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ANO 23 • EDIÇÃO 265 JUNHO 2020 www.revistanursing.com.br ARTIGOS Mala Direta Básica CNPJ 18.590.546/0001-05 DR/SPM/SP Cliente MPM COMUNICAÇÃO LTDA MATÉRIA Educação em Enfermagem frente à pandemia da COVID-19 Fatores relacionados à Polimedicação em idosos e a segurança do paciente: uma revisão integrativa Análise espacial dos casos confirmados de Zika Vírus no estado de São Paulo, Brasil Condições de vida e saúde de mulheres trabalhadoras rurais COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa Diagnóstico de enfermagem e o cuidado na dimensão espiritual: revisão integrativa SWAB FLOCK Coleta nasal para teste de COVID-19 Haste fina e flexível para coleta segura e sem traumas Ponto de corte (opcional) +55 11 4961.0900 vendas@kolplast.com.br www.kolplast.com.br Swab Flock Comum/Rayon Cerdas radiais proporcionam máxima liberação do material coletado. Emaranhado de filamentos ocasionam aprisionamento de parte do material coletado. Embalagem individual e estéril Modelo Flock reduz a chance de coletas insatisfatórias E VEJA O VÍDEO ESCANEIE 4086Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4086 expediente Revista Científica de Enfermagem EDITORA CIENTÍFICA MPM Comunicação EDITORA EXECUTIVA Maria Aparecida dos Santos ASSESSOR CIENTÍFICO Prof. Me Jefferson Carlos de Oliveira Centro Universitário Anhanguera de São Paulo- Vila Mariana, UNIAN, Brasil. Universidade Nove de Julho- Departamento de Saúde III. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/5219445594942021 REDAÇÃO Daiane Brito jornalista1@mpmcomunicacao.com.br DIAGRAMAÇÃO Jeniffer Crispim GERENTE DE MARKETING Lucas Soares (lucas@mpmcomunicacao.com.br) ASSINATURAS assinaturas@mpmcomunicacao.com.br PUBLICIDADE maria.aparecida@mpmcomunicacao.com.br ENVIO DE ARTIGOS artigo@mpmcomunicacao.com.br ou www.revistanursing.com.br/publique-seu-artigo Membros Ad hoc Prof.ª Dra. Agueda Mª Ruiz Zimmer Cavalcante Universidade Federal de Goiás, UFG. Goiânia, GO – Brasil | http://lattes.cnpq.br/2468197020621699 Prof.ª Dra. Ana Paula Dias França Guareschi Centro Universitário São Camilo. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4209449928426580 Prof.ª Dra. Cassiane Dezoti da Fonseca Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0639643818813583 Prof.ª Dra. Claudia Jaqueline Martinez Munhoz Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT. Campus Sinop, MT – Brasil | http://lattes.cnpq.br/8132058586176170 Prof. Dr. Renato Batista Paceli Instituto do Coração - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/3306254157079590 Prof.ª Dra. Marieli Basso Bolpato Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT. Campus Sinop, MT – Brasil | http://lattes.cnpq.br/3870064419838045 ENDEREÇO Editora MPM Comunicação Av. Dr. Yojiro Takaoka, 4384, Sala 705, Conjunto 5209 - Alphaville - Santana do Parnaiba - CEP: 06541-038 Periodicidade: mensal | Tiragem: 20 mil exemplares Impresso no Brasil por: Artes Graficas Freire LTDA / Ano 22 / R$880,00 O número no qual se inicia a assinatura corresponde ao mês seguinte ao do recebimento do pedido de assinatura em nossos escritórios. Conselho Científico da Edição Brasileira Prof.ª Dra. Ana Lúcia Queiroz Bezerra Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Enfermagem e Nutrição. Goiânia, GO – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0088227879433410 Prof.ª Dra. Ana Claudia Puggina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ, Brasil. Jundiaí, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0770048879298045 Prof.ª Dra. Camila Takáo Lopes Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4904538541897667 Prof.ª Dra. Célia Scapin Duarte Universidade Federal de Pelotas, UFPEL. Rio Grande do Sul, RS – Brasil | http://lattes.cnpq.br/8127543996029041 Prof. Dr. David Lopes Neto Universidade Federal do Amazonas, Escola de Enfermagem de Manaus. Manaus, AM – Brasil | http://lattes.cnpq.br/2310111492854434 Prof.ª Dra. Dorisdaia Carvalho de Humerez Conselho Federal de Enfermagem – COFEN. Brasília, DF – Brasil | http://lattes.cnpq.br/0167547566933143 Prof.ª Dra. Isabel Cristina Kowal Olm Cunha Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/8695765272291430 Prof. Dra. Leise Rodrigues Carrijo Machado Centro Universitário de Votuporanga, Curso de Enfermagem. Votuporanga, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/7048406445105932 Prof.ª Dra. Luiza Watanabe Dal bem APRIRE Crescimento Profissional e Bem-Estar. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/7584771338101641 Prof.ª Dra. Margarida Maria da Silva Vieira Universidade Católica Portuguesa. Porto – Portugal | http://lattes.cnpq.br/0029658554723903 Prof.ª Dra. Maria Aparecida Munhoz Gaiva Universidade Federal de Mato Grosso, Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, Faculdade de Enfermagem. Cuiabá, MT – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4660957137805739 Prof.ª Dra. Marluce Maria Araújo Assis Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Saúde, Saúde. Feira de Santana, BA – Brasil | http://lattes.cnpq.br/2575132348486048 Prof.ª Dra. Mirna Albuquerque Frota Universidade de Fortaleza, Diretoria do Centro de Ciências da Saúde. Fortaleza, CE – Brasil | http://lattes.cnpq.br/7250891036415096 Prof.ª Dra. Sandra Lúcia Arantes Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde. Natal, RN – Brasil | http://lattes.cnpq.br/1165754115171652 Prof. Dr. Sérgio Luís Alves de Morais Júnior Universidade Nove de Julho, Departamento de Saúde III. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/3015509051693108 Prof. Dr. Sérgio Henrique Simonetti Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Assessoria de Pesquisa em Enfermagem. São Paulo, SP – Brasil | http://lattes.cnpq.br/4306791867788079 O conselho da revista Nursing é independente, não apresentando, desta forma, conflitos de interesse de nenhuma espécie com o conhecimento científico veiculado. INDEXAÇÃO: Banco de Dados de Enfermagem: Lilacs, Cuiden, Cabi e Global Health, CINAHL, CUIDEN, BDENF, LATINDEX, Google Acadêmico. www.facebook.com revistanursingbrasil Propriedades e direitos Direitos de autor: todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a proteção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem permissão prévia, por escrito, da empresa editora da revista. A Nursing envidará todos os esforços para que o material mantenha total fidelidade ao original, pelo que não pode ser responsabilizada por erros gráficos surgidos. As opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente à opinião dos editores. Acesse: www.revistanursing.com.br www.instagram.com/ revistanursing A edição brasileira da Revista Nursing, criada em julho de 1998 e atualmente publicada pela editora MPM Comunicação Ltda., é uma publicação mensal destinada à divulgação de conhecimento científico na área da Enfermagem. Tem como finalidade contribuir com a construção do saber dos profissionais deste campo por meio de divulgação de conteúdos científicos. www.revistanursing.com.br sumário/contents 4087 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4087-4088 Maio de 2020 - ano 23 - Número 265 Editorial 4089 Normas de Publicação 4091 Agenda 4091 Educação em Enfermagem 4093 Artigos Científicos COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa COVID-19 and psychological repercussions during quarantine and social isolation: an integrative review COVID-19 y repercusiones psicológicas durante la cuarentena y el aislamiento social: una revisión integrativa Mirely Ferreira dos Santos, Jacinta Ferreira dos Santos Rodrigues 4095 Análise espacial dos casos confirmados de Zika Vírus no estado de São Paulo, Brasil Spatial analysis of confirmed cases of Zika Virus in the state of São Paulo, Brazil Análisisespacial de casos confirmados de Virus Zika en el estado de São Paulo, Brasil Roudom Ferreira Moura, Aparecido Batista de Almeida 4107 Condições de vida e saúde de mulheres trabalhadoras rurais Life and health condition of rural working women Condiciones de vida y salud de las mujeres trabajadoras rurales Maristela Salete Maraschin, Elizabeth Aparecida de Souza, Sebastião Caldeira, Leda Aparecida Vanelli Nabuco de Gouvêa, Nelsi Salete Tonini 4117 Fatores relacionados à Polimedicação em idosos e a segurança do paciente: uma revisão integrativa Factors related to Polymedication in the elderly and patient safety: an integrative review Factores relacionados con la Polimedicación en ancianos y seguridad de pacientes: uma revisión integrativa Elen Maysa de Almeida Silva, Ricardo Saraiva Aguiar 4127 Diagnóstico de enfermagem e o cuidado na dimensão espiritual: revisão integrativa Nursing diagnosis and care in spiritual dimension: integrative review Diagnóstico de enfermería y atención en dimensión espiritual: revisión integrativa Fabiano Fernandes de Oliveira, Silvia Cristina Mangini Bocchi, Regina Célia Popim 4141 A mudança de decúbito na prevenção de lesão por pressão em pacientes na terapia intensiva The change of decubit in preventing pressure injury in patients in intensive care El cambio de decubitos en la prevención de lesiones por presión en pacientes con atención intensiva Adriely Duany Cardoso Gonçalves, Ana Lúcia Mota Binda, Eriane Nascimento