo com os outros. 
(temporal) 
– Pense muito antes que você seja agressivo com os outros. 
(temporal) 
 
Obs.: É situação costumeira que as adverbiais reduzidas 
iniciadas pelas preposições ao, para, por, sem sejam, 
respectivamente, de tempo, finalidade, causa e 
concessão/condição:– Ao fazer as tarefas, seja sempre muito decidido. (= 
Quando fizer as tarefas, seja sempre muito decidido.) 
– Para compor bons poemas, é necessário muito talento. (= 
Para que se componham bons poemas, é necessário muito 
talento.) 
– Foi elogiado por conquistar boas notas. (= Foi elogiado 
porque conquistou boas notas.) 
– Sem estudar tanto, passou. (= Sem que tenha estudado 
tanto, passou.) 
– Sem estudar tanto, não passará. (= Sem que estude 
tanto, não passará.) 
 
Reduzidas de particípio para desenvolvidas 
– Estavam aqui uns livros, deixados por mim. (adjetiva 
explicativa) 
– Estavam aqui uns livros, que foram deixados por mim. 
– A história contada pela vizinha era embaraçosa. (adjetiva 
restritiva) 
– A história que foi contada pela vizinha era embaraçosa. 
– Humilhado pelos amigos, conservou a serenidade. 
(adverbial concessiva) 
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– Embora ele tenha sido humilhado pelos amigos, 
conservou a serenidade. 
– Confirmadas as solicitações, não ocorrerão 
impedimentos. (adverbial condicional) 
– Desde que se confirmem as solicitações, não ocorrerão 
impedimentos 
– Preocupado com o filho, esqueceu o compromisso com o 
chefe. (adverbial causal) 
– Como se preocupara com o filho, esqueceu o 
compromisso com o chefe. 
– Terminada a reunião, todos foram à festinha de 
confraternização. (adverbial temporal) 
– Logo que terminou a reunião, todos foram à festinha de 
confraternização 
SITUAÇÕES DE DESLOCAMENTO 
Segundo pesquisa feita pelo professor Fernando Pestana, 
observe que 
Mudança de Posição dos Vocábulos 
A mudança de posição de certos vocábulos ou termos da 
oração pode mudar o sentido da frase, ora não. 
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas 
vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira 
vez. (Friedrich Nietzsche) 
... pode ser invertida de diversas formas, sem alteração de 
sentido. 
Veja algumas: 
Divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, como 
se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima 
memória. 
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se com as 
mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, muitas 
vezes. 
Divertir-se com as mesmas coisas boas, muitas vezes, como 
se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima 
memória. 
É a vantagem de ter péssima memória divertir-se muitas 
vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira 
vez. 
A vantagem de ter memória péssima é divertir-se, como se 
fosse a primeira vez, com asmesmas boas coisas muitas 
vezes. 
Em outras palavras, a inversão de termos dentro de uma 
frase pode não alterar seu sentido. 
No entanto, não é sempre assim que ocorre, pois, às vezes, 
alguns vocábulos (adjetivos, pronomes, advérbios, 
palavras denotativas etc.), quando deslocados, a alteração 
de sentido fica visível. Veja que o deslocamento, ou seja, a 
inversão dos termos pode gerar alteração de sentido: 
– João é um alto funcionário. 
– João é um funcionário alto. 
– Qualquer mulher merece respeito. 
– Maria é uma mulher qualquer. 
– Pedro já fez a prova. 
– Pedro fez a prova já. 
– Até aquela aluna o elogiou. 
– Aquela aluna o elogiou até. 
Percebeu que houve flagrante mudança de sentido nestas 
duplas? Portanto, a inversão dos termos na frase pode ou 
não alterar o sentido dela. 
EQUIVALÊNCIA ENTRE LOCUÇÕES E PALAVRAS E ENTRE 
CONECTIVOS 
O que são locuções? São grupos de vocábulos com valor de 
uma palavra, normalmente. 
Existem locuções substantivas, adjetivas, pronominais, 
verbais, adverbiais, prepositivas, conjuntivas e interjetivas. 
Nas questões de reescrituras de frases em provas de 
concurso público, é comum haver substituição de locuções 
adjetivas, verbais, adverbiais, prepositivas e conjuntivas 
por, respectivamente, adjetivos, verbos, advérbios, 
preposições e conjunções, semanticamente 
correspondentes. 
Veja algumas substituições: 
Locuções Adjetivas 
Grupos de vocábulos iniciados por preposição 
caracterizando um substantivo, normalmente. Têm valor de 
um adjetivo. 
– A jogada de mestre serviu para exemplificar sua habilidade. 
– A jogada magistral serviu para exemplificar sua habilidade. 
– A população das cidades vem aumentando exponencialmente. 
– A população urbana vem aumentando exponencialmente. 
Locuções Adverbiais 
Grupos de vocábulos normalmente iniciados por uma 
preposição. Têm valor de advérbio. 
– De repente o tempo ficou nublado. 
– Repentinamente o tempo ficou nublado. 
– Ela faz provas de seis em seis meses. 
– Ela faz provas semestralmente. 
POSSIBILIDADES DE PARALELISMO 
Quando dois ou mais elementos estão coordenados e o 
primeiro está introduzido por preposição, há apenas quatro 
possibilidades corretas de construção: 
– Todo brasileiro tem direito a saúde, educação e 
segurança. (preposição) 
– Todo brasileiro tem direito a saúde, a educação e a 
segurança. (preposição) 
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– Todo brasileiro tem direito à saúde, educação e 
segurança. (preposição + artigo) 
– Todo brasileiro tem direito à saúde, à educação e à 
segurança. (preposição + artigo) 
 
Tal lição serve para qualquer outra preposição. 
 
 
 
6 – MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL 
DOMÍNIO DOS ELEMENTOS DE COESÃO 
 
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DEFINIÇÃO DE COESÃO TEXTUAL 
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e 
verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. 
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos. 
Observe a coesão presente no texto a seguir: 
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual 
distribuição de terras. No entanto, o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o 
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra” 
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do 
texto. 
 
▪ COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas: 
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... 
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... 
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... 
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo... 
- pronomes relativos: que, o qual, onde... 
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá... 
 
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o 
objetivo que tanto almejava. 
 
▪ COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por 
uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto. 
Ex.: 
Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”; 
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”; 
Papa Francisco: Sua Santidade; 
Vênus: A deusa da Beleza. 
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o Poeta dos Escravos é considerado o mais 
importante da geração a qual representou. 
 
◼ COESÃO POR REPETIÇÃO 
Temos a seguir, dois exemplos de adequação: 
 
1. A poesia de Fernando Pessoa que extrai elementos da repetição intencional: 
Eros e Psique 
Conta a lenda que dormia 
Uma Princesa encantada 
A quem só despertaria 
Um Infante, que viria 
De além do muro da estrada. 
Ele tinha que, tentado, 
Vencer o mal e o bem, 
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Antes que, já libertado, 
Deixasse o caminho errado 
Por o que à Princesa vem. 
 
A Princesa Adormecida, 
Se espera, dormindo espera, 
Sonha em morte a sua vida, 
E orna-lhe a fronte esquecida, 
Verde, uma grinalda de hera. 
 
Longe o Infante, esforçado, 
Sem saber que intuito tem, 
Rompe o caminho fadado, 
Ele dela é ignorado, 
Ela para ele é ninguém. 
 
Mas cada um cumpre o Destino 
Ela dormindo encantada, 
Ele buscando-a sem tino 
Pelo processo divino 
Que faz existir a estrada. 
 
E, se bem que seja obscuro 
Tudo pela estrada fora, 
E falso, ele vem seguro, 
E vencendo estrada e muro, 
Chega onde em sono ela mora, 
 
E, inda tonto do que houvera, 
À cabeça, em maresia, 
Ergue a mão, e encontra hera, 
E vê que ele mesmo era 
 
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são: 
Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados 
(orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, pronomes, alguns advérbios e locuções adverbiais. 
Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos: 
 
COMEÇO, INTRODUÇÃO 
Inicialmente, 
Primeiramente, 
antes de tudo, 
desde já, 
 
CONTINUAÇÃO 
além disso 
do mesmo modo 
ainda por cima 
bem como 
outrossim 
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CONCLUSÃO 
Enfim, 
Dessa forma, 
Em suma, 
Nesse sentido, 
Portanto, 
Afinal, 
 
CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL 
logo após 
ocasionalmente 
posteriormente 
atualmente 
enquanto isso 
imediatamente 
não raro 
concomitantemente 
 
SEMELHANÇA, CONFORMIDADE 
igualmente 
segundo 
conforme 
assim também 
de acordo com 
 
EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO 
então 
por exemplo 
isto é 
a saber 
em outras palavras 
ou seja 
quer dizer 
rigorosamente falando 
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de 
vida. 
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos. 
Sendo assim, ainda vejamos: 
Embora, ainda que, mesmo que 
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Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com 
autonomia para vencê-los. Observe o exemplo: 
Ex: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa. 
Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras 
Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em: 
Ex: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro. 
 
Ainda, afinal, por fim 
Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de 
conclusão do assunto abordado. Note: 
Ex: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito. 
 
Aliás, ou melhor, além de tudo, além do mais, além disso 
Conferem mais credibilidade, um argumento decisivo para derrubar argumentos contrários, reforçando-os juntamente à 
ideia final. Constate: 
Ex: O garoto é um excelente aluno, aliás, destaca-se entre os demais. Além do mais é muito educado e gentil. 
Os salários estão cada vez mais baixos, porque não há interesse dos nossos representantes estabelecerem um padrão de 
acordo com a qualidade de vida do brasileiro. 
 
Além de tudo são considerados como renda e estabelecidos como impostos. 
Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma 
Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do 
exemplo a seguir: 
Ex: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito. 
 
Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo 
Estabelecem uma noção gradativa entre os elementos dodiscurso. É o que podemos constatar em: 
Ex: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas. 
 
Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós. 
Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante 
Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que se opõem entre si. Perfeitamente constatável 
em: 
Ex: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo. 
 
E, nem, como também, mas também 
Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso, progressão semântica que adiciona, desenvolvendo ainda mais a 
argumentação ora proferida. A título de constatação, analisemos: 
Ex: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas. 
A prova de Redação serve para medir a capacidade cognitiva do candidato e a maturidade dele em relação ao mundo onde 
vive. 
O e introduz um segmento que acrescenta uma informação nova, por isso seu uso é apropriado. 
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Funções da Linguagem 
O linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação: 
 
Função metalinguística: 
Quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das próprias palavras (códigos). 
 
 
 
 
Função referencial: 
Quando a intenção do emissor é falar objetivamente sobre o contexto real. É a linguagem de caráter informativo. Ex.: 
Textos de jornal, revistas, livros didáticos, científicos. 
 
Dólar mais alto deixa o brasileiro mais pobre; veja quem ganha e quem perde 
Sophia Camargo 
Colaboração para o UOL, em São Paulo. 23/09/201506h00 
O dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 4. Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em 
dólar nem pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto deixou o brasileiro mais 
pobre. 
"O impacto da alta do dólar na vida das pessoas vai chegar a todos, inclusive à dona de casa", diz Edgar de Sá, economista-
chefe da FN Capital. 
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Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio, segundo o professor da Escola de Economia de São 
Paulo da FGV Clemens Nunes. 
Segundo ele, o Brasil está em situação de desequilíbrio fiscal, o que mostra que o governo gasta mais do que ganha, e os 
investidores não enxergam uma solução sustentável para esse problema num futuro próximo. 
"Não há perspectiva de melhora. A consequência disso é que o real se desvaloriza e ficamos mais pobres. Perdemos poder de 
compra em relação ao resto do mundo." 
 
Função poética 
Quando a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras, com o jogo 
de ideias. 
 
 
Função conativa (apelo): 
Quando o emissor organiza a mensagem com o objetivo de influenciar o receptor. 
É muito usada em mensagens publicitárias. 
Ex.: Não deixe para última hora! Programe suas férias. 
 
 
(www.jornale.com.br / Acesso em 01/12/2010) 
 
 
 
 
http://www.jornale.com.br/
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Função Expressiva ou Emotiva 
Quando a linguagem está centrada no próprio emissor, revelando seussentimentos, suas emoções. 
Sonho. Não sei quem sou 
Sonho. Não sei quem sou neste momento. 
Durmo sentindo-me. Na hora calma 
Meu pensamento esquece o pensamento, 
 Minha alma não tem alma. 
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo 
Parece que erro. Sinto que não sei. 
Nada quero nem tenho nem recordo. 
 Não tenho ser nem lei. 
Lapso da consciência entre ilusões, 
Fantasmas me limitam e me contêm. 
Dorme insciente de alheios corações, 
 Coração de ninguém. 
 
Função fática: 
Quando a linguagem é usada para confirmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um canal de comunicação. 
Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade? 
. 
SAIBA MAIS 
QUADRO SINTÉTICO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
No processo da comunicação, todos os elementos estão, de certa forma, presentes. O que há é uma predominância de um 
sobre os demais; por conta disso, um deles determina a função da linguagem. 
O PREDOMÍNIO DO(A) IMPLICA FUNÇÃO DA LINGUAGEM 
Emissor O predomínio da Emotiva (Expressiva) 
Receptor O predomínio da Conativa (Apelo) 
Canal O predomínio da Fática 
Código O predomínio da Metalinguística 
Referente O predomínio da Referencial 
Mensagem O predomínio da Poética 
Campo Lexical e Campo Semântico 
Primeiramente, diferencia-se o que é léxico e semântica para facilitar o entendimento de campo lexical e campo semântico. 
Vejamos: 
Léxico: é o conjunto de palavras usadas em uma língua ou em um texto. Quanto à língua, não existe um falante que domine 
por completo seu léxico, pois o idioma é vivo e vocábulos vão desaparecendo, enquanto novos surgem. Quanto ao texto, o 
léxico corresponde às palavras utilizadas na escrita do mesmo. 
Semântica: é o estudo das significações das palavras, ou seja, do significado de cada vocábulo existente na língua. 
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Dessa forma, campo lexical é formado pelas palavras que derivam de um mesmo radical. Assim, o campo lexical ou a família 
da palavra “pedra”, seria: pedregulho, pedraria, pedreira, pedrinha, dentre outros. 
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por terem o mesmo radical 
(também chamado de família de palavras ou vocábulos cognatos): mar, marinho, marinheiro, marítimo, maresia, amarar, 
amerissar, amaragem, amerissagem... 
Campo semântico 
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por pertencerem à mesma 
área. Nosso conhecimento de mundo nos norteia quanto à escolha de palavras que se correlacionam. 
Na informática, por exemplo, as seguintes palavras pertencem ao mesmo campo semântico: computador, monitor, 
impressora, teclado e tecnologia. 
Já na área do futebol, podemos dizer que as palavras árbitro, bola, gol, equipe, estádio, torcida, cartão, craque, pertencem ao 
mesmo campo. Como já disse, muitos estudiosos entendem que tais grupos de palavras ou expressões pertencem ao mesmo 
campo semântico. 
Campo semântico em torno do conceito de morte: falecer, bater as botas, ir desta para melhor, apagar-se. 
Portanto, é o conjunto dos significados, dos conceitos, que uma palavra possui. Um mesmo termo tem ou pode ter vários 
sentidos, os quais são escolhidos de acordo com o contexto abordado. Assim, são exemplos de campos semânticos: 
a) levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar, receber. 
b) natureza: seres que constituem o universo, temperamento, espécie, qualidade. 
c) nota: anotação, breve comunicação escrita, comunicação escrita e oficial do governo, cédula, som musical, atenção. 
d) breve: de pouca duração, ligeiro, resumido. 
 
7 – MORFOLOGIA: PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
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Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos 
consiste basicamente em que, no processo de derivação, parte-se sempre de um único radical, enquanto no processo de 
composição sempre haverá mais de um radical. 
Derivação 
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, 
chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: 
 
 
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Primitiva Derivada 
mar marítimo, marinheiro, marujo 
terra enterrar, terreiro, aterrar 
 
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de 
outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. 
 
Tipos de Derivação 
Derivação Prefixal ou Prefixação 
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos: 
crer- descrer 
ler- reler 
capaz- incapaz 
 
Derivação Sufixal ou Sufixação 
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe 
gramatical. 
Por Exemplo: 
alfabetização 
 
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do 
substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. 
A derivação sufixal pode ser: 
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. 
Por Exemplo: 
papel - papelaria 
riso - risonho 
 
b) Verbal, formando verbos. 
Por Exemplo: 
atual - atualizar 
 
c) Adverbial, formando advérbios de modo. 
Por Exemplo: 
feliz - felizmente 
Derivação Parassintética ou Parassíntese 
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da 
parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. 
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" 
e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa 
língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". 
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Exemplos: 
Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada 
mudo e mud ec-e-r emudecer 
alma des alm ad-o desalmado 
 
Atenção! 
Não devemos confundir derivação parassintética, em que o 
acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente 
simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização 
e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados 
em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que 
provém de valorizar, que por sua vez provém de valor. 
Nesse casos a derivação recebe o nome de prefixal e 
sufixal. 
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por 
parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de 
"propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não 
existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, 
pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo. 
 
EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL: 
DESLEALDADE = lealdade, desleal ou leal 
INQUIETUDE = inquieto, quietude ou quieto 
INFELICIDADE = infeliz, felicidade ou feliz 
ULTRAPASSAGEM= ultrapassar, passagem, passar 
DESIGUALDADE = desigual, igual 
DESVALORIZAÇÃO = desvalorizar, valorizar, valor. 
 
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE 
ANOITECER (derivado de NOITE ) 
AMOTINAR (derivado de MOTIM) 
ENRAIVECER (derivado de RAIVA) 
ENGORDAR (derivado de GORDO) 
DESALMADO ( derivado de ALMA) 
APODRECER (derivado de PODRE) 
ENDURECER (derivadode DURO) 
EMUDECER ( derivada de MUDO) 
EMPOBRECER (derivada de POBRE) 
ENCAIXOTAR (derivada de CAIXOTE) 
ENCRUZILHADA (derivada de CRUZ) 
DESCASCAR (derivada de CASCA) 
ENALTECER (derivada de ALTO) 
AMANHECER (derivada de MANHÃ) 
ABENÇOAR – (derivado de BÊNÇÃO) 
AMANHECER – (derivado de MANHÃ) 
AMALDIÇOAR – (derivado de MALDIÇÃO) 
ENRIJECER – (derivado de RIJO) 
ENLOUQUECER – (derivado de LOUCO) 
ENTRISTECER – (derivado de TRISTE) 
 
Derivação Regressiva 
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada 
não por acréscimo, mas por redução. 
Exemplos: 
comprar (verbo) beijar (verbo) 
compra (substantivo) beijo (substantivo) 
 
Saiba que: 
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo 
ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte 
orientação: 
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e 
o verbo palavra primitiva. 
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se 
o contrário. 
Vamos observar os exemplos acima:compra e beijo indicam 
ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, 
porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, 
um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. 
Por derivação regressiva, formam-se basicamente 
substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome 
de substantivos deverbais. 
 
EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA 
agito (de agitar) amasso (de amassar) 
ataque (de atacar) abalo (de abalar) 
ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar) 
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apelo (de apelar) choro (de chorar) 
corte (de cortar) debate (de debater) 
erro (de errar) grito (de gritar) 
pesca (de pescar) perda (de perder) 
preparo (de preparar) recuo (de recuar) 
 
Derivação Imprópria 
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, 
sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua 
forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 
1) Os adjetivos passam a substantivos 
Por Exemplo: 
Os bons serão contemplados. 
 
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos 
Por Exemplo: 
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 
 
3) Os infinitivos passam a substantivos 
Por Exemplo: 
O andar de Roberta era fascinante. 
O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 
 
4) Os substantivos passam a adjetivos 
Por Exemplo: 
O funcionário fantasma foi despedido. 
O menino prodígio resolveu o problema. 
 
5) Os adjetivos passam a advérbios 
Por Exemplo: 
Falei baixo para que ninguém escutasse. 
Composição 
Composição é o processo que forma palavras compostas, a 
partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: 
Composição por Justaposição 
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre 
alteração fonética. 
Exemplos: 
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor 
 
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia 
(acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada 
a sonoridade da palavra. 
 
Composição por Aglutinação 
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre 
supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. 
Exemplos: 
embora (em boa hora) 
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) 
hidrelétrico (hidro + elétrico) 
planalto (plano alto) 
 
Hibridismo 
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram 
elementos de línguas diferentes. 
Por Exemplo: 
auto (grego) + móvel (latim) 
 
MORFOLOGIA: 
RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS 
CLASSES GRAMATICAIS; 
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS NOMES. 
CLASSES DE PALAVRAS 
 
DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS 
 
Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela 
maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, 
verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral 
e pronome. 
Classificar uma palavra não é tarefa tão fácil, mas 
atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão 
incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais 
dependendo das suas características. 
A parte da gramática que estuda as classes de palavras é 
a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o 
estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos 
as relações entre as palavras, o contexto em que são 
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/substantivo-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/adjetivo-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/verbo-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/numeral-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/02/09/colocacao-pronominal/
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empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, 
mas somente a forma da palavra. 
Abaixo seguem algumas definições ou características das 
classes gramaticais, mas podemos destacar os principais 
aspectos de cada classe de palavras: 
 
SUBSTANTIVO – classe que dá nome aos seres, mas não 
nomeia somente seres, como também sentimentos, 
estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou 
políticos. 
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, 
carinho. 
 
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para 
determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-
os. 
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. 
 
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os 
adjetivos servem para dar características aos substantivos. 
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, 
amarelo. 
 
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir 
um nome (substantivo) e que determina a pessoa do 
discurso. 
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles. 
 
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se 
encontram nesta classe gramatical. 
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc. 
 
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, a adjetivos 
ou a outros advérbios, modificando-os. 
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc. 
 
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, 
frações, múltiplos, ordem. 
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo. 
 
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, 
estabelecendo relações entre elas. 
Exemplo: em, de, para, por, etc. 
 
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, 
estabelecendo entre elas relações de coordenação ou 
subordinação. 
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc. 
 
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe 
gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras 
podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos 
definir as interjeições como palavras ou expressões que 
evocam emoções, estados de espírito. 
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh! 
MORFOLOGIA: 
reconhecimento, emprego 
e sentido das classes gramaticais: 
CLASSES DE PALAVRAS 
 
PALAVRA “A” 
Artigo definido 
Pronome oblíquo 
Pronome demonstrativo 
Preposição 
 
 
 
 
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/substantivo-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/adjetivo-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/adverbio-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/numeral-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/preposicao-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/conjuncao-resumo/
https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/interjeicao-resumo/
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PALAVRA “UM” 
ARTIGO INDEFINIDO 
NUMERAL 
PRONOME INDEFINIDO 
 
 
 
UM 
CLASSIFICAÇÃO 
MORFOLÓGICA 
IDENTIFICAÇÃO EXEMPLO 
 
Comprei um sorvete 
 
Comprei somente um somente 
 
Um gosta de vôlei, outro de futebol 
 
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Combinação e Contração dos Artigos 
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma 
assumida por essas combinações: 
Preposições Artigos 
 o, os a, as um, uns uma, umas 
a ao, aos à, às - - 
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas 
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas 
por (per) pelo, pelos pela, pelas - - 
 
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida 
por crase. 
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da contração dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por. 
 Artigos, leitura e produção de textos 
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de 
determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos. 
Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos 
definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que 
mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com 
que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literários. 
DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS 
2ª Adjetivo X Pronome Indefinido 
Amigos bastantes X Bastantes amigos 
Pessoas certas X Certas pessoas 
Assuntos diversos X Diversos assuntos 
Adjetivo X Pronome Demonstrativo 
Fato semelhante X Semelhante fato 
https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php
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3ª A troca de posição entre o substantivo e o adjetivo pode gerar mudança de sentido 
Exemplo: 
pobre gente = gente infeliz 
gente pobre = gente sem recurso 
velho amigo = amigo de há muito tempo 
amigo velho = amigo idoso. 
Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos; 
Exemplo: 
 Alto funcionário = funcionário de posição elevada 
 Funcionário Alto = funcionário de alta estatura 
 Bela moça = moça de bons princípios 
 Moça bela = moça bonita 
 Bom homem = homem de grandes virtudes 
 Homem bom = homem bondoso, de bom coração 
 grande homem = homem eminente 
 homem grande = homem alto 
 pobre gente = gente infeliz 
 gente pobre = gente sem recurso 
 santo homem = homem puro 
 homem santo = homem miraculoso 
 velho amigo = amigo de há muito 
 amigo velho = amigo idoso. 
 
O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes 
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo: 
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.” 
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.” 
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que 
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível. 
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda: 
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros) 
 “Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz) 
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável) 
 “O Diretor é um homem grande.” (= alto) 
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto) 
 “Misael é um simples professor.” (= insignificante) 
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma) 
 “Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante) 
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa) 
 “Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa) 
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Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do 
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se 
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase: 
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.” 
b) “Levante a mão direita.” 
c) “Compre uma caneta comum.” 
d) “Eles estavam de comum acordo.” 
 
4ª NÃO confunda o adjetivo adverbializado com o adjetivo ou com o advérbio 
4ª NÃO confunda o adjetivo adverbializado 
com o adjetivo ou com o advérbio 
 
 
 
 
 
 
 
Advérbio modifica 
 
Verbo 
Estudei. 
Estudei ontem. 
Estudei na escola. 
Não estudei. 
Estudei com meus amigos 
Adjetivo 
... menina elegante 
... menina muito elegante 
Advérbio 
... moro longe 
... moro muito longe 
... moro bem distante 
 
O globo é redondo 
A cerveja que desce redondo 
... namoro um rapaz bonito 
Meu namorado falou bonito 
 
5ª Cuidado com essas palavras 
Muito arroz/Muita salada pouco, bastante 
Estudou muito/Muito satisfeito(s)/ Muito bem pouco, bastante 
Mais arroz, mais doces 
Estudou mais/ mais satisfeito(s)/mais bem 
Não estudou mais 
 
 
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MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO 
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como 
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. 
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do 
objeto ou como núcleo do vocativo. 
Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por 
grupos de palavras. 
 
 
NÃO ESQUECER: 
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA 
A derivação imprópria se dá pela mudança de classificação 
morfológica de um apalavra, que depende do contexto. A 
palavra não muda nada na forma, o que muda é sua 
classificação morfológica e seu sentido. 
 
Exemplos: 
 Esta questão só tem um pró. (substantivo) 
 Branca, você me ama? (substantivo) 
 O três é um numeral cardinal. (substantivo) 
 Ele tem um jeito moleque. ( adjetivo) 
 Você é um judas safado! ( substantivo comum) 
DERIVAÇÃO REGRESSIVA 
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada 
não por acréscimo, mas por redução. 
Exemplos: 
comprar (verbo) 
compra (substantivo) 
beijar (verbo) 
beijo (substantivo) 
 
Saiba que: 
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo 
ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte 
orientação: 
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o 
verbo palavra primitiva. 
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-
se o contrário. 
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo 
indicam ações, logo, são palavras derivadas. 
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O mesmo fato não ocorre, porém, com a palavra âncora, 
que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que 
dá origem ao verbo ancorar. 
Por derivação regressiva, formam-se basicamente 
substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome 
de substantivos deverbais. 
OUTROS EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA 
abalo (de abalar) agito (de agitar) 
ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar) 
amasso (de amassar) apelo (de apelar) 
ataque(de atacar) choro (de chorar) 
corte (de cortar) debate ( de debater) 
erro (de errar) grito ( de gritar) 
pesca (de pescar) perda (de perder) 
preparo (de preparar) recuo ( de recuar) 
 
Substantivos terminados em ÃO. Há três formas de plural: 
ÃOS, ÃES, ÕES. 
A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –
ão faz o plural em –ões. Vejamos: 
Balão – balões Botão – botões 
Cordão – cordões Estação – estações 
Limão – limões Paixão – paixões 
Visão – visões Razão – razões 
 
Quando a terminação –ão recaí sob a sílaba átona -sem 
tonicidade, pronunciada mais fracamente- o plural obedece 
à regra básica: acrescenta-se “s” no final: 
Bênção – bênçãos 
Órgão – órgãos 
Sótão – sótãos 
 
Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas entre 
algumas oxítonas, monossílabas ou não, acontece o mesmo: 
mão – mãos, chão – chãos, 
Grão – grãos, irmão – irmãos, 
Artesão – artesãos, cidadão – cidadãos 
 
Poucos vocábulos tem seu plural em –ães: 
Alemão- alemães 
cão – cães capitão – capitães 
catalão – catalães charlatão – charlatães 
escrivão – escrivães guardião – guardiães 
pão – pães sacristão – sacristães 
tabelião – tabeliães 
Algumas palavras aceitam várias formas de plural. É o caso 
de: 
- aldeão - aldeões/ aldeãos/ aldeães 
- ancião - anciãos/ anciães/ anciões 
- castelão - castelãos/ castelões 
- corrimão - corrimãos/ corrimões 
- hortelão - hortelãos/ hortelões 
- sultão - sultões/ sultãos/ sultães 
- vilão - vilãos/ vilões 
 
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 
• Substantivos não separados por hífen, acrescenta-se S 
no final. (ponta-pé/pontapés) 
Substantivos separados por hífen: variam os dois elementos 
ou um elemento conforme o caso. 
- Os dois elementos vão para o plural com: 
• substantivo + substantivo, 
• substantivo + adjetivo, 
• adjetivo + substantivo, 
• numeral + substantivo. 
- Apenas o primeiro elemento vai para o plural: se o 
segundo elemento limitar a ideia do primeiro, indicando 
tipo, semelhança ou finalidade deste (Ex.: pombo-
correio; banana-maçã) e se os elementos forem ligados 
por preposição. (pão-de-ló) 
- Apenas o segundo elemento vai para o plural: se o 
primeiro elemento for verbo ou palavra invariável 
(advérbio, preposição). Exs: (grão-duques, grã-cruzes, 
bel-prazeres, os troca-tintas, os espirra-canivetes); 
- Em elementos repetidos, muito parecidos ou 
onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-
ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues); 
- Nenhum dos elementos vai para o plural se formado por 
verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os 
leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-
abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-
diz); 
- palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser 
substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode 
variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas). 
 
