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TEORIA E PRATICA DA PSICOPEDAGOGIA IPEMIG

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TEORIA E PRÁTICA EM 
PSICOPEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5 
1 – NOÇÕES BÁSICAS EM PSICOPEDAGIA .......................................................... 7 
1.1 – As origens e trajetória da Psicopedagogia ..................................................... 7 
1.2 – Conceituações, influências e contribuições .................................................. 12 
1.3 – Seu Campo de atuação ............................................................................... 16 
1.4 – Suas divisões: clínica e institucional ............................................................ 17 
1.5 – As relações com as demais disciplinas ........................................................ 27 
1.6 – Os eixos norteadores da Psicopedagogia Institucional ................................ 29 
2 – CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
PSICOPEDAGOGIA ................................................................................................ 33 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .................................................. 38 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
INTRODUÇÃO 
 
Sejam bem-vindos ao curso de Especialização em Psicopedagogia oferecido 
pelo Instituto Pedagógico de Minas Gerais. 
Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação 
daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências 
atualizadas, embora saibamos que alguns clássicos como Sara Paín e Maria Lúcia L. 
Weiss são indispensáveis ao curso. 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, 
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos 
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou 
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e 
provado pelos pesquisadores. 
Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos 
colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada 
está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar 
nosso trabalho. 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são 
livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: 
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é 
demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos 
nossos/ seus alunos. 
Deste modo, o curso em questão tem como objetivo geral oferecer subsídios 
teórico-metodológicos para que os ingressantes na área de Psicopedagogia 
Institucional e Clínica possam atuar na prevenção e tratamento e, reforçar os 
conhecimentos daqueles que já atuam na área, pois sabemos que o mercado atual 
exige renovação da bagagem profissional, valorização das novas tendências na sua 
área de trabalho. 
Nesta apostila, o conteúdo passa por noções básicas em Psicopedagogia, o 
que inclui as suas origens, os campos de atuação, as suas divisões, as relações com 
as demais disciplinas e os eixos norteadores. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos 
serem os mais importantes para a disciplina. 
Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação 
científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da 
apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar 
dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 
 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
1 NOÇÕES BÁSICAS EM PSICOPEDAGOGIA 
 
Já vamos entrando no campo da Psicopedagogia levantando alguns 
questionamentos que perpassam pela ética, como por exemplo, o que o levou a cursar 
essa especialização? Qual papel exerce na sociedade? Quais seus objetivos? Onde 
quer chegar? Isto porque, queiramos ou não, a escolha de uma profissão vem sempre 
acompanhada de um código de ética direcionado ao exercício da atividade no meio 
ambiente social onde se vai atuar. 
Essas questões são de foro íntimo, não podemos responder por vocês, mas 
podemos trazer à tona algumas ideias que os levem a refletir e responder com toda 
sinceridade a que vieram. 
O campo da Psicopedagogia traz à tona o encontro com o prazer de trabalhar, 
de investigar, de aprender com os pacientes (alunos). Como diz Damasceno (s/d) é a 
busca criativa que nos leva a (des) aprisionar a inteligência, a tirar a criatividade do 
casulo, a desprender-se, deixar solto o pensamento, o conhecer e o crescer, porque 
desperta a crença no ser humano. 
Justifica-se a necessidade do Psicopedagogo dentro da escola, levando em 
consideração que a maioria delas ainda não possui, em sua equipe pedagógica, um 
profissional que possa auxiliar a comunidade escolar, instrumentalizando-a teórica e 
metodologicamente para atender a individualidade de cada educando no processo de 
construção de seus conhecimentos. 
Pois bem, vamos analisar a importância da Psicopedagogia, a qual tem por 
objeto central de estudo o processo de aprendizagem humana, seus padrões 
evolutivos normais e patológicos, bem como a influência do meio (família, escola, 
sociedade) e especificamente, tentaremos demonstrar que as dificuldades escolares 
não podem ser explicadas apenas por um fator, mas que podem situar-se na criança, 
no meio familiar ou mesmo no meio escolar. 
 
 1.1 – As origens e trajetória da Psicopedagogia 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
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A psicopedagogia nasceu da necessidade de melhor compreensão do processo 
de aprendizagem e se tornou uma área de estudo específica que busca conhecimento 
em outros campos e cria seu próprio objeto de estudo, ocupando-se do processo de 
aprendizagem humana, seus padrões de desenvolvimento e a influência do meio 
nesse processo (FERREIRA, 2006). 
Na literatura francesa que sempre influenciou as ideias sobre psicopedagogia 
na Argentina (a qual, por sua vez, influenciou a práxis brasileira) – encontra-se, entre 
outros, os trabalhos de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta 
algumas considerações sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas ideias 
na Europa, e os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico 
psicopedagógico na França, onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação 
entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de 
comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 2000, p. 37). 
Esses centros tentavam readaptar crianças com comportamentos socialmente 
inadequados na escola ou no lar e atendiam crianças com dificuldades de 
aprendizagem apesar de serem inteligentes. 
Esperava-se através desta união Psicologia – Psicanálise – Pedagogia, 
conhecer a criança e o seu meio, para que fosse possível compreender o caso para 
determinar uma ação reeducadora, e, diferenciar os que não aprendiam, apesar de 
serem inteligentes, daqueles que apresentavam alguma deficiência mental, física ou 
sensorial era uma das preocupações da época. 
Observa-se que a psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo 
inicialmente um caráter médico-pedagógico dos quais faziam parte da equipe do 
Centro Psicopedagógico: médicos, psicólogos, psicanalistas e pedagogos. 
Ferreira (2006) nos conta que há alguns anos atrás, a falta de clarezaa respeito 
dos problemas de aprendizagem, fazia com que os alunos com dificuldades fossem 
encaminhados para profissionais de diversas áreas de atuação, sem uma resolução 
eficiente dos problemas. 
Em primeiro momento, no período de Medicalização dos problemas de 
aprendizagem, estas crianças eram encaminhadas ao médico: pediatra e depois ao 
neurologista. 
 
 
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Em segundo momento, denominado Psicologização dos problemas de 
aprendizagem, onde eram encaminhadas ao psicólogo, submetendo a criança a uma 
bateria de testes. Frente a estas situações, não se chegava a uma explicação clara 
sobre as dificuldades da criança, foi-se criando a consciência da necessidade de 
formação de um único profissional apto a integrar conhecimentos e para atuar de 
maneira objetiva e eficaz, não só na resolução dos problemas escolares, mas também 
que atuasse na prevenção dos mesmos, facilitando o vínculo do aluno com o processo 
de aprendizagem e o resgate do prazer de aprender, melhorando assim, o 
desempenho escolar do aluno. 
Assim nasceu a Psicopedagogia, cujo termo apresenta-se hoje com uma 
característica especial. Devido a complexidade dos problemas de aprendizagem, a 
Psicopedagogia se apresenta com um caráter multidisciplinar, que busca 
conhecimento em diversas outras áreas de conhecimento, além da psicologia e da 
pedagogia. É necessário ter noções de: 
 Linguística, para explicar como se dá o desenvolvimento da linguagem 
humana e sobre os processos de aquisição da linguagem oral e escrita. 
 Conhecimentos sobre o desenvolvimento neurológico, sobre suas 
disfunções que acabam dificultando a aprendizagem; 
 Conhecimentos filosóficos e sociológicos, que nos oferece o entendimento 
sobre a visão do homem, seus relacionamentos a cada momento histórico e sua 
correspondente concepção de aprendizagem (FERREIRA, 2006). 
Sobre a corrente europeia que influenciou significativamente a Argentina, Bossa 
(2000) citando estudos de Alícia Fernandez nos conta que a Psicopedagogia surgiu 
na Argentina há mais de 40 anos e foi em Buenos Aires, sua capital, a primeira cidade 
a oferecer o curso de Psicopedagogia, portanto, foram nos anos 1970 que surgiram 
por lá, os Centros de Saúde Mental, onde equipes de psicopedagogos atuavam 
fazendo diagnóstico e tratamento. 
Estes psicopedagogos perceberam um ano após o tratamento, que os 
pacientes resolviam seus problemas de aprendizagem, mas desenvolviam distúrbios 
de personalidade como deslocamento de sintoma. Resolveram então incluir o olhar e 
a escuta clínica psicanalítica, perfil atual do psicopedagogo argentino (BOSSA, 2000). 
 