Pinto, Elson Santos de Oliveira, Isidoro Binda Netto 4151 Influência da ansiedade em adolescentes durante a internação cirúrgica: aprimorando assistência de enfermagem Influence of anxiety in adolescents during surgical hospitalization: improving nursing care Influencia de la ansiedad en adolescentes durante la hospitalización quirúrgica: mejora de la atención de enfermeira Carlos Eduardo Peres Sampaio, Camila Laporte Almeida de Souza, Juliana Silva de Holanda, Maria Fernanda Costa de Mattos, Diego da Silva Moreira, Antonio Marcos Tosoli Gomes 4171 4088Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4087-4088 Incidência de lesão por pressão em pacientes na unidade de terapia intensiva de um hospital filantrópico Incidence of pressure injury in patients in the intensive care unit of a philanthropic hospital Incidencia de lesiones por presión en pacientes en la unidad de atención intensiva de un hospital fantanópico Jonata Bruno da Silva Santos, Marcos Antonio de Oliveira Souza, Ana Paula Arruda da Silva, Milena Bianca da Silva, Vitória Marion Costa Silva, Roberta Moraes Nogueira 4233 Espaço para profissional de saúde versus Intersubjetividade: relato de experiência Space for health professionals versus Intersubjectivity: experience report Espacio para profesionales de la salud versus Intersubjetividad: informe de experiencia Rosilene Aparecida dos Santos, Giselle Barcellos Oliveira Koeppe, Mariana Setúbal Nassar de Carvalho 4269 Conhecer na perspectiva da puérpera a relevância do projeto de assistência ao parto baseada na teoria de Virginia Henderson Knowing from the perspective of puerpera the relevance of the birth care project based on the theory of Virginia Henderson Conociendo desde la perspectiva de puerpera la pertinencia del proyecto de cuidado de nacimiento basado en la teoría de Virginia Henderson Claudia Curbani Vieira Manola, Evandro Bernardino Mendes de Melo, Yhago Kauan Correia Lau, Lívia Perasol Bedin, Maristela Villarinho de Oliveira, Miriam Aparecida Inácio de Almeida, Magda Ribeiro de Castro Soares, Priscilla Silva Machado 4181 Intervenções de enfermagem ao idoso hospitalizado com risco de queda Nursing interventions for hospitalized elderly at risk of falling Intervenciones de enfermería para ancianos hospitalizados en riesgo de caída Eliane da Silva Pereira, Selma Petra Chaves Sá, Anamaria Alves Napoleão, Ana Carla Dantas Cavalcanti 4205 Variação da pressão do CUFF em pacientes graves submetidos à ventilação mecânica invasiva sob os cuidados de enfermagem em unidade intensiva Variation of CUFF pressure in serious patients submitted to invasive mechanical ventilation under nursing care in an intensive unit Variación de la presión del manguito en pacientes serios sujetos a ventilación mecánica invasiva bajo cuidados de enfermería en una unidad intensiva Sara de Sena Bucoski, Thayná Magalhães Coutinho de Oliveira, Giselle Barcellos Oliveira Koeppe, Priscila Pradonoff Oliveira, Murillo Ribeiro de Mattos, Luciana da Costa Nogueira Cerqueira 4245 Letramento funcional em saúde: sífilis em gestantes Functional lettering in health: syphilis in pregnant women Alfabetización funcional en salud: sífilis en mujeres embarazadas Claudia Curbani Vieira Manola, Evandro Bernardino Mendes de Melo, Yhago Kauan Correia Lau, Lívia Perasol Bedin, Maristela Villarinho de Oliveira, Miriam Aparecida Inácio de Almeida, Magda Ribeiro de Castro Soares, Priscilla Silva Machado 4193 Violência obstétrica na percepção de puérperas Obstetric violence in the perception of puerperal women Violencia obstétrica en la percepción de las personas Karem Cristinny Fontes Pascoal, Thaynara Ferreira Filgueiras, Michelle Alves de Carvalho, Rozileide Martins Simões Candeia, Jéssica Barreto Pereira, Ronny Anderson de Oliveira Cruz 4221 Pandemia do novo Coronavírus (SARS-CoV-2): o protagonismo da enfermagem - uma relação do passado com o presente e perspectivas para o futuro New Coronavirus pandemic (SARS-CoV-2): nursing protagonism - a relation of the past with the present and perspectives for the future Nueva pandemia de Coronavirus (SARS-CoV-2): protagonismo de enfermería: una relación del pasado con el presente y las perspectivas para el futuro Patricia Cristina Cavalari de Oliveira 4257 Revista Nursing - Edição Brasileira - vol. 265, n.23 (2020) - 26,6cm - Mensal - ISSN 1415-8264 Publicada por Editora MPM Comunicação 1. Enfermagem – Brasil – Periódico. editorial 4089 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4089 Educação e saúde são práticas sociais, que por um longo perí-odo foram consideradas como atos normativos, sustentada na adoção de uma estrutura rígida, com a predominân- cia de práticas dominantes que refletiam a ciência hegemônica da época, que ti- nha, no Modelo Biomédico, a verdade absoluta. Nesse contexto, os educadores de saúde atuavam como detentores do saber e definidores das ações em saúde e dos comportamentos de saúde aceitáveis, e o corpo do paciente como um receptor dessas diretrizes, instituindo o processo de medicalização da vida e da educação. Foi embasado pela crítica empunha- da no bojo do movimento da Reforma Sa- nitária Brasileira (1970) que se estruturou o julgamento do Modelo Biomédico, por não levar em conta o sujeito e a realidade social que estes estão inseridos, no pro- cesso de saúde e doença. Com base na ponderação das limitações evidentes no modelo tradicional que a Educação em Saúde se constituiu, deu-se início ao mo- vimento de pensamento crítico, no qual vislumbrou-se que a Educação em Saú- de deve atuar numa perspectiva crítica e reflexiva, tendo como pano de fundo a análise da realidade social que os sujeitos estão inseridos, com intuito de reconhe- cer os determinantes que condicionam o processo de saúde e doença, numa pers- pectiva ampliada de educação e saúde. Assim, a Educação em Saúde emerge como instrumento capaz de possibilitar aos sujeitos, a partir de uma atuação in- dividual e coletiva, a transformação de suas condições de vida e saúde, com a finalidade de garantir o direito à saúde. Nesse movimento, o conceito de Pro- moção à Saúde se apresenta como uma das principais finalidades da Educação em Saúde. Além, disso, a Educação em Saúde, fundamentados nos pressupostos cunhados pelo educador Paulo Freire, propicia a libertação e emancipação, no qual o processo de educação deve ser permeado por uma troca dialógica entre o professor e o aluno, entre o profissio- nal de saúde e o sujeito de seu cuidado, apoiado na realidade a que estes estão inseridos e realizada numaperspectiva horizontalizada de saberes. Transpondo essas concepções para o contexto atual, no qual a raça humana se depara com uma pandemia avassalado- ra, aliado ao negacionismo científico. A Educação em Saúde se faz imprescindí- vel, devendo atuar como um instrumento de defesa da saúde pública, a fim de as- segurar a prevenção e promoção à saúde das pessoas frente a ameaça da Covid-19. Porém, a Educação em Saúde deve ser realizada de forma horizontal, para que informações e orientações seguras, em- basadas em evidências científicas, reco- nhecida pelos pares, chegue à população de maneira acessível e compreensível. Verifica-se ainda, como um enorme desafio para a Educação em Saúde, o combate à inundação de Fake News que colocam em risco a saúde pública como um todo. Assim, os profissionais de saú- de, em especial os profissionais da enfer- magem (geralmente os mais próximos à população), devem estimular a discus- são, cunhadas em evidências científicas, de forma a dialogar e problematizar no plano cotidiano, informações que façam sentido à população. Uma desafiadora missão, que deve procurar alicerce nas iniciativas populares, sociais e do campo científico a ajuda necessária para o en- frentamento das adversidades que a pan- demia do Coronavírus estabeleceu. Educação em Saúde: uma perspectiva conceitual e o desafio em tempos de pandemia Jeane Cristina Anschau Xavier de Oliveira Enfermeira, Mestre e Doutoranda pelo Pro- grama de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMT. Especialista em Cuidado Pré-natal pela Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, Brasil. Docente do curso de graduação em Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da UFMT, campus de Sinop-MT. A Educação em Saúde se faz imprescindível, devendo atuar como um instrumento de defesa da saúde pública 4091 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4091 agenda EVENTO DATA LOCAL INFORMAÇÕES XVII Simpósio Internacional de Ven- tilação Mecânica em Neonatologia e Pediatria 7 a 09/08/2020 Online Organização: Centro de Educação em Saúde Abram Szajman do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Informações: ensino.einstein.br/eventos Fronteiras do Envelhecimento: Desafios para Sociedade e Área da Saúde 14 e 15/08/2020 Online Informações: ensino.einstein.br/eventos VII Congresso Multiprofissional em diagnóstico por Imagem do Einstein e XI Simpósio de Res- sonância Magnética 11 e 12/09/2020 Online Informações: ensino.einstein.br/eventos NORMAS PARA PUBLICAÇÃO A Revista Nursing, edição brasileira, tem por objetivo a divulgação de assuntos de Enfermagem, colaborando, assim, com o desenvolvimento técnico-científico dos profissionais. Para a publicação na Nursing, o trabalho deverá atender às seguintes normas: 01 Devem ser enviados para artigo@mpmcomunicacao.com.br, acompanhados de solicitação para publicação e de termo de cessão de direitos autorais assinados pelos autores. 