FORMAÇÃO DO PLURAL 
Plural dos Diminutivos 
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e 
acrescenta-se o sufixo diminutivo. 
 pãe(s) + zinhos = pãezinhos 
 animai(s) + zinhos = animaizinhos 
 botõe(s) + zinhos =botõezinhos 
 chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos 
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 farói(s) + zinhos = faroizinhos 
 tren(s) + zinhos = trenzinhos 
 colhere(s) + zinhas = colherezinhas 
 flore(s) + zinhas = florezinhas 
 mão(s) + zinhas = mãozinhas 
 papéi(s) + zinhos = papeizinhos 
 nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas 
 funi(s) + zinhos = funizinhos 
 túnei(s) + zinhos = tuneizinhos 
 pai(s) + zinhos = paizinhos 
 pé(s) + zinhos = pezinhos 
 pé(s) + zitos = pezitos 
 
SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL: 
 anais, arredores, cãs (cabelos brancos), condolências, 
damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), 
esponsais (contrato de casamento ou noivado), exéquias 
(cerimônias fúnebres), férias, fezes, núpcias, óculos, 
olheiras, primícias (começos, prelúdios), pêsames, 
vísceras, víveres, nomes de naipes( ouros, paus) 
Certos substantivos, quando assumem a forma de plural, 
sofrem uma alteração na pronúncia do ô (fechado) da sílaba 
tônica, que passa a ser pronunciado ó (aberto). É o plural 
com metafonia. Exemplos: 
 
PLURAL COM MUDANÇA DE TIMBRE 
Certos substantivos formam o plural com mudança de 
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato 
fonético chamado metafonia. 
corpo - corpos osso 
esforço ovo 
fogo caroço 
porto fosso 
posto imposto 
rogo olho 
aposto corno 
despojo destroço 
forno miolo 
morno poço 
socorro tijolo 
caroço reforço 
 
NÃO MUDAM O TIMBRE: 
acordos bolos 
bolsos choros 
confortos contornos 
dorsos esboços 
esgotos esposos 
estojos ferrolhos, 
globos gostos 
gozos rolos 
repolhos todos. 
 
SUBSTANTIVOS SEM SINGULAR 
Alguns substantivos são usados unicamente no plural. 
Exemplos: 
 os arredores  as núpcias 
 os Andes  os óculos 
 as férias (= descanso)  os pêsames 
 
VALOR SEMÂNTICO DO SUFIXO 
Desprezo / arrogância 
Tira essa gentinha daí! 
Ah, deixa de ser chorão... 
Carinho 
Filhote, venha cá... 
 
Aninha, já falou com sua mãezinha aqui, que está cheia de 
saudades? 
Orgulho / admiração 
O cara fez um golaço! 
Uau, que carrão... 
 
OBS.: Além de sua função clássica, pode indicar valores e 
intenções, ou seja, a escolha dos sufixos indicadores de grau 
pode relacionar-se tanto à afetividade quanto ao 
desprestígio. 
 
Nossa, para escrever um textinho desses precisava demorar 
tanto. 
Ai você está tão lindinha! Parece um filhote de baleia. 
Você é um cabeção mesmo, entendeu tudo errado 
Que mulherzinha complicada! 
Querida, trouxe uma florzinha para você. 
Que bebê fofucho! 
Amorzão, estou morrendo de saudade. 
Queridinha, já te falei duas vezes que não quero esse plano. 
 
 
 
 
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Coletivos mais usados: 
COLETIVO É UM CONJUNTO DE: 
 Alcateia – lobos 
 Arquipélago – ilhas 
 Banca – examinadores, advogados 
 Banda – músicos 
 Bando – aves, malfeitores 
 Cáfila – camelos 
 Caravana – viajantes 
 Conciliábulo – conspiradores 
 Corja – vadios, vagabundos 
 Elenco – atores 
 Esquadra – navios de guerra 
 Esquadrilha – aviões 
 Fauna – animais de uma região 
 Flora – plantas de uma região 
 Horda – invasores, aventureiros 
 Legião – soldados 
 Matilha – cães de caça 
 Quadrilha – assaltantes, ladrões 
 Resma – folhas de papel 
 Vara – porcos 
 
SÃO SUBSTANTIVOS MASCULINOS 
o açúcar o afã 
o ágape o alvará 
o amálgama o aneurisma 
o antílope o gengibre 
o apêndice o apetite 
o algoz o boia-fria 
o toalete o pão-duro 
o cônjuge o clã 
o champanha o cola-tudo 
o coma o guaraná 
o herpes o guaraná 
o haras o lotação 
o derma o diagrama 
o dó o diadema 
o decalque o epigrama 
o eclipse o estigma 
o eczema o formicida 
o magma o estratagemao matiz o magazine 
o milhar o telefonema 
o pijama o pé-frio 
o plasma o pernoite 
o sósia o suéter 
o talismã o púbis 
 
SÃO SUBSTANTIVOS FEMININOS 
a aguardente a acne 
a alcunha a bacanal 
a benesse a couve 
a couve-flor a cal 
a quitinete a comichão 
a derme a pane 
a aguarrás a dinamite 
a elipse a ênfase 
a echarpe a entorse 
a enzima a faringe 
a ferrugem a fênix 
a alface a apendicite 
a gênese a grafite 
a ioga a libido 
a matinê a mascote 
a musse a nuance 
a omoplata a soja 
a ordenança a sentinela 
a omelete a própolis 
a patinete a cólera(ira) 
 
SÃO SUBSTANTIVOS MASCULINOS E FEMININOS 
o/a diabete(s) o/a pijama 
o/a dengue o/a usucapião 
o/a componente o/a tapa 
o/a gambá o/a travesti 
o/a agravante 
Em linguagem popular, ou por razões estilísticas, 
encontramos a CARRASCA, a ÍDOLA, a CHEFA... NÃO são 
formas da língua culta. 
 
SUBSTANTIVOS SOBRECOMUNS têm a mesma forma 
genérica para o masculino ou feminino, não variando nem 
mesmo o artigo ou o adjetivo que os acompanham. 
o cônjuge o monstro 
o verdugo a vítima 
o tipo o animal 
o cadáver a criatura 
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o dedo-duro o defunto 
o gênio o ídolo 
o carrasco o membro 
o nó-cego o pão-duro 
a criança o indivíduo 
o apóstolo a pessoa 
a testemunha 
 
SUBSTANTIVOS COMUNS DE DOIS GÊNEROS 
O gênero é indicado pelo artigo ou pelo adjetivo que a tais 
substantivos se referem: 
o acrobata, a acrobata; 
o agente, a agente; 
o artista, a artista; 
o consorte, a consorte; 
o herege, a herege; 
o intérprete, a intérprete; 
o lojista, a lojista; 
o suicida, a suicida; 
o estudante, a estudante; 
o cliente, a cliente; 
o colega, a colega; 
o indígena, a indígena; 
o pianista, a pianista; 
o gerente, a gerente; 
o camarada, a camarada; 
o imigrante, a imigrante; 
o fã, a fã; 
o médium, a médium; 
o repórter, a repórter. 
 
Gênero e Significação 
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e 
outra no feminino. 
Observe: 
 o cabeça (chefe) 
 a cabeça (parte do corpo) 
 o cisma (separação religiosa, dissidência) 
 a cisma (ato de cismar, desconfiança) 
 o capital (dinheiro) 
 a capital (cidade) 
 o guia (pessoa que guia outras) 
 a guia (documento, pena grande das asas das aves) 
 o grama (unidade de peso) 
 a grama (relva) 
 o caixa (funcionário da caixa) 
 a caixa (recipiente, setor de pagamentos) 
 o lente (professor) 
 a lente (vidro de aumento) 
 o moral (ânimo) 
 a moral (honestidade, bons costumes, ética) 
 o nascente (lado onde nasce o Sol) 
 a nascente (a fonte) 
 o rádio (aparelho receptor) 
 a rádio (estação emissora) 
 
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes 
Epicenos: 
Observe: 
 Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. 
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso 
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma 
para indicar o masculino e o feminino. 
 A cobra macho picou o marinheiro. 
 A cobra fêmea escondeu-se na bananeira 
 
 ADJETIVO 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou 
característica do ser e se encaixa diretamente ao lado de 
um substantivo. Observe o exemplo seguinte: 
 Aquele homem bondoso sempre me ajuda. 
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, 
percebemos que além de expressar uma qualidade, ela 
pode ser encaixada diretamente ao lado de um substantivo: 
homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. 
Já com a palavra bondade, embora expresse uma 
qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: 
homem bondade, moça bondade. 
 Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. 
 
MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos 
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como 
predicativo (do sujeito ou do objeto). 
PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO OU ADJUNTO 
ADNOMINAL: QUAL A DIFERENÇA? 
A diferença entre o predicativo do objeto e o adjunto 
adnominal é que este é parte do objeto e aquele é um 
termo que se relaciona ao objeto. 
A presença de características semelhantes revela, sem 
dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns 
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questionamentos, principalmente quando o assunto diz 
respeito à análise sintática. 
Dessa forma, de modo a constatar a diferença que demarca 
ambos os elementos linguísticos, veja a análise de alguns 
enunciados, evidenciados a seguir: 
 Os alunos consideraram a prova fácil. 
No intuito de descobrir se o termo em questão (fácil) se 
classifica como um adjunto adnominal ou como um 
predicativo do objeto, basta substituí-lo por um pronome 
substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado: 
 Os professores consideraram-na difícil. 
Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua 
como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). Assim, 
mesmo havendo tal substituição, o termo “difícil” 
continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, 
mas sim um termo que a ele está relacionado. 
Considera-se, dessa forma, tratar-se de um predicativo do 
objeto direto. 
Veja, pois, outro exemplo: 
 Os alunos resolveram uma questão fácil. 
Realizando o mesmo processo, o de substituir o objeto 
direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se 
somente: 
 Os alunos resolveram-na. 
Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na fácil” 
configuraria uma inadequação. 
É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo 
“fácil”, em se tratando desse caso, classifica-se como 
um adjunto adnominal, haja vista que ele é parte do objeto 
direto, e não um termo que a ele se relaciona, assim como 
ocorre com o predicativo. 
LOCUÇÃO ADJETIVA 
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias 
duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se 
locução. 
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, 
pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um 
adjetivo: é a locução adjetiva (expressão que equivale a um 
adjetivo). 
Por exemplo: 
Aves da noite (aves noturnas), 
paixão sem freio (paixão desenfreada), 
jornal de ontem, almoço de hoje, 
carro dela, 
máquina de enxugar, 
dinheiro das duas 
 
GRAU DO ADJETIVO: 
Os adjetivos sofrem flexão em grau, indicando assim 
gradação nas qualidades representadas pelos adjetivos. 
Grau comparativo dos adjetivos 
No grau comparativo, ocorre principalmente a comparação 
de uma característica em dois ou mais seres. Pode ocorrer 
também a comparação de duas ou mais características do 
mesmo ser. 
O grau comparativo estabelece inferioridade, igualdade e 
superioridade, subdividindo-se em grau comparativo de 
inferioridade, grau comparativo de igualdade e grau 
comparativo de superioridade. 
 
Grau comparativo de inferioridade 
menos… que ou menos… do que 
Letícia é menos agitada que Mateus. 
Letícia é menos agitada do que Mateus. 
 
Grau comparativo de igualdadetão… quanto, tão… como ou tão… quão 
Letícia é tão agitada quanto Mateus. 
Letícia é tão agitada como Mateus. 
Letícia é tão agitada quão faladora. 
 
Grau comparativo de superioridade 
mais… que ou mais… do que 
Letícia é mais agitada que Mateus. 
Letícia é mais agitada do que Mateus. 
 
Alguns adjetivos apresentam formas sintéticas no grau 
comparativo de superioridade: 
(mais) bom = melhor; 
(mais) mau = pior; 
(mais) grande = maior; 
(mais) pequeno = menor. 
(mais) alto – superior 
(mais) baixo - inferior 
 
Nessas situações, não deverá ser usado o advérbio mais: 
Letícia é melhor que Mateus. 
Letícia é melhor do que Mateus. 
Letícia é pior que Mateus. 
Letícia é pior do que Mateus. 
Letícia é maior que Mateus. 
Letícia é maior do que Mateus. 
Letícia é menor que Mateus. 
Letícia é menor do que Mateus. 
Na estatura, Letícia é superior a Mateus 
Na estatura, Letícia é inferior a Mateus 
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Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de 
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, 
respectivamente. 
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas 
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações 
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais 
grande e mais pequeno. 
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo – comparação de 
dois elementos. 
Pedro é mais grande que pequeno – comparação de duas 
qualidades de um mesmo elemento. 
4) Sou menos alto (do) que você. (Comparativo de 
inferioridade) Sou menos passivo (do) que tolerante. 
 
SUPERLATIVO 
Um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético 
caracteriza um ou mais seres atribuindo-lhes qualidades em 
grau muito elevado. 
• O teste foi facílimo. 
• O professor é sapientíssimo. 
• A sobremesa é dulcíssima. 
Formação do grau superlativo absoluto sintético 
A principal regra de formação do grau superlativo absoluto 
sintético dos adjetivos é pela junção do sufixo -íssimo: 
• agilíssimo; 
• malíssimo; 
• originalíssimo; 
• … 
Adjetivos que terminam em vogal: 
Quando o adjetivo termina em vogal, ocorre a supressão 
dessa vogal: 
• belíssimo; 
• fortíssimo; 
• tristíssimo; 
• … 
Adjetivos que terminam em -io: 
Quando os adjetivos terminam em -io, ocorre uma 
duplicação da consoante i, formando o hiato i-í: 
• seriíssimo; 
• necessariíssimo; 
• precariíssimo; 
• … 
Adjetivos que terminam em - vel: 
Quando os adjetivos terminam em -vel, ocorre a adaptação 
da forma latina primitiva para -bilíssimo: 
• amabilíssimo; 
• notabilíssimo; 
• sensibilíssimo; 
• … 
 
Adjetivos que terminam em -z: 
Quando os adjetivos terminam em -z, ocorre a adaptação 
da forma latina primitiva para -císsimo: 
• felicíssimo; 
• ferocíssimo; 
• velocíssimo; 
• … 
 
Adjetivos que terminam em -m: 
Quando os adjetivos terminam em -m, ocorre a adaptação 
da forma latina primitiva para -níssimo: 
• comuníssimo; 
• joveníssimo; 
• boníssimo; 
• … 
Adjetivos que terminam em -ão: 
Quando os adjetivos terminam em -ão, ocorre a adaptação 
da forma latina primitiva para -aníssimo: 
• saníssimo; 
• cristianíssimo; 
• vaníssimo; 
• … 
Adjetivos com forma erudita: 
Existem diversos adjetivos que apresentam uma forma 
alatinada erudita de formação do grau superlativo: 
• macérrimo; 
• paupérrimo; 
• celebérrimo; 
• nigérrimo; 
• … 
Observe alguns superlativos sintéticos: 
Benéfico – beneficentíssimo 
Bom – boníssimo ou ótimo 
Célebre – celebérrimo 
Comum – comuníssimo 
Cruel – crudelíssimo 
Difícil – dificílimo 
Doce – dulcíssimo 
Fácil – facílimo 
Fiel – fidelíssimo 
Frágil – fragílimo 
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Frio – friíssimo 
Humilde – humílimo 
Jovem – juveníssimo 
Livre – libérrimo 
Magnífico – magnificentíssimo 
Magro – macérrimo ou magríssimo 
Manso – mansuetíssimo 
Mau – péssimo 
Necessário - necessariíssimo 
Nobre – nobilíssimo 
Pequeno – mínimo 
Pobre – paupérrimo ou pobríssimo 
Precário - precariíssimo 
Próspero – prospérrimo 
Sábio – sapientíssimo 
Sagrado – sacratíssimo 
Sério - seriíssimo 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------------- 
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------- 
Grau superlativo relativo 
No grau superlativo relativo, a caracterização de uma coisa ou ser é feita em relação a um conjunto de outras coisas ou seres, 
sendo atribuída uma qualidade em maior ou menor grau. O grau superlativo relativo divide-se em grau superlativo relativo 
de superioridade e grau superlativo relativo de inferioridade. 
Grau superlativo relativo de superioridade 
• Na corrida da escola, meu filho foi o mais rápido. 
• Aquela diretora é a mais simpática de todas. 
Grau superlativo relativo de inferioridade 
• Na corrida da escola, meu filho foi o menos rápido. 
• Aquela diretora é a menos simpática de todas. 
Podemos usar o ADJETIVO com valor de SUBSTANTIVO. Para tanto, basta colocar antecedendo de um artigo, ou seja, basta 
colocar um artigo antes do adjetivo. 
Exemplo: 
 "O pouco com Deus é muito". 
 "Devemos contemplar o azul do céu". 
 "Precisamos conservar o verde" . 
Nesses casos: pouco, azul, verde, são adjetivos substantivados. 
 
d) Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos; 
Exemplo: 
 Alto funcionário = funcionário de posição elevada 
 Funcionário Alto = funcionário de alta estatura 
 Bela moça = moça de bons princípios 
 Moça bela = moça bonita 
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 Bom homem = homem de grandes virtudes 
 Homem bom = homem bondoso, de bom coração 
 grande homem = homem eminente 
 homem grande = homem alto 
 pobre gente = gente infeliz 
 gente pobre = gente sem recurso 
 santo homem = homem puro 
 homem santo = homem miraculoso 
 velho amigo = amigo de há muito 
 amigo velho = amigo idoso. 
 
O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes 
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo: 
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.” 
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.” 
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que 
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível. 
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda: 
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros) 
 “Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz) 
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável) 
 “O Diretor é um homem grande.” (= alto) 
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto) 
 “Misael é um simples professor.” (= insignificante) 
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma) 
 “Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante) 
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa) 
 “Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa) 
 
Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do 
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se 
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase: 
a)“Encontrei Vítor por mero acaso.” 
b) “Levante a mão direita.” 
c) “Compre uma caneta comum.” 
d) “Eles estavam de comum acordo.” 
 
ATENÇÃO! 
ADJETIVOS DE RELAÇÃO 
Adjetivos de relação são nomes qualificadores oriundos de substantivos. O adjetivo de relação é aquele que 
a) tem valor semântico objetivo, ou seja, não expressa subjetividade ou ponto de vista; 
b) é derivado por sufixação de um substantivo; 
c) vem colocado após o substantivo; 
d) não varia em grau superlativo, ou seja, não pode ser intensificado. 
 
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Exemplos: 
– espumante da Argentina: espumante argentino 
– energia do núcleo: energia nuclear 
De modo geral, estringem a extensão do significado de unidades desta classe de palavras e normalmente não admitem flexão 
de grau. Por exemplo, ígneo = de fogo e férreo = de ferro. Seguem abaixo mais alguns exemplos: 
1. Em ordem alfabética de adjetivo 
Adjetivo Substantivo Adjetivo Substantivo 
Aquático 
Arenoso 
Áureo 
Auricular 
Cardíaco 
Celeste 
Chuvoso 
Cristalino 
Elétrico 
Enérgico 
Eólico 
Fluvial 
Filial 
Floral 
Glacial 
Hepático 
água 
areia 
ouro 
ouvido 
coração 
céu 
chuva 
cristal 
eletricidade 
energia 
vento 
rio 
filho 
flor 
gelo 
fígado 
 Lácteo 
Materno 
Ocular 
Onírico 
Ósseo 
Paterno 
Pétreo 
Pluvial 
Renal 
Sintático 
Telúrico 
Térmico 
Térreo 
Terráqueo 
Ventoso 
Vítreo 
leite 
mãe 
olho 
sonho 
osso 
pai 
pedra 
chuva 
rim 
sintaxe 
sal 
calor 
terra (solo) 
terra (planeta) 
vento 
vidro 
 
2. Em ordem alfabética de substantivo 
Substantivo Adjetivo correspondente Substantivo Adjetivo correspondente 
Água 
Areia 
Calor 
Céu 
Chuva, pluvial 
Coração (órgão) 
Cristal 
Eletricidade 
Energia 
Fígado 
Filho 
Flor 
Gelo 
Leite 
Aquático 
Arenoso 
Térmico 
Celeste 
Chuvoso, pluvial 
Cardíaco 
Cristalino 
Elétrico 
Energético, enérgico 
Hepático 
Filial 
Floral 
Glacial 
Lácteo 
 Mãe 
Olho 
Osso 
Ouro 
Ouvido 
Pai 
Pedra 
Rim 
Rio 
Sintaxe 
Terra (planeta) 
Terra (solo) 
Vento 
Vidro 
Maternal 
Ocular 
Ósseo 
Áureo 
Auricular 
Paternal 
Pétreo 
Renal 
Fluvial 
Sintático 
Terrestre, terráqueo, telúrico 7 
Terrestre, térreo, telúrico 
Eólico, eólio, ventoso 
Vítreo 
 
LOCUÇÃO ADJETIVA 
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se 
locução. 
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a 
locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). 
Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada), jornal de ontem, almoço de hoje, carro 
dela, máquina de enxugar, dinheiro das duas 
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Observe outros exemplos: 
De águia – aquilino De aluno – discente 
De anjo – angelical De ano – anual 
De aranha – aracnídeo De asno – asinino 
De bispo – episcopal De boi – bovino 
De bronze – brônzeo De cabelo – capilar 
De cabra – caprino De campo – campestre ou rural 
De cão – canino De cavalo – cavalar, equino ou hípico 
De chumbo – plúmbeo De chuva – pluvial 
De cinza – cinéreo De cobre – cúprico 
De couro – coriáceo De criança – pueril 
De dedo – digital De diamante – diamantino ou adamantino 
De elefante – elefantino De enxofre – sulfúrico 
De esmeralda – esmeraldino De estômago – estomacal ou gástrico 
De farinha – farináceo De fera – ferino 
De ferro – férreo De fígado – figadal ou hepático 
De fogo – ígneo De garganta – gutural 
De gelo – glacial De gesso – gípseo 
De guerra – bélico De homem – viril ou humano 
De ilha – insular De intestino – celíaco ou entérico 
De inverno – hibernal ou invernal De lago – lacustre 
De laringe – laríngeo De leão – leonino 
De lebre – leporino De lobo – lupino 
De lua – lunar ou selênico De macaco – simiesco, símio ou macacal 
De madeira – lígneo De marfim – ebúrneo 
De mestre – magistral De monge – monacal 
De neve – níveo De nuca – occipital 
De orelha – auricular De ouro – áureo 
De ovelha – ovino De paixão – passional 
De pâncreas – pancreático De peixe – písceo 
De pombo – columbino De porco – suíno 
De prata – argênteo Dos quadris – ciático 
De raposa – vulpino De rio – fluvial 
De serpente – viperino De sonho – onírico 
De terra – telúrico, terrestre ou terreno De urso – ursino 
De velho-senil De vento – eólico 
De verão – estival De vidro – vítreo 
De virilha – inguinal De visão – óptico ou ótico 
 
PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS 
Se o segundo elemento for um adjetivo, haverá flexão. 
Ex. 
 Artistas norte-americanos. 
 Foram feitas apresentações afro-hispano-lusitanas. 
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Se o segundo elemento for um substantivo, ele não será flexionado. Esmaltes vermelho-paixão. 
Atenção: 
• Adjetivos compostos que não se flexionam: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, zero-
quilômetro, verde-musgo; 
Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. 
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará 
invariável. Por exemplo: a palavra ―rosa (laranja, limão, vinho, violeta, rosa, cinza, gelo) é originalmente um substantivo, 
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. 
Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo 
composto inteiro ficará invariável. Por exemplo: 
 Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. 
 Olhos verde-claros. Paredes verde-claras. 
 Calças azul-escuras Camisas verde-mar. 
 Telhados marrom-café. 
Obs.: 
– Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. 
– O adjetivo composto surdo-mudo, claro-escuro e pele-vermelha foge à regra de flexão, pois ambos vão para o plural, 
portanto, “Os surdos-mudos”. “Os peles-vermelhas” 
 
PREPOSIÇÃO 
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação 
(regente - regido). 
Divide-se em: 
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, 
sem, sob, sobre, trás. 
• Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com), 
consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de). 
 
 (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele 
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem) 
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos 
pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram). 
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a 
fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar 
de, devido a. 
 
NUMERAL 
Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral. 
Exemplo: Comprou duas caixinhas de música. 
Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número. 
O numeral pode indicar: 
• quantidade– Choveu durante quatro semanas. 
• ordem – O terceiro aluno da fileira era o mais alto. 
• multiplicação – O operário pediu o dobro do salário. 
• fração – Comeu meia maçã. 
 
 
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1. Classificação do numeral 
• Cardinal – Indica uma quantidade determinada de seres. 
• Ordinal – Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série. 
• Multiplicativo – Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. 
• Fracionário – Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida. 
 
CUIDADO! 
O primeiro aspecto a que devemos nos atentar é que milhar e milhão, assim como bilhão, trilhão, e assim por diante, são 
substantivos masculinos. 
O próximo aspecto é: se estamos fazendo referência à concordância nominal, temos que estar cientes de que essa se traduz 
pela adaptação em gênero e número do substantivo (no caso, os dois citados: milhar e milhão) aos seus respectivos 
modificadores: artigos, pronomes, adjetivos e numerais. 
Dessa forma, analisemos alguns enunciados que seguem: 
 Uns dois milhões de mulheres aguardavam para ser atendidas. 
Constatamos que o artigo indefinido “uns” concordou com o substantivo “milhões” em gênero (masculino) e em número 
(plural). 
 Os milhares de brasileiras torcem pelos atletas nas competições mundiais. 
Não diferentemente ocorre, haja vista que podemos fazer a mesma constatação entre a concordância em gênero do artigo 
(masculino) e número (plural). 
 O país, cujos milhões de desabrigados se encontram à espera de ajuda, nada faz. 
Notamos, também, a concordância em gênero (masculino) e número (plural) do pronome “cujos”. 
Contudo, devemos ficar atentos aos numerais que apresentam flexão de gênero, que são representados pelos cardinais um, 
dois e as centenas a partir de duzentos. A título de ilustração, vejamos alguns casos: 
 Trezentas cabeças de gado foram vendidas. 
 Quinhentas mulheres participaram do protesto. 
Falamos, pois, acerca da concordância nominal, mas e a concordância verbal, como fica no caso em estudo? 
 Um milhão de pessoas votaram contra. 
Ou 
 Um milhão de pessoas votou contra. 
Podemos afirmar que em ambos os casos a concordância se efetivou de forma adequada, visto que tanto o verbo pode 
permanecer no singular para concordar com “milhão” – que representa um substantivo masculino no singular – ou pode ir 
para o plural, concordando atrativamente com o especificador “pessoas”. 
No caso de o verbo ser de ligação, a concordância deve ser feita, de preferência, com o especificador. Vejamos alguns 
exemplos: 
 Um milhão de recursos foram gastos. 
 Três milhões de desabrigados estão alojados em centros comunitários. 
 
PARTICULARIDADES DOS NUMERAIS 
Quando designamos reis, papas, assim como os séculos ou capítulos, devemos usar o ordinal até dez, e o cardinal, de onze 
em diante. 
 Pedro I (primeiro) - século II (segundo) 
 Pio X (décimo) - capítulo VIII (oitavo) 
 Luís XV (quinze) - século XX (vinte) 
b) Quando enumeramos artigos de leis, decretos e portarias devemos usar o ordinal até nove, e o cardinal de dez em diante. 
 artigo 1º (primeiro) 
 artigo 10 (dez) 
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c) Quando nos referimos a dias do mês, número de casa e páginas, devemos usar o cardinal. 
 treze de maio 
 casa quinze 
 vinte e cinco de dezembro 
 página quatro 
Empregamos o ORDINAL quando for o primeiro dia do mês. 
Ex: primeiro de abril. 
 
d) Quando o numeral vem antes do substantivo, emprega-se o ordinal. 
 nona página 
 oitavo século 
 quinta casa 
 décimo capítulo 
e) Na numeração de portarias, decretos, leis, artigos, e outros textos oficiais, empregam-se os ordinais até o nono, e os 
cardinais a partir do dez 
 artigo 3º ( terceiro) 
 parágrafo 9º ( nono) 
 artigo 19 ( dezenove) 
 
f) Na enumeração de páginas, casas, apartamentos, andares de edifícios, blocos, sempre empregamos os cardinais 
 página 45( quarente e cinco ) 
 casa 12 ( doze) 
Se, porém, o numeral anteceder o substantivo, deve-se usar os ordinais 
 45ª página 
 12ª casa 
 
Emprego das Preposições 
1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem perda fonética (ao/aos). 
2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se naquela) 
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”) 
4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.) 
5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de). 
 
Noções estabelecidas pelas preposições 
Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e 
lugar. 
Nas frases, exprimem diversas relações: 
• Autoria: música de Caetano 
• Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa 
• Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias 
• Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em branco 
• Causa: tremer de frio / preso por vadiagem 
• Assunto: falar sobre política 
• Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar 
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• Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca 
• Companhia: sair com amigos 
• Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus 
• Matéria: anel de prata / pão com farinha 
• Posse: carro de João 
• Oposição: Flamengo contra Fluminense 
• Conteúdo: copo de (com) vinho 
• Preço: vender a (por) R$ 300,00 
• Origem: descender de família humilde 
• Especialidade: formou-se em Medicina 
• Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente 
 
VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES 
Valor Relacional: Liga palavras e orações. 
 Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela. 
 
Valor Nocional: Tem sentido de circunstância: 
 Venho do cinema. (lugar)  Morreu de tédio. (causa) 
 Porta de madeira. (matéria)  Cadeira de balanço. (finalidade) 
 João foi a São Paulo. (destino, direção)  João veio de São Paulo (procedência) 
 Maria saiu a sua mãe. (semelhança)  Fui ao cinema com Paula. (companhia) 
 Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)  Voltaremos a qualquer momento. (tempo) 
 Compras só em dinheiro. (condição) 
obs.: Não é em todo contexto que a preposição pode apresentar sentido. Às vezes, a preposição não tem sentido algum, 
servindo como mero elemento conector. 
Do ponto de vista sintático, a preposição nunca exerce função sintática, mas participa no sistema de transitividade, 
introduzindo complementos (verbais ou nominais), ou na construção de adjuntos (adnominais ou adverbiais). Muitos verbos, 
substantivos, adjetivos e advérbios exigem complemento preposicionado, por isso ela é um conectivo subordinativo: 
– Não concordo com atitudes precipitadas. 
– Tenho admiração por quem é solidário. 
– Bebida alcoólica é imprópria para menores. 
– Paralelamente às apresentações, o cantor se destacou. 
 