 
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Ao Brasil, a Psicopedagogia chegou na década de 1970, cujas dificuldades de 
aprendizagem nesta época eram associadas a uma disfunção neurológica 
denominada de Disfunção Cerebral Mínima (DCM) que virou moda neste período, 
servindo para camuflar problemas sócio-pedagógicos. Fora introduzida baseada nos 
modelos médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de 
aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de especialistas 
em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre, com a duração 
de dois anos (BOSSA, 2000, p. 48-52). 
De acordo com Visca apud Bossa (2000, p. 21), a Psicopedagogia foi 
inicialmente uma ação subsidiada da Medicina e da Psicologia, perfilando-se 
posteriormente como um conhecimento independente e complementar, possuída de 
um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem, e de recursos 
diagnósticos, corretores e preventivos próprios. 
Com esta visão de uma formação independente, porém complementar destas 
duas áreas, o Brasil recebeu contribuições para o desenvolvimento da área 
psicopedagógica, de profissionais argentinos tais como: Sara Paín, Jacob Feldmann, 
Ana Maria Muniz, Jorge Visca, dentre muitos outros. 
O professor argentino Jorge Visca, tido como um dos maiores contribuintes da 
difusão psicopedagógica no Brasil, foi o criador da Epistemologia Convergente, linha 
teórica que propõe um trabalho com a aprendizagem utilizando-se da integração de 
três linhas da Psicologia: 
1. Escola de Genebra – Psicogenética de Piaget (já que ninguém pode 
aprender além do que sua estrutura cognitiva permite); 
2. Escola Psicanalítica – Freud (já que dois sujeitos com igual nível 
cognitivo e distintos investimentos afetivos em relação a um objeto aprenderão de 
forma diferente); 
3. Escola de Psicologia Social de Enrique Pichon Rivière (pois se ocorresse 
uma paridade do cognitivo e afetivo em dois sujeitos de distinta cultura, também suas 
aprendizagens em relação a um mesmo objeto seriam diferentes, devido às influências 
que sofreram por seus meios socioculturais). 
 
 
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 Assim, a análise do sujeito através de correntes distintas do pensamento 
psicológico concebeu uma proposta de diagnóstico, de processo corretor e de 
prevenção, dando origem ao método clínico psicopedagógico, que influencia os 
profissionais até o presente momento. 
[...] Quando se fala de psicopedagogia clínica, se está fazendo referência a um 
método com o qual se tenta conduzir à aprendizagem e não a uma corrente teórica ou 
escola. Em concordância com o método clínico podem-se utilizar diferentes enfoques 
teóricos. O que eu preconizo é o da epistemologia convergente (VISCA, 1987, p. 16 
apud BOSSA, 2000). 
A psicopedagogia tem sofrido influências de diversas correntes teóricas ao 
longo de sua existência. 
A partir da década de 1950/1960, no seu início, tinha uma visão médica, 
enfocando o problema que acontecia com o sujeito com relação à aprendizagem. Esta 
visão partia de uma abordagem neuropsicológica, uma vez que existindo um problema 
de aprendizagem, este deveria ser sanado investigando-se qual dificuldade 
apresentada pelo sujeito, que ocasionava o fracasso escolar (SCHMID, 2006). 
Na década de 1960/1970, permeou-se pela visão behaviorista, ou seja, parou 
de abordar as falhas e começou a trabalhar os condicionamentos, avaliando o 
desempenho do sujeito. 
Na década de 1980, seu estudo começa a possuir uma visão social, dialética 
devido à influência da teoria de Vygotsky que considera relevante o meio social do 
sujeito para sua aprendizagem. Neste momento, surge o profissional 
psicopedagogo/educador interdisciplinar, que dá importância ao processo de 
aprendizagem. Começa-se a pensar porque este sujeito fracassa e não mais como 
ele fracassa, levando-se em conta o meio social do sujeito. 
Já na década de 1990 até hoje, sua visão passou a ser de interdisciplinaridade, 
sofrendo influência da Psicolinguística, neurociências e sociologia. 
Segundo a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp, s/d) a 
Psicopedagogia no Brasil enquanto área de atuação é sustentada por referenciais 
teóricos, isto é uma práxis psicopedagógica. É reconhecida academicamente através 
das produções científicas materializadas em teses, publicações e reuniões científicas 
 
 
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organizadas pelo órgão de classe (ABPp) e por outros órgãos representados pelos 
profissionais e áreas afins. Diferentemente dos primórdios do movimento educacional 
preocupado em compreender as razões do insucesso das crianças na escola, 
buscando apenas no aluno as respostas, a tendência contemporânea é considerar o 
insucesso enquanto sintoma social e não apenas como uma patologia do aluno. 
Hoje é inegável o reconhecimento da contribuição social e científica da 
Psicopedagogia e dos Psicopedagogos na realidade brasileira. Embora nossa 
referência seja a Psicopedagogia, enquanto área de atuaçãopreocupada com a 
questão da aprendizagem humana, sabemos que muitos são os estilos dos 
psicopedagogos, pois cada um os constrói a partir de sua singularidade, a qual 
determina as diferentes opções pelos modelos e referenciais teóricos. 
Entende-se que existe uma profunda relação e entrelaçamento entre os 
aspectos teóricos, a formação e o modus operandi do profissional. Como não há 
uniformidade de modelos teóricos, não há uma única práxis psicopedagógica. O 
fundamental é desencadear a consciência do compromisso na formação profissional. 
É a formação continuada que fundamenta a práxis psicopedagógica. Para que o tripé 
modelo teóricos/ formação/ modus operandi se sustente, hoje é preciso fazer uma 
distinção entre legitimidade e legalização. A legitimidade da Psicopedagogia 
enquanto práxis e do Psicopedagogo enquanto profissional, já foi alcançada. É preciso 
agora legalizar/oficializar através de leis o que já está legitimado (ABPP, s/d). 
 
1.2 – Conceituações, influências e contribuições 
 A Psicopedagogia é um campo do conhecimento que se propõe a integrar, de 
modo coerente, conhecimentos e princípios de diferentes ciências humanas com a 
meta de adquirir uma ampla compreensão sobre os variados processos inerentes ao 
aprender humano (BEAUCLAIR, 2004). 
Enquanto área de conhecimento multidisciplinar interessa a Psicopedagogia, 
compreender como ocorrem os processos de aprendizagem e entender as possíveis 
dificuldades situadas neste movimento. Para tal, faz uso da integração e síntese de 
vários campos do conhecimento, tais com a Psicologia, a Psicanálise, a Filosofia, a 
Psicologia Transpessoal, a Pedagogia, a Neurologia, entre outros. 
 
