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FACULDADE INSPIRAR 4° PERÍODO DE GESTÃO HOSPITALAR ALUNO DANIEL SANTOS DIREITO DO CONSUMIDOR CURITIBA, 2017 FACULDADE INSPIRAR 4° PERÍODO DE GESTÃO HOSPITALAR ALUNO DANIEL SANTOS DIREITO DO CONSUMIDOR A SAÚDE PUBLICA E PRIVADA Trabalho apresentado para obtenção De nota para a matéria de direito do consumidor Com o Prof. Adilson Ivan Caropreso Pinheiro CURITIBA, 2017 RESUMO A saúde consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, no artigo XXV, que define que todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis. Ou seja, o direito à saúde é indissociável do direito à vida, que tem por inspiração o valor de igualdade entre as pessoas. No contexto brasileiro, o direito à saúde foi uma conquista do movimento da Reforma Sanitária, refletindo na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal de 1988, cujo artigo 196 dispõe que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. “A criação do SUS está diretamente relacionada a tomada de responsabilidade por parte do Estado. A ideia do SUS é maior do que simplesmente disponibilizar postos de saúde e hospitais para que as pessoas possa acessar quando precisem, a proposta é que seja possível atuar antes disso, através dos agentes de saúde que visitam frequentemente as famílias para se antecipar os problemas e conhecer a realidade de cada família, encaminhando as pessoas para os equipamentos públicos de saúde quando necessário” METODOLOGIA Nesta pesquisa usei métodos científicos para a realização do mesmo com base nos direitos do consumidor na área de saúde suplementar, descrevendo um pouco de como é a situação de uma pessoa que tem um convênio e daquele que utiliza somente o sistema único de saúde ( SUS). DESENVOLVIMENTO A idéia do direito á saúde nasce no Estado de Bem Estar social, no estado liberal não existia qualquer preocupação com as questões sociais, haja vista que se acreditava que o mercado, através de sua mão invisível, resolveria todos os problemas até mesmos os relacionados ao acesso da população aos serviços de saúde. O importante é lembrar que o Direito do Consumidor surgiu com o estabelecimento de um sentido negativo, ou seja, ele foi fruto da preocupação com a limitação do poder do soberano e o estabelecimento de direitos políticos, todavia, inexistia naquela época qualquer preocupação de ordem social. A saúde como direito universal vincula-se à idéia do Estado de Bem Estar Social (Welfare State), sendo considerado um direito de terceira geração, pois segundo Tatiana Penharrubia Fagundes, “ os direitos da terceira geração também chamados de direitos de solidariedade ou de fraternidade, são os da coletividade, que não pertencem a um indivíduo unicamente, mas sim a todos direitos difusos ou a uma parcelas deles, direitos coletivos. Exemplos destes são os direitos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.( Art. 225 da Constituição Federal de 1998), o direito à saúde, o direito do consumidor. O que uma pessoa comum faz quando requer de um atendimento médico? Caso tenha um plano as coisas ficam mais fáceis, podendo procurar sua operadora e ir até um hospital ou clinica conveniada para seu atendimento, caso precise se internação fica alocado em um quarto privativo ou em enfermaria de até 3 leitos dependendo do que seu plano lhe ofereça. No caso de uma pessoa de classe baixa onde utiliza o SUS ( sistema único de saúde), a realidade é diferente vemos filas para atendimento, na maioria das vezes tem que madrugar em fila de posto de saúde para talvez conseguir uma vaga para consulta clinica que nem sempre é o que o paciente precisa. Conforme a Constituição Federal no seu Artigo 6, no Capitulo II fala que São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 29 de 2000), no entanto na sessão II no seu Art. 196 diz que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 5/10/1988(ARTIGO 6.º E SEÇÃO II – DA SAÚDE). Se na constituição diz que todos temos direito a saúde porque é difícil ser encaminhado a um médico ou ter um atendimento digno de um cidadão comum? Garantir a saúde é um dever do Estado que encontra respaldo no texto constitucional. Para a Carta Magna a saúde é um direito social fundamental que decorre do princípio da dignidade da pessoa humana. Tal direito, diferente do que se costuma pensar, não se limita ao funcionamento de um sistema hospitalar eficiente, ele estende seus efeitos aos protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor. O CDC trás em seu art. 6º: “São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;” Conseguinte a essa proteção o §1º do art.12 do CDC dispõe que ao fornecedor cabe o dever de segurança, que implica num fornecimento de produtos e serviços seguros que não comprometam, inclusive, a saúde do consumidor. Essa segurança não é absoluta, visto que riscos normais e previsíveis devem ser tolerados pelos consumidores desde que contenham explicita e claramente essa informação. (Portal E-Gov). É inegável que o acesso a um serviço público eficaz e adequado consiste em direito básico de todo consumidor, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor. Também não se discute da obrigatoriedade do poder público oferecer um serviço de saúde para a população. Essa obrigação decorre de determinação constitucional descrita no Art. 196 da Constituição Federal da seguinte forma: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (Leonardo Girundi, 