Obs.: O papel da preposição é subordinar um termo a outro. Logo, o primeiro termo (anterior à preposição) é o 
subordinante, e o segundo termo (posterior à preposição) é o subordinado. 
Vejamos as locuções prepositivas e seus valores semânticos 
Lugar: perto de, acima de, longe de, fora de, além de, dentro de, abaixo de, atrás de, por trás de, por detrás de, através de, 
debaixo de, embaixo de, em cima de, defronte de, em frente de/a, à frente de,ao/em redor de, em torno de, até a, ao lado 
de, a par de, diante de, adiante de, em face de (e não face a; no entanto o gramático Celso P. Luft e a banca Esaf 
abonam tal construção, assim como frente a), ao lado de, junto de/a/com, por baixo de, por cima de, ao nível de (é 
equivocada a forma a nível de). 
 
Tempo: perto de, dentro de, antes de, depois de, ao longo de, a partir de (indica ponto de partida, podendo indicar 
quantidade), por volta de, a cerca de (valor aproximado), a ponto de (pode indicar consequência; ao ponto de é construção 
incorreta), prestes a, na iminência de, em via de (e não em vias de; Bechara e Houaiss abonam o plural). 
Companhia: junto de/a/com, ao encontro de. 
Direção: em busca de, em direção a, ao encontro de. 
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Escusa: a/sob pretexto de. 
Adição: além de, ademais de. 
Modo: à guisa de, à maneira de, à custa de (Cegalla e Bechara liberam às custas de). 
Ciência/Conhecimento: a par de. 
Favor/Benefício: em prol de, em benefício de, em/a favor de. 
Concessão: apesar de, a despeito de, sem embargo de, não obstante (única locução não terminada em preposição). 
Finalidade: a fim de, de forma a, de maneira a, com o fim de, com o intuito de, com o fito de, com o intento de, com o escopo 
de, com a intenção de, com a finalidade de, com o propósito de. 
 
Sujeição: sob pena de, à mercê de. 
Oposição: em oposição a, de encontro a, ao invés de. Causa: devido a, em virtude de, em vista de, graças a, em razão de, por 
causa de, em consequência de, em face de, em atenção a, por consideração a, em função de, por motivo de, por razões de, 
por conta de, mercê de, diante de. 
Envolvimento: às voltas com. 
Atribuição: na qualidade de, na função de, a título de. 
Assunto/Referência: acerca de, a respeito de, com/em relação a, para com, quanto a, no campo de, na esfera de. 
Exclusão: à exceção de, com exceção de. 
Substituição: em lugar de, em vez de. 
Compensação: a troco de, em troca de. 
Meio: através de (muito usado atualmente, mas tem sentido conotativo), por meio de, por intermédio de. 
Dependência: em função de. 
Conformidade: de acordo com, em conformidade com, em obediência a. 
 
Cuidado!!! 
Valor Relacional e Nocional 
As preposições com valor relacional são aquelas exigidas por verbos ou nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio). 
Já as preposições com valor nocional não são exigidas por verbos ou nomes, marcam apenas relações semânticas diversas. 
 
Obs.: Na diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal, precisamos perceber se a preposição é relacional ou 
nocional. Se for relacional, CN; se for nocional, ADN: “Sou fiel a Deus.” (quem é fiel, é fiel a alguém) – relacional / “O carro 
do João quebrou.” (valor de posse) – nocional. 
 
NUMERAL 
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em 
determinada sequência. 
Exemplos: 
1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. 
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] 
2. Eu quero café duplo, e você? 
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] 
3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! 
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] 
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão 
é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. 
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras 
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, 
ambos(as), novena. 
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PRONOME 
Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do 
discurso. 
PRONOMES PESSOAIS 
Retos 
Oblíquos 
Átonos(OD) 
Oblíquos 
Átonos (OI) 
Oblíquos Tônicos 
Antecedido de preposição 
 1ª p.s. Eu me me mim, comigo 
2ª p.s. Tu te te ti, contigo 
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo 
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco 
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco 
3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo 
Os pronomes oblíquos tônicos sempre são acompanhados de uma preposição, em geral as preposições A, PARA, DE e 
COM. 
 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
 
 
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mesmo e próprio: usados para reforçar os pronomes pessoais ou 
para fazer referência a algo expresso anteriormente. 
 
tal e semelhante: usados como equivalentes dos pronomes esse, essa, aquela. 
 
PRONOMES RELATIVOS 
 
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Pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome 
citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo 
 
Quando o antecedente for: 
Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais 
Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais 
Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais 
Posse: cujo, cuja, cujos, cujas 
Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas 
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PRONOMES INTERROGATIVOS 
Variáveis Invariáveis 
Qual, quais Que 
Quanto, quanta Quem 
Quantos, quantas 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO 
Quando estamos em um ambiente de maior prestígio social, no qual estão demarcados os graus hierárquicos mais elevados, 
necessitamos de uma linguagem mais elaborada, formal. 
Para melhor trabalharmos com as formas de tratamento, nós temos os pronomes de tratamento. Vejamos quais são: 
 
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Classificação dos Pronomes: 
1. Pessoal 
2. Possessivo 
3. Demonstrativo 
4. Relativo 
5. Indefinido 
6. Interrogativo 
 
1. Palavra que se flexiona em gênero, número e pessoa, cujas funções são: substituir ou acompanhar um substantivo. 
Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo 
a) O Pronome Pessoal é sempre Substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro) 
b) Pode-se dizer que os outros pronomes podem ser Adjetivos e Substantivos: 
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica. 
Este moço é meu irmão. 
Alguma coisa me deixou alegre. 
 
PRONOMES ADJETIVOS PODEM SER: (acompanham o substantivo) 
Possessivos 
Demonstrativos 
Indefinidos 
Relativos 
Interrogativos 
OBS: MORFOSSINTAXE: PRONOMES ADJETIVOS SÃO SEMPRE ADJUNTOS ADNOMINAIS. 
Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem 
Meus filhos são inteligentes, e os seus? 
Nem tudo está perdido. 
Aquilo me deixou alegre. 
 
QUADRO DE PRONOMES PESSOAIS 
PRONOMES PESSOAIS 
Retos 
Oblíquos 
Átonos(OD) 
Oblíquos 
Átonos (OI) 
Oblíquos Tônicos 
Antecedido de preposição 
 1ª p.s. Eu me me mim, comigo 
2ª p.s. Tu te te ti, contigo 
3ª p.s.Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo 
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco 
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco 
3ª p.p. Eles, Elas se, os, as se, lhes si, consigo 
 
É importante saber quem são e para que servem as pessoas do discurso. Pessoas do discurso: 
1ª pessoa - aquele que fala, emissor. 
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor. 
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente. 
 
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Pessoais: 
Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos 
desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento. 
 
PRONOMES PESSOAIS 
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os 
pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para 
fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. 
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso 
oblíquo. 
 
PRONOMES RETOS 
 
Pessoas do 
discurso 
Pronomes pessoais 
retos 
Singular 
1ª pessoa eu 
2ª pessoa tu 
3ª pessoa ele/ela 
Plural 
1ª pessoa nós 
2ª pessoa vós 
3ª pessoa eles/elas 
 
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. 
Por exemplo: 
 Nós compramos flores. 
 As vítimas do caso somos nós. 
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal 
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado: 
- 1ª pessoa do singular: eu 
- 2ª pessoa do singular: tu 
- 3ª pessoa do singular: ele, ela 
- 1ª pessoa do plural: nós 
- 2ª pessoa do plural: vós 
- 3ª pessoa do plural: eles, elas 
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na 
rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua 
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", 
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui". 
 
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas 
verbais marcam, por meio de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. 
Por exemplo: 
 Fizemos boa viagem. (Nós) 
 
 
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PRONOMES OBLÍQUOS 
Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal 
flexão porque marca a pessoa do discurso. 
Os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. 
Possuem acentuação tônica fraca. 
 
PRONOMES PESSOAIS 
Oblíquos 
Átonos(OD) 
 Oblíquos 
Átonos (OI) 
me me 
te te 
se, o, a se, lhe 
nos nos 
vos vos 
se, os, as se, lhes 
 
Por exemplo: 
 Ele me deu um presente. 
 
Observações: 
• Por acompanhar diretamente uma preposição (A ou PARA), o pronome lhe exerce, normalmente, a função de objeto 
indireto na oração. 
• Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. 
• Os pronomes o, a, os e as atuam normalmente como objetos diretos. 
 
ATENÇÃO: 
O, A, OS, AS serão PRONOMES OBLÍQUOS 
O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
O, A, OS, AS serão ARTIGOS 
A é PREPOSIÇÃO 
 
PRONOMES OBLÍQUOS COMO OBJETOS DIRETOS 
Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações verbais em vogais 
Comprei o carro= Comprei-o 
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a 
Cante os hinos= Cante-os 
Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as 
Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o 
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. 
 Por exemplo: 
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la 
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo 
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo 
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. 
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Por exemplo: 
 viram + o menino = viram + o = viram-no 
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos 
 retém + a substância = retém + a = retém-na 
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas 
Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos: 
abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar; 
acompanhar; acusar; admirar; adorar; 
alegrar; ameaçar; amolar; amparar; 
auxiliar; castigar; condenar; conhecer; 
conservar; convidar; defender; eleger; 
estudar; estimar; humilhar; namorar; 
ouvir; praticar; prejudicar; proteger; 
respeitar; socorrer; suportar; ver; 
visitar; 
 
 
LHE 
 
LHES 
 
Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns: 
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a); 
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a); 
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de); 
acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); deparar (com); 
obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a); 
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a) 
responder(a) gozar (de); contribuir(para); desfrutar(de) 
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais 
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. 
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes 
de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por 
vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas). 
Saiba que: 
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas 
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. 
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: 
- Trouxeste o pacote? 
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. 
- Não contaram a novidade a vocês? 
- Não, não no-la contaram. 
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito 
raro. 
Objeto indireto 
Complemento Nominal 
Adjunto Adnominal 
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PRONOMES POSSESSIVOS 
Observe o quadro: 
NÚMERO PESSOA PRONOME 
singular primeira meu(s), minha(s) 
singular segunda teu(s), tua(s) 
singular terceira seu(s), sua(s) 
plural primeira nosso(s), nossa(s) 
plural segunda vosso(s), vossa(s) 
plural terceira seu(s), sua(s) 
 
Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como: 
a) indicar afetividade. 
Por exemplo: - Não faça isso, minha filha. 
 
b) indicar cálculo aproximado. 
Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos. 
 
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. 
Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 
 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
 Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posiçãode uma certa palavra em relação a outras ou ao 
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso. 
 
 
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No espaço: 
• Compro este carro (aqui). 
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala, localiza os seres em relação ao emissor. 
 
• Compro esse carro (aí). 
O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala, em relação ao 
destinatário. 
 
• Compro aquele carro (lá). 
O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. 
Exemplos: 
• Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. 
(trata-se da universidade destinatária). 
• Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. 
(trata-se da universidade que envia a mensagem). 
 
No tempo: 
Este (presente, futuro) 
Este ano está sendo bom para nós. 
Esta manhã de aulas foi maravilhosa. 
Logo mais, esta festa será perfeita. 
 
esse (passado recente ou futuro) 
• Esse ano que passou foi razoável. 
• Depois de todas as dificuldades, sei que esses dias serão melhores. 
 
aquele (passado remoto ou tempo vago); 
• Aquele ano foi terrível para todos. 
• Aquele será um dia trágico para o país. 
 
IMPORTANTÍSSIMO 
Como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências, 
respectivamente, em apostos distributivos 
Este refere-se à pessoa mencionada em segundo lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar. 
• O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta, calma / ou: esta, calma e aquele, amedrontado); 
• Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: aquela era de partido opositor, esta pertencia ao grupo situacionista. 
Quando se der a ocorrência de mais de dois elementos, não se usam os demonstrativos (este e aquele). 
Deve-se, neste caso, usar os ordinais. 
• Aécio, Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: a segunda era de partido contrário aos ideais governistas, a terceira 
pertencia ao grupo situacionista, enquanto o primeiro tentava resgatar o prestígio do partido social-democrata. 
 
IMPORTANTE 
Uso anafórico, em referência ao que já foi dito ou catafórico ao que será dito: 
 este (novo enunciado = catafórico) 
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esse (retoma informação = anafórico); 
Os demonstrativos este(s), esta(s) e isto são utilizados no discurso para citar coisas que ainda não foram ditas. 
 
Por exemplo: 
 
 
• Este é o comunicado: na próxima segunda-feira não haverá expediente. 
Deve-se notar que os pronomes este, esta e isto só retomam algo já citado no texto em uma situação muito especial: há 
dois ou mais elementos e quer-se referir apenas ao último. 
Compare: 
Houve uma bonita tabela entre Zico, Falcão e Sócrates, mas no fim foi este que fez o gol (deve-se entender que foi Sócrates 
quem fez o gol). 
Quando o rei D. João V faleceu e D. José ocupou o trono, este recorreu a Sebastião José para ser Ministro da Guerra e dos 
Negócios Estrangeiros. 
Dois antecedentes masculinos. Com ‘ele’ no lugar de ‘este’, à primeira vista poderíamos pensar ter D. João V, e não D. José, 
nomeado Sebastião José (o Marquês de Pombal) ministro. 
 
Macpherson dirige sua crítica a Rawls quando este admite serem os princípios éticos da justiça econômica capazes de regular 
o mercado. 
Pelo demonstrativo, fica claro que Rawls é o sujeito de ‘admite’, não Macpherson. 
Se não há essa situação especial, as retomadas no português são normalmente feitas com esse, essa e isso: 
 
 Na compra, havia verduras, carnes, peixes e frutas. 
 
 
 
Esses alimentos foram os mais apreciados pelos turistas. 
O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
Você só deverá considerar o "O" (o, a, os, as) como pronome demonstrativo se vier antes de pronome relativo ou de 
preposição. 
Ex: Tudo O QUE ele faz é bom. 
O: pronome demonstrativo = Aquilo 
 que = pronome relativo 
O(A) QUE 
 
AQUELE(S) AQUILO 
AQUELA(S) PRONOME RELATIVO 
 
PRONOME DEMONSTRATIVO 
Ele trabalhava muito, mas não o fazia com decisão. 
 O: pronome demonstrativo = isso 
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Também pode ocorrer similar fenômeno, antes da preposição DE 
A de vermelho será a primeira. 
A: pronome demonstrativo = Aquela. 
de = preposição 
 
 
PRONOMES INDEFINIDOS 
 
DICA: 
Algum, após o substantivo, a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) 
 Computador algum resolverá o problema. 
Algum, antes do substantivo, assume valor positivo. 
 Algum computador resolverá o problema. 
 
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QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS 
Quando o antecedente for: 
Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais 
Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais 
Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais 
Posse: cujo, cuja, cujos, cujas (faz concordância com o termo posterior) 
Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas 
Variáveis 
Invariáveis 
Masculino Feminino 
o qual / os quais a qual / as quais que 
cujo / cujos Cuja / cujas quem 
quanto / quanto quanta / quantas onde 
 
EMPREGO DOS PRONOMES RELATIVOS 
 O grupo que vai jogar hoje chegou cedo. (que = o qual = o grupo) 
 
OCORRÊNCIA IMPORTANTÍSSIMA 
IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO 
1. Identifica-se o relativo. Caso exista preposição antes do relativo, isole-a também. 
2. Isola a oração introduzida pelo relativo 
QUE VAI JOGAR HOJE 
3. Agora, coloque o termo antecedente no lugar do pronome relativo. Identifique a função sintática desse termo 
substituído 
O GRUPO vai jogar hoje 
4. A função sintática do termo substituído será a função sintática do pronome relativo 
O GRUPO funciona como SUJEITO, portanto QUE terá função de SUJEITO 
 A cantora que acabou de se apresentar é desagradável. (= a qual = a cantora) 
 Os grupos que vão jogar hoje chegaram cedo. (= os quais = os grupos) 
 As cantoras que se apresentaram eram desagradáveis. (= as quais = as cantoras) 
 
PREPOSIÇÃO ANTES DO PRONOME RELATIVO 
1) Aspecto interessante, quanto a esse tópico, diz respeito à regência verbal ou nominal. 
2) Se vai ou não haver preposição antes do pronome, ou qual vai ser essa preposição, tudo depende do verbo ou do nome 
que está sendo completado pelo pronome. 
a) “Editou-se uma lei em que acreditamos, com que simpatizamos e por que lutamos” (acreditar em, simpatizar com e 
lutar por); 
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b) “Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos” (aspirar a). 
3) Nas orações adjetivas cujo pronome relativo não funcione como sujeito, se o verbo ou nome exigir alguma preposição, 
coloca-se esta antes do relativo”. 
Exs.: 
a) "Atualmente, os meios de que dispomos..."; 
b) "Fui traído pelos amigos em quem mais confiava"; 
c) "...em relação àquele a quem devia respeito e admiração"; 
d) "É um monumento de que todos os brasileiros se orgulham" 
Observe (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de). 
"Onde", como pronome relativo, semprepossui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar. 
Por exemplo: 
 A casa onde (em que) morava foi assaltada. 
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que. 
Por exemplo: 
 Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. 
 
USO DO CUJO 
“Cujo" é um pronome relativo, usado para unir orações. 
Expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o "possuidor" e o consequente," a coisa possuída". 
Observe: 
Oração (1): "A mulher é advogada". 
Oração (2): "O carro da mulher foi roubado". 
"A mulher cujo carro foi roubado é advogada". 
 
TRÊS INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 
1. "Cujo" é variável, concorda em gênero e número com a coisa possuída: 
 "A menina cujos olhos são azuis me fez lembrar um amor do passado” 
 "A Rede Globo, cujas novelas lideram com folga a audiência no horário noturno, transmitirá a Copa das Confederações". 
2. NÃO se usa artigo depois de "cujo". 
 “A loja cuja a dona é gaúcha” 
 “A loja cuja dona é gaúcha”. 
3. Pode haver PREPOSIÇÃO ANTES de "cujo". 
Para tanto, basta que a regência do verbo da segunda oração exija essa preposição: 
 "Ele almoça no restaurante de cuja comida ninguém gosta". 
O verbo da segunda oração, "gostar", rege a preposição "de": uma pessoa gosta "de" algo ou "de" alguém. 
Por isso houve o emprego da preposição "de" antes de "cujo". 
PRONOME CUJO ANTEPOSTO POR PREPOSIÇÃO 
Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavra(s) em destaque na primeira. (Atente para a presença de 
preposições antes do CUJO e flexões) 
Exemplo: 
 Machado de Assis é um dos escritores brasileiros mais conhecidos. 
 Sempre fazemos referência a seus romances em nossas aulas. 
 Machado de Assis, __________ romances sempre fazemos referência em nossas aulas, é um dos escritores brasileiros 
mais conhecidos. 
 
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8 – PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO: 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo. 
As orações adjetivas vêm introduzidas por PRONOME RELATIVO e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. 
Observe o exemplo: 
Esta foi uma situação bem-sucedida. 
 Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) 
Note que o substantivo situação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra 
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: 
Esta foi uma situação que fez sucesso. 
 Oração Principal Or. Subord. Adjetiva 
 Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita 
pelo PRONOME RELATIVO QUE. 
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração. 
Atenção: 
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: 
o qual - a qual - os quais -as quais 
Por Exemplo: 
Refiro-me ao aluno que é estudioso. 
Essa oração é equivalente a: 
Refiro-me ao aluno o qual é estudioso. 
 
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas 
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações 
subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas 
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o 
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). 
Por Exemplo: 
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. 
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. 
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e 
apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva 
reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo. 
 
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas 
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas 
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. 
Nessas orações, não há marcação de pausa(vírgula), sendo chamadas SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS. 
Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra 
suficientemente definido, as quais denominam-se SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS. Nessas orações, há marcação 
de pausa(vírgula). 
Exemplo 1: 
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. 
 
 Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um 
homem específico, único. 
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A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele 
momento. 
Exemplo 2: 
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. 
 Oração Sub. Adjetiva Explicativa 
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração 
apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem". 
Saiba que: 
 A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada 
pela vírgula. 
É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de 
fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. 
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações 
restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de 
acordo com o que se pretende dizer. 
Exemplo 1: 
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma. 
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que 
mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é 
preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
Exemplo 2: 
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma. 
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em 
Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, 
diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar. 
Observações: 
As orações subordinadas adjetivas podem: 
Ter um pronome como antecedente. 
Por Exemplo: 
Não sei O que vou almoçar. 
o = antecedente 
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 
 
USO DA PALAVRA BASTANTE 
• adjetivo 
que satisfaz; suficiente 
Exs.: há bastante arroz. 
a carne não é bastante. 
• pronome indefinido 
em quantidade indefinida, mas elevada; muito(s) 
Exs.: há bastantes exemplos de sua sabedoria 
o novo equipamento tem bastantes recursos 
• advérbio 
em quantidade, grau ou intensidade elevada; muito 
Exs.: não estou com fome, almocei bastante. 
não é milionário, mas é bastante rico 
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9 – PADRÕES GERAIS DE COLOCAÇÃO PRONOMINALNA LÍNGUA PORTUGUESA 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
A colocação pronominal faz parte da sintaxe e se encarrega do correto posicionamento dos pronomes oblíquos, que podem 
ser postos antes, no meio ou depois do verbo. A esses posicionamentos denominamos, respectivamente, próclise, mesóclise 
e ênclise. 
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS 
 
 
 
Na tabela a seguir é possível visualizar estas posições de maneira objetiva: 
Próclise Mesóclise Ênclise 
Pronome Oblíquo 
é colocado 
antes da forma verbal. 
Pronome Oblíquo 
é colocado 
no meio da forma verbal 
Pronome Oblíquo 
é colocado 
após a forma verbal. 
Eles me colocaram na 
fila de espera. 
Realizar-se-á uma conferência para 
discutir melhor sobre o assunto. 
Sentou- se 
imediatamente quando 
o professor entrou. 
 
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Vejamos as regras de cada um dos casos. 
CASOS DE PRÓCLISE 
• Depois de palavras ou expressões negativas, caso estas 
não antecedam sinais de pontuação: não, nunca, nem, 
nenhum, jamais, sequer, tampouco, ninguém. 
Exemplos: 
 Nunca se queixa nem se aborrece. 
 Não me contaram a verdade. 
 
 CUIDADO! 
 Não. Ajude-me, por favor. 
 
• Depois de pronomes relativos: quem, qual, que, cujo, 
onde, quanto. 
Exemplo: 
 São esperanças que morrem, sonhos que se vão. 
 
• Depois de pronomes indefinidos: alguém, quem, algum, 
qualquer, ninguém etc. 
Exemplo: 
 Pouco se fez em favor da família. 
 Alguém me disse duras verdades. 
• Depois de conjunções subordinativas: quando, se, como, 
porque, que, logo, ainda que etc. 
Exemplo: 
 Não iria, ainda que me convidassem. 
 Quando lhe disseram a verdade, ele desmaiou. 
 
• Depois de advérbios, caso estes não antecedam sinais 
de pontuação: talvez, ontem, aqui, ali, agora, de vez em 
quando, sempre. 
Exemplos: 
 Aqui se trabalha pela grandeza do Brasil. 
 
Mas: 
 Aqui em casa, trabalha-se. 
 Agora. Conte-me a verdade. 
 
2. A próclise também 
• Em orações optativas (exprimem desejo), interrogativas 
e exclamativas, com sujeito anteposto ao verbo. 
Exemplos: 
 A terra lhe seja breve! 
 Quem se atreveria a isso? 
João encontrou-me na festa 
João me encontrou na festa 
Ele encontrou-me na festa 
Ele me encontrou na festa 
O QUE 
NÃO É PROIBIDO 
ESTÁ CORRETO 
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 Quanto te arriscas com esses procedimentos! 
 
• Com o gerúndio antecedido da preposição “EM” ou de 
uma palavra atrativa. 
Exemplos: 
 Em se tratando de concursos, conhecia tudo. 
 Não se querendo usar este quarto, usa-se o outro. 
Em frases com preposição + infinitivo flexionado (isto é, 
conjugado) 
Ex.: 
 A situação levou-os a se posicionarem contra a greve. 
 
Com a palavra AMBOS é situação facultativa 
 Ambos me telefonaram hoje. 
Com formas verbais proparoxítonas 
 Nós lhes obedecíamos sempre. 
 
Observações: 
Depois de pronomes demonstrativos (esta, aquele, aquilo 
etc.) 
Ex.: 
 Aquilo lhe fez muito bem ou Aquilo fez-lhe muito bem. 
 Isto me pertence ou Isto pertence-me. 
 
• Depois de pronomes retos e de substantivos, pode ser 
feita a próclise ou a ênclise, indiferentemente. 
Exemplos: 
 Ele a convidou para a festa. 
 Ela convidou-a para a festa. 
 Mamãe falou-me de você. 
 Mamãe me falou de você. 
Com infinitivo não flexionado precedido de preposição ou 
palavra negativa. 
Ex.: 
 Vim para te apoiar. (próclise) 
 Vim para apoiar-te. (ênclise) 
 
ADMITE-SE SITUAÇÃO FACULTATIVA 
• Com infinitivo não flexionado precedido de preposição 
(para, em , por, sem , de, até, a) ou palavra negativa. 
Exs.: 
 Vim para te apoiar. (próclise) 
 Vim para apoiar-te. (ênclise) 
 Meu desejo era não o encontrar. 
 Meu desejo era não encontrá-lo. 
 Até se firmar, vai demorar. 
 Até firmar-se, vai demorar. 
 
CASOS DE MESÓCLISE 
• Com o futuro do presente (sem palavra atrativa). 
Exemplo: 
 Dir-me-á que a redação não é importante. 
 
• Com o futuro do pretérito (sem palavra atrativa). 
Exemplo: 
 Se fosse possível, contar-vos-ia o que se passou. 
 
CASOS DE ÊNCLISE 
• No início do período: (menos quando o verbo estiver no 
futuro). 
Exemplo: 
 Vai-se a primeira pomba despertada. 
 
• Com o gerúndio não antecedido de “EM”. 
Exemplo: 
 Fugiu da confusão, esgueirando-se entre os presentes. 
 
• Com o imperativo afirmativo. 
Exemplo: 
 Procure os seus amigos e convide-os. 
 
• Com o infinitivo não flexionado, precedido da 
preposição a. 
Exemplo: 
 Todos corriam ao ouvi-lo. 
 
Com verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa 
 Assustar-te não era minha intenção. 
 
OBS: Quando o verbo principal for constituído por um 
infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, 
o pronome oblíquo pode estar também antes do principal 
(sem hífen) 
– Devo lhe esclarecer o ocorrido. 
– Estavam me chamando pelo rádio. 
 
Por motivo de eufonia, a tradição gramatical diz que se 
elimina o S final dos verbos na 1ª pessoa do plural 
seguidos do pronome NOS: 
– Inscrevemos + nos no curso = Inscrevemo-nos no curso. 
– Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos jovens.. 
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Em relação aos tempos compostos e às locuções verbais, o 
pronome oblíquo pode vir: 
Enclítico em relação ao verbo principal, se este vier no 
infinitivo ou no gerúndio, NUNCA se estiver no particípio. 
Ex.: 
 Eu quero contar-lhe a verdade. 
 
Proclítico ou enclítico em relação ao verbo auxiliar. 
Ex.: 
 Eu lhe quero contar a verdade. 
 Eu quero-lhe contar a verdade. 
 
Mesoclítico, se o auxiliar estiver no futuro do presente ou 
no futuro do pretérito. 
Ex.: 
 
 Ter-lhe-ia contado a verdade, se a soubesse. 
Locuções formadas com INFINITIVO: 
 Vou trazer-lhe o livro. 
 Vou lhe trazer o livro. (forma coloquial) 
 Não lhe vou trazer o livro. 
 Não vou trazer-lhe o livro. 
 
− Locuções formadas com GERÚNDIO: 
 Ele estava orientando-me. 
 Ele estava me orientando. (forma coloquial) 
 Ele não me estava orientando. 
 Ele não estava orientando-me. 
 
− Locuções formadas entre com PARTICÍPIO: 
 Ele tinha-me agradado. 
 Ele tinha me agradado. 
 Ele não me tinha agradado. 
 
Lembrete: Não use: 
– Pronome oblíquo no início de frase. 
– Pronome enclítico ao particípio. 
– Pronome enclítico a um dos futuros do indicativo. 
– Pronome enclítico quando houver fator de próclise. 
 