 
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A Psicopedagogia é um corpo de conhecimentos estruturada de diferentes 
maneiras. A seguir destacamos algumas definições. 
De acordo com Alves e Bossa (2006) a Psicopedagogia é um campo no qual 
floresceu o conceito de sujeito autor, é uma área de estudo interdisciplinar que olha 
para o sujeito como um todo no contexto no qual está inserido, que estuda os 
caminhos do sujeito que aprende e apreende, adquire, elabora, saboreia e transforma 
em saber o conhecimento. A concepção de sujeito autor como aquele que constrói 
seu pensamento se faz presente através de um “corpo” que sente, existe, ama e 
proclama sua liberdade de ser, de estar e viver no eterno presente, no eterno agora. 
Para Bossa (2000) a Psicopedagogia é concebida com uma configuração 
clínica, ainda que sua prática se dê em um enfoque preventivo e, esse caráter clínico 
significa levar em conta a singularidade do processo a ser investigado, recorrendo 
tanto aos diagnósticos e intervenções que lhe são comuns no trabalho institucional e 
clínico. Para a autora, o termo distingue-se em três conotações: 
1. Como uma prática; 
2. Como um campo de investigação do ato de aprender e, 
3. Como um saber científico. 
A Psicopedagogia é entendida como uma área de aplicação que antecede o 
status de área de estudos, a qual tem procurado sistematizar um corpo teórico próprio, 
definir o seu objeto de estudo e delimitar o seu campo de atuação. 
Segundo a mesma autora, a Psicopedagogia deve se ocupar do estudo da 
aprendizagem humana e, portanto, preocupar-se inicialmente com o processo de 
aprendizagem (como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e 
está condicionada por diversos fatores, como se produzem as alterações na 
aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las). 
Seu objeto de estudo é, portanto, um sujeito a ser estudado por outro 
sujeito. Esse estudo pode ser através de um trabalho clínico ou preventivo. 
O primeiro se dá na relação entre um sujeito com sua história pessoal e sua 
modalidade de aprendizagem buscando compreender a mensagem de outro sujeito, 
 
 
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implícita no não aprender. Nesse processo, investigador e objeto-sujeito interagem 
constantemente. 
No segundo, a instituição (espaço físico e psíquico da aprendizagem) é objeto 
de estudos uma vez que são avaliados os processos didático-metodológicos e a 
dinâmica institucional que interferem no processo de aprendizagem. 
A psicopedagogia, hoje, é entendida num contexto de interdisciplinaridade, 
sem, contudo, perder de vista que „os diferentes níveis de realidade são acessíveis ao 
conhecimento humano graças à existência de diferentes níveis de percepção, que se 
acham em correspondência biunívoca com os níveis de realidade‟ [...] sem jamais 
difere-la completamente (RUBINSTEIN, 1996, p.23). 
A mesma autora (1999) nos dá uma boa pista quando ressalta que a 
Psicopedagogia deve ser compreendida como uma práxis dinâmica, tanto em seu 
contexto interno, isto é, no interior da relação terapêutica, no processo, nos recursos 
e necessidades do paciente, como no contexto externo, no sentido que as diferentes 
concepções teóricas que sustentam a prática estão muito relacionadas com o percurso 
acadêmico e com o contexto particular de formação pessoal do profissional que exerce 
a função. 
Deste modo, a psicopedagogia é uma ciência que abre espaço para 
descobertas, investigações, que cria condições e viabiliza espaços para a troca e 
consequente expansão do conhecimento, que permite o intercâmbio cultural das 
ciências que se reportam ao entendimento do sujeito, que permite ao ser humano ser 
autor de seu pensamento, e que permite, portanto, a viagem e a interação entre o 
velho e o novo, entre o tradicional e o moderno, entre o ideal e o real, entre o masculino 
e o feminino, entre o subjetivo e o objetivo. É uma ciência capaz de unir, integrar, 
viabilizar, promover, portanto, é a ciência que se reporta ao ser aprendente, ao que dá 
ao ser humano a condição de constituir-se na aprendizagem e esse processo se dá 
desde o seu nascimento e perpetua até sua morte. 
A psicopedagogia lida com o processo de aprendizagem e trabalha com a 
construção do ser cognoscente, capaz de construir seu próprio conhecimento, isto é, 
a psicopedagogia, ao longo dos tempos, passou a objetivar a reconstrução, integração 
 
 
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e expansão do sujeito na construção de sua autonomia e o eu cognoscente e sua 
relação com a aprendizagem (SCHMID, 2006). 
Pode auxiliar no enfrentamento da exclusão e na luta pela não exclusão através 
de pesquisas e produções científicas, orientação e ação pontual sobre as situações já 
existentes e prevenção tanto no grupo familiar, quanto escolar. 
Entre as possíveis ações, a Psicopedagogia pode: 
 Propiciar a reflexão na escola, auxiliá-la a repensar seus valores e 
crenças com relação à diversidade e à igualdade; 
 Auxiliar os pais a pensarem sobre as dificuldades de seus filhos e 
perceberem se a insistência a respeito da inclusão não está atrelada à negação da 
dificuldade; 
 Auxiliar a escola a encontrar saídas metodológicas e avaliativas não 
exclusivas; 
 Divulgar uma proposta de trabalho grupal, descentralizador do papel do 
professor; 
 Divulgar o ensino pela pesquisa, para que todos possam participar, 
independentemente de suas dificuldades. 
 Ela ainda possibilita uma nova reflexão sobre o contexto sociopolítico e sobre 
a diferença na sociedade, levando também a repensar sobre o papel do profissional 
da saúde e da educação na questão da inclusão. 
Junto à Educação tem como papel, instituir caminhos entre os opostos que 
ligam o saber e o não saber, o acesso ao conhecimento e a falta desse acesso, a 
facilidade e a dificuldade, a rapidez e a lentidão e outros opostos que possam se 
apresentar em um processo de aprendizagem. 
Segundo Barbosa (2006) o campo que se esboça é vasto; olhar a diferença 
sem perder a dimensão da igualdade é um dos maioresdesafios educacionais neste 
século. E enquanto uma das áreas responsáveis pela aprendizagem, a 
psicopedagogia tem muito a aprender e muito a contribuir. 
 
 
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Segundo Moojen (1983), ao conceituarmos a Psicopedagogia, deveremos 
proceder com cautela, pois um conceito teórico deve atender a determinadas 
características, devendo ser: dinâmico, histórico, flexível e contextualizado. 
Diferentemente do que ocorre na conceitualização apresentada pelo Dicionário 
Aurélio da Língua Portuguesa. Pois, segundo o dicionário, A Psicopedagogia é “a 
aplicação da psicologia experimental à Pedagogia”. E, segundo a autora, esta 
definição é restrita para a ação Psicopedagógica, mas, que foi originada como um 
reflexo das concepções iniciais da Psicopedagogia na década de 1950 e de 1960. 
Esclarecendo ainda que mesmo com a falta de nitidez conceitual e de identificação do 
corpo teórico psicopedagógico, encontra-se em nosso país, uma prática 
psicopedagógica bastante eficaz. 
 
