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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 1 OS: 002/7/23-Gil CONCURSO: ÍNDICE: 1 – Interpretação de Textos.....................................................................................................................01 2 – Tipologia Textual................................................................................................................................02 3 – GênerosTextuais.................................................................................................................................10 4 – Semântica/Estilística: Figuras de Linguagem......................................................................................17 5 – Variação Linguística: Norma-padrão..................................................................................................26 6 – Mecanismos de Coesão Textual: Domínio dos Elementos de Coesão................................................31 7 – Morfologia: Processo de Formação das Palavras...............................................................................39 8 – Período Composto por Subordinação: Oração Subordinadas Adjetivas............................................79 9 – Colocação Pronominal........................................................................................................................81 10 – Verbos: Mecanismo de Flexão dos Verbos.......................................................................................91 11 – Locuções Verbais (Perífrases Verbais) .............................................................................................98 12 – Concordância Verbal e Nominal.....................................................................................................119 13 – Processos de Coordenação e de Subordinação..............................................................................130 14 – Regência Verbal e Nominal – Crase................................................................................................140 15 – Sintaxe: Frase, Oração e Período; Termos da Oração; Estudo do Período Simples........................160 16 – Emprego dos Sinais de Pontuação..................................................................................................175 17 – Acentuação Gráfica........................................................................................................................185 18 – Ortografia.......................................................................................................................................192 1 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Em média 40% das questões elaboradas pelas bancas examinadoras versam sobre leitura, compreensão e interpretação. Em alguns concursos, o candidato é desafiado a enfrentar 2 ou mais textos de características bastante diferentes e o número de perguntas que exigem uma perfeita compreensão ou interpretação do que foi lido cresce ainda mais (e ainda há várias outras disciplinas para responder!). INTERPRETAR ------------------------------------------------------------------------- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. -TIPOS DE ENUNCIADOS • Através do texto, INFERE-SE que... • É possível DEDUZIR que... • De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... • O autor permite CONCLUIR que... COMPREENDER ------------------------------------------------------------------------- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. - TIPOS DE ENUNCIADOS • O texto DIZ que... • É SUGERIDO pelo autor que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação... • O narrador AFIRMA... INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ✓ O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. ✓ Faça leitura atenciosa de cada período, busque identificação da palavra-chave. A partir daí, localizam-se as ✓ Ideias secundárias, ✓ Fundamentações, ✓ Argumentações, PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 2 OS: 002/7/23-Gil ✓ Explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. A organizadora de sua prova pode solicitar que se observe a possível construção de PARÁFRASE – é reescrever o texto com outras palavras, porém deve ser mantido o sentido original. INTERPRETAR ------------------------------------------------------ explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - TIPOS DE ENUNCIADOS • Através do texto, INFERE-SE que... • É possível DEDUZIR que... • De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... • O autor permite CONCLUIR que... COMPREENDER ------------------------------------------------------ intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. - TIPOS DE ENUNCIADOS • O texto DIZ que... • É SUGERIDO pelo autor que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação... • O narrador AFIRMA... ERROS DE INTERPRETAÇÃO É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: a) Extrapolação (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a óptica do escritor e a óptica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 2 – ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO: TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO, NARRATIVO, DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO) TIPOLOGIA TEXTUAL 1. Narrativo • Caracteriza-se pela enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo e no espaço. Exemplo (...) Chegou à porta, olhou as folhas amarelas das catingueiras. Suspirou. Deus nos havia de permitir outra desgraça. Agitou a cabeça e procurou ocupações para entreter-se. Tomou a cuia grande, encaminhou-se ao barreiro, encheu de água o caco das PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 3 OS: 002/7/23-Gil galinhas, endireitou o poleiro. Em seguida foi ao quintalzinho regar os craveiros e as panelas de losna. E botou os filhos para dentro da casa, que tinham barro até nas meninas dos olhos. Repreendeu-os: — Safadinhos! Porcos! Sujos como... — Deteve-se. Ia dizer que eles estavam sujas como papagaios. Os pequenos fugiram, foram enrolar-se na esteira da sala, por baixo do caritó, e sinhá Vitória voltou para junto da trempe, reacendeu o cachimbo. A panela chiava; um vento morno e empoeirado sacudiu as teias de aranha e as cortinas de pucumã do teto; Baleia, sob o jirau, coçava-se com os dentes e pegava moscas. (...) (Adaptado de Graciliano Ramos. Vidas Secas.) Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance,novela, depoimento, piada, relato. ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO - Apresentação; - Complicação ou desenvolvimento; - Clímax; - Desfecho. PROTAGONISTAS E ANTAGONISTAS Existe um • protagonista (personagem principal) • antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história. OS ELEMENTOS DA NARRATIVA • Foco narrativo 1ª pessoa: narrador- personagem 3ª pessoa: narrador-observador • Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante) • Narrador (narrador-personagem, narrador-observador) • Tempo (cronológico e psicológico) • Espaço. TIPOS DE DISCURSO DISCURSO DIRETO: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 4 OS: 002/7/23-Gil Características • Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo "dizer", chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, entre outros. • Utilização dos sinais gráficos - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas. • Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada. Exemplos 1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza e honestidade." 2. O réu afirmou: "Sou inocente!" 3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar: — Alô, quem fala? — Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia. DISCURSO INDIRETO: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. Pode ser também: depoimento, piada, relato. Características • O discurso é narrado em terceira pessoa. • Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, contudo não há utilização do travessão, uma vez que geralmente as orações são subordinadas, ou seja, dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo + que). Exemplos 1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e honestidade. 2. O réu afirmou que era inocente. 3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar. Transposição do Discurso Direto para o Indireto Nos exemplos a seguir verificaremos as alterações feitas a fim de moldar o discurso de acordo com a intenção pretendida. 1. Direto: Preciso sair por alguns instantes. (enunciado na 1.ª pessoa) Indireto: Disse que precisava sair por alguns instantes. (enunciado na 3.ª pessoa) 2. Direto: Sou a pessoa com quem falou há pouco. (enunciado no presente) Indireto: Disse que era a pessoa com quem tinha falado há pouco. (enunciado no imperfeito) 3. Direto: Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito perfeito) Indireto: Disse que não tinha lido o jornal. (enunciado no pretérito mais que perfeito) 4. Direto: O que fará relativamente aquele assunto? (enunciado no futuro do presente) Indireto: Perguntou-me o que faria relativamente aquele assunto. (enunciado no futuro de pretérito) 5. Direto: Não me ligues mais! (enunciado no modo imperativo) Indireto: Pediu que não lhe ligasse mais. (enunciado no modo subjuntivo) 6. Direto: Isto não é nada agradável. (pronome demonstrativo em 1.ª pessoa) Indireto: Disse que aquilo não era nada agradável. (pronome demonstrativo em 3.ª pessoa) 7. Direto: Vivemos muito bem aqui. (advérbio de lugar aqui) Indireto: Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de lugar lá) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 5 OS: 002/7/23-Gil DISCURSO INDIRETO LIVRE: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos personagens. É uma forma de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo. Características • Liberdade sintática. • Aderência do narrador ao personagem. Ex: Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!... Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro Descritivo • Revela-se pela enumeração de características de um ser, de um objeto, de um ambiente, de uma cena. (...) Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia alargando-se até a calva, vasta e polida, um pouco alongada no alto; tingia os cabelos que duma orelha a outra faziam colar por trás da nuca — e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode. Tinha-o grisalho, farto e caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito despegadas do crânio. Fora outrora diretor geral do ministério do reino, e sempre que dizia — El Rei! Erguia-se um pouco na cadeira. Os seus gestos eram medidos, mesmo a tomar rapé. Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e empregava restituir. (...) (Adaptado de Eça de Queirós. O Primo Basílio). Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado. Características • Retrato verbal • Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases • Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas • Utilização da enumeração e comparação • Presença de verbos de ligação • Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado) Tipos de Descrição Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em: Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos são nos textos literários repletos de impressões dos autores. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 6 OS: 002/7/23-Gil Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as características concretas e físicas de algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias. Exemplos Descrição Subjetiva “Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro,enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz) Descrição Objetiva "A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado." Dissertativo expositivo • Estrutura-se na enunciação de fatos e dados sem defender uma opinião específica. Apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. Privilegia a informação. O TELEFONE CELULAR A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949). Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia. Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940. Dissertação-Expositiva Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais. Características do texto dissertativo-expositivo Com o intuito de informar e esclarecer, o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por: • utilizar uma linguagem clara e objetiva; • ser de fácil compreensão por diversas pessoas; • apresentar muita informação sobre um determinado assunto; • especificar conceitos e definições; • realizar descrições de características; • recorrer a enumerações, comparações e contrastes para clarificar os conceitos. • mostrar exemplos dos assuntos abordados. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 7 OS: 002/7/23-Gil Dissertativo argumentativo • Estrutura-se no encadeamento das ideias com a finalidade de defender um determinado ponto de vista. É possível afirmar que o celular é o dispositivo mais usado no mundo, ele deixa de ser uma agenda telefônica e passa a ter várias utilidades (notícias, pesquisas, filmes e séries, redes sociais), podemos perceber que atualmente a utilização do aparelho tornou-se um vício para os indivíduos. O uso de celular durante a aula é um utensílio de desatenção ou de auxílio? Por meio do uso do celular é possível esclarecer dúvidas realizando pesquisas, que anteriormente eram feitas em bibliotecas, assistir a "vídeo-aulas" e debater sobre determinado assunto por meio de grupos em redes sociais, a exemplo de Facebook, Whatsapp, Twitter. Podem-se destacar também pontos negativos. Segundo a pesquisa do "Hypescience" (hiperciência), o uso excessivo do celular pode prejudicar a memória, assim afetando também a saúde. Além disso, faz que o aluno tenha desconcentração, pois, com o uso do "smarthphone", fica ainda mais difícil de obter a atenção do aluno, assim não tendo absorção completa do assunto. Portanto, faz-se necessário os filhos terem educação por parte dos pais ou responsáveis para que haja a utilização do dispositivo apenas quando necessário e de forma adequada, deve-se impor regras para o uso moderado, assim beneficiando o professor e o aluno, o que permite a aula fluir melhor. Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. Características do texto dissertativo-expositivo Os diversos argumentos deverão ser sustentados com exemplos e provas que os validem, tornando-os indiscutíveis, como: • fatos comprovados; • conhecimentos consensuais; • dados estatísticos; • pesquisas e estudos; • citações de autores renomados; • depoimentos de personalidades renomadas; • alusões históricas; • fatores sociais, culturais e econômicos. Estas estratégias argumentativas validam os argumentos, dotando-os de autoridade, consenso, lógica, competência e veridicidade. Assim, os leitores não só refletem sobre estes dados, como ficam obrigados a concordar com os argumentos, sem hipótese de os rebater. Além disso, diversos recursos de linguagem podem ser usados para captar a atenção do leitor e convencê-lo da correção da tese, como a utilização de uma linguagem formal, de perguntas retóricas, de repetições, de ironia, de exclamações. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 8 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 9 OS: 002/7/23-Gil Injuntivo • Revela-se pela finalidade de instruir e de ordenar(caráter prescritivo) atividades para o leitor realizar uma determinada ação. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário). -Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem. -Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição. Exemplo: BOLO DE CENOURA Ingredientes Massa 3 unidades de cenoura picadas 3 unidades de ovo 1 xícaras (chá) de óleo de soja PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 10 OS: 002/7/23-Gil 3 xícaras (chá) de farinha de trigo 2 xícaras (chá) de açúcar 1 colheres (sopa) de fermento químico em pó Cobertura 1/2 xícara (chá) de leite 5 colheres (sopa) de achocolatado em pó 4 colheres (sopa) de açúcar 1 colher (sopa) de Margarina Como fazer Massa Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha. Leve para assar em uma forma untada. Depois de assado cubra com a cobertura. Cobertura Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar. 5. PREDIÇÃO Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. 6. DIALOGAL / CONVERSACIONAL Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat. BREVE RESUMO PARA FIXAÇÃO Narração: Personagens, Enredo, Espaço... Descrição: Caracterização, Enumeração, Comparação, Retrato Verbal... Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater... Injunção:Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...) 3 – ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO: GÊNERO DO TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO) GÊNEROS TEXTUAIS ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNERO CRÔNICA: a crônica é um gênero narrativo. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A crônica artística se diferencia do jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular. O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor faz que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua durabilidade no tempo. TIPOLOGIA: Narrativo PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 11 OS: 002/7/23-Gil Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis: O nascimento da crônica “Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...) (Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora Ática, 1994) GÊNERO FÁBULA: é uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. TIPOLOGIA: Narrativo O Leão e o Rato – Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão. (Baseada na obra de ESOPO). Moral da História Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais. GÊNERO APÓLOGO: texto protagonizado por coisas inanimadas (plantas, pedras, rios, relógios, montanhas, estátuas) que adquirem certos dotes humanos. ● Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas, objetos ou animais, seres animados ou inanimados; ● Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levandoos a agir de maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem moral e social ● Diferenciase da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir. TIPOLOGIA: Narrativo EXEMPLO DE APÓLOGO Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? Deixeme, senhora. Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importese com a sua vida e deixe a dos outros. Mas você é orgulhosa. Decerto que sou. Mas por quê? PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 12 OS: 002/7/23-Gil É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados… Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando… Também os batedores vão adiante do imperador. Você é imperador? Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto… Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima. A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calouse também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plicplic-plicplic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiuse. A costureira, que a ajudou a vestirse, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntoulhe: Ora agora, digame quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: Anda, aprende, tola. Cansaste em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. HISTÓRIA EM QUADRINHOS: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros por meio de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Sua estrutura é composta por ilustrações, balões: espaço ondeaparece a fala, pensamento, onomatopeias: São palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de objetos. Ex: BUUM!!! (explosão), TOC-TOC! (batendo à porta); Metáforas visuais: Produzem uma sensação de movimento). TIPOLOGIA: Narrativo GÊNERO CHARGE: linguagem verbal e não verbal, permeadas pelo humor e uma fina ironia, são tipos de textos que podem ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade. TIPOLOGIA: Argumentativa PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 13 OS: 002/7/23-Gil GÊNERO CARTUM se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal associada à não verbal. Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico. POEMA: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 14 OS: 002/7/23-Gil ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS NÃO LITERÁRIOS GÊNERO EDITORIAL: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. Tipologia: argumentativo Editorial Indústria e exportações Por Gazeta do Povo 28/03/2021 20:07 Vista aérea do Porto de Paranaguá.| Foto: José Fernando Ogura/ANP Estudos com base na experiência do desenvolvimento brasileiro nos últimos 40 anos revelam que, se o país quiser crescer a taxas superiores ao crescimento da população, o primeiro passo é a busca de exploração de todos os mercados. O sistema produtivo nacional destina-se a produzir bens e serviços para atender o consumo das pessoas, o consumo do governo, o investimento do governo, o investimento das empresas e a demanda internacional. A soma dessas cinco demandas é chamada “demanda agregada”. A primeira causa do estímulo à produção – logo, do emprego, da renda e dos impostos – é a existência de compradores para o conjunto do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, os bens e serviços finais que compõem o PIB. O mercado é um sistema de sinais que segue mais ou menos uma lógica: a demanda se manifesta, o setor produtivo a identifica, os investimentos são realizados, a empresa entra em operação, o produto é fabricado (com todos os benefícios em termos de geração de emprego e salários), as vendas são feitas... e a economia cresce. No caso do governo, sua demanda se dá por outro caminho. Parte do PIB – vale dizer, parte da renda nacional, que tem o mesmo valor do PIB – é capturada pelo PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 15 OS: 002/7/23-Gil setor estatal por meio da carga tributária bruta, que fornece os recursos financeiros com os quais o governo faz sua demanda a fim de prover os serviços públicos e investimentos decididos no orçamento governamental (municípios, estados e União). A miopia política e os gritos de nacionalismo irracional boicotaram o que poderia ter sido a semente de um sistema que levaria o Brasil a virar o milênio como um país rico, desenvolvido e membro do clube das nações adiantadas Entendido esse quadro simplificado, é fácil concluir que um dos principais elementos na dinâmica funcional da economia é a existência e a materialização real da demanda, aí incluída a demanda internacional. Em julho de 1951, foi instalada, sob a liderança do Ministério da Fazenda, a Comissão Mista Brasil-EstadosUnidos para o Desenvolvimento Econômico, que trabalhou e produziu seus resultados até dezembro de 1953, a partir da origem em abril de 1950, quando o governo brasileiro reivindicou financiamento norte-americano para um extenso programa de reequipamento dos setores de infraestrutura. Aquela comissão teve um papel importante na história econômica brasileira, a começar pela base de sua justificativa, que foi a constatação de que o Brasil era altamente dependente de suprimentos internacionais, fazendo que o abastecimento interno fosse vulnerável a eventuais crises de importações. A comissão mista foi criada composta por técnicos dos dois países, cuja missão era elaborar projetos específicos destinados a expandir o desenvolvimento do potencial econômico brasileiro, cujas prioridades incluíam os setores de transportes, energia, componentes industriais e a agricultura, entre outros. Na época, o Brasil era visto pelos organismos internacionais recém-criados, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, como um país fragilizado em termos de segurança alimentar, segurança militar e segurança energética, a ponto de a diplomacia dos Estados Unidos do governo Truman ter afirmado que a principal tarefa da comissão mista seria encorajar a introdução do capital estrangeiro no Brasil e, junto com ele, a transferência de tecnologia para o crescimento da produção interna. Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/industria-e-exportacoes/ Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados. ARTIGO DE OPINIÃO: faz a defesa de ideias ou ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. TIPOLOGIA: Argumentativo EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 16 OS: 002/7/23-Gil QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O ARTIGO DE OPINIÃO E O EDITORIAL? O editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto de vista pessoal, mas da instituição para a qual trabalha, que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer declaração polêmica presente no editorial. Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados. O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou do jornal) sobre um determinado evento. O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura influenciar o leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia e/ou tomar uma atitude. O EDITORIAL é SEMELHANTE ao ARTIGO DE OPINIÃO quanto à estrutura e aos objetivos, a única diferença é que no editorial não se apresenta assinatura do autor (individual), pois representa a posição da imprensa. GÊNERO NOTÍCIA: os elementos da apresentação da notícia são: MANCHETE: ou título principal (costuma ser composto de frases pequenas e atrativas, e revela o assunto principal que será retratado em seguida). IMAGEM: (é um recurso que pode ou não estar presente) é uma estratégia para chamar a atenção dos leitores. LIDE: (Este termo deriva de uma palavra inglesa – lead). Nesta parte precisamos encontrar todas as informações necessárias para responder às seguintes perguntas: Onde aconteceu o fato? Com quem? O que aconteceu? Quando? Como? Qual foi o assunto? CORPO DA NOTÍCIA: Nela, háum detalhamento maior dos fatos, de modo a destacar os detalhes mais importantes, fundamentais à compreensão do interlocutor. TIPOLOGIA: Narrativo/relato Brasil NOTÍCIA Veja notas de corte dos cursos mais concorridos em universidades do Brasil Medicina, Engenharia Civil e Odontologia são algumas das graduações com as notas mais elevadas na UFPI no Sisu; maioria dos cursos mais disputados é na capital. Resultado do Enem foi divulgado nessa segunda, 29 Por BEMFICA DE OLIVA 19:02 | 02/04/2021 FacebookTwitter Entre os cursos mais concorridos da UFRJ no Sisu do último ano estão Medicina, Ciências Econômicas e Odontologia; nota de corte do Enem para estas graduações chega a mais de 800 pontos (Foto: Divulgação/UFRJ) As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 foram divulgadas na última segunda-feira, 29, e o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) de 2021 abrirá inscrições para universidades públicas na terça-feira, 6 de abril (06/04). As vagas no Sisu são distribuídas em 110 instituições públicas de ensino superior de 24 estados e do Distrito Federal. São 209.190 oportunidades no Sisu 2021.1. Veja abaixo algumas das universidades que ofertarão vagas nesta edição, com as notas de corte dos cursos mais e menos concorridos em cada uma no último ano, em 2020. A nota de corte usada é a final, divulgada pela universidade após a chamada regular do Sisu, a lista de espera e o banco de suplentes. As notas exibidas são na modalidade Ampla Concorrência. Notas de corte da UFC no Sisu 2020 Cursos com maiores notas de corte da UFC do último ano 1 - Medicina (Fortaleza): 786.8 2 - Medicina (Sobral): 781.18 3 - Direito (Fortaleza): 755.74 (Integral) e 746.48 (Noturno) 4 - Odontologia (Fortaleza): 745.24 5 - Engenharia de Computação (Fortaleza): 740.58 6 - Odontologia (Sobral): 736.74 7 - Arquitetura e Urbanismo (Fortaleza): 733.3 8 - Psicologia (Fortaleza): 733.16 9 - Ciência da Computação (Fortaleza): 730.44 10 - Engenharia Mecânica (Fortaleza): 724.34 https://www.opovo.com.br/noticias/brasil https://www.opovo.com.br/bemficadeoliva http://facebook.com/sharer.php?u=https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/04/02/veja-notas-de-corte-dos-cursos-mais-concorridos-em-universidades-do-brasil.html https://twitter.com/intent/tweet?text=Veja%20notas%20de%20corte%20dos%20cursos%20mais%20concorridos%20em%20universidades%20do%20Brasil%20%7C%20Brasil%20-%20%C3%9Altimas%20Not%C3%ADcias%20do%20Brasil%20%7C%20O%20POVO%20Online&url=https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/04/02/veja-notas-de-corte-dos-cursos-mais-concorridos-em-universidades-do-brasil.html https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/03/27/sisu--entenda-como-funciona-a-selecao-das-universidades-publicas.html https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/03/27/sisu--entenda-como-funciona-a-selecao-das-universidades-publicas.html https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/03/05/consulta-de-vagas-do-sisu-sera-disponibilizada-hoje-pelo-mec.html https://www.opovo.com.br/_midias/jpg/2021/03/29/750x500/1_predio_principal_fachada_ufrj-15308587.jpg PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 17 OS: 002/7/23-Gil REPORTAGEM: é um gênero textual jornalístico que tem por objetivo informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. Manchete: título principal da reportagem Imagem: (é um recurso que pode ou não estar presente) é uma estratégia para chamar a atenção dos leitores. Lide: pequeno resumo que aparece depois do título afim de chamar a atenção do leitor. - Corpo: desenvolvimento do assunto abordado, é um texto maior do que a notícia, com linguagem direcionada ao público alvo. TIPOLOGIA: Narrativo/Relatar 4 – SEMÂNTICA: SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS; CAMPOS SEMÂNTICOS SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Como se pode enriquecer o Vocabulário? Para a realização desse objetivo é preciso dialogar com pessoas que se expressam bem; ler textos variados e bem escritos; memorizar os diferentes significados das palavras por meio de dicionários. Por último, produzir textos variados em que as palavras surgidas nas leituras e já memorizadas nos dicionários, possam ser contextualizadas, isto é, usadas adequadamente em frases. É claro que a prática de exercícios também ajuda. Vamos indicar agora um roteiro de estudo, o qual trata da significação das palavras: • Polissemia; • Denotação/Conotação; • Sinonímia/Antonímia; • Hiperonímia/Hiponímia; • Homonímia/Paronímia; POLISSEMIA A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode apresentar diferentes significados, dependendo dos usos linguísticos em que possa aparecer. A palavra "vela" é um dos exemplos de polissemia. Ela pode significar a vela de um barco; a vela feita de cera que serve para iluminar pode ser a conjugação do verbo velar, que significa estar vigilante. "Letra" é uma palavra polissêmica. Letra pode significar o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 18 OS: 002/7/23-Gil AMBIGUIDADE A qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado. A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação. Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se vou ou fico”. A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de teor literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos científicos ou jornalísticos, por exemplo. Ambiguidade é também um substantivo que nomeia a falta de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao amigo que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou o amigo?). Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”. As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao celular, quanto ao homem, dificultando a direta interpretação da frase e causando ambiguidade. Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”. No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de refeição. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Denotação e Conotação referem-se, de forma geral, aos significados atribuídos às palavras e orações empregadas na língua portuguesa, sendo recursos essenciais para a adequada interpretação de textos. Para saber exatamente o significado delas, ver exemplos e demais informações relevantes, confira nosso artigo. O QUE É DENOTAÇÃO? Denotação refere-se a sentido denotativo que, por sua vez, significa um sentido próprio, literal e real independentemente do contexto em que a palavra, oração ou período aparecem. Resumidamente, podemos dizer que denotação é o sentido exato da palavra, não cabendo maiores interpretações. Exemplos: O gato é um mamífero. Já li esta notícia do jornal. O empregado limpou o jardim. A mulher estava cansada. Como é possível observar, o uso da denotação tem por objetivo transmitir uma mensagem ao receptor de forma objetiva e clara, evitando equívocos na interpretação e desempenhando uma função estritamente prática e utilitária. Por essas razões, esse tipo de linguagem é muito utilizado em textos informativos, tais como: regulamentos, jornais, manuais de instrução, artigos científicos, bulas de medicamentos etc. O QUE É CONOTAÇÃO? O termo conotação está associado a sentido conotativo que, por suavez, refere-se a palavras utilizadas no sentido figurado, ou seja, que pode ter diferentes significados de acordo com o contexto no qual ela é empregada. Por esse motivo, textos construídos utilizando conotações requerem maior habilidade de interpretação, já que a linguagem não é tão objetiva como nos casos da denotação. Exemplos: Hélio tem um coração de pedra. Mariana é um sol na vida de todos. Minha vida é um mar de esperanças. Conforme é possível perceber, a conotação assume um sentido simbólico e figurado, o qual o grande objetivo é provocar sentimentos em quem está recebendo a mensagem. Esse recurso é muito perceptível na literatura, na linguagem poética, em letras musicais, nos anúncios publicitários e em conversas informais no dia a dia. INTERTEXTUALIDADE Referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela. O recurso da intertextualidade ocorre quando um texto remete a outro texto que faz parte da memória social de uma coletividade. Pode-se dizer que acontece um verdadeiro diálogo entre textos. Toda vez que uma obra fizer ALUSÃO à outra ocorre a intertextualidade. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 19 OS: 002/7/23-Gil INTRATEXTUALIDADE Ocorre quando o autor é capaz de criar elos de aproximação entre os textos de sua própria autoria. EXEMPLO: Em seguida, após relatar tal episódio, Brás conta que cresceu normalmente. Foi à escola, que ele chama de enfadonha, onde teve aulas com um professor de nome Ludgero Barata. É justamente ali que conhece um de seus melhores amigos de infância, Quincas Borba, com quem se reencontrará mais tarde. Ambos os garotos se revelam travessos e mimados, já que o Quincas era filho único, adorado pela mãe, que o vestia muito bem, mandando um pajem indulgente acompanhá-lo a todos os lugares. RELAÇÕES DE SINONÍMIA E ANTONÍMIA SINONÍMIA Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em determinados contextos linguísticos, podem ser substituídas por outras significações correspondentes. Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns contextos, mas não em todos. Exemplos: • Tecido branco = tecido alvo • Alcançar o meu alvo = atingir meu objetivo Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo: peito – seio – busto dor de cabeça – cefaleia são usados em diferentes contextos. ANTONÍMIA São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por prefixo: Leal x desleal; feliz x infeliz; típico x atípico Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra: Claro x escuro Rico x pobre HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado que uma palavra superior estabelece com uma palavra inferior. O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente superior porque apresenta um sentido mais abrangente que engloba o sentido do hipônimo, uma palavra hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito. A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica de significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da palavra hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível semântico, pode ser incluída numa classe superior que abrange o seu significado - hiperônimo. País é hiperônimo de Brasil. Mamífero é hiperônimo de cavalo. Jogo é hiperônimo de xadrez. Brasil é hipônimo de país. Cavalo é hipônimo de mamífero. Xadrez é hipônimo de jogo. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 20 OS: 002/7/23-Gil Os hiperônimos: • Apresentam um sentido abrangente; • Transmitem a ideia de um todo; • Representam as características genéricas de uma classe; • Permitem a formação de subclasses associadas a elas. Os hipônimos: • Apresentam um sentido restrito; • Transmitem a ideia de um item ou uma parte de um todo; • Representam as características específicas de uma subclasse; • Permitem a associação a uma classe superior mais abrangente. Exemplos de hiperônimos e hipônimos Hiperônimo Hipônimos cor verde, azul, amarelo, vermelho, branco,... fruta maçã, banana, manga, abacaxi, jaca,... veículo carro, automóvel, moto, bicicleta, ônibus,... esporte natação, futebol, patinação, atletismo, esgrima,... animal cobra, onça, cachorro, urubu, urso,... flor rosa, margarida, malmequer, hortênsia, orquídea,... eletrodoméstico geladeira, batedeira, liquidificador, aspirador, ferro,... móvel estante, armário, mesa, cadeira, sofá,... ferramenta martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,... ave papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,... doença gripe, sarampo, caxumba, catapora, bronquite,... Uso de hiperônimos e hipônimos O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a construção de uma boa coesão lexical num texto. Os hiperônimos e hipônimos atuam como um recurso coesivo lexical que permite a abordagem de um tema evitando repetições vocabulares. Além disso, desempenham uma função anafórica no texto, fazendo referência a uma informação previamente mencionada sem a repetir, através do uso de substantivos genéricos e específicos. LISTA DE PALAVRAS PARÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS São palavras parecidas na escrita e na pronúncia, mas diferentes no significado. Acurado – feito com muito carinho Apurado – refinado, desvendado Adotar – aceitar: alguém, doutrina, ideia Dotar - conceder dote, beneficiar, favorecer Amoral – pessoa destituída de senso moral Imoral – contrário à moral, devasso Apóstrofe – figura de linguagem Apóstrofo – sinal gráfico Aprender – adquirir conhecimento Apreender – assimilar mentalmente Arrear – pôr arreios, encilhar, selar Arriar – fazer descer o que estava no alto Assoar – limpar secreção nasal Assuar – dar vaia em, apupar Atuar - desempenhar um papel como ator Autuar - auto de infração, processar Auto - ato público, peça teatral de um ato Alto - de grande extensão vertical, elevado Absolver: perdoar, inocentar Absorver: aspirar, sorver Câmara – onde se reúnem os deputados Câmera – aparelho que capta imagens Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo Cavalheiro – homem educado Celerado - aquele que cometeu crimes Acelerado – apressado Comprimento – extensão Cumprimento – saudação, ato de cumprir Conjetura – suposição, hipótese Conjuntura – situação, circunstância Deferir – atender, conceder Diferir – distinguir-se, ser diferente, adiar Degredado – desterrado, exilado Degradado – estragado, rebaixado Delatar – denunciar Dilatar – alargar, ampliar PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 21 OS: 002/7/23-Gil Descrição - ato de descrever, expor Discrição – reserva; qualidade de discreto Descriminar – inocentar Discriminar - distinguir Desmistificar - desfazer uma ilusão Desmitificar - desfazer um mito Despensa - lugar de guardar mantimentos Dispensa - isenção, licença Desapercebido - desprevenido, desprovido Despercebido - não percebido, não notado Destratar – insultar Distratar - desfazer trato, anular, rescindir Discente - que aprende Docente - que ensina Emergir - vir à tona Imergir – mergulhar Emigrar - sair da pátria Imigrar - entrar num país estranho para nele morar Eminente – notável, célebre Iminente – prestes a acontecer Emitir - lançar fora de si Imitir - fazer entrar Esbaforido – ofegante, cansado Espavorido - apavorado, assustado Estada - permanênciade pessoa Estadia - permanência de veículo Estância – morada Instância - jurisdição, urgência Estofar - cobrir de estofo Estufar - meter em estufa Flagrante – registrado momentâneo Fragrante - que exala bom odor, aromático Fluir - correr com certa abundância Fruir - gozar, desfrutar Fuzil - arma de fogo Fusível - peça de instalação elétrica Incerto – duvidoso Inserto - inserido, incluído Incidente – acontecimento imprevisível Acidente - acontecimento casual, porém grave Inflação - desvalorização do dinheiro Infração - violação, transgressão Informar - transmitir conhecimento Enformar - colocar na forma Enfornar - colocar no forno Infligir - aplicar pena ou castigo Infringir - transgredir, violar, não respeitar Mandado - ordem judicial Mandato - poder dado ou autorizado Precedente – antecedente Procedente – proveniente, oriundo Prescrição - ordem expressa Proscrição - eliminação, expulsão Previdência - faculdade de ver antecipadamente o futuro Providência - a suprema sabedoria atribuída a Deus Ratificar – confirmar Retificar – tornar reto, endireitar Recrear – divertir Recriar - criar novamente Soar - produzir som Suar – transpirar Tráfego – trânsito Tráfico – comércio ilegal Treplicar - responder a uma réplica Triplicar - multiplicar por três Vultoso - volumoso, de grande vulto, enorme Vultuoso - atacado de vultuosidade, inchado LISTA DE PALAVRAS HOMÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS • Homônimas: são palavras escritas e pronunciadas de modo idêntico, mas diferentes nos significados. Podem ser: • Homônimas Homófonas: são aquelas iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita e na significação. • Homônimas Homógrafas: são aquelas diferentes na pronúncia (timbre fechado e aberto), mas iguais na escrita. Acender: pôr fogo Ascender: subir Acento - sinal gráfico, tom de voz Assento - lugar, superfície onde se senta Aço – liga de ferro e carbono Asso – 1ª. pessoa do presente do verbo assar Acerca de - sobre, a respeito de Há cerca de – perto de, ou faz (= tempo decorrido) Afim – que tem afinidade, ligação A fim – com intenção ou com finalidade de Apreçar – perguntar o preço de Apressar – impor maior pressa PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 22 OS: 002/7/23-Gil Caçar – ir ao encalço de, perseguir animais ou aves Cassar – anular, revogar Calda – líquido espesso e viscoso, xarope Cauda – rabo, parte posterior de avião Cela – pequeno quarto, cômodo de reduzidas dimensões Sela – peça de couro Coser: costurar Cozer: cozinhar Cheque: ordem de pagamento Xeque: lance de jogo de xadrez Censo – recenseamento, dados estatísticos Senso – juízo claro, raciocínio Censual – relativo ao censo Sensual – relativo ao sexo, aos sentidos Céptico - que duvida ou quem duvida Séptico - que causa infecção Cerração – nevoeiro denso Serração – ato de serrar, de cortar Cerrar – fechar Serrar – cortar Cessão – ato de ceder Seção ou secção – corte, divisão, repartição Sessão – espaço de tempo que dura uma atividade Cesto – balaio Sexto – ordinal de seis Chá – bebida Xá – título do ex-imperador do Irã Cheque – ordem de pagamento Xeque – lance de jogo de xadrez, dirigente árabe Cinta - tira de pano Sinta - subjuntivo presente e imperativo do verbo sentir Cocho - recipiente de madeira Coxo – capenga, manco Concerto – sessão musical Conserto – reparo Coser – costurar Cozer – cozinhar Espiar - observar, espionar Expiar - sofrer castigo Empoçar - fazer poças Empossar - dar posse Espectador - o que observa um ato Expectador - que tem expectativa Esperto - ativo, inteligente, vivo Experto - perito, entendido Era - data, época Hera – planta Estático - firme, imóvel Extático - admirado, pasmado Estirpe - raiz, linhagem Extirpe - flexão do verbo extirpar Estrato - tipo de nuvem Extrato - resumo, essência Esterno - osso dianteiro do peito Externo - que está por fora Incerto – duvidoso Inserto - inserido, incluído Incipiente - que inicia, principiante Insipiente - ignorante, sem juízo, imprudente Intercessão - ato de interceder Interseção - ponto onde duas linhas se cruzam Paço - palácio real ou episcopal Passo – marcha Profetiza - do verbo profetizar Profetisa - feminino de profeta Ruço – grisalho, desbotado, situação grave Russo - da Rússia Tacha - pequeno prego Taxa - imposto, preço de um serviço público Tachar – atribuir defeito Taxar – fixar taxa Viagem - substantivo: a viagem Viajem - forma verbal: que eles viajem HOMÔNIMAS PERFEITAS Homônimas perfeitas: são palavras que possuem mesma pronúncia e mesma grafia, porém apresentam sentidos diferentes. Eu CEDO livros para a biblioteca. Levantou CEDO para estudar. DIFERENÇA ENTRE PARÁFRASE E PARÓDIA PARÁFRASE Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto original é confirmada pelo novo texto. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Highlight PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 23 OS: 002/7/23-Gil Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”) PARÁFRASE Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade) COMENTÁRIO: O poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal. PARÓDIA A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos; ruptura com as ideologias impostas. Estimula-se uma reflexão crítica de verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. TEXTO ORIGINAL Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). PARÓDIA Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar os passarinhos daqui não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade) O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil. ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar mais expressiva a mensagem transmitida. Compreender e saber usar as figuras de estilo capacita o uso mais eficaz da linguagem como fenômeno social, ajudando a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras literárias, por exemplo. Figuras de Palavras Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual. Ex.: “A menina é uma flor”. Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada para qualificar uma característica parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, tal qual, assim). Ex: "O olhar dela é como a lua, brilha maravilhosamente". Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante. Ex.: “Beber um copo de vinho”. Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio. Ex.: “A perna dos óculos”. Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: “O docesom da flauta”. Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: “trrrimmmmm” (telefone). Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.: “Cidade Luz” (Paris). Figuras de Pensamento Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele silêncio ensurdecedor”. Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: “Foi para o céu” (morreu). Hipérbole: exagero intencional. Ex.: “Morto de sono”. Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: “É um santo!” (para alguém com mau comportamento). Highlight PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 24 OS: 002/7/23-Gil Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: “O sol está tímido”. Figuras de Construção (Sintaxe) Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: “Subir para cima”. Aliteração: repetição de determinados sons consonantais nos versos ou frases. Ex: “O rato roeu a roupa...”. Assonância: repetição de determinados sons vocálicos. Ex: “Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...” (Eugênio de Castro) Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: “O homem, não sei o que pretendia”. Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo”. (Carlos Drummond de Andrade). Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: “No trânsito, carros e mais carros”. (há). Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. Ex: “Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão”. Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. Ex.: “Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas”. Assíndeto: classifica a junção de diferentes orações sem o uso de conectivos, por norma, são separadas por vírgulas ou outros sinais de pontuação. Ex: “Vim, vi, venci.” (Júlio César) Silepse: concordância com a ideia que se quer passar, um termo oculto, e não com o termo da frase. Ex: "a linda (ilha de) Fernando de Noronha". LISTINHA DE MEMORIZAÇÃO Metáfora: comparação implícita Símile ou Comparação: comparação explícita Antítese: oposição lógica Paradoxo: oposição não lógica Hipérbole: exagero. Eufemismo: suavização. Elipse: omissão de um termo subentendido. Zeugma: omissão de um termo já dito. Polissíndeto: Mesmo conectivo repetido Assíndeto: Nenhum conectivo. Aliteração: Repetição de consoantes. Assonância: Repetição de vogais. Ironia: sarcasmo. Gradação: ideias sequenciais Onomatopeia: palavras que surge de ruído. Hipérbato: inversão; ordem indireta da frase. Metonímia: substituição de termo por outro com relação de sentido Catacrese: ausência de termos específicos. "pé da mesa". Sinestesia: mistura dos sentidos. Prosopopeia: personificação das coisas. Paranomásia: trocadilho de sons Apóstrofe: vocativo. Silepse: concordância com ideia. Anáfora: repetição - retorno. Pleonasmo: repetição com redundância. TIPOS DE LINGUAGEM É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se. Tipos de Linguagem A linguagem pode ser: Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo. As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informação). Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 25 OS: 002/7/23-Gil Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam. Elementos da Comunicação Conheça os principais elementos da comunicação. Com os elementos da comunicação, é possível usar como forma de comunicação, informação, expressão e significados os diversos sistemas simbólicos das diferentes linguagem. A forma de comunicação está dividida entre: • Emissor – o que emite a mensagem. • Receptor – o que recebe a mensagem. • Mensagem – o conjunto de informações transmitidas. • Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem. • Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar… • Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente. • Ruído – qualquer perturbação na comunicação. ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM À SITUAÇÃO COMUNICATIVA Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e da escrita em uma determinada situação comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em concordância para que haja entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige uma linguagem diferente. Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não se trata de uma convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada e, por este motivo, é tão importante quanto à língua escrita. Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na escrita, mas somente aquelas que têm significação relevante à sociedade. O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, um modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se fazer as combinações das palavras, e assim por diante. A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o contexto em que o emissor da mensagem e o destinatário se encontram. Claro, porque você não conversa com o vizinho da mesma forma que conversa com o professor ou conversa com o representante de sala da mesma forma que conversa com o diretor ou com este do mesmo jeito que com os pais. Então, para cada situação linguística, há uma linguagem adequada. Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações vividas. O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico. O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no WhatsApp, blogs, etc. Pressuposto e subentendido Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, não expressasformalmente, apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, numa leitura proficiente, ir além da informação que se encontra explícita, identificando e compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas. Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo leitor, sendo de sua responsabilidade. Exemplos: - Heloísa está cansada de ser professora. Pressuposto: Heloísa é professora. Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina. - Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 26 OS: 002/7/23-Gil Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher não está satisfeita com essa situação. Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por não encontrar trabalho no seu país. Pressupostos Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões presentes na frase que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável. Exemplos de pressupostos: - Decidi deixar de comer carne. Pressuposto: A pessoa comia carne antes. - Finalmente acabei minha monografia. Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia. - Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor rendimento. Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã. - Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi. Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa. Marcas linguísticas que facilitam a identificação de pressupostos: • Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, conseguir,... • Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, antes,... • Pronome introdutório de orações subordinadas adjetivas: que • Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes que, desde que, visto que,... Subentendidos Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca linguística, sendo deduzidos através do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem unicamente da responsabilidade de quem interpreta a frase. Exemplos de subentendidos: - Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco. Subentendido: Está frio lá fora. - Já tenho a garganta seca de tanto falar. Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero parar de falar neste momento. - Você vai a pé para casa agora? Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar a pé na rua a estas horas. 5 – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: NORMA- PADRÃO. A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Quanto ao nível informal, por sua vez, representa-se a linguagem do dia a dia, das conversas informais que temos com amigos, familiares etc. NORMA-PADRÃO E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: POR QUE ESTUDAR A LÍNGUA PADRÃO? A linguagem culta ou padrão é aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências que se apresentam com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc. Para você entender melhor aonde queremos chegar, imagine que você foi selecionado para uma entrevista de emprego. Qual roupa você usaria? Qual postura você teria? Como seria a sua linguagem para responder às perguntas? Provavelmente você usaria uma roupa mais adequada à http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/funcoes-linguagem.htm http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/vicios-linguagem.htm http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/vicios-linguagem.htm PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 27 OS: 002/7/23-Gil situação, como calça comprida e camisa, teria uma postura mais firme e decidida para transmitir seriedade e compromisso e sua linguagem seguiria a norma padrão e seria mais monitorada, isto é, você cuidaria da sua linguagem para evitar gírias e vícios. Este é o primeiro exemplo de por que precisamos saber a norma padrão. Assim, da mesma forma que você adapta sua linguagem para uma entrevista de emprego, você a adapta para falar com seus amigos, pessoas que você não conhece, com sua família, com uma criança e assim por diante. Com isso, é importante notar que nenhuma dessas linguagens está errada, na verdade elas estão corretas em cada contexto em que ocorrem. Agora você já deve ter compreendido melhor por que é preciso ensinar a norma-padrão nas escolas. Justamente para o cidadão saber se comportar linguisticamente em cada situação, com cada pessoa, seja on-line ou pessoalmente, por escrito ou mensagem de voz. Ainda não está convencido? Quer outro exemplo? Imagine que você more no sul do Brasil e viaja para o Nordeste. Você acha que todos irão entender todas as suas gírias e regionalismos? Claro que não! Por isso você precisa saber a norma-padrão, uma vez que a falta de entendimento entre os falantes gera uma falha na comunicação. Outro exemplo da importância de se saber a norma padrão é para entender a linguagem usada nos meios de comunicação de massa: internet, revistas e jornais impressos. Devido ao alcance desses meios, quem os faz precisa utilizar uma linguagem abrangente que seja entendida de norte a sul e de leste a oeste do país. Por fim, não se esqueça de que não costumamos ir à praia de terno e trabalhar de roupa de banho. Assim acontece com a língua, cada situação comunicativa diferente exige uma linguagem diferente e cada lugar diferente, uma roupa diferente. Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se: Variações históricas: Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos. Analisemos, pois, o fragmento exposto: Antigamente “Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado. Variações regionais: São os chamados dialetos, que sãoas marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também nesta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem. Variações sociais ou culturais: Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, entre outros. Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto: VÍCIO NA FALA Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. Oswald de Andrade http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/variacoes-lingua.htm http://brasilescola.uol.com.br/portugues/expressoes-idiomaticas.htm PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 28 OS: 002/7/23-Gil CHOPIS CENTIS Eu “di” um beijo nela E chamei pra passear. A gente fomos no shopping Pra “mode” a gente lanchar. Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim. Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim. Quanta gente, Quanta alegria, A minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia. Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho. Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”, Quando eu estou no trabalho, Não vejo a hora de descer dos andaime. Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger E também o Van Damme. (Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.) REESCRITURA DE FRASES: SUBSTITUIÇÃO, DESLOCAMENTO, PARALELISMO; Substituição de Substantivos por Pronomes Todos os pronomes (pessoais, possessivos, indefinidos, interrogativos, demonstrativos e relativos) podem substituir substantivos. Exemplos: – Murilo é estudioso, por isso ele consegue boas notas. – O trabalho é ação essencial, por isso eu o levo muito a sério. – A aluna quer muito a vaga. Sua determinação é invejável. – João e Pedro passaram, mas nenhum ficou satisfeito. – Ela e ele se classificaram, mas quem ficou realmente feliz? – Só isto me interessa: a aprovação. – O professor de que mais gosto é o Sérgio Rosa. Nominalização Nominalizar é, normalmente, transformar uma estrutura verbal em uma estrutura nominal, ou seja, substituir um verbo por um substantivo de mesmo radical (às vezes, por um adjetivo), a fim de evitar o exagero no uso de verbos. Isso se dá por meio de derivação sufixal ou de derivação regressiva, normalmente. Por derivação sufixal 1. -ção/-são: adaptar > adaptação; fabricar > fabricação; ceder > cessão... – Adaptar meus desejos ao contexto social foi difícil. – A adaptação de meus desejos ao contexto social foi difícil. – Fabricar produtos sustentáveis está na moda. – A fabricação de produtos sustentáveis está na moda. 2. -da: sair > saída; chamar > chamada; chegar > chegada... – Quando meu filho chegou, fiquei emocionada. – A chegada do meu filho me emocionou. 3. -mento: conhecer > conhecimento; lançar > lançamento; surgir > surgimento... – Lançaram novas obas na Bienal que me deixaram interessado. – O lançamento de novas obras na Bienal me deixou interessado. Os demais sufixos seguem o mesmo modelo: -nça/-ncia: mudar > mudança; tolerar > tolerância; concordar > concordância... -aria: pescar > pescaria; piratear > pirataria... -agem: abordar > abordagem; filmar > filmagem; reciclar > reciclagem... -dor: pescar > pescador; acusar > acusador; dever > devedor... -nte: participar > participante; fabricar > fabricante... -(t)ura: ler > leitura; candidatar > candidatura... -eza: Estar certo de > A certeza de... -dade: Ser difícil de > A dificuldade de... Por derivação regressiva Observe três exemplos em que ocorre nominalização: – Quem canta os males espanta. – O canto espanta os males. – Ele causou o estardalhaço porque se revoltou com a postura dos políticos. – A causa do estardalhaço foi sua revolta com a postura dos políticos. – Depois de abraçar a namorada, ficou mais satisfeito. – O abraço na namorada tornou-o mais satisfeito. No caso dos adjetivos, a nominalização se dá pela transformação de orações subordinadas adjetivas em meros adjetivos. Veja alguns exemplos: – O aluno que é inteligente passou na prova. – O aluno inteligente passou na prova. – Comprei para a minha frota dois carros que estavam novíssimos. – Comprei para a minha frota dois carros muito novos. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 29 OS: 002/7/23-Gil Transformação de Oração Reduzida em Desenvolvida e Vice-versa Reduzidas de gerúndio para desenvolvidas – Pagou a conta, ficando livre dos juros. (coordenada aditiva) – Pagou a conta E ficou livre dos juros. (coordenada aditiva) – Vimos um pai dando boas lições aos filhos. (adjetiva) – Vimos um mendigo que pai dando boas lições aos filhos (adjetiva) – Não tendo tempo, fez quase todas as tarefas. (concessiva) – Embora não tivesse tempo, fez quase todas as tarefas. (concessiva) – Agindo desse modo, as pessoas confiarão em você. (condicional) – Se você agir desse modo, as pessoas confiarão em você. (condicional) – Temendo a indisposição dos colegas, não levou adiante a história. (causal) – Uma vez que temia a indisposição dos colegas, não levou adiante a história. (causal) – Saindo do local da festa, encontrei meus amigos. (temporal) – Quando saí do local da festa, encontrei meus amigos. (temporal) Reduzidas de infinitivo para desenvolvidas – É preciso estudar bastante. (subjetiva) – É preciso que se estude bastante. (subjetiva) – Deixe o povo falar. (objetiva direta) – Deixe que o povo fale. (objetiva direta) – Os vizinhos o acusaram de fazer denúncias caluniosas. (objetiva indireta) – Os vizinhos o acusavam de que fazia coisas erradas denúncias caluniosas. (objetiva indireta) – A melhor política é conservarmos a empatia. (predicativa) – A melhor política é que conservemos a empatia. (predicativa) – Tenho medo de sentirmos solidão. (completiva nominal) – Tenho medo de que sintamos solidão. (completiva nominal) – De Deus só quero isto: conquistar o cargo público. (apositiva) – De Deus só quero isto: que eu conquiste o cargo público. (apositiva) – João não é homem de mentir para os filhos. (adjetiva) – João não é homem que mente para os filhos. (adjetiva) – Apesar de estar indeciso, conserva as mesmas funções de trabalho. (concessiva) – Ainda que esteja indeciso, conserva as mesmas funções de trabalho. (concessiva) – Sem firmar propósitos, não atingirá sucesso. (condicional) – Sem que se firmem propósitos, não atingirá sucesso. (condicional) – Ela passou mal de tanto correr. (causal) – Ela passou mal porque correu muito. (causal) – Aquela situação o traumatizou tanto a ponto de ele sofrer muito. (consecutiva) – Aquela situação o traumatizou tanto que ele sofreu muito. (consecutiva) – Ela estuda tanto para conquistar seus ideais. (final) – Ela estuda tanto para que conquiste seus ideais. (final) – Pense muito antes de ser agressivo com os outros. (temporal) – Pense muito antes que você seja agressivo com os outros. (temporal) Obs.: É situação costumeira que as adverbiais reduzidas iniciadas pelas preposições ao, para, por, sem sejam, respectivamente, de tempo, finalidade, causa e concessão/condição:– Ao fazer as tarefas, seja sempre muito decidido. (= Quando fizer as tarefas, seja sempre muito decidido.) – Para compor bons poemas, é necessário muito talento. (= Para que se componham bons poemas, é necessário muito talento.) – Foi elogiado por conquistar boas notas. (= Foi elogiado porque conquistou boas notas.) – Sem estudar tanto, passou. (= Sem que tenha estudado tanto, passou.) – Sem estudar tanto, não passará. (= Sem que estude tanto, não passará.) Reduzidas de particípio para desenvolvidas – Estavam aqui uns livros, deixados por mim. (adjetiva explicativa) – Estavam aqui uns livros, que foram deixados por mim. – A história contada pela vizinha era embaraçosa. (adjetiva restritiva) – A história que foi contada pela vizinha era embaraçosa. – Humilhado pelos amigos, conservou a serenidade. (adverbial concessiva) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 30 OS: 002/7/23-Gil – Embora ele tenha sido humilhado pelos amigos, conservou a serenidade. – Confirmadas as solicitações, não ocorrerão impedimentos. (adverbial condicional) – Desde que se confirmem as solicitações, não ocorrerão impedimentos – Preocupado com o filho, esqueceu o compromisso com o chefe. (adverbial causal) – Como se preocupara com o filho, esqueceu o compromisso com o chefe. – Terminada a reunião, todos foram à festinha de confraternização. (adverbial temporal) – Logo que terminou a reunião, todos foram à festinha de confraternização SITUAÇÕES DE DESLOCAMENTO Segundo pesquisa feita pelo professor Fernando Pestana, observe que Mudança de Posição dos Vocábulos A mudança de posição de certos vocábulos ou termos da oração pode mudar o sentido da frase, ora não. A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez. (Friedrich Nietzsche) ... pode ser invertida de diversas formas, sem alteração de sentido. Veja algumas: Divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima memória. A vantagem de ter péssima memória é divertir-se com as mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, muitas vezes. Divertir-se com as mesmas coisas boas, muitas vezes, como se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima memória. É a vantagem de ter péssima memória divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez. A vantagem de ter memória péssima é divertir-se, como se fosse a primeira vez, com asmesmas boas coisas muitas vezes. Em outras palavras, a inversão de termos dentro de uma frase pode não alterar seu sentido. No entanto, não é sempre assim que ocorre, pois, às vezes, alguns vocábulos (adjetivos, pronomes, advérbios, palavras denotativas etc.), quando deslocados, a alteração de sentido fica visível. Veja que o deslocamento, ou seja, a inversão dos termos pode gerar alteração de sentido: – João é um alto funcionário. – João é um funcionário alto. – Qualquer mulher merece respeito. – Maria é uma mulher qualquer. – Pedro já fez a prova. – Pedro fez a prova já. – Até aquela aluna o elogiou. – Aquela aluna o elogiou até. Percebeu que houve flagrante mudança de sentido nestas duplas? Portanto, a inversão dos termos na frase pode ou não alterar o sentido dela. EQUIVALÊNCIA ENTRE LOCUÇÕES E PALAVRAS E ENTRE CONECTIVOS O que são locuções? São grupos de vocábulos com valor de uma palavra, normalmente. Existem locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas, conjuntivas e interjetivas. Nas questões de reescrituras de frases em provas de concurso público, é comum haver substituição de locuções adjetivas, verbais, adverbiais, prepositivas e conjuntivas por, respectivamente, adjetivos, verbos, advérbios, preposições e conjunções, semanticamente correspondentes. Veja algumas substituições: Locuções Adjetivas Grupos de vocábulos iniciados por preposição caracterizando um substantivo, normalmente. Têm valor de um adjetivo. – A jogada de mestre serviu para exemplificar sua habilidade. – A jogada magistral serviu para exemplificar sua habilidade. – A população das cidades vem aumentando exponencialmente. – A população urbana vem aumentando exponencialmente. Locuções Adverbiais Grupos de vocábulos normalmente iniciados por uma preposição. Têm valor de advérbio. – De repente o tempo ficou nublado. – Repentinamente o tempo ficou nublado. – Ela faz provas de seis em seis meses. – Ela faz provas semestralmente. POSSIBILIDADES DE PARALELISMO Quando dois ou mais elementos estão coordenados e o primeiro está introduzido por preposição, há apenas quatro possibilidades corretas de construção: – Todo brasileiro tem direito a saúde, educação e segurança. (preposição) – Todo brasileiro tem direito a saúde, a educação e a segurança. (preposição) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 31 OS: 002/7/23-Gil – Todo brasileiro tem direito à saúde, educação e segurança. (preposição + artigo) – Todo brasileiro tem direito à saúde, à educação e à segurança. (preposição + artigo) Tal lição serve para qualquer outra preposição. 6 – MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL DOMÍNIO DOS ELEMENTOS DE COESÃO PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 32 OS: 002/7/23-Gil DEFINIÇÃO DE COESÃO TEXTUAL Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos. Observe a coesão presente no texto a seguir: “Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. No entanto, o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra” As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do texto. ▪ COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas: - pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... - pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... - pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... - pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo... - pronomes relativos: que, o qual, onde... - advérbios de lugar: aqui, aí, lá... Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava. ▪ COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto. Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”; Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”; Papa Francisco: Sua Santidade; Vênus: A deusa da Beleza. Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o Poeta dos Escravos é considerado o mais importante da geração a qual representou. ◼ COESÃO POR REPETIÇÃO Temos a seguir, dois exemplos de adequação: 1. A poesia de Fernando Pessoa que extrai elementos da repetição intencional: Eros e Psique Conta a lenda que dormia Uma Princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria De além do muro da estrada. Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, PORTUGUÊS PARACONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 33 OS: 002/7/23-Gil Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado Por o que à Princesa vem. A Princesa Adormecida, Se espera, dormindo espera, Sonha em morte a sua vida, E orna-lhe a fronte esquecida, Verde, uma grinalda de hera. Longe o Infante, esforçado, Sem saber que intuito tem, Rompe o caminho fadado, Ele dela é ignorado, Ela para ele é ninguém. Mas cada um cumpre o Destino Ela dormindo encantada, Ele buscando-a sem tino Pelo processo divino Que faz existir a estrada. E, se bem que seja obscuro Tudo pela estrada fora, E falso, ele vem seguro, E vencendo estrada e muro, Chega onde em sono ela mora, E, inda tonto do que houvera, À cabeça, em maresia, Ergue a mão, e encontra hera, E vê que ele mesmo era Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são: Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, pronomes, alguns advérbios e locuções adverbiais. Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos: COMEÇO, INTRODUÇÃO Inicialmente, Primeiramente, antes de tudo, desde já, CONTINUAÇÃO além disso do mesmo modo ainda por cima bem como outrossim PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 34 OS: 002/7/23-Gil CONCLUSÃO Enfim, Dessa forma, Em suma, Nesse sentido, Portanto, Afinal, CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL logo após ocasionalmente posteriormente atualmente enquanto isso imediatamente não raro concomitantemente SEMELHANÇA, CONFORMIDADE igualmente segundo conforme assim também de acordo com EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO então por exemplo isto é a saber em outras palavras ou seja quer dizer rigorosamente falando Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de vida. Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos. Sendo assim, ainda vejamos: Embora, ainda que, mesmo que PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 35 OS: 002/7/23-Gil Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê-los. Observe o exemplo: Ex: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa. Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em: Ex: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro. Ainda, afinal, por fim Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de conclusão do assunto abordado. Note: Ex: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito. Aliás, ou melhor, além de tudo, além do mais, além disso Conferem mais credibilidade, um argumento decisivo para derrubar argumentos contrários, reforçando-os juntamente à ideia final. Constate: Ex: O garoto é um excelente aluno, aliás, destaca-se entre os demais. Além do mais é muito educado e gentil. Os salários estão cada vez mais baixos, porque não há interesse dos nossos representantes estabelecerem um padrão de acordo com a qualidade de vida do brasileiro. Além de tudo são considerados como renda e estabelecidos como impostos. Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do exemplo a seguir: Ex: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito. Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo Estabelecem uma noção gradativa entre os elementos dodiscurso. É o que podemos constatar em: Ex: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas. Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que se opõem entre si. Perfeitamente constatável em: Ex: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo. E, nem, como também, mas também Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso, progressão semântica que adiciona, desenvolvendo ainda mais a argumentação ora proferida. A título de constatação, analisemos: Ex: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas. A prova de Redação serve para medir a capacidade cognitiva do candidato e a maturidade dele em relação ao mundo onde vive. O e introduz um segmento que acrescenta uma informação nova, por isso seu uso é apropriado. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 36 OS: 002/7/23-Gil Funções da Linguagem O linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação: Função metalinguística: Quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das próprias palavras (códigos). Função referencial: Quando a intenção do emissor é falar objetivamente sobre o contexto real. É a linguagem de caráter informativo. Ex.: Textos de jornal, revistas, livros didáticos, científicos. Dólar mais alto deixa o brasileiro mais pobre; veja quem ganha e quem perde Sophia Camargo Colaboração para o UOL, em São Paulo. 23/09/201506h00 O dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 4. Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em dólar nem pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto deixou o brasileiro mais pobre. "O impacto da alta do dólar na vida das pessoas vai chegar a todos, inclusive à dona de casa", diz Edgar de Sá, economista- chefe da FN Capital. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 37 OS: 002/7/23-Gil Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio, segundo o professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV Clemens Nunes. Segundo ele, o Brasil está em situação de desequilíbrio fiscal, o que mostra que o governo gasta mais do que ganha, e os investidores não enxergam uma solução sustentável para esse problema num futuro próximo. "Não há perspectiva de melhora. A consequência disso é que o real se desvaloriza e ficamos mais pobres. Perdemos poder de compra em relação ao resto do mundo." Função poética Quando a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras, com o jogo de ideias. Função conativa (apelo): Quando o emissor organiza a mensagem com o objetivo de influenciar o receptor. É muito usada em mensagens publicitárias. Ex.: Não deixe para última hora! Programe suas férias. (www.jornale.com.br / Acesso em 01/12/2010) http://www.jornale.com.br/ PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 38 OS: 002/7/23-Gil Função Expressiva ou Emotiva Quando a linguagem está centrada no próprio emissor, revelando seussentimentos, suas emoções. Sonho. Não sei quem sou Sonho. Não sei quem sou neste momento. Durmo sentindo-me. Na hora calma Meu pensamento esquece o pensamento, Minha alma não tem alma. Se existo é um erro eu o saber. Se acordo Parece que erro. Sinto que não sei. Nada quero nem tenho nem recordo. Não tenho ser nem lei. Lapso da consciência entre ilusões, Fantasmas me limitam e me contêm. Dorme insciente de alheios corações, Coração de ninguém. Função fática: Quando a linguagem é usada para confirmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um canal de comunicação. Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade? . SAIBA MAIS QUADRO SINTÉTICO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM No processo da comunicação, todos os elementos estão, de certa forma, presentes. O que há é uma predominância de um sobre os demais; por conta disso, um deles determina a função da linguagem. O PREDOMÍNIO DO(A) IMPLICA FUNÇÃO DA LINGUAGEM Emissor O predomínio da Emotiva (Expressiva) Receptor O predomínio da Conativa (Apelo) Canal O predomínio da Fática Código O predomínio da Metalinguística Referente O predomínio da Referencial Mensagem O predomínio da Poética Campo Lexical e Campo Semântico Primeiramente, diferencia-se o que é léxico e semântica para facilitar o entendimento de campo lexical e campo semântico. Vejamos: Léxico: é o conjunto de palavras usadas em uma língua ou em um texto. Quanto à língua, não existe um falante que domine por completo seu léxico, pois o idioma é vivo e vocábulos vão desaparecendo, enquanto novos surgem. Quanto ao texto, o léxico corresponde às palavras utilizadas na escrita do mesmo. Semântica: é o estudo das significações das palavras, ou seja, do significado de cada vocábulo existente na língua. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 39 OS: 002/7/23-Gil Dessa forma, campo lexical é formado pelas palavras que derivam de um mesmo radical. Assim, o campo lexical ou a família da palavra “pedra”, seria: pedregulho, pedraria, pedreira, pedrinha, dentre outros. É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por terem o mesmo radical (também chamado de família de palavras ou vocábulos cognatos): mar, marinho, marinheiro, marítimo, maresia, amarar, amerissar, amaragem, amerissagem... Campo semântico É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por pertencerem à mesma área. Nosso conhecimento de mundo nos norteia quanto à escolha de palavras que se correlacionam. Na informática, por exemplo, as seguintes palavras pertencem ao mesmo campo semântico: computador, monitor, impressora, teclado e tecnologia. Já na área do futebol, podemos dizer que as palavras árbitro, bola, gol, equipe, estádio, torcida, cartão, craque, pertencem ao mesmo campo. Como já disse, muitos estudiosos entendem que tais grupos de palavras ou expressões pertencem ao mesmo campo semântico. Campo semântico em torno do conceito de morte: falecer, bater as botas, ir desta para melhor, apagar-se. Portanto, é o conjunto dos significados, dos conceitos, que uma palavra possui. Um mesmo termo tem ou pode ter vários sentidos, os quais são escolhidos de acordo com o contexto abordado. Assim, são exemplos de campos semânticos: a) levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar, receber. b) natureza: seres que constituem o universo, temperamento, espécie, qualidade. c) nota: anotação, breve comunicação escrita, comunicação escrita e oficial do governo, cédula, som musical, atenção. d) breve: de pouca duração, ligeiro, resumido. 7 – MORFOLOGIA: PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 40 OS: 002/7/23-Gil Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, parte-se sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. Derivação Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 41 OS: 002/7/23-Gil Primitiva Derivada mar marítimo, marinheiro, marujo terra enterrar, terreiro, aterrar Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. Tipos de Derivação Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos: crer- descrer ler- reler capaz- incapaz Derivação Sufixal ou Sufixação Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por Exemplo: alfabetização No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. A derivação sufixal pode ser: a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por Exemplo: papel - papelaria riso - risonho b) Verbal, formando verbos. Por Exemplo: atual - atualizar c) Adverbial, formando advérbios de modo. Por Exemplo: feliz - felizmente Derivação Parassintética ou Parassíntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 42 OS: 002/7/23-Gil Exemplos: Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada mudo e mud ec-e-r emudecer alma des alm ad-o desalmado Atenção! Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor. Nesse casos a derivação recebe o nome de prefixal e sufixal. É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo. EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL: DESLEALDADE = lealdade, desleal ou leal INQUIETUDE = inquieto, quietude ou quieto INFELICIDADE = infeliz, felicidade ou feliz ULTRAPASSAGEM= ultrapassar, passagem, passar DESIGUALDADE = desigual, igual DESVALORIZAÇÃO = desvalorizar, valorizar, valor. DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE ANOITECER (derivado de NOITE ) AMOTINAR (derivado de MOTIM) ENRAIVECER (derivado de RAIVA) ENGORDAR (derivado de GORDO) DESALMADO ( derivado de ALMA) APODRECER (derivado de PODRE) ENDURECER (derivadode DURO) EMUDECER ( derivada de MUDO) EMPOBRECER (derivada de POBRE) ENCAIXOTAR (derivada de CAIXOTE) ENCRUZILHADA (derivada de CRUZ) DESCASCAR (derivada de CASCA) ENALTECER (derivada de ALTO) AMANHECER (derivada de MANHÃ) ABENÇOAR – (derivado de BÊNÇÃO) AMANHECER – (derivado de MANHÃ) AMALDIÇOAR – (derivado de MALDIÇÃO) ENRIJECER – (derivado de RIJO) ENLOUQUECER – (derivado de LOUCO) ENTRISTECER – (derivado de TRISTE) Derivação Regressiva Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução. Exemplos: comprar (verbo) beijar (verbo) compra (substantivo) beijo (substantivo) Saiba que: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação: - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva. - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário. Vamos observar os exemplos acima:compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA agito (de agitar) amasso (de amassar) ataque (de atacar) abalo (de abalar) ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 43 OS: 002/7/23-Gil apelo (de apelar) choro (de chorar) corte (de cortar) debate (de debater) erro (de errar) grito (de gritar) pesca (de pescar) perda (de perder) preparo (de preparar) recuo (de recuar) Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por Exemplo: Os bons serão contemplados. 2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos Por Exemplo: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 3) Os infinitivos passam a substantivos Por Exemplo: O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 4) Os substantivos passam a adjetivos Por Exemplo: O funcionário fantasma foi despedido. O menino prodígio resolveu o problema. 5) Os adjetivos passam a advérbios Por Exemplo: Falei baixo para que ninguém escutasse. Composição Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: Composição por Justaposição Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. Composição por Aglutinação Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: embora (em boa hora) fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) hidrelétrico (hidro + elétrico) planalto (plano alto) Hibridismo Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por Exemplo: auto (grego) + móvel (latim) MORFOLOGIA: RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS; MECANISMOS DE FLEXÃO DOS NOMES. CLASSES DE PALAVRAS DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome. Classificar uma palavra não é tarefa tão fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/substantivo-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/adjetivo-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/verbo-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/numeral-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/02/09/colocacao-pronominal/ PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 44 OS: 002/7/23-Gil empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra. Abaixo seguem algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar os principais aspectos de cada classe de palavras: SUBSTANTIVO – classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos. Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho. ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo- os. Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos. Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo. PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso. Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles. VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical. Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc. ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, a adjetivos ou a outros advérbios, modificando-os. Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc. NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem. Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo. PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas. Exemplo: em, de, para, por, etc. CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação. Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc. INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito. Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh! MORFOLOGIA: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais: CLASSES DE PALAVRAS PALAVRA “A” Artigo definido Pronome oblíquo Pronome demonstrativo Preposição https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/substantivo-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/11/adjetivo-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/adverbio-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/numeral-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/preposicao-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/conjuncao-resumo/ https://resumosparaconcursos.com.br/2018/05/14/interjeicao-resumo/ PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 45 OS: 002/7/23-Gil PALAVRA “UM” ARTIGO INDEFINIDO NUMERAL PRONOME INDEFINIDO UM CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA IDENTIFICAÇÃO EXEMPLO Comprei um sorvete Comprei somente um somente Um gosta de vôlei, outro de futebol PORTUGUÊS PARA CONCURSOS| Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 46 OS: 002/7/23-Gil Combinação e Contração dos Artigos É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações: Preposições Artigos o, os a, as um, uns uma, umas a ao, aos à, às - - de do, dos da, das dum, duns duma, dumas em no, nos na, nas num, nuns numa, numas por (per) pelo, pelos pela, pelas - - - As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase. - As formas pelo(s)/pela(s) resultam da contração dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por. Artigos, leitura e produção de textos O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos. Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literários. DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS 2ª Adjetivo X Pronome Indefinido Amigos bastantes X Bastantes amigos Pessoas certas X Certas pessoas Assuntos diversos X Diversos assuntos Adjetivo X Pronome Demonstrativo Fato semelhante X Semelhante fato https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 47 OS: 002/7/23-Gil 3ª A troca de posição entre o substantivo e o adjetivo pode gerar mudança de sentido Exemplo: pobre gente = gente infeliz gente pobre = gente sem recurso velho amigo = amigo de há muito tempo amigo velho = amigo idoso. Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos; Exemplo: Alto funcionário = funcionário de posição elevada Funcionário Alto = funcionário de alta estatura Bela moça = moça de bons princípios Moça bela = moça bonita Bom homem = homem de grandes virtudes Homem bom = homem bondoso, de bom coração grande homem = homem eminente homem grande = homem alto pobre gente = gente infeliz gente pobre = gente sem recurso santo homem = homem puro homem santo = homem miraculoso velho amigo = amigo de há muito amigo velho = amigo idoso. O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo: a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.” b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.” Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível. A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda: a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros) “Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz) b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável) “O Diretor é um homem grande.” (= alto) c) “Misael é um professor simples.” (= modesto) “Misael é um simples professor.” (= insignificante) d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma) “Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante) e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa) “Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 48 OS: 002/7/23-Gil Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase: a) “Encontrei Vítor por mero acaso.” b) “Levante a mão direita.” c) “Compre uma caneta comum.” d) “Eles estavam de comum acordo.” 4ª NÃO confunda o adjetivo adverbializado com o adjetivo ou com o advérbio 4ª NÃO confunda o adjetivo adverbializado com o adjetivo ou com o advérbio Advérbio modifica Verbo Estudei. Estudei ontem. Estudei na escola. Não estudei. Estudei com meus amigos Adjetivo ... menina elegante ... menina muito elegante Advérbio ... moro longe ... moro muito longe ... moro bem distante O globo é redondo A cerveja que desce redondo ... namoro um rapaz bonito Meu namorado falou bonito 5ª Cuidado com essas palavras Muito arroz/Muita salada pouco, bastante Estudou muito/Muito satisfeito(s)/ Muito bem pouco, bastante Mais arroz, mais doces Estudou mais/ mais satisfeito(s)/mais bem Não estudou mais PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 49 OS: 002/7/23-Gil MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras. NÃO ESQUECER: DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA A derivação imprópria se dá pela mudança de classificação morfológica de um apalavra, que depende do contexto. A palavra não muda nada na forma, o que muda é sua classificação morfológica e seu sentido. Exemplos: Esta questão só tem um pró. (substantivo) Branca, você me ama? (substantivo) O três é um numeral cardinal. (substantivo) Ele tem um jeito moleque. ( adjetivo) Você é um judas safado! ( substantivo comum) DERIVAÇÃO REGRESSIVA Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução. Exemplos: comprar (verbo) compra (substantivo) beijar (verbo) beijo (substantivo) Saiba que: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação: - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva. - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica- se o contrário. Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 50 OS: 002/7/23-Gil O mesmo fato não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. OUTROS EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA abalo (de abalar) agito (de agitar) ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar) amasso (de amassar) apelo (de apelar) ataque(de atacar) choro (de chorar) corte (de cortar) debate ( de debater) erro (de errar) grito ( de gritar) pesca (de pescar) perda (de perder) preparo (de preparar) recuo ( de recuar) Substantivos terminados em ÃO. Há três formas de plural: ÃOS, ÃES, ÕES. A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em – ão faz o plural em –ões. Vejamos: Balão – balões Botão – botões Cordão – cordões Estação – estações Limão – limões Paixão – paixões Visão – visões Razão – razões Quando a terminação –ão recaí sob a sílaba átona -sem tonicidade, pronunciada mais fracamente- o plural obedece à regra básica: acrescenta-se “s” no final: Bênção – bênçãos Órgão – órgãos Sótão – sótãos Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas entre algumas oxítonas, monossílabas ou não, acontece o mesmo: mão – mãos, chão – chãos, Grão – grãos, irmão – irmãos, Artesão – artesãos, cidadão – cidadãos Poucos vocábulos tem seu plural em –ães: Alemão- alemães cão – cães capitão – capitães catalão – catalães charlatão – charlatães escrivão – escrivães guardião – guardiães pão – pães sacristão – sacristães tabelião – tabeliães Algumas palavras aceitam várias formas de plural. É o caso de: - aldeão - aldeões/ aldeãos/ aldeães - ancião - anciãos/ anciães/ anciões - castelão - castelãos/ castelões - corrimão - corrimãos/ corrimões - hortelão - hortelãos/ hortelões - sultão - sultões/ sultãos/ sultães - vilão - vilãos/ vilões PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS • Substantivos não separados por hífen, acrescenta-se S no final. (ponta-pé/pontapés) Substantivos separados por hífen: variam os dois elementos ou um elemento conforme o caso. - Os dois elementos vão para o plural com: • substantivo + substantivo, • substantivo + adjetivo, • adjetivo + substantivo, • numeral + substantivo. - Apenas o primeiro elemento vai para o plural: se o segundo elemento limitar a ideia do primeiro, indicando tipo, semelhança ou finalidade deste (Ex.: pombo- correio; banana-maçã) e se os elementos forem ligados por preposição. (pão-de-ló) - Apenas o segundo elemento vai para o plural: se o primeiro elemento for verbo ou palavra invariável (advérbio, preposição). Exs: (grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres, os troca-tintas, os espirra-canivetes); - Em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico- ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues); - Nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota- abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me- diz); - palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas). FORMAÇÃO DO PLURAL Plural dos Diminutivos Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o sufixo diminutivo. pãe(s) + zinhos = pãezinhos animai(s) + zinhos = animaizinhos botõe(s) + zinhos =botõezinhos chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 51 OS: 002/7/23-Gil farói(s) + zinhos = faroizinhos tren(s) + zinhos = trenzinhos colhere(s) + zinhas = colherezinhas flore(s) + zinhas = florezinhas mão(s) + zinhas = mãozinhas papéi(s) + zinhos = papeizinhos nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas funi(s) + zinhos = funizinhos túnei(s) + zinhos = tuneizinhos pai(s) + zinhos = paizinhos pé(s) + zinhos = pezinhos pé(s) + zitos = pezitos SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL: anais, arredores, cãs (cabelos brancos), condolências, damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), exéquias (cerimônias fúnebres), férias, fezes, núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres, nomes de naipes( ouros, paus) Certos substantivos, quando assumem a forma de plural, sofrem uma alteração na pronúncia do ô (fechado) da sílaba tônica, que passa a ser pronunciado ó (aberto). É o plural com metafonia. Exemplos: PLURAL COM MUDANÇA DE TIMBRE Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado metafonia. corpo - corpos osso esforço ovo fogo caroço porto fosso posto imposto rogo olho aposto corno despojo destroço forno miolo morno poço socorro tijolo caroço reforço NÃO MUDAM O TIMBRE: acordos bolos bolsos choros confortos contornos dorsos esboços esgotos esposos estojos ferrolhos, globos gostos gozos rolos repolhos todos. SUBSTANTIVOS SEM SINGULAR Alguns substantivos são usados unicamente no plural. Exemplos: os arredores as núpcias os Andes os óculos as férias (= descanso) os pêsames VALOR SEMÂNTICO DO SUFIXO Desprezo / arrogância Tira essa gentinha daí! Ah, deixa de ser chorão... Carinho Filhote, venha cá... Aninha, já falou com sua mãezinha aqui, que está cheia de saudades? Orgulho / admiração O cara fez um golaço! Uau, que carrão... OBS.: Além de sua função clássica, pode indicar valores e intenções, ou seja, a escolha dos sufixos indicadores de grau pode relacionar-se tanto à afetividade quanto ao desprestígio. Nossa, para escrever um textinho desses precisava demorar tanto. Ai você está tão lindinha! Parece um filhote de baleia. Você é um cabeção mesmo, entendeu tudo errado Que mulherzinha complicada! Querida, trouxe uma florzinha para você. Que bebê fofucho! Amorzão, estou morrendo de saudade. Queridinha, já te falei duas vezes que não quero esse plano. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 52 OS: 002/7/23-Gil Coletivos mais usados: COLETIVO É UM CONJUNTO DE: Alcateia – lobos Arquipélago – ilhas Banca – examinadores, advogados Banda – músicos Bando – aves, malfeitores Cáfila – camelos Caravana – viajantes Conciliábulo – conspiradores Corja – vadios, vagabundos Elenco – atores Esquadra – navios de guerra Esquadrilha – aviões Fauna – animais de uma região Flora – plantas de uma região Horda – invasores, aventureiros Legião – soldados Matilha – cães de caça Quadrilha – assaltantes, ladrões Resma – folhas de papel Vara – porcos SÃO SUBSTANTIVOS MASCULINOS o açúcar o afã o ágape o alvará o amálgama o aneurisma o antílope o gengibre o apêndice o apetite o algoz o boia-fria o toalete o pão-duro o cônjuge o clã o champanha o cola-tudo o coma o guaraná o herpes o guaraná o haras o lotação o derma o diagrama o dó o diadema o decalque o epigrama o eclipse o estigma o eczema o formicida o magma o estratagemao matiz o magazine o milhar o telefonema o pijama o pé-frio o plasma o pernoite o sósia o suéter o talismã o púbis SÃO SUBSTANTIVOS FEMININOS a aguardente a acne a alcunha a bacanal a benesse a couve a couve-flor a cal a quitinete a comichão a derme a pane a aguarrás a dinamite a elipse a ênfase a echarpe a entorse a enzima a faringe a ferrugem a fênix a alface a apendicite a gênese a grafite a ioga a libido a matinê a mascote a musse a nuance a omoplata a soja a ordenança a sentinela a omelete a própolis a patinete a cólera(ira) SÃO SUBSTANTIVOS MASCULINOS E FEMININOS o/a diabete(s) o/a pijama o/a dengue o/a usucapião o/a componente o/a tapa o/a gambá o/a travesti o/a agravante Em linguagem popular, ou por razões estilísticas, encontramos a CARRASCA, a ÍDOLA, a CHEFA... NÃO são formas da língua culta. SUBSTANTIVOS SOBRECOMUNS têm a mesma forma genérica para o masculino ou feminino, não variando nem mesmo o artigo ou o adjetivo que os acompanham. o cônjuge o monstro o verdugo a vítima o tipo o animal o cadáver a criatura PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 53 OS: 002/7/23-Gil o dedo-duro o defunto o gênio o ídolo o carrasco o membro o nó-cego o pão-duro a criança o indivíduo o apóstolo a pessoa a testemunha SUBSTANTIVOS COMUNS DE DOIS GÊNEROS O gênero é indicado pelo artigo ou pelo adjetivo que a tais substantivos se referem: o acrobata, a acrobata; o agente, a agente; o artista, a artista; o consorte, a consorte; o herege, a herege; o intérprete, a intérprete; o lojista, a lojista; o suicida, a suicida; o estudante, a estudante; o cliente, a cliente; o colega, a colega; o indígena, a indígena; o pianista, a pianista; o gerente, a gerente; o camarada, a camarada; o imigrante, a imigrante; o fã, a fã; o médium, a médium; o repórter, a repórter. Gênero e Significação Muitos substantivos têm uma significação no masculino e outra no feminino. Observe: o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo) o cisma (separação religiosa, dissidência) a cisma (ato de cismar, desconfiança) o capital (dinheiro) a capital (cidade) o guia (pessoa que guia outras) a guia (documento, pena grande das asas das aves) o grama (unidade de peso) a grama (relva) o caixa (funcionário da caixa) a caixa (recipiente, setor de pagamentos) o lente (professor) a lente (vidro de aumento) o moral (ânimo) a moral (honestidade, bons costumes, ética) o nascente (lado onde nasce o Sol) a nascente (a fonte) o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação emissora) Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Epicenos: Observe: Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino. A cobra macho picou o marinheiro. A cobra fêmea escondeu-se na bananeira ADJETIVO Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se encaixa diretamente ao lado de um substantivo. Observe o exemplo seguinte: Aquele homem bondoso sempre me ajuda. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser encaixada diretamente ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO OU ADJUNTO ADNOMINAL: QUAL A DIFERENÇA? A diferença entre o predicativo do objeto e o adjunto adnominal é que este é parte do objeto e aquele é um termo que se relaciona ao objeto. A presença de características semelhantes revela, sem dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 54 OS: 002/7/23-Gil questionamentos, principalmente quando o assunto diz respeito à análise sintática. Dessa forma, de modo a constatar a diferença que demarca ambos os elementos linguísticos, veja a análise de alguns enunciados, evidenciados a seguir: Os alunos consideraram a prova fácil. No intuito de descobrir se o termo em questão (fácil) se classifica como um adjunto adnominal ou como um predicativo do objeto, basta substituí-lo por um pronome substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado: Os professores consideraram-na difícil. Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). Assim, mesmo havendo tal substituição, o termo “difícil” continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, mas sim um termo que a ele está relacionado. Considera-se, dessa forma, tratar-se de um predicativo do objeto direto. Veja, pois, outro exemplo: Os alunos resolveram uma questão fácil. Realizando o mesmo processo, o de substituir o objeto direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se somente: Os alunos resolveram-na. Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na fácil” configuraria uma inadequação. É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo “fácil”, em se tratando desse caso, classifica-se como um adjunto adnominal, haja vista que ele é parte do objeto direto, e não um termo que a ele se relaciona, assim como ocorre com o predicativo. LOCUÇÃO ADJETIVA Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada), jornal de ontem, almoço de hoje, carro dela, máquina de enxugar, dinheiro das duas GRAU DO ADJETIVO: Os adjetivos sofrem flexão em grau, indicando assim gradação nas qualidades representadas pelos adjetivos. Grau comparativo dos adjetivos No grau comparativo, ocorre principalmente a comparação de uma característica em dois ou mais seres. Pode ocorrer também a comparação de duas ou mais características do mesmo ser. O grau comparativo estabelece inferioridade, igualdade e superioridade, subdividindo-se em grau comparativo de inferioridade, grau comparativo de igualdade e grau comparativo de superioridade. Grau comparativo de inferioridade menos… que ou menos… do que Letícia é menos agitada que Mateus. Letícia é menos agitada do que Mateus. Grau comparativo de igualdadetão… quanto, tão… como ou tão… quão Letícia é tão agitada quanto Mateus. Letícia é tão agitada como Mateus. Letícia é tão agitada quão faladora. Grau comparativo de superioridade mais… que ou mais… do que Letícia é mais agitada que Mateus. Letícia é mais agitada do que Mateus. Alguns adjetivos apresentam formas sintéticas no grau comparativo de superioridade: (mais) bom = melhor; (mais) mau = pior; (mais) grande = maior; (mais) pequeno = menor. (mais) alto – superior (mais) baixo - inferior Nessas situações, não deverá ser usado o advérbio mais: Letícia é melhor que Mateus. Letícia é melhor do que Mateus. Letícia é pior que Mateus. Letícia é pior do que Mateus. Letícia é maior que Mateus. Letícia é maior do que Mateus. Letícia é menor que Mateus. Letícia é menor do que Mateus. Na estatura, Letícia é superior a Mateus Na estatura, Letícia é inferior a Mateus PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 55 OS: 002/7/23-Gil Observe que: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo – comparação de dois elementos. Pedro é mais grande que pequeno – comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. 4) Sou menos alto (do) que você. (Comparativo de inferioridade) Sou menos passivo (do) que tolerante. SUPERLATIVO Um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético caracteriza um ou mais seres atribuindo-lhes qualidades em grau muito elevado. • O teste foi facílimo. • O professor é sapientíssimo. • A sobremesa é dulcíssima. Formação do grau superlativo absoluto sintético A principal regra de formação do grau superlativo absoluto sintético dos adjetivos é pela junção do sufixo -íssimo: • agilíssimo; • malíssimo; • originalíssimo; • … Adjetivos que terminam em vogal: Quando o adjetivo termina em vogal, ocorre a supressão dessa vogal: • belíssimo; • fortíssimo; • tristíssimo; • … Adjetivos que terminam em -io: Quando os adjetivos terminam em -io, ocorre uma duplicação da consoante i, formando o hiato i-í: • seriíssimo; • necessariíssimo; • precariíssimo; • … Adjetivos que terminam em - vel: Quando os adjetivos terminam em -vel, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -bilíssimo: • amabilíssimo; • notabilíssimo; • sensibilíssimo; • … Adjetivos que terminam em -z: Quando os adjetivos terminam em -z, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -císsimo: • felicíssimo; • ferocíssimo; • velocíssimo; • … Adjetivos que terminam em -m: Quando os adjetivos terminam em -m, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -níssimo: • comuníssimo; • joveníssimo; • boníssimo; • … Adjetivos que terminam em -ão: Quando os adjetivos terminam em -ão, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -aníssimo: • saníssimo; • cristianíssimo; • vaníssimo; • … Adjetivos com forma erudita: Existem diversos adjetivos que apresentam uma forma alatinada erudita de formação do grau superlativo: • macérrimo; • paupérrimo; • celebérrimo; • nigérrimo; • … Observe alguns superlativos sintéticos: Benéfico – beneficentíssimo Bom – boníssimo ou ótimo Célebre – celebérrimo Comum – comuníssimo Cruel – crudelíssimo Difícil – dificílimo Doce – dulcíssimo Fácil – facílimo Fiel – fidelíssimo Frágil – fragílimo PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 56 OS: 002/7/23-Gil Frio – friíssimo Humilde – humílimo Jovem – juveníssimo Livre – libérrimo Magnífico – magnificentíssimo Magro – macérrimo ou magríssimo Manso – mansuetíssimo Mau – péssimo Necessário - necessariíssimo Nobre – nobilíssimo Pequeno – mínimo Pobre – paupérrimo ou pobríssimo Precário - precariíssimo Próspero – prospérrimo Sábio – sapientíssimo Sagrado – sacratíssimo Sério - seriíssimo ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------- Grau superlativo relativo No grau superlativo relativo, a caracterização de uma coisa ou ser é feita em relação a um conjunto de outras coisas ou seres, sendo atribuída uma qualidade em maior ou menor grau. O grau superlativo relativo divide-se em grau superlativo relativo de superioridade e grau superlativo relativo de inferioridade. Grau superlativo relativo de superioridade • Na corrida da escola, meu filho foi o mais rápido. • Aquela diretora é a mais simpática de todas. Grau superlativo relativo de inferioridade • Na corrida da escola, meu filho foi o menos rápido. • Aquela diretora é a menos simpática de todas. Podemos usar o ADJETIVO com valor de SUBSTANTIVO. Para tanto, basta colocar antecedendo de um artigo, ou seja, basta colocar um artigo antes do adjetivo. Exemplo: "O pouco com Deus é muito". "Devemos contemplar o azul do céu". "Precisamos conservar o verde" . Nesses casos: pouco, azul, verde, são adjetivos substantivados. d) Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos; Exemplo: Alto funcionário = funcionário de posição elevada Funcionário Alto = funcionário de alta estatura Bela moça = moça de bons princípios Moça bela = moça bonita PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 57 OS: 002/7/23-Gil Bom homem = homem de grandes virtudes Homem bom = homem bondoso, de bom coração grande homem = homem eminente homem grande = homem alto pobre gente = gente infeliz gente pobre = gente sem recurso santo homem = homem puro homem santo = homem miraculoso velho amigo = amigo de há muito amigo velho = amigo idoso. O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo: a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.” b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.” Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível. A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda: a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros) “Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz) b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável) “O Diretor é um homem grande.” (= alto) c) “Misael é um professor simples.” (= modesto) “Misael é um simples professor.” (= insignificante) d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma) “Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante) e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa) “Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa) Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase: a)“Encontrei Vítor por mero acaso.” b) “Levante a mão direita.” c) “Compre uma caneta comum.” d) “Eles estavam de comum acordo.” ATENÇÃO! ADJETIVOS DE RELAÇÃO Adjetivos de relação são nomes qualificadores oriundos de substantivos. O adjetivo de relação é aquele que a) tem valor semântico objetivo, ou seja, não expressa subjetividade ou ponto de vista; b) é derivado por sufixação de um substantivo; c) vem colocado após o substantivo; d) não varia em grau superlativo, ou seja, não pode ser intensificado. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 58 OS: 002/7/23-Gil Exemplos: – espumante da Argentina: espumante argentino – energia do núcleo: energia nuclear De modo geral, estringem a extensão do significado de unidades desta classe de palavras e normalmente não admitem flexão de grau. Por exemplo, ígneo = de fogo e férreo = de ferro. Seguem abaixo mais alguns exemplos: 1. Em ordem alfabética de adjetivo Adjetivo Substantivo Adjetivo Substantivo Aquático Arenoso Áureo Auricular Cardíaco Celeste Chuvoso Cristalino Elétrico Enérgico Eólico Fluvial Filial Floral Glacial Hepático água areia ouro ouvido coração céu chuva cristal eletricidade energia vento rio filho flor gelo fígado Lácteo Materno Ocular Onírico Ósseo Paterno Pétreo Pluvial Renal Sintático Telúrico Térmico Térreo Terráqueo Ventoso Vítreo leite mãe olho sonho osso pai pedra chuva rim sintaxe sal calor terra (solo) terra (planeta) vento vidro 2. Em ordem alfabética de substantivo Substantivo Adjetivo correspondente Substantivo Adjetivo correspondente Água Areia Calor Céu Chuva, pluvial Coração (órgão) Cristal Eletricidade Energia Fígado Filho Flor Gelo Leite Aquático Arenoso Térmico Celeste Chuvoso, pluvial Cardíaco Cristalino Elétrico Energético, enérgico Hepático Filial Floral Glacial Lácteo Mãe Olho Osso Ouro Ouvido Pai Pedra Rim Rio Sintaxe Terra (planeta) Terra (solo) Vento Vidro Maternal Ocular Ósseo Áureo Auricular Paternal Pétreo Renal Fluvial Sintático Terrestre, terráqueo, telúrico 7 Terrestre, térreo, telúrico Eólico, eólio, ventoso Vítreo LOCUÇÃO ADJETIVA Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada), jornal de ontem, almoço de hoje, carro dela, máquina de enxugar, dinheiro das duas PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 59 OS: 002/7/23-Gil Observe outros exemplos: De águia – aquilino De aluno – discente De anjo – angelical De ano – anual De aranha – aracnídeo De asno – asinino De bispo – episcopal De boi – bovino De bronze – brônzeo De cabelo – capilar De cabra – caprino De campo – campestre ou rural De cão – canino De cavalo – cavalar, equino ou hípico De chumbo – plúmbeo De chuva – pluvial De cinza – cinéreo De cobre – cúprico De couro – coriáceo De criança – pueril De dedo – digital De diamante – diamantino ou adamantino De elefante – elefantino De enxofre – sulfúrico De esmeralda – esmeraldino De estômago – estomacal ou gástrico De farinha – farináceo De fera – ferino De ferro – férreo De fígado – figadal ou hepático De fogo – ígneo De garganta – gutural De gelo – glacial De gesso – gípseo De guerra – bélico De homem – viril ou humano De ilha – insular De intestino – celíaco ou entérico De inverno – hibernal ou invernal De lago – lacustre De laringe – laríngeo De leão – leonino De lebre – leporino De lobo – lupino De lua – lunar ou selênico De macaco – simiesco, símio ou macacal De madeira – lígneo De marfim – ebúrneo De mestre – magistral De monge – monacal De neve – níveo De nuca – occipital De orelha – auricular De ouro – áureo De ovelha – ovino De paixão – passional De pâncreas – pancreático De peixe – písceo De pombo – columbino De porco – suíno De prata – argênteo Dos quadris – ciático De raposa – vulpino De rio – fluvial De serpente – viperino De sonho – onírico De terra – telúrico, terrestre ou terreno De urso – ursino De velho-senil De vento – eólico De verão – estival De vidro – vítreo De virilha – inguinal De visão – óptico ou ótico PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Se o segundo elemento for um adjetivo, haverá flexão. Ex. Artistas norte-americanos. Foram feitas apresentações afro-hispano-lusitanas. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 60 OS: 002/7/23-Gil Se o segundo elemento for um substantivo, ele não será flexionado. Esmaltes vermelho-paixão. Atenção: • Adjetivos compostos que não se flexionam: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, zero- quilômetro, verde-musgo; Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra ―rosa (laranja, limão, vinho, violeta, rosa, cinza, gelo) é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por exemplo: Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Olhos verde-claros. Paredes verde-claras. Calças azul-escuras Camisas verde-mar. Telhados marrom-café. Obs.: – Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. – O adjetivo composto surdo-mudo, claro-escuro e pele-vermelha foge à regra de flexão, pois ambos vão para o plural, portanto, “Os surdos-mudos”. “Os peles-vermelhas” PREPOSIÇÃO Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação (regente - regido). Divide-se em: • Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. • Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de). (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem) As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram). As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar de, devido a. NUMERAL Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral. Exemplo: Comprou duas caixinhas de música. Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número. O numeral pode indicar: • quantidade– Choveu durante quatro semanas. • ordem – O terceiro aluno da fileira era o mais alto. • multiplicação – O operário pediu o dobro do salário. • fração – Comeu meia maçã. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 61 OS: 002/7/23-Gil 1. Classificação do numeral • Cardinal – Indica uma quantidade determinada de seres. • Ordinal – Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série. • Multiplicativo – Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. • Fracionário – Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida. CUIDADO! O primeiro aspecto a que devemos nos atentar é que milhar e milhão, assim como bilhão, trilhão, e assim por diante, são substantivos masculinos. O próximo aspecto é: se estamos fazendo referência à concordância nominal, temos que estar cientes de que essa se traduz pela adaptação em gênero e número do substantivo (no caso, os dois citados: milhar e milhão) aos seus respectivos modificadores: artigos, pronomes, adjetivos e numerais. Dessa forma, analisemos alguns enunciados que seguem: Uns dois milhões de mulheres aguardavam para ser atendidas. Constatamos que o artigo indefinido “uns” concordou com o substantivo “milhões” em gênero (masculino) e em número (plural). Os milhares de brasileiras torcem pelos atletas nas competições mundiais. Não diferentemente ocorre, haja vista que podemos fazer a mesma constatação entre a concordância em gênero do artigo (masculino) e número (plural). O país, cujos milhões de desabrigados se encontram à espera de ajuda, nada faz. Notamos, também, a concordância em gênero (masculino) e número (plural) do pronome “cujos”. Contudo, devemos ficar atentos aos numerais que apresentam flexão de gênero, que são representados pelos cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos. A título de ilustração, vejamos alguns casos: Trezentas cabeças de gado foram vendidas. Quinhentas mulheres participaram do protesto. Falamos, pois, acerca da concordância nominal, mas e a concordância verbal, como fica no caso em estudo? Um milhão de pessoas votaram contra. Ou Um milhão de pessoas votou contra. Podemos afirmar que em ambos os casos a concordância se efetivou de forma adequada, visto que tanto o verbo pode permanecer no singular para concordar com “milhão” – que representa um substantivo masculino no singular – ou pode ir para o plural, concordando atrativamente com o especificador “pessoas”. No caso de o verbo ser de ligação, a concordância deve ser feita, de preferência, com o especificador. Vejamos alguns exemplos: Um milhão de recursos foram gastos. Três milhões de desabrigados estão alojados em centros comunitários. PARTICULARIDADES DOS NUMERAIS Quando designamos reis, papas, assim como os séculos ou capítulos, devemos usar o ordinal até dez, e o cardinal, de onze em diante. Pedro I (primeiro) - século II (segundo) Pio X (décimo) - capítulo VIII (oitavo) Luís XV (quinze) - século XX (vinte) b) Quando enumeramos artigos de leis, decretos e portarias devemos usar o ordinal até nove, e o cardinal de dez em diante. artigo 1º (primeiro) artigo 10 (dez) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 62 OS: 002/7/23-Gil c) Quando nos referimos a dias do mês, número de casa e páginas, devemos usar o cardinal. treze de maio casa quinze vinte e cinco de dezembro página quatro Empregamos o ORDINAL quando for o primeiro dia do mês. Ex: primeiro de abril. d) Quando o numeral vem antes do substantivo, emprega-se o ordinal. nona página oitavo século quinta casa décimo capítulo e) Na numeração de portarias, decretos, leis, artigos, e outros textos oficiais, empregam-se os ordinais até o nono, e os cardinais a partir do dez artigo 3º ( terceiro) parágrafo 9º ( nono) artigo 19 ( dezenove) f) Na enumeração de páginas, casas, apartamentos, andares de edifícios, blocos, sempre empregamos os cardinais página 45( quarente e cinco ) casa 12 ( doze) Se, porém, o numeral anteceder o substantivo, deve-se usar os ordinais 45ª página 12ª casa Emprego das Preposições 1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem perda fonética (ao/aos). 2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se naquela) 3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”) 4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.) 5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de). Noções estabelecidas pelas preposições Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relações: • Autoria: música de Caetano • Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa • Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias • Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em branco • Causa: tremer de frio / preso por vadiagem • Assunto: falar sobre política • Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 63 OS: 002/7/23-Gil • Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca • Companhia: sair com amigos • Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus • Matéria: anel de prata / pão com farinha • Posse: carro de João • Oposição: Flamengo contra Fluminense • Conteúdo: copo de (com) vinho • Preço: vender a (por) R$ 300,00 • Origem: descender de família humilde • Especialidade: formou-se em Medicina • Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES Valor Relacional: Liga palavras e orações. Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela. Valor Nocional: Tem sentido de circunstância: Venho do cinema. (lugar) Morreu de tédio. (causa) Porta de madeira. (matéria) Cadeira de balanço. (finalidade) João foi a São Paulo. (destino, direção) João veio de São Paulo (procedência) Maria saiu a sua mãe. (semelhança) Fui ao cinema com Paula. (companhia) Fiz o trabalho a caneta. (instrumento) Voltaremos a qualquer momento. (tempo) Compras só em dinheiro. (condição) obs.: Não é em todo contexto que a preposição pode apresentar sentido. Às vezes, a preposição não tem sentido algum, servindo como mero elemento conector. Do ponto de vista sintático, a preposição nunca exerce função sintática, mas participa no sistema de transitividade, introduzindo complementos (verbais ou nominais), ou na construção de adjuntos (adnominais ou adverbiais). Muitos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios exigem complemento preposicionado, por isso ela é um conectivo subordinativo: – Não concordo com atitudes precipitadas. – Tenho admiração por quem é solidário. – Bebida alcoólica é imprópria para menores. – Paralelamente às apresentações, o cantor se destacou. Obs.: O papel da preposição é subordinar um termo a outro. Logo, o primeiro termo (anterior à preposição) é o subordinante, e o segundo termo (posterior à preposição) é o subordinado. Vejamos as locuções prepositivas e seus valores semânticos Lugar: perto de, acima de, longe de, fora de, além de, dentro de, abaixo de, atrás de, por trás de, por detrás de, através de, debaixo de, embaixo de, em cima de, defronte de, em frente de/a, à frente de,ao/em redor de, em torno de, até a, ao lado de, a par de, diante de, adiante de, em face de (e não face a; no entanto o gramático Celso P. Luft e a banca Esaf abonam tal construção, assim como frente a), ao lado de, junto de/a/com, por baixo de, por cima de, ao nível de (é equivocada a forma a nível de). Tempo: perto de, dentro de, antes de, depois de, ao longo de, a partir de (indica ponto de partida, podendo indicar quantidade), por volta de, a cerca de (valor aproximado), a ponto de (pode indicar consequência; ao ponto de é construção incorreta), prestes a, na iminência de, em via de (e não em vias de; Bechara e Houaiss abonam o plural). Companhia: junto de/a/com, ao encontro de. Direção: em busca de, em direção a, ao encontro de. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 64 OS: 002/7/23-Gil Escusa: a/sob pretexto de. Adição: além de, ademais de. Modo: à guisa de, à maneira de, à custa de (Cegalla e Bechara liberam às custas de). Ciência/Conhecimento: a par de. Favor/Benefício: em prol de, em benefício de, em/a favor de. Concessão: apesar de, a despeito de, sem embargo de, não obstante (única locução não terminada em preposição). Finalidade: a fim de, de forma a, de maneira a, com o fim de, com o intuito de, com o fito de, com o intento de, com o escopo de, com a intenção de, com a finalidade de, com o propósito de. Sujeição: sob pena de, à mercê de. Oposição: em oposição a, de encontro a, ao invés de. Causa: devido a, em virtude de, em vista de, graças a, em razão de, por causa de, em consequência de, em face de, em atenção a, por consideração a, em função de, por motivo de, por razões de, por conta de, mercê de, diante de. Envolvimento: às voltas com. Atribuição: na qualidade de, na função de, a título de. Assunto/Referência: acerca de, a respeito de, com/em relação a, para com, quanto a, no campo de, na esfera de. Exclusão: à exceção de, com exceção de. Substituição: em lugar de, em vez de. Compensação: a troco de, em troca de. Meio: através de (muito usado atualmente, mas tem sentido conotativo), por meio de, por intermédio de. Dependência: em função de. Conformidade: de acordo com, em conformidade com, em obediência a. Cuidado!!! Valor Relacional e Nocional As preposições com valor relacional são aquelas exigidas por verbos ou nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio). Já as preposições com valor nocional não são exigidas por verbos ou nomes, marcam apenas relações semânticas diversas. Obs.: Na diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal, precisamos perceber se a preposição é relacional ou nocional. Se for relacional, CN; se for nocional, ADN: “Sou fiel a Deus.” (quem é fiel, é fiel a alguém) – relacional / “O carro do João quebrou.” (valor de posse) – nocional. NUMERAL Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: 1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] 2. Eu quero café duplo, e você? ...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] 3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 65 OS: 002/7/23-Gil PRONOME Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. PRONOMES PESSOAIS Retos Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI) Oblíquos Tônicos Antecedido de preposição 1ª p.s. Eu me me mim, comigo 2ª p.s. Tu te te ti, contigo 3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo 1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco 2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco 3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo Os pronomes oblíquos tônicos sempre são acompanhados de uma preposição, em geral as preposições A, PARA, DE e COM. PRONOMES DEMONSTRATIVOS PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 66 OS: 002/7/23-Gil mesmo e próprio: usados para reforçar os pronomes pessoais ou para fazer referência a algo expresso anteriormente. tal e semelhante: usados como equivalentes dos pronomes esse, essa, aquela. PRONOMES RELATIVOS PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 67 OS: 002/7/23-Gil Pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo Quando o antecedente for: Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais Posse: cujo, cuja, cujos, cujas Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 68 OS: 002/7/23-Gil PRONOMES INTERROGATIVOS Variáveis Invariáveis Qual, quais Que Quanto, quanta Quem Quantos, quantas PRONOMES DE TRATAMENTO Quando estamos em um ambiente de maior prestígio social, no qual estão demarcados os graus hierárquicos mais elevados, necessitamos de uma linguagem mais elaborada, formal. Para melhor trabalharmos com as formas de tratamento, nós temos os pronomes de tratamento. Vejamos quais são: PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 69 OS: 002/7/23-Gil Classificação dos Pronomes: 1. Pessoal 2. Possessivo 3. Demonstrativo 4. Relativo 5. Indefinido 6. Interrogativo 1. Palavra que se flexiona em gênero, número e pessoa, cujas funções são: substituir ou acompanhar um substantivo. Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo a) O Pronome Pessoal é sempre Substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro) b) Pode-se dizer que os outros pronomes podem ser Adjetivos e Substantivos: Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica. Este moço é meu irmão. Alguma coisa me deixou alegre. PRONOMES ADJETIVOS PODEM SER: (acompanham o substantivo) Possessivos Demonstrativos Indefinidos Relativos Interrogativos OBS: MORFOSSINTAXE: PRONOMES ADJETIVOS SÃO SEMPRE ADJUNTOS ADNOMINAIS. Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem Meus filhos são inteligentes, e os seus? Nem tudo está perdido. Aquilo me deixou alegre. QUADRO DE PRONOMES PESSOAIS PRONOMES PESSOAIS Retos Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI) Oblíquos Tônicos Antecedido de preposição 1ª p.s. Eu me me mim, comigo 2ª p.s. Tu te te ti, contigo 3ª p.s.Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo 1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco 2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco 3ª p.p. Eles, Elas se, os, as se, lhes si, consigo É importante saber quem são e para que servem as pessoas do discurso. Pessoas do discurso: 1ª pessoa - aquele que fala, emissor. 2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor. 3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 70 OS: 002/7/23-Gil Pessoais: Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento. PRONOMES PESSOAIS São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo. PRONOMES RETOS Pessoas do discurso Pronomes pessoais retos Singular 1ª pessoa eu 2ª pessoa tu 3ª pessoa ele/ela Plural 1ª pessoa nós 2ª pessoa vós 3ª pessoa eles/elas Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Por exemplo: Nós compramos flores. As vítimas do caso somos nós. Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular: eu - 2ª pessoa do singular: tu - 3ª pessoa do singular: ele, ela - 1ª pessoa do plural: nós - 2ª pessoa do plural: vós - 3ª pessoa do plural: eles, elas Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui". Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, por meio de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo: Fizemos boa viagem. (Nós) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 71 OS: 002/7/23-Gil PRONOMES OBLÍQUOS Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão porque marca a pessoa do discurso. Os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca. PRONOMES PESSOAIS Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI) me me te te se, o, a se, lhe nos nos vos vos se, os, as se, lhes Por exemplo: Ele me deu um presente. Observações: • Por acompanhar diretamente uma preposição (A ou PARA), o pronome lhe exerce, normalmente, a função de objeto indireto na oração. • Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. • Os pronomes o, a, os e as atuam normalmente como objetos diretos. ATENÇÃO: O, A, OS, AS serão PRONOMES OBLÍQUOS O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS O, A, OS, AS serão ARTIGOS A é PREPOSIÇÃO PRONOMES OBLÍQUOS COMO OBJETOS DIRETOS Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações verbais em vogais Comprei o carro= Comprei-o Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a Cante os hinos= Cante-os Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo: dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 72 OS: 002/7/23-Gil Por exemplo: viram + o menino = viram + o = viram-no repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos retém + a substância = retém + a = retém-na tem + as respostas = tem + as = tem-nas Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos: abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar; acompanhar; acusar; admirar; adorar; alegrar; ameaçar; amolar; amparar; auxiliar; castigar; condenar; conhecer; conservar; convidar; defender; eleger; estudar; estimar; humilhar; namorar; ouvir; praticar; prejudicar; proteger; respeitar; socorrer; suportar; ver; visitar; LHE LHES Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns: aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a); impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a); relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de); acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); deparar (com); obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a); somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a) responder(a) gozar (de); contribuir(para); desfrutar(de) Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas). Saiba que: Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: - Trouxeste o pacote? - Sim, entreguei-to ainda há pouco. - Não contaram a novidade a vocês? - Não, não no-la contaram. No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. Objeto indireto Complemento Nominal Adjunto Adnominal PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 73 OS: 002/7/23-Gil PRONOMES POSSESSIVOS Observe o quadro: NÚMERO PESSOA PRONOME singular primeira meu(s), minha(s) singular segunda teu(s), tua(s) singular terceira seu(s), sua(s) plural primeira nosso(s), nossa(s) plural segunda vosso(s), vossa(s) plural terceira seu(s), sua(s) Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como: a) indicar afetividade. Por exemplo: - Não faça isso, minha filha. b) indicar cálculo aproximado. Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos. c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posiçãode uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 74 OS: 002/7/23-Gil No espaço: • Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala, localiza os seres em relação ao emissor. • Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala, em relação ao destinatário. • Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. Exemplos: • Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária). • Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem). No tempo: Este (presente, futuro) Este ano está sendo bom para nós. Esta manhã de aulas foi maravilhosa. Logo mais, esta festa será perfeita. esse (passado recente ou futuro) • Esse ano que passou foi razoável. • Depois de todas as dificuldades, sei que esses dias serão melhores. aquele (passado remoto ou tempo vago); • Aquele ano foi terrível para todos. • Aquele será um dia trágico para o país. IMPORTANTÍSSIMO Como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em apostos distributivos Este refere-se à pessoa mencionada em segundo lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar. • O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta, calma / ou: esta, calma e aquele, amedrontado); • Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: aquela era de partido opositor, esta pertencia ao grupo situacionista. Quando se der a ocorrência de mais de dois elementos, não se usam os demonstrativos (este e aquele). Deve-se, neste caso, usar os ordinais. • Aécio, Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: a segunda era de partido contrário aos ideais governistas, a terceira pertencia ao grupo situacionista, enquanto o primeiro tentava resgatar o prestígio do partido social-democrata. IMPORTANTE Uso anafórico, em referência ao que já foi dito ou catafórico ao que será dito: este (novo enunciado = catafórico) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 75 OS: 002/7/23-Gil esse (retoma informação = anafórico); Os demonstrativos este(s), esta(s) e isto são utilizados no discurso para citar coisas que ainda não foram ditas. Por exemplo: • Este é o comunicado: na próxima segunda-feira não haverá expediente. Deve-se notar que os pronomes este, esta e isto só retomam algo já citado no texto em uma situação muito especial: há dois ou mais elementos e quer-se referir apenas ao último. Compare: Houve uma bonita tabela entre Zico, Falcão e Sócrates, mas no fim foi este que fez o gol (deve-se entender que foi Sócrates quem fez o gol). Quando o rei D. João V faleceu e D. José ocupou o trono, este recorreu a Sebastião José para ser Ministro da Guerra e dos Negócios Estrangeiros. Dois antecedentes masculinos. Com ‘ele’ no lugar de ‘este’, à primeira vista poderíamos pensar ter D. João V, e não D. José, nomeado Sebastião José (o Marquês de Pombal) ministro. Macpherson dirige sua crítica a Rawls quando este admite serem os princípios éticos da justiça econômica capazes de regular o mercado. Pelo demonstrativo, fica claro que Rawls é o sujeito de ‘admite’, não Macpherson. Se não há essa situação especial, as retomadas no português são normalmente feitas com esse, essa e isso: Na compra, havia verduras, carnes, peixes e frutas. Esses alimentos foram os mais apreciados pelos turistas. O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS Você só deverá considerar o "O" (o, a, os, as) como pronome demonstrativo se vier antes de pronome relativo ou de preposição. Ex: Tudo O QUE ele faz é bom. O: pronome demonstrativo = Aquilo que = pronome relativo O(A) QUE AQUELE(S) AQUILO AQUELA(S) PRONOME RELATIVO PRONOME DEMONSTRATIVO Ele trabalhava muito, mas não o fazia com decisão. O: pronome demonstrativo = isso PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 76 OS: 002/7/23-Gil Também pode ocorrer similar fenômeno, antes da preposição DE A de vermelho será a primeira. A: pronome demonstrativo = Aquela. de = preposição PRONOMES INDEFINIDOS DICA: Algum, após o substantivo, a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) Computador algum resolverá o problema. Algum, antes do substantivo, assume valor positivo. Algum computador resolverá o problema. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 77 OS: 002/7/23-Gil QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS Quando o antecedente for: Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais Posse: cujo, cuja, cujos, cujas (faz concordância com o termo posterior) Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas Variáveis Invariáveis Masculino Feminino o qual / os quais a qual / as quais que cujo / cujos Cuja / cujas quem quanto / quanto quanta / quantas onde EMPREGO DOS PRONOMES RELATIVOS O grupo que vai jogar hoje chegou cedo. (que = o qual = o grupo) OCORRÊNCIA IMPORTANTÍSSIMA IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO 1. Identifica-se o relativo. Caso exista preposição antes do relativo, isole-a também. 2. Isola a oração introduzida pelo relativo QUE VAI JOGAR HOJE 3. Agora, coloque o termo antecedente no lugar do pronome relativo. Identifique a função sintática desse termo substituído O GRUPO vai jogar hoje 4. A função sintática do termo substituído será a função sintática do pronome relativo O GRUPO funciona como SUJEITO, portanto QUE terá função de SUJEITO A cantora que acabou de se apresentar é desagradável. (= a qual = a cantora) Os grupos que vão jogar hoje chegaram cedo. (= os quais = os grupos) As cantoras que se apresentaram eram desagradáveis. (= as quais = as cantoras) PREPOSIÇÃO ANTES DO PRONOME RELATIVO 1) Aspecto interessante, quanto a esse tópico, diz respeito à regência verbal ou nominal. 2) Se vai ou não haver preposição antes do pronome, ou qual vai ser essa preposição, tudo depende do verbo ou do nome que está sendo completado pelo pronome. a) “Editou-se uma lei em que acreditamos, com que simpatizamos e por que lutamos” (acreditar em, simpatizar com e lutar por); PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 78 OS: 002/7/23-Gil b) “Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos” (aspirar a). 3) Nas orações adjetivas cujo pronome relativo não funcione como sujeito, se o verbo ou nome exigir alguma preposição, coloca-se esta antes do relativo”. Exs.: a) "Atualmente, os meios de que dispomos..."; b) "Fui traído pelos amigos em quem mais confiava"; c) "...em relação àquele a quem devia respeito e admiração"; d) "É um monumento de que todos os brasileiros se orgulham" Observe (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de). "Onde", como pronome relativo, semprepossui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar. Por exemplo: A casa onde (em que) morava foi assaltada. h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que. Por exemplo: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. USO DO CUJO “Cujo" é um pronome relativo, usado para unir orações. Expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o "possuidor" e o consequente," a coisa possuída". Observe: Oração (1): "A mulher é advogada". Oração (2): "O carro da mulher foi roubado". "A mulher cujo carro foi roubado é advogada". TRÊS INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 1. "Cujo" é variável, concorda em gênero e número com a coisa possuída: "A menina cujos olhos são azuis me fez lembrar um amor do passado” "A Rede Globo, cujas novelas lideram com folga a audiência no horário noturno, transmitirá a Copa das Confederações". 2. NÃO se usa artigo depois de "cujo". “A loja cuja a dona é gaúcha” “A loja cuja dona é gaúcha”. 3. Pode haver PREPOSIÇÃO ANTES de "cujo". Para tanto, basta que a regência do verbo da segunda oração exija essa preposição: "Ele almoça no restaurante de cuja comida ninguém gosta". O verbo da segunda oração, "gostar", rege a preposição "de": uma pessoa gosta "de" algo ou "de" alguém. Por isso houve o emprego da preposição "de" antes de "cujo". PRONOME CUJO ANTEPOSTO POR PREPOSIÇÃO Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavra(s) em destaque na primeira. (Atente para a presença de preposições antes do CUJO e flexões) Exemplo: Machado de Assis é um dos escritores brasileiros mais conhecidos. Sempre fazemos referência a seus romances em nossas aulas. Machado de Assis, __________ romances sempre fazemos referência em nossas aulas, é um dos escritores brasileiros mais conhecidos. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 79 OS: 002/7/23-Gil 8 – PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO: ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo. As orações adjetivas vêm introduzidas por PRONOME RELATIVO e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo: Esta foi uma situação bem-sucedida. Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) Note que o substantivo situação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: Esta foi uma situação que fez sucesso. Oração Principal Or. Subord. Adjetiva Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo PRONOME RELATIVO QUE. Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração. Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: o qual - a qual - os quais -as quais Por Exemplo: Refiro-me ao aluno que é estudioso. Essa oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual é estudioso. Forma das Orações Subordinadas Adjetivas Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Por Exemplo: Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo. Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações, não há marcação de pausa(vírgula), sendo chamadas SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS. Nessas orações, há marcação de pausa(vírgula). Exemplo 1: Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 80 OS: 002/7/23-Gil A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento. Exemplo 2: O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. Oração Sub. Adjetiva Explicativa Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem". Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer. Exemplo 1: Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma. No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. Exemplo 2: Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma. Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar. Observações: As orações subordinadas adjetivas podem: Ter um pronome como antecedente. Por Exemplo: Não sei O que vou almoçar. o = antecedente que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva USO DA PALAVRA BASTANTE • adjetivo que satisfaz; suficiente Exs.: há bastante arroz. a carne não é bastante. • pronome indefinido em quantidade indefinida, mas elevada; muito(s) Exs.: há bastantes exemplos de sua sabedoria o novo equipamento tem bastantes recursos • advérbio em quantidade, grau ou intensidade elevada; muito Exs.: não estou com fome, almocei bastante. não é milionário, mas é bastante rico PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 81 OS: 002/7/23-Gil 9 – PADRÕES GERAIS DE COLOCAÇÃO PRONOMINALNA LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL A colocação pronominal faz parte da sintaxe e se encarrega do correto posicionamento dos pronomes oblíquos, que podem ser postos antes, no meio ou depois do verbo. A esses posicionamentos denominamos, respectivamente, próclise, mesóclise e ênclise. COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS Na tabela a seguir é possível visualizar estas posições de maneira objetiva: Próclise Mesóclise Ênclise Pronome Oblíquo é colocado antes da forma verbal. Pronome Oblíquo é colocado no meio da forma verbal Pronome Oblíquo é colocado após a forma verbal. Eles me colocaram na fila de espera. Realizar-se-á uma conferência para discutir melhor sobre o assunto. Sentou- se imediatamente quando o professor entrou. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 82 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 83 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 84 OS: 002/7/23-Gil Vejamos as regras de cada um dos casos. CASOS DE PRÓCLISE • Depois de palavras ou expressões negativas, caso estas não antecedam sinais de pontuação: não, nunca, nem, nenhum, jamais, sequer, tampouco, ninguém. Exemplos: Nunca se queixa nem se aborrece. Não me contaram a verdade. CUIDADO! Não. Ajude-me, por favor. • Depois de pronomes relativos: quem, qual, que, cujo, onde, quanto. Exemplo: São esperanças que morrem, sonhos que se vão. • Depois de pronomes indefinidos: alguém, quem, algum, qualquer, ninguém etc. Exemplo: Pouco se fez em favor da família. Alguém me disse duras verdades. • Depois de conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, logo, ainda que etc. Exemplo: Não iria, ainda que me convidassem. Quando lhe disseram a verdade, ele desmaiou. • Depois de advérbios, caso estes não antecedam sinais de pontuação: talvez, ontem, aqui, ali, agora, de vez em quando, sempre. Exemplos: Aqui se trabalha pela grandeza do Brasil. Mas: Aqui em casa, trabalha-se. Agora. Conte-me a verdade. 2. A próclise também • Em orações optativas (exprimem desejo), interrogativas e exclamativas, com sujeito anteposto ao verbo. Exemplos: A terra lhe seja breve! Quem se atreveria a isso? João encontrou-me na festa João me encontrou na festa Ele encontrou-me na festa Ele me encontrou na festa O QUE NÃO É PROIBIDO ESTÁ CORRETO PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 85 OS: 002/7/23-Gil Quanto te arriscas com esses procedimentos! • Com o gerúndio antecedido da preposição “EM” ou de uma palavra atrativa. Exemplos: Em se tratando de concursos, conhecia tudo. Não se querendo usar este quarto, usa-se o outro. Em frases com preposição + infinitivo flexionado (isto é, conjugado) Ex.: A situação levou-os a se posicionarem contra a greve. Com a palavra AMBOS é situação facultativa Ambos me telefonaram hoje. Com formas verbais proparoxítonas Nós lhes obedecíamos sempre. Observações: Depois de pronomes demonstrativos (esta, aquele, aquilo etc.) Ex.: Aquilo lhe fez muito bem ou Aquilo fez-lhe muito bem. Isto me pertence ou Isto pertence-me. • Depois de pronomes retos e de substantivos, pode ser feita a próclise ou a ênclise, indiferentemente. Exemplos: Ele a convidou para a festa. Ela convidou-a para a festa. Mamãe falou-me de você. Mamãe me falou de você. Com infinitivo não flexionado precedido de preposição ou palavra negativa. Ex.: Vim para te apoiar. (próclise) Vim para apoiar-te. (ênclise) ADMITE-SE SITUAÇÃO FACULTATIVA • Com infinitivo não flexionado precedido de preposição (para, em , por, sem , de, até, a) ou palavra negativa. Exs.: Vim para te apoiar. (próclise) Vim para apoiar-te. (ênclise) Meu desejo era não o encontrar. Meu desejo era não encontrá-lo. Até se firmar, vai demorar. Até firmar-se, vai demorar. CASOS DE MESÓCLISE • Com o futuro do presente (sem palavra atrativa). Exemplo: Dir-me-á que a redação não é importante. • Com o futuro do pretérito (sem palavra atrativa). Exemplo: Se fosse possível, contar-vos-ia o que se passou. CASOS DE ÊNCLISE • No início do período: (menos quando o verbo estiver no futuro). Exemplo: Vai-se a primeira pomba despertada. • Com o gerúndio não antecedido de “EM”. Exemplo: Fugiu da confusão, esgueirando-se entre os presentes. • Com o imperativo afirmativo. Exemplo: Procure os seus amigos e convide-os. • Com o infinitivo não flexionado, precedido da preposição a. Exemplo: Todos corriam ao ouvi-lo. Com verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa Assustar-te não era minha intenção. OBS: Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo pode estar também antes do principal (sem hífen) – Devo lhe esclarecer o ocorrido. – Estavam me chamando pelo rádio. Por motivo de eufonia, a tradição gramatical diz que se elimina o S final dos verbos na 1ª pessoa do plural seguidos do pronome NOS: – Inscrevemos + nos no curso = Inscrevemo-nos no curso. – Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos jovens.. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 86 OS: 002/7/23-Gil Em relação aos tempos compostos e às locuções verbais, o pronome oblíquo pode vir: Enclítico em relação ao verbo principal, se este vier no infinitivo ou no gerúndio, NUNCA se estiver no particípio. Ex.: Eu quero contar-lhe a verdade. Proclítico ou enclítico em relação ao verbo auxiliar. Ex.: Eu lhe quero contar a verdade. Eu quero-lhe contar a verdade. Mesoclítico, se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Ex.: Ter-lhe-ia contado a verdade, se a soubesse. Locuções formadas com INFINITIVO: Vou trazer-lhe o livro. Vou lhe trazer o livro. (forma coloquial) Não lhe vou trazer o livro. Não vou trazer-lhe o livro. − Locuções formadas com GERÚNDIO: Ele estava orientando-me. Ele estava me orientando. (forma coloquial) Ele não me estava orientando. Ele não estava orientando-me. − Locuções formadas entre com PARTICÍPIO: Ele tinha-me agradado. Ele tinha me agradado. Ele não me tinha agradado. Lembrete: Não use: – Pronome oblíquo no início de frase. – Pronome enclítico ao particípio. – Pronome enclítico a um dos futuros do indicativo. – Pronome enclítico quando houver fator de próclise. Logo, evite frases como as seguintes: – Me mantive sentado. – Tinha sentado-se. – Manterei-me sentada. – Jamais tinha-se revoltado com os problemas. EMPREGO DOS PRONOMES o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou de verbo no gerúndio, junto aos verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as chorando); PRONOME OBLÍQUO COMO SUJEITO DO INFINITIVO Mandar Deixar Fazer Ver Ouvir sentir 2. você hoje é usado no lugar das 2ª pessoas (tu/vós), levando o verbo e pronomes para a 3ª pessoa. 3. quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos; 4. eu e tu não podemvir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim fazer); Vejamos as particularidades dos oblíquos tônicos: Mim – Nunca houve nada entre mim e ti. - Trouxe lembrancinhas para mim e ti Se estivesse assim: “Nunca houve nada entre eu e você.”, estaria ERRADO. O eu só poderia vir após a preposição se fosse sujeito de um verbo: “Entre eu viajar e tu viajares, viajo eu!”. Com estrutura de reciprocidade, com a preposição entre, podemos usar mim, ti, nós, vós, ele(a/s) e quaisquer pronomes de tratamento. Entre mim e ti nunca houve problemas mais graves. Observe ainda: – Sempre foi muito difícil para mim entender Matemática. (correta) Releia e responda: Entender Matemática sempre foi muito difícil para mim/para eu? – Comprei vários livros para mim aprender Matemática. (errado) pronome oblíquo + ou + verbo no infinitivo substantivo Adjetivo PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 87 OS: 002/7/23-Gil Dica: se for possível apagar ou deslocar a expressão para mim, isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do verbo no infinitivo. Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem problemas diante do verbo. Veja como ficaria: 1) Sempre foi muito difícil ( ) entender Matemática. ou 2) Para mim sempre foi muito difícil entender Matemática. Agora tente aplicar essas dicas à frase “Comprei vários livros para mim aprender Matemática.”. Nessa frase o mim conjuga verbo e tem função de sujeito, portanto seu uso está inadequado, consertemos: Comprei vários livros para EU aprender Matemática. 5. pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e podem funcionar como objeto direto (Estava só ele no banco/Encontramos todos eles); 6. me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e recíproco; 7. si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa; Fábia só fala de si mesma, levando consigo todo o crédito. 8. conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração adjetiva); 9. os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor Jesus); 10. não se podem contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui); 11. os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro = Levaram meu dinheiro/ Pesavam- lhe os olhos = Pesavam os seus olhos). Sintaticamente, tais oblíquos serão adjuntos adnominais 12. alguns pronomes átonos são partes integrantes de verbos pronominais como suicidar-se, apiedar-se, condoer- se, queixar-se, vangloriar-se • podem-se usar alguns pronomes oblíquos como expressão expletiva, portanto pode-se retirar ou ser conservado sem mudança para o sentido da frase (Não me venha com essa = correta) ou (Não me venha com essa = correta). ❑ POSSESSIVO Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído. Por exemplo: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil. 1. Normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da frase, seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?); 2. Pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos), posse figurada (Minha terra tem palmeiras), valor de indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!); 3. Nas expressões do tipo ― Seu João, seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor. PREPOSIÇÃO Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação (regente - regido). Divide-se em: • Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. • Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de). (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem) As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram). As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar de, devido a. Emprego das Preposições 1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem perda fonética (ao/aos). PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 88 OS: 002/7/23-Gil 2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se naquela) 3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”) 4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.) 5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de). Noções estabelecidas pelas preposições Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relações: • Autoria: música de Caetano • Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa • Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias • Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em branco • Causa: tremer de frio / preso por vadiagem • Assunto: falar sobre política • Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar • Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca • Companhia: sair com amigos • Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus • Matéria: anel de prata / pão com farinha • Posse: carro de João • Oposição: Flamengo contra Fluminense • Conteúdo: copo de (com) vinho • Preço: vender a (por) R$ 300,00 • Origem: descender de família humilde • Especialidade: formou-se em Medicina • Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES Valor Relacional: Liga palavras e orações. Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela. Valor Nocional: Tem sentido de circunstância: Venho do cinema. (lugar) Morreu de tédio. (causa) Porta de madeira. (matéria) Cadeira de balanço. (finalidade) João foi a São Paulo. (destino, direção) João veio de São Paulo (procedência) Maria saiu a sua mãe. (semelhança) Fui ao cinema com Paula. (companhia) Fiz o trabalho a caneta. (instrumento) Voltaremos a qualquer momento. (tempo) Compras só em dinheiro. (condição) ADVÉRBIO Palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. Denota em si mesma uma circunstância que determina sua classificação:TIPOS DE ADVÉRBIOS • lugar – longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures, abaixo, adiante, embaixo, detrás, ... • tempo – breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda, mais (em frases negativas),afinal, antes, ontem, logo, anteontem, ... • modo – bem, mal, melhor, pior, devagar, assim, depressa, alerta, debalde, à vontade, a maioria dos advérbios com sufixo –mente • negação – não, qual nada, tampouco, absolutamente, de forma alguma, de modo nenhum, ... • dúvida – quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente... • intensidade – muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão, nada, tanto, quase, sobremaneira.... • afirmação – sim, certamente, deveras, com efeito, mesmo, decerto, sem dúvida, na realidade, positivamente, indubitavelmente, incontestavelmente, indiscutivelmente, verdadeiramente, realmente... Obs: Os advérbios já e mais em mesmo contexto frasal tem caráter redundante. Ex: Já não se fala mais nesse assunto. (deve ser feita opção por um deles) ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: demasiadamente, extremamente, suficientemente, excessivamente, completamente, totalmente, relativamente, profundamente, razoavelmente, estupidamente ADVÉRBIO DE DÚVIDA: possivelmente, aparentemente, supostamente, provavelmente, casualmente. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 89 OS: 002/7/23-Gil ADVÉRBIOS DE AFIRMAÇÃO: certamente, efetivamente, seguramente, realmente, positivamente, indubitavelmente, verdadeiramente, fatalmente, incontestavelmente, indiscutivelmente, seguramente. ADVÉRBIOS DE TEMPO: Primeiramente, antigamente, finalmente, brevemente, constantemente, imediatamente, primeiramente, tardiamente, provisoriamente, sucessivamente, momentaneamente, recentemente, bimestralmente, atualmente, provisoriamente, concomitantemente, esporadicamente, oportunamente, normalmente, temporariamente, transitoriamente, semanalmente, ADVÉRBIO DE MODO: deliberadamente, bondosamente, generosamente, cuidadosamente, paulatinamente, gradualmente, igualmente, especialmente. ADVÉRBIOS DE LUGAR: externamente, internamente, interiormente, proximamente, lateralmente, Palavras que propõem afirmação, negação, exclusão, inclusão, avaliação, designação, explicação, retificação não exprimem circunstâncias e, por isso, não são advérbios e sim palavras denotativas. As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificação variável) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas como advérbios interrogativos (queria saber onde todos dormirão / quando se realizou o concurso). As locuções adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo – à direita, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, em mão (em vez de “em mãos”), em domicílio, de perto, um dia, de vez em quando. São classificadas, também, em função da circunstância que expressam. Atenção: Acrescentam-se aos sete tipos de advérbios propostos no quadro anterior e na NGB outras circunstâncias: assunto, causa, companhia, instrumento e condição. Grau do Advérbio Apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar variações de grau comparativo ou superlativo. Comparativo: a) igualdade – tão+ advérbio+ quanto b) superioridade – mais+ advérbio+ (do) que c) inferioridade – menos+ advérbio+ (do) que Superlativo: a) sintético – advérbio + sufixo (-íssimo) b) analítico – muito + advérbio Atenção: bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (advérbio) ou a mais bom / mau (adjetivo). Emprego do Advérbio 1. Três advérbios-pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos por em algum, em outro e em nenhum lugar. 2. Na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor superlativo absoluto sintético (cedinho/pertinho), nesse caso, há uma interferência semântica que não influi na classe gramatical. A repetição de um mesmo advérbio também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo). 3. Quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou rápida e pausadamente). 4. muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável ou pronome indefinido [variável – determina substantivo]). 5. Otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente. 6. Adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro). PALAVRAS DENOTATIVAS Série de palavras que se assemelham ao advérbio. A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em função da ideia que expressam: • Adição: ainda, além disso. (Comeu tudo e ainda queria mais): • Afastamento: embora (Foi embora daqui). • Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano). • Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de. (É quase 1h a pé). PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 90 OS: 002/7/23-Gil • Designação: eis (Eis nosso carro novo). • Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas. (Todos saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real). • Explicação: isto é, por exemplo, a saber. (Li vários livros, a saber, os clássicos). • Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive. (Eu também vou / Falta tudo, até água). • Limitação: só, somente, unicamente, apenas. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa). • Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque. (E você lá sabe essa questão?). • Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. (Somos três, ou melhor, quatro). • Situação: então, mas, se, agora, afinal. (Afinal, quem perguntaria a ele?). DICAS PARA ENCONTRAR O ADVÉRBIO / A LOCUÇÃO ADVERBIAL E O ADJUNTO ADVERBIAL • Verbo Intransitivo: pode vir advérbio com qualquer verbo, mas principalmente eles aparecem sozinhos com verbos intransitivos. • Circunstâncias: Sempre se referem ao verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio, embora, às vezes, estejam distantes dessas classes gramaticais. • Lembre-se de que: O objeto indireto só aceita as perguntas: quê? e quem? com a preposição da frase. • Classe gramatical: advérbio ocorre quando há uma só palavra. • Locução adverbial: ocorre quando há mais de uma palavra. • Função sintática: para cada advérbio ou locução adverbial a função sintática é o adjunto adverbial. Ex.: Vou cedo, à noite (Quando? A que horas? Cedo é advérbio de tempo, à noite é locução adverbial de tempo, cedo e à noite são adjuntos adverbiais de tempo). Vou de táxi (De que modo? Com que meio? Como? de táxi é locução adverbial de modo ou meio, de táxi é adjunto adverbial de modo ou de meio). Vou à festa (A que lugar? Aonde? à festa é locução adverbial de lugar, à festa é adjunto adverbial de lugar). Circunstâncias: • AFIRMAÇÃO - sim, deveras, certamente • DÚVIDA - talvez, quis, porventura. • EXCLUSÃO - só, somente, apenas. • INTENSIDADE - muito, pouco, mais, menos, bem, mal, etc. • LUGAR - aqui, ali, acolá, além, aquém, cá, lá, fora, etc. • MODO - bem, mal, assim, etc. • NEGAÇÃO - não. • TEMPO - hoje, ontem, amanhã, cedo, tarde, logo, nunca, jamais, etc. • INTERROGATIVO- como? quando? onde? PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 91 OS: 002/7/23-Gil INTERJEIÇÃO CLASSIFICAÇÃO 10 – VERBO MECANISMOS DE FLEXÃO DOS VERBOS. 1. Tipos de verbos 2. Flexões verbais 3. Tempos 4. Vozes 5. Verbos notáveis 6. Infinitivo pessoal ou impessoal? Sabe-se que uma palavra é verbo quando essa palavra, de modo geral, pode ser antecedida de pronome reto. Nesse caso, o verbo é uma palavra que obrigatoriamente tem: número, pessoa, tempo, modo e voz. Observe o exemplo: Eu canto. Em função dos elementos, identificam-se os itens abaixo: Em CANTO temos: 1. NÚMERO: singular. 2. PESSOA: 1ª. 3. TEMPO: presente. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 92 OS: 002/7/23-Gil 4. MODO: indicativo. 5. VOZ: ativa. Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo: 1) Os da primeira conjugação terminam em -Ar: cantar. 2) Os da segunda conjugação terminam em -Er: bater. 3) Os da terceira conjugação terminam em -Ir: partir. Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: A (1ªconjugação), E (2ªconjugação), I (3ª conjugação). Observações: – O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo da segunda conjugação. Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os diversos acidentes gramaticais. ELEMENTOS MÓRFICOS Radical V.T. Desinências cant- - a - r Cant- ᶲ - o bat- - e - r Bat- - i - a -s part- - i - r Part- - i - mos Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence. ESTUDO SOBRE VERBOS PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 93 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 94 OS: 002/7/23-Gil ALGUMAS FORMAS VERBAIS QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL: OBSERVAR: VERBO SER E VERBO IR COM A MESMA FORMA SER = IR VERBOS SER = IR PRETÉRITO PERFEITO INDICATIVO FUI, FOSTE, FOI, ... Eu FUI um excelente aluno Eu FUI à praia ontem PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO INDICATIVO FORA, FORAS, ... Eu FORA antes um excelente aluno Eu FORA à praia antes de ir ao almoço PRETÉRITO IMPERFEITO SUBJUNTIVO Se eu FOSSE Se eu FOSSE um excelente aluno, seria classificado Se eu FOSSE à praia, encontraria os amigos FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se eu FOR Quando eu FOR um excelente aluno, serei classificado. Quando eu FOR à praia, encontrarei os amigos PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 95 OS: 002/7/23-Gil VERBO TER PRESENTE INDICATIVO TENHO, TENS, TEM..., TÊM Eu TENHO muita alegria e fé VERBO TER e SEUS DERIVADOS PRESENTE INDICATIVO MANTENHO, MANTÉNS, MANTÉM... Eu MANTENHO muita alegria e fé PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO INDICATIVO TIVERA, TIVERAS, ... MANTIVERA, MANTIVERAS, ... Eu TIVERA antes, na vida, muito poder Eu MANTIVERA o prestígio, mas perdi o poder Eu MANTERA(ERRADO) PRETÉRITO IMPERFEITO SUBJUNTIVO TIVESSE, TIVESSES... MANTIVESSE, MANTIVESSES... Se eu TIVESSE mais fé, seria mais abençoado Se eu MANTIVESSE meu esforço, seria mais recompensado Se eu MANTESSE(ERRADO) FUTURO SUBJUNTIVO TIVER, TIVERES... MANTIVER, MANTIVERES... Quando/Se eu TIVER mais fé, serei mais recompensado Quando/Se eu MANTIVER meus esforços, serei mais recompensado Quando/Se eu MANTER(ERRADO) Alguns verbos derivados de TER seguem esse modelo: ater, conter, deter, entreter, manter, reter. VERBO PÔR e SEUS DERIVADOS PRETÉRITO IMPERFEITO SUBJUNTIVO PUSESSE, PUSESSES... REPUSESSE, REPUSESSES... Se eu PUSESSE mais areia, entupiria Se eu REPUSESSE minhas energias, venceria a prova Se eu REPOSSE(ERRADO) FUTURO SUBJUNTIVO PUSER, PUSERES... REPUSER, REPUSERES... Quando/Se eu PUSER mais areia, entupirei Quando/Se eu REPUSER minhas esforços, vencerei a prova Quando/Se eu REPOR(ERRADO) Alguns verbos derivados de PÔR seguem esse modelo: repor, compor, depor, propor, contrapor. VERBOS VER e VIR TEMPOS VERBO VER VERBO VIR PRESENTE INDICATIVO vejo, vês, VÊ, VEMOS, vedes, VEEM venho, vens, VEM, VIMOS, vindes, VÊM PRETÉRITO PERFEITO INDICATIVO VI, VISTE, VIU, VIMOS, ... VIM, VIESTE, VEIO, VIEMOS,... INTERVIM, INTERVIESTE, INTERVEIO, ... PRETÉRITO IMPERFEITO SUBJUNTIVO Se eu VISSE, VISSES, ... Se eu VIESSE, VIESSES,... FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se VIR, VIRES, VIR, VIRMOS, ... Quando/Se eu VER (ERRADO) Quando/Se VIER, VIERES, VIER, VIERMOS, ... Quando/Se eu VINHER(ERRADO) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 96 OS: 002/7/23-Gil VERBO REAVER PRESENTE INDICATIVO DEFECTIVO Não se conjuga em todos os tempos nem em todas as pessoas SOMENTE Nós REAVEMOS Vós REAVEIS Eu REAVEJO (ERRADO) PRETÉRITO PERFEITO INDICATIVO EM TODAS AS FORMAS Eu REOUVE, REOUVESTE, Ele REOUVE Nós REOUVEMOS, REOUVESTES Eles REOUVERAM Eu REAVI(ERRADO) Nós REAVEMOS(ERRADO) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO INDICATIVO EM TODAS AS FORMAS Eu REOUVERA, ... PRETÉRITO IMPERFEITO SUBJUNTIVO EM TODAS AS FORMAS Se eu REOUVESSE, ... Se eu REAVESSE(ERRADO) FUTURO SUBJUNTIVO EM TODAS AS FORMAS Quando/Se eu REOUVER, ... Quando/Se eu REAVER(ERRADO) Tipos de verbos Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se criar três paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação: 1. Regulares - seguem o paradigma verbal de sua conjugação; 2. Irregulares - não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão); Atenção: Entre os irregulares, destacam-se os verbos anômalos que apresentam profundas irregularidades. São os mais clássicos exemplos os verbos ser e ir como anômalos. Outros autores incluem também o verbo pôr, estar, haver, ter e vir. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 97 OS: 002/7/23-Gil Atenção: As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós). VERBO IR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 98 OS: 002/7/23-Gil 11 – LOCUÇÕES VERBAIS (PERÍFRASES VERBAIS) Locução Verbal Também chamada de perífrase verbal, a locução verbal é um grupo de verbos que tem uma só unidade de sentido, como se fosse um só verbo. É por isso que é contada como uma só oração na análise sintática. Formada por verbo auxiliar + verbo principal (sempre no gerúndio, no infinitivo ou no particípio), a locução verbal representauma só oração dentro da frase. Outra coisa: para que você reconheça uma locução verbal, note que os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Por exemplo, em “Vou estudar”, quem vai? Eu. Quem estudará? Eu. Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo sujeito, estamos diante de uma locução verbal. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 99 OS: 002/7/23-Gil Tempos Compostos São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. São eles: 1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente. 2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo: Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação. 3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. 4) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido. 5) Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo: Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. 6) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 100 OS: 002/7/23-Gil 7) Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. Veja os exemplos: Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel. Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já". Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir: Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel. Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel. 8) Infinitivo Pessoal Composto: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: Tempo Formação Exemplo Valor Pretérito Perfeito Composto do Indicativo auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio Eu tenho estudado demais ultimamente. Indicando fato que se inicia no passado e vem ocorrendo até o momento da declaração Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação. indicando normalmente desejo de que algo já tenha ocorrido ou um fato futuro já terminado em relação a outro Pretérito Mais-que- perfeito Composto do Indicativo: auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. exprimindo o mesmo que o pretérito mais-que-perfeito do indicativo simples. Pretérito Mais-que- perfeito Composto do Subjuntivo auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. exprimindo, normalmente, o mesmo valor que o pretérito imperfeito do subjuntivo simples Futuro do Presente Composto do Indicativo auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no particípio Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. 1) um fato futuro anterior a outro fato futuro, 2) fato futuro já iniciado no presente Futuro do Pretérito Composto do Indicativo auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. exprimindo os mesmos valores que o futuro do pretérito simples Futuro Composto do Subjuntivo auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. exprimindo o mesmo valor que o futuro do subjuntivo simples. Infinitivo Pessoal Composto auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro. ação passada em relação ao momento da fala PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 101 OS: 002/7/23-Gil Locuções Verbais Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio, particípio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos: Estou lendo o jornal. Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar. Ninguém poderá sair antes do término da sessão. A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados matizes de significado. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja: Pode ocorrer algo inesperado durante a festa. Deve ocorrer algo inesperado durante a festa. Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo: Quero ver você hoje. Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal. USO DO VERBO SER NA FORMAÇÃO DE VOZ PASSIVA Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta da ação expressa pelo verbo. Ex.: A ave foi abatida pelo caçador. Obs.: Somente verbos transitivosdiretos podem ser usados na voz passiva. FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA A voz passiva, mais frequentemente, é formada: Voz Ativa: Saiba que: Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja: PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 102 OS: 002/7/23-Gil As mulheres julgam os homens insensíveis Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto Voz Passiva Analítica: Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres Sujeito V.T.D. Predicativo Agente do sujeito da Passiva O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva. Praticando: VERBO SER: PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 103 OS: 002/7/23-Gil MODO INDICATIVO Presente do Indicativo VOZ ATIVA: O professor elogia o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado É elogiado pelo professor Pretérito Perfeito VOZ ATIVA: O professor elogiou o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FOI elogiado pelo professor Pretérito Imperfeito VOZ ATIVA: O professor elogiava o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ERA elogiado pelo professor Pretérito mais-que-perfeito VOZ ATIVA: O professor elogiara o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FORA elogiado pelo professor Futuro do Presente VOZ ATIVA: O professor elogiará o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERÁ elogiado pelo professor Futuro do Pretérito VOZ ATIVA: O professor elogiaria o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERIA elogiado pelo professor MODO SUBJUNTIVO Presente do Subjuntivo VOZ ATIVA: Eu espero que o professor elogie o aluno dedicado VOZ PASSIVA: Eu espero que o aluno dedicado SEJA elogiado pelo professor Pretérito Imperfeito do subjuntivo VOZ ATIVA: Eu esperaria que o professor elogiasse o aluno dedicado VOZ PASSIVA: Se o aluno dedicado FOSSE elogiado pelo professor... PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 104 OS: 002/7/23-Gil Futuro do subjuntivo VOZ ATIVA: Tudo dará certo quando o professor elogiar o aluno dedicado VOZ PASSIVA: Quando o aluno dedicado FOR elogiado pelo professor... OUTRAS FORMAS – Locuções Verbais VOZ ATIVA: O professor vai elogiar o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado VAI SER ELOGIADO elogiado pelo professor VOZ ATIVA: O professor está elogiando o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ESTÁ SENDO ELOGIADO elogiado pelo professor VOZ ATIVA: O professor tinha elogiado o aluno dedicado VOZ PASSIVA: o aluno dedicado TINHA SIDO ELOGIADO elogiado pelo professor Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir a passiva analítica com outros verbos auxiliares. Ex.: A aldeia estava isolada pelas águas. VOZ PASSIVA COM TEMPOS COMPOSTOS Voluntários de todo o mundo têm feito esforços para minimizar os danos da guerra. Esforços TÊM SIDO FEITOS por voluntários de todo o mundo para minimizar os danos da guerra. 4. Enquanto nos tempos compostos o particípio passado é invariável, na voz passiva analítica ele concorda em gênero e número com o sujeito: Ex: O engenheiro havia planejado a ideia A ideia havia sido planejadA pelo engenheiros Jornalistas têm alcançadO diversos setores da sociedade Diversos setores da sociedade têm sido alcançadOS por jornalistas. OBS: O verbo HAVER é sempre TRANSITIVO DIRETO, mas NÃO aceita VOZ PASSIVA. O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. Particípio: guiado. Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: O menino feriu-se. (a si mesmo) Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo: Os lutadores feriram-se. (um ao outro) O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos quando se lhes pode acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, e si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente. Ex.: Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) (te = pronome reflexivo) Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente, mutuamente. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 105 OS: 002/7/23-Gil Ex.: Amam-se como irmãos. Os pretendentes insultaram-se. (Pronome recíproco) 1. VERBO PÔR Atenção: Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor são alguns deles. VERBOS DERIVADOS DE PÔR O verbo pôr não tem Z em nenhum de seus tempos. Não se escreve, portanto, “puz”, “puzesse”, etc. Todos os fonemas /z/ são gramaticalmente representados por S. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 106 OS: 002/7/23-Gil • Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. • Infinitivo Impessoal: pôr. • Gerúndio: pondo. • Particípio: posto. DEPOR • Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem. • Pretérito Perfeito: depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram. • Pretérito Imperfeito: depunha, depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham. • Futuro do Presente: deporei, deporás, deporá, deporemos, deporeis, deporão. • Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos, deporíeis, deporiam. • Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais, deponham. • Subjuntivo Imperfeito: depusesse, depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis, depusessem. • Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes, depuserem. • Gerúndio: depondo. • Particípio: deposto. • Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor, depormos, depordes, deporem. • Infinitivo Impessoal: depor. VERBO VER Por este, conjugam-se os compostos: antever, entrever, prever, rever, mas não prover. Também não se conjuga pelo modelo de ver, o verbo precaver, que dele não é derivado. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 107 OS: 002/7/23-Gil VERBOS DERIVADOS DE VER ANTEVER • Indicativo Presente: antevejo, antevês, antevê, antevemos, antevedes, anteveem. • Pretérito Perfeito: antevi, anteviste, anteviu, antevimos, antevistes, anteviram. • Pretérito Imperfeito: antevia, antevias, antevia, antevíamos, antevíeis, anteviam. • Pretérito Mais-Que-Perfeito: antevira, anteviras, antevira, antevíramos, antevíreis, anteviram. • Futuro do Presente: anteverei, anteverás, anteverá, anteveremos, antevereis, anteverão. • Futuro do Pretérito:anteveria, anteverias, anteveria, anteveríamos, anteveríeis, anteveriam. • Subjuntivo Presente: anteveja, antevejas, anteveja, antevejamos, antevejais, antevejam. • Imperfeito do Subjuntivo: antevisse, antevisses, antevisse, antevíssemos, antevísseis, antevissem. • Futuro do Subjuntivo: antevir, antevires, antevir, antevirmos, antevirdes, antevirem. • Gerúndio: antevendo. • Particípio: antevisto. • Infinitivo Impessoal: antever. • Infinitivo Pessoal: antever, anteveres, antever, antevermos, anteverdes, anteverem. Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo e no particípio. O E da sílaba ver é sempre fechado. Por ele se conjuga desprover. Não confundir com provir. • Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem. • Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram. • Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam. • Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram. • Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão. • Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam. • Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam. • Subjuntivo Imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem. • subjuntivo Futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem. • Gerúndio: provendo. • Particípio: provido. • Infinitivo Impessoal: prover. • Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 108 OS: 002/7/23-Gil VERBO VIR CUIDADO! VERBOS TER E VIR Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus derivados (deter, conter, manter, reter, advir, convir, intervir). Veja: Ele tem Eles têm Ele retém Eles retêm Ela vem Elas vêm Ele intervém Eles intervêm VERBOS DERIVADOS DE VIR As pessoas menos cultas manifestam a tendência para dizer viemos em vez de vimos, na primeira pessoa do plural do indicativo presente. Observe-se que o gerúndio e o particípio são iguais (vindo). Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se. Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 109 OS: 002/7/23-Gil 2. VERBO HAVER OBS: Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v. Não há presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo. REAVER (Defectivo) • Indicativo Presente: (não possui todas as pessoas) reavemos, reaveis. • Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. • Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam. • Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram. • Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão. • Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam. • Presente do subjuntivo: (não há formais para esse tempo) • Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem. • Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem. • Gerúndio: reavendo. • Particípio: reavido. • Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem. • Infinitivo Impessoal: reaver. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 110 OS: 002/7/23-Gil 3. VERBO PODER Verbos dicendi – os verbos que antecedem uma declaração, uma pergunta, é um verbo declarativo, como: Aconselhar afirmar, Anuir bradar, Concordar contestar Declarar determinar, Dizer exclamar, indagar, interrogar gritar, mandar, negar, objetar, ordenar pedir perguntar, solicitar Verbo vicário é o que fica no lugar de outro, que substitui um verbo para ele não se repetir. Isto é possível porque, em determinado contexto, o verbo vicário é sinônimo daquele do qual faz as vezes. Os que mais se empregam com essa finalidade são fazer e ser: “Renato vinha muito aqui, mas há meses que não o faz” (o faz = vem aqui) “Ela não canta mais como fazia antigamente” (fazia = cantava) “O concerto realizou-se, mas não foi como se esperava” (foi = realizou-se) FLEXÕES VERBAIS 1. número – singular ou plural; 2. pessoa gramatical – 1ª, 2ª ou 3ª; 3. tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro); Atenção: o modo imperativo só tem um tempo, o presente. 4. voz – ativa, passiva e reflexiva; PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 111 OS: 002/7/23-Gil 5. modo: • indicativo (certeza de um fato ou estado), • subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado) • imperativo (expressa ordem, advertência, súplica ou pedido). Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa, impessoal. 1º) Infinitivo: plantaR, vendeR, feriR. 2º) Gerúndio: plantaNDO, vendeNDO, feriNDO. 3º) Particípio: plantaDO, vendiDO, feriDO. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 112 OS: 002/7/23-Gil Atenção: As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal. • Infinitivo tem valor e forma do substantivo: o andar. • o particípio tem valor e forma de adjetivo: tempo perdido • enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime: água fervendo TEMPOS VERBAIS Valor semântico dos tempos verbais: 1. presente do indicativo – indica um fato real situado no momento ou época em que se fala; 2. pretérito perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado; 3. pretérito imperfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era uma ação costumeira no passado; 4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada; 5. futuro do presente do indicativo – indica um fato real situado em momento ou época vindoura; 6. futuro do pretérito do indicativo – indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um momento passado; 7. presente do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala; 8. pretérito imperfeito do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não concluída no passado; 5. futuro do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura; PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85)3208. 2222 113 OS: 002/7/23-Gil CORRELAÇÃO VERBAL Ocorre pela articulação temporal entre duas formas verbais. Ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar estabelecem uma relação, uma correspondência, ajustando-se, convenientemente, um ao outro. Exemplo: • Se eu tivesse filhos, faria uma casa maior. - “Tivesse” indica hipótese. - “Faria” expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da realização ou não, do fato contido em tivesse. Se no lugar da forma verbal ― faria – empregássemos a forma ― fazia, teríamos uma correlação verbal inadequada. Veja exemplo de correlação inadequada: Se eu tivesse filhos, fazia uma casa maior. Tivesse: tempo que indica hipótese. “Fazia” passa uma ideia de processo não concluído. Indica o que no passado era frequente ou contínuo. Mais exemplos: • 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pres. subj. Peço-lhe que não me diga não. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 114 OS: 002/7/23-Gil • 1.ºverbo: pret. perf. ind. – 2.º verbo: pret. imperf. subj. Pedi-lhe que não me dissesse não. • 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pret. perf. comp. subj. Espero que você tenha feito um ótimo curso. • 1.º verbo: pret. imper. ind. – 2.º verbo: mais-que-perf. comp. subj. Queria que ele tivesse feito um ótimo curso. • 1.º verbo: fut. subj. – 2.º verbo: fut. pres. ind. Se você me trouxer o vinho, eu o degustarei. • 1.º verbo: pret. imperf. subj. – 2.º verbo: fut. pret. ind. Se você me trouxesse o vinho, eu o degustaria. • 1.º verbo: pret. mais-que-perf. comp. subj. 2.º verbo: futuro do pret. simp. ou comp. ind. Se o jogador tivesse se empenhado, teríamos, hoje, um outro campeão. • 1.º verbo: fut. Subj. - 2.º verbo: fut. pres. comp. ind. Quando chegarmos ao estádio, o jogador já terá saído. A CORRELAÇÃO VERBAL ESTABELECE O PARALELISMO SINTÁTICO E SEMÂNTICO Termos e orações com funções iguais ganham estruturas iguais: se o verbo pede dois objetos diretos, há dois caminhos, um deles é dar-lhes a forma de nome e o outro, de oração: Ele negou interesse na reeleição e que o governo esteja sem rumo. (ORAÇÃO) Ele negou interesse na reeleição e a falta de rumo do governo. (NOME) As estruturas anteriores apresentam erros que podem ser corrigidos assim: • Estrutura nominal: Ele negou interesse na reeleição e falta de rumo do governo. • Estrutura oracional: Ele negou que tivesse interesse na reeleição e que o governo estivesse sem rumo. Outros exemplos: • Está paralelo o período: Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e manter a garantia do emprego. Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e a manutenção da garantia do emprego. OBSERVAR: Atenção: Todos os verbos terminados em EAR são irregulares. Os verbos terminados em IAR são regulares, exceto: mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar e odiar. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 115 OS: 002/7/23-Gil VERBOS DO MARIO M – medIAR A – ansIAR R – remedIAR I – incendIAR, intermedIAR O – odIAR EAR: Verbo passear (presente do indicativo) Eu passeio Tu passeias Ele passeia Nós passeamos Vós passeais Eles passeiam Outros exemplos: VERBOS TERMINADOS EM –EAR Arrear, frear, pentear, grampear, passear, rodear, cear, nortear, folhear,... (arreio, freio, penteio, grampeio, passeio, rodear, ceio, norteio, folheio) Verbo intermediar (presente do indicativo) Eu intermedeio Tu intermedeias Ele intermedeia Nós intermediamos Vós intermediais Eles intermedeiam Verbo criar Eu crio Tu crias Ele cria Nós criamos Vós criais Eles criam Outros exemplos: VERBOS REGULARES EM –IAR Arriar, adiar, afiar, agenciar, criar, comerciar, desfiar, diligenciar, premiar, sentenciar,... (arrio, adio, afio, agencio, crio, comercio, desfio, diligencio, premio, sentencio) NOMEAR • Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam. • Pretérito Imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam. • Pretérito Perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam. • Subjuntivo Presente: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem. • Imperativo Afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem, etc. Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear, recrear, estrear, etc. COPIAR • Indicativo Presente: copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam. • Pretérito Perfeito: copiei, copiaste, copiou, etc. • Pretérito Mais-Que-Perfeito: copiara, copiaras, etc. • Subjuntivo Presente: copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem. • Imperativo Afirmativo: copia, copie, copiemos, copiai, copiem,. ODIAR • Indicativo Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam. • Pretérito Imperfeito: odiava, odiavas, odiava, etc. • Pretérito Perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc. • Pretérito Mais-Que-Perfeito: odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram. • Subjuntivo Presente: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem. • Imperativo Afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem. EMPREGO DO INFINITIVO Infinitivo pessoal ou impessoal? O emprego do infinitivo não obedece a regras bem definidas. 1. impessoal – sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa; 2. pessoal – refere-se às pessoas do discurso, dependendo do contexto. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 116 OS: 002/7/23-Gil Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e ênfase. Usa-se o INFINITIVO IMPESSOAL: a) sem referência a nenhum sujeito – É proibido fumar na sala; b) nas locuções verbais – Devemos avaliar a sua situação; c) quando o infinitivo exerce função de complemento de adjetivos – É um problema fácil de solucionar; d) quando o infinitivo possui valor de imperativo – Ele respondeu: ― Marchar! e) Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior; Por exemplo: Eles foram condenados a pagar pesadas multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por exemplo: Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol. Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas crianças. VERBOS CAUSATIVOS E SENSITIVOS - PRONOMES OBLÍQUOS FUNCIONAM COMO SUJEITO DO VERBO NO INFINITIVO Com os verbos causativos "deixar", "mandar“, "fazer" e com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue; deve- se deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: Deixei-os sair cedo hoje. Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à festa. CUIDADO! Deixei os meninos saírem cedo hoje. Deixei os meninos sair cedo hoje. Vi os meninos entrarem atrasados. Vi os meninos entrar atesados. Usa-se o INFINITIVO PESSOAL: a) quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal Por exemplo: O professordeu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova. Perdoo-te por me traíres. O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. O guarda fez sinal para os motoristas pararem. b) quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito – Foi um erro responderes dessa maneira; a) quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do plural) – Escutei baterem à porta. d) Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se. O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; Por exemplo: Se tu não perceberes isto... Convém vocês irem primeiro. O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós) CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS: ESTÃO SEMPRE NAS PROVAS (OS QUE DERRUBAM) CABER: caibo, cabes... (presente do indicativo) caiba ... (presente do subjuntivo) coube, coubeste, (pretérito perfeito) VALER: valho, vales, vale (presente do indicativo) vali, valeste, valeu (pretérito perfeito do indicativo) valha, valhas ... ( presente do subjuntivo) HAVER: hei, hás, há, havemos(hemos), ...(presente do indicativo) haja, hajas,... (presente do subjuntivo) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 117 OS: 002/7/23-Gil REAVER: -, -, -, reavemos, reaveis, -, (presente do indicativo) reouve, reouveste, ... (pretérito perfeito do indicativo) reouvera, reouveras,... (pretérito mais-que-perfeito) AGIR: ajo, ages, age, (presente do indicativo) aja, ajas,... (presente do subjuntivo) REQUERER: requeIro, requeres,... (presente do indicativo) requeIra, requeIras, ... (presente do subjuntivo) requereSSE... (imperfeito do subjuntivo) MOBILIAR: mobílio, mobílias, mobília,... (presente do indicativo) mobílie, ... (presente do subjuntivo) PROVER: provejo, provês,... (presente do indicativo) provi, proveste, proveu... (pretérito perfeito do indicativo) provesse... (imperfeito do subjuntivo) PARIR pairo, pares, pare,... (presente do indicativo) paira,... (presente do subjuntivo) PAIRAR pairo, pairas, paira, ... (presente do indicativo) paire, paires, paire,... (presente do subjuntivo) PRETERIR: pretiro, preteres, pretira... (presente do indicativo) Encontram-se listados aqui alguns verbos que podem apresentar problemas de conjugação. 1. ABOLIR (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, por isso não possui presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir); 2. ACUDIR (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e - pretérito perfeito do indicativo – com u(=bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir); 3. ADEQUAR (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no presente do indicativo; 4. ADERIR (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir); 5. AGIR (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir); 6. AGREDIR (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (=prevenir, progredir, regredir, transgredir); 7. AGUAR (regular) - presente do indicativo - águo, águas..., - pretérito perfeito do indicativo - aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar); 8. ARGUIR (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), arguis, argui, arguimos, arguis, arguem / pretérito perf - argui, arguiste...; 9. ATRAIR (irregular) - presente do indicativo - atraio, atrais... - pretérito perfeito – atraí, atraíste... (= abstrair, cair, distrair, sair, subtrair); 10. ATRIBUIR (irregular) - presente do indicativo – atribuo, atribu-is, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem - pretérito-perfeito – atribuí, atribuíste, atribuiu… (= afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, usufruir); 11. AVERIGUAR (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo – averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú) - pretérito perfeito – averiguei, averiguaste… PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 118 OS: 002/7/23-Gil - presente do subjuntivo – averigue, averigues, averigue… (= apaziguar); 12. CEAR (irregular) - presente do indicativo – ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito perfeito indicativo – ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em - ear: falsear, passear… – alguns apresentam pronúncia aberta: estreio, estreia…); 13. COAR (irregular) - presente do indicativo – coo, coas, coa, coamos, coais, coam - pretérito perfeito – coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar); 14. COMERCIAR (regular) - presente do indicativo - comercio, comercias... - pretérito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar, odiar); 15. COMPELIR (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo – compilo, compeles… - pretérito perfeito indicativo – compeli, compeliste… 16. COMPILAR (regular) - presente do indicativo – compilo, compilas, compila… - pretérito perfeito indicativo – compilei, compilaste… 17. CONSTRUIR (irregular e abundante) - presente do indicativo – construo, constróis (ou construis), constrói (ou construi), construímos, construís, constroem (ou construem) - pretérito perfeito indicativo – construí, construíste… 18. CRER (irregular) - presente do indicativo – creio, crês, crê, cremos, credes, creem - pretérito perfeito indicativo – cri, creste, creu, cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo – cria, crias, cria, críamos, críeis, criam; 19. FALIR (defectivo) - presente do indicativo – falimos, falis - pretérito perfeito indicativo – fali, faliste… (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir); 20. FRIGIR (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i) - presente do indicativo – frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito indicativo – frigi, frigiste… 21. IR (irregular) - presente do indicativo – vou, vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito perfeito indicativo – fui, foste… / pres. subj. – vá, vás, vá, vamos, vades, vão; 22. JAZER (irregular) - presente do indicativo – jazo, jazes… - pretérito perfeito indicativo – jazi, jazeste, jazeu… 23. MOBILIAR (irregular) - presente do indicativo – mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam - pretérito perfeito indicativo – mobiliei, mobiliaste… 24. OBSTAR (regular) - presente do indicativo – obsto, obstas… - pretérito perfeito indicativo – obstei, obstaste… 25. PEDIR (irregular) - presente do indicativo – peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - pretérito perfeito indicativo – pedi, pediste… (= despedir, expedir, medir); 26. POLIR (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo – pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretérito perfeito indicativo – poli, poliste … 27. PRECAVER-SE (defectivo e pronominal) - presente do indicativo – precavemo-nos, precaveis- vos - pretérito perfeito indicativo – precavi-me, precaveste-te… PORTUGUÊS PARACONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 119 OS: 002/7/23-Gil 28. PROVER (irregular) - presente do indicativo – provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem - pretérito-perfeito indicativo – provi, proveste, proveu… 29. REAVER (defectivo) - presente do indicativo – reavemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo – reouve, reouveste, reouve… (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v); 30. REMIR (defectivo) - presente do indicativo – remimos, remis - pretérito perfeito indicativo – remi, remiste… 31. REQUERER (irregular) - presente do indicativo – requeiro, requeres… - pretérito perfeito indicativo – requeri, requereste, requereu… (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo regular); 32. RIR (irregular) - presente do indicativo – rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito indicativo – ri, riste… (= sorrir); 33. SAUDAR (alternância vocálica) - presente do indicativo – saúdo, saúdas… - pretérito perfeito indicativo – saudei, saudaste… 34. SUAR (regular) - presente do indicativo – suo, suas, sua… - pretérito perfeito indicativo – suei, suaste, sou… (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar); 35. VALER (irregular) - presente do indicativo – valho, vales, vale… - pretérito perfeito indicativo – vali, valeste, valeu… 12 – CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes principais desse processo são representados pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado. Dessa forma, temos que a concordância verbal se caracteriza pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: Veja: Os procedimentos e as instruções retratam a forma como são desenvolvidos os produtos e a atividade da empresa. Observe que os verbos retratar e ser estão no plural; concordando com os sujeitos. Temos que o verbo se apresenta na terceira pessoa do plural, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso (Os procedimentos e instruções) bem como a forma verbal são desenvolvidos concorda com os produtos e a atividade da empresa. Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. Dessa forma, vejamos: CASOS REFERENTES A SUJEITO SIMPLES 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. Quando a frase está na ORDEM INDIRETA, é comum cometer-se o erro de não concordar o sujeito com o verbo. Isso ocorre porque, em tal circunstância, o sujeito é confundido com o complemento verbal. Veja: ERRADO: Chegou os documentos que esperávamos. (verbo CHEGAR) CORRETO: Chegaram os documentos que esperávamos. Com alguns verbos, como Existir Ocorrer, Faltar, Restar, Surgir, Acontecer, Bastar, Chegar, Sobrar, PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 120 OS: 002/7/23-Gil Havia produtos que estavam fora das especificações. (HAVER) PORÉM: Existiam produtos que estavam fora das especificações. (EXISTIR) Verbo HAVER (IMPESSOAL) sinônimo de EXISTIR. Com o VERBO HAVER SUJEITO INEXISTENTE JÁ, o verbo EXISTIR concorda com o termo SUJEITO, normalmente após verbo EXISTIR. São verbos impessoais: HAVER Sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do singular, quando significa: • Existir: Sofria sem que houvesse motivos. Há plantas carnívoras. Havia rosas em todo o canto. • Acontecer, Suceder: Houve casos difíceis. Não haja desavenças entre vós. • Decorrer, Fazer: Há meses que não o vejo. Haverá nove dias que ele nos visitou. Havia já duas semanas que não trabalhava. • Realizar-se: Houve festas e jogos. Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular: Vai haver eleições e não “Vão haver” Locução verbal Deve haver homens na sala e não “Devem haver...”. OBS.: Não se pode, no entanto, dizer que o verbo “haver” nunca vai para o plural, pois isso não é verdade. Ele pode, por exemplo, ser um verbo auxiliar (sinônimo de “ter” nos tempos compostos), situação em que pode ir para o plural. Assim: Eles haviam chegado cedo. Eles tinham chegado cedo OBS.: Atenção: Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível colocá-los no plural. Por Exemplo: Faz muitos anos que nos conhecemos. Deve fazer dias quentes na Bahia. VERBO FAZER Conjugação do verbo FAZER (indicando tempo): IMPESSOAL: sempre na 3ª pessoa do singular (A leitura com as duas frases serve para todas as formas) Faz Fazia Fez + um ano de sua partida Fizera Fará Faria PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 121 OS: 002/7/23-Gil Espero que faça + dois anos de sua partida Se fizesse Quando fizer Deve fazer, Vai fazer, Pode fazer, Acabou de fazer O verbo FAZER indicando tempo decorrido fica sempre no singular, portanto impessoal. Faz ( Faz – Fazem) muito tempo que trabalho naquela empresa. Fez ( Faz – Fazem) quatro anos que ele foi admitido. Vai fazer ( Vai fazer – Vão fazer) quatro anos que ele foi admitido. NÃO ESQUECER MESMO AS LOCUÇÕES VERBAIS com os verbos haver (sentido de existir, fazer) e fazer (indicando tempo decorrido) são impessoais, mantêm-se no singular. VERBO IMPESSOAL: formas sempre na 3ª pessoa do singular (A leitura com as duas frases serve para todas as formas) Faz Fazia Fez + um ano de sua partida Fizera Fará Faria Espero que faça + dois anos de sua partida Se fizesse Quando fizer Deve fazer Vai fazer Pode fazer Acabou de fazer O VERBO E A PALAVRA "SE" Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal: a) quando é partícula apassivadora b) quando é partícula de indeterminação do sujeito Entendendo a Partícula Se As construções em que ocorre a partícula SE podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito Veja: Exemplos: Em certas cidades, ainda vendem terrenos baratinhos. VOZ ATIVA Em certas cidades, ainda se vendem terrenos baratinhos. Se: partícula apassivadora/ terrenos baratinhos = sujeito A cada ano, renovam os ideais de vida. VOZ ATIVA PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 122 OS: 002/7/23-Gil A cada ano, renovam-se os ideais de vida. Se: partícula apassivadora/ os ideais de vida = sujeito Naquela lojinha, plastificam documentos. VOZ ATIVA Naquela lojinha, plastificam-se documentos. Se: partícula apassivadora/ documentos = sujeito Durante a aula, fazem-se muitas perguntas. Se: partícula apassivadora/ muitas perguntas = sujeito a) Aprovou-se o novo candidato. Sujeito Aprovaram-se os novos candidatos. Sujeito No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e overbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica: O novo candidato foi aprovado. Sujeito Os novos candidatos foram aprovados. Sujeito b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome SE: O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) O verbo fica no singular se o sujeito for coletivo não especificado. A multidão DEFENDE (defende, defendem) seus direitos. A multidão de alunos defende / defendem seus direitos. No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo, via de regra, permanecerá na terceira pessoa do singular ou, segundo alguns gramáticos, poderá concordar com o antecedente desse pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 123 OS: 002/7/23-Gil Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. Em casa sou eu que decido tudo. CONCORDÂNCIA VERBAL – CASOS ESPECIAIS Expressões partitivas – A formação se dá pelo sujeito constituído por uma expressão que denota “parte de algo” (a metade de, a maior parte de, grande parte de, a maioria de), seguida de um substantivo ou pronome no plural: O verbo poderá ser grafado tanto no singular quanto no plural. Ex: A maior parte dos funcionários aprovou/aprovaram a decisão. A expressão mais de um – quando esta vier REPETIDA: O verbo necessariamente permanecerá no plural. Ex: Mais de um professor, mais de um aluno se abraçaram durante a comemoração pela vitória. A expressão mais de + número – impõe que o verbo concorde com o número: O verbo permanecerá, portanto, no singular ou no plural. Ex: Mais de um aluno passará no concurso. Mais de dois alunos viajarão para Massapê, terra de homem sério e endinheirado. Quantidade aproximada – É o caso em que o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, menos de, perto de) seguidas de numeral e substantivo: O verbo concordará com o substantivo. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 124 OS: 002/7/23-Gil Ex: Perto de um aluno compareceu à entrega dos resultados. Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. Sujeito formado de número percentual ou fracionário. O verbo concorda com o numerador (o número antes da barra da fração) ou com o número inteiro (o número antes da vírgula na porcentagem), mas pode concordar com o especificador dele. Se o numeral vier precedido de determinante, o verbo concordará apenas com o numeral. – Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe o que é viver bem. – Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é viver bem. – Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem. – Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem. – Os 30% da população não sabem o que é viver mal. Obs.: Note que, no primeiro exemplo, o verbo concordou com o 1 de 1/3, o mesmo ocorre com 0 em “Só 0,9% das pessoas sabe o que significa ‘lóxia’.”. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 125 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 126 OS: 002/7/23-Gil CONCORDÂNCIA NOMINAL A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes. Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais: 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo. Por Exemplo: As mãos trêmulas denunciavam o que sentia. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 127 OS: 002/7/23-Gil SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL: cãs (cabelos brancos), arredores condolências, damas (jogo), exéquias(cerimônias fúnebres), férias, fezes, núpcias, óculos, olheiras, primícias pêsames, vísceras, nomes de naipes MESMO, BASTANTE Como advérbios: invariáveis PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 128 OS: 002/7/23-Gil Exemplos: Preciso mesmo da sua ajuda. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. Como pronomes ou adjetivos: seguem a regra geral. Exemplos: Os rapazes mesmos fizemos isso. Seus argumentos foram bastantes para me convencer. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. MEIO Como advérbio: invariável. Exemplo: Estou meio insegura. Como numeral: segue a regra geral. Comi meia laranja pela manhã. Tomei meias jarras de suco de laranja. MENOS, ALERTA Em todas as ocasiões são invariáveis. Exemplos: Preciso de menos comida para perder peso. Estamos alerta para com suas chamadas. ANEXO, INCLUSO, PRÓPRIO, OBRIGADO Concordam com o substantivo a que se referem. As cartas estão anexAS. A refeição está inclusA. Precisamos de nomes própriOS. ObrigadO, disse o rapaz. ObrigadAS, disseram as moças. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 129 OS: 002/7/23-Gil Nomes próprios – a concordância neste caso deverá ser feita levando em consideração a presença ou ausência do artigo. Com o artigo, o verbo é grafado no plural ou no singular Sem o artigo, o verbo é grafado no singular. Ex: Os Estados Unidos formam a grande potência mundial. O Amazonas é um rio muito caudaloso. Goiás é um estado bastante acolhedor. Dentre os casos particulares do gênero dos substantivos, destaca-se aquele em que o gênero do substantivo varia segundo sua significação. A palavra grama é um substantivo que se encaixa nesse caso. Quando grama tiver sentido de planta cultivada em áreas como jardim, tratar-se-á de um substantivo feminino. Quando grama tiver sentido de unidade de medida de peso, tratar-se-á de um substantivo masculino. Exemplos: Admirávamos o grama que implantaram naquele jardim.[Inadequado] Admirávamos a grama que implantaram naquele jardim. [Adequado] Por favor, dê-me trezentas gramas de azeitona! [Inadequado] Por favor, dê-me trezentos gramas de azeitona! [Adequado] Como o substantivo grama com sentido de medida de peso é masculino, todos os substantivos compostos que também expressem medida formados a partir dele também serão masculinos: miligrama, quilograma.Exemplo: Quantas miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Inadequado] Quantos miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Adequado] PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 130 OS: 002/7/23-Gil 13 – PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E DE SUBORDINAÇÃO CONJUNÇÕES E CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS ADVERBIAIS ❑ CONJUNÇÃO Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Por exemplo: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. Deste exemplo podem ser retiradas três informações: segurou a boneca a menina mostrou viu as amiguinhas PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 131 OS: 002/7/23-Gil Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações. Observe: Gosto de natação e de futebol. Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está ligando termos de uma mesma oração. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Morfossintaxe da Conjunção As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos. Classificação da Conjunção De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo, soma, sequência ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só...mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. Por exemplo: A sua pesquisa é clara e objetiva. Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 132 OS: 002/7/23-Gil 1. COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS – Quando apresentam ideia de soma, acréscimo, adição, sequência de pensamentos. Trabalho e estudo. Trabalho mas também estudo. Nem trabalho, nem estudo. Observem os Pares Correlatos: NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ ... COMO TAMBÉM, NÃO SOMENTE...MAS AINDA, NÃO SOMENTE...MAS TAMBÉM: quando aparecem, dizemos que as orações são Coordenativas Aditivas e que são Correlacionadas: Não só trabalho, mas também estudo. CUIDADO! Exs: Estude com regularidade, e será recompensado. (= logo, por isso – conclusão /consequência) Não tendo ficado satisfeito com a brincadeira, vou chamar-lhe e dar-lhe uma bronca. (= para – finalidade) 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, senão, antes (= pelo contrário) Por exemplo: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 2. COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS – Quando expressam contraste, oposição, ressalva, compensação: Trabalho, mas estudo. Trabalho, porém estudo. Trabalho, entretanto estudo. Cuidado!!! 1) O mas pode apresentar matizes de sentido: – Os fariseus oprimiam o povo, mas Jesus exercia seu amor a eles. (contraste/contraposição) – Amor, eu sei que eu te traí, mas saiba que eu te amo. (compensação) – Casou-se, mas não com a primeira namorada. (restrição) – Foi em direção ao beijo, mas desistiu por timidez. (quebra de expectativa) – Outra pessoa, mas não eu, deverá cobrir a reportagem. (ressalva) – Entre, mas sem fazer barulho. (realce/ressalva) – Era bela, mas principalmente rara. (adição, segundo Celso Cunha) 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja. Por exemplo: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 3. COORDENADAS SINDÁTICAS ALTERNATIVAS – Quando expressam alternância, exclusão e são introduzidas por Conjunções Alternativas: OU, OU...OU, ORA...ORA, JÁ...JÁ, QUER...QUER, SEJA...SEJA: Trabalha ou estuda. Ou trabalha ou estuda. Ora trabalha ora estuda. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 133 OS: 002/7/23-Gil OU TRABALHA OU ESTUDA – Em frases assim, as duas orações devem ser consideradas COORDENADAS ALTERNATIVAS. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Por exemplo: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 4. COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS – Quando expressam conclusão, dedução, consequência e são introduzidas por Conjunções Conclusivas: LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POIS (posposto ao verbo), POR ISSO: Trabalho, logo ganho dinheiro. Trabalho, portanto ganho dinheiro. Trabalho, ganho dinheiro, pois. 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo). Por exemplo: Não demore, que o filme já vai começar. 5. COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS – Quando expressam uma explicação, motivo, razão e são introduzidas por Conjunções Explicativas: QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo): Não passaste de ano, que não estudaste. Não passaste de ano porque não estudaste. Não passaste de ano, pois não estudaste. NOTA: É possível haver confusão entre Orações Coordenadas Explicativas e Orações Subordinadas Adverbiais Causais. Oração Coordenada Explicativa – Explica o motivo da declaração anterior: O menino deveria estar doente, porque chorava muito. Oração Subordinada Adverbial Causal – Exprime a causa de um fato: O menino chorava muito porque estava doente. Saiba que: a) Os conectores "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas". Por exemplo: Carlos fala, e não faz. O bom educador não proíbe, antes orienta. Sou muito bom; agora, bobo não sou. Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. b) "Senão" funciona como conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". Por exemplo: Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. Por exemplo: Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta. d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. Por exemplo: Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. Quando é conjunção explicativa," pois"vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 134 OS: 002/7/23-Gil Por exemplo: Não tenha receio, pois eu a protegerei. NOTA: As Orações Coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, porém são inter-relacionadas, interdependentes, quanto ao sentido. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa ela chegou: oração subordinada As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 1. Integrantes Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos (orações subordinadas substantivas). São elas: que, se. Por exemplo: Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 2. Adverbiais PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 135 OS: 002/7/23-Gil Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, (pelo fato de, por) + verbo no infinitivo 1. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL Quando exprime causa, motivo, razão: O homem trabalha porque precisa. É introduzida por Conjunção Causal - QUE, PORQUE, COMO, PORQUANTO, VISTO QUE, JÁ QUE, UMA VEZ QUE, PELO FATO DE: Como não me ouviam, gritei (= gritei pela causa de não me ouvirem). Para vocês saberem se uma oração é Subordinada Adverbial Causal, usem este artifício: Isto acontece pela seguinte causa, sendo a referida causa a Subordinada Adverbial Causal: Não tens encontrado a felicidade porque não a tens em ti. RELEITURA: Não tens encontrada a felicidade pela seguinte causa: não a tens em ti. Por exemplo: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. b) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é preguiçoso tal como o irmão. 2. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA – Quando representa o segundo termo de uma comparação. É introduzida por uma Conjunção Comparativa: COMO, TAL...QUAL, TAL E QUAL, ASSIM COMO, TAL...COMO, TANTO...COMO, MAIS...QUE, MENOS...QUE, QUE NEM, FEITO (=COMO), O MESMO QUE (=COMO). As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo expresso: O operário trabalha como o palhaço diverte. O menino gosta de sorvete tal qual o macaco gosta de banana. As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo subentendido: A luz é necessária quanto o oxigênio. Nada é pior que a mentira. Em frases como estas acima, como o verbo é subentendido, vocês têm duas opções de análise, ambas corretas: PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 136 OS: 002/7/23-Gil - Analisam – quanto o oxigênio e que a mentira como Oração Subordinada Adverbial Comparativa ou analisam simplesmente como Adjunto Adverbial de Comparação. Das duas maneiras, vocês terão acertado a análise. As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem ser hipotéticas: O menino estudou como se quisesse tirar o primeiro lugar. c) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto. Por exemplo: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. 3. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA – Quando exprime um fato que se concede, que se admite, em oposição à Oração Principal. É introduzida por Conjunção Concessiva – EMBORA, POR MUITO QUE, CONQUANTO, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS QUE, AINDA QUANDO, POSTO QUE, POR MENOS QUE, SE BEM QUE, EM QUE PESE: Admiro esse senhor, embora não o conheça de perto. Vejam vocês que é de se esperar admiração por um senhor que se conheça de perto, mas no caso, Admiro esse senhor, embora não o conheça de perto, a minha afirmação contraria a expectativa imposta pela Oração Principal – admiro – sendo, portanto, embora não o conheça de perto uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva, ou seja, “fato subordinado e contrário ao da ação principal de uma oração, mas incapaz de impedir que tal ação venha a ocorrer” Como fazer fácil a identificação de uma Adverbial Concessiva? Basta substituir a Conjunção por APESAR DE. Se der certo, então tratar-se-á de Adverbial Concessiva: Por mais que eu pedisse, ela foi embora = Apesar de eu pedir muito, ela foi embora. d) Condicionais: introduzem uma oração que expressa uma ideia de hipótese, de incerteza, em relação à oração principal São elas: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE. Por exemplo: Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão. Caso você se case, convide-me para a festa. 4. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL: Quando exprime a condição que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. É introduzida por uma conjunção subordinativa condicional: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE Exemplos: Não saia sem que eu permita. Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio) Uma Oração Condicional pode aparecer justaposta, sem conectivo: Tivesse eu comprado aquele carro, já estaria arrependido. Seria um menino muito interessante, não fosse a sua má educação. NOTA: Há casos em que a conjunção SE perde o seu caráter de Condicional para dar uma ideia de Causa, significando Visto que. Este fenômeno ocorre em orações que funcionam como ponto de partida de um raciocínio: Se o homem é um animal sociável, não pode viver em isolamento (= Pelo fato de ser...). e)Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 137 OS: 002/7/23-Gil Por exemplo: O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo o professor ordenou. 5. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA – Quando exprime uma Conformidade, um acordo de um fato com outro. É introduzida por uma Conjunção Conformativa – COMO, CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE: Como vocês sabem, sou médico. Segundo me disseram, era um louco. Basta substituir a Conjunção por CONFORME. Dando certo,então se trata de Oração Subordinada Adverbial Conformativa. f) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, tal... que, tão... que, tanto... que, tamanho... que). Por exemplo: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. A dor era tanta que a moça desmaiou. 6. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA – Quando exprime uma consequência, um efeito, um resultado e é introduzida por Conjunção Consecutiva – TAL...QUE, TANTO...QUE, TAMANHO...QUE, TÃO...QUE, DE SORTE QUE, DE MODO QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE: Fazia tanto frio que gelávamos. Não fazia nada sem que se acidentasse. Substituindo a Conjunção pela palavra CONSEQUEN-TEMENTE, se der certo, teremos a Oração Subordinada Adverbial Consecutiva. Se temos uma Oração Subordinada expressando uma Consequência, impossível de ser realizada, usamos: MUITO (= DEMAIS) + ADJETIVO + PARA QUE + A AÇÃO VERBAL: Esta cruz é muito pesada para que eu a carregue. Era um convite demais tentador para que o recusasse. g) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, porque (= para que). Por exemplo: Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 7. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL Quando exprime finalidade, objetivo e é introduzida por Conjunção Final – PARA QUE, A FIM DE (QUE), QUE (= PARA QUE): Trabalho muito para que um dia possa ter uma economia. Substituir a Conjunção por COM A FINALIDADE DE, para identificar a Oração Subordinada Adverbial Final. Pode ocorrer elipse da Conjunção Final: Colocou a mão na boca, não fosse dizer besteiras (= ... com a finalidade de não dizer besteiras). h) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos). PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 138 OS: 002/7/23-Gil Por exemplo: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Quanto mais reclamava menos atenção recebia. Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que 8. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL Quando denota proporcionalidade e é introduzida por Conjunção Proporcional: À PROPORÇÃO QUE, À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE, QUANTO MAIS ...TANTO MAIS, QUANTO MAIS ...TANTO MENOS, QUANTO MENOS ...TANTO MAIS, QUANTO MENOS ...TANTO MENOS: Quanto mais tem, tanto mais quer. À proporção que tem, mais quer. i) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que). Por exemplo: A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 9. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL – Quando indica o tempo em que o fato expresso pela Oração Principal acontece e é introduzida por Conjunção temporal – QUANDO, ENQUANTO, LOGO QUE, MAL (= LOGO QUE), SEMPRE QUE, ASSIM QUE, DESDE QUE, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, AGORA QUE: Quando chove, o sertão vira fartura. Logo que saíste, eles chegaram. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 139 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 140 OS: 002/7/23-Gil 14 – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL / CRASE Aspiramos o perfume daquelas flores silvestres. Aspiramos a uma boa classificação no concurso. Muitos candidatos demonstram forte aspiração ao cargo ofertado. Em duas orações temos o verbo (aspirar), mas esse verbo por si só não possui sentido completo, necessitando, portanto, de um termo que o complemente. Nesse caso, temos o termo regente – demarcado pelo próprio verbo; e o termo regido – representado pelo complemento. No terceiro exemplo, temos o substantivo aspiração que admite complemento regido pela preposição a. Dessa forma, estamos fazendo referência à transitividade, ou seja, em alguns casos o verbo pode ser transitivo direto, em outras ele pode ser transitivo indireto ou pode ocupar as duas funções ao mesmo tempo, dependendo do contexto. Esse contexto se traduz pelo significado que ele apresenta, assim como podemos verificar por meio dos exemplos anteriores: No primeiro exemplo, em que o verbo exige uma preposição, o sentido do verbo em questão faz referência ao ato de “almejar, desejar”. Assim sendo, ele ocupa a posição de transitivo indireto. Já no segundo, o sentido diz respeito ao ato de “inalar, sorver” – razão pela qual ele se classifica como transitivo direto. A regência verbal é a relação existente entre os verbos e os termos que o completam (objetos e adjuntos). Quanto ao complemento, os verbos podem ser transitivos ou intransitivos. Se a ação passa ou transita do sujeito a um objeto, dizemos que o verbo é transitivo, podendo ser direto (sem uso de preposição) ou indireto (com preposição). Se a ação ou estado não transita do sujeito a nenhum objeto, tendo sentido completo, o verbo é intransitivo. Não devem ser esquecidas as situações em que aparecem verbos de ligação, que exigem como complemento um predicativo do sujeito. Na terceira situação, tem-se exemplo de regência nominal, marcada pela existência do substantivo aspiração. Verbos que alteram o significado de acordo com a regência. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 141 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 142 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 143 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 144 OS: 002/7/23-Gil FORMAÇÃO DO PERÍODO COMPOSTO REGÊNCIA COM PRONOME RELATIVO Os trabalhos _________ normalmente cumpro são intensos Os trabalhos __________ me submeto são muito intensos Os trabalhos ___________ normalmente falo são desafiadores Os projetos ___________ normalmente penso são motivadores Os projetos ___________ normalmente me preparo são inovadores As pessoas ____________ normalmente convivo são simpáticas Os ideias ______________ normalmente luto são interessantes PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 145 OS: 002/7/23-Gil Observação: Se for expresso por pronome de 3ª pessoa, exigirá a forma a ele(s) ou a ela(s), e não lhe(s). 3. Intransitivo (morar, ser da responsabilidade), rege a preposição em. Exemplo: Assistimos em Salvador. Não assiste a ele cuidar de todos estes casos. USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COMO OBJETOS DIRETOS Usam-se os pronomeso, os, a, as depois de terminações verbais em vogais Comprei o carro= Comprei-o Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a Cante os hinos= Cante-os Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou - z, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo: dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: viram + o menino = viram + o = viram-no repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos retém + a substância = retém + a = retém-na tem + as respostas = tem + as = tem-nas Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos: abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar; acompanhar; acusar; admirar; adorar; alegrar; ameaçar; amolar; amparar; auxiliar; castigar; condenar; conhecer; conservar; convidar; defender; eleger; estudar; estimar; humilhar; namorar; ouvir; praticar; prejudicar; proteger; respeitar; socorrer; suportar; ver; visitar; Os verbos TRANSITIVOS INDIRETOS são complementados por objetos indiretos, ou seja, exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Eles admitem como objeto indireto os pronomes LHE, LHES para substituir pessoas ou coisas, principalmente com os verbos que exigem a preposição A, PARA, EM. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 146 OS: 002/7/23-Gil Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns: aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a); impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a); relacionar-se(a) aludir(a) obedecer(a) dedicar(a) responder(a) querer(a); destinar-se(a); visar(a) somar-se(a); oferecer(a); passar(a deparar (com); desdenhar (de); acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); desfrutar(de) gozar (de); necessitar (de); contribuir(para) Observação: Verbo pronominal – Vem acompanhado de um pronome oblíquo da mesma pessoa que o sujeito; sem função de objeto. Observação: Admite voz passiva. Exemplo: Dava ordens ciente de ser obedecido. Obs.: É importante notar que, com esses verbos (agradecer, perdoar e pagar), a pessoa costuma aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. O escritório não paga aos funcionários desde abril. Já perdoei aos que me difamaram. Agradeço aos alunos que acreditaram em mim. Os verbos transitivos diretos e indiretos exigem dois complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Veja alguns exemplos: AGRADECER, PERDOAR e PAGAR, que possuem objeto direto (coisa) e indireto (pessoa): Agradeço aos fiéis a paciência. Deus ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. Paguei o dinheiro ao cobrador. O USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS EXIGE ALGUNS CUIDADOS: Agradeci o presente / Agradeci-o Agradeço a você / Agradeço-lhe Perdoe a ofensa / Perdoei-a Perdoei ao agressor / Perdoei-lhe Paguei minhas contas / Paguei-as Paguei aos meus credores / Paguei-lhes Existem outros verbos que possuem seu sentido definido de acordo com a regência, como ASPIRAR, ASSISTIR, OLHAR e PRECISAR, e vários outros. Veja alguns exemplos: Aspirar o ar de montanha. (= sorver, respirar) Aspirar a um alto cargo. (= desejar, pretender) Pedro assistiu ao jogo. (= presenciar, ver) O médico assistiu o (ao) doente. (= prestar assistência) Olhe para ele. (= fixar o olhar) Olhe por ele. (= cuidar, interessar-se) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 147 OS: 002/7/23-Gil Ela não precisou a quantia. (= informar com exatidão) Ela não precisou da quantia. (= necessitar) Observação: A preposição em indica o lugar dentro do qual ocorre a ação. Exemplos: Chegou no voo das 14h. Irei em teu carro? Voltou em uma carroça. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 148 OS: 002/7/23-Gil RESPONDER Transitivo Indireto, mesmo quando o complemento dele não se referir à pessoa. Pode ele aparecer sem o artigo, como pode também aparecer com a presença dele. Ex: Responda à mãe com simpatia. Responder às questões. Responder a questões. (lembrar que esse A é preposição) VISAR CONSISTIR, que tem complemento introduzido pela preposição EM: A felicidade consiste em preparar o futuro pensando no presente. DIGNAR-SE, pronominal, que no padrão culto rege a preposição DE: Maria não se dignou de olhar-me nos olhos. Ela ao menos se dignou de responder-me. ANSIAR 1. Transitivo direto (angustiar, causar mal-estar). Exemplo: Aquele momento ansiava-o. 2. Transitivo indireto (desejar ardentemente), rege a preposição por. Exemplo: “Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo” (F. Sabino) ATENDER No sentido de dar atenção ou levar em consideração o que alguém nos diz, considerar, é transitivo indireto . Use-o com a preposição [a]: • Eles atenderam aos nossos conselhos. • O diretor não atendeu aos pedidos dos pais. • Não atendera aos amigos. • Atenda bem ao que lhe digo. • Vou atender ao que me pede. No sentido de acolher, receber, recepcionar é transitivo direto. Use-o sem preposição: • A professora atendeu os alunos. • Ela sempre os atende. • As meninas estão atendendo os visitantes. • O político não atendeu o repórter. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 149 OS: 002/7/23-Gil FALAR 1. Intransitivo (expressar-se). Exemplo: Aquele senhor fala muito bem. 2. Transitivo direto (declarar, explicar, exprimir-se algum idioma) Exemplos: Falou tudo o que queria. Falava francês desde criança. 3. Intransitivo (discursar, discorrer), acompanhado de adjunto adverbial de assunto (DE ______ , SOBRE___) Exemplo: Falou sobre vários assuntos. NAMORAR Transitivo direto, portanto não admite preposição. Ex: A menina namora aquele simpático rapaz. Errado: A menina namora COM aquele simpático rapaz. NECESSITAR 1. Transitivo indireto Exemplo: Necessita de alguns remédios. Exemplo: Necessita de alguns remédios. PRECISAR 1. Transitivo indireto (ter necessidade) Exemplo: Precisávamos de mais tempo. 2. Transitivo direto (marcar com precisão) Exemplo: A polícia não precisou o local do assalto. PROCEDER No sentido de TER FUNDAMENTO, o verbo proceder é INTRANSITIVO: O depoimento da testemunha procedia. Nos sentidos de COMPORTAR-SE, AGIR, proceder é também INTRANSITIVO. O senhor procedeu bem agindo de acordo com a legislação. No sentido de ORIGINAR-SE, PROVIR, DERIVAR, o verbo proceder constrói-se com a preposição DE: A língua portuguesa procede do latim. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA –Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 150 OS: 002/7/23-Gil Saiba também que o LHE não serve de complemento para alguns verbos, como: aludir, aspirar(= almejar), assistir (= ver), proceder, presidir, recorrer, referir-se (= aludir), visar (= almejar) Voz verbal e regência Há verbos transitivos indiretos, como assistir (= ver), pagar/perdoar (com complemento de pessoa), responder em que há “concessões” para o uso da forma passiva, como diz Bechara. Napoleão Mendes de Almeida vai além, defendendo o uso de assistir (= ver) na voz passiva. Veja: – Muitas pessoas assistiram à missa. / A missa foi assistida por muitas pessoas. – Pagamos às empregadas. / As empregadas foram pagas por nós. – Todos lhe perdoaram. / Ele foi perdoado por todos. – Reponder-se-ão às dúvidas. / As dúvidas serão respondidas. Obs: Os verbos acreditar, crer, pensar e sinônimos (ao expressar uma opinião, um julgamento) são VTDs quando seu complemento é uma oração subordinada substantiva objetiva direta: Penso (VTD) que devo estudar mais (OD). REGÊNCIA NOMINAL • Lista de substantivos e adjetivos acompanhados das respectivas preposições: A/B SUBSTANTIVOS agrado[a] alusão [a] ameaça[a] atenção [a] amor [a, de, por] apoio [a, de] apologia [a, de] antipatia [a, contra, por] aversão [a, para, por] acesso [a, para] admiração [a, por] afeição [a, por] amigo [de] associação [de, com] benefício [a] ADJETIVOS acessível [a, para] acostumado [a, com] adequado [a] alheio [a, de] aliado [a, com] análogo [a] apto [a, para] assíduo [a, em] atento [a, em] avesso [a] aflito [com, por] amante [de] afável [com] amoroso [com] ansioso[de, para, por] aparentado[com] atencioso [com] ávido [de, por] benéfico [a] bom [para]. C/D SUBSTANTIVOS capacidade [de, para] causa[para] certeza [de] compaixão [de, por] compreensão[de] concordância [a, com, de, entre] consulta [a] conversão[em] crédito[a] direito [a, de] dúvida [acerca de, em, sobre] desrespeito [a] desprezo [a, de, por] devoção [a, para, com, por] dificuldade [com, de, em, para] discordância [com, de, sobre] disposição [para] ADJETIVOS cobiçoso [de] capaz [de, para] cego [a, de] ciente [de] coerente [com] comum [de] compatível[com] concedido [a] conforme [a, com] contemporâneo [de] constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por] contíguo [a] constante [em] constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por] contrário[a] curioso [de, por, para] dedicado[a] desacostumado [a, com] desatento [a] descontente [com] desejoso [de] desfavorável[a] desleal [a] desgostoso [com, de] devoto [a, de] diferente [de] digno [de] disposto[a] dotado [de] E/F/G/H/I/L SUBSTANTIVOS empenho [de, em, por] entusiasmo[por, com] exemplo[de] facilidade [de, em, para] falta [a, de] guerra [a] graças(a) homenagem [a] horror [a, de, por] ida [a] PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 151 OS: 002/7/23-Gil impaciência[com] impossibilidade [de, em] impressão[de] inclinação[por] influência [sobre] interesse[por] invasão [de] lembrança[de] lugar[a] ADJETIVOS equivalente [a] entendido [em] erudito [em] escasso [de] essencial [para] estreito [de] exato [em] fácil [a, de, para] falho [de, em] fanático [por] favorável [a] fiel [a] feliz [de, com, em, por] fértil [de, em] forte [em] fraco [em, de] furioso [com] grato [a] graduado [a] hábil [em] habituado [a] hostil [a, contra] idêntico [a] impotente [para, contra] impróprio [para] imune [a, de] inábil [para] inacessível [a] incansável [em] incapaz [de, para] incerto [em] inconsequente[com] indeciso [em] indiferente[a] indigno [de] indulgente [com] inerente [a] infiel [a] ingrato [com] insensível [a] intolerante [com] inútil [para] isento [de] junto [a, de] leal [a] lento [em] liberal [com] M/N/O/P manifestação [contra] medo [de, a] necessidade[de] notícia[de] ódio [a, contra] ojeriza [a, por] paixão [de, por] parte[de] preferência [a, por] preservação[de] preocupação[de, com, por] prevenção [a] propensão [para] proteção[a, de] ADJETIVOS maior [de] menor [de] misericordioso [com] morador[em] natural [de] necessário [a] nobre [em] nocivo [a] obediente [a] oposto [a] orgulhoso [de, com] pálido [de] parecido [a, com] paralelo [a] pasmado [de] passível [de] peculiar [a] perito [em] prático [em] preferível [a] prestes [a, para] pendente [de] privado[de] pródigo [em, de] propício [a] próximo [a, de] pronto [para, em] próprio [de, para] Q/R/S/T/U/V/Z SUBSTANTIVOS queixa [contra] receio [de] referência[a] respeito [a, com, por] relação [a, com, de, por] resposta[a] resistência[a] sensação[de] simpatia [a, por] sincronia[com] tentativa [contra, de, para] tráfico [de] triunfo [sobre] união, [a, com, entre] zelo [a, de, por]. ADJETIVOS querido [de, por] relacionado[com] relativo[a] rente [a, de, com] reservado[a] residente [em] responsável [por, de] rico [de, em] sábio [em] salvo[de] satisfeito [com, de, em, por] sito [em] semelhante [a] surdo [a, de] situado [a, em, entre] solidário [com] sujeito[a] superior [a] suspeito[a, de] voltado [para]. último [a, de, em] único [em] útil [a, para] vazio [de] versado [em] visível [a] vitimado[por] vizinho [a, de, com] Releitura de Regência Nominal A tabela a seguir mostra quais as preposições mais usuais para alguns nomes. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 152 OS: 002/7/23-Gil Preposição Nomes A acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benefício, cego, conforme, contíguo, desatento, desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inacessível, inerente, indiferente, infiel, insensível, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, pernicioso, respeito, próximo, superior, surdo, último, visível De amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curioso, devoto, diferente, digno, dessemelhante, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, furioso, impossibilidade, incerto, indigno, inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, parco, passível, pobre, pródigo, próprio, próximo, querido, respeito, surdo, temeroso, último, vazio, vizinho Com afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente, furioso, inconsequente, ingrato, intolerante, liberal, misericordioso, Contra desrespeito, manifestação, queixa Em constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, forte, hábil, impossibilidade, incansável, incerto, inconstante, indeciso, lento, morador, parco, perito, prático, pródigo, pronto, sábio, sito, último, único Entre convênio, união Para apto, bom, diligente, disposição, essencial, idôneo, incapaz, inútil, odioso, pronto, próprio, útil para com afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso Por ansioso, querido, responsável, respeito Sobre dúvida, influência, triunfo EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza. Na Língua Portuguesa atual, assinalamos com o acento grave (`) a crase do a. A regra geral diz que haverá crase no a quando colocado diante de palavra do gênero feminino quando, substituindo- se a feminina por uma masculina aparecer diante da masculina ao. Usa-se a CRASE: Nomes Geográficos: Ex.: Vou à Bahia (= para a), Vou à Brasília. (= para). Se empregarmos a combinação da ou na antes das palavras, é sinal de que ela aceitao artigo; Se empregarmos apenas a preposição de ou a preposição em, é sinal de que ela não aceita. Ex.: Vim da Itália (aceita), Estou na Itália (aceita), Vim de Roma (não aceita), Estou em Maceió (não aceita). FORMAÇÃO DA CRASE USO OBRIGATÓRIO DA CRASE 1. Ocorre a crase mesmo que o substantivo venha oculto ou subentendido. Ex.: O aluno subordinou a solução do segundo problema à do primeiro (à solução do primeiro). 2. Na indicação do número de horas, expresso ou subtendido. Ex.: Às três horas, abrirei o escritório. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 153 OS: 002/7/23-Gil Note-se no entanto: comprar a prestação, escrever a máquina, escrever a mão, fechar a chave, porque são expressões adverbiais femininas que indicam instrumento ou meio. Termos femininos ou masculinos (elipse da palavra) com valor de à moda de, ao estilo de: à americana, (= à moda americana), à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, poesia à Manuel Bandeira, gol à Pelé, calçados à Luís XV, cabelos à Sansão, estilo à Coelho Neto etc. Para evitar ambiguidade: À onça a cobra matou. A menina à paixão venceu A crase pode também resultar da contração da preposição a com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo: Não irás àquela festa [a aquela] Vou àquele cinema. [a aquele] Não ligo àquilo. [a aquilo] Refiro-me à que você namora. [aquele] Àquela ordem estranha, o soldado estremeceu. A capitania de Minas Gerais estava unida à de São Paulo. Falarei às que quiserem me ouvir. [aquelas que] Esta anedota é semelhante à que meu professor contou. [aquela que] À QUE / À QUAL Substitui-se à que por – ao que e à qual – por ao qual. Ex.: Sua ideia é igual à que tive. Seu pensamento é igual ao que tive. Ex.: A redação à qual me refiro é fácil. O teste ao qual me refiro é fácil. CASOS ESPECIAIS CASA Ex.: Volte cedo a casa. Volte cedo à casa paterna. Só é possível a aplicação da crase se a palavra estiver acompanhada. TERRA Não significa “terra firme”. A palavra terra só admitirá o emprego da regra geral quando não for empregada em oposição a bordo, a navio, a chão firme. Ex.: Voltou à terra onde nascera. À DISTÂNCIA DE Deve estar determinada. Ex.: Achava-se à distância de 10 metros. Vi-o a distância. Estava a uma distância de 10 metros. CRASE FACULTATIVA 1. Pronome Adjetivo Possessivo Feminino Singular. Ex.: Nada conte à(a) sua amiga. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 154 OS: 002/7/23-Gil 2. Nomes Próprios Femininos, quando são modificados, acento de crase é obrigatório. Observação: Não se usa crase diante de nomes históricos. Ex.: Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra 3. Até a + palavra feminina. Ex.: Vou à cidade ou até a cidade. 4. Locução Adverbial Feminina de instrumento. Ex.: Abri o primeiro envelope, com excessiva pressa: continha um recado, à maquina, do meu ti.(Guimarães Rosa) CASOS EM QUE NÃO HÁ CRASE 1) Antes de substantivos masculinos: Andou a cavalo. 2) Antes de verbos: A partir de amanhã, serei outra pessoa. Não vai a festas nem a reuniões Dedicas o trabalho a homem ou mulher? A FUNAI decidiu fechar o parque indígena a visitas. 5) Antes de pronomes demonstrativos (este, esse e flexões) Não foi a esta festa. 6) Antes de pronomes indefinidos: Obedecia a todos. Observação: Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando ensejo à crase: Não fale nada às outras. Assistimos sempre às mesmas cenas. Diga à tal senhora que... Não temo as acusações de Maria, às quais responderei oportunamente. Estavam atentas umas às outras. 7) Antes de pronomes de tratamento, interrogativos, * com exceção de senhora, senhorita, madame e dona. Obedeci a Vossa Senhoria. Falaste a que pessoa? * Peço à senhora que tenha paciência. 8) Antes dos pronomes relativos: Quem, Que, Cuja. Referia-se a quem falava. Ali havia uma árvore, a cuja sombra descansamos. Esta é a vida a que aspiramos. 9) Quando já houver outra preposição: Viajou para a Itália. 10) Antes de palavras repetidas: Encontram-se frente a frente PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 155 OS: 002/7/23-Gil 11) Diante de nomes de parentescos, precedidos de pronomes possessivos: Recorri a minha mãe. Faremos uma visita a sua mãe. Arrependi-me de ter falado a minha prima. (G. Ramos) Observação: Haverá crase quando o nome próprio admitir ou vier acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva: Maria tinha devoção à Virgem. Entreguei a carta à Júlia (no trato familiar e íntimo). Referiu-se à Roma dos Césares. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 156 OS: 002/7/23-Gil – A bala recebeu a pessoa. (linguagem figurada, noção de violência) – Recebeu a pessoa à bala.(com disparo de tiros) – Teve de pintar a mão = OD = parte do corpo hoje cedo. – Teve de pintar à mão hoje cedo. (com uso das mãos) – Comeu a francesa*.(prática canibal) – Comeu à francesa.(seguindo o modo dos franceses) – Feriu o rosto dele a navalha. = (A navalha = sujeito) feriu o rosto dele – Feriu o rosto dele à navalha. (com uso da navalha) – Vendeu a vista. (vendeu o olhar, a visão, a paisagem ... ?) – Vendeu à vista.(com pagamento imediato, sem prestações) – A vista dele está cansada de tanto ler.(o olhar, a visão dele...) – À vista dele, está cansada de tanto ler.(De acordo com o ponto de vista dele) – Pagou a prestação.(pagou a parcela, conta) – Pagou à prestação.(com divisão em parcelas) – Não conseguiram enxergar a distância de um prédio a outro.(enxergar a separação) – Não conseguiram enxergar à distância de um metro.(estavam a um metro do local) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 157 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 158 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 159 OS: 002/7/23-Gil LOCUÇÕES COM PALAVRAS DE BASE FEMININA às avessas à busca (de) à custa (de) à deriva à disposição à distância de à exceção de à esquerda à falta de à feição (de) à frente (de) à luz de à maneira de à medida que à mercê (de) à mostra à noite à proporção que à parte à procura (de) pôr à prova à tarde à semelhança de às vezes à vontade à vista (de/disso) LISTA DE SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS ACOMPANHADOS DAS RESPECTIVAS PREPOSIÇÕES: A/B SUBSTANTIVOS acesso [a] ameaça[a] apoio[a] atenção [a] aversão [a] alusão [a] = referência[a] apologia [a] = louvação[a] benefício [a] ADJETIVOS acessível [a] adequado [a] alheio [a] aliado [a] apto [a] associado[a] atento [a] atrelado[a] avesso [a] análogo [a] = similar[a] C/D SUBSTANTIVOS combate[a] consulta [a] crédito[a] direito [a] desrespeito [a] devoção [a] ADJETIVOS concedido [a] contrário[a] dedicado[a] desfavorável[a]devido[a] disposto[a] E/F/G/H/I/L ADJETIVOS equivalente [a] estimulante[a] favorável [a] habituado [a] hostil [a] = ofensivo[a] idêntico [a] imune [a] = resistente[a] inacessível [a] indiferente[a] ligado[a] inerente [a] = pertencente[a] M/N/O/P SUBSTANTIVOS preferência [a] prevenção [a] proteção[a] ADJETIVOS necessário [a] oposto [a] paralelo [a] preferível [a] propício [a] peculiar [a] = inerente[a] Q/R/S/T/U/V SUBSTANTIVOS referência[a] respeito [a] relação [a] resistência[a] ADJETIVOS referente[a] relativo[a] semelhante [a] sujeito[a] visível [a] vinculado[a] _______________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 160 OS: 002/7/23-Gil 15 – SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO; TERMOS DA ORAÇÃO; ESTUDO DO PERÍODO SIMPLES SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO; TERMOS DA ORAÇÃO; FUNÇÕES SINTÁTICAS (funções na frase) Sujeito: Complemento nominal predicado Adjunto Adnominal Predicativo Adjunto adverbial Objeto indireto Aposto Agente da passiva Vocativo FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO Frase Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada. Exemplos: Frases Nominais: Silêncio! Avante. Espantoso! Cada louco com sua mania. Cada macaco em seu galho. Proibida entrada. Frases Verbais: Não vá embora. O telefone está tocando. O Brasil possui um grande potencial turístico. Os alunos prepararam o seminário O advogado defendeu seu cliente O sol ilumina as cidades e aquece o dia Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe: Rua! Ai! Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas necessidades expressivas. Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer às regras gerais da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é que: As meninas estavam alegres. constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas estavam as. não é considerada uma frase da língua portuguesa. Tipos de Frases Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 161 OS: 002/7/23-Gil pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz. A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja: Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas: a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta. Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta) b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho, uma sugestão ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas. Faça-o entrar no carro. (Afirmativa) Não faça isso. (Negativa) Dê-me uma ajudinha com isso. (Afirmativa) c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente prolongada. Por Exemplo: Que prova difícil! É uma delícia esse bolo! d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) Ela não está em casa. (Negativa) e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. Por Exemplo: Deus te acompanhe! Bons ventos o levem! Estrutura da Frase As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós. O sujeito é o termo da frase com o qual o verbo concorda em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases que possuem verbo de ligação). Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é "Os rapazes", por ser o termo com o qual o verbo (jogam) concorda em número e pessoa. O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal. Oração Uma frase verbal pode ser também uma oração. Paraisso é necessário: - que o enunciado tenha sentido completo; - que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). Por Exemplo: Camila concluiu a leitura do livro. Obs.: Na oração, as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática. Atenção: Nem toda frase é oração. Por Exemplo: Que dia lindo! Esse enunciado é frase, pois tem sentido. Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como: Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante! PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 162 OS: 002/7/23-Gil A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: Brinquei no parque. (uma oração) Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) Cheguei, vi, venci. (três orações) Período Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto. • Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos: O amor é eterno. As plantas necessitam de cuidados especiais. Quero aquelas rosas. O tempo é o melhor remédio. • Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. Exemplos: Quando você partiu, minha vida ficou sem alegrias. Quero aquelas flores para presentear minha mãe. Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer. Cheguei, jantei e fui dormir. Saiba que: Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais. OBJETIVOS DA ANÁLISE SINTÁTICA A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um período. Estrutura de um Período Observe: Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando. Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas e quando estamos viajando. Termos da Oração No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce uma determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração. Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração. Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser: 1) Essenciais Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo • sujeito, • predicado • predicativo. 2) Integrantes Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por: • complementos verbais - objeto direto e objeto indireto; • complemento nominal; • agente da passiva. 3) Acessórios Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam circunstância). São representados por: • adjunto adnominal; • adjunto adverbial; • aposto. Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO SUJEITO e PREDICADO Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado. Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo e com o qual o verbo, normalmente, concorda. Por Exemplo: As praias estão sempre lotadas no verão. (sujeito simples) Houve dias maravilhosos em minhas férias. (sujeito inexistente) Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 163 OS: 002/7/23-Gil Por Exemplo: As praias/ estão cada vez mais poluídas Sujeito/ Predicado Posição do Sujeito na Oração Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado. Por Exemplo: As crianças brincavam despreocupadas. Sujeito Predicado Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. Brincavam despreocupadas as crianças. Predicado Sujeito Sujeito no Meio do Predicado: Despreocupadas, as crianças brincavam. Predicado Sujeito Predicado Com alguns verbos, como Faltaram alguns alunos. Para mim, bastam dois pedaços de torta. Acontecem fatos estranhos neste país Classificação do Sujeito O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito. 1. Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser: a) Simples Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. Por Exemplo: A rua estava deserta. Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. As ruas estavam desertas. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento(núcleo), seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva. Por Exemplo: Certos alunos conservam posturas austeras. Elas sempre devem obedecer aos chefes da empresa. Aqueles prisioneiros fugiram, porém estes permaneceram. Ninguém deixou de responder à questão. Eles eram alunos brilhantes. Os dois estudavam as matérias suficientemente. O cantar dos pássaros encanta os visitantes. Sentimos muita dor durante a noite. Seus interesses serão respeitados pelo juiz. b) Composto Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo. Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. c) Elíptico, Desinencial, Oculto ou Implícito Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado (não está expresso) na oração, mas pode ser identificado. Por Exemplo: Dispenso todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Eu Dispensas todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Tu Dispensa todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Ele/Ela(singular) Dispensamos todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Nós Dispensais todos os funcionários. Existir, Ocorrer, Faltar, Surgir, Acontecer, Bastar, Chegar, Sobrar, Restar, PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 164 OS: 002/7/23-Gil Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Vós OBSERVAÇÃO Devemos ter cuidado com o verbo que se conjuga na 3ª pessoa do plural. Nesse caso, pode ser que o sujeito seja Indeterminado. CUIDADO: Observe a frase em que aparece verbo na 3ª pessoa do plural: Os meninos viajaram e ontem telefonaram para você. Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado, porém oculto. Por Exemplo: Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras. Nesse caso, o sujeito de compraram é o termo Felipe e Marcos. Pode ser identificado, mas não está expresso, ou seja, escrito na 2ª oração. Nesse caso, ocorre sujeito oculto. 2. Sujeito Indeterminado:é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração: IDENTIFICAÇÃO DE SUJEITO INDETERMINADO Ontem telefonaram para você. O verbo é colocado na 3ª pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração): Por Exemplo: Procuraram você por todos os lugares. Estão pedindo seu documento na entrada da festa. b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome SE: O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) Entendendo a Partícula Se As construções em que ocorre a partícula SE podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito Veja: Exemplos: Em certas cidades, ainda se vende terreno baratinho. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 165 OS: 002/7/23-Gil A cada ano, renovam-se os ideais de vida. Naquela lojinha, plastificam-se documentos. Se necessário, reformar-se-ão as leis jurídicas. Durante a aula, fazem-se muitas perguntas. a) Aprovou-se o novo candidato. Sujeito Aprovaram-se os novos candidatos. Sujeito No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica: O novo candidato foi aprovado. Sujeito Os novos candidatos foram aprovados. Sujeito b) (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professores. No caso B, SE é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular. c) Com o verbo no infinitivo impessoal: Por Exemplo: Era penoso estudar todo aquele conteúdo. É triste assistir a estas cenas tão trágicas. 03. Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações: Havia formigas na casa. Nevou muito este ano em Nova Iorque. É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com: a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc. Por Exemplo: Choveu muito no inverno passado. Amanheceu antes do horário previsto. Obs: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado. Por Exemplo: Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças = sujeito) Já amanheci cansado. (eu=sujeito) b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos: Ser: É noite. (Período do dia) Eram duas horas da manhã. (Hora) Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas) Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias. Estar: Está tarde. (Tempo) Está muito quente.(Temperatura) c) FAZER: verbo IMPESSOAL Sempre na 3ª pessoa do singular Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) Fez 39° C ontem. (Temperatura) Haver: Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 166 OS: 002/7/23-Gil Predicado PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 167 OS: 002/7/23-Gil 1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito Por Exemplo: Joana partiu Contente Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito 2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto Por Exemplo: A despedida deixou a mãe aflita 3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito Por Exemplo: Os alunos cantaram emocionados Sujeito V.T.D. Predicativo do sujeito aquela canção. O.D. Saiba que: Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja: Voz Ativa: As mulheres julgam os homens insensíveis Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto Voz Passiva: Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres Sujeito V.T.D. Predicativo Agente do sujeito da Passiva O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva. Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição. Por Exemplo: Todos o chamam de irresponsável. Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.) 3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles: • complementos verbais (objeto direto e objeto indireto); • complemento nominal; • agente da passiva. Complementos Verbais Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles: 1) Objeto Direto É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição. Por Exemplo: Abri os braços ao vê-lo. Objeto Direto O objeto direto pode ser constituído: a) Por um substantivo ou expressão substantivada. Exemplos: O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável. b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Exemplos: Espero-o na minha festa. / Ela me ama. c) Por qualquer pronome substantivo. Por Exemplo: O menino que conheci está lá fora. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 168 OS: 002/7/23-Gil Atenção: OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer: - quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus. - quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele. - quando o objeto é representado por um pronomesubstantivo indefinido: O diretor elogiou a todos. - para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega. Obs.: no último caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso colega). Saiba que: Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como verbos transitivos diretos. Por Exemplo: A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe. V.T.D. Objeto Direto 2) Complemento Nominal É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição. Exemplos: Cecília tem orgulho da filha. substantivo complemento nominal Ricardo estava consciente de tudo. adjetivo complemento nominal A professora agiu favoravelmente aos alunos. advérbio complemento nominal Saiba que: O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios. 3) Agente da Passiva É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de". Por Exemplo: Os jurados escolheram a vencedora. Sujeito V.T.D. Objeto Direto A vencedora foi escolhida pelos jurados. Sujeito V.T.D Agente da Passiva a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes. Por Exemplo: O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo) Este livro foi escrito por mim. (pronome) b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido. Por Exemplo: O convidado não foi bem recebido. (pelos anfitriões) 4. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos: - caracterizam o ser; - determinam os substantivos; - exprimem circunstância. São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto. Vamos observar o exemplo: Anoiteceu. No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração ORAÇÃO NA VOZ ATIVA ORAÇÃO NA VOZ PASSIVA PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 169 OS: 002/7/23-Gil sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de informações contidas nessa frase: Por Exemplo: Suavemente anoiteceu na cidade. A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais. Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima: Por Exemplo: Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto. Surgiram termos que se referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinando- lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais. Por último, analise a frase abaixo: Fernando Pessoa era português. Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português) relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração com predicado nominal. Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer mais um pouco o conteúdo informativo. Veja: Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português. Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto. Adjunto Adverbial É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo: Eles se respeitam muito. Seu projeto é muito interessante. O time jogou muito mal. Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo. Veja o exemplo abaixo: Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça. Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias: amanhã indica tempo; de bicicleta indica meio; àquela velha praça indica lugar. Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar. O adjunto adverbial pode ser expresso por: 1) Advérbio: O balão caiu longe. 2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar. Também transformar-se numa oração: 3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me. Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas. Por Exemplo: Entreguei-me calorosamente àquela causa. É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os adjuntos adverbiais. Classificação do Adjunto Adverbial Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os exemplos. Acréscimo Por Exemplo: Além da tristeza, sentia profundo cansaço. Afirmação Por Exemplo: Sim, realmente irei partir. Ele irá com certeza. Assunto Por Exemplo: Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, em futebol ou a respeito de futebol). PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 170 OS: 002/7/23-Gil Causa Por Exemplo: Com o calor, o poço secou. Não comentamos nada por discrição. O menor trabalha por necessidade. Companhia Por Exemplo: Fui ao cinema com sua prima. Com quem você saiu? Sempre contigo irei estar. Concessão Por Exemplo: Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo. Condição Por Exemplo: Sem minha autorização, você não irá. Sem erros, não há acertos. Conformidade Por Exemplo: Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado) Dúvida Por Exemplo: Talvez seja melhor irmos mais tarde. Porventura, encontrariam a solução da crise? Quiçá acertemos desta vez. Fim, finalidade Por Exemplo: Ela vive para o amor. Daniel estudou para o exame. Trabalho para o meu sustento. Viajei a negócio. Frequência Por Exemplo: Sempre aparecia por lá. Havia reuniões todos os dias. Instrumento Por Exemplo: Rodrigo fez o corte com a faca. O artista criava seus desenhos a lápis. Intensidade Por Exemplo: A atleta corria bastante. O remédio é muito caro. Limite Por Exemplo: A menina andava correndo do quarto à sala. Lugar Por Exemplo: Nasci em Porto Alegre. Estou em casa. Vive nas montanhas. Viajou para o litoral. "Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente." (Álvaro de Campos) Matéria Por Exemplo: Compunha-se de substâncias estranhas. Era feito de aço. Meio Por Exemplo: Fui de avião. Viajei de trem. Enriqueceram mediante fraude. Modo Por Exemplo: Foram recrutados a dedo. Fiquem à vontade. Esperava tranquilamente o momento decisivo. Negação Por Exemplo: Não há erros em seu trabalho. Não aceitarei a proposta em hipótese alguma. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 171 OS: 002/7/23-Gil Preço Por Exemplo: As casas estão sendo vendidas a preços muito altos. Substituição ou troca Por Exemplo: Abandonou suas convicções por privilégios econômicos. Tempo Por Exemplo: O escritório permanece aberto das 8h às 18h. Beto e Mara se casarão em junho. Ontem à tarde encontrou um velho amigo. Adjunto Adnominal É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais. Veja o exemplo a seguir: O poeta inovador enviou dois longos trabalhos | | | Sujeito V.T.D. objeto direto ao seu amigo de infância objeto indireto Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais: • o artigo “o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta; • o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos; • o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo. Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notado quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição. Por Exemplo: O notável poeta português deixou uma obra originalíssima. Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos: Ele deixou uma obra originalíssima. As palavras "o", notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja: O notável poeta português deixou-a. Saiba que: A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o núcleo do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz parte dele. Observe: Sua atitude deixou os amigos perplexos. Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos: Sua atitude deixou-os perplexos. Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele. DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte: a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 172 OS: 002/7/23-Gil b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos: Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe. A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente (termo passivo, termo alvo) de amar, recebe a ação de amar. Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe. A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar. LISTA DE SUBSTANTIVOS ABSTRATOS Adoração agradecimento amor amargura alargamento aceitação aprovação amizade beleza bondade caça caminhada carregamento comércio concentração cotação cultivo corrida declaração destruição desespero descoberta eliminação entrada extinção humilhação hábito Implantação importação ingratidão idealização juramento jogada lavagem leitura morte mudança matança marginalização pagamento permanência recolhimento relacionamento recuperação ruptura substituição suspensão sabedoria sacralização ADJETIVOS + preposição + complemento nominal Todos se sentem aptos À aprovação Muitos alunos sentem-se, a todo instante do dia, ávidos POR novos desafios. As pessoas daqui estão, em todo momento, propensas AO entendimento desses conteúdos. Estamos sempre cientes DE responsabilidades. Estou certo DE ter bom resultado no concurso. Sempre se mostrou hábil EM jogos digitais. APOSTO Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal. Muitas vezes vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão. Por Exemplo: Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça. Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja: Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça. Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda- feira assume a função de adjunto adverbial de tempo. Veja outro exemplo: Aprecio todos os tipos de música: V.T.D. objeto direto MPB, rock, blues, chorinho, samba. aposto do objeto direto Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função: Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba. Objeto Direto Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de aposto). Por Exemplo: Dona Aída servia o patrão, pai de Marina, menina levada. Analisando a oração, temos: pai de Marina = aposto do objeto direto patrão. menina levada = aposto de Marina. Classificação do Aposto De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em: a) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meioem que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 173 OS: 002/7/23-Gil b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação. c) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor. d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida. e) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este, na prosa. f) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico. Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase: Por Exemplo: O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda. A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco. Atenção: Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase: A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa. Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal. Observações: 1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgulas. Por Exemplo: Acabo de ler o romance A moreninha. 2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc. Por Exemplo: Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o recreio. 3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere. Por Exemplo: Código universal, a música não tem fronteiras. 4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de preposição. Por Exemplo: Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso na universidade, com as felicitações. VOCATIVO Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos: Não fale tão alto, Rita! Vocativo Senhor presidente, queremos nossos direitos! Vocativo A vida, minha amada, é feita de escolhas. Vocativo Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra. Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!. Por Exemplo: Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões. Olá professora, a senhora está muito elegante hoje! Eh! Gente, temos que estudar mais. DISTINÇÃO ENTRE VOCATIVO E APOSTO O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração. Por Exemplo: Crianças, vamos entrar. Vocativo O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração. Por Exemplo: A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. Sujeito Aposto PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 174 OS: 002/7/23-Gil ESTUDO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS – São orações que exercem função substantiva e completam ou ampliam o sentido de outras orações. São classificadas de acordo com a função sintática que exercem no período e podem ser: 1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA – Quando funciona como Sujeito da Oração Principal: É necessário que estudes: Oração Subordinada Substantiva Subjetiva – que estudes. = ISSO. As Orações Subordinadas Substantivas Subjetivas desempenham a função de Sujeito de verbos sempre na terceira pessoa do singular e são iniciadas, quando Desenvolvidas, pelas Conjunções Integrantes QUE ou SE, pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas: Importa que aprendas Gramática. Quem nos criou nos julgará. Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal: 1. Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: É bom – É útil – É conveniente – É certo – Parece certo – É claro – Está evidente – Está comprovado Por Exemplo: É bom que você compareça à minha festa. 2. Expressões na voz passiva, como: Sabe-se – Soube-se – Conta-se – Diz-se – Comenta-se – É sabido – Foi anunciado – Ficou provado Por Exemplo: Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. 3. Verbos como: convir – cumprir – constar – admirar – importar – ocorrer – acontecer Por Exemplo: Convém que não se atrase na entrevista. Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular. 2. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA – Quando funciona como Objeto Direto da Oração Principal: Eu quero que aprendas Gramática. Eu quero o quê? – que aprendas Gramática (objeto direto), então se trata de uma Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta. As Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas são introduzidas: Pelas Conjunções Integrantes QUE e SE, pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas: Quero que saibas que te amo. Não sei se sabes. Nunca digas: desta água não bebo (= que desta água...). Pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO, em Interrogações Indiretas: Não me disseste quantos anos tens. Não sei qual o teu nome. Pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas: Não entendi como isto se deu. Não sabemos por que o fizeste. Quero saber quando voltas. 1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA – Quando funciona como Predicativo do Sujeito da Oração Principal: Meu desejo é que vocês aprendam Gramática. A casa paterna é onde melhor se vive. + QUE + RESTO DA FRASE = SUJEITO + QUE + RESTO DA FRASE = SUJEITO + QUE + RESTO DA FRASE = SUJEITO PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 175 OS: 002/7/23-Gil 4. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA – Quando funciona como Aposto da Oração Principal: Só quero uma coisa: que vocês aprendam Gramática. Desejo lhes dizer uma verdade: não posso viver sem vocês. 5. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA – Quando funciona como Objeto Indireto da Oração Principal: Daremos a taça a quem vencer. Lembre-se de que é bom aprender. Às vezes, pode haver elipse da preposição: Lembre-se que é bom aprender Gramática (=...de que é bom aprender). 6. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL – Quando funciona como Complemento Nominal de um Substantivo ou Adjetivo da Oração Principal: Sou favorável a que viajes. Escrevi este livro na esperança de que vocês aprendessem Gramática. As Completivas Nominais são regidas de preposição, sendo esta, às vezes, elíptica: Sou favorável que viajes (= ...a que viajes). 16 – EMPREGO DOS SINAISDE PONTUAÇÃO Agora, vamos estudar os principais empregos de alguns sinais de pontuação. A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer dar ao texto. Há alguns sinais de pontuação cujo emprego, atualmente, obedece a uma razoável disciplina, como a vírgula, o ponto e vírgula, os dois-pontos e o ponto de interrogação. Outros têm emprego mais livre, mais subjetivo, como o ponto de exclamação e as reticências. PONTUAÇÃO GRÁFICA Pontuação é o conjunto de sinais que representam, na língua escrita, as pausas e a entonação da língua falada. Ela é composta dos seguintes sinais de pontuação: 1. vírgula , 2. ponto e vírgula ; 3. ponto . 4. ponto de exclamação ! 5. dois pontos : 6. ponto de interrogação ? 7. aspas " " 8. travessão ─ 9. reticências ... 10. parênteses ( ) 11. colchetes [ ] VÍRGULA PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 176 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 177 OS: 002/7/23-Gil PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 178 OS: 002/7/23-Gil De um modo geral, a vírgula marca uma pausa de pequena duração. Entretanto é bom frisar que, nem sempre, a pausa respiratória corresponde à vírgula e, nem sempre também, a vírgula é marcada, na fala, por uma pausa respiratória. Nos exemplos abaixo, pode-se verificar isso: a) Os excelentes bailarinos do balé Bolshoi foram recepcionados pela embaixada de seu país. b) Aos noivos desejamos toda a felicidade possível. c) Fizestes o almoço? Sim, senhora! Nos exemplos a e b, não há vírgula, embora se possa até fazer uma pausa, no nível da fala, após as palavras Bolshoi e noivos. No exemplo c, ao contrário, há vírgula (separando o vocativo), mas, na cadeia da fala, ela é imperceptível. É proibido o uso da vírgula para separar: 1) sujeito e predicado Exemplo O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas Sujeito convocará uma reunião de emergência. Predicado É proibido o uso da vírgula para separar: 2) o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto) Exemplo Comunicamosao prezadíssimo amigo V.T.D.I. OI que estaremos a seu inteiro dispor. OD EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: a) Para separar termos de mesma função sintática (de mesma classe gramatical), que, normalmente, participam de uma enumeração. Exemplos “Eu quis ficar mais um pouco e o teu corpo e o meu tocavam inquietudes, caminhos, noites, números, datas.” (Carlos Nejar. Casa dos arreios, Nas altas torres) A sala era enorme, vazia, escura. Gostava dos amigos, da cidade, das coisas. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: b) Para isolar o aposto. Exemplos “... o Vargas gordo, o das corridas, estendeu a face enorme, imberbe e cor de papoula.” (Eça de Queirós. Os Maias) Da Vinci, espírito enciclopédico, foi a alma da Renascença. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: c) Para isolar o vocativo. Exemplos “Ao que aprecio também, chefe, a distinção minha desta ocasião, de dar meu voto.” (J. Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas) “Adeus, meu cajueiro!” (Humberto de Campos. Memórias) Maria, por que não respondes? PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 179 OS: 002/7/23-Gil EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: d) Para isolar o adjunto adverbial deslocado (vírgula não obrigatória, mas aconselhável). Exemplos “Diziam que, no velho cemitério da vila inundado, os caixões boiavam.” (Dalcídio Jurandir. Três casas e um rio) “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste.” (Olavo Bilac. A Pátria) Durante a peça teatral, não se escutou um só ruído. Explique, sem constrangimento, qual o seu problema. OBSERVAÇÃO Quando o adjunto adverbial for constituído de um só termo, mesmo que esteja deslocado, não há necessidade de vírgula. Porém, se se quiser enfatizar a expressão, pode-se-á usar esse recurso de pontuação. Exemplos Ali várias pessoas discutiam. Ali, várias pessoas discutiam. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: e) Para marcar a supressão do verbo. Exemplos Eu fui de ônibus e ela, de avião. (= ela foi de avião) Nós tivemos só alegrias; eles, só tristezas. (= eles tiveram só tristezas) EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: f) Para separar orações adjetivas explicativaS OBSERVAÇÃO 1. Antes do pronome relativo, a vírgula (no caso de ser restritiva a oração) é proibida: Exemplos O aluno que é responsável não cria problemas. A água que contém agentes químicos e agrotóxicos não deve ser ingerida. O homem que falou representou-me na Assembleia. 2. Se a oração for adjetiva e o verbo estiver no subjuntivo, ela será forçosamente restritiva. Exemplo Estou à procura de um apartamento que seja bem localizado. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: g) Para separar as orações adverbiais deslocadas (reduzidas ou não), com exceção da comparativa e conformativa (quando o verbo estiver elíptico). Exemplos Enquanto não arruma emprego, seu pai manda-lhe uma mesada. Sua casa, embora seja pequena, é bem ventilada. Saciada a sede, ela deitou-se para descansar. Ao vê-la triste, compreendeu que havia errado. Cumprimentando pela formatura, envio-te um abraço. Ela é tão inteligente como a irmã. (comparativa) Ela sairá conforme o tempo. (conformativa) OBSERVAÇÃO As orações substantivas, com exceção das apositivas, não são virguladas por se constituírem em termos essenciais (sujeito, predicativo) ou integrantes (objeto, complemento nominal etc.) Exemplos Urge que te apresses. núcleo do sujeito predicado Eu quero que me leves ao teatro. Sujeito núcleo do objeto direto predicado EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: h) Para isolar o predicativo deslocado (vírgula não obrigatória, mas aconselhável). Exemplos A mulher, desesperada, correu em seu socorro. Desesperada, a mulher correu em seu socorro. OBSERVAÇÃO Se estivesse em ordem direta, o período ficaria assim: A mulher correu desesperada em seu socorro. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: i) Para separar as conjunções coordenativas adversativas e conclusivas deslocadas Exemplos Estou doente; não contem, portanto, comigo. Durante o ano, trabalhamos muito; nas férias, porém, descansaremos bastante. Tudo não passou de um mal-entendido; façamos, pois, as pazes. OBSERVAÇÃO Quando as conjunções vêm em sua posição normal, não se coloca vírgula depois delas. Exemplo Passamos um certo trabalho na infância, porém hoje desfrutamos alguma segurança PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 180 OS: 002/7/23-Gil EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: j) Para separar as orações coordenadas (assindéticas, adversativas eexplicativas). Exemplos Vim, vi, venci. (assindéticas) Estudou, mas não conseguiu aprovação. (adversativa) Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva) Vá de uma vez, porque vai chover. (explicativa) EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: k) VÍRGULA ANTES DA PALAVRA E OBSERVAÇÃO As conjunções e, nem e ou normalmente não são virguladas. A vírgula poderá, no entanto, ser usada nos seguintes casos: a) E – com valor adversativo Exemplo: Fui ao cinema, e (= MAS) não encontrei os amigos. b) E – se os sujeitos forem diferentes Exemplo “Algumas autoridades avalizam o vandalismo, e o ódio entre pobres e ricos vai aumentando.” (Revista Manchete, 25/8/90, p. 112) c) E – se estiver repetido, formando polissíndeto Exemplo: Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua. d) OU – se houver retificação ou alternativa. Exemplos Ou tudo, ou nada. Se precisar de auxílio, ou a dor nas costas exigir massagem, telefone para a clínica. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: l) Para isolar certas expressões (exemplificativas ou de retificação) tais como: por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim, com efeito, etc. Exemplo Observe, por exemplo, o edital publicado no Diário Oficial de quinta-feira passada. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: m) Para separar o complemento do verbo (quando vier anteposto a esse e houver outro complemento – pleonástico). Exemplos “Fígado, melhor não tê-lo. “ O.D. O.D. pleonástico (Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Bom, Mau) O homem, fê-lo Deus à sua semelhança. O.D O.D pleonástico “Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.” O.I. O.I pleonástico O.I O.I. pleonástico (Rodrigues Lobo) EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: n) Para separar a localidade da data e nos endereços. Exemplos Porto Alegre, 29 de março de 2016. Brasília, abril de 2016 Tomás Flores, 163 EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: o) Para isolar os elementos repetidos. Exemplo Verinha pulou, pulou, pulou neste carnaval até cansar. ❑ DOIS PONTOS Os dois pontos marcam um suspensão de voz em uma frase ainda não terminada. Emprega-se nos seguintes casos: a) Antes de uma citação (letra maiúscula após a pontuação). Exemplos: “E o pastor prosseguiu: – Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu sermão de hoje sobre a mentira.” João Ribeiro. Cartas Devolvidas “... mas o baiano repetiu: – Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!” J. Simões Lopes Neto. Casos do Romualdo b) Antes de uma enumeração (letra minúscula após a pontuação): Exemplos: Duas coisas pretendo conseguir neste ano: um bom emprego e uma vaga no curso de inglês. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 181 OS: 002/7/23-Gil Comprou diversas mercadorias no supermercado: artigos de limpeza, gêneros alimentícios e brinquedos. c) Antes de uma explicação (letra minúscula após a pontuação): Exemplos: Já não serei tão só, nem irás tão sozinha: há de ficar comigo numa saudade tua, hás de levar contigo uma saudade minha. Adaptado de Alceu Wamosy. Duas Almas. Quanto eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas notícias. TRUQUE: para saber se é uma explicação, tenta-se substituir os dois pontos por um “porque”. d) Antes de uma complementação (letra minúscula após a pontuação). Exemplos: “O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.” Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Fígado e Coração. Aquela mãe preocupa-se com uma coisa: o futuro dos filhos. TRUQUE: para saber se é uma complementação, faz-se a seguinte pergunta depois dos dois pontos: “Qual?” e) Antes de uma conclusão (letra minúscula após a pontuação). Exemplos: O apartamento tinha poucas peças, e essas eram pequenas e escuras: uma droga! O roteiro é lindo, a passagem e os hotéis estão baratos: não podemos perder a oportunidade! TRUQUE: para saber se é uma conclusão, tenta-se substituir os dois pontos por um “logo”. ❑ ASPAS As aspas são empregadas nos seguintes casos: a) Citações ou transcrições literárias. Exemplos: "Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive." Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis. b) Palavras ou expressões estrangeiras. Exemplos: O “slogan” anunciava ... Nestor de HoIanda. Gente Engraçada. Quero uísque “on the rocks”. c) Para realçar uma expressão com ironia. Exemplo: João, com seus 90 quilos, está “fraquinho”... d) Para assinalar um termo que precisa ser realçado. Exemplo: A palavra “que” pode ser analisada de diversas maneiras. e) Para gírias e expressões de nível vulgar. Exemplo: O espetáculo de música “pop” estava uma “curtição”. Ela estava apaixonada pelo “sordado”. OBSERVAÇÕES: 1. Quando já há aspas numa citação ou numa transcrição, usa-se aspa simples ou o negrito (ou o itálico). Exemplos: “Até já se falava em impeachment, quando aconteceu homicídio na rua principal.” “Até já se falava em ‘impeachment’, quando aconteceu homicídio na rua principal." Nestor de Holanda, Gente Engraçada ❑ TRAVESSÃO O travessão é empregado nos seguintes casos: a) Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor. Exemplo: " ─ Por que você não toca? ─ perguntei. ─ Eu queria, mas tenho medo. ─ Medo de quê? ─ Dos bichos-feras. ─ Que bichos-feras?" José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto b) Para isolar termos ou orações intercaladas (como desempenha função análoga à dos parênteses, usa-se geralmente o travessão duplo). Exemplos: "Eles eram muitos cavalos, ─ rijos, destemidos, velozes ─ entre Mariana e Serro Frio, Vila Rica e Rio das Mortes." Cecília Meirelles, Romanceiro da Incondifência. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila – Prof. Sérgio Rosa CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 182 OS: 002/7/23-Gil "Chamei Diadorim ─ e era um chamado com remorso ─ e ele veio, se chegou." J. Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas. OBSERVAÇÃO: Às vezes, usa-se o travessão em lugar dos dois pontos. Exemplo: "Era mesmo o meu quarto ─ a roupa da escola no prego atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na estante de caixote que eu mesmo fiz – aliás precisava de pintura.” José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto FONÉTICA CONCEITO “FONÉTICA é o estudo dos sons da fala. Considera a palavra sob o aspecto sonoro.” (Domingos Paschoal Cegalla). “A FONÉTICA é a parte da gramática que estuda a formação, a evolução e a classificação dos sons da língua, sons que tomam o nome especial de fonemas.” (Silveira Bueno) FONEMAS FONEMAS são as menores unidades sonoras da fala. FONEMAS são os SONS. OS FONEMAS são representados por sinais gráficos denominados LETRAS. NOTA: Não confundir LETRA com FONEMA. FONEMA é som. LETRA é sinal gráfico que representa o som. Nem sempre a cada FONEMA corresponde uma só letra; nem sempre a cada letra corresponde um só FONEMA. Sendo assim: 1 – A mesma letra (sinal gráfico) pode representar diferentes fonemas (sons). Veja esta sequência: eXercício, veXame, próXimo, fiXo, Carro, Cebola. Que temos aqui? A letra X (sinal gráfico) representando vários fonemas (sons). O X tem som de Z em exercício, CH em vexame, S em próximo, CS em fixo. O mesmo ocorre com C que tem som de K em carro e de CÊ em cebola. ENTÃO – Mesma letra (sinal gráfico), diferentes fonemas (sons). 2