Logo, evite frases como as seguintes: 
– Me mantive sentado. 
– Tinha sentado-se. 
– Manterei-me sentada. 
– Jamais tinha-se revoltado com os problemas. 
EMPREGO DOS PRONOMES 
o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se 
sujeitos de infinitivo ou de verbo no gerúndio, junto aos 
verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir (Mandei-o 
entrar / Eu o vi sair / Deixei-as chorando); 
 
PRONOME OBLÍQUO COMO SUJEITO DO INFINITIVO 
 
Mandar 
Deixar 
Fazer 
Ver 
Ouvir 
sentir 
 
2. você hoje é usado no lugar das 2ª pessoas (tu/vós), 
levando o verbo e pronomes para a 3ª pessoa. 
3. quando precedidos de preposição, os pronomes retos 
(exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos; 
4. eu e tu não podemvir precedidos de preposição, exceto 
se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto 
é para eu fazer ≠ para mim fazer); 
 Vejamos as particularidades dos oblíquos tônicos: 
 
Mim 
– Nunca houve nada entre mim e ti. 
- Trouxe lembrancinhas para mim e ti 
Se estivesse assim: “Nunca houve nada entre eu e você.”, 
estaria ERRADO. 
O eu só poderia vir após a preposição se fosse sujeito de um 
verbo: “Entre eu viajar e 
tu viajares, viajo eu!”. 
Com estrutura de reciprocidade, com a preposição entre, 
podemos usar mim, ti, nós, vós, ele(a/s) e quaisquer 
pronomes de tratamento. 
Entre mim e ti nunca houve problemas mais graves. 
Observe ainda: 
– Sempre foi muito difícil para mim entender Matemática. 
(correta) 
 
 
 
 
Releia e responda: Entender Matemática sempre foi muito 
difícil para mim/para eu? 
– Comprei vários livros para mim aprender Matemática. 
(errado) 
 
 pronome oblíquo 
+ ou + verbo no infinitivo 
 substantivo 
 Adjetivo 
 
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 Dica: 
se for possível apagar ou deslocar a expressão para mim, 
isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do 
verbo no infinitivo. 
Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem 
problemas diante do verbo. Veja como ficaria: 
 
1) Sempre foi muito difícil ( ) entender Matemática. 
ou 
2) Para mim sempre foi muito difícil entender Matemática. 
Agora tente aplicar essas dicas à frase “Comprei vários 
livros para mim aprender Matemática.”. Nessa frase o mim 
conjuga verbo e tem função de sujeito, portanto seu uso 
está inadequado, consertemos: 
Comprei vários livros para EU aprender Matemática. 
5. pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de 
numeral, assumem forma reta e podem funcionar como 
objeto direto (Estava só ele no banco/Encontramos todos 
eles); 
6. me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo, 
enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e 
recíproco; 
7. si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo e 
usados para a 3ª pessoa; 
 Fábia só fala de si mesma, levando consigo todo o 
crédito. 
8. conosco e convosco devem aparecer na sua forma 
analítica (com nós e com vós) quando vierem com 
modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral 
ou oração adjetiva); 
9. os pronomes pessoais retos podem desempenhar 
função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este 
último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e 
pronto / Ó, tu, Senhor Jesus); 
10. não se podem contrair as preposições de e em com 
pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, 
desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui); 
11. os pronomes átonos podem assumir valor possessivo 
(Levaram-me o dinheiro = Levaram meu dinheiro/ Pesavam-
lhe os olhos = Pesavam os seus olhos). Sintaticamente, tais 
oblíquos serão adjuntos adnominais 
12. alguns pronomes átonos são partes integrantes de 
verbos pronominais como suicidar-se, apiedar-se, condoer-
se, queixar-se, vangloriar-se 
• podem-se usar alguns pronomes oblíquos como 
expressão expletiva, portanto pode-se retirar ou 
ser conservado sem mudança para o sentido da 
frase (Não me venha com essa = correta) ou (Não 
me venha com essa = correta). 
 
 
❑ POSSESSIVO 
Note que: 
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que 
se refere; o gênero e o número concordam com o objeto 
possuído. 
Por exemplo: 
 Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele 
momento difícil. 
1. Normalmente, vem antes do nome a que se refere; 
podendo, também, vir depois do substantivo que 
determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da 
frase, seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la, 
deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria 
estava trancada em sua casa - casa de quem?); 
2. Pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 
anos), posse figurada (Minha terra tem palmeiras), valor de 
indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!); 
3. Nas expressões do tipo ― Seu João, seu não tem valor 
de posse por ser uma alteração fonética de Senhor. 
 
PREPOSIÇÃO 
 
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos 
ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação 
(regente - regido). 
Divide-se em: 
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, 
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, 
por, sem, sob, sobre, trás. 
 
• Acidentais (palavras de outras classes que podem 
exercer função de preposição): afora, conforme (= de 
acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, 
senão, mediante, visto (= devido a, por causa de). 
 (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis 
tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios 
escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a 
viagem) 
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos 
tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas 
retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto 
eu, vieram). 
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de 
advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, 
acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar 
de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto 
de, até a, apesar de, devido a. 
 
Emprego das Preposições 
1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem 
perda fonética (ao/aos). 
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2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com 
perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se 
naquela) 
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito 
(“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”) 
4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar 
como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo 
após.) 
5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e 
prepositivas (por trás, para trás por trás de). 
 
Noções estabelecidas pelas preposições 
Isoladamente, as preposições são palavras vazias de 
sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção 
de tempo e lugar. 
Nas frases, exprimem diversas relações: 
• Autoria: música de Caetano 
• Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa 
• Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / 
viajei durante as férias 
• Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em 
branco 
• Causa: tremer de frio / preso por vadiagem 
• Assunto: falar sobre política 
• Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar 
• Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca 
• Companhia: sair com amigos 
• Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus 
• Matéria: anel de prata / pão com farinha 
• Posse: carro de João 
• Oposição: Flamengo contra Fluminense 
• Conteúdo: copo de (com) vinho 
• Preço: vender a (por) R$ 300,00 
• Origem: descender de família humilde 
• Especialidade: formou-se em Medicina 
• Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente 
 
VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES 
Valor Relacional: Liga palavras e orações. 
 Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela. 
 
Valor Nocional: Tem sentido de circunstância: 
 Venho do cinema. (lugar) 
 Morreu de tédio. (causa) 
 Porta de madeira. (matéria) 
 Cadeira de balanço. (finalidade) 
 João foi a São Paulo. (destino, direção) 
 João veio de São Paulo (procedência) 
 Maria saiu a sua mãe. (semelhança) 
 Fui ao cinema com Paula. (companhia) 
 Fiz o trabalho a caneta. (instrumento) 
 Voltaremos a qualquer momento. (tempo) 
 Compras só em dinheiro. (condição) 
 
ADVÉRBIO 
Palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do 
próprio advérbio. 
Denota em si mesma uma circunstância que determina sua 
classificação:TIPOS DE ADVÉRBIOS 
• lugar – longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures, abaixo, 
adiante, embaixo, detrás, ... 
• tempo – breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, 
ainda, mais (em frases negativas),afinal, antes, ontem, 
logo, anteontem, ... 
• modo – bem, mal, melhor, pior, devagar, assim, 
depressa, alerta, debalde, à vontade, a maioria dos 
advérbios com sufixo –mente 
• negação – não, qual nada, tampouco, absolutamente, de 
forma alguma, de modo nenhum, ... 
• dúvida – quiçá, talvez, provavelmente, porventura, 
possivelmente... 
• intensidade – muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, 
demais, tão, nada, tanto, quase, sobremaneira.... 
• afirmação – sim, certamente, deveras, com efeito, 
mesmo, decerto, sem dúvida, na realidade, 
positivamente, indubitavelmente, incontestavelmente, 
indiscutivelmente, verdadeiramente, realmente... 
Obs: Os advérbios já e mais em mesmo contexto frasal tem 
caráter redundante. 
Ex: Já não se fala mais nesse assunto. (deve ser feita opção 
por um deles) 
 
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: 
demasiadamente, extremamente, suficientemente, 
excessivamente, completamente, totalmente, 
relativamente, profundamente, razoavelmente, 
estupidamente 
 
ADVÉRBIO DE DÚVIDA: 
possivelmente, aparentemente, supostamente, 
provavelmente, casualmente. 
 
 
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ADVÉRBIOS DE AFIRMAÇÃO: 
certamente, efetivamente, seguramente, realmente, 
positivamente, indubitavelmente, verdadeiramente, 
fatalmente, incontestavelmente, indiscutivelmente, 
seguramente. 
 
ADVÉRBIOS DE TEMPO: 
Primeiramente, antigamente, finalmente, brevemente, 
constantemente, imediatamente, primeiramente, 
tardiamente, provisoriamente, sucessivamente, 
momentaneamente, recentemente, bimestralmente, 
atualmente, provisoriamente, concomitantemente, 
esporadicamente, oportunamente, normalmente, 
temporariamente, transitoriamente, semanalmente, 
 
ADVÉRBIO DE MODO: 
deliberadamente, bondosamente, generosamente, 
cuidadosamente, paulatinamente, gradualmente, 
igualmente, especialmente. 
 
ADVÉRBIOS DE LUGAR: 
externamente, internamente, interiormente, 
proximamente, lateralmente, 
Palavras que propõem afirmação, negação, exclusão, 
inclusão, avaliação, designação, explicação, retificação não 
exprimem circunstâncias e, por isso, não são advérbios e 
sim palavras denotativas. 
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de 
causa), quanto (classificação variável) e quando (de tempo), 
usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são 
classificadas como advérbios interrogativos (queria saber 
onde todos dormirão / quando se realizou o concurso). 
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de 
preposição + substantivo – à direita, à frente, à vontade, de 
cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira 
alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em 
breve, em mão (em vez de “em mãos”), em domicílio, de 
perto, um dia, de vez em quando. 
São classificadas, também, em função da circunstância que 
expressam. 
Atenção: Acrescentam-se aos sete tipos de advérbios 
propostos no quadro anterior e na NGB outras 
circunstâncias: assunto, causa, companhia, instrumento e 
condição. 
 
Grau do Advérbio 
Apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o 
advérbio pode apresentar variações de grau comparativo 
ou superlativo. 
 
 
Comparativo: 
a) igualdade – tão+ advérbio+ quanto 
b) superioridade – mais+ advérbio+ (do) que 
c) inferioridade – menos+ advérbio+ (do) que 
 
Superlativo: 
a) sintético – advérbio + sufixo (-íssimo) 
b) analítico – muito + advérbio 
Atenção: bem e mal admitem grau comparativo de 
superioridade sintético: melhor e pior. 
As formas mais bem e mais mal são usadas diante de 
particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do 
que eu). 
Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal 
(advérbio) ou a mais bom / mau (adjetivo). 
 
Emprego do Advérbio 
1. Três advérbios-pronominais indefinidos de lugar vão 
caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos 
por em algum, em outro e em nenhum lugar. 
2. Na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo 
diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor 
superlativo absoluto sintético (cedinho/pertinho), nesse 
caso, há uma interferência semântica que não influi na 
classe gramatical. A repetição de um mesmo advérbio 
também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo). 
3. Quando os advérbios terminados em -mente estiverem 
coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou 
rápida e pausadamente). 
4. muito e bastante podem aparecer como advérbio 
(invariável ou pronome indefinido [variável – determina 
substantivo]). 
5. Otimamente e pessimamente são superlativos absolutos 
sintéticos de bem e mal, respectivamente. 
6. Adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis 
(terminaram rápido o trabalho / ele falou claro). 
 
PALAVRAS DENOTATIVAS 
Série de palavras que se assemelham ao advérbio. 
A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não 
pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. 
Classificam-se em função da ideia que expressam: 
• Adição: ainda, além disso. (Comeu tudo e ainda queria 
mais): 
• Afastamento: embora (Foi embora daqui). 
• Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda 
bem que passei de ano). 
• Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por 
volta de. (É quase 1h a pé). 
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• Designação: eis (Eis nosso carro novo). 
• Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, 
exclusive, exceto, senão, sequer, apenas. (Todos saíram, 
menos ela / Não me descontou sequer um real). 
• Explicação: isto é, por exemplo, a saber. (Li vários livros, 
a saber, os clássicos). 
• Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive. (Eu 
também vou / Falta tudo, até água). 
• Limitação: só, somente, unicamente, apenas. (Apenas 
um me respondeu / Só ele veio à festa). 
• Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque. (E você lá sabe 
essa questão?). 
• Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. (Somos 
três, ou melhor, quatro). 
• Situação: então, mas, se, agora, afinal. (Afinal, quem 
perguntaria a ele?). 
 
DICAS PARA ENCONTRAR O ADVÉRBIO / A LOCUÇÃO 
ADVERBIAL E O ADJUNTO ADVERBIAL 
• Verbo Intransitivo: pode vir advérbio com qualquer 
verbo, mas principalmente eles aparecem sozinhos com 
verbos intransitivos. 
• Circunstâncias: Sempre se referem ao verbo, ao adjetivo 
ou a outro advérbio, embora, às vezes, estejam distantes 
dessas classes gramaticais. 
• Lembre-se de que: O objeto indireto só aceita as 
perguntas: quê? e quem? com a preposição da frase. 
• Classe gramatical: advérbio ocorre quando há uma só 
palavra. 
• Locução adverbial: ocorre quando há mais de uma 
palavra. 
• Função sintática: para cada advérbio ou locução 
adverbial a função sintática é o adjunto adverbial. 
 
Ex.: 
 Vou cedo, à noite (Quando? A que horas? Cedo é 
advérbio de tempo, à noite é locução adverbial de 
tempo, cedo e à noite são adjuntos adverbiais de 
tempo). 
 Vou de táxi (De que modo? Com que meio? Como? de 
táxi é locução adverbial de modo ou meio, de táxi é 
adjunto adverbial de modo ou de meio). 
 Vou à festa (A que lugar? Aonde? à festa é locução 
adverbial de lugar, à festa é adjunto adverbial de lugar). 
 
Circunstâncias: 
• AFIRMAÇÃO - sim, deveras, certamente 
• DÚVIDA - talvez, quis, porventura. 
• EXCLUSÃO - só, somente, apenas. 
• INTENSIDADE - muito, pouco, mais, menos, bem, mal, 
etc. 
• LUGAR - aqui, ali, acolá, além, aquém, cá, lá, fora, etc. 
• MODO - bem, mal, assim, etc. 
• NEGAÇÃO - não. 
• TEMPO - hoje, ontem, amanhã, cedo, tarde, logo, nunca, 
jamais, etc. 
• INTERROGATIVO- como? quando? onde? 
 
 
 
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INTERJEIÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO 
 
10 – VERBO 
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS VERBOS. 
1. Tipos de verbos 
2. Flexões verbais 
3. Tempos 
4. Vozes 
5. Verbos notáveis 
6. Infinitivo pessoal ou impessoal? 
Sabe-se que uma palavra é verbo quando essa palavra, de modo geral, pode ser antecedida de pronome reto. 
Nesse caso, o verbo é uma palavra que obrigatoriamente tem: número, pessoa, tempo, modo e voz. 
Observe o exemplo: 
 Eu canto. 
Em função dos elementos, identificam-se os itens abaixo: 
Em CANTO temos: 
1. NÚMERO: singular. 
2. PESSOA: 1ª. 
3. TEMPO: presente. 
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4. MODO: indicativo. 
5. VOZ: ativa. 
 
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo: 
1) Os da primeira conjugação terminam em -Ar: cantar. 
2) Os da segunda conjugação terminam em -Er: bater. 
3) Os da terceira conjugação terminam em -Ir: partir. 
 
Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: 
A (1ªconjugação), 
E (2ªconjugação), 
I (3ª conjugação). 
Observações: 
– O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo da segunda conjugação. 
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os 
diversos acidentes gramaticais. 
 
ELEMENTOS MÓRFICOS 
Radical V.T. Desinências 
cant- - a - r 
Cant- ᶲ - o 
bat- - e - r 
Bat- - i - a -s 
part- - i - r 
Part- - i - mos 
Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal 
indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence. 
 
ESTUDO SOBRE VERBOS 
 
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ALGUMAS FORMAS VERBAIS QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL: 
OBSERVAR: 
VERBO SER E VERBO IR COM A MESMA FORMA 
SER = IR 
VERBOS SER = IR 
PRETÉRITO PERFEITO 
INDICATIVO 
FUI, FOSTE, FOI, ... 
Eu FUI um excelente aluno 
Eu FUI à praia ontem 
PRETÉRITO 
MAIS-QUE-PERFEITO 
INDICATIVO 
FORA, FORAS, ... 
Eu FORA antes 
um excelente aluno 
Eu FORA à praia 
antes de ir ao almoço 
PRETÉRITO 
IMPERFEITO 
SUBJUNTIVO 
 
Se eu FOSSE 
 
Se eu FOSSE um excelente aluno, seria classificado 
Se eu FOSSE à praia, encontraria os amigos 
FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se eu FOR 
Quando eu FOR um excelente aluno, serei 
classificado. 
Quando eu FOR à praia, encontrarei os amigos 
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VERBO TER 
PRESENTE INDICATIVO TENHO, TENS, TEM..., TÊM Eu TENHO muita alegria e fé 
VERBO TER e SEUS DERIVADOS 
PRESENTE INDICATIVO 
 
MANTENHO, MANTÉNS, 
MANTÉM... 
Eu MANTENHO muita alegria e fé 
PRETÉRITO 
MAIS-QUE-PERFEITO 
INDICATIVO 
TIVERA, TIVERAS, ... 
MANTIVERA, MANTIVERAS, 
... 
Eu TIVERA antes, na vida, muito poder 
Eu MANTIVERA o prestígio, mas perdi o poder 
Eu MANTERA(ERRADO) 
PRETÉRITO 
IMPERFEITO 
SUBJUNTIVO 
TIVESSE, TIVESSES... 
MANTIVESSE, 
MANTIVESSES... 
Se eu TIVESSE mais fé, seria mais abençoado 
Se eu MANTIVESSE meu esforço, seria mais 
recompensado 
Se eu MANTESSE(ERRADO) 
FUTURO SUBJUNTIVO 
TIVER, TIVERES... 
MANTIVER, MANTIVERES... 
Quando/Se eu TIVER mais fé, serei mais 
recompensado 
Quando/Se eu MANTIVER meus esforços, 
serei mais recompensado 
Quando/Se eu MANTER(ERRADO) 
Alguns verbos derivados de TER seguem esse modelo: ater, conter, deter, entreter, manter, reter. 
VERBO PÔR e SEUS DERIVADOS 
PRETÉRITO IMPERFEITO 
SUBJUNTIVO 
PUSESSE, PUSESSES... 
REPUSESSE, REPUSESSES... 
Se eu PUSESSE mais areia, entupiria 
Se eu REPUSESSE minhas energias, venceria a prova 
Se eu REPOSSE(ERRADO) 
FUTURO SUBJUNTIVO 
PUSER, PUSERES... 
REPUSER, REPUSERES... 
Quando/Se eu PUSER mais areia, entupirei 
 
Quando/Se eu REPUSER minhas esforços, vencerei a 
prova 
Quando/Se eu REPOR(ERRADO) 
Alguns verbos derivados de PÔR seguem esse modelo: repor, compor, depor, propor, contrapor. 
 
VERBOS VER e VIR 
TEMPOS VERBO VER VERBO VIR 
PRESENTE INDICATIVO 
vejo, vês, VÊ, VEMOS, vedes, 
VEEM 
venho, vens, VEM, VIMOS, vindes, VÊM 
PRETÉRITO PERFEITO 
INDICATIVO 
VI, VISTE, VIU, VIMOS, ... 
VIM, VIESTE, VEIO, VIEMOS,... 
INTERVIM, INTERVIESTE, INTERVEIO, ... 
PRETÉRITO IMPERFEITO 
SUBJUNTIVO 
Se eu VISSE, VISSES, ... Se eu VIESSE, VIESSES,... 
FUTURO SUBJUNTIVO 
Quando/Se 
VIR, VIRES, VIR, VIRMOS, ... 
Quando/Se eu VER (ERRADO) 
Quando/Se 
VIER, VIERES, VIER, VIERMOS, ... 
Quando/Se eu VINHER(ERRADO) 
 
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VERBO REAVER 
PRESENTE INDICATIVO 
DEFECTIVO 
Não se conjuga em todos os 
tempos nem em todas as 
pessoas 
SOMENTE 
Nós REAVEMOS 
Vós REAVEIS 
Eu REAVEJO (ERRADO) 
PRETÉRITO PERFEITO 
INDICATIVO 
EM TODAS AS FORMAS 
Eu REOUVE, REOUVESTE, 
Ele REOUVE 
Nós REOUVEMOS, REOUVESTES 
Eles REOUVERAM 
Eu REAVI(ERRADO) 
Nós REAVEMOS(ERRADO) 
PRETÉRITO 
MAIS-QUE-PERFEITO 
INDICATIVO 
EM TODAS AS FORMAS Eu REOUVERA, ... 
PRETÉRITO IMPERFEITO 
SUBJUNTIVO 
EM TODAS AS FORMAS 
Se eu REOUVESSE, ... 
Se eu REAVESSE(ERRADO) 
FUTURO SUBJUNTIVO EM TODAS AS FORMAS 
Quando/Se eu REOUVER, ... 
Quando/Se eu REAVER(ERRADO) 
 
Tipos de verbos 
Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se 
criar três paradigmas verbais. 
De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação: 
1. Regulares - seguem o paradigma verbal de sua conjugação; 
2. Irregulares - não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no 
radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão); 
 
Atenção: 
Entre os irregulares, destacam-se os verbos anômalos que apresentam profundas irregularidades. 
São os mais clássicos exemplos os verbos ser e ir como anômalos. Outros autores incluem também o verbo pôr, estar, haver, 
ter e vir. 
 
 
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Atenção: As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós). 
 
VERBO IR 
 
 
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11 – LOCUÇÕES VERBAIS (PERÍFRASES VERBAIS) 
 
Locução Verbal 
Também chamada de perífrase verbal, a locução verbal é um grupo de verbos que tem uma só unidade de sentido, como se 
fosse um só verbo. É por isso que é contada como uma só oração na análise sintática. 
Formada por verbo auxiliar + verbo principal (sempre no gerúndio, no infinitivo ou no particípio), a locução verbal 
representauma só oração dentro da frase. 
Outra coisa: para que você reconheça uma locução verbal, note que os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Por 
exemplo, em “Vou estudar”, quem vai? Eu. Quem estudará? Eu. 
Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo sujeito, estamos diante de uma locução verbal. 
 
 
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Tempos Compostos 
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo 
no particípio. São eles: 
1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando 
fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por exemplo: 
Eu tenho estudado demais ultimamente. 
2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando 
desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo: 
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação. 
 
3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, 
tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por exemplo: 
Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. 
 
4) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, 
tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por exemplo: 
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. 
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é 
completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido. 
 
5) Futuro do Presente Composto do Indicativo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no 
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo: 
Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. 
 
6) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no 
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por exemplo: 
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. 
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7) Futuro Composto do Subjuntivo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo 
o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: 
Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. 
Veja os exemplos: 
Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. 
Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel. 
Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você" 
praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já". 
Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir: 
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel. 
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel. 
 
8) Infinitivo Pessoal Composto: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando 
ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: 
Tempo Formação Exemplo Valor 
Pretérito Perfeito 
Composto do 
Indicativo 
auxiliar ter ou haver no Presente do 
Indicativo e o principal no particípio 
Eu tenho estudado 
demais ultimamente. 
Indicando fato que se inicia no 
passado e vem ocorrendo até o 
momento da declaração 
Pretérito Perfeito 
Composto do 
Subjuntivo 
auxiliar ter ou haver no Presente do 
Subjuntivo e o principal no particípio 
Espero que você 
tenha estudado o 
suficiente, para 
conseguir a 
aprovação. 
indicando normalmente desejo de 
que algo já tenha ocorrido ou um 
fato futuro já terminado em 
relação a outro 
Pretérito Mais-que-
perfeito Composto 
do Indicativo: 
auxiliar ter ou haver no Pretérito 
Imperfeito do Indicativo e o principal 
no particípio 
Eu já tinha estudado 
no Maxi, quando 
conheci Magali. 
exprimindo o mesmo que o 
pretérito mais-que-perfeito do 
indicativo simples. 
Pretérito Mais-que-
perfeito Composto 
do Subjuntivo 
auxiliar ter ou haver no Pretérito 
Imperfeito do Subjuntivo e o principal 
no particípio 
Eu teria estudado no 
Maxi, se não me 
tivesse mudado de 
cidade. 
exprimindo, normalmente, o 
mesmo valor que o pretérito 
imperfeito do 
subjuntivo simples 
Futuro do Presente 
Composto do 
Indicativo 
auxiliar ter ou haver no Futuro do 
Presente simples do Indicativo e o 
principal no particípio 
Amanhã, quando o 
dia amanhecer, eu já 
terei partido. 
 
1) um fato futuro anterior a outro 
fato futuro, 
2) fato futuro já iniciado 
no presente 
Futuro do Pretérito 
Composto do 
Indicativo 
auxiliar ter ou haver no Futuro do 
Pretérito simples do Indicativo e o 
principal no particípio 
Eu teria estudado no 
Maxi, se não me 
tivesse mudado de 
cidade. 
 
exprimindo os mesmos valores que 
o futuro do pretérito simples 
Futuro Composto do 
Subjuntivo 
auxiliar ter ou haver no Futuro do 
Subjuntivo simples e o principal no 
particípio 
Quando você tiver 
terminado sua série 
de exercícios, eu 
caminharei 6 Km. 
exprimindo o mesmo valor que o 
futuro do subjuntivo simples. 
Infinitivo Pessoal 
Composto 
auxiliar ter ou haver no Infinitivo 
Pessoal simples e o principal no 
particípio 
Para você ter 
comprado esse carro, 
necessitou de muito 
dinheiro. 
ação passada em relação ao 
momento da fala 
 
 
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Locuções Verbais 
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de 
verbos auxiliares mais gerúndio, particípio ou infinitivo. 
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último 
verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa 
ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos: 
 
Estou lendo o jornal. 
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar. 
Ninguém poderá sair antes do término da sessão. 
 
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados 
matizes de significado. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado 
processo se realize ou não. Veja: 
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa. 
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa. 
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo: 
Quero ver você hoje. 
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos 
ligados à noção de aspecto verbal. 
 
USO DO VERBO SER NA FORMAÇÃO DE VOZ PASSIVA 
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta da ação expressa pelo verbo. 
Ex.: A ave foi abatida pelo caçador. 
Obs.: Somente verbos transitivosdiretos podem ser usados na voz passiva. 
 
FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA 
A voz passiva, mais frequentemente, é formada: 
 
 
Voz Ativa: 
Saiba que: 
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para 
voz passiva. Veja: 
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As mulheres julgam os homens insensíveis 
 Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto 
 
Voz Passiva Analítica: 
 
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres 
 Sujeito V.T.D. Predicativo Agente 
do sujeito da Passiva 
 
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando 
passamos a oração para a voz passiva. 
 
 
 
Praticando: 
VERBO SER: 
 
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MODO INDICATIVO 
Presente do Indicativo 
VOZ ATIVA: O professor elogia o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado É elogiado pelo professor 
 
Pretérito Perfeito 
VOZ ATIVA: O professor elogiou o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FOI elogiado pelo professor 
 
Pretérito Imperfeito 
VOZ ATIVA: O professor elogiava o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ERA elogiado pelo professor 
 
Pretérito mais-que-perfeito 
VOZ ATIVA: O professor elogiara o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FORA elogiado pelo professor 
Futuro do Presente 
VOZ ATIVA: O professor elogiará o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERÁ elogiado pelo professor 
Futuro do Pretérito 
VOZ ATIVA: O professor elogiaria o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERIA elogiado pelo professor 
 
MODO SUBJUNTIVO 
Presente do Subjuntivo 
VOZ ATIVA: Eu espero que o professor elogie o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: Eu espero que o aluno dedicado SEJA elogiado pelo professor 
 
Pretérito Imperfeito do subjuntivo 
VOZ ATIVA: Eu esperaria que o professor elogiasse o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: Se o aluno dedicado FOSSE elogiado pelo professor... 
 
 
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Futuro do subjuntivo 
VOZ ATIVA: Tudo dará certo quando o professor elogiar o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: Quando o aluno dedicado FOR elogiado pelo professor... 
 
OUTRAS FORMAS – Locuções Verbais 
VOZ ATIVA: O professor vai elogiar o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado VAI SER ELOGIADO elogiado pelo professor 
 
VOZ ATIVA: O professor está elogiando o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ESTÁ SENDO ELOGIADO elogiado pelo professor 
VOZ ATIVA: O professor tinha elogiado o aluno dedicado 
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado TINHA SIDO ELOGIADO elogiado pelo professor 
Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir a 
passiva analítica com outros verbos auxiliares. 
Ex.: 
 A aldeia estava isolada pelas águas. 
 
VOZ PASSIVA COM TEMPOS COMPOSTOS 
Voluntários de todo o mundo têm feito esforços para minimizar os danos da guerra. 
Esforços TÊM SIDO FEITOS por voluntários de todo o mundo para minimizar os danos da guerra. 
4. Enquanto nos tempos compostos o particípio passado é invariável, na voz passiva analítica ele concorda em gênero e 
número com o sujeito: 
Ex: 
 O engenheiro havia planejado a ideia 
 A ideia havia sido planejadA pelo engenheiros 
  Jornalistas têm alcançadO diversos setores da sociedade 
 Diversos setores da sociedade têm sido alcançadOS por jornalistas. 
OBS: O verbo HAVER é sempre TRANSITIVO DIRETO, mas NÃO aceita VOZ PASSIVA. 
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de 
Por exemplo: 
 A casa ficou cercada de soldados. 
Particípio: guiado. 
Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. 
Por exemplo: 
O menino feriu-se. (a si mesmo) 
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. 
Por exemplo: 
Os lutadores feriram-se. (um ao outro) 
O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos quando se 
lhes pode acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, e si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente. 
Ex.: 
Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) (te = pronome reflexivo) 
Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por alguns 
chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente, 
mutuamente. 
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Ex.: 
Amam-se como irmãos. 
Os pretendentes insultaram-se. (Pronome recíproco) 
 
 
1. VERBO PÔR 
Atenção: Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor, 
descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, 
supor, transpor são alguns deles. 
 
VERBOS DERIVADOS DE PÔR 
O verbo pôr não tem Z em nenhum de seus tempos. Não se escreve, portanto, “puz”, “puzesse”, etc. Todos os fonemas /z/ são 
gramaticalmente representados por S. 
 
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• Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. 
• Infinitivo Impessoal: pôr. 
• Gerúndio: pondo. 
• Particípio: posto. 
 
DEPOR 
• Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem. 
• Pretérito Perfeito: depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram. 
• Pretérito Imperfeito: depunha, depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham. 
• Futuro do Presente: deporei, deporás, deporá, deporemos, deporeis, deporão. 
• Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos, deporíeis, deporiam. 
• Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais, deponham. 
• Subjuntivo Imperfeito: depusesse, depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis, depusessem. 
• Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes, depuserem. 
• Gerúndio: depondo. 
• Particípio: deposto. 
• Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor, depormos, depordes, deporem. 
• Infinitivo Impessoal: depor. 
 
VERBO VER 
Por este, conjugam-se os compostos: antever, entrever, prever, rever, mas não prover. 
Também não se conjuga pelo modelo de ver, o verbo precaver, que dele não é derivado. 
 