1.3 – Seu Campo de atuação 
 Sabendo que, na verdade, a Psicopedagogia situa-se em um campo que, ao 
atuar de forma preventiva e terapêutica, posiciona-se para compreender os processos 
do desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a várias áreas e 
estratégias pedagógicas objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir nos 
processos de transmissão e apropriação dos conhecimentos (possíveis dificuldades e 
transtornos), o papel essencial do psicopedagogo vem a ser o de mediador em todo 
esse movimento. 
Beauclair (2004) analisa que se for além da simples junção dos conhecimentos 
da Psicologia e da Pedagogia, o psicopedagogo pode atuar em diferentes campos de 
ação, situando-se tanto na Saúde como na Educação, já que seu fazer visa 
compreender as variadas dimensões da aprendizagem humana, que, afinal, ocorrem 
em todos os espaços e tempos sociais. 
A questão da aprendizagem é, então, uma questão central da psicopedagogia, 
existindo milhões de teorias para diferenciá-la, mas que nunca será explicada 
totalmente, porque todos fazem parte da aprendizagem. Ela é processo, é vida, não é 
finito, ou melhor, só se deixa de aprender quando morre, pois, é esta a última 
aprendizagem (BEAUCLAIR, 2004). 
 
 
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Pensando assim, para Gasparian (2006), nenhuma teoria de aprendizagem 
será abrangente para se trabalhar, então trabalha-se parte deste todo que pode 
representar o todo, mas não é o todo, porque o todo é muito mais do que a soma de 
suas partes. 
Uma situação é certa, o psicopedagogo tem que trabalhar dentro das 
diferenças, entrar de cabeça dentro de um paradoxo que faz parte de nossa vida, por 
isso tem que ter muita reflexão. 
 
1.4 – Suas divisões: clínica e institucional 
 Partindo da premissa que a ciência Psicopedagogia apresenta um campo de 
atuação vasto, ao seu profissional cabe assumir com discernimento e compromisso 
sua complexa tarefa e ainda, construí-la sob base sólida de formações teóricopráticas. 
Antes de seguirmos para os campos mais conhecidos de sua atuação, vamos 
discorrer um pouco sobre esse profissional: o Psicopedagogo! 
Formado em cursos de pós-graduação ou especialização (curso regulamentado 
pelo MEC com carga horária mínima de 360 horas), esse profissional reúne 
conhecimento de várias áreas e estratégias pedagógicas e psicológicas que o 
possibilita voltar-se para o processo de desenvolvimento e aprendizagem, atuando 
numa linha preventiva e/ou terapêutica. 
Sua contribuição na dinâmica escolar é muito importante. Sua atividade 
caracteriza-se pelo aspecto interacional, ou seja, pode fazer parte de uma equipe 
interdisciplinar atuando nas questões de discussão de problemática docente, discente 
e administrativa. 
Contribuirá das diversas formas, tendo em vista que o profissional de 
Psicopedagogia tem bem claro como se processa a evolução do pensamento 
(LIMA, 2003). 
Algumas de suas atuações possíveis: 
 Assessorar e esclarecer a escola a respeito de diversos aspectos do 
processo de ensino-aprendizagem; 
 
 
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 Esclarecer que as dificuldades de aprendizagem não têm como causas 
apenas deficiências do aluno, mas como consequências de problemas escolares 
advindos da organização da instituição, dos métodos de ensino; 
 Ao trabalhar com conceitos e pré-requisitos para a aprendizagem, auxilia 
para que as situações de ensino sejam organizadas de acordo com o 
desenvolvimento; 
 Auxilia a determinar prioridades com relação aos objetivos educacionais 
junto à equipe curricular. 
Ao considerar os problemas de aprendizagem do ponto de vista sistêmico, 
evidencia-se a relevância para que o indivíduo possa ser trabalhado no seu ambiente 
escolar, deixando assim que sejam encaminhados para serviços especiais os casos 
mais sérios, que necessitam de diagnóstico especializado e exames complementares. 
Nessa linha de pensamento atuará terapeuticamente na escola de modo a: 
 Preparar o professor para realização de atendimentos pedagógicos 
individualizados, 
 Auxiliar na compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao 
professor ver alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem intervir, 
Participar no diagnóstico dos distúrbios específicos da aprendizagem; 
 Atender pequenos grupos de alunos. 
O Psicopedagogo preocupa-se fundamentalmente, com que as experiências de 
aprendizagem sejam prazerosas para o indivíduo e, sobretudo, que sejam 
estruturalizantes, isto é, que promovam o desenvolvimento das capacidades de Ego 
para lidar com o meio ambiente, numa linha de evolução o mais natural possível (LIMA, 
2003). 
Na sua função preventiva, cabe ao psicopedagogo: 
 Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem; 
 Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa afim de 
favorecer o processo de integração e troca; 
 
 
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 Promover orientações metodológicas de acordo com as características 
dos indivíduos e grupos; 
 Realizar processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, 
tanto na forma individual quanto em grupo. 
 Segundo Macedo (1992), o psicopedagogo no Brasil ocupa-se das seguintes 
atividades: 
 Orientação de estudos: consiste em organizar a vida escolar da criança 
quando esta não sabe fazê-lo espontaneamente. Procura-se promover o melhor uso 
do tempo, a elaboração de uma agenda e tudo aquilo que é necessário ao “como 
estudar” (como ler um texto, como escrever, como estudar para prova, etc.). 
 Apropriação dos conteúdos escolares: o psicopedagogo visa 
propiciar domínio de disciplinas escolares em que a criança não vem tendo um bom 
aproveitamento. Ele se diferencia do professor particular, pois o conteúdo escolar é 
usado apenas como uma estratégia para ajudar e fornecer ao aluno o domínio de si 
próprio e as condições necessárias ao desenvolvimento cognitivo. 
 Desenvolvimento do raciocínio: trabalho feito com os processos de 
pensamento necessários ao ato de aprender. Os jogos são muito utilizados, pois são 
férteis no sentido de criarem um contexto de observação e diálogo sobre processos 
de pensar e de construir o conhecimento. Este procedimento pode promover um 
desenvolvimento cognitivo maior do que aquele que as escolas costumar conseguir. 
 Atendimento de crianças: A psicopedagogia se presta a atender 
deficientes mentais, autistas ou com comprometimentos orgânicos mais graves, 
podendo até substituir o trabalho da escola. 
 O campo de atuação passa basicamente pela clínica que envolve diagnóstico, 
avaliação e intervenção e pela prevenção. A distinção entre o trabalhoclínico e o 
preventivo é fundamental. O primeiro visa buscar os obstáculos e as causas para o 
problema de aprendizagem já instalado; e o segundo, estudar as condições evolutivas 
da aprendizagem apontando caminhos para um aprender mais eficiente. 
 
 
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As áreas de estudo se traduzem na observação de diferentes dimensões no 
processo de aprendizagem: orgânico, cognitivo, emocional, social e pedagógico 
(posteriormente em outra apostila veremos em detalhes cada dimensão). “A 
interligação desses aspectos ajudará a construir uma visão gestáltica da 
pluricausalidade deste fenômeno, possibilitando uma abordagem global do sujeito em 
suas múltiplas facetas” (WEISS, 1992, p. 22). 
 
Psicopedagogia Clínica enfocando a Hospitalar 
A Psicopedagogia Clínica tem como missão retirar as pessoas de sua condição 
inadequada de aprendizagem, dotando-as de sentimentos de alta autoestima, 
fazendo-se perceber suas potencialidades, recuperando desta forma, seus processos 
internos de apreensão de uma realidade, nos aspectos: cognitivo, afetivo emocional e 
de conteúdos acadêmicos. 
Segundo Schroeder e Macking (2006), cabe ao Psicopedagogo Clínico ou 
terapêutico as seguintes missões: 
 Avaliar e diagnosticar as condições da aprendizagem, identificando as áreas 
de competência e de insucesso do aprendente; de acordo com Bossa (2000, 
p.102), em geral, no diagnóstico clínico, além de entrevistas e anamnese, utilizam-se 
provas psicomotoras, provas de linguagem, provas de nível mental, provas 
pedagógicas, provas de percepção, provas projetivas e outras, conforme o referencial 
teórico adotado pelo profissional. 
 Realizar devolutivas para os pais ou responsáveis, para a escola e para 
o aprendente; 
 Atender o aprendente, estabelecendo um processo corretor 
psicopedagógico com o objetivo de superar as dificuldades encontradas na avaliação; 
 Orientar os pais quanto às suas atitudes para com seus filhos, bem como 
professores para com seus alunos; 
 Pesquisar e conhecer a etiologia ou a patologia do aprendente, com 
profundidade. 
 