02 Um dos autores deve ser profissional de enfermagem. Ao menos um autor deve ser assinante da revista. 03 Os autores devem checar se descritores utilizados no artigo constam no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). 04 Não ter sido publicado em nenhuma outra publicação nacional. 05 Ter, no máximo, 10 páginas de texto, incluindo resumo (português, inglês e espanhol – inclusive título do artigo) com até 19 mil caracteres com espaço, ilustrações, diagramas, gráficos, esquemas, referências bibliográficas e anexos, com espaço entrelinhas de 1,5, margem superior de 3 cm, margem inferior de 2 cm, margens laterais de 2 cm e letra arial tamanho 12. Os originais deverão ser encaminhados em formato Word para o e-mail artigo@mpmcomunicacao.com.br 06 Caberá à redação julgar o excesso de ilustrações, suprimindo as redundantes. A ela caberá também a adaptação dos títulos e subtítulos dos trabalhos, bem como o copidesque do texto, com a finalidade de uniformizar a produção editorial. 07 As referências bibliográficas deverão estar de acordo com os requisitos uniformes para manuscritos apresentados a revistas médicas elaborado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (Estilo Vancouver). 08 Evitar siglas e abreviaturas. Caso necessário, deverão ser precedidas, na primeira vez, do nome por extenso. Solicitamos destacar frases ou pontos-chave. Explicitar os unitermos. 09 Conter, no fim, o endereço completo do(s) autor(es), email e telefone(s) e, no rodapé, a função que exerce(m), a instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional. 10 Não será permitida a inclusão no texto de nomes comerciais de quaisquer produtos. Quando necessário, citar apenas a denominação química ou a designação científica. 11 O Conselho Científico pode efetuar eventuais correções que julgar necessárias, sem, no entanto, alterar o conteúdo do artigo. 12 O original do artigo não aceito para publicação será devolvido ao autor indicado, acompanhado de justificativa do Conselho Científico. 13 O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Os trabalhos publicados terão seus direitos autorais resguardados pela Editora MPM Comunicação LTDA. e só poderão ser reproduzidos com autorização desta. 14 Os trabalhos deverão preservar a confidencialidade, respeitar os princípios éticos da Enfermagem e trazer a aceitação do Comitê de Ética em Pesquisa (Resolução CNS – 466/12). 15 Ao primeiro autor do artigo serão enviados dois exemplares desta revista. 16 Caso os autores possuam fotos que possam ilustrar o artigo, a Nursing agradece a colaboração, esclarecendo que as mesmas serão devolvidas após a publicação. 17 Os trabalhos, bem como qualquer correspondência, deverão ser enviados para: NURSING – A/C DO CONSELHO CIENTÍFICO, Av. Dr. Yojiro Takaoka, 4384, Sala 705, Conjunto 5209 - Alphaville - Santana do Parnaiba - CEP: 06541-038. 4093 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4093-4094 educação em enfermagem Educação em Enfermagem frente à pandemia da COVID-19 Diante do atual cenário provocado pelo novo coronavírus as universidades tiveram que adotar medidas para se adaptarem a novos métodos de ensino Por Daiane Brito A pandemia de COVID-19 pro-vocou uma mudança drástica na rotina de todos os setores da educação, que para atenderem as re- comendações de combate ao novo coro- navírus – estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – tiveram que se adaptar a novos métodos de ensino. A medida protetiva que determinou o isola- mento social fez com que as instituições de ensino de todos os setores passassem por uma reestruturação em seus moldes acadêmicos e administrativos. De acor- do com o Ministério da Educação (MEC), no mês de abril, o Conselho Nacional de Educação aprovou um parecer com as diretrizes para orientar os estados, muni- cípios e as instituições de ensino superior durante a pandemia. Entre as sugestões para o nível superior, está a disponibiliza- ção de atividades não presenciais. Fundamentais para quem está se pro- fissionalizando em áreas da saúde, as au- las práticas são a maior preocupação das instituições de ensino superior e técnico do segmento da saúde, portanto, estão to- mando as medidas necessárias para que os ingressos não sejam prejudicados com a suspensão das aulas práticas. Priscila Araújo Evangelista, docente do curso de enfermagem no Senac São Paulo, con- ta que as aulas práticas no Senac serão oferecidas aos alunos no momento mais adequado. “Oferecemos aos alunos o que cabe em ambiente remoto, garantin- do que as aulas práticas, tão necessárias para a formação de profissionais de enfer- magem, sejam oferecidas em momento oportuno, sempre tendo como perspecti- va possibilitar o melhor aproveitamento de estudos aos futuros profissionais que estamos capacitando”, afirma a docente. Com o intuito de garantir a quali- dade na formação dos alunos, o Senac São Paulo, referência no ensino técnico em enfermagem, vem acompanhando e seguindo o que é recomendado pelo Mi- nistério da Educação. A coordenadora da área de enfermagemda instituição, Ca- mila Fernanda Sartori Finardi, comenta sobre o suporte que estão tendo para oferecerem as aulas remotamente. “Para o curso Técnico em Enfermagem, nos va- lemos principalmente da Portaria 376, de 03 de abril de 2020. Essa publicação dá diretrizes para a atuação das escolas téc- nicas durante o período de quarentena, o que nos respaldou para dar continuidade às aulas de maneira remota”, conclui a coordenadora. Outra instituição que têm seguido as orientações do MAC é o Centro Univer- sitário São Camilo. Segundo o pró-rei- tor acadêmico da instituição, Prof. Dr. Carlos Ferrara, as atividades teóricas da universidade estão sendo ministradas de maneira remota e as atividades práticas foram suspensas, até que haja condições de retorno às aulas presenciais. Carlos Ferrara afirma que foram tomadas diver- sas medidas administrativas e acadêmi- cas em alinhamento às orientações do MEC e destaca algumas dessas medidas. “Podemos citar a elaboração de dois pro- tocolos para o retorno dos alunos, pro- fessores e funcionários (quando as auto- ridades sanitárias assim determinarem). As atividades acadêmicas e administra- tivas estão sendo realizadas em home office para garantir a continuidade dos estudos e da rotina dos campi, além do estabelecimento de canal de comunica- ção para que alunos e pais possam entrar em contato com o Centro Universitário São Camilo”, conclui o pró-reitor. Fo to : Ilu st ra tiv o/ C an st oc kP ho to 4094Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4093-4094 educação em enfermagem Futuro da formação em enfermagem Uma perspectiva do olhar de docentes da enfermagem sobre o futuro da profissão Por Daiane Brito O surto do novo coronavírus desestabilizou o mundo e desencadeou uma crise sem precedentes no setor da saúde. A grande mídia vem noticiando diariamente sobre as condições de trabalho, a falta de equi- pamento de segurança e a exposição aos riscos que os profissionais da saúde estão sendo submetidos. Enfrentar a pandemia têm sido uma árdua missão para enfer- meiros que estão trabalhando na linha de frente para combater a COVID-19. Diante de um cenário tão crítico docentes da área de enfermagem falam quais são suas perspectivas em relação ao interesse dos jovens pelo ofício da enfermagem. Tendo em vista as dificul- dades que um enfermeiro está sujeito a enfrentar, será que as próximas gera- ções terão receio de ingressar na profis- são pelos próximos anos? Enfermeira há 12 anos, Renata Jabour Saraiva, coordenadora dos cur- sos de gestão e licenciatura e de pós- -graduação da Universidade Estácio de Sá EAD, enfatiza que treinar o discente do curso de enfermagem para atuar em situação de risco está no escopo do en- sino em enfermagem. “O discente do curso de enfermagem, desde o primeiro período, já é preparado para atuar em situação de risco. Logo, o cenário de atuação em pandemia, faz parte dos ensinamentos ao longo do curso. Pelos relatos dos meus alunos, percebo uma enorme vontade de atuar e buscar es- pecializações para aprofundar conheci- mentos em relação a cada dificuldade apresentada. Não relatam receio. Por outro lado, instituições e docentes estão a cada dia desenvolvendo ferramentas de ensino e aprendizagem, promoven- do inquietação e vontade de pesquisar, nos alunos, para que possam refletir, aprender e atuar”, conclui a docente que atua há 11 anos na universidade. A coordenadora da área de enfer- magem do Senac São Paulo, Camila Fernanda Sartori Finardi e a docente do curso, Priscila Araújo Evangelista, comentam que a empregabilidade na área da saúde é bastante significativa para os profissionais da enfermagem, e que é notório nesse momento de pan- demia, a necessidade de mais contra- tações na área. Ambas acreditam que essa seja uma tendência futura, com o mercado em expansão os jovens não encontrarão dificuldades para ingressar na área. As docentes ainda reforçam que a crise veio para confir- mar a importância do profissional da enfermagem e despertar um interesse