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VERBOS DERIVADOS DE VER 
ANTEVER 
• Indicativo Presente: antevejo, antevês, antevê, antevemos, antevedes, anteveem. 
• Pretérito Perfeito: antevi, anteviste, anteviu, antevimos, antevistes, anteviram. 
• Pretérito Imperfeito: antevia, antevias, antevia, antevíamos, antevíeis, anteviam. 
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: antevira, anteviras, antevira, antevíramos, antevíreis, anteviram. 
• Futuro do Presente: anteverei, anteverás, anteverá, anteveremos, antevereis, anteverão. 
• Futuro do Pretérito:anteveria, anteverias, anteveria, anteveríamos, anteveríeis, anteveriam. 
• Subjuntivo Presente: anteveja, antevejas, anteveja, antevejamos, antevejais, antevejam. 
• Imperfeito do Subjuntivo: antevisse, antevisses, antevisse, antevíssemos, antevísseis, antevissem. 
• Futuro do Subjuntivo: antevir, antevires, antevir, antevirmos, antevirdes, antevirem. 
• Gerúndio: antevendo. 
• Particípio: antevisto. 
• Infinitivo Impessoal: antever. 
• Infinitivo Pessoal: antever, anteveres, antever, antevermos, anteverdes, anteverem. 
 
Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no 
imperfeito do subjuntivo e no particípio. O E da sílaba ver é sempre fechado. Por ele se conjuga desprover. Não confundir 
com provir. 
• Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem. 
• Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram. 
• Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam. 
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram. 
• Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão. 
• Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam. 
• Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam. 
• Subjuntivo Imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem. 
• subjuntivo Futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem. 
• Gerúndio: provendo. 
• Particípio: provido. 
• Infinitivo Impessoal: prover. 
• Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem. 
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VERBO VIR 
 
 
CUIDADO! 
VERBOS TER E VIR 
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus 
derivados (deter, conter, manter, reter, advir, convir, intervir). Veja: 
Ele tem Eles têm 
Ele retém Eles retêm 
Ela vem Elas vêm 
Ele intervém Eles intervêm 
 
VERBOS DERIVADOS DE VIR 
As pessoas menos cultas manifestam a tendência para dizer viemos em vez de vimos, na primeira pessoa do plural do 
indicativo presente. Observe-se que o gerúndio e o particípio são iguais (vindo). 
Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se. 
Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos. 
 
 
 
 
 
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2. VERBO HAVER 
 
 
OBS: Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v. 
Não há presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo. 
 
REAVER (Defectivo) 
• Indicativo Presente: (não possui todas as pessoas) reavemos, reaveis. 
• Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. 
• Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam. 
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram. 
• Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão. 
• Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam. 
• Presente do subjuntivo: (não há formais para esse tempo) 
• Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem. 
• Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem. 
• Gerúndio: reavendo. 
• Particípio: reavido. 
• Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem. 
• Infinitivo Impessoal: reaver. 
 
 
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3. VERBO PODER 
 
 
Verbos dicendi – os verbos que antecedem uma declaração, uma pergunta, é um verbo declarativo, como: 
Aconselhar afirmar, Anuir bradar, 
Concordar contestar Declarar determinar, 
Dizer exclamar, indagar, interrogar 
gritar, mandar, negar, objetar, 
ordenar pedir perguntar, solicitar 
 
Verbo vicário é o que fica no lugar de outro, que substitui um verbo para ele não se repetir. Isto é possível porque, em 
determinado contexto, o verbo vicário é sinônimo daquele do qual faz as vezes. Os que mais se empregam com essa 
finalidade são fazer e ser: 
 “Renato vinha muito aqui, mas há meses que não o faz” (o faz = vem aqui) 
 “Ela não canta mais como fazia antigamente” (fazia = cantava) 
 “O concerto realizou-se, mas não foi como se esperava” (foi = realizou-se) 
 
FLEXÕES VERBAIS 
1. número – singular ou plural; 
2. pessoa gramatical – 1ª, 2ª ou 3ª; 
3. tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro); 
 
Atenção: o modo imperativo só tem um tempo, o presente. 
4. voz – ativa, passiva e reflexiva; 
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5. modo: 
• indicativo (certeza de um fato ou estado), 
• subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado) 
• imperativo (expressa ordem, advertência, súplica ou pedido). 
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de 
maneira vaga, imprecisa, impessoal. 
1º) Infinitivo: plantaR, vendeR, feriR. 
2º) Gerúndio: plantaNDO, vendeNDO, feriNDO. 
3º) Particípio: plantaDO, vendiDO, feriDO. 
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 Atenção: 
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal. 
• Infinitivo tem valor e forma do substantivo: o andar. 
• o particípio tem valor e forma de adjetivo: tempo perdido 
• enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime: água fervendo 
 
TEMPOS VERBAIS 
Valor semântico dos tempos verbais: 
1. presente do indicativo – indica um fato real situado no momento ou época em que se fala; 
2. pretérito perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado; 
3. pretérito imperfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era 
uma ação costumeira no passado; 
4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada; 
5. futuro do presente do indicativo – indica um fato real situado em momento ou época vindoura; 
6. futuro do pretérito do indicativo – indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um 
momento passado; 
7. presente do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala; 
8. pretérito imperfeito do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não 
concluída no passado; 
5. futuro do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura; 
 
 
 
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CORRELAÇÃO VERBAL 
Ocorre pela articulação temporal entre duas formas verbais. Ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar 
estabelecem uma relação, uma correspondência, ajustando-se, convenientemente, um ao outro. 
Exemplo: 
• Se eu tivesse filhos, faria uma casa maior. 
- “Tivesse” indica hipótese. 
- “Faria” expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da realização ou não, do fato contido em tivesse. 
Se no lugar da forma verbal ― faria – empregássemos a forma ― fazia, teríamos uma correlação verbal inadequada. 
Veja exemplo de correlação inadequada: 
 
 Se eu tivesse filhos, fazia uma casa maior. 
Tivesse: tempo que indica hipótese. 
“Fazia” passa uma ideia de processo não concluído. 
Indica o que no passado era frequente ou contínuo. 
 
Mais exemplos: 
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pres. subj. 
 Peço-lhe que não me diga não. 
 
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• 1.ºverbo: pret. perf. ind. – 2.º verbo: pret. imperf. subj. 
 Pedi-lhe que não me dissesse não. 
 
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pret. perf. comp. subj. 
 Espero que você tenha feito um ótimo curso. 
 
• 1.º verbo: pret. imper. ind. – 2.º verbo: mais-que-perf. comp. subj. 
 Queria que ele tivesse feito um ótimo curso. 
• 1.º verbo: fut. subj. – 2.º verbo: fut. pres. ind. 
 Se você me trouxer o vinho, eu o degustarei. 
• 1.º verbo: pret. imperf. subj. – 2.º verbo: fut. pret. ind. 
 Se você me trouxesse o vinho, eu o degustaria. 
 
• 1.º verbo: pret. mais-que-perf. comp. subj. 2.º verbo: futuro do pret. simp. ou comp. ind. 
 Se o jogador tivesse se empenhado, teríamos, hoje, um outro campeão. 
 
• 1.º verbo: fut. Subj. - 2.º verbo: fut. pres. comp. ind. 
 Quando chegarmos ao estádio, o jogador já terá saído. 
 
A CORRELAÇÃO VERBAL ESTABELECE O PARALELISMO 
SINTÁTICO E SEMÂNTICO 
Termos e orações com funções iguais ganham estruturas 
iguais: se o verbo pede dois objetos diretos, há dois 
caminhos, um deles é dar-lhes a forma de nome e o outro, 
de oração: 
 Ele negou interesse na reeleição e que o governo esteja 
sem rumo. (ORAÇÃO) 
 Ele negou interesse na reeleição e a falta de rumo do 
governo. (NOME) 
As estruturas anteriores apresentam erros que podem ser 
corrigidos assim: 
• Estrutura nominal: Ele negou interesse na reeleição e 
falta de rumo do governo. 
• Estrutura oracional: Ele negou que tivesse interesse na 
reeleição e que o governo estivesse sem rumo. 
Outros exemplos: 
• Está paralelo o período: 
 Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra 
dos salários e manter a garantia do emprego. 
 Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra 
dos salários e a manutenção da garantia do emprego. 
OBSERVAR: 
Atenção: 
Todos os verbos terminados em EAR são irregulares. 
Os verbos terminados em IAR são regulares, exceto: 
mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar e odiar. 
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VERBOS DO MARIO 
M – medIAR 
A – ansIAR 
R – remedIAR 
I – incendIAR, intermedIAR 
O – odIAR 
 
EAR: Verbo passear 
(presente do indicativo) 
Eu passeio 
Tu passeias 
Ele passeia 
Nós passeamos 
Vós passeais 
Eles passeiam 
 
Outros exemplos: 
VERBOS TERMINADOS EM –EAR 
Arrear, frear, pentear, grampear, passear, rodear, cear, 
nortear, folhear,... 
(arreio, freio, penteio, grampeio, passeio, rodear, ceio, 
norteio, folheio) 
 
Verbo intermediar 
(presente do indicativo) 
Eu intermedeio 
Tu intermedeias 
Ele intermedeia 
Nós intermediamos 
Vós intermediais 
Eles intermedeiam 
 
Verbo criar 
Eu crio 
Tu crias 
Ele cria 
Nós criamos 
Vós criais 
Eles criam 
 
Outros exemplos: 
VERBOS REGULARES EM –IAR 
Arriar, adiar, afiar, agenciar, criar, comerciar, desfiar, 
diligenciar, premiar, sentenciar,... 
(arrio, adio, afio, agencio, crio, comercio, desfio, diligencio, 
premio, sentencio) 
 
NOMEAR 
• Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia, 
nomeamos, nomeais, nomeiam. 
• Pretérito Imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, 
nomeávamos, nomeáveis, nomeavam. 
• Pretérito Perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, 
nomeamos, nomeastes, nomearam. 
• Subjuntivo Presente: nomeie, nomeies, nomeie, 
nomeemos, nomeeis, nomeiem. 
• Imperativo Afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, 
nomeai, nomeiem, etc. 
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, 
passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, 
semear, arrear, recrear, estrear, etc. 
 
COPIAR 
• Indicativo Presente: copio, copias, copia, copiamos, 
copiais, copiam. 
• Pretérito Perfeito: copiei, copiaste, copiou, etc. 
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: copiara, copiaras, etc. 
• Subjuntivo Presente: copie, copies, copie, copiemos, 
copieis, copiem. 
• Imperativo Afirmativo: copia, copie, copiemos, copiai, 
copiem,. 
 
ODIAR 
• Indicativo Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, 
odiais, odeiam. 
• Pretérito Imperfeito: odiava, odiavas, odiava, etc. 
• Pretérito Perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc. 
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: odiara, odiaras, odiara, 
odiáramos, odiáreis, odiaram. 
• Subjuntivo Presente: odeie, odeies, odeie, odiemos, 
odieis, odeiem. 
• Imperativo Afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, 
odeiem. 
 
EMPREGO DO INFINITIVO 
Infinitivo pessoal ou impessoal? 
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem 
definidas. 
1. impessoal – sentido genérico ou indefinido, não 
relacionado a nenhuma pessoa; 
2. pessoal – refere-se às pessoas do discurso, dependendo 
do contexto. 
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Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for 
necessário dar à frase maior clareza e ênfase. 
Usa-se o INFINITIVO IMPESSOAL: 
a) sem referência a nenhum sujeito – É proibido fumar na 
sala; 
b) nas locuções verbais – Devemos avaliar a sua situação; 
c) quando o infinitivo exerce função de complemento de 
adjetivos – É um problema fácil de solucionar; 
d) quando o infinitivo possui valor de imperativo – Ele 
respondeu: ― Marchar! 
e) Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da 
oração anterior; 
Por exemplo: 
 Eles foram condenados a pagar pesadas multas. 
 Devemos sorrir ao invés de chorar. 
 Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. 
 
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, 
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal 
(verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do 
período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da 
ação verbal. 
Por exemplo: 
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. 
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem 
futebol. 
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. 
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas 
crianças. 
VERBOS CAUSATIVOS E SENSITIVOS - PRONOMES 
OBLÍQUOS FUNCIONAM COMO SUJEITO DO VERBO NO 
INFINITIVO 
Com os verbos causativos "deixar", "mandar“, "fazer" e com 
os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" que não 
formam locução verbal com o infinitivo que os segue; deve-
se deixar o infinitivo sem flexão. 
Por exemplo: 
Deixei-os sair cedo hoje. 
Vi-os entrar atrasados. 
Ouvi-as dizer que não iriam à festa. 
CUIDADO! 
Deixei os meninos saírem cedo hoje. 
Deixei os meninos sair cedo hoje. 
Vi os meninos entrarem atrasados. 
Vi os meninos entrar atesados. 
Usa-se o INFINITIVO PESSOAL: 
a) quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da 
oração principal 
Por exemplo: 
 O professordeu um prazo de cinco dias para os alunos 
estudarem bastante para a prova. 
 Perdoo-te por me traíres. 
 O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à 
vontade. 
 O guarda fez sinal para os motoristas pararem. 
b) quando, por meio de flexão, se quer realçar ou 
identificar a pessoa do sujeito – Foi um erro responderes 
dessa maneira; 
a) quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª 
pessoa do plural) – Escutei baterem à porta. 
 
d) Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, 
isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, 
flexionando-se. 
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; 
Por exemplo: 
Se tu não perceberes isto... 
Convém vocês irem primeiro. 
O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito 
desinencial, sujeito implícito = nós) 
 
CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS: 
ESTÃO SEMPRE NAS PROVAS (OS QUE DERRUBAM) 
CABER: 
caibo, cabes... (presente do indicativo) 
caiba ... (presente do subjuntivo) 
coube, coubeste, (pretérito perfeito) 
 
VALER: 
valho, vales, vale (presente do indicativo) 
vali, valeste, valeu (pretérito perfeito do indicativo) 
valha, valhas ... ( presente do subjuntivo) 
 
HAVER: 
hei, hás, há, havemos(hemos), ...(presente do indicativo) 
haja, hajas,... (presente do subjuntivo) 
 
 
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REAVER: 
-, -, -, reavemos, reaveis, -, (presente do indicativo) 
reouve, reouveste, ... (pretérito perfeito do indicativo) 
reouvera, reouveras,... (pretérito mais-que-perfeito) 
AGIR: 
ajo, ages, age, (presente do indicativo) 
aja, ajas,... (presente do subjuntivo) 
 
REQUERER: 
requeIro, requeres,... (presente do indicativo) 
requeIra, requeIras, ... (presente do subjuntivo) 
requereSSE... (imperfeito do subjuntivo) 
MOBILIAR: 
mobílio, mobílias, mobília,... (presente do indicativo) 
mobílie, ... (presente do subjuntivo) 
 
PROVER: 
provejo, provês,... (presente do indicativo) 
provi, proveste, proveu... (pretérito perfeito do indicativo) 
provesse... (imperfeito do subjuntivo) 
 
PARIR 
pairo, pares, pare,... (presente do indicativo) 
paira,... (presente do subjuntivo) 
 
PAIRAR 
pairo, pairas, paira, ... (presente do indicativo) 
paire, paires, paire,... (presente do subjuntivo) 
 
PRETERIR: 
pretiro, preteres, pretira... (presente do indicativo) 
Encontram-se listados aqui alguns verbos que podem 
apresentar problemas de conjugação. 
1. ABOLIR (defectivo) 
- não possui a 1ª pessoa do singular do presente do 
indicativo, por isso não possui presente do subjuntivo 
e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, 
delinquir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, 
fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir); 
 
2. ACUDIR (alternância vocálica o/u) 
- presente do indicativo - acudo, acodes... e 
- pretérito perfeito do indicativo – com u(=bulir, 
consumir, cuspir, engolir, fugir); 
 
3. ADEQUAR (defectivo) 
- só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no presente do 
indicativo; 
 
4. ADERIR (alternância vocálica e/i) 
- presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, 
cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir); 
 
5. AGIR (acomodação gráfica g/j) 
- presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, 
erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir); 
 
6. AGREDIR (alternância vocálica e/i) 
- presente do indicativo - agrido, agrides, agride, 
agredimos, agredis, agridem (=prevenir, progredir, 
regredir, transgredir); 
 
7. AGUAR (regular) 
- presente do indicativo - águo, águas..., 
- pretérito perfeito do indicativo - aguei, aguaste, 
aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, 
enxaguar, minguar); 
 
8. ARGUIR (irregular com alternância vocálica o/u) 
- presente do indicativo - arguo (ú), arguis, argui, 
arguimos, arguis, arguem / pretérito perf - argui, 
arguiste...; 
 
9. ATRAIR (irregular) 
- presente do indicativo - atraio, atrais... 
- pretérito perfeito – atraí, atraíste... (= abstrair, cair, 
distrair, sair, subtrair); 
 
10. ATRIBUIR (irregular) 
- presente do indicativo – atribuo, atribu-is, atribui, 
atribuímos, atribuís, atribuem 
- pretérito-perfeito – atribuí, atribuíste, atribuiu… (= 
afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, 
usufruir); 
 
11. AVERIGUAR (alternância vocálica o/u) 
- presente do indicativo – averiguo (ú), averiguas (ú), 
averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú) 
- pretérito perfeito – averiguei, averiguaste… 
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- presente do subjuntivo – averigue, averigues, 
averigue… (= apaziguar); 
 
12. CEAR (irregular) 
- presente do indicativo – ceio, ceias, ceia, ceamos, 
ceais, ceiam 
- pretérito perfeito indicativo – ceei, ceaste, ceou, 
ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -
ear: falsear, passear… – alguns apresentam pronúncia 
aberta: estreio, estreia…); 
 
13. COAR (irregular) 
- presente do indicativo – coo, coas, coa, coamos, 
coais, coam 
- pretérito perfeito – coei, coaste, coou... (= abençoar, 
magoar, perdoar); 
 
14. COMERCIAR (regular) 
- presente do indicativo - comercio, comercias... 
- pretérito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar , 
exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, 
incendiar, intermediar, odiar); 
 
15. COMPELIR (alternância vocálica e/i) 
- presente do indicativo – compilo, compeles… 
- pretérito perfeito indicativo – compeli, compeliste… 
 
16. COMPILAR (regular) 
- presente do indicativo – compilo, compilas, 
compila… 
- pretérito perfeito indicativo – compilei, compilaste… 
 
17. CONSTRUIR (irregular e abundante) 
- presente do indicativo – construo, constróis (ou 
construis), constrói (ou construi), construímos, 
construís, constroem (ou construem) 
- pretérito perfeito indicativo – construí, construíste… 
 
18. CRER (irregular) 
- presente do indicativo – creio, crês, crê, cremos, 
credes, creem 
- pretérito perfeito indicativo – cri, creste, creu, 
cremos, crestes, creram 
- imperfeito indicativo – cria, crias, cria, críamos, 
críeis, criam; 
 
 
 
19. FALIR (defectivo) 
- presente do indicativo – falimos, falis 
- pretérito perfeito indicativo – fali, faliste… (= 
aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir); 
 
20. FRIGIR (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica 
e/i) 
- presente do indicativo – frijo, freges, frege, frigimos, 
frigis, fregem 
- pretérito perfeito indicativo – frigi, frigiste… 
 
21. IR (irregular) 
- presente do indicativo – vou, vais, vai, vamos, ides, 
vão 
- pretérito perfeito indicativo – fui, foste… / pres. 
subj. – vá, vás, vá, vamos, vades, vão; 
 
22. JAZER (irregular) 
- presente do indicativo – jazo, jazes… 
- pretérito perfeito indicativo – jazi, jazeste, jazeu… 
 
23. MOBILIAR (irregular) 
- presente do indicativo – mobílio, mobílias, mobília, 
mobiliamos, mobiliais, mobíliam 
- pretérito perfeito indicativo – mobiliei, mobiliaste… 
 
24. OBSTAR (regular) 
- presente do indicativo – obsto, obstas… 
- pretérito perfeito indicativo – obstei, obstaste… 
 
25. PEDIR (irregular) 
- presente do indicativo – peço, pedes, pede, 
pedimos, pedis, pedem 
- pretérito perfeito indicativo – pedi, pediste… (= 
despedir, expedir, medir); 
 
26. POLIR (alternância vocálica e/i) 
- presente do indicativo – pulo, pules, pule, polimos, 
polis, pulem 
- pretérito perfeito indicativo – poli, poliste … 
 
27. PRECAVER-SE (defectivo e pronominal) 
- presente do indicativo – precavemo-nos, precaveis-
vos 
- pretérito perfeito indicativo – precavi-me, 
precaveste-te… 
 
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28. PROVER (irregular) 
- presente do indicativo – provejo, provês, provê, 
provemos, provedes, proveem 
- pretérito-perfeito indicativo – provi, proveste, 
proveu… 
 
29. REAVER (defectivo) 
- presente do indicativo – reavemos, reaveis 
- pretérito perfeito indicativo – reouve, reouveste, 
reouve… (verbo derivado do haver, mas só é 
conjugado nas formas verbais com a letra v); 
 
30. REMIR (defectivo) 
- presente do indicativo – remimos, remis 
- pretérito perfeito indicativo – remi, remiste… 
 
31. REQUERER (irregular) 
- presente do indicativo – requeiro, requeres… 
- pretérito perfeito indicativo – requeri, requereste, 
requereu… (derivado do querer, diferindo dele na 1ª 
pessoa do singular do presente do indicativo e no 
pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo 
regular); 
 
32. RIR (irregular) 
- presente do indicativo – rio, rir, ri, rimos, rides, riem 
- pretérito perfeito indicativo – ri, riste… (= sorrir); 
 
33. SAUDAR (alternância vocálica) 
- presente do indicativo – saúdo, saúdas… 
- pretérito perfeito indicativo – saudei, saudaste… 
 
34. SUAR (regular) 
- presente do indicativo – suo, suas, sua… 
- pretérito perfeito indicativo – suei, suaste, sou… (= 
atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar); 
 
35. VALER (irregular) 
- presente do indicativo – valho, vales, vale… 
- pretérito perfeito indicativo – vali, valeste, valeu… 
 
 
 
 
 
12 – CONCORDÂNCIA VERBAL E 
NOMINAL 
 
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos 
referindo à relação de dependência estabelecida entre um 
termo e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, 
os agentes principais desse processo são representados 
pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o 
verbo, o qual desempenha a função de subordinado. 
Dessa forma, temos que a concordância verbal se 
caracteriza pela adaptação do verbo, tendo em vista os 
quesitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. 
Exemplificando, temos: 
Veja: 
Os procedimentos e as instruções retratam a forma como 
são desenvolvidos os produtos e a atividade da empresa. 
Observe que os verbos retratar e ser estão no plural; 
concordando com os sujeitos. 
Temos que o verbo se apresenta na terceira pessoa do 
plural, pois faz referência a um sujeito, assim também 
expresso (Os procedimentos e instruções) bem como a 
forma verbal são desenvolvidos concorda com os produtos 
e a atividade da empresa. 
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. 
Dessa forma, vejamos: 
 
CASOS REFERENTES A SUJEITO SIMPLES 
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o 
núcleo em número e pessoa: 
 O aluno chegou atrasado. 
Quando a frase está na ORDEM INDIRETA, é comum 
cometer-se o erro de não concordar o sujeito com o verbo. 
Isso ocorre porque, em tal circunstância, o sujeito é 
confundido com o complemento verbal. 
 
Veja: 
 ERRADO: Chegou os documentos que esperávamos. 
(verbo CHEGAR) 
 CORRETO: Chegaram os documentos que esperávamos. 
Com alguns verbos, como 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existir 
Ocorrer, 
Faltar, 
Restar, 
Surgir, 
Acontecer, 
Bastar, 
Chegar, 
Sobrar, 
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Havia produtos que estavam fora das especificações. 
(HAVER) 
 
PORÉM: 
Existiam produtos que estavam fora das especificações. 
(EXISTIR) 
Verbo HAVER (IMPESSOAL) sinônimo de EXISTIR. 
Com o VERBO HAVER SUJEITO INEXISTENTE 
JÁ, o verbo EXISTIR concorda com o termo SUJEITO, 
normalmente após verbo EXISTIR. 
 
 
 
São verbos impessoais: 
HAVER 
Sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do 
singular, quando significa: 
• Existir: 
 Sofria sem que houvesse motivos. 
 Há plantas carnívoras. 
 Havia rosas em todo o canto. 
• Acontecer, Suceder: 
 Houve casos difíceis. 
 Não haja desavenças entre vós. 
 
• Decorrer, Fazer: 
 Há meses que não o vejo. 
 Haverá nove dias que ele nos visitou. 
 Havia já duas semanas que não trabalhava. 
 
• Realizar-se: 
 Houve festas e jogos. 
 Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos 
verbos que com ele formam locução, os quais, por isso, 
permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular: 
 Vai haver eleições e não “Vão haver” 
 
Locução verbal 
Deve haver homens na sala e não “Devem haver...”. 
 
OBS.: Não se pode, no entanto, dizer que o verbo “haver” 
nunca vai para o plural, pois isso não é verdade. Ele pode, 
por exemplo, ser um verbo auxiliar (sinônimo de “ter” nos 
tempos compostos), situação em que pode ir para o plural. 
Assim: 
 Eles haviam chegado cedo. 
 Eles tinham chegado cedo 
OBS.: 
Atenção: 
Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados 
impessoalmente: não é possível colocá-los no plural. 
Por Exemplo: 
 Faz muitos anos que nos conhecemos. 
 Deve fazer dias quentes na Bahia. 
 
VERBO FAZER 
Conjugação do verbo FAZER (indicando tempo): 
IMPESSOAL: sempre na 3ª pessoa do singular 
(A leitura com as duas frases serve para todas as formas) 
Faz 
Fazia 
Fez + um ano de sua partida 
Fizera 
Fará 
Faria 
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Espero que faça + dois anos de sua partida 
Se fizesse 
Quando fizer 
Deve fazer, 
Vai fazer, 
Pode fazer, 
Acabou de fazer 
 
O verbo FAZER indicando tempo decorrido fica sempre no 
singular, portanto impessoal. 
Faz ( Faz – Fazem) muito tempo que trabalho naquela 
empresa. 
Fez ( Faz – Fazem) quatro anos que ele foi admitido. 
Vai fazer ( Vai fazer – Vão fazer) quatro anos que ele foi 
admitido. 
 
 NÃO ESQUECER 
MESMO AS LOCUÇÕES VERBAIS com os verbos haver 
(sentido de existir, fazer) e fazer (indicando tempo 
decorrido) são impessoais, mantêm-se no singular. 
 
VERBO IMPESSOAL: formas sempre na 3ª pessoa do 
singular (A leitura com as duas frases serve para todas as 
formas) 
Faz 
Fazia 
Fez + um ano de sua partida 
Fizera 
Fará 
Faria 
 
Espero que faça + dois anos de sua partida 
Se fizesse 
Quando fizer 
Deve fazer 
Vai fazer 
Pode fazer 
Acabou de fazer 
 
O VERBO E A PALAVRA "SE" 
Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de 
particular interesse para a concordância verbal: 
a) quando é partícula apassivadora 
b) quando é partícula de indeterminação do sujeito 
 
Entendendo a Partícula Se 
As construções em que ocorre a partícula SE podem 
apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do 
sujeito 
 
Veja: 
 
 
Exemplos: 
Em certas cidades, ainda vendem terrenos baratinhos. 
VOZ ATIVA 
 Em certas cidades, ainda se vendem terrenos 
baratinhos. 
Se: partícula apassivadora/ terrenos baratinhos = 
sujeito 
 A cada ano, renovam os ideais de vida. 
VOZ ATIVA 
 
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A cada ano, renovam-se os ideais de vida. 
Se: partícula apassivadora/ os ideais de vida = sujeito 
 Naquela lojinha, plastificam documentos. 
VOZ ATIVA 
 Naquela lojinha, plastificam-se documentos. 
Se: partícula apassivadora/ documentos = sujeito 
 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas. 
Se: partícula apassivadora/ muitas perguntas = 
sujeito 
 
a) Aprovou-se o novo candidato. 
 Sujeito 
 Aprovaram-se os novos candidatos. 
 Sujeito 
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e overbo está 
na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. 
Observe a transformação das frases para a voz passiva 
analítica: 
 O novo candidato foi aprovado. 
 Sujeito 
 Os novos candidatos foram aprovados. 
 Sujeito 
 
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do 
pronome SE: 
O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como 
partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção 
ocorre com verbos que não apresentam complemento 
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de 
ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa 
do singular. 
 
Exemplos: 
 Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) 
 Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo 
Indireto) 
 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de 
Ligação) 
 
 
O verbo fica no singular se o sujeito for coletivo não especificado. 
A multidão DEFENDE (defende, defendem) seus direitos. 
 
 
A multidão de alunos defende / defendem seus direitos. 
 
No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo, via de regra, permanecerá na terceira pessoa 
do singular ou, segundo alguns gramáticos, poderá concordar com o antecedente desse pronome: 
 Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. 
 Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. 
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Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede 
essa palavra: 
 Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. 
 Em casa sou eu que decido tudo. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL – CASOS ESPECIAIS 
Expressões partitivas – A formação se dá pelo sujeito constituído por uma expressão que denota “parte de algo” (a metade 
de, a maior parte de, grande parte de, a maioria de), seguida de um substantivo ou pronome no plural: 
O verbo poderá ser grafado tanto no singular quanto no plural. 
Ex: 
 A maior parte dos funcionários aprovou/aprovaram a decisão. 
 
 
 
A expressão mais de um – quando esta vier REPETIDA: 
O verbo necessariamente permanecerá no plural. 
Ex: 
 Mais de um professor, mais de um aluno se abraçaram durante a comemoração pela vitória. 
A expressão mais de + número – impõe que o verbo concorde com o número: 
O verbo permanecerá, portanto, no singular ou no plural. 
Ex: 
 Mais de um aluno passará no concurso. 
 Mais de dois alunos viajarão para Massapê, terra de homem sério e endinheirado. 
Quantidade aproximada – É o caso em que o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca 
de, menos de, perto de) seguidas de numeral e substantivo: 
O verbo concordará com o substantivo. 
 
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Ex: 
 Perto de um aluno compareceu à entrega dos resultados. 
 Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. 
 