 
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 O Psicopedagogo é um profissional que deverá ter conhecimentos 
multidisciplinares para usar na avaliação diagnóstica, uma vez que é preciso 
estabelecer e interpretar dados em várias áreas, tais como: auditiva e visual, motora, 
intelectual, cognitiva, acadêmica e emocional. Este conhecimento favorecerá também 
a escolha da metodologia mais adequada para ajudar o aprendente a superar suas 
inadequações. 
Deve ainda pautar seu trabalho clínico procurando escutar com sensibilidade, 
pois seu trabalho é de cunho investigatório, interventivo e contínuo, e assim, mobilizar 
ações que venham levantar hipóteses sobre as possíveis causas que estão intervindo 
no processo de construção da aprendizagem. 
Os instrumentos utilizados nesta modalidade são: entrevistas com a família, 
entrevistas com o sujeito, contato com a escola e com outros profissionais que venha 
complementar o diagnóstico e, por fim, a devolutiva, na qual o profissional solicitado 
irá fazer uma síntese do processo que foi realizado, durante o período terapêutico, 
pontuando a necessidade ou não de encaminhar o aluno para um outro especialista 
(SANTOS et al, 2002). 
É preciso falar ainda que dentro da psicopedagogia clínica, temos a modalidade 
hospitalar, local que também é uma instituição, pois o psicopedagogo poderá trabalhar 
com crianças hospitalizadas e seu processo de aprendizagem, poderá também estar 
trabalhando com a equipe multidisciplinar dessa instituição, tais como psicólogos, 
assistentes sociais, enfermeiros e médicos. 
No ambiente hospitalar, o psicopedagogo busca compreender o modo como se 
dá a construção do conhecimento e que fatores podem facilitar ou intervir nesse 
processo dentro do hospital. A aprendizagem irá ocorrer, embora intuitivamente, com 
todos que mantenham alguma ligação com a instituição hospitalar, uma vez que ela 
se dá a partir das relações de uns com os outros e com o ambiente em que estão 
inseridos, onde as pessoas influenciam e são influenciadas ao mesmo tempo, numa 
troca constante de experiências e saberes. 
Assim, o trabalho do psicopedagogo no hospital não objetiva só o paciente, a 
criança ou adolescente em hospitalização, mas pode estender-se também às mães 
ou acompanhantes, aos funcionários, ao motorista da ambulância que vem do interior 
 
 
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do Estado, ao vendedor ambulante da calçada, enfim, qualquer pessoa que faça parte, 
de alguma forma, do dia-a-dia do hospital. 
O psicopedagogo será o profissional que buscará compreender como as 
pessoas constroem seu saber no ambiente hospitalar intervindo de forma a integrar o 
indivíduo ou o grupo a realidade da instituição e dela tirar algum proveito. 
Já Psicopedagogia em hospitalização, refere-se especificamente ao paciente. 
No momento em que ele entra em contato com a realidade do hospital, passa a se 
relacionar com pessoas, objetos, vocabulários e sentimentos novos, passando a fazer 
parte, interagir e se envolver com essa nova realidade, mesmo sem perceber. 
E se “aprender é estar completamente envolvido naquilo, é estar presente, ” como 
afirma Pedro Demo (2001, p. 50) em entrevista à revista NOVA ESCOLA, existe aí, 
sem dúvida alguma, um ambiente propício para a aprendizagem que, como sabemos, 
não se limita ao espaço escolar ou a um determinado período da vida da criança e 
muitos menos depende da sua condição física. 
 
 Psicopedagogia Institucional enfocando a educacional 
Institucionalmente, no ambiente escolar, o psicopedagogo pode trabalhar 
prestando assessoria aos professores e demais educadores para que estes possam 
melhorar a qualidade de sua atuação, através de reflexões sobre questões 
pedagógicas e de novas alternativas de trabalho, propiciando a análise de como 
acontece o processo de ensino-aprendizagem, frisando sempre a importância dos 
fatores orgânicos, cognitivos, afetivos/sociais e pedagógicos, na construção do 
conhecimento pelos indivíduos cognoscentes. Além disso, a sua função também 
perpassa a instalação de um clima de cooperatividade entre todos os profissionais da 
escola, possibilitando a participação destes, na construção do Projeto Pedagógico, em 
discussões sobre situações e casos especiais ocorridos com os alunos. 
Segundo Gasparian (2006) deve ser parceiro da professora, entrar na classe, 
construir junto com ela, detectar os nichos das crianças rejeitadas, das crianças 
atentas, das desatentas, das que faltam, etc., enfim, construir um perfil da classe. 
Ainda falando sobre a atuação do psicopedagogo na escola, está também 
configura-se no atendimento aos alunos com problemas de aprendizagem já 
 
 
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instalados (realizando atividades com grupos) bem como, na prevenção dos mesmos, 
buscando realizar um trabalho global junto aos alunos, através do desenvolvimento do 
raciocínio e resgate da autoestima, a fim de despertar o prazer e a vontade de 
aprender (SANTOS et al, 2002). 
Enfim, ele atua sempre no campo clínico-preventivo porque está sempre 
interferindo no processo de ensino e aprendizagem, podendo trabalhar com formação 
continuada de professores, de reflexão sobre currículos e programas junto com a 
coordenação pedagógica, atuando junto com famílias e comunidade e com alunos 
com dificuldades de aprendizagem detectando fraturas neste processo. 
Caso o aluno precise de uma orientação mais específica ele deverá diferenciá-
lo para um trabalho individual (clínico), mas depois de verificar se o aluno tem ou não 
um comprometimento cognitivo ou se é apenasdefasagem de conteúdo escolar. É um 
trabalho complexo e requer do profissional sensibilidade para detectar essas 
dificuldades e as reais necessidades da escola. 
Já nas empresas, sua atuação é pautada em ajudar nas relações entre as 
pessoas, e destas com a empresa, percebendo que esta é parceira e não rival, 
ajudando na construção e aplicação da ética, da moral e da criatividade humana. 
Enfim, o psicopedagogo vai trabalhar a pessoa do professor, do gerente, o que 
ele tem de melhor, o aqui e agora, é um trabalho bem gestáltico, é um trabalho de 
transformação, que segundo Gasparian (2006) fará com que o professor não veja o 
seu aluno como inimigo, que o gerente não veja que o seu subordinado quer pegar o 
seu lugar, mas que se vejam como parceiros, sempre um trabalho de parceria. 
Esse profissional pode trabalhar também com as classes de EJA. 
A partir da influência que exerce no âmbito da educação, o psicopedagogo, 
portanto, precisa utilizar seu papel articulador para auxiliar no enfrentamento das 
dificuldades que o processo de inclusão pode trazer. 
A escola regular ao oferecer o ensino fundamental tem como objetivo a 
educação da criança, esquecendo-se que o adulto não teve acesso à escola na idade 
certa e que se encontra à margem do conhecimento e do saber, necessitando, pois 
de apoio pedagógico e psicopedagógico. 
 