ainda maior nos jovens. “Entendemos também que estes futuros profissionais não terão receio para ingressar na área, pois observamos uma grande motiva- ção e engajamento neste público, fato evidenciado pelo comportamento dos nossos alunos, que expressam o desejo em fazer a diferença na assistência dos pacientes, promovendo em suas ações um atendimento humanizado. E, para boa parte dos alunos, viver momen- tos críticos como este só reforça o seu compromisso com a missão profissio- nal que abraçaram. A crise confirmou a importância e necessidade de reconhe- cimento do trabalho da enfermagem, e despertou um interesse maior dos mais jovens em exercer esse ofício”. Fo to : Ilu st ra tiv o/ C an st oc kP ho to 4095 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4095-4100 quarentena Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa INTRODUÇÃO O mundo está vivenciando uma situação de pandemia devido ao surgimento de um novo coronavírus. O primeiro caso identificado apresentou pneumonia e foi relatado em Wuhan, província de Hubei, República Popular da China (RPC), no fi- nal de dezembro de 20191. O Comitê In- ternacional de Taxonomia de Vírus (ICTV) nomeou o vírus como SARS-CoV-2 e a doença como COVID-192. Na história, o SRAS-CoV (2003) infectou 8.098 in- divíduos com taxa de mortalidade de 9% em 26 países do mundo, por outro lado, o novo vírus corona (2019) infectou 120.000 indivíduos com taxa de mortali- dade de 2,9% em 109 pessoas até mea- dos de 19 de março de 2020. Isso mostra que a taxa de transmissão do SARS-CoV-2 é maior que o SRAS-CoV3,4. À proporção que o SARS-CoV-2 se propaga pelo mundo, muitos governos, da maioria dos países, estabeleceram pla- nos de contingência, adotando medidas de isolamento social, além da restrição de viagens em âmbito local, nacional e internacional, a fim de evitar a propaga- ção do vírus. Nos Estados Unidos, milha- res de pessoas foram submetidas a qua- rentenas legalmente aplicáveis ou estão em auto quarentena. Bem como Itália, Alemanha, França, entre outros. Alguns países são mais criteriosos e publicaram COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa RESUMO | Objetivo: analisar os principais impactos psicológicos decorrentes da quarentena e do isolamento social. Método: trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada através da revisão integrativa da literatura nas bases de dados SciELO, LILACS, Medline e World Wide Science. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português, inglês e espanhol, durante o período de 2010 a 2020. Para facilitar a identificação dos artigos foi utilizado o software End Note X5. Resultados: foram encontrados 94 artigos, sendo selecionados 12 para a análise do estudo. A pesquisa revelou uma prevalência de repercussões psicológicas negativas como: solidão, depressão, estresse, medo de adoecer e da morte, ansiedade, raiva, frustação, tédio, insônia, tristeza, irritabilidade. As estratégias para minimizar esses impactos são: exercícios físicos, assistir filmes, ler livros, ouvir música. Conclusão: é necessário que medidas de saúde pública sejam implementadas, como atividades educativas e ações que possam auxiliar as pessoas no enfretamento do isolamento. Palavras-chaves: Pandemias; Isolamento Social; Quarentena; Fenômenos Psicológicos. ABSTRACT | Objective: to analyze the main psychological impacts resulting from quarantine and social isolation. Method: this is a bibliographic search, carried out through an integrative literature review in the SciELO, LILACS, Medline and World Wide Science databases. The inclusion criteria were articles published in Portuguese, English and Spanish, from 2010 to 2020. To facilitate the identification of the articles, the End Note X5 software was used. Results: 94 articles were found, 12 of which were selectedfor analysis of the study. The research revealed a prevalence of negative psychological repercussions such as: loneliness, depression, stress, fear of falling ill and death, anxiety, anger, frustration, boredom, insomnia, sadness, irritability. The strategies to minimize these impacts are: physical exercise, watching movies, reading books, listening to music. Conclusion: it is necessary that public health measures are implemented, such as educational activities and actions that can help people in facing isolation. Keywords: Pandemics; Social Isolation; Quarantine; Psychological Phenomena. RESUMEN | Objetivo: analizar los principales impactos psicológicos resultantes de la cuarentena y el aislamiento social. Método: se trata de una búsqueda bibliográfica, realizada a través de una revisión bibliográfica integradora en las bases de datos SciELO, LILACS, Medline y World Wide Science. Los criterios de inclusión fueron artículos publicados en portugués, inglés y español, de 2010 a 2020. Para facilitar la identificación de los artículos, se utilizó el software End Note X5. Resultados: se encontraron 94 artículos, 12 de los cuales fueron seleccionados para el análisis del estudio. La investigación reveló una prevalencia de repercusiones psicológicas negativas como: soledad, depresión, estrés, miedo a enfermarse y morir, ansiedad, ira, frustración, aburrimiento, insomnio, tristeza, irritabilidad. Las estrategias para minimizar estos impactos son: ejercicio físico, mirar películas, leer libros, escuchar música. Conclusión: es necesario que se implementen medidas de salud pública, como actividades educativas y acciones que puedan ayudar a las personas a enfrentar el aislamiento. Palabras claves: Pandemias; Aislamiento Social; Cuarentena; Fenómenos Psicológicos. Mirely Ferreira dos Santos Jacinta Ferreira dos Santos Rodrigues Enfermeira – Doutoranda em Saúde Públi- ca pela Universidade de São Paulo – USP. Mestre em Ciências da Saúde pela UFRR. Especialista em Urgência e Emergência (FIP/ PB). Docente EBTT do Instituto Federal do Amazonas-IFAM/Atualmente em Exercício Provisório na Reitoria Instituto Federal de São Paulo/IFSP – Coordenadoria de Assistência à Saúde do Servidor – CSS. Recebido em: 22/04/2020 Aprovado em: 04/05/2020 Professora de Língua Portuguesa. Mestre em Letras pela Universidade Federal de Roraima – UFRR. Especialista em Língua, Linguística e Literatura (FIP/PB). Docente EBTT do Instituto Federal da Paraíba – IFPB. DOI: https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i265p4095-4100 4096Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4095-4100 Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa medidas de punição para as pessoas que saírem de casa, como na França. No Brasil, a maioria das cidades es- tão seguindo as recomendações da Orga- nização Mundial da Saúde – OMS e do Ministério da Saúde, para as pessoas per- manecerem em casa como forma de iso- lamento social, com intuito de diminuir a propagação do vírus e não provocar um colapso no Sistema de Saúde Pública, principalmente nos locais em que a as- sistência à saúde é mais precária. Sendo que cada estado e município estão crian- do suas próprias estratégias para tentar reduzir a transmissão da doença. O isolamento social serve para sepa- rar pessoas sintomáticas e assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infec- ção e transmissão. Neste caso, é utiliza- do o isolamento em ambiente domiciliar, podendo ser feito em hospitais públicos ou privados. Ainda segundo a norma do Ministério da Saúde, o isolamento é feito por um prazo de 14 dias, tempo em que o vírus leva para se manifestar no corpo, podendo ser estendido, dependendo do resultado dos exames laboratoriais5. Já o termo quarentena se refere à separação e restrição de movimento de pessoas que fo- ram potencialmente expostas a uma doen- ça contagiosa para verificar se elas apre- sentam sintomas da doença, reduzindo assim o risco de infectar outras pessoas6. Diante desse cenário de pandemia, em que muitas pessoas tiveram que parar de trabalhar e viver uma fase de isolamento, surge o questionamento: quais repercus- sões psicológicas podem surgir nas pes- soas que estão vivenciando a quarentena e o isolamento social? Considerando que situações de epidemias de grandes magni- tudes podem acarretar impactos psicológi- cos para população. A presente pesquisa teve como objetivo analisar os principais impactos psicológicos decorrentes da qua- rentena e do isolamento social. MÉTODO Trata-se de uma pesquisa bibliográfi- ca, realizada através da revisão integrati- va da literatura acerca das repercussões psicológicas decorrentes do isolamento social e da quarentena. Inicialmente, foi delineada a questão norteadora da pesqui- sa conforme a problemática da pandemia de COVID-19, que impôs a sociedade um novo modo de vivência com a quarentena. Elaborando-se a pergunta: quais repercus- sões psicológicas podem surgir nas pesso- as que estão vivenciando a quarentena e o isolamento social? Em seguida, realizou-se um levantamento e seleção das produções científicas mais relevantes, conforme as bases de dados disponíveis em sites nacio- nais e internacionais. Foram utilizadas as bases de dados SciELO, LILACS, Medline e World Wide Science. Os descritores foram redefinidos como: “pandemias”, “isolamento social”, “quarentena” e “fenômenos psicológicos” na base de dados SciELO e “pandemics”, “social isolation”, “quarantine” e “psycho- logical phenomena” nas bases de dados LILACS, Medline e World Wide Science. A utilização dos descritores foi feita de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) disponibilizados na BVS. Para a seleção dos artigos científicos, definiram-se os critérios de inclusão como sendo: artigos publicados em português, inglês e espanhol, disponíveis na integra, no período de 2010 a abril de 2020. A busca resultou em 94 artigos, sendo que foram excluídos os que não tinham temá- tica diretamente relacionada com o obje- tivo da pesquisa e não se encaixavam nos critérios de inclusão. Constituiu-se assim, um total de 12 artigos disponibilizados de forma online. Para facilitar a identificação dos artigos foi utilizado o software End Note X5 e a procura dos artigos seguiu as recomendações PRISMA. Inicialmente os textos dos artigos encontrados foram selecionados pelos títulos, a partir da leitura dos títulos e resumos dos artigos foram excluídas as pesquisas que não tinham viés de associação entre doenças transmissí- veis, isolamento social, quarentena e impactos psicológicos. Totalizando 82 No Brasil, a maioria das cidades estão seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS e do Ministério da Saúde, para as pessoas permanecerem em casa como forma de isolamento social, com intuito de diminuir a propagação do vírus e não provocar um colapso no Sistema de Saúde Pública, principalmente nos locais em que a assistência à saúde é mais precária. 4097 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4095-4100 quarentena Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa artigos excluídos, em seguida foi fei- to uma a leitura crítica e apurada dos 12 artigos selecionados, organizou-se uma síntese dos textos completos para análise e os resultados foram interpre- tados e sintetizados através da compa- ração dos dados. RESULTADOS Os resultados apontam para um maior número de pesquisas em periódi- cos internacionais direcionadas a pan- demia de COVID-19, até o momento da elaboração dessa pesquisa. Nota-se que houve um predomínio de 9 pesquisas in- ternacionais na língua inglesa, e apenas 3 na literatura nacional. Para uma melhor compressão da revi- são integrativa realizada foi elaborado um fluxograma, figura 1, com os resultados dos artigos encontrados.E para descrição dos resultados dos artigos, foram duas ta- belas com os dados referentes às repercus- sões psicológicas e as principais medidas para diminuir essas repercussões. A tabela 1 demonstra os 12 artigos analisados nessa revisão integrativa, os mesmos estão distribuídos conforme or- dem cronológica de publicação mais re- cente, título de cada pesquisa, autores, ano de publicação e os resultados das re- percussões psicológicas encontradas em cada artigo. No que tange as intervenções e me- didas para minimizar as repercussões Figura 1 – Fluxograma da seleção dos artigos para a revisão integrativa, São Paulo, Brasil, 2020. Se le çã o Estudos selecionados por meio do título e resumo: SciELO (n = 5), LILACS (n = 6), Medline (n = 23) e World Wide Science (n = 3). Total = 37 artigos. Estudos excluídos por serem duplicatas: Total = 57 artigos. Estudos excluídos por não terem os critérios de inclusão: Total = 25 Estudos selecionados para realizar leitura na íntegra: SciELO (n = 2), LILACS (n = 2), Medline (n = 7) e World Wide Science (n = 1). Total = 12 artigos. Estudos incluídos para a presente revisão: SciELO (n = 2), LILACS (n = 2), Medline (n = 7) e World Wide Science (n = 1). Total = 12 artigos. Tabela 1 – Principais repercussões psicológicas decorrentes do isolamento social e quarentena. Artigo Título Autores e ano de publicação Repercussões psicológicas do isolamento social e quarentena 01 Fases psicológicas e sentido da vida em tempos de isolamento social por pandemia COVID-19 uma reflexão a luz de Viktor Frankl Medeiros AYBBV, Pe- reira ER, Silva RMCRA, Dias FA; 2020 Apatia, solidão, irritação, insônia, alterações na alimentação, sensação de tédio, temor, falta de esperança, ansiedade, depressão, estresse. 02 Pandemia, isolamento social e colapso global Bittencourt RN, 2020 Monotonia, sentimento de estar enclausurado, ansiedade, estresse, angústia, solidão, exaustão. 03 Online mental health services in China during the COVID-19 outbreak Liu S, Yang L, Zhang et al, 2020 Depressão, transtorno de ansiedade, insônia, estresse. 04 Telemental Health in the Context of a Pandemic: the COVID-19 Experience Whaibeh E, Mahmoud H, Naal H, 2020 Frustação, medo, raiva, desesperança, confusão, ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, estresse financeiro e interações pessoais limitadas. 05 The psychological impact of qua- rantine and how to reduce it: rapid review of the evidence Brooks SK, Webster RK, Smith LE et al, 2020 Efeitos psicológicos negativos, estresse pós-traumático, confusão, raiva, medos de infecção, frustração, tédio, suprimentos inadequados, informa- ções inadequadas, perda financeira e estigma, relatos de suicídio, irritabili- dade, insônia, baixa concentração, tristeza, aborrecimento, nervosismo. 06 Social distancing in covid-19: what are the mental health implications? Venkatesh A, Edirappuli S, 2020 Depressão, ansiedade, frustação, tédio, mau humor, medo do contágio e da clareza inadequada em torno das diretrizes de distanciamento social, muitas vezes agravadas por fontes menos confiáveis da mídia. 4098Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4095-4100 Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa psicológicas que podem surgir durante a quarentena e isolamento social, os estu- dos analisados nessa revisão integrativa apresentaram sugestões de apoio, a tabe- la 2 mostra algumas medidas para reduzir esses impactos psicológicos. Tabela 2 – Estratégias para diminuir os riscos de impactos psicológicos de acordo com os artigos analisados. Artigo Título Autores e ano de publicação Estratégias para diminuir os riscos de impactos psicológicos 01 Fases psicológicas e sentido da vida em tempos de isolamento social por pandemia COVID-19 uma reflexão a luz de Viktor Frankl Medeiros AYBBV, Pe- reira ER, Silva RMCRA, Dias FA; 2020 Cantar, dançar, realizar atividades físicas nas varandas ou em outro lu- gar da casa, conversar com os vizinhos a distância, usar a criatividade para elaborar vídeos engraçados com as esposas e filhos. 02 Pandemia, isolamento social e colapso global Bittencourt RN, 2020 Planejar atividades lúdicas, manutenção da casa, exercícios físicos, fortalecer os laços familiares, aprofundar os estudos, iniciar novas leituras, ouvir música, assistir filmes, realizar orações e meditação. 03 Online mental health services in China during the COVID-19 outbreak Liu S, Yang L, Zhang et al, 2020 Leitura de livros sobre prevenção, controle e educação em saúde mental, terapia comportamental cognitiva online para depressão, ansiedade e insônia, programas de inteligência artificial (IA) utilizados como intervenções para crises psicológicas durante a epidemia. 04 Telemental Health in the Context of a Pandemic: the COVID-19 Experience Whaibeh E, Mahmoud H, Naal H, 2020 Uso de tecnologias da informação e comunicação, incluindo video- conferência, para prestar assistência à saúde mental remotamente, incluindo avaliações, gerenciamento de medicamentos e psicoterapia. 05 The psychological impact of qua- rantine and how to reduce it: rapid review of the evidence Brooks SK, Webster RK, Smith LE et al, 2020 Fornecimento de suprimentos suficientes como: comida, água, roupa, garantir que as pessoas em quarentena tenham uma boa compreensão da doença em questão e os motivos da quarentena devem ser uma prioridade, uso de telefone e redes sociais para manter a comunicação com familiares e amigos. 06 Social distancing in covid-19: what are the mental health implications? Venkatesh A, Edirappuli S, 2020 São recomendadas rotinas diárias que incorporem um estilo de vida saudável, hobbies, interações sociais virtuais e atenção plena. 07 Life in the pandemic: Social isolation and mental health Usher K, Bhullar N, Jack- son D, 2020 Problemas psicossociais especialmente para as pessoas vulnerá- veis, como os grupos de classe socioeconômicas mais baixa e em condições de saúde mental preexistentes, ansiedade, insegurança, irritabilidade, estresse emocional, insônia, transtornos de humor, tédio, solidão, medo, pânico, estresse pós-traumático. 08 Impact of the COVID-19 Pandemic on Mental Health and Quality of Life among Local Residents in Liaoning Province, China: A Cross-Sectional Study Zhang Y, Feei, ZM, 2020 Estresse, tristeza, pânico, ansiedade, apreensão e temor devido a pandemia; sentimento de desamparo que pode estar relacionado ao aumento do uso das mídias sociais, como por exemplo assistir e ouvir notícias negativas. 09 The Impact of COVID-19 Epide- mic Declaration on Psychological Consequences: A Study on Active Weibo Users Li S, Wang Y, Xue J et al, 2020 Ansiedade, depressão, indignação, preocupação, raiva, insônia, incer- teza, insegurança, estresse. 10 Mental health status of people isolated due to Middle East Respi- ratory Syndrome Jeong H, Yim HW, Song YJ et al, 2016 Transtorno de ansiedade generalizada, raiva, ansiedade. 