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Aula 1 - 01 de agosto de 2019 Profa Dra Danielle Bezerra Enfermagem cirúrgica É a parte da enfermagem que assiste o ser humano no pré, trans e pós operatório através da educação e cuidados para que ocorra seu restabelecimento no menor tempo possível. A cirurgia é um evento estressante e complexo. Avanços de técnicas cirúrgicas, de instrumentais, dos equipamentos e da anestesia, muitos procedimentos cirúrgicos são realizados em setores ambulatoriais Terminologia cirúrgica Raiz – parte primordial da estrutura da palavra Prefixo – segmento anatômico Sufixo – intervenção cirúrgico Cirurgia – “tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico” Hospital, ambulatório ou consultório. Orqui (testículo), Atro (articulação), Gastro (estômago), Entero (intestino), Hemo( sangue), Mamo ( mamas) Espleno ( baço), Nefro ( rin) Orqui – ORQUIDO (testículo) Angio (vasos sangüíneos) Flebo (veia) Traqueo (traquéia) Rino (nariz) Oto (ouvido) Oftalmo (olhos) Hister(o) (útero) Laparo (parede abdominal) Colpo (cólon) Onfa (umbigo) Blefaro (pálpebras) Rino (nariz) Prefixo ACRO – (extremidades) PIELO (pelve renal) PROCTO (reto e ânus) TENO(tendões) SALPINGO - SALPINGE (trompas) ÓSTEO – ORTO (ossos) OOFORO – OOFOR (ovários) FLEBO (veias) ANGIO (vasos) MIO (músculos) Dacrio (lágrimas) Sinuvectomia (secção parcial ou total da membrana sinovial que envolve as articulações) Anenoidectomia versus Adenoamigdalectomia (remoção de adenoides e remoção das tireoides e das amigdalas Circuncisão ou postectomia (Excisão do prepúcio) SUFIXOS Tomia: Incisão, corte Stomia: Comunicar um orgão tubular oco, com exterior através de uma boca Ectomia: retitada parcial ou total de um orgão Plastia: reparação plástica Pexia: fixação Centese: punção de um orgão ou tecido para drenagem ou coleta de um líquido Scopia : visualização de uma cavidade atravéz de um aparelho especial Rafia: sutura Cirurgias terminadas em “tomia” Artrotomia Broncotomia Coledocotomia (exploração e drenagem do ducto biliar) Ureterolitotomia (incisão do ureter para remoção de cálculos) Cirurgias terminadas em “pexia” Histeropexia (suspensão e fixação do útero à parede abdominal) Retinopexia (fixação da retina descolada) Nefropexia (fixação do rim na parede abdominal) Colopexia (sutura da flexura sigmoide à parede abdominal Cirurgias terminadas em “rafia” Colpoperineorrafia (sutura do músculo aponeurótico profundo com a parede vaginal) Osteorrafia (colocação do fio metálico no osso) Tenorrafia (sutura do tendão) Cirurgias terminadas em “scopia” Gastroscopia (visualização direta do estômago) Laringoscopia (visualização direta da laringe) Duodenoscopia (exame com visualização direta do duodeno) Colonoscopia (visualização do intestino grosso) Construção Cirúrgica de nova boca (Stomia) Cistostomia; Colecistostomia; Coledocostomia; Ileostomia; Jejunostomia; Gastrostomia; Nefrostomia; TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS DIVERSAS AMPUTAÇÃO ELIMINAR MEMBRO NECROSADO OU SEGMENTO DO MESMO ANASTOMOSE CONJUNÇÃO DE ÓRGÃOS SEMELHANTES BIÓPSIA REMOÇÃO DE FRAGMENTOS DE TECIDOS PARA FINS DE DIAGNÓSTICO DIÉRESE MECÂNICA ROMPIMENTO DA CONTINUIDADE DO TECIDO POR INSTRUMENTAL CORTANTE DIÉRESE FÍSICA ROMPIMENTO DA CONTINUIDADE DO TECIDO POR USO DO CALOR OU RAIO LASER CISTOCELE HÉRNIA NA BEXIGA CAUTERIZAÇÃO DESTRUÇÃO DE TECIDOS POR CÁUSTICO OU FIO AQUECIDO DISSECÇÃO CORTAR/RETALHAR Diagnóstica ou exploratória: exploração de um determinado órgão para confirmar diagnóstico. Biópsias (laparotomia exploratória) Curativa ou radical: retirada parcial ou