 
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Hoje, a inclusão dos jovens e adultos nos projetos de alfabetização tem nascido 
basicamente da exigência do mercado de trabalho, onde o ensino fundamental não 
significa somente acesso ao mesmo, mas principalmente permanência, para isto é 
indispensável que os diversos setores da sociedade busquem inserir e possibilitar a 
permanência na escola, para que os cidadãos possam participar ativamente da 
sociedade, da vida cidadã, cultural e política do seu país. 
Para Fernández (1994), quem não conhece morre para a vida, não existindo o 
conhecimento não há lugar para a sexualidade humana, para o trabalho, para a 
procriação de filhos, de novos seres humanos que, reproduzindo os velhos, 
ressignificam a história. 
No momento em que o ser humano ressignifica sua aprendizagem no nível 
desejado, o papel da escola, do professor, do psicopedagogo e da sociedade, é 
fundamental principalmente por não ocultar ao aprendiz o caráter de sujeito pensante. 
Sobre sua metodologia de trabalho, sabe-se que ele se torna mais completo se 
a família estiver integrada às relações do aprendiz com a psicopedagoga, mas no caso 
do aprendiz-adulto, se torna mais difícil, uma vez que pode existir um bloqueio em sua 
aprendizagem. 
Segundo Tfouni (1995), '”para que ocorra o letramento e alfabetização, é 
necessário analisar a sociedade letrada'”, isto é, na instituição de ensino superior e 
mesmo nas escolas regulares, as práticas de leitura e escrita são práticas cotidianas, 
com grande estímulo visual, pois vive-se entre letras, símbolos e imagens, o que não 
ocorre, obviamente no ambiente comum das classes de EJA, assim, essas 
dificuldades de aprendizagem devem ser encaradas no mínimo com muita cautela e 
alguma desconfiança. 
Na mesma linha, temos Orlandi (1987) quando diz que os conhecimentos não 
são compartilhados homogeneamente, mas sim distribuídos socialmente, contribuindo 
para uma desigualdade visível. 
Portanto, metodologicamente, um diagnóstico bem aplicado e analisado pelo 
psicopedagogo pode trazer uma situação presente, desde o real, como trampolim para 
investigar o lugar do paciente designado problema de aprendizagem, como 
 
 
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depositário da enfermidade de todo o grupo familiar, como signo de um conjunto de 
vínculos alterados, como porta-voz ou intérprete dos não ditos familiares, etc. 
(FERNÁNDEZ, 1991). 
Finalizando e baseando em Fernández (1994), que afirma ser a aprendizagem 
a apropriação, a reconstrução do conhecimento do outro, a partir do saber pessoal, as 
patologias na aprendizagem, tanto individual como social, correspondem a uma não 
coincidência entre o conhecimento e o saber, vindo, então o psicopedagogo tem a 
missão de analisar os fatores inconscientes, promovendo uma intervenção re 
(construtiva) sobre essas determinações inconscientes que permeiam o ensino-
aprendizagem, abrindo espaços de liberdade humana, de pensar, de ser e de agir. 
O psicopedagogo atua de forma preventiva e terapêutica, posicionando-se para 
compreender os processos do desenvolvimento e das aprendizagens humanas, 
recorrendo a várias áreas e estratégias pedagógicas objetivando se ocupar dos 
problemas que podem surgir nos processos de transmissão e apropriação dos 
conhecimentos (possíveis dificuldades e transtornos) (BEAUCLAIR, 2004). 
De acordo com o Código Brasileiro de Ocupações (CBO) na ocupação de um 
Psicopedagogo são necessárias algumas habilidades e competências tais como: 
 Implantar e executar, 
 Avaliar e coordenar a (re)construção do projeto pedagógico de escolas 
de educação infantil, de ensino médio ou ensino profissionalizante com a equipe 
escolar. 
 No desenvolvimento das atividades, viabilizar o trabalho pedagógico 
coletivo e facilitar o processo comunicativo da comunidade escolar e de associações 
a ela vinculadas. 
 Atuar nas atividades de ensino nas esferas públicas e privadas. 
São estatutários ou empregados com carteira assinada; trabalham tanto 
individualmente como em equipe interdisciplinar, com supervisão ocasional, em 
ambientes fechados e em horário diurno e noturno. Em algumas atividades podem 
trabalhar sob pressão, levando-os à situação de estresse. O exercício dessas 
ocupações requer curso superior na área de educação ou áreas correlatas. O 
 
 
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desempenho pleno das atividades ocorre após três ou quatro anos de exercício 
profissional (CBO, 2002). 
Numa instituição visa a fortalecer a identidade, bem como buscar o resgate das 
raízes dessa instituição, ao mesmo tempo em que procura sintonizá-la com a realidade 
que está sendo vivenciada no momento histórico atual, buscando adequar essa escola 
às reais demandas da sociedade. 
Durante todo o processo educativo, procura investir numa concepção de 
ensino-aprendizagem que: 
 Fomente interações interpessoais; 
 Incentive os sujeitos da ação educativa a atuarem considerando 
integradamente as bagagens intelectual e moral; 
 Estimule a postura transformadora de toda a comunidade educativa 
para, de fato, inovar a prática escolar; contextualizando-a; 
 Enfatize o essencial: conceitos e conteúdos estruturantes, com 
significado relevante, de acordo com a demanda em questão; 
 Oriente e interaja com o corpo docente no sentido de desenvolver mais 
o raciocínio do aluno, ajudando-o a aprender a pensar e a estabelecer relações entre 
os diversos conteúdos trabalhados; reforce a parceria entre escola e família; 
 Lance as bases para a orientação do aluno na construção de seu projeto 
de vida, com clareza de raciocínio e equilíbrio; 
 Incentive a implementação de projetos que estimulem a autonomia de 
professores e alunos; 
 Atue junto ao corpo docente para que se conscientize de sua posição de 
“eterno aprendiz”, de sua importância e envolvimento no processo de aprendizagem, 
com ênfase na avaliação do aluno, evitando mecanismos menores de seleção, que 
dirigem apenas ao vestibular e não à vida (BEAUCLAIR, 2004). 
 
 
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 Nesse sentido, o material didático adotado, após criteriosa análise, deve ser 
utilizado como orientador do trabalho do professor e nunca como o único recurso de 
sua atuação docente. 
Com certeza, se o profissional almejar contribuirpara a evolução de um mundo 
que melhore as condições de vida da maioria da humanidade, os alunos precisam ser 
capazes de olhar esse mundo real em que vivemos, interpretá-lo, decifrá-lo e nele ter 
condições de interferir com segurança e competência. 
Para tanto, juntamente com toda a Equipe Escolar, o Psicopedagogo estará 
mobilizado na construção de um espaço concreto de ensino-aprendizagem, espaço 
este orientado pela visão de processo, através do qual todos os participantes se 
articulam e mobilizam na identificação dos pontos principais a serem intensificados e 
hierarquizados, para que não haja ruptura da ação, e sim continuidade crítica que 
impulsione a todos em direção ao saber que definem e lutam por alcançar 
(FERREIRA, 2006). 
Considerando a escola responsável por parcela significativa da formação do ser 
humano, o trabalho psicopedagógico na instituição escolar, chamada de 
psicopedagogia preventiva, cumpre a importante função de socializar os 
conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de 
normas de conduta inseridas num mais amplo projeto social, procurando afastar, 
contrabalançar a necessidade de repressão. 
Assim, a escola, como mediadora no processo de socialização, vem a ser 
produto da sociedade em que o indivíduo vive e participa. Nela, o professor não 
apenas ensina, mas também aprende. Aprende conteúdos, aprende a ensinar, a 
dialogar e liderar; aprende a ser cada vez mais um cidadão do mundo, coerente com 
sua época e seu papel de ensinante, que é também aprendente. Agindo assim, a 
maioria das questões poderão ser tratadas de forma preventiva, antes que se tornem 
verdadeiros problemas (DI SANTO, 2007). 
 