11 Psychosocial effects of an Ebola outbreak at individual, community and international levels Bortel TV, Basnayake A, Wurie F et al, 2016 Medo da morte, ansiedade, sentimento de perda e pesar por perder entes queridos, angústia, tristeza, culpa ou desamparo por não serem capazes de confortar ou cuidar dos entes queridos. 12 Repercussões psicológicas do isola- mento de contato: uma revisão Duarte TL, Fernandes LF, Freitas MMC et al 2015 Ansiedade, distúrbio do sono, agitação, angustia pela perda de liberda- de, estresse, depressão, medo, solidão, baixa autoestima, raiva, tédio. SANTOS; RODRIGUES (2020) 4099 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4095-4100 quarentena Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa Dos artigos selecionados, 25% (3) das pesquisas foram realizadas no Brasil;33,3% (4) na China; 16,7% (2) no Reino Unido; 8,3% (1) na Inglaterra; 8,3% (1) na Austrália e 8,3% (1) na Coréia do Sul. Com relação ao tipo de estudo: 25% (3) foram transversais descritivos; 25% (3) revisões; 16,7% (2) pes- quisas qualitativas; 8,3% (1) estudo descritivo reflexivo; 8,3% (1) descritivo exploratório; 8,3% (1) investigação epidemiológica e 8,3% (1) observacional. Quanto ao ano de publica- ção, houve uma predominância para o ano 2020 com 75% (9) artigos, seguido 16,7% (2) para o ano 2016 e 8,3% (1) para 2015. DISCUSSÃO Uma epidemia de grande magnitude pode implicar em perturbação psicosso- cial que ultrapassa a capacidade de en- frentamento da população afetada. Em geral, toda a população sofre angústias e preocupações. Estima-se que um terço e metade da população exposta pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológi- ca, de acordo com a dimensão do evento e o grau de vulnerabilidade7. Conforme os resultados encontrados através da análise dos artigos, como obser- vado na tabela 1, houve predominância de repercussões psicológicas negativas diante da experiência de casos de quarentena e isolamento social. Nota-se que as repercus- sões mais relatadas foram: solidão, depres- são, estresse, medo de adoecer e da morte, ansiedade, raiva, frustação, tédio, insônia, tristeza, irritabilidade8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19. Estudos demonstram que o isolamento social implica mudança na rotina, como o impedimento de realizar atividades corriquei- ras, os filhos o tempo todo dentro de casa, os pais que são trabalhadores do comércio não essencial, os avós ligados emocionalmente a seus netos de forma significativa, entre outras é de fato causa de muita preocupação. Além disso, a falta de ocupação interfere na rotina diária e altera o tempo de sono, a alimenta- ção também é modificada, dependendo do contexto familiar as crianças podem ficar mais irritadas, os pais menos pacientes e a sensação de tédio pode surgir8. Destaca-se o transtorno de estresse pós-traumático que foi relatado em duas pesquisas11,14, com uma menor frequência, quando comparados as demais repercus- sões psicológicas. Os autores relataram que esse transtorno pode acontecer após o tér- mino do período de quarentena, geralmen- te está correlacionado com danos e perdas ocorridos durante o período de epidemias, como nos casos em que ocorre a morte de pessoas da família ou a problemas financei- ros devido à perda de emprego. Esses resultados corroboram com dados da pesquisa sobre o impacto da epidemia de SARS, a qual demonstra que o efeito de ficar em quarentena foi um preditor de sintomas de estresse pós-traumático em funcionários do hospital, mesmo três anos depois20. Já em outro estudo, com dados do primeiro surto de influenza equina na Austrália, mostra que aproximadamente 34% (938 de 2.760) dos proprietários de cavalos em quarentena por várias semanas, por causa de um surto de gripe equina, relataram alto sofrimento psicológico durante o surto, em comparação com cerca de 12% na população geral australiana21. Nota-se que houve relatos de suicídio, dado esse bastante preocupante, mas que foi identificado apenas em uma pesquisa12. Evi- denciaram-se também estudos que apresenta- ram as mídias sociais como pontos negativos, podendo influenciar e interferir no comporta- mento psicológico, como assistir jornais com notícias negativas podem gerar sentimentos de desamparo e desespero12,15. Também vale ressaltar que os problemas psicossociais sur- 07 Life in the pandemic: Social isolation and mental health Usher K, Bhullar N, Jack- son D, 2020 Criação de políticas de apoio, especialmente para os mais vulneráveis e assistência à saúde mental. 08 Impact of the COVID-19 Pandemic on Mental Health and Quality of Life among Local Residents in Liaoning Province, China: A Cross-Sectional Study Zhang Y, Feei, ZM, 2020 Práticas de exercício físico, relaxamento, meditação, apoio social e familiar. 09 The Impact of COVID-19 Epidemic Declaration on Psychological Con- sequences: A Study on Active Weibo Users Li S, Wang Y, Xue J et al, 2020 Aproveitar o convívio familiar, realizar orações, meditação, apoio de profissionais da saúde: psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, fornecer mais serviços de entretenimento interno e prestação de serviços, como compras online. 10 Mental health status of people iso- lated due to Middle East Respiratory Syndrome Jeong H, Yim HW, Song YJ et al, 2016 Apoio à saúde mental a indivíduos com saúde mental vulnerável, fornecimento de informações precisas e suprimentos adequados, incluindo alimentos, roupas e acomodações, uso de telefone e-mail e internet para comunicação. 11 Psychosocial effects of an Ebola outbreak at individual, community and international levels Bortel TV, Basnayake A, Wurie F et al, 2016 Comunicação, educação, engajamento da comunidade sobre a compreensão da doença, mobilização de recursos, apoio psicológico e atividades de prevenção com assistência à saúde mental. 12 Repercussões psicológicas do isola- mento de contato: uma revisão Duarte TL, Fernandes LF, Freitas MMC et al 2015 Assistir televisão, ter acesso a informações confiáveis, ouvir música, ver imagens, intervenções de apoio à saúde mental. SANTOS; RODRIGUES (2020) 4100Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4095-4100 Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 e repercussões psicológicas durante a quarentena e o isolamento social: uma revisão integrativa gem com mais frequência nas pessoas mais vulneráveis, como as classes socioeconômi- cas de baixa renda e pessoas que já sofrem de alguma condição de saúde mental14. A quarentena pode ser uma medida pre- ventiva necessária durante grandes surtos de doenças infecciosas. Porém, também pode ser frequentemente associada a um efeito psico- lógico negativo. Durante o período de qua- rentena, esse efeito psicológico negativo não é surpreendente, mas há evidências de que os efeitos psicológicos da quarentena ainda podem ser detectados meses ou anos depois, mesmo a partir de um pequeno número de estudos, fato este preocupante e sugere a ne- cessidade de garantir que medidas eficazes de mitigação sejam implementadas como parte do processo de planejamento de quarentena15. No que tange as estratégias para mini- mizar os riscos de impactos psicológicos, tiveram maior prevalência as pesquisas que apresentaram as seguintes medidas: prática de exercícios físicos, assistir filmes, ler li- vros, ouvir música, aproveitar o tempo para fortalecer os laços familiares8,9,15,16,19. Mere- ce destaque o estudo que aborda o uso de tecnologias de informação e comunicação com os profissionais da saúde para presta- ção de assistência à saúde, como medidas para diminuir os riscos psicológicos11. O fornecimento de suprimentos essên- cias para as pessoas mais vulneráveis, como comida, água, roupa, são destacados12,17. Assim também, como a criação de políticas de apoio para as populações mais vulnerá- veis e assistência à saúde mental14. O uso da internet, redes sociais e notícias nas mídias é recomendável quando tem fontes confiá- veis e informações positivas19. A utilização de programas de inteligência artificial foi mencionada como intervenções para crises psicológicas durante a epidemia10. CONCLUSÃO Os resultados demonstram uma maior propensão de repercussões negativas dian- te das situações que exigem quarentena e isolamento social, podendo esses efeitos serem amplos e duradouros dependendo da magnitude da pandemia. Conclui-se que é necessário a realização de pesquisas futuras com essa abordagem para avaliar os impac- tos da pandemia de COVID-19. É relevante que medidas de saúde pública sejam imple- mentadas, como atividades educativas, bem como ações que possam auxiliar as pessoas no enfretamento do isolamento, ajudando a manter uma boa qualidade de vida e da saú- de mental. É importante ressaltar que a práti- ca do isolamento social e da quarentenasão essenciais para o controle da propagação de uma doença infectocontagiosa e que o efei- to psicológico de não adotar essa estratégia também pode ser preocupante. Referências 1. 