total de um órgão ou segmento corporal (retirada da amígdala inflamada). Reparação de múltiplos ferimentos (enxerto de pele) Plástica ou estética: reconstituição (plástica para modelar o nariz – rinoplastia) Paliativa: aliviar a dor ou melhorar as conduções do paciente. Aliviando os sintomas da enfermidade, não havendo cura (abertura de orifício artificial para a saída de fezes sem ressecção do tumor intestinal) Transplante: substituir órgão ou estruturas não funcionantes. Finalidade cirúrgica Limpas: realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras. Cirurgias eletivas atraumáticas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem. Sem penetração nos Tratos Digestório, Respiratório ou Urinário, em condições ideais de sala de cirurgia. Exemplo: mamoplastia, esplenectomia, neurocirurgias, cirurgias cardíacas, artroplastia de quadril, cirurgia de pulmão. Potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Ocorre penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, mas sem contaminação significativa. Exemplo: histerectomia abdominal, cirurgias gástricas e duodenais, cirurgias das vias biliares sem ou com obstrução biliar. Potencial de contaminação cirúrgica Contaminadas: realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, colonizados por microbiota bacteriana abundante, com descontaminação difícil ou impossível, com ausência de supuração local. Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, grande contaminação a partir do tubo digestivo. Exemplo: obstrução biliar ou urinária, cirurgias de cólon, debridamento de queimaduras, cirurgias intranasal, bucal ou nasal e fraturas expostas com atendimento após 10 horas. Infectadas: intervenções cirúrgicas e qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus, cirurgias abdominais em presença de pus e conteúdo de cólon, nefrectomia com infecção, presença de vísceras perfuradas e colecistectomia com empiema. Potencial de contaminação cirúrgica Classificação da cirurgia Características Risco de desenvolvimento de ISC Limpa Ausência de inflamação Não abordagem dos tratos respiratórios, alimentar, genital ou urinário estéril Sistemas de drenagem devem ser fechados, se necessário 1,5% a 2,9% Potencialmente contaminada Abordagens dos tratos respiratórios, digestório, genital ou urinário em condições controladas. Cirurgias do trato biliar, do apêndice, da vagina e da orofaringe são incluídas nesta categoria se não há evidências de quebra da técnica asséptica e/ou sinais evidentes de infecção. 2,8% a 7,7% Contaminada Feridas abertas, recentes e acidentais Cirurgias com quebra significativa de técnica asséptica (ex. incisões em locais com inflamação aguda não purulenta e respingos de secreção do tubo gastrointestinal 6% a 15,2% Infectada Feridas traumáticas antigas com tecido desvitalizado, infectado ou que envolvam vísceras perfuradas 30% a 40% CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS • Emergência: atenção imediata para manter a vida ou função (hemorragia intensa, ruptura de aneurisma de aorta, ferimento por arma de fogo/branca com perfuração de vísceras, traumatismo craniano) • Urgência: necessita ser realizada, mas poderá ser aguardada (24 – 30 horas). Casos de infecção aguda de vesícula e apêndice, cálculos renais ou uretrais, hemorroidectomia) • Opcional: a decisão é do paciente Eletiva ou programada: cirurgia necessária para o bem do pcte. Programada para uma data conveniente e segura, sem que haja risco de vida iminente. Ex: varizes, amígdalas, adenoides, herniorrafia Tempo de utilização de sala cirúrgica Porte 1: tempo de duração entre 