Sujeito formado de número percentual ou fracionário. 
O verbo concorda com o numerador (o número antes da barra da fração) ou com o número inteiro (o número antes da 
vírgula na porcentagem), mas pode concordar com o especificador dele. Se o numeral vier precedido de determinante, o 
verbo concordará apenas com o numeral. 
– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe o que é viver bem. 
– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é viver bem. 
– Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem. 
– Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem. 
– Os 30% da população não sabem o que é viver mal. 
Obs.: Note que, no primeiro exemplo, o verbo concordou com o 1 de 1/3, o mesmo ocorre com 0 em “Só 0,9% das pessoas 
sabe o que significa ‘lóxia’.”. 
 
 
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CONCORDÂNCIA NOMINAL 
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a 
ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, 
ocupa-se da relação entre nomes. 
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto 
adnominal. 
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais: 
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo. 
Por Exemplo: 
 As mãos trêmulas denunciavam o que sentia. 
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SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL: 
cãs (cabelos brancos), arredores 
condolências, damas (jogo), 
exéquias(cerimônias fúnebres), férias, 
fezes, núpcias, 
óculos, olheiras, 
primícias pêsames, 
vísceras, nomes de naipes 
 
MESMO, BASTANTE 
Como advérbios: invariáveis 
 
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Exemplos: 
 Preciso mesmo da sua ajuda. 
 Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. 
Como pronomes ou adjetivos: seguem a regra geral. 
Exemplos: 
 Os rapazes mesmos fizemos isso. 
 Seus argumentos foram bastantes para me convencer. 
 Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. 
 
MEIO 
Como advérbio: invariável. 
Exemplo:  Estou meio insegura. 
Como numeral: segue a regra geral. 
 Comi meia laranja pela manhã. 
 Tomei meias jarras de suco de laranja. 
 
MENOS, ALERTA 
Em todas as ocasiões são invariáveis. 
Exemplos: 
 Preciso de menos comida para perder peso. 
 Estamos alerta para com suas chamadas. 
 
ANEXO, INCLUSO, PRÓPRIO, OBRIGADO 
Concordam com o substantivo a que se referem. 
 As cartas estão anexAS. 
 A refeição está inclusA. 
 Precisamos de nomes própriOS. 
 ObrigadO, disse o rapaz. 
 ObrigadAS, disseram as moças. 
 
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Nomes próprios – a concordância neste caso deverá ser feita levando em consideração a presença ou ausência do artigo. 
Com o artigo, o verbo é grafado no plural ou no singular 
Sem o artigo, o verbo é grafado no singular. 
Ex: 
 Os Estados Unidos formam a grande potência mundial. 
 O Amazonas é um rio muito caudaloso. 
 Goiás é um estado bastante acolhedor. 
 
Dentre os casos particulares do gênero dos substantivos, destaca-se aquele em que o gênero do substantivo varia segundo 
sua significação. A palavra grama é um substantivo que se encaixa nesse caso. 
Quando grama tiver sentido de planta cultivada em áreas como jardim, tratar-se-á de um substantivo feminino. 
Quando grama tiver sentido de unidade de medida de peso, tratar-se-á de um substantivo masculino. 
Exemplos: 
 Admirávamos o grama que implantaram naquele jardim.[Inadequado] 
 Admirávamos a grama que implantaram naquele jardim. [Adequado] 
 Por favor, dê-me trezentas gramas de azeitona! [Inadequado] 
 Por favor, dê-me trezentos gramas de azeitona! [Adequado] 
Como o substantivo grama com sentido de medida de peso é masculino, todos os substantivos compostos que também 
expressem medida formados a partir dele também serão masculinos: miligrama, quilograma.Exemplo: 
 Quantas miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Inadequado] 
 Quantos miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Adequado] 
 
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13 – PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E DE SUBORDINAÇÃO 
 
CONJUNÇÕES E CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS 
ADVERBIAIS 
❑ CONJUNÇÃO 
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. 
Por exemplo: 
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. 
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: 
segurou a boneca a menina mostrou viu as amiguinhas 
 
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Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 
1ª oração: A menina segurou a boneca 
2ª oração: e mostrou 
3ª oração: quando viu as amiguinhas. 
 
A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras 
"e" e "quando" ligam, portanto, orações. 
Observe: 
Gosto de natação e de futebol. 
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está 
ligando termos de uma mesma oração. 
 
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. 
Morfossintaxe da Conjunção 
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos. 
 
Classificação da Conjunção 
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e 
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no 
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos 
elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. 
 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função 
gramatical. 
 
Subdividem-se em: 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo, soma, sequência ou adição. 
São elas: e, nem (= e não), não só...mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. 
Por exemplo: 
A sua pesquisa é clara e objetiva. 
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 
 
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1. COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS – Quando apresentam ideia de soma, acréscimo, adição, sequência de 
pensamentos. 
 Trabalho e estudo. 
 Trabalho mas também estudo. 
 Nem trabalho, nem estudo. 
Observem os Pares Correlatos: NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ ... COMO TAMBÉM, NÃO SOMENTE...MAS AINDA, NÃO 
SOMENTE...MAS TAMBÉM: quando aparecem, dizemos que as orações são Coordenativas Aditivas e que são 
Correlacionadas: 
 Não só trabalho, mas também estudo. 
 
 CUIDADO! 
Exs: 
 Estude com regularidade, e será recompensado. (= logo, por isso – conclusão /consequência) 
 Não tendo ficado satisfeito com a brincadeira, vou chamar-lhe e dar-lhe uma bronca. (= para – finalidade) 
 
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. 
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, senão, antes (= pelo contrário) 
Por exemplo: 
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
2. COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS – Quando expressam contraste, oposição, ressalva, compensação: 
 Trabalho, mas estudo. 
 Trabalho, porém estudo. 
 Trabalho, entretanto estudo. 
Cuidado!!! 
1) O mas pode apresentar matizes de sentido: 
– Os fariseus oprimiam o povo, mas Jesus exercia seu amor a eles. 
(contraste/contraposição) 
– Amor, eu sei que eu te traí, mas saiba que eu te amo. (compensação) 
– Casou-se, mas não com a primeira namorada. (restrição) 
– Foi em direção ao beijo, mas desistiu por timidez. (quebra de expectativa) 
– Outra pessoa, mas não eu, deverá cobrir a reportagem. (ressalva) 
– Entre, mas sem fazer barulho. (realce/ressalva) 
– Era bela, mas principalmente rara. (adição, segundo Celso Cunha) 
 
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam 
separadamente. 
São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja. 
Por exemplo: 
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
 
3. COORDENADAS SINDÁTICAS ALTERNATIVAS – Quando expressam alternância, exclusão e são introduzidas por 
Conjunções Alternativas: OU, OU...OU, ORA...ORA, JÁ...JÁ, QUER...QUER, SEJA...SEJA: 
 Trabalha ou estuda. 
 Ou trabalha ou estuda. 
 Ora trabalha ora estuda. 
 
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OU TRABALHA OU ESTUDA – Em frases assim, as duas orações devem ser consideradas COORDENADAS ALTERNATIVAS. 
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. 
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
Por exemplo: 
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
4. COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS – Quando expressam conclusão, dedução, consequência e são introduzidas 
por Conjunções Conclusivas: LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POIS (posposto ao verbo), POR ISSO: 
 Trabalho, logo ganho dinheiro. 
 Trabalho, portanto ganho dinheiro. 
 Trabalho, ganho dinheiro, pois. 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. 
São elas: que, porque, pois (antes do verbo). 
Por exemplo: 
Não demore, que o filme já vai começar. 
5. COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS – Quando expressam uma explicação, motivo, razão e são introduzidas por 
Conjunções Explicativas: QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo): 
 Não passaste de ano, que não estudaste. 
 Não passaste de ano porque não estudaste. 
 Não passaste de ano, pois não estudaste. 
NOTA: 
É possível haver confusão entre Orações Coordenadas Explicativas e Orações Subordinadas Adverbiais Causais. 
Oração Coordenada Explicativa – Explica o motivo da declaração anterior: 
 O menino deveria estar doente, porque chorava muito. 
Oração Subordinada Adverbial Causal – Exprime a causa de um fato: 
 O menino chorava muito porque estava doente. 
Saiba que: 
a) Os conectores "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas". 
Por exemplo: 
Carlos fala, e não faz. 
O bom educador não proíbe, antes orienta. 
Sou muito bom; agora, bobo não sou. 
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. 
b) "Senão" funciona como conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". 
Por exemplo: 
Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. 
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, 
etc.) podem vir no início ou no meio. 
Por exemplo: 
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. 
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta. 
d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. 
Por exemplo: 
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. 
Quando é conjunção explicativa," pois"vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que 
pertence. 
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Por exemplo: 
Não tenha receio, pois eu a protegerei. 
NOTA: 
As Orações Coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, porém são inter-relacionadas, interdependentes, 
quanto ao sentido. 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas 
conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. 
Veja o exemplo: 
O baile já tinha começado quando ela chegou. 
O baile já tinha começado: oração principal 
quando: conjunção subordinativa 
ela chegou: oração subordinada 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
1. Integrantes 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que 
equivalem a substantivos (orações subordinadas substantivas). 
São elas: que, se. 
Por exemplo: 
Espero que você volte. (Espero sua volta.) 
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 
2. Adverbiais 
 
 
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Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a 
circunstância que expressam, classificam-se em: 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. 
São elas: porque, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, (pelo 
fato de, por) + verbo no infinitivo 
 
1. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL 
Quando exprime causa, motivo, razão: 
 O homem trabalha porque precisa. 
É introduzida por Conjunção Causal - QUE, PORQUE, COMO, PORQUANTO, VISTO QUE, JÁ QUE, UMA VEZ QUE, PELO FATO 
DE: 
 Como não me ouviam, gritei (= gritei pela causa de não me ouvirem). 
Para vocês saberem se uma oração é Subordinada Adverbial Causal, usem este artifício: Isto acontece pela seguinte causa, 
sendo a referida causa a Subordinada Adverbial Causal: 
 Não tens encontrado a felicidade porque não a tens em ti. 
RELEITURA: Não tens encontrada a felicidade pela seguinte causa: não a tens em ti. 
Por exemplo: 
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
 
b) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: 
como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que nem, que 
(combinado com menos ou mais), etc. 
Por exemplo: 
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
Ele é preguiçoso tal como o irmão. 
 
2. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA – Quando representa o segundo termo de uma comparação. É 
introduzida por uma Conjunção Comparativa: COMO, TAL...QUAL, TAL E QUAL, ASSIM COMO, TAL...COMO, TANTO...COMO, 
MAIS...QUE, MENOS...QUE, QUE NEM, FEITO (=COMO), O MESMO QUE (=COMO). 
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo expresso: 
 O operário trabalha como o palhaço diverte. 
 O menino gosta de sorvete tal qual o macaco gosta de banana. 
 
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo subentendido: 
 A luz é necessária quanto o oxigênio. 
 Nada é pior que a mentira. 
Em frases como estas acima, como o verbo é subentendido, vocês têm duas opções de análise, ambas corretas: 
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- Analisam – quanto o oxigênio e que a mentira como Oração Subordinada Adverbial Comparativa ou analisam 
simplesmente como Adjunto Adverbial de Comparação. Das duas maneiras, vocês terão acertado a análise. 
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem ser hipotéticas: 
 O menino estudou como se quisesse tirar o primeiro lugar. 
 
c) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. 
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto. 
Por exemplo: 
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. 
 
3. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA – Quando exprime um fato que se concede, que se admite, em oposição à 
Oração Principal. 
É introduzida por Conjunção Concessiva – EMBORA, POR MUITO QUE, CONQUANTO, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS 
QUE, AINDA QUANDO, POSTO QUE, POR MENOS QUE, SE BEM QUE, EM QUE PESE: 
 Admiro esse senhor, embora não o conheça de perto. 
Vejam vocês que é de se esperar admiração por um senhor que se conheça de perto, mas no caso, Admiro esse senhor, 
embora não o conheça de perto, a minha afirmação contraria a expectativa imposta pela Oração Principal – admiro – sendo, 
portanto, embora não o conheça de perto uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva, ou seja, “fato subordinado e 
contrário ao da ação principal de uma oração, mas incapaz de impedir que tal ação venha a ocorrer” 
Como fazer fácil a identificação de uma Adverbial Concessiva? Basta substituir a Conjunção por APESAR DE. Se der certo, 
então tratar-se-á de Adverbial Concessiva: 
 Por mais que eu pedisse, ela foi embora = Apesar de eu pedir muito, ela foi embora. 
d) Condicionais: introduzem uma oração que expressa uma ideia de hipótese, de incerteza, em relação à oração principal 
São elas: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE. 
Por exemplo: 
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão. 
Caso você se case, convide-me para a festa. 
4. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL: Quando exprime a condição que se impõe como necessário para a 
realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para 
que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. É introduzida por uma conjunção subordinativa 
condicional: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE 
Exemplos: 
Não saia sem que eu permita. 
Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio) 
 
Uma Oração Condicional pode aparecer justaposta, sem conectivo: 
 Tivesse eu comprado aquele carro, já estaria arrependido. 
 Seria um menino muito interessante, não fosse a sua má educação. 
NOTA: 
Há casos em que a conjunção SE perde o seu caráter de Condicional para dar uma ideia de Causa, significando Visto que. 
Este fenômeno ocorre em orações que funcionam como ponto de partida de um raciocínio: 
Se o homem é um animal sociável, não pode viver em isolamento (= Pelo fato de ser...). 
 
e)Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. 
São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante. 
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Por exemplo: 
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo o professor ordenou. 
 
5. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA – Quando exprime uma Conformidade, um acordo de um fato 
com outro. É introduzida por uma Conjunção Conformativa – COMO, CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE: 
 Como vocês sabem, sou médico. 
 Segundo me disseram, era um louco. 
Basta substituir a Conjunção por CONFORME. Dando certo,então se trata de Oração Subordinada Adverbial Conformativa. 
f) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. 
São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, tal... que, tão... que, tanto... que, 
tamanho... que). 
Por exemplo: 
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
A dor era tanta que a moça desmaiou. 
6. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA – Quando exprime uma consequência, um efeito, um resultado e é 
introduzida por Conjunção Consecutiva – TAL...QUE, TANTO...QUE, TAMANHO...QUE, TÃO...QUE, DE SORTE QUE, DE MODO 
QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE: 
 Fazia tanto frio que gelávamos. 
 Não fazia nada sem que se acidentasse. 
Substituindo a Conjunção pela palavra CONSEQUEN-TEMENTE, se der certo, teremos a Oração Subordinada Adverbial 
Consecutiva. 
Se temos uma Oração Subordinada expressando uma Consequência, impossível de ser realizada, usamos: MUITO (= DEMAIS) 
+ ADJETIVO + PARA QUE + A AÇÃO VERBAL: 
 Esta cruz é muito pesada para que eu a carregue. 
 Era um convite demais tentador para que o recusasse. 
 
g) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. 
São elas: para que, a fim de que, porque (= para que). 
Por exemplo: 
Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 
 
7. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL 
Quando exprime finalidade, objetivo e é introduzida por Conjunção Final – PARA QUE, A FIM DE (QUE), 
QUE (= PARA QUE): 
 Trabalho muito para que um dia possa ter uma economia. 
Substituir a Conjunção por COM A FINALIDADE DE, para identificar a Oração Subordinada Adverbial Final. 
 
Pode ocorrer elipse da Conjunção Final: 
 Colocou a mão na boca, não fosse dizer besteiras (= ... com a finalidade de não dizer besteiras). 
 
h) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. 
São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), 
quanto menos... (mais), quanto menos... (menos). 
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Por exemplo: 
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
Quanto mais reclamava menos atenção recebia. 
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que 
 
8. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL 
Quando denota proporcionalidade e é introduzida por Conjunção Proporcional: À PROPORÇÃO QUE, À MEDIDA QUE, AO 
PASSO QUE, QUANTO MAIS ...TANTO MAIS, QUANTO MAIS ...TANTO MENOS, QUANTO MENOS ...TANTO MAIS, QUANTO 
MENOS ...TANTO MENOS: 
 Quanto mais tem, tanto mais quer. 
 À proporção que tem, mais quer. 
 
i) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. 
São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora 
que, mal (= assim que). 
Por exemplo: 
A briga começou assim que saímos da festa. 
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 
 
9. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL – Quando indica o tempo em que o fato expresso pela Oração Principal 
acontece e é introduzida por Conjunção temporal – QUANDO, ENQUANTO, LOGO QUE, MAL (= LOGO QUE), SEMPRE QUE, 
ASSIM QUE, DESDE QUE, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, AGORA QUE: 
 Quando chove, o sertão vira fartura. 
 Logo que saíste, eles chegaram. 
 
 
 
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14 – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL / CRASE 
 
 Aspiramos o perfume daquelas flores silvestres. 
 Aspiramos a uma boa classificação no concurso. 
 Muitos candidatos demonstram forte aspiração ao cargo ofertado. 
Em duas orações temos o verbo (aspirar), mas esse verbo por si só não possui sentido completo, necessitando, portanto, de 
um termo que o complemente. Nesse caso, temos o termo regente – demarcado pelo próprio verbo; e o termo regido – 
representado pelo complemento. 
No terceiro exemplo, temos o substantivo aspiração que admite complemento regido pela preposição a. 
Dessa forma, estamos fazendo referência à transitividade, ou seja, em alguns casos o verbo pode ser transitivo direto, em 
outras ele pode ser transitivo indireto ou pode ocupar as duas funções ao mesmo tempo, dependendo do contexto. Esse 
contexto se traduz pelo significado que ele apresenta, assim como podemos verificar por meio dos exemplos anteriores: 
No primeiro exemplo, em que o verbo exige uma preposição, o sentido do verbo em questão faz referência ao ato de 
“almejar, desejar”. Assim sendo, ele ocupa a posição de transitivo indireto. 
Já no segundo, o sentido diz respeito ao ato de “inalar, sorver” – razão pela qual ele se classifica como transitivo direto. 
A regência verbal é a relação existente entre os verbos e os termos que o completam (objetos e adjuntos). 
Quanto ao complemento, os verbos podem ser transitivos ou intransitivos. 
Se a ação passa ou transita do sujeito a um objeto, dizemos que o verbo é transitivo, podendo ser direto (sem uso de 
preposição) ou indireto (com preposição). 
Se a ação ou estado não transita do sujeito a nenhum objeto, tendo sentido completo, o verbo é intransitivo. 
Não devem ser esquecidas as situações em que aparecem verbos de ligação, que exigem como complemento um predicativo 
do sujeito. 
Na terceira situação, tem-se exemplo de regência nominal, marcada pela existência do substantivo aspiração. 
Verbos que alteram o significado de acordo com a regência. 
 
 
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FORMAÇÃO DO PERÍODO COMPOSTO 
REGÊNCIA COM PRONOME RELATIVO 
 Os trabalhos _________ normalmente cumpro são 
intensos 
Os trabalhos __________ me submeto são muito intensos 
Os trabalhos ___________ normalmente falo são 
desafiadores 
 
Os projetos ___________ normalmente penso são 
motivadores 
Os projetos ___________ normalmente me preparo são 
inovadores 
As pessoas ____________ normalmente convivo são 
simpáticas 
Os ideias ______________ normalmente luto são 
interessantes 
 
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Observação: Se for expresso por pronome de 3ª pessoa, 
exigirá a forma a ele(s) ou a ela(s), e não lhe(s). 
3. Intransitivo (morar, ser da responsabilidade), rege a 
preposição em. 
Exemplo: Assistimos em Salvador. 
Não assiste a ele cuidar de todos estes casos. 
 
USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COMO OBJETOS 
DIRETOS 
Usam-se os pronomeso, os, a, as depois de terminações 
verbais em vogais 
Comprei o carro= Comprei-o 
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a 
Cante os hinos= Cante-os 
Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as 
Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas 
terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -
z, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo 
tempo que a terminação verbal é suprimida. 
Por exemplo: 
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la 
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo 
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo 
 
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume 
as formas no, nos, na, nas. 
Por exemplo: 
 viram + o menino = viram + o = viram-no 
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos 
 retém + a substância = retém + a = retém-na 
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas 
Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados 
como transitivos diretos: 
abandonar; abençoar; 
aborrecer; abraçar; 
acompanhar; acusar; 
admirar; adorar; 
alegrar; ameaçar; 
amolar; amparar; 
auxiliar; castigar; 
condenar; conhecer; 
conservar; convidar; 
defender; eleger; 
estudar; estimar; 
humilhar; namorar; 
ouvir; praticar; 
prejudicar; proteger; 
respeitar; socorrer; 
suportar; ver; 
visitar; 
 
Os verbos TRANSITIVOS INDIRETOS são complementados 
por objetos indiretos, ou seja, exigem uma preposição para 
o estabelecimento da relação de regência. 
Eles admitem como objeto indireto os pronomes LHE, LHES 
para substituir pessoas ou coisas, principalmente com os 
verbos que exigem a preposição A, PARA, EM. 
 
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Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como 
transitivos indiretos. Eis alguns: 
aspirar(a) 
caber(a); 
candidatar-se(a); referir-se(a); 
impor(a); levar(a); 
pertencer(a); dar(a); 
relacionar-se(a) aludir(a) 
obedecer(a) dedicar(a) 
responder(a) querer(a); 
destinar-se(a); visar(a) 
somar-se(a); oferecer(a); 
passar(a deparar (com); 
desdenhar (de); acreditar (em); 
consentir (em); ansiar (por); 
desfrutar(de) gozar (de); 
necessitar (de); contribuir(para) 
 
 
Observação: 
Verbo pronominal – Vem acompanhado de um pronome 
oblíquo da mesma pessoa que o sujeito; sem função de 
objeto. 
 
Observação: 
Admite voz passiva. 
Exemplo: Dava ordens ciente de ser obedecido. 
Obs.: É importante notar que, com esses verbos (agradecer, 
perdoar e pagar), a pessoa costuma aparecer como objeto 
indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. 
 O escritório não paga aos funcionários desde abril. 
 Já perdoei aos que me difamaram. 
 Agradeço aos alunos que acreditaram em mim. 
 
Os verbos transitivos diretos e indiretos exigem dois 
complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro 
com preposição (objeto indireto). 
Veja alguns exemplos: 
 
AGRADECER, PERDOAR e PAGAR, que possuem objeto 
direto (coisa) e indireto (pessoa): 
 Agradeço aos fiéis a paciência. 
 Deus ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. 
 Paguei o dinheiro ao cobrador. 
 
O USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS EXIGE 
ALGUNS CUIDADOS: 
 Agradeci o presente / Agradeci-o 
 Agradeço a você / Agradeço-lhe 
 Perdoe a ofensa / Perdoei-a 
 Perdoei ao agressor / Perdoei-lhe 
 Paguei minhas contas / Paguei-as 
 Paguei aos meus credores / Paguei-lhes 
 
Existem outros verbos que possuem seu sentido definido de 
acordo com a regência, como ASPIRAR, ASSISTIR, OLHAR e 
PRECISAR, e vários outros. Veja alguns exemplos: 
 Aspirar o ar de montanha. (= sorver, respirar) 
Aspirar a um alto cargo. (= desejar, pretender) 
 
 Pedro assistiu ao jogo. (= presenciar, ver) 
O médico assistiu o (ao) doente. (= prestar assistência) 
 
 Olhe para ele. (= fixar o olhar) 
Olhe por ele. (= cuidar, interessar-se) 
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 Ela não precisou a quantia. (= informar com exatidão) 
Ela não precisou da quantia. (= necessitar) 
 
 
 
 
 
Observação: A preposição em indica o lugar dentro do qual 
ocorre a ação. 
Exemplos: 
 Chegou no voo das 14h. 
 Irei em teu carro? 
 Voltou em uma carroça. 
 
 
 
 
 
 
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RESPONDER 
Transitivo Indireto, mesmo quando o complemento dele 
não se referir à pessoa. Pode ele aparecer sem o artigo, 
como pode também aparecer com a presença dele. 
Ex: 
 Responda à mãe com simpatia. 
 Responder às questões. 
 Responder a questões. (lembrar que esse A é 
preposição) 
 
VISAR 
 
 
 
 
 
CONSISTIR, que tem complemento introduzido pela 
preposição EM: 
 A felicidade consiste em preparar o futuro pensando no 
presente. 
DIGNAR-SE, pronominal, que no padrão culto rege a 
preposição DE: 
 Maria não se dignou de olhar-me nos olhos. 
 Ela ao menos se dignou de responder-me. 
 
 
ANSIAR 
1. Transitivo direto (angustiar, causar mal-estar). 
Exemplo: Aquele momento ansiava-o. 
2. Transitivo indireto (desejar ardentemente), rege a 
preposição por. 
Exemplo: “Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo” (F. 
Sabino) 
 
ATENDER 
No sentido de dar atenção ou levar em consideração o que 
alguém nos diz, considerar, é transitivo indireto . 
Use-o com a preposição [a]: 
• Eles atenderam aos nossos conselhos. 
• O diretor não atendeu aos pedidos dos pais. 
• Não atendera aos amigos. 
• Atenda bem ao que lhe digo. 
• Vou atender ao que me pede. 
No sentido de acolher, receber, recepcionar é transitivo 
direto. Use-o sem preposição: 
• A professora atendeu os alunos. 
• Ela sempre os atende. 
• As meninas estão atendendo os visitantes. 
• O político não atendeu o repórter. 
 
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FALAR 
1. Intransitivo (expressar-se). 
Exemplo: Aquele senhor fala muito bem. 
2. Transitivo direto (declarar, explicar, exprimir-se algum 
idioma) 
Exemplos: 
 Falou tudo o que queria. 
 Falava francês desde criança. 
3. Intransitivo (discursar, discorrer), acompanhado de 
adjunto adverbial de assunto (DE ______ , SOBRE___) 
Exemplo: Falou sobre vários assuntos. 
 
 
NAMORAR 
Transitivo direto, portanto não admite preposição. 
Ex: A menina namora aquele simpático rapaz. 
Errado: A menina namora COM aquele simpático rapaz. 
 
 
NECESSITAR 
1. Transitivo indireto 
Exemplo: Necessita de alguns remédios. 
 
Exemplo: Necessita de alguns remédios. 
PRECISAR 
1. Transitivo indireto (ter necessidade) 
Exemplo: Precisávamos de mais tempo. 
 
2. Transitivo direto (marcar com precisão) 
Exemplo: A polícia não precisou o local do assalto. 
 
PROCEDER 
No sentido de TER FUNDAMENTO, o verbo proceder é 
INTRANSITIVO: 
O depoimento da testemunha procedia. 
Nos sentidos de COMPORTAR-SE, AGIR, proceder é 
também INTRANSITIVO. 
 O senhor procedeu bem agindo de acordo com a 
legislação. 
No sentido de ORIGINAR-SE, PROVIR, DERIVAR, o verbo 
proceder constrói-se com a preposição DE: 
A língua portuguesa procede do latim. 
 
 
 
 
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Saiba também que o LHE não serve de complemento para 
alguns verbos, como: aludir, aspirar(= almejar), assistir (= 
ver), proceder, presidir, recorrer, referir-se (= aludir), visar 
(= almejar) 
Voz verbal e regência 
Há verbos transitivos indiretos, como 
assistir (= ver), pagar/perdoar (com complemento de 
pessoa), responder 
em que há “concessões” para o uso da forma passiva, como 
diz Bechara. Napoleão Mendes de Almeida vai além, 
defendendo o uso de assistir (= ver) na voz passiva. Veja: 
– Muitas pessoas assistiram à missa. / A missa foi assistida 
por muitas pessoas. 
– Pagamos às empregadas. / As empregadas foram pagas 
por nós. 
– Todos lhe perdoaram. / Ele foi perdoado por todos. 
– Reponder-se-ão às dúvidas. / As dúvidas serão 
respondidas. 
Obs: Os verbos acreditar, crer, pensar e sinônimos (ao 
expressar uma opinião, um julgamento) são VTDs quando 
seu complemento é uma oração subordinada substantiva 
objetiva direta: Penso (VTD) que devo estudar mais (OD). 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
• Lista de substantivos e adjetivos acompanhados das 
respectivas preposições: 
A/B 
SUBSTANTIVOS 
agrado[a] alusão [a] 
ameaça[a] atenção [a] 
amor [a, de, por] apoio [a, de] 
apologia [a, de] antipatia [a, contra, por] 
aversão [a, para, por] acesso [a, para] 
admiração [a, por] afeição [a, por] 
amigo [de] associação [de, com] 
benefício [a] 
ADJETIVOS 
acessível [a, para] acostumado [a, com] 
adequado [a] alheio [a, de] 
aliado [a, com] análogo [a] 
apto [a, para] assíduo [a, em] 
atento [a, em] avesso [a] 
aflito [com, por] amante [de] 
afável [com] amoroso [com] 
ansioso[de, para, por] aparentado[com] 
atencioso [com] ávido [de, por] 
benéfico [a] bom [para]. 
C/D 
SUBSTANTIVOS 
capacidade [de, para] 
causa[para] 
certeza [de] 
compaixão [de, por] 
compreensão[de] 
concordância [a, com, de, entre] 
consulta [a] 
conversão[em] 
crédito[a] 
direito [a, de] 
dúvida [acerca de, em, sobre] 
desrespeito [a] 
desprezo [a, de, por] 
devoção [a, para, com, por] 
dificuldade [com, de, em, para] 
discordância [com, de, sobre] 
disposição [para] 
ADJETIVOS 
cobiçoso [de] capaz [de, para] 
cego [a, de] ciente [de] 
coerente [com] comum [de] 
compatível[com] concedido [a] 
conforme [a, com] contemporâneo [de] 
constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por] 
contíguo [a] constante [em] 
constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por] 
contrário[a] curioso [de, por, para] 
dedicado[a] desacostumado [a, com] 
desatento [a] descontente [com] 
desejoso [de] desfavorável[a] 
desleal [a] desgostoso [com, de] 
devoto [a, de] diferente [de] 
digno [de] disposto[a] 
dotado [de] 
 
E/F/G/H/I/L 
SUBSTANTIVOS 
empenho [de, em, por] entusiasmo[por, com] 
exemplo[de] facilidade [de, em, para] 
falta [a, de] guerra [a] 
graças(a) homenagem [a] 
horror [a, de, por] ida [a] 
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impaciência[com] impossibilidade [de, em] 
impressão[de] inclinação[por] 
influência [sobre] interesse[por] 
invasão [de] lembrança[de] 
lugar[a] 
 
ADJETIVOS 
equivalente [a] entendido [em] 
erudito [em] escasso [de] 
essencial [para] estreito [de] 
exato [em] fácil [a, de, para] 
falho [de, em] fanático [por] 
favorável [a] fiel [a] 
feliz [de, com, em, por] fértil [de, em] 
forte [em] fraco [em, de] 
furioso [com] grato [a] 
graduado [a] hábil [em] 
habituado [a] hostil [a, contra] 
idêntico [a] impotente [para, contra] 
impróprio [para] imune [a, de] 
inábil [para] inacessível [a] 
incansável [em] incapaz [de, para] 
incerto [em] inconsequente[com] 
indeciso [em] indiferente[a] 
indigno [de] indulgente [com] 
inerente [a] infiel [a] 
ingrato [com] insensível [a] 
intolerante [com] inútil [para] 
isento [de] junto [a, de] 
leal [a] lento [em] 
liberal [com] 
 
M/N/O/P 
manifestação [contra] medo [de, a] 
necessidade[de] notícia[de] 
ódio [a, contra] ojeriza [a, por] 
paixão [de, por] parte[de] 
preferência [a, por] preservação[de] 
preocupação[de, com, por] prevenção [a] 
propensão [para] proteção[a, de] 
 
ADJETIVOS 
maior [de] menor [de] 
misericordioso [com] morador[em] 
natural [de] necessário [a] 
nobre [em] nocivo [a] 
obediente [a] oposto [a] 
orgulhoso [de, com] pálido [de] 
parecido [a, com] paralelo [a] 
pasmado [de] passível [de] 
peculiar [a] perito [em] 
prático [em] preferível [a] 
prestes [a, para] pendente [de] 
privado[de] pródigo [em, de] 
propício [a] próximo [a, de] 
pronto [para, em] próprio [de, para] 
 
Q/R/S/T/U/V/Z 
SUBSTANTIVOS 
queixa [contra] receio [de] 
referência[a] respeito [a, com, por] 
relação [a, com, de, por] resposta[a] 
resistência[a] sensação[de] 
simpatia [a, por] sincronia[com] 
tentativa [contra, de, para] tráfico [de] 
triunfo [sobre] união, [a, com, entre] 
zelo [a, de, por]. 
 