1.5 – As relações com as demais disciplinas 
 
 
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 A Psicopedagogia se relaciona com as mais diversas disciplinas, aqui, no 
entanto, falar-se-á daquelas que causam alguma confusão em termos de limites dos 
seus espaços de atuação e que mais interessam a esta revisão de literatura. 
Portanto, quando se trabalha na área das ciências humanas, é preciso 
reconhecer que esta área é de extrema amplidão e complexidade. Em se tratando da 
Filosofia, ela está e sempre esteve por trás do trabalho psicopedagógico, pois não há 
como trabalhar o sujeito sem refletir sobre a condição humana, seja em seu âmbito 
particular, seja em seu âmbito genérico. 
Assim, ao trabalhar na área clínica, é preciso sempre pensar sobre quem é 
aquele sujeito que será atendido, quais são seus valores, quais são suas regras 
morais e éticas, quais são suas aspirações, para que assim o psicopedagogo possa 
tentar diferenciá-lo e, com isto, compreender seu modo de funcionamento e de 
absorção da realidade, da vida à sua volta. 
A filosofia é um campo de conhecimento que pode ser aplicado à 
psicopedagogia, desde que se trabalhe especificamente com ele. A associação da 
psicopedagogia com a filosofia enquanto forma de lidar com aspectos preventivos das 
dificuldades de aprendizagem é muito relativa; pois estão absolutamente entrelaçadas 
por princípio. O seu uso irá depender do Psicopedagogo que manusear este tipo de 
relação, dando maior ou menor ênfase aos conceitos que deseje anunciar, analisar, 
usar como estímulo à reflexão. 
Nada impede que dentro do campo de trabalho, o psicopedagogo pesquise um 
determinado autor/filósofo ou uma determinada linha de pensamento e associe tais 
pensamentos, conceitos e reflexões à prática psicopedagógica. 
Em se tratando da Psicologia Escolar, existem três maneiras de diferenciá-la 
da Psicopedagogia: 
1. Quanto à origem histórica, pois a Psicologia Escolar surgiu para 
explicar o fracasso escolar, enquanto a Psicopedagogia surgiu como um trabalho 
clínico dedicado e voltado para aqueles que apresentavam dificuldades na 
aprendizagem por problemas específicos. 
2. Quanto à formação, uma vez que a Psicologia Escolar é uma 
especialização do curso de graduação em Psicologia, enquanto o curso de 
 
 
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Psicopedagogia é um curso de especialização, que recebe graduados em diversos 
cursos. 
3. Quanto ao campo de atuação, onde encontra-se a diferença mais 
significativa. O trabalho da Psicologia Escolar se realiza nos limites da Psicologia, 
enquanto o trabalho Psicopedagógico se realiza na interface da Psicologia e da 
Pedagogia ou, mais recentemente, na interface da Psicanálise e da Pedagogia. 
Analisando sua relação com a psicanálise, esta relaciona-se à psicopedagogia 
enquanto teoria que abrange a compreensão da dinâmica do aparelho psíquico e, em 
especial, do desenvolvimento emocional do sujeito. Deste modo, nos auxilia a 
compreender melhor o sujeito com o qual trabalhamos em psicopedagogia, bem como 
as dificuldades que ele apresenta. 
A diferença existente entre Psicopedagogia e Psicanálise está em seu próprio 
objeto de trabalho: a Psicopedagogia trabalha com questões relacionadas à 
aprendizagem, tanto no que diz respeito ao processo quanto ao que diz respeito às 
dificuldades encontradas neste processo; tanto no que diz respeito ao sujeito quanto 
ao que diz respeito ao grupo ou à instituição. Para tanto, dispõe de uma série de 
técnicas e teorias próprias que lhe permitem analisar profundamente cada caso. 
A psicanálise, por sua vez, dispõe não apenas da teoria como também de sua 
técnica específica, a qual é bastante peculiar e muito diferente da psicopedagógica. 
Além disto, a aprendizagem não é o seu foco principal de estudo ou de trabalho. 
Deste modo, poderia inferir que a Psicopedagogia está no lugar dos três, onde 
um mais um é igual a três. Portanto, ela não é uma disciplina. Ela é interdisciplinar, ou 
seja, está inter-relacionada com duas ou mais disciplinas, que transcende o espaço 
da subjetividade para ir ao encontro de muitas subjetividades/disciplinas em diálogos 
que caminham na mesma direção. 
 
1.6 – Os eixos norteadores da Psicopedagogia Institucional 
 Para Coll (1989) citado por Ferreira (2006) o amplo conjunto de tarefas e 
funções realizadas pelos profissionais que prestam assessoramento psicopedagógico 
às escolas, apesar de sua diversidade, pode ser organizado em torno de quatro eixos. 
 
 
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1. O primeiro relativo à natureza dos objetivos da intervenção, cujos 
polos caracterizam respectivamente as tarefas que se centram, prioritariamente no 
sujeito e aquelas que têm como finalidade incidir no contexto educacional. Assim, as 
tarefas incluídas são tanto as que têm como objetivo prioritário o atendimento a um 
aluno, quanto as que aparecem vinculadas a aspectos curriculares e organizacionais. 
2. O segundo eixo afeta as modalidades de intervenção, que podem ser 
consideradas como corretivas, ou preventivas e enriquecedoras. Qualquer 
intervenção realizada na escola pode ser caracterizada, em um determinado 
momento, embora, em um momento posterior, sua consideração se modifique. 
3. O terceiro eixo diferencia modelos de intervenção. Embora tenha como 
objetivo final o aluno, pode ter diferenças consideráveis: enquanto alguns 
psicopedagogos trabalham diretamente com o aluno, orientam-no e, inclusive, 
manejam tratamentos educacionais individualizados, outros combinam momentos de 
intervenção direta com intervenções indiretas, (por exemplo, no caso de uma 
avaliação psicopedagógica), centradas nos agentes educacionais que interagem com 
ele (no próprio processo de avaliação psicopedagógica, na tomada de decisões sobre 
o plano de trabalho mais adequado para esse aluno). São frequentes as consultas 
formuladas por um professor ao psicopedagogo em relação a um aluno que não vai 
manter nenhum contato direto com esse profissional. 
4. O quarto eixo indica o lugarpreferencial de intervenção, que entende-
se como a diversidade de níveis e contextos, inclusive quando circunscrita ao marco 
educacional escolar. Este eixo inclui tanto as tarefas localizadas no nível de sala de 
aula, em algum subsistema dentro da escola, na instituição em seu conjunto, ano, 
série, assim como aquelas que se dirigem ao sistema familiar, à zona de influência, 
etc. 
 O fato que se deve considerar, concordando com Ferreira (2006) é que as 
tarefas que aparecem englobadas nos eixos precedentes, objeto da intervenção 
psicopedagógica, não significa necessariamente que todos os psicopedagogos as 
executem em seu conjunto e, obviamente, não significa que as realizem da mesma 
forma. 
 