0 a 2h. Ex: Timpanoplastia. Retirada de cateter duplo J. Mama. Oftálmicas. Túnel do carpo. Porte 2: Acima de 2h até 4h. Ex: Colecistectomia. Lobectomia. Fraturas e enxertos. Gastrectomia Tempo de utilização de sala cirúrgica Porte 3: acima de 4h até 6h. Ex: Gastrectomia. Laparatomia exploratória oncológica.Craniotomia por descompressão ou massa. Porte 4: acima de 6h. Ex: Transplantes hepáticos, renais, cardíacos. Doação de órgãos. Tumores medulares e encefálicos Zoneamento do Centro Cirúrgico (AORN): * Irrestrita (zona de proteção): as áreas de circulação livre de pessoas (vestiários, elevadores, sala de espera de acompanhantes, corredores externos que levam ao CC). *Semirrestritas (zona limpa): pode haver circulação tanto de pessoal como equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas rotinas de controle e manutenção da assepsia cirúrgica (secretaria, farmácia do CC, copa, salas de guarda de material, administrativa, copa, expurgo) *Restrita (zona asséptica ou estéril) ‐ o corredor interno, as áreas de escovação das mãos e sala cirúrgica. Evitar infecção operatória, limita‐se a circulação de pessoal, equipamentos e materiais. TRÊS FASES CIRÚRGICAS I. Fase Pré‐Operatória II. Fase Transoperatório (insere o intra‐ Operatória) III. Fase Pós‐Operatória PRÉ‐OPERATÓRIO Abrange desde o momento pela decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica. Caracteriza‐se pelo preparo do paciente físico e emocional. É realizada a revisão do prontuário, verificando se os exames estão anexados e o ensino para o pós‐operatório. PRÉ‐OPERATÓRIO DIVIDE‐SE EM MEDIATO E IMEDIATO: *Pré‐operatório mediato: o cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós‐operatórias, ou seja, abrange o período desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma; • Pré‐operatório imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele – banho com soluções antissépticas e aplicação de medicação pré‐anestésica. A tricotomia quando indicada, será realizada 2 horas antes da cirurgia para evitar colonização da pele. PERÍODO TRANSOPERATÓRIO Compreende desde o momento em que o paciente é recebido no CC até o momento de seu encaminhamento para a sala de pós‐ recuperação anestésica (SRA) PERÍODO INTRA‐OPERATÓRIO Caracteriza‐se pela cirurgia propriamente dita, incluindo a administração de medicamentos endovenosos, a monitorização fisiológica ao longo do procedimento cirúrgico e prestação de apoio emocional desde o início até o final da anestesia. . PERÍODO PÓS‐OPERATÓRIO Inicia‐se com a admissão do paciente na unidade de cuidados pós‐anestésicos e finaliza após a evolução de acompanhamento no setor de clínica ou do domicílio. Precisa‐se avaliar os efeitos dos agentes anestésicos e do procedimento cirúrgico, a monitorização das funções vitais, a provisão de conforto e de alívio da dor e a prevenção de complicações. Fases ou períodos pós‐peratório Fase pós-operatória imediata → admissão do pcte na SRPA até às 48h pós-operatório. Fase pós-operatória tardia → inicia-se após 48h pós- operatório e finaliza na alta do pcte, seja para o domicílio ou ambulatório e outros setores. Fase pós-operatória imediata e pós-operatória tardia literatura aponta de 24 ou 48hs. 1 ‐ Analise as proposições abaixo referentes ao Sistema de Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) segundo Sociedade Brasileira de Enfermagem em Centro Cirúrgico – SOBECC (2017): I. O período pré‐operatório imediato é aquele que compreende as 24 horas que antecedem o procedimento anestésico‐cirúrgico, estendendo‐se até o encaminhamento do paciente ao Centro Cirúrgico, devendo