ADJETIVOS 
querido [de, por] relacionado[com] 
relativo[a] rente [a, de, com] 
reservado[a] residente [em] 
responsável [por, de] rico [de, em] 
sábio [em] salvo[de] 
satisfeito [com, de, em, por] sito [em] 
semelhante [a] surdo [a, de] 
situado [a, em, entre] solidário [com] 
sujeito[a] superior [a] 
suspeito[a, de] voltado [para]. 
último [a, de, em] único [em] 
útil [a, para] vazio [de] 
versado [em] visível [a] 
vitimado[por] vizinho [a, de, com] 
 
Releitura de Regência Nominal 
A tabela a seguir mostra quais as preposições mais usuais 
para alguns nomes. 
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Preposição Nomes 
A 
acessível, adequado, alheio, análogo, 
apto, avesso, benefício, cego, conforme, 
contíguo, desatento, desfavorável, 
desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, 
hostil, idêntico, inacessível, inerente, 
indiferente, infiel, insensível, nocivo, 
obediente, odioso, oposto, peculiar, 
pernicioso, respeito, próximo, superior, 
surdo, último, visível 
 
De 
amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, 
cobiçoso, comum, contemporâneo, 
curioso, devoto, diferente, digno, 
dessemelhante, dotado, duro, estreito, 
fértil, fraco, furioso, impossibilidade, 
incerto, indigno, inocente, menor, 
natural, nobre, orgulhoso, pálido, parco, 
passível, pobre, pródigo, próprio, 
próximo, querido, respeito, surdo, 
temeroso, último, vazio, vizinho 
Com 
afável, amoroso, aparentado, compatível, 
conforme, cruel, cuidadoso, descontente, 
furioso, inconsequente, ingrato, 
intolerante, liberal, misericordioso, 
Contra desrespeito, manifestação, queixa 
Em 
constante, cúmplice, diligente, entendido, 
erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, 
forte, hábil, impossibilidade, incansável, 
incerto, inconstante, indeciso, lento, 
morador, parco, perito, prático, pródigo, 
pronto, sábio, sito, último, único 
Entre convênio, união 
Para 
apto, bom, diligente, disposição, 
essencial, idôneo, incapaz, inútil, odioso, 
pronto, próprio, útil 
para com 
afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, 
orgulhoso 
Por ansioso, querido, responsável, respeito 
Sobre dúvida, influência, triunfo 
 
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE 
A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza. 
Na Língua Portuguesa atual, assinalamos com o acento 
grave (`) a crase do a. 
A regra geral diz que haverá crase no a quando colocado 
diante de palavra do gênero feminino quando, substituindo-
se a feminina por uma masculina aparecer diante da 
masculina ao. 
 
Usa-se a CRASE: 
Nomes Geográficos: 
Ex.: 
 Vou à Bahia (= para a), 
 Vou à Brasília. (= para). 
Se empregarmos a combinação da ou na antes das palavras, 
é sinal de que ela aceitao artigo; 
Se empregarmos apenas a preposição de ou a 
preposição em, é sinal de que ela não aceita. 
Ex.: 
 Vim da Itália (aceita), 
 Estou na Itália (aceita), 
 Vim de Roma (não aceita), 
 Estou em Maceió (não aceita). 
 
FORMAÇÃO DA CRASE 
USO OBRIGATÓRIO DA CRASE 
1. Ocorre a crase mesmo que o substantivo venha oculto 
ou subentendido. 
Ex.: 
 O aluno subordinou a solução do segundo problema à 
do primeiro (à solução do primeiro). 
 
2. Na indicação do número de horas, expresso ou 
subtendido. 
Ex.: 
 Às três horas, abrirei o escritório. 
 
 
 
 
 
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Note-se no entanto: comprar a prestação, escrever a 
máquina, escrever a mão, fechar a chave, porque são 
expressões adverbiais femininas que indicam instrumento 
ou meio. 
Termos femininos ou masculinos (elipse da palavra) com 
valor de à moda de, ao estilo de: à americana, (= à moda 
americana), à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, 
poesia à Manuel Bandeira, gol à Pelé, calçados à Luís XV, 
cabelos à Sansão, estilo à Coelho Neto etc. 
Para evitar ambiguidade: 
 À onça a cobra matou. 
 A menina à paixão venceu 
 
A crase pode também resultar da contração da preposição a 
com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e 
aquilo: 
 Não irás àquela festa [a aquela] 
 Vou àquele cinema. [a aquele] 
 Não ligo àquilo. [a aquilo] 
 Refiro-me à que você namora. [aquele] 
 Àquela ordem estranha, o soldado estremeceu. 
 A capitania de Minas Gerais estava unida à de São Paulo. 
 Falarei às que quiserem me ouvir. [aquelas que] 
 Esta anedota é semelhante à que meu professor contou. 
[aquela que] 
 
À QUE / À QUAL 
Substitui-se à que por – ao que e à qual – por ao qual. 
Ex.: 
 Sua ideia é igual à que tive. 
 Seu pensamento é igual ao que tive. 
Ex.: 
 A redação à qual me refiro é fácil. 
 O teste ao qual me refiro é fácil. 
 
CASOS ESPECIAIS 
CASA 
Ex.: 
 Volte cedo a casa. 
 Volte cedo à casa paterna. 
Só é possível a aplicação da crase se a palavra estiver 
acompanhada. 
 
 
 
 
 
TERRA 
 
 
Não significa “terra firme”. 
A palavra terra só admitirá o emprego da regra geral 
quando não for empregada em oposição a bordo, a navio, a 
chão firme. 
Ex.: 
 Voltou à terra onde nascera. 
 
À DISTÂNCIA DE 
Deve estar determinada. 
Ex.: 
 Achava-se à distância de 10 metros. 
 Vi-o a distância. 
 Estava a uma distância de 10 metros. 
 
CRASE FACULTATIVA 
1. Pronome Adjetivo Possessivo Feminino Singular. 
 
 
Ex.: Nada conte à(a) sua amiga. 
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2. Nomes Próprios Femininos, quando são modificados, 
acento de crase é obrigatório. 
Observação: 
Não se usa crase diante de nomes históricos. 
Ex.: Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra 
 
3. Até a + palavra feminina. 
Ex.: Vou à cidade ou até a cidade. 
 
4. Locução Adverbial Feminina de instrumento. 
Ex.: Abri o primeiro envelope, com excessiva pressa: 
continha um recado, à maquina, do meu ti.(Guimarães 
Rosa) 
 
CASOS EM QUE NÃO HÁ CRASE 
 
1) Antes de substantivos masculinos: Andou a cavalo. 
2) Antes de verbos: A partir de amanhã, serei outra 
pessoa. 
 
 
Não vai a festas nem a reuniões 
Dedicas o trabalho a homem ou mulher? 
A FUNAI decidiu fechar o parque indígena a visitas. 
5) Antes de pronomes demonstrativos (este, esse e 
flexões) 
Não foi a esta festa. 
6) Antes de pronomes indefinidos: Obedecia a todos. 
 
Observação: 
Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando 
ensejo à crase: 
 Não fale nada às outras. 
 Assistimos sempre às mesmas cenas. 
 Diga à tal senhora que... 
 Não temo as acusações de Maria, às quais responderei 
oportunamente. 
 Estavam atentas umas às outras. 
7) Antes de pronomes de tratamento, interrogativos, 
* com exceção de senhora, senhorita, madame e dona. 
 Obedeci a Vossa Senhoria. 
 Falaste a que pessoa? 
* Peço à senhora que tenha paciência. 
 
8) Antes dos pronomes relativos: Quem, Que, Cuja. 
 Referia-se a quem falava. 
 Ali havia uma árvore, a cuja sombra descansamos. 
 Esta é a vida a que aspiramos. 
 
9) Quando já houver outra preposição: 
 Viajou para a Itália. 
 
10) Antes de palavras repetidas: 
 Encontram-se frente a frente 
 
 
 
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11) Diante de nomes de parentescos, precedidos de 
pronomes possessivos: 
 Recorri a minha mãe. 
 Faremos uma visita a sua mãe. 
 Arrependi-me de ter falado a minha prima. (G. Ramos) 
Observação: 
Haverá crase quando o nome próprio admitir ou vier 
acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva: 
 Maria tinha devoção à Virgem. 
 Entreguei a carta à Júlia (no trato familiar e íntimo). 
 Referiu-se à Roma dos Césares. 
 
 
 
 
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– A bala recebeu a pessoa. (linguagem figurada, noção de violência) 
– Recebeu a pessoa à bala.(com disparo de tiros) 
 
– Teve de pintar a mão = OD = parte do corpo hoje cedo. 
– Teve de pintar à mão hoje cedo. (com uso das mãos) 
 
– Comeu a francesa*.(prática canibal) 
– Comeu à francesa.(seguindo o modo dos franceses) 
 
– Feriu o rosto dele a navalha. = (A navalha = sujeito) feriu o rosto dele 
– Feriu o rosto dele à navalha. (com uso da navalha) 
 
– Vendeu a vista. (vendeu o olhar, a visão, a paisagem ... ?) 
– Vendeu à vista.(com pagamento imediato, sem prestações) 
– A vista dele está cansada de tanto ler.(o olhar, a visão dele...) 
– À vista dele, está cansada de tanto ler.(De acordo com o ponto de vista dele) 
 
– Pagou a prestação.(pagou a parcela, conta) 
– Pagou à prestação.(com divisão em parcelas) 
 
– Não conseguiram enxergar a distância de um prédio a outro.(enxergar a separação) 
– Não conseguiram enxergar à distância de um metro.(estavam a um metro do local) 
 
 
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LOCUÇÕES COM PALAVRAS DE BASE FEMININA 
às avessas à busca (de) 
à custa (de) à deriva 
à disposição à distância de 
à exceção de à esquerda 
à falta de à feição (de) 
à frente (de) à luz de 
à maneira de à medida que 
à mercê (de) à mostra 
à noite à proporção que 
à parte à procura (de) 
pôr à prova à tarde 
à semelhança de às vezes 
à vontade à vista (de/disso) 
 
LISTA DE SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS ACOMPANHADOS 
DAS RESPECTIVAS PREPOSIÇÕES: 
A/B 
SUBSTANTIVOS 
acesso [a] ameaça[a] 
apoio[a] atenção [a] 
aversão [a] alusão [a] = referência[a] 
apologia [a] = louvação[a] benefício [a] 
 
ADJETIVOS 
acessível [a] adequado [a] 
alheio [a] aliado [a] 
apto [a] associado[a] 
atento [a] atrelado[a] 
avesso [a] análogo [a] = similar[a] 
 
C/D 
SUBSTANTIVOS 
combate[a] consulta [a] 
crédito[a] direito [a] 
desrespeito [a] devoção [a] 
 
ADJETIVOS 
concedido [a] contrário[a] 
dedicado[a] desfavorável[a]devido[a] disposto[a] 
 
 
 
E/F/G/H/I/L 
ADJETIVOS 
equivalente [a] estimulante[a] 
favorável [a] habituado [a] 
hostil [a] = ofensivo[a] idêntico [a] 
imune [a] = resistente[a] inacessível [a] 
indiferente[a] ligado[a] 
inerente [a] = pertencente[a] 
 
M/N/O/P 
SUBSTANTIVOS 
preferência [a] prevenção [a] 
proteção[a] 
 
ADJETIVOS 
necessário [a] oposto [a] 
paralelo [a] preferível [a] 
propício [a] peculiar [a] = inerente[a] 
 
Q/R/S/T/U/V 
SUBSTANTIVOS 
referência[a] respeito [a] 
relação [a] resistência[a] 
 
ADJETIVOS 
referente[a] relativo[a] 
semelhante [a] sujeito[a] 
visível [a] vinculado[a] 
_______________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
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15 – SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E 
PERÍODO; 
TERMOS DA ORAÇÃO; 
ESTUDO DO PERÍODO SIMPLES 
 
SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO; TERMOS DA 
ORAÇÃO; 
 FUNÇÕES SINTÁTICAS 
(funções na frase) 
Sujeito: Complemento nominal 
predicado Adjunto Adnominal 
Predicativo Adjunto adverbial 
Objeto indireto Aposto 
Agente da passiva Vocativo 
 
 
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO 
Frase 
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser 
formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter 
verbos ou não. A frase se define pelo seu propósito 
comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de transmitir 
um conteúdo satisfatório para a situação em que é 
utilizada. 
Exemplos: 
Frases Nominais: 
 Silêncio! 
 Avante. 
 Espantoso! 
 Cada louco com sua mania. 
 Cada macaco em seu galho. 
 Proibida entrada. 
 
Frases Verbais: 
 Não vá embora. 
 O telefone está tocando. 
 O Brasil possui um grande potencial turístico. 
 Os alunos prepararam o seminário 
 O advogado defendeu seu cliente 
 O sol ilumina as cidades e aquece o dia 
 
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que 
indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir 
acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, 
além de ser complementada pela situação em que o falante 
se encontra. Esses fatos contribuem para que 
frequentemente surjam frases muito simples, formadas por 
apenas uma palavra. Observe: 
 Rua! 
 Ai! 
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e 
acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para 
satisfazer suas necessidades expressivas. 
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de 
pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. 
Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo 
próprio texto, o que acaba tornando necessário que as 
frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa 
maior complexidade linguística leva a frase a obedecer às 
regras gerais da língua. Portanto, a organização e a 
ordenação dos elementos formadores da frase devem 
seguir os padrões da língua. Por isso é que: 
 
 As meninas estavam alegres. 
constitui uma frase, enquanto: 
 
 Alegres meninas estavam as. 
não é considerada uma frase da língua portuguesa. 
 
Tipos de Frases 
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser 
integralmente captados se atentarmos para o contexto em 
que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações 
em que se explora a ironia. 
Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada 
quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de 
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pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário 
do que aparentemente diz. 
A entoação é um elemento muito importante da frase 
falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. 
Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É 
ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, 
indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de 
pontuação podem agir como definidores do sentido das 
frases. Veja: 
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou 
menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. 
São elas: 
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é 
feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando 
se deseja obter alguma informação. A interrogação pode 
ser direta ou indireta. 
 Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) 
 Desejo saber se você aceita um copo de suco. 
(Interrogação indireta) 
 
b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da 
mensagem dá uma ordem, um conselho, uma sugestão 
ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. 
Podem ser afirmativas ou negativas. 
 Faça-o entrar no carro. (Afirmativa) 
 Não faça isso. (Negativa) 
 Dê-me uma ajudinha com isso. (Afirmativa) 
 
c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor 
exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação 
ligeiramente prolongada. 
Por Exemplo: 
 Que prova difícil! 
 É uma delícia esse bolo! 
 
d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor 
constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara 
alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. 
 Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) 
 Ela não está em casa. (Negativa) 
 
e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. 
Por Exemplo: 
 Deus te acompanhe! 
 Bons ventos o levem! 
 
Estrutura da Frase 
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a 
partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. 
Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser 
formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase 
"Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na 
terminação do verbo: nós. 
O sujeito é o termo da frase com o qual o verbo concorda 
em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se 
declara algo", "o tema do que se vai comunicar". 
O predicado é a parte da frase que contém "a informação 
nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao 
sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao 
sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo 
significativo da declaração: se o núcleo da declaração 
estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas 
frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum 
nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases 
que possuem verbo de ligação). 
Observe: 
 O amor é eterno. 
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O 
amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o 
predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu 
núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase: 
 Os rapazes jogam futebol. 
O sujeito é "Os rapazes", por ser o termo com o qual o 
verbo (jogam) concorda em número e pessoa. O predicado 
é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo 
"jogam". Temos, assim, um predicado verbal. 
Oração 
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Paraisso é 
necessário: 
- que o enunciado tenha sentido completo; 
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). 
 
Por Exemplo: 
 Camila concluiu a leitura do livro. 
Obs.: Na oração, as palavras estão relacionadas entre si, 
como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos 
ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da 
oração desempenha uma função sintática. 
 
Atenção: 
Nem toda frase é oração. 
Por Exemplo: 
 Que dia lindo! 
Esse enunciado é frase, pois tem sentido. 
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. 
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são 
orações, frases como: 
 Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante! 
 
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A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: 
 Brinquei no parque. (uma oração) 
 Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) 
 Cheguei, vi, venci. (três orações) 
 
Período 
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, 
formando um todo, com sentido completo. O período pode 
ser simples ou composto. 
• Período Simples: é aquele constituído por apenas uma 
oração, que recebe o nome de oração absoluta. 
Exemplos: 
 O amor é eterno. 
 As plantas necessitam de cuidados especiais. 
 Quero aquelas rosas. 
 O tempo é o melhor remédio. 
 
• Período Composto: é aquele constituído por duas ou 
mais orações. 
Exemplos: 
 Quando você partiu, minha vida ficou sem alegrias. 
 Quero aquelas flores para presentear minha mãe. 
 Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que 
acontece ao anoitecer. 
 Cheguei, jantei e fui dormir. 
 
Saiba que: 
Como toda oração está centrada num verbo ou numa 
locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações 
existem num período é contar os verbos ou locuções 
verbais. 
OBJETIVOS DA ANÁLISE SINTÁTICA 
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura 
de um período e das orações que compõem um período. 
Estrutura de um Período 
Observe: 
Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando. 
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível 
identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas e 
quando estamos viajando. 
 
Termos da Oração 
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos 
viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce 
uma determinada função nas orações. Em análise sintática, 
cada palavra da oração é chamada de termo da oração. 
Termo é a palavra considerada de acordo com a função 
sintática que exerce na oração. 
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos 
da oração podem ser: 
1) Essenciais 
Também conhecidos como termos "fundamentais", são 
representados pelo 
• sujeito, 
• predicado 
• predicativo. 
 
2) Integrantes 
Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são 
representados por: 
• complementos verbais - objeto direto e objeto indireto; 
• complemento nominal; 
• agente da passiva. 
 
3) Acessórios 
Desempenham função secundária (especificam o 
substantivo ou expressam circunstância). São representados 
por: 
• adjunto adnominal; 
• adjunto adverbial; 
• aposto. 
 
Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: 
não pertence à estrutura da oração. 
 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
SUJEITO e PREDICADO 
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns 
termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois 
termos essenciais, o sujeito e o predicado. 
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo e 
com o qual o verbo, normalmente, concorda. 
 
Por Exemplo: 
 As praias estão sempre lotadas no verão. 
 (sujeito simples) 
 Houve dias maravilhosos em minhas férias. 
 (sujeito inexistente) 
Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre 
o sujeito. 
 
 
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Por Exemplo: 
 As praias/ estão cada vez mais poluídas 
 Sujeito/ Predicado 
 
Posição do Sujeito na Oração 
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode 
estar: 
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado. 
Por Exemplo: 
As crianças brincavam despreocupadas. 
Sujeito Predicado 
Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. 
Brincavam despreocupadas as crianças. 
 Predicado Sujeito 
 
Sujeito no Meio do Predicado: 
Despreocupadas, as crianças brincavam. 
 Predicado Sujeito Predicado 
Com alguns verbos, como 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faltaram alguns alunos. 
Para mim, bastam dois pedaços de torta. 
Acontecem fatos estranhos neste país 
Classificação do Sujeito 
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser 
determinado ou indeterminado. 
Existem ainda as orações sem sujeito. 
1. Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar 
com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser: 
a) Simples 
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. 
Por Exemplo: 
 A rua estava deserta. 
 
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a 
noção de singular. 
As ruas estavam desertas. 
Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se 
refere a apenas um elemento(núcleo), seja ele um 
substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral 
ou uma oração subjetiva. 
Por Exemplo: 
 Certos alunos conservam posturas austeras. 
 Elas sempre devem obedecer aos chefes da empresa. 
 Aqueles prisioneiros fugiram, porém estes 
permaneceram. 
 Ninguém deixou de responder à questão. 
 Eles eram alunos brilhantes. Os dois estudavam as 
matérias suficientemente. 
 O cantar dos pássaros encanta os visitantes. 
 Sentimos muita dor durante a noite. 
 Seus interesses serão respeitados pelo juiz. 
 
b) Composto 
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao 
verbo. 
 Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. 
 
c) Elíptico, Desinencial, Oculto ou Implícito 
Ocorre quando o sujeito não está explicitamente 
representado (não está expresso) na oração, mas pode ser 
identificado. 
Por Exemplo: 
 Dispenso todos os funcionários. 
 
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, 
associado ao pronome Eu 
 Dispensas todos os funcionários. 
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, 
associado ao pronome Tu 
 
 Dispensa todos os funcionários. 
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, 
associado ao pronome Ele/Ela(singular) 
 
 Dispensamos todos os funcionários. 
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, 
associado ao pronome Nós 
 Dispensais todos os funcionários. 
Existir, 
Ocorrer, 
Faltar, 
Surgir, 
Acontecer, 
Bastar, 
Chegar, 
Sobrar, 
Restar, 
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Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, 
associado ao pronome Vós 
 
OBSERVAÇÃO 
Devemos ter cuidado com o verbo que se conjuga na 3ª 
pessoa do plural. Nesse caso, pode ser que o sujeito seja 
Indeterminado. 
 
CUIDADO: 
Observe a frase em que aparece verbo na 3ª pessoa do 
plural: 
 Os meninos viajaram e ontem telefonaram para você. 
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo 
referência a elementos explícitos em orações anteriores ou 
posteriores, o sujeito é determinado, porém oculto. 
Por Exemplo: 
 Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas 
verduras. 
Nesse caso, o sujeito de compraram é o termo Felipe e 
Marcos. 
Pode ser identificado, mas não está expresso, ou seja, 
escrito na 2ª oração. Nesse caso, ocorre sujeito oculto. 
 
2. Sujeito Indeterminado:é aquele que, embora existindo, 
não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela 
terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três 
maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma 
oração: 
 
IDENTIFICAÇÃO DE SUJEITO INDETERMINADO 
 Ontem telefonaram para você. 
O verbo é colocado na 3ª pessoa do plural, sem que se 
refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em 
outra oração): 
Por Exemplo: 
 Procuraram você por todos os lugares. 
 Estão pedindo seu documento na entrada da festa. 
 
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do 
pronome SE: 
O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como 
partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção 
ocorre com verbos que não apresentam complemento 
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de 
ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa 
do singular. 
 
Exemplos: 
 Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) 
 Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo 
Indireto) 
 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de 
Ligação) 
Entendendo a Partícula Se 
As construções em que ocorre a partícula SE podem 
apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do 
sujeito 
Veja: 
 
 
Exemplos: 
 Em certas cidades, ainda se vende terreno baratinho. 
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 A cada ano, renovam-se os ideais de vida. 
 Naquela lojinha, plastificam-se documentos. 
 Se necessário, reformar-se-ão as leis jurídicas. 
 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas. 
a) Aprovou-se o novo candidato. 
 Sujeito 
 Aprovaram-se os novos candidatos. 
 Sujeito 
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está 
na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. 
Observe a transformação das frases para a voz passiva 
analítica: 
 O novo candidato foi aprovado. 
 Sujeito 
 Os novos candidatos foram aprovados. 
 Sujeito 
b) (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professor. 
 (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professores. 
No caso B, SE é índice de indeterminação do sujeito e o 
verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é 
indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do 
singular. 
 
c) Com o verbo no infinitivo impessoal: 
Por Exemplo: 
 Era penoso estudar todo aquele conteúdo. 
 É triste assistir a estas cenas tão trágicas. 
 
03. Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e 
articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a 
estrutura destas orações: 
 Havia formigas na casa. 
 Nevou muito este ano em Nova Iorque. 
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. 
Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, 
através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a 
nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os 
casos mais comuns de orações sem sujeito da língua 
portuguesa ocorrem com: 
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, 
chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, 
anoitecer, etc. 
Por Exemplo: 
 Choveu muito no inverno passado. 
 Amanheceu antes do horário previsto. 
Obs: quando usados na forma figurada, esses verbos 
podem ter sujeito determinado. 
Por Exemplo: 
 Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças = 
sujeito) 
 Já amanheci cansado. (eu=sujeito) 
 
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para 
indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos: 
Ser: 
 É noite. (Período do dia) 
 Eram duas horas da manhã. (Hora) 
 
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a 
expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São 
nove horas) 
 Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) 
 
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, 
subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, 
concordando com o número de dias. 
Estar: 
 Está tarde. (Tempo) 
 Está muito quente.(Temperatura) 
 
 
c) FAZER: verbo IMPESSOAL 
 Sempre na 3ª pessoa do singular 
 Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) 
 Fez 39° C ontem. (Temperatura) 
 
Haver: 
 Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) 
 Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver 
significando existir) 
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Predicado 
 
 
 
 
 
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1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito 
 
Por Exemplo: 
Joana partiu Contente 
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito 
 
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto 
 
Por Exemplo: 
A despedida deixou a mãe aflita 
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do 
Sujeito 
 
Por Exemplo: 
Os alunos cantaram emocionados 
Sujeito V.T.D. Predicativo do sujeito 
aquela canção. 
O.D. 
Saiba que: 
Para perceber como os verbos participam da relação entre 
o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração 
para voz passiva. Veja: 
 
Voz Ativa: 
As mulheres julgam os homens insensíveis 
 Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do 
Objeto 
 
Voz Passiva: 
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres 
Sujeito V.T.D. Predicativo Agente 
 do sujeito da Passiva 
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com 
o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia 
quando passamos a oração para a voz passiva. 
 
Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere 
ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com 
o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição. 
Por Exemplo: 
 Todos o chamam de irresponsável. 
 Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.) 
 
3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
Certos verbos ou nomes presentes numa oração não 
possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação 
só se completa com a presença de outros termos, 
chamados integrantes. São eles: 
• complementos verbais (objeto direto e objeto indireto); 
• complemento nominal; 
• agente da passiva. 
 
Complementos Verbais 
Completam o sentido de verbos transitivos diretos e 
transitivos indiretos. São eles: 
1) Objeto Direto 
É o termo que completa o sentido do verbo transitivo 
direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da 
preposição. 
Por Exemplo: 
Abri os braços ao vê-lo. 
 Objeto Direto 
 
O objeto direto pode ser constituído: 
a) Por um substantivo ou expressão substantivada. 
Exemplos: 
 O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável. 
 
b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, 
vos. 
Exemplos: 
 Espero-o na minha festa. / Ela me ama. 
 
c) Por qualquer pronome substantivo. 
Por Exemplo: 
 O menino que conheci está lá fora. 
 
 
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Atenção: OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de 
preposição facultativa. Isso pode ocorrer: 
- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a 
Deus. 
- quando o objeto é representado por um pronome 
pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele. 
- quando o objeto é representado por um pronomesubstantivo indefinido: O diretor elogiou a todos. 
- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso 
colega. 
Obs.: no último caso o objeto direto não viesse 
preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois 
não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso 
colega). 
Saiba que: 
Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer 
como verbos transitivos diretos. 
Por Exemplo: 
 A criança chorou lágrimas doídas pela perda da 
mãe. 
 V.T.D. Objeto Direto 
 
2) Complemento Nominal 
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não 
seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos 
ou advérbios, sempre por meio de preposição. 
Exemplos: 
 Cecília tem orgulho da filha. 
 substantivo complemento nominal 
 
 Ricardo estava consciente de tudo. 
 adjetivo complemento nominal 
 
 A professora agiu favoravelmente aos alunos. 
 advérbio complemento nominal 
Saiba que: 
O complemento nominal representa o recebedor, o 
paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É 
regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere 
deste apenas porque, em vez de complementar verbos, 
complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns 
advérbios. 
 
3) Agente da Passiva 
É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo 
quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido 
comumente da preposição "por" e eventualmente da 
preposição "de". 
 