 
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O amplo conjunto de tarefas, funções e possibilidades ao alcance do 
psicopedagogo educacional deixa no ar a vontade de ter em cada escola, um 
profissional deste calibre. Infelizmente as escolas, principalmente as públicas não 
contam em seu quadro de funcionários, nem mesmo para algumas horas na semana, 
com um profissional de tantas habilidades como é o psicopedagogo. 
Pensamos que as escolas deveriam se empenhar na contratação deste 
profissional, uma vez que respeitando a forma e o ritmo próprio de cada educando, 
introduzindo propostas ricas e desafiadores, teriam neste profissional um suporte para 
transformar as dificuldades dos alunos em algo construtivo e produtivo. 
Contudo, a Psicopedagogia não é uma terapia para as dificuldades de aquisição 
dos códigos ou linguagens que permitem a produção do conhecimento. Conhecimento 
esse que é um processo contínuo, de acordo com a filosofia da ciência, mas 
precisamos situar a psicopedagogia num patamar mais alto e entendêla como uma 
área de estudos interdisciplinar, abrangendo diferentes outras áreas, além de 
perceber que seu campo de atuação está voltado para identificar as dificuldades do 
educando no processo ensino-aprendizagem. 
Esperamos que tenham percebido que a formação desse profissional tem 
alguns pontos que devem ser levantados: 
 1º - precisa ter formação acadêmica de nível superior, voltada para a 
área humana e direcionada para a educação; 
 2º - seu objeto de atuação é a escola e a criança em processo de 
aprendizagem; 
 3º - deve conhecer este objeto de atuação de uma forma ampla, através 
das teorias de desenvolvimento e de aprendizagem e suas dificuldades; 
 4º - precisa ter conhecimento sobre avaliação e recursos de atuação 
psicopedagógica, que possibilite ao profissional que trabalha na área, melhorar o 
desempenho acadêmico do aluno, como também, prevenir e remediar o fracasso 
escolar. 
 
 
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 Portanto, a regulamentação de sua profissão contribui para a percepção global 
do fato educativo, para a compreensão satisfatória dos objetivos da Educação e da 
finalidade da escola, possibilitando uma ação transformadora (ROCHA, 2002). 
Ainda, é preciso salientar que a ação desse profissional jamais pode ser isolada, 
mas integrada à ação da equipe escolar, buscando, em conjunto, vivenciar a escola, 
não só como espaço de aprendizagem de conteúdos educacionais, mas de convívio, 
de cultura, de valores, de pesquisa e experimentação, que possibilitem a flexibilização 
de atividades docentes e discentes. 
Segundo Weiss (s/d apud Scoz et al,1987, p.76), [...] muitas vezes existem 
dificuldades no ler, escrever, calcular que não interferem na vida do sujeito, só 
transformando em sintoma, face a uma exigência ambiental. [...] ao se instrumentalizar 
um diagnóstico, é necessário que o profissional atente para o significado do sintoma 
a nível familiar e escolar, e não o veja apenas em um recorte artificial, como uma 
deficiência do sujeito a ser por ele tratado. É essencial procurarmos o não dito, 
implícito existente no não aprender. 
Os profissionais da educação, precisam voltar seus olhares para a escola e ter 
uma visão íntegra da visão da aprendizagem e visão de mundo. E ao psicopedagogo 
institucional, através de uma profunda e clara observação das dimensões que 
envolvem o diagnóstico de aprendizagem, o qual envolve presença e ausência de 
saber, desenvolver seu papel. 
Finalmente, o diagnóstico, como veremos na última apostila do curso, do ponto 
de vista do psicopedagogo deve ser encarado como bússola que norteará sua 
intervenção junto à escola, ao aluno, ao seu histórico familiar atual e passado, o 
sociocultural, o educacional, à superação dos obstáculos surgidos e à construção de 
novos conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
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2 – CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
PSICOPEDAGOGIA 
 
Reformulado pelo Conselho Nacional e Nato do biênio 95/96 
 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS 
Artigo 1º - A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação 
que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e 
patológicos, considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu 
desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia. 
Parágrafo único - A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do 
conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem 
Artigo 2º - A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das 
várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no 
sentido ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprios. 
Artigo 3º - O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de 
caráter preventivo e/ou remediativo. 
Artigo 4º - Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os 
profissionais graduados em 3º grau, portadores de certificados de curso de 
PósGraduação de Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino oficial 
e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se 
à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal. 
Artigo 5º - O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) promover a 
aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento profissional, 
devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) 
realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia. 
 
 
 
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CAPÍTULO II - DAS RESPONSABILIDADES DOS PSICOPEDAGOGOS 
 Artigo 6º - São deveres fundamentais dos psicopedagogos: 
A) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos 
que tratem o fenômeno da aprendizagem humana; 
B) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, 
mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões 
do mundo; 
C) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado 
dentro dos limites da competência psicopedagógica; 
D) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia; 
E) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de 
classe sempre que possível; 
F) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma 
definição clara do seu diagnóstico; 
G) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e 
discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos; 
H) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes; 
I) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser 
conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito 
e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo 
para a harmonia da classe e manutenção do conceito público. 
 
CAPÍTULO III - DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES 
Artigo 7º - O psicopedagogoprocurará manter e desenvolver boas relações com 
os componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o 
seguinte: 
A) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas; 
 
 
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B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de 
especialização; encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o 
atendimento; 
 
CAPÍTULO IV - DO SIGILO 
Artigo 8º - O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de 
que tenha conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade. 
Parágrafo Único 
Não se entende como quebra de sigilo, informar sobre cliente a especialistas 
comprometidos com o atendimento. 
Artigo 9º - O psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenha 
conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor 
perante autoridade competente. 
Artigo 10 - Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros 
interessados, mediante concordância do próprio avaliado ou do seu representante 
legal. 
Artigo 11 - Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e a eles 
não será franqueado o acesso a pessoas estranhas ao caso. 
 
CAPÍTULO V - DAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS 
Artigo 12 - Na publicação de trabalhos científicos, deverão ser observadas as 
seguintes normas: 
a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao 
autor; 
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase 
aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores 
àquele que mais contribuir para a realização do trabalho; 
 
 
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c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição 
hierarquia para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua 
orientação; 
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica 
utilizada, bem como esclarecidas as ideias descobertas e ilustrações extraídas de 
cada autor. 
 
CAPÍTULO VI - DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL 
Artigo 13 - O psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus 
serviços, deverá fazê-lo com exatidão e honestidade. 
Artigo 14 - O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em 
organizações que visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a 
qualidade dos mesmos. 
 
CAPÍTULO VII - DOS HONORÁRIOS 
Artigo 15 - Os honorários deverão ser fixados com cuidado, a fim de que 
representem justa retribuição aos serviços prestados e devem ser contratados 
previamente. 
 
CAPÍTULO VIII - DAS RELAÇÕES COM SAÚDE E EDUCAÇÃO 
Artigo 16 - O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades 
competentes sobre a organização, implantação e execução de projetos de Educação 
e Saúde Pública relativo às questões psicopedagógicas. 
 
CAPÍTULO IX - DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA 
Artigo 17 - Cabe ao psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este 
código. 
Artigo 18 - Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel 
observância dos princípios éticos da classe. 
 
 
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Artigo 19 - O presente código só poderá ser alterado por proposta do Conselho 
da ABPp e aprovado em Assembleia Geral. 
 
CAPÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Artigo 20 - O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em 
Assembleia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da 
ABPp em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e 
Nato no biênio 95/96, sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembleia Geral do III 
Congresso Brasileiro de Psicopedagogia da ABPp, da qual resultou a presente 
solução. 
 
FONTE: http://www.abpp.com.br/leis_regulamentacao_etica.htm 
 
 
 
 
 
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sujeito autor. Disponível em: 
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jul. 2010. 
 
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Disponível em: <http://www.abpp.com.br/leis_regulamentacao_etica.htm> Acesso 
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