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The first case identified had pneumonia and was reported in Wuhan, Hubei province, People's Republic of China (PRC), in late De- cember 20191. The International Virus Taxonomy Committee (ICTV) named the virus SARS-CoV-2 and the disea- se COVID-192. In history, SRAS-CoV (2003) infected 8,098 individuals with a mortality rate of 9% in 26 cou- ntries worldwide, on the other hand, the new corona virus (2019) infected 120,000 individuals with a mortality rate of 2.9% in 109 people by mid- -March 19, 2020. This shows that the transmission rate of SARS-CoV-2 is hi- gher than SARS-CoV3,4. As SARS-CoV-2 spreads worldwide, many governments in most countries have established contingency plans, adopting measures of social isolation, in addition to restricting travel at the local, national and international levels, in order to avoid the spread of the vi- rus. In the United States, thousands of people have been subjected to legally enforceable quarantines or are in self- -quarantine. As well as Italy, Germany, France, among others. Some countries COVID-19 and psychological repercussions during quarantine and social isolation: an integrative review ABSTRACT | Objective: to analyze the main psychological impacts resulting from quarantine and social isolation. Method: this is a bibliographic search, carried out through an integrative literature review in the SciELO, LILACS, Medline and World Wide Science databases. The inclusion criteria were articles published in Portuguese, English and Spanish, from 2010 to 2020. To facilitate the identification of the articles, the End Note X5 software was used. Results: 94 articles were found, 12 of which were selected for analysis of the study. The research revealed a prevalence of negative psychological repercussions such as: loneliness, depression, stress, fear of falling ill and death, anxiety, anger, frustration, boredom, insomnia, sadness, irritability. The strategies to minimize these impacts are: physical exercise, watching movies, reading books, listening to music. Conclusion: it is necessary that public health measures are implemented, such as educational activities and actions that can help people in facing isolation. Keywords: Pandemics; Social Isolation; Quarantine; Psychological Phenomena. RESUMEN | Objetivo: analizar los principales impactos psicológicos resultantes de la cuarentena y el aislamiento social. Método: se trata de una búsqueda bibliográfica, realizada a través de una revisión bibliográfica integradora en las bases de datos SciELO, LILACS, Medline y World Wide Science. Los criterios de inclusión fueron artículos publicados en portugués, inglés y español, de 2010 a 2020. Para facilitar la identificación de los artículos, se utilizó el software End Note X5. Resultados: se encontraron 94 artículos, 12 de los cuales fueron seleccionados para el análisis del estudio. La investigación reveló una prevalencia derepercusiones psicológicas negativas como: soledad, depresión, estrés, miedo a enfermarse y morir, ansiedad, ira, frustración, aburrimiento, insomnio, tristeza, irritabilidad. Las estrategias para minimizar estos impactos son: ejercicio físico, mirar películas, leer libros, escuchar música. Conclusión: es necesario que se implementen medidas de salud pública, como actividades educativas y acciones que puedan ayudar a las personas a enfrentar el aislamiento. Palabras claves: Pandemias; Aislamiento Social; Cuarentena; Fenómenos Psicológicos. RESUMO | Objetivo: analisar os principais impactos psicológicos decorrentes da quarentena e do isolamento social. Método: trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada através da revisão integrativa da literatura nas bases de dados SciELO, LILACS, Medline e World Wide Science. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português, inglês e espanhol, durante o período de 2010 a 2020. Para facilitar a identificação dos artigos foi utilizado o software End Note X5. Resultados: foram encontrados 94 artigos, sendo selecionados 12 para a análise do estudo. A pesquisa revelou uma prevalência de repercussões psicológicas negativas como: solidão, depressão, estresse, medo de adoecer e da morte, ansiedade, raiva, frustação, tédio, insônia, tristeza, irritabilidade. As estratégias para minimizar esses impactos são: exercícios físicos, assistir filmes, ler livros, ouvir música. Conclusão: é necessário que medidas de saúde pública sejam implementadas, como atividades educativas e ações que possam auxiliar as pessoas no enfretamento do isolamento. Palavras-chaves: Pandemias; Isolamento Social; Quarentena; Fenômenos Psicológicos. Mirely Ferreira dos Santos Jacinta Ferreira dos Santos Rodrigues Nurse - PhD student in Public Health at the University of São Paulo – USP. Master’s in Health Sciences from UFRR. Specialist in Urgency and Emergency (FIP / PB). EBTT professor at the Federal Institute of Amazo- nas-IFAM / Currently in Provisional Exercise at the Rectorate of the Federal Institute of São Paulo / IFSP - Server Health Care Coor- dination - CSS. Received on: 04/22/2020 Approved on: 05/04/2020 Portuguese Language Teacher. Master of Arts from Federal University of Roraima – UFRR. Specialist in Language, Linguistics and Literature (FIP / PB). EBTT professor at the Federal Institute of Paraíba – IFPB DOI: https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i265p4101-4106 4102Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4101-4106 Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 and psychological repercussions during quarantine and social isolation: an integrative review are more discerning and have pu- blished punishment measures for peo- ple who leave home, as in France. In Brazil, most cities are following the recommendations of the World He- alth Organization - WHO and the Mi- nistry of Health, for people to stay at home as a form of social isolation, in order to reduce the spread of the virus and not cause a collapse in the Public Health System, especially in places where health care is most precarious. Since each state and municipality are creating their own strategies to try to reduce the transmission of the disease. Social isolation serves to separate symptomatic and asymptomatic peo- ple, in clinical and laboratory research to prevent the spread of infection and transmission. In this case, isolation is used in the home environment, which can be done in public or private hos- pitals. Also according to the norm of the Ministry of Health, the isolation is done for a period of 14 days, in which time the virus takes to manifest itself in the body, and can be extended, depen- ding on the results of laboratory tests5. The term quarantine refers to the sepa- ration and restriction of movement of people who were potentially exposed to a contagious disease to check whe- ther they have symptoms of the disea- se, thus reducing the risk of infecting other people6. Faced with this pandemic scena- rio, in which many people had to stop working and live a phase of isolation, the question arises: what psychological repercussions can arise in people who are experiencing quarantine and social isolation? Considering that epidemics of great magnitude can cause psycho- logical impacts for the population. This research aimed to analyze the main psychological impacts resulting from quarantine and social isolation. METHODOLOGY This is a bibliographic research, carried out through an integrative li- terature review about the psychologi- cal repercussions resulting from social isolation and quarantine. Initially, the guiding question of the research was outlined according to the problem of the pandemic of COVID-19, which imposed on society a new way of li- ving with the quarantine. In elabora- ting the question: what psychological repercussions can arise in people who are experiencing quarantine and social isolation? Then, a survey and selection of the most relevant scientific produc- tions was carried out, according to the databases available on national and in- ternational websites. SciELO, LILACS, Medline and World Wide Science databases were used. The descriptors were redefined as: “pandemics”, “social isolation”, “quarantine” and “psychological phe- nomena” in the SciELO database and “pandemics”, “social isolation”, “qua- rantine” and “psychological phenome- na” in the databases LILACS, Medline and World Wide Science. The use of descriptors was made according to the Health Sciences Descriptors (DeCS) available in the VHL. For the selection of scientific ar- ticles, the inclusion criteria were de- fined as: articles published in Portu- guese, English, and Spanish, available in full, from 2010 to April 2020. The search resulted in 94 articles, which were excluded those who had no the- me causally related to the research ob- jective and did not fit the inclusion cri- teria. Thus, a total of 12 articles were made available online. To facilitate the identification of the articles, the End Note X5 software was used and the se- arch for the articles followed the PRIS- MA recommendations. Initially, the texts of the articles found were selected by the titles, from the reading of the titles and abstracts of the articles, research that did not have an association bias between commu- nicable diseases, social isolation, In Brazil, most cities are following the recommendations of the World Health Organization - WHO and the Ministry of Health, for people to stay at home as a form of social isolation, in order to reduce the spread of the virus and not cause a collapse in the Public Health System, especially in places where health care is most precarious. Since each state and municipality are creating their own strategies to try to reduce the transmission of the disease. 