 
Por Exemplo: 
 Os jurados escolheram a vencedora. 
 Sujeito V.T.D. Objeto Direto 
 
 
 A vencedora foi escolhida pelos jurados. 
 Sujeito V.T.D Agente da Passiva 
 
 
a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos 
ou pronomes. 
Por Exemplo: 
 O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo) 
 Este livro foi escrito por mim. (pronome) 
 
b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo 
integrante, pode muitas vezes ser omitido. 
Por Exemplo: 
 O convidado não foi bem recebido. (pelos anfitriões) 
 
4. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO 
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura 
básica da oração, são importantes para a compreensão do 
enunciado. Ao acrescentar informações novas, 
esses termos: 
- caracterizam o ser; 
- determinam os substantivos; 
- exprimem circunstância. 
São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o 
adjunto adnominal e o aposto. 
Vamos observar o exemplo: 
 Anoiteceu. 
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal 
formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração 
ORAÇÃO NA VOZ ATIVA 
ORAÇÃO NA VOZ PASSIVA 
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sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir 
a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a 
gama de informações contidas nessa frase: 
Por Exemplo: 
 Suavemente anoiteceu na cidade. 
 
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, 
agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao 
processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o 
lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios 
que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal 
damos o nome de adjuntos adverbiais. 
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco 
mais a oração acima: 
Por Exemplo: 
 Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto. 
 
Surgiram termos que se referem ao substantivo cidade, 
caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de 
termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-
lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais. 
Por último, analise a frase abaixo: 
 Fernando Pessoa era português. 
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando 
Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português) 
relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, 
pois, de uma oração com predicado nominal. 
Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma 
informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer 
mais um pouco o conteúdo informativo. Veja: 
 Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português. 
 
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um 
termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de 
poetas. Esse termo é chamado de aposto. 
 
Adjunto Adverbial 
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando 
ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade). O adjunto 
adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de 
um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo: 
 Eles se respeitam muito. 
 Seu projeto é muito interessante. 
 O time jogou muito mal. 
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de 
intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal 
respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, 
intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do 
predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica 
o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de 
modo. 
Veja o exemplo abaixo: 
 Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça. 
 
Os termos em destaque estão indicando as seguintes 
circunstâncias: 
 amanhã indica tempo; 
 de bicicleta indica meio; 
 àquela velha praça indica lugar. 
Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se 
relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos 
acima podem ser classificados, respectivamente em: 
adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e 
adjunto adverbial de lugar. 
O adjunto adverbial pode ser expresso por: 
1) Advérbio: O balão caiu longe. 
2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar. 
Também transformar-se numa oração: 
3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me. 
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão 
a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em 
alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação 
dão origem a orações sugestivas. 
Por Exemplo: 
 Entreguei-me calorosamente àquela causa. 
É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial 
de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma 
fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas 
circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o 
contexto em que surgem os adjuntos adverbiais. 
Classificação do Adjunto Adverbial 
Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto 
adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os 
exemplos. 
 
Acréscimo 
Por Exemplo: 
 Além da tristeza, sentia profundo cansaço. 
 
Afirmação 
Por Exemplo: 
 Sim, realmente irei partir. 
 Ele irá com certeza. 
Assunto 
Por Exemplo: 
 Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, em futebol ou 
a respeito de futebol). 
 
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Causa 
Por Exemplo: 
 Com o calor, o poço secou. 
 Não comentamos nada por discrição. 
 O menor trabalha por necessidade. 
 
Companhia 
Por Exemplo: 
 Fui ao cinema com sua prima. 
 Com quem você saiu? 
 Sempre contigo irei estar. 
 
Concessão 
Por Exemplo: 
 Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo. 
 
Condição 
Por Exemplo: 
 Sem minha autorização, você não irá. 
 Sem erros, não há acertos. 
 
Conformidade 
Por Exemplo: 
 Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o 
combinado) 
 
Dúvida 
Por Exemplo: 
 Talvez seja melhor irmos mais tarde. 
 Porventura, encontrariam a solução da crise? 
 Quiçá acertemos desta vez. 
 
Fim, finalidade 
Por Exemplo: 
 Ela vive para o amor. 
 Daniel estudou para o exame. Trabalho para o meu sustento. 
 Viajei a negócio. 
 
Frequência 
Por Exemplo: 
 Sempre aparecia por lá. 
 Havia reuniões todos os dias. 
 
Instrumento 
Por Exemplo: 
 Rodrigo fez o corte com a faca. 
 O artista criava seus desenhos a lápis. 
 
Intensidade 
Por Exemplo: 
 A atleta corria bastante. 
 O remédio é muito caro. 
 
Limite 
Por Exemplo: 
 A menina andava correndo do quarto à sala. 
 
Lugar 
Por Exemplo: 
 Nasci em Porto Alegre. 
 Estou em casa. 
 Vive nas montanhas. 
 Viajou para o litoral. 
 "Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus 
diferente." (Álvaro de Campos) 
 
Matéria 
Por Exemplo: 
 Compunha-se de substâncias estranhas. 
 Era feito de aço. 
 
Meio 
Por Exemplo: 
 Fui de avião. 
 Viajei de trem. 
 Enriqueceram mediante fraude. 
 
Modo 
Por Exemplo: 
 Foram recrutados a dedo. 
 Fiquem à vontade. 
 Esperava tranquilamente o momento decisivo. 
 
Negação 
Por Exemplo: 
 Não há erros em seu trabalho. 
 Não aceitarei a proposta em hipótese alguma. 
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Preço 
Por Exemplo: 
 As casas estão sendo vendidas a preços muito altos. 
 
Substituição ou troca 
Por Exemplo: 
 Abandonou suas convicções por privilégios econômicos. 
 
Tempo 
Por Exemplo: 
 O escritório permanece aberto das 8h às 18h. 
 Beto e Mara se casarão em junho. 
 Ontem à tarde encontrou um velho amigo. 
 
Adjunto Adnominal 
 
 
É o termo que determina, especifica ou explica um 
substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na 
oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, 
locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e 
numerais. 
Veja o exemplo a seguir: 
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos 
 | | | 
 Sujeito V.T.D. objeto direto 
 
ao seu amigo de infância 
 objeto indireto 
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo 
são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado 
simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de 
cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos 
adnominais: 
• o artigo “o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta; 
• o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao 
substantivo trabalhos; 
• o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução 
adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo. 
 
Observe como os adjuntos adnominais se prendem 
diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer 
participação do verbo. Isso é facilmente notado quando 
substituímos um substantivo por um pronome: todos os 
adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm 
de acompanhá-lo nessa substituição. 
Por Exemplo: 
 O notável poeta português deixou uma obra 
originalíssima. 
Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos: 
 Ele deixou uma obra originalíssima. 
As palavras "o", notável e português tiveram de 
acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos 
adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o 
substantivo obra pelo pronome a. Veja: 
 O notável poeta português deixou-a. 
 
Saiba que: 
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de 
outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo 
é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. 
O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto 
por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o 
núcleo do objeto por um pronome, o predicativo 
permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao 
objeto, mas não faz parte dele. Observe: 
 Sua atitude deixou os amigos perplexos. 
Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto 
(seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um 
pronome pessoal, obteríamos: 
 Sua atitude deixou-os perplexos. 
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte 
dele. 
 
DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E 
COMPLEMENTO NOMINAL 
É comum confundir o adjunto adnominal na forma de 
locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar 
que isso ocorra, considere o seguinte: 
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de 
adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem 
ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. 
Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um 
adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento 
nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, 
será um adjunto adnominal. 
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b) O complemento nominal equivale a um complemento 
verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos 
significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é 
sobre ele que recai a ação. 
O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os 
exemplos: 
Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe. 
A expressão "à mãe" classifica-se como complemento 
nominal, pois mãe é paciente (termo passivo, termo alvo) 
de amar, recebe a ação de amar. 
Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe. 
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto 
adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de 
amar. 
 
LISTA DE SUBSTANTIVOS ABSTRATOS 
Adoração agradecimento 
amor amargura 
alargamento aceitação 
aprovação amizade 
beleza bondade 
caça caminhada 
carregamento comércio 
concentração cotação 
cultivo corrida 
declaração destruição 
desespero descoberta 
eliminação entrada 
extinção humilhação 
hábito Implantação 
importação ingratidão 
idealização juramento 
jogada lavagem 
leitura morte 
mudança matança 
marginalização pagamento 
permanência recolhimento 
relacionamento recuperação 
ruptura substituição 
suspensão sabedoria 
sacralização 
 
ADJETIVOS + preposição + complemento nominal 
Todos se sentem aptos À aprovação 
Muitos alunos sentem-se, a todo instante do dia, ávidos 
POR novos desafios. 
As pessoas daqui estão, em todo momento, propensas AO 
entendimento desses conteúdos. 
Estamos sempre cientes DE responsabilidades. 
Estou certo DE ter bom resultado no concurso. 
Sempre se mostrou hábil EM jogos digitais. 
 
APOSTO 
Aposto é um termo que se junta a outro de valor 
substantivo ou pronominal. 
Muitas vezes vem separado dos demais termos da oração 
por vírgula, dois-pontos ou travessão. 
Por Exemplo: 
 Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça. 
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo 
ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente 
ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. 
Veja: 
 Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça. 
Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-
feira assume a função de adjunto adverbial de tempo. 
Veja outro exemplo: 
Aprecio todos os tipos de música: 
 V.T.D. objeto direto 
MPB, rock, blues, chorinho, samba. 
 aposto do objeto direto 
 
Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a 
exercer essa função: 
Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba. 
 Objeto Direto 
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar 
qualquer função sintática (inclusive a de aposto). 
Por Exemplo: 
 Dona Aída servia o patrão, pai de Marina, menina 
levada. 
Analisando a oração, temos: 
pai de Marina = aposto do objeto direto patrão. 
menina levada = aposto de Marina. 
 
Classificação do Aposto 
 
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que 
se refere, o aposto pode ser classificado em: 
a) Explicativo: 
 A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres 
vivos entre si e com o meioem que vivem, adquiriu grande 
destaque no mundo atual. 
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b) Enumerativo: 
 A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, 
trabalho, ação. 
 
c) Resumidor ou Recapitulativo: 
 Vida digna, cidadania plena, igualdade de 
oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor. 
d) Comparativo: 
 Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por 
muito tempo na baía anoitecida. 
 
e) Distributivo: 
 Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes 
escritores, aquele na poesia e este, na prosa. 
 
f) Aposto de Oração: 
 Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico. 
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos 
demais por não ser marcado por sinais de pontuação 
(vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo 
individualiza um substantivo de sentido genérico, 
prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma 
preposição, sem que haja pausa na entonação da frase: 
Por Exemplo: 
 O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão 
simples e temática profunda. 
 A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco. 
Atenção: 
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto 
adnominal, observe a seguinte frase: 
 A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa. 
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de 
adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto 
adnominal. 
Observações: 
1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas 
na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não 
havendo pausa, não haverá vírgulas. 
Por Exemplo: 
 Acabo de ler o romance A moreninha. 
 
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões 
explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc. 
Por Exemplo: 
 Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não 
entraram na sala de aula após o recreio. 
 
 
3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere. 
Por Exemplo: 
 Código universal, a música não tem fronteiras. 
 
4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento 
nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de 
preposição. 
Por Exemplo: 
 Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com 
o ingresso na universidade, com as felicitações. 
 
VOCATIVO 
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com 
outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao 
sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para 
chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou 
hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à 
segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos: 
 Não fale tão alto, Rita! 
 Vocativo 
 Senhor presidente, queremos nossos direitos! 
 Vocativo 
 A vida, minha amada, é feita de escolhas. 
 Vocativo 
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: 
indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a 
palavra. 
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de 
apelo, tais como ó, olá, eh!. 
Por Exemplo: 
 Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões. 
 Olá professora, a senhora está muito elegante hoje! 
 Eh! Gente, temos que estudar mais. 
 
DISTINÇÃO ENTRE VOCATIVO E APOSTO 
O vocativo não mantém relação sintática com outro termo 
da oração. 
Por Exemplo: 
 Crianças, vamos entrar. 
 Vocativo 
O aposto mantém relação sintática com outro termo da 
oração. 
Por Exemplo: 
 A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. 
 Sujeito Aposto 
 
 
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ESTUDO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS – São orações 
que exercem função substantiva e completam ou ampliam 
o sentido de outras orações. São classificadas de acordo 
com a função sintática que exercem no período e podem 
ser: 
1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA – 
Quando funciona como Sujeito da Oração Principal: 
 É necessário que estudes: 
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva – que estudes. = 
ISSO. 
As Orações Subordinadas Substantivas Subjetivas 
desempenham a função de Sujeito de verbos sempre na 
terceira pessoa do singular e são iniciadas, quando 
Desenvolvidas, pelas Conjunções Integrantes QUE ou SE, 
pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios 
COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas 
Interrogativas Indiretas: 
 Importa que aprendas Gramática. 
 Quem nos criou nos julgará. 
 
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração 
principal: 
1. Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: 
É bom – 
É útil – 
É conveniente – 
É certo – 
Parece certo – 
É claro – 
Está evidente – 
Está comprovado 
Por Exemplo: 
 É bom que você compareça à minha festa. 
 
2. Expressões na voz passiva, como: 
Sabe-se – 
Soube-se – 
Conta-se – 
Diz-se – 
Comenta-se – 
É sabido – 
Foi anunciado – 
Ficou provado 
Por Exemplo: 
 Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. 
 
3. Verbos como: 
convir – 
cumprir – 
constar – 
admirar – 
importar – 
ocorrer – 
acontecer 
Por Exemplo: 
 Convém que não se atrase na entrevista. 
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, 
o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do 
singular. 
 
2. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA 
DIRETA – Quando funciona como Objeto Direto da Oração 
Principal: 
 Eu quero que aprendas Gramática. 
Eu quero o quê? – que aprendas Gramática (objeto direto), 
então se trata de uma Oração Subordinada Substantiva 
Objetiva Direta. 
As Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas são 
introduzidas: 
Pelas Conjunções Integrantes QUE e SE, pelos Pronomes 
QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios COMO, 
QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas 
Indiretas: 
 Quero que saibas que te amo. 
 Não sei se sabes. 
 Nunca digas: desta água não bebo (= que desta água...). 
 
Pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO, em Interrogações 
Indiretas: 
 Não me disseste quantos anos tens. 
 Não sei qual o teu nome. 
 
Pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO 
nas Interrogativas Indiretas: 
 Não entendi como isto se deu. 
 Não sabemos por que o fizeste. 
 Quero saber quando voltas. 
 
1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA – 
Quando funciona como Predicativo do Sujeito da Oração 
Principal: 
 Meu desejo é que vocês aprendam Gramática. 
 A casa paterna é onde melhor se vive. 
+ QUE + RESTO 
DA FRASE = SUJEITO 
+ QUE + RESTO 
DA FRASE = SUJEITO 
+ QUE + RESTO 
DA FRASE = SUJEITO 
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4. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA – 
Quando funciona como Aposto da Oração Principal: 
 Só quero uma coisa: que vocês aprendam Gramática. 
 Desejo lhes dizer uma verdade: não posso viver sem 
vocês. 
 
5. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA 
INDIRETA – Quando funciona como Objeto Indireto da 
Oração Principal: 
 Daremos a taça a quem vencer. 
 Lembre-se de que é bom aprender. 
Às vezes, pode haver elipse da preposição: 
 Lembre-se que é bom aprender Gramática (=...de que é 
bom aprender). 
 
6. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA 
NOMINAL – Quando funciona como Complemento Nominal 
de um Substantivo ou Adjetivo da Oração Principal: 
 Sou favorável a que viajes. 
 Escrevi este livro na esperança de que vocês 
aprendessem Gramática. 
As Completivas Nominais são regidas de preposição, sendo 
esta, às vezes, elíptica: 
 Sou favorável que viajes (= ...a que viajes). 
 
 
 
 
 
16 – EMPREGO DOS SINAISDE 
PONTUAÇÃO 
 
Agora, vamos estudar os principais empregos de alguns 
sinais de pontuação. 
A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, 
contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer 
dar ao texto. 
Há alguns sinais de pontuação cujo emprego, atualmente, 
obedece a uma razoável disciplina, como a vírgula, o ponto 
e vírgula, os dois-pontos e o ponto de interrogação. Outros 
têm emprego mais livre, mais subjetivo, como o ponto de 
exclamação e as reticências. 
 
PONTUAÇÃO GRÁFICA 
Pontuação é o conjunto de sinais que representam, na 
língua escrita, as pausas e a entonação da língua falada. Ela 
é composta dos seguintes sinais de pontuação: 
1. vírgula , 
2. ponto e vírgula ; 
3. ponto . 
4. ponto de exclamação ! 
5. dois pontos : 
6. ponto de interrogação ? 
7. aspas " " 
8. travessão ─ 
9. reticências ... 
10. parênteses ( ) 
11. colchetes [ ] 
 
 
VÍRGULA 
 
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De um modo geral, a vírgula marca uma pausa de pequena 
duração. Entretanto é bom frisar que, nem sempre, a pausa 
respiratória corresponde à vírgula e, nem sempre também, 
a vírgula é marcada, na fala, por uma pausa respiratória. 
Nos exemplos abaixo, pode-se verificar isso: 
a) Os excelentes bailarinos do balé Bolshoi foram 
recepcionados pela embaixada de seu país. 
b) Aos noivos desejamos toda a felicidade possível. 
c) Fizestes o almoço? Sim, senhora! 
Nos exemplos a e b, não há vírgula, embora se possa até 
fazer uma pausa, no nível da fala, após as palavras Bolshoi e 
noivos. 
No exemplo c, ao contrário, há vírgula (separando o 
vocativo), mas, na cadeia da fala, ela é imperceptível. 
É proibido o uso da vírgula para separar: 
1) sujeito e predicado 
Exemplo 
O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas 
 Sujeito 
 
convocará uma reunião de emergência. 
 Predicado 
 
É proibido o uso da vírgula para separar: 
2) o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto) 
Exemplo 
Comunicamosao prezadíssimo amigo 
 V.T.D.I. OI 
que estaremos a seu inteiro dispor. 
 OD 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
a) Para separar termos de mesma função sintática (de 
mesma classe gramatical), que, normalmente, participam 
de uma enumeração. 
Exemplos 
“Eu quis ficar mais um pouco e o teu corpo e o meu 
tocavam inquietudes, caminhos, noites, números, datas.” 
(Carlos Nejar. Casa dos arreios, Nas altas torres) 
 
A sala era enorme, vazia, escura. 
Gostava dos amigos, da cidade, das coisas. 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
b) Para isolar o aposto. 
Exemplos 
“... o Vargas gordo, o das corridas, estendeu a face enorme, 
imberbe e cor de papoula.” (Eça de Queirós. Os Maias) 
Da Vinci, espírito enciclopédico, foi a alma da Renascença. 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
c) Para isolar o vocativo. 
Exemplos 
“Ao que aprecio também, chefe, a distinção minha desta 
ocasião, de dar meu voto.” (J. Guimarães Rosa. Grande 
sertão: veredas) 
“Adeus, meu cajueiro!” (Humberto de Campos. Memórias) 
Maria, por que não respondes? 
 
 
 
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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
d) Para isolar o adjunto adverbial deslocado (vírgula não 
obrigatória, mas aconselhável). 
Exemplos 
“Diziam que, no velho cemitério da vila inundado, os 
caixões boiavam.” (Dalcídio Jurandir. Três casas e um rio) 
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste.” 
(Olavo Bilac. A Pátria) 
Durante a peça teatral, não se escutou um só ruído. 
Explique, sem constrangimento, qual o seu problema. 
OBSERVAÇÃO 
Quando o adjunto adverbial for constituído de um só 
termo, mesmo que esteja deslocado, não há necessidade de 
vírgula. Porém, se se quiser enfatizar a expressão, pode-se-á 
usar esse recurso de pontuação. 
Exemplos 
 Ali várias pessoas discutiam. 
 Ali, várias pessoas discutiam. 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
e) Para marcar a supressão do verbo. 
Exemplos 
Eu fui de ônibus e ela, de avião. (= ela foi de avião) 
Nós tivemos só alegrias; eles, só tristezas. (= eles tiveram só 
tristezas) 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
f) Para separar orações adjetivas explicativaS 
OBSERVAÇÃO 
1. Antes do pronome relativo, a vírgula (no caso de ser 
restritiva a oração) é proibida: 
Exemplos 
 O aluno que é responsável não cria problemas. 
 A água que contém agentes químicos e agrotóxicos 
não deve ser ingerida. 
 O homem que falou representou-me na Assembleia. 
2. Se a oração for adjetiva e o verbo estiver no subjuntivo, 
ela será forçosamente restritiva. 
Exemplo 
 Estou à procura de um apartamento que seja bem 
localizado. 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
g) Para separar as orações adverbiais deslocadas 
(reduzidas ou não), com exceção da comparativa e 
conformativa (quando o verbo estiver elíptico). 
 
Exemplos 
Enquanto não arruma emprego, seu pai manda-lhe uma 
mesada. 
Sua casa, embora seja pequena, é bem ventilada. 
Saciada a sede, ela deitou-se para descansar. 
Ao vê-la triste, compreendeu que havia errado. 
Cumprimentando pela formatura, envio-te um abraço. 
Ela é tão inteligente como a irmã. (comparativa) 
Ela sairá conforme o tempo. (conformativa) 
 
OBSERVAÇÃO 
As orações substantivas, com exceção das apositivas, não 
são virguladas por se constituírem em termos essenciais 
(sujeito, predicativo) ou integrantes (objeto, complemento 
nominal etc.) 
Exemplos 
Urge que te apresses. 
núcleo do sujeito predicado 
Eu quero que me leves ao teatro. 
Sujeito núcleo do objeto direto predicado 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
h) Para isolar o predicativo deslocado (vírgula não 
obrigatória, mas aconselhável). 
Exemplos 
A mulher, desesperada, correu em seu socorro. 
Desesperada, a mulher correu em seu socorro. 
OBSERVAÇÃO 
Se estivesse em ordem direta, o período ficaria assim: 
A mulher correu desesperada em seu socorro. 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
i) Para separar as conjunções coordenativas adversativas e 
conclusivas deslocadas 
Exemplos 
Estou doente; não contem, portanto, comigo. 
Durante o ano, trabalhamos muito; nas férias, porém, 
descansaremos bastante. 
Tudo não passou de um mal-entendido; façamos, pois, as 
pazes. 
OBSERVAÇÃO 
Quando as conjunções vêm em sua posição normal, não se 
coloca vírgula depois delas. 
Exemplo 
Passamos um certo trabalho na infância, porém hoje 
desfrutamos alguma segurança 
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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
j) Para separar as orações coordenadas (assindéticas, 
adversativas eexplicativas). 
Exemplos 
Vim, vi, venci. (assindéticas) 
Estudou, mas não conseguiu aprovação. (adversativa) 
Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva) 
Vá de uma vez, porque vai chover. (explicativa) 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
k) VÍRGULA ANTES DA PALAVRA E 
OBSERVAÇÃO 
As conjunções e, nem e ou normalmente não são 
virguladas. A vírgula poderá, no entanto, ser usada nos 
seguintes casos: 
a) E – com valor adversativo 
Exemplo: 
 Fui ao cinema, e (= MAS) não encontrei os amigos. 
b) E – se os sujeitos forem diferentes 
 
 
Exemplo 
 “Algumas autoridades avalizam o vandalismo, e o ódio 
entre pobres e ricos vai aumentando.” (Revista Manchete, 
25/8/90, p. 112) 
 
c) E – se estiver repetido, formando polissíndeto 
Exemplo: 
 Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua. 
 
d) OU – se houver retificação ou alternativa. 
Exemplos 
 Ou tudo, ou nada. 
 Se precisar de auxílio, ou a dor nas costas exigir 
massagem, telefone para a clínica. 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
l) Para isolar certas expressões (exemplificativas ou de 
retificação) tais como: por exemplo, além disso, isto é, a 
saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim, 
com efeito, etc. 
Exemplo 
Observe, por exemplo, o edital publicado no Diário Oficial 
de quinta-feira passada. 
 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
m) Para separar o complemento do verbo (quando vier 
anteposto a esse e houver outro complemento – 
pleonástico). 
Exemplos 
“Fígado, melhor não tê-lo. “ 
 O.D. O.D. pleonástico 
(Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Bom, Mau) 
O homem, fê-lo Deus à sua semelhança. 
 O.D O.D pleonástico 
“Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.” 
 O.I. O.I pleonástico O.I O.I. pleonástico 
(Rodrigues Lobo) 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
n) Para separar a localidade da data e nos endereços. 
Exemplos 
Porto Alegre, 29 de março de 2016. 
Brasília, abril de 2016 
Tomás Flores, 163 
 
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: 
o) Para isolar os elementos repetidos. 
Exemplo 
Verinha pulou, pulou, pulou neste carnaval até cansar. 
 
❑ DOIS PONTOS 
Os dois pontos marcam um suspensão de voz em uma frase 
ainda não terminada. 
 
Emprega-se nos seguintes casos: 
a) Antes de uma citação (letra maiúscula após a 
pontuação). 
Exemplos: 
“E o pastor prosseguiu: 
– Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu 
sermão de hoje sobre a mentira.” 
João Ribeiro. Cartas Devolvidas 
“... mas o baiano repetiu: 
– Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!” 
J. Simões Lopes Neto. Casos do Romualdo 
b) Antes de uma enumeração (letra minúscula após a 
pontuação): 
Exemplos: 
Duas coisas pretendo conseguir neste ano: um bom 
emprego e uma vaga no curso de inglês. 
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Comprou diversas mercadorias no supermercado: artigos 
de limpeza, gêneros alimentícios e brinquedos. 
c) Antes de uma explicação (letra minúscula após a 
pontuação): 
Exemplos: 
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha: há de ficar comigo 
numa saudade tua, hás de levar contigo uma saudade 
minha. 
Adaptado de Alceu Wamosy. Duas Almas. 
Quanto eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas 
notícias. 
TRUQUE: para saber se é uma explicação, tenta-se 
substituir os dois pontos por um “porque”. 
d) Antes de uma complementação (letra minúscula após a 
pontuação). 
Exemplos: 
“O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.” 
Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Fígado e Coração. 
Aquela mãe preocupa-se com uma coisa: o futuro dos 
filhos. 
TRUQUE: para saber se é uma complementação, faz-se a 
seguinte pergunta depois dos dois pontos: “Qual?” 
 
e) Antes de uma conclusão (letra minúscula após a 
pontuação). 
Exemplos: 
O apartamento tinha poucas peças, e essas eram pequenas 
e escuras: uma droga! 
O roteiro é lindo, a passagem e os hotéis estão baratos: não 
podemos perder a oportunidade! 
TRUQUE: para saber se é uma conclusão, tenta-se substituir 
os dois pontos por um “logo”. 
 
❑ ASPAS 
As aspas são empregadas nos seguintes casos: 
a) Citações ou transcrições literárias. 
Exemplos: 
"Para ser grande, sê inteiro: nada 
Teu exagera ou exclui. 
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és 
No mínimo que fazes. 
Assim em cada lago a lua toda 
Brilha, porque alta vive." 
Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis. 
b) Palavras ou expressões estrangeiras. 
Exemplos: 
O “slogan” anunciava ... 
Nestor de HoIanda. Gente Engraçada. 
Quero uísque “on the rocks”. 
 
c) Para realçar uma expressão com ironia. 
Exemplo: 
João, com seus 90 quilos, está “fraquinho”... 
 
d) Para assinalar um termo que precisa ser realçado. 
Exemplo: 
A palavra “que” pode ser analisada de diversas maneiras. 
 
e) Para gírias e expressões de nível vulgar. 
Exemplo: 
O espetáculo de música “pop” estava uma “curtição”. 
Ela estava apaixonada pelo “sordado”. 
 
OBSERVAÇÕES: 
1. Quando já há aspas numa citação ou numa transcrição, 
usa-se aspa simples ou o negrito (ou o itálico). 
Exemplos: 
“Até já se falava em impeachment, quando aconteceu 
homicídio na rua principal.” 
“Até já se falava em ‘impeachment’, quando aconteceu 
homicídio na rua principal." 
Nestor de Holanda, Gente Engraçada 
❑ TRAVESSÃO 
O travessão é empregado nos seguintes casos: 
a) Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor. 
Exemplo: 
" ─ Por que você não toca? ─ perguntei. 
─ Eu queria, mas tenho medo. 
─ Medo de quê? 
─ Dos bichos-feras. 
─ Que bichos-feras?" 
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto 
 
b) Para isolar termos ou orações intercaladas (como 
desempenha função análoga à dos parênteses, usa-se 
geralmente o travessão duplo). 
Exemplos: 
"Eles eram muitos cavalos, 
─ rijos, destemidos, velozes ─ entre Mariana e Serro Frio, 
Vila Rica e Rio das Mortes." 
Cecília Meirelles, Romanceiro da Incondifência. 
 
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OS: 002/7/23-Gil 
"Chamei Diadorim ─ e era um chamado com remorso ─ e 
ele veio, se chegou." 
J. Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Às vezes, usa-se o travessão em lugar dos dois pontos. 
Exemplo: 
"Era mesmo o meu quarto ─ a roupa da escola no prego 
atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na 
estante de caixote que eu mesmo fiz – aliás precisava de 
pintura.” 
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto 
FONÉTICA 
CONCEITO 
“FONÉTICA é o estudo dos sons da fala. Considera a palavra 
sob o aspecto sonoro.” 
 (Domingos Paschoal Cegalla). 
 
“A FONÉTICA é a parte da gramática que estuda a 
formação, a evolução e a classificação dos sons da língua, 
sons que tomam o nome especial de fonemas.” 
 (Silveira Bueno) 
 
FONEMAS 
FONEMAS são as menores unidades sonoras da fala. 
FONEMAS são os SONS. 
OS FONEMAS são representados por sinais gráficos 
denominados LETRAS. 
NOTA: 
Não confundir LETRA com FONEMA. 
FONEMA é som. 
LETRA é sinal gráfico que representa o som. 
Nem sempre a cada FONEMA corresponde uma só letra; 
nem sempre a cada letra corresponde um só FONEMA. 
Sendo assim: 
1 – A mesma letra (sinal gráfico) pode representar 
diferentes fonemas (sons). 
Veja esta sequência: 
eXercício, veXame, próXimo, fiXo, Carro, Cebola. 
Que temos aqui? 
A letra X (sinal gráfico) representando vários fonemas 
(sons). 
O X tem som de Z em exercício, CH em vexame, S em 
próximo, CS em fixo. 
O mesmo ocorre com C que tem som de K em carro e de CÊ 
em cebola. 
ENTÃO – Mesma letra (sinal gráfico), diferentes fonemas 
(sons). 
 
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