2015). http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direito-do-consumidor-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-vida-e-%C3%A0-saude O direito à saúde não se restringe apenas a poder ser atendido no hospital ou em unidades básicas. Embora o acesso a serviços tenha relevância, como direito fundamental, o direito à saúde implica também na garantia ampla de qualidade de vida, em associação a outros direitos básicos, como educação, saneamento básico, atividades culturais e segurança. Para termos uma saúde segura conforme manda a lei, podemos exigir perante nossos representantes legais para que intercedam perante o governo federal para contratação de mais médicos para os postos de saúde, diminuição de filas em postos, porque não adianta só uma parte da população que possa ter uma saúde digna porque paga planos de saúde e mesmo assim ainda utilizam o SUS. Caso o paciente venha a passar por um procedimento médico e algo der errado, o paciente pode entrar com uma petição para o CRM ( conselho regional de medicina) para uma possível indenização. No caso de uma pessoa ter convênio ma utiliza o SUS, esta fatura quem vai pagar vai ser o próprio convênio,conforme a lei no 9.656/98 institui a obrigatoriedade das operadoras de planos privados de assistência à saúde ressarcirem ao SUS as despesas relativas aos atendimentos prestados aos beneficiários de seus respectivos planos de saúde, pelas entidades públicas ou privadas, estas quando conveniadas ou contratadas pelo SUS, nos termos dispostos no art. 32 e seus parágrafos. Ai você me diz que no art. 196 da Constituição Federal Brasileira fala que “a saúde é u direito de todos e um dever do estado, garantindo mediante politicas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, só que em nossa sociedade não vemos isso acontecer. Muitas pessoas morrendo por falta de condições de ir ao médico, pessoas carentes que ficam na fila horas para chegar até o posto de saúde e ao menos conseguir uma consulta, o desrespeito a pessoas idosas, mães com crianças de colo esperando para se consultar com um médico, então o que devemos fazer?, mudar a administração para ver se melhora alguma coisa?. Existem programas que tentam melhorar a vida de um cidadão para que ele possa ter ao menos uma saúde com dignidade, mas por outro lado, vemos que não estão nem ai para o que está acontecendo. O bolsa família, que é um programa do Governo Federal, veio para tentar melhorar a vida das pessoas ganhando um valor para cada criança que tem na residencia, o povo de baixa renda e que não gosta de trabalhar acho isso um meio de “melhorar de vida” mas o jeito como fazem é o pior de todos os tempos. O aumento de partos em locais de baixa renda preocupa, pessoas que não tem nem o que comer em casa com alguns filhos, como que vamos ter uma saúde digna se a população está aumentando cada dia mais e seus postos de saúde diminuindo cada dia mais, com falta de remédios, médicos, enfermeiros, tirando materiais para procedimentos simples como curativo já não tem mais. CONCLUSÃO Nesta pesquisa pude concluir que para quem tem direito a saúde pelo município sem utilizar a rede privada o SUS ainda é o melhor convênio de saúde, mesmo com tantos problemas que vem enfrentando ainda podemos relatar suas benfeitorias, claro, se não houvesse desvio de verbas governamentais que são direcionadas para a saúde pública teríamos se não o melhor plano de saúde do mundo. Um plano que te dá direito a tudo que você precisa, te da medicação de uso contínuo, onde vamos ter outro plano desse? O importante é cuidar do que temos hoje para que amanha não venha faltar. REFERENCIAS <http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/leonardo- girundi/direito-do-consumidor-e-servi%C3%A7o-p%C3%BAblico- de-sa%C3%BAde-1.1005722>Direito do consumidor e serviço publico de saúde Leonardo Girundi, março 2015, acesso em 06/11/17 Coletânea de normas para o controle social no Sistema Único de Saúde- Editora MS, 2ª Edição, Brasília, DF 2006. <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direito-do-consumidor- prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-vida-e-%C3%A0-saude> Portal de E-GOVERNO inclusão digital e sociedade do conhecimento, acesso 07/11/2017. FAGUNDES, Tatiana Penharrubia, CAGGIANO, Monica Herman Salem (org.). Reflexões de direito econômico. São Paulo: Mackenzie, 2002, p.168. SILVA, José Luiz Toro da, Manual de Direito da Saúde suplementar. A Iniciativa Privada e os Planos de Saúde/ São Paulo : M.A.. Pontes Editora, 2005 <https://pensesus.fiocruz.br/direito-a-saude> acesso em 26/11/2017 https://pensesus.fiocruz.br/direito-a-saude http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direito-do-consumidor-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-vida-e-%C3%A0-saude http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direito-do-consumidor-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-vida-e-%C3%A0-saude http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/leonardo-girundi/direito-do-consumidor-e-servi%C3%A7o-p%C3%BAblico-de-sa%C3%BAde-1.1005722 http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/leonardo-girundi/direito-do-consumidor-e-servi%C3%A7o-p%C3%BAblico-de-sa%C3%BAde-1.1005722 http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/leonardo-girundi/direito-do-consumidor-e-servi%C3%A7o-p%C3%BAblico-de-sa%C3%BAde-1.1005722
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