4103 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4101-4106 quarantine Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 and psychological repercussions during quarantine and social isolation: an integrative review quarantine and psychological impacts was excluded. A total of 82 excluded articles, then a critical and accurate reading of the 12 selected articles was made, a synthesis of the complete texts was organized for analysis and the re- sults were interpreted and synthesized by comparing the data. RESULTS The results point to a greater num- ber of researches in international jour- nals targeting the COVID-19 pande- mic, until the time of this research. It should be noted that there was a pre- dominance of 9 international research in the English language, and only 3 in the national literature. For a better compression of the inte- grative review carried out, a flowchart, figure 1, was prepared with the results of the articles found. And to describe the results of the articles, there were two tables with data on the psychologi- cal repercussions and the main measu- res to reduce these repercussions. Chart 1 shows the12 articles analy- zed in this integrative review, they are distributed according to the most re- cent chronological order of publica- tion, title of each research, authors, year of publication and the results of the psychological repercussions found in each article. Regarding the interventions and measures to minimize the psycholo- gical repercussions that may arise du- Figure 1 – Flowchart of article selection for the integrative review, São Paulo, Brazil, 2020. Se le çã o Estudos selecionados por meio do título e resumo: SciELO (n = 5), LILACS (n = 6), Medline (n = 23) e World Wide Science (n = 3). Total = 37 artigos. Estudos excluídos por serem duplicatas: Total = 57 artigos. Estudos excluídos por não terem os critérios de inclusão: Total = 25 Estudos selecionados para realizar leitura na íntegra: SciELO (n = 2), LILACS (n = 2), Medline (n = 7) e World Wide Science (n = 1). Total = 12 artigos. Estudos incluídos para a presente revisão: SciELO (n = 2), LILACS (n = 2), Medline (n = 7) e World Wide Science (n = 1). Total = 12 artigos. Chart 1 – Main psychological repercussions resulting from social isolation and quarantine. Artigo Título Autores e ano de publicação Repercussões psicológicas do isolamento social e quarentena 01 Fases psicológicas e sentido da vida em tempos de isolamento social por pandemia COVID-19 uma reflexão a luz de Viktor Frankl Medeiros AYBBV, Pe- reira ER, Silva RMCRA, Dias FA; 2020 Apatia, solidão, irritação, insônia, alterações na alimentação, sensação de tédio, temor, falta de esperança, ansiedade, depressão, estresse. 02 Pandemia, isolamento social e colapso global Bittencourt RN, 2020 Monotonia, sentimento de estar enclausurado, ansiedade, estresse, angústia, solidão, exaustão. 03 Online mental health services in China during the COVID-19 outbreak Liu S, Yang L, Zhang et al, 2020 Depressão, transtorno de ansiedade, insônia, estresse. 04 Telemental Health in the Context of a Pandemic: the COVID-19 Experience Whaibeh E, Mahmoud H, Naal H, 2020 Frustação, medo, raiva, desesperança, confusão, ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, estresse financeiro e interações pessoais limitadas. 05 The psychological impact of qua- rantine and how to reduce it: rapid review of the evidence Brooks SK, Webster RK, Smith LE et al, 2020 Efeitos psicológicos negativos, estresse pós-traumático, confusão, raiva, medos de infecção, frustração, tédio, suprimentos inadequados, informa- ções inadequadas, perda financeira e estigma, relatos de suicídio, irritabili- dade, insônia, baixa concentração, tristeza, aborrecimento, nervosismo. 06 Social distancing in covid-19: what are the mental health implications? Venkatesh A, Edirappuli S, 2020 Depressão, ansiedade, frustação, tédio, mau humor, medo do contágio e da clareza inadequada em torno das diretrizes de distanciamento social, muitas vezes agravadas por fontes menos confiáveis da mídia. 4104Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4101-4106 Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 and psychological repercussions during quarantine and social isolation: an integrative review ring quarantine and social isolation, the studies analyzed in this integra- tive review presented suggestions for support, Chart 2 shows some mea- sures to reduce these psychological impacts. Chart 2 – Strategies to reduce the risks of psychological impacts according to the analyzed articles. Artigo Título Autores e ano de publicação Estratégias para diminuir os riscos de impactos psicológicos 01 Fases psicológicas e sentido da vida em tempos de isolamento social por pandemia COVID-19 uma reflexão a luz de Viktor Frankl Medeiros AYBBV, Pe- reira ER, Silva RMCRA, Dias FA; 2020 Cantar, dançar, realizar atividades físicas nas varandas ou em outro lu- gar da casa, conversar com os vizinhos a distância, usar a criatividade para elaborar vídeos engraçados com as esposas e filhos. 02 Pandemia, isolamento social e colapso global Bittencourt RN, 2020 Planejar atividades lúdicas, manutenção da casa, exercícios físicos, fortalecer os laços familiares, aprofundar os estudos, iniciar novas leituras, ouvir música, assistir filmes, realizar orações e meditação. 03 Online mental health services in China during the COVID-19 outbreak Liu S, Yang L, Zhang et al, 2020 Leitura de livros sobre prevenção, controle e educação em saúde mental, terapia comportamental cognitiva online para depressão, ansiedade e insônia, programas de inteligência artificial (IA) utilizados como intervenções para crises psicológicas durante a epidemia. 04 Telemental Health in the Context of a Pandemic: the COVID-19 Experience Whaibeh E, Mahmoud H, Naal H, 2020 Uso de tecnologias da informação e comunicação, incluindo video- conferência, para prestar assistência à saúde mental remotamente, incluindo avaliações, gerenciamento de medicamentos e psicoterapia. 05 The psychological impact of qua- rantine and how to reduce it: rapid review of the evidence Brooks SK, Webster RK, Smith LE et al, 2020 Fornecimento de suprimentos suficientes como: comida, água, roupa, garantir que as pessoas em quarentena tenham uma boa compreensão da doença em questão e os motivos da quarentena devem ser uma prioridade, uso de telefone e redes sociais para manter a comunicação com familiares e amigos. 06 Social distancing in covid-19: what are the mental health implications? Venkatesh A, Edirappuli S, 2020 São recomendadas rotinas diárias que incorporem um estilo de vida saudável, hobbies, interações sociais virtuais e atenção plena. 07 Life in the pandemic: Social isolation and mental health Usher K, Bhullar N, Jack- son D, 2020 Problemas psicossociais especialmente para as pessoas vulnerá- veis, como os grupos de classe socioeconômicas mais baixa e em condições de saúde mental preexistentes, ansiedade, insegurança, irritabilidade, estresse emocional, insônia, transtornos de humor, tédio, solidão, medo, pânico, estresse pós-traumático. 08 Impact of the COVID-19 Pandemic on Mental Health and Quality of Life among Local Residents in Liaoning Province, China: A Cross-Sectional Study Zhang Y, Feei, ZM, 2020 Estresse, tristeza, pânico, ansiedade, apreensão e temor devido a pandemia; sentimento de desamparo que pode estar relacionado ao aumento do uso das mídias sociais, como por exemplo assistir e ouvir notícias negativas. 09 The Impact of COVID-19 Epide- mic Declaration on Psychological Consequences: A Study on Active Weibo Users Li S, Wang Y, Xue J et al, 2020 Ansiedade, depressão, indignação, preocupação, raiva, insônia, incer- teza, insegurança, estresse. 10 Mental health status of people isolated due to Middle East Respi- ratory Syndrome Jeong H, Yim HW, Song YJ et al, 2016 Transtorno de ansiedade generalizada, raiva, ansiedade. 11 Psychosocial effects of an Ebola outbreak at individual, community and international levels Bortel TV, Basnayake A, Wurie F et al, 2016 Medo da morte, ansiedade, sentimento de perda e pesar por perder entes queridos, angústia, tristeza, culpa ou desamparo por não serem capazes de confortar ou cuidar dos entes queridos. 12 Repercussões psicológicas do isola- mento de contato: uma revisão Duarte TL, Fernandes LF, Freitas MMC et al 2015 Ansiedade, distúrbio do sono, agitação, angustia pela perda de liberda- de, estresse, depressão, medo, solidão, baixa autoestima, raiva, tédio. SANTOS; RODRIGUES (2020) 4105 Revista Nursing, 2020; 23 (265): 4101-4106 quarantine Santos, M.F.; Rodrigues, J.F.S.; COVID-19 and psychological repercussions during quarantine and social isolation: an integrative review DISCUSSION An epidemic of great magnitude can imply psychosocial disturbance that exceeds the capacity of the affec- ted population to cope. In general, the entire population suffers anguish and concerns. It is estimated that one third and half of the exposed population may suffer some psychopathological
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