o enfermeiro promover medidas físicas e emocionais que garantam maior segurança e conforto ao paciente. II. O período intraoperatório compreende desde o momento em que o paciente é recebido na unidade de Centro Cirúrgico até sua saída da sala de operações, devendo o enfermeiro atentar‐se para cuidados como instalação de oxímetro de pulso e uso da placa de bisturi de cautério. III. A recuperação pós‐anestésica compreende as primeiras 24 horas após a intervenção anestésico‐cirúrgica. A permanência na sala de recuperação pós‐anestésica (SRPA) ou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), assim como a recuperação no domicílio, também se incorporam a esse período. IV. O período pós‐operatório mediato inicia‐se após as primeiras 24 horas que se seguem à cirurgia e se estende até a alta do paciente ou mesmo após seu retorno ao domicílio. O enfermeiro deve avaliar a complexidade do procedimento anestésico‐cirúrgico realizado e implementar o plano de cuidados para pacientes internados, até a sua alta. Marque a alternativa CORRETA: a) Somente as proposições II e III estão corretas. b) Somente as proposições I e III estão corretas. c) Somente as proposições I e IV estão corretas. d) Somente as proposições II e IV estão corretas. RESPOSTA LETRA B 2 ‐ De acordo com seus conhecimentos técnicos, correlacione os procedimentos cirúrgicos às suas definições e assinale a opção correta. PROCEDIMENTOS (1) traqueostomia (2) laparatomia (3) blefaroplastia (4) queiloplastia (5) colporrafia DEFINIÇÕES ( ) abertura da cavidade abdominal. ( ) sutura da região da parede vaginal. ( ) abertura na traqueia. ( ) correção cirúrgica das pálpebras. ( ) reparo de defeitos nos lábios. a) (1)(2)(3)(4)(5) b) (5)(4)(3)(2)(1) c) (5)(2)(1)(4)(3) d) (2)(5)(1)(3)(4) e) (2)(4)(5)(3)(1) RESPOSTA LETRA D TEMPOS CIRÚRGICOS TEMPOS CIRÚRGICOS DIÉRESE: secção tecidual para liberar estruturas anatômicas e possibilitar a abordagem de órgão ou região. Divulsão – separa anatomicamente os tecidos, sem seccioná-los. Pinça, tesouras, afastadores, tentacânulas, tesouras roumbas. Secção – cortar com tesoura, bisturi a frio ou elétrico, lâmina afiada Punção – instrumentos perfurantes como trocarte ou agulha de Veres Serração – serras em cirurgias ortopédicas Curetagem – raspagem da superfície do órgão com cureta TEMPOS CIRÚRGICOS DIÉRESE: secção tecidual para liberar estruturas anatômicas e possibilitar a abordagem de órgão ou região. Descolamento – separação dos tecidos de um espaço anatômico virtual (descolamento da vesícula do leito hepático) Dilatação – processo de aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais (dilatação da uretra) Tesouras curvas, retas, finas – Metzembaum, Mayo e Íris Bisturis no 3 (atos cirúrgicos delicados) e 4 (cirurgias gerais) TEMPOS CIRÚRGICOS HEMOSTASIA: prevenir, deter e coibir o extravasamento sanguíneo. Evitar a formação de coleções sanguíneas e coágulos que gerem infecção. Hemorragia espontânea/natural – pequenos vasos seccionados fechados espontaneamente Hemostasia temporária – diminui temporariamente o fluxo sanguíneo. Pinças, garroteamento, ação farmacológica, oclusão endovascular Cruenta (campo operatório - pinçamento) Incruenta (fora do campo operatório – garroteamento (Faixas de Smarch e Manguito pneumático) Hemostasia definitiva – interrompendo definitivamente a circulação do vaso. Cauterização (calor), sutura (grampeamento), ligadura (fios não agulhados), tamponamento (compressão com gazes ou compressas), obturação mecânica (ocluir a luz do vaso com esponjas de gelatina, celuloses oxidada e congêneres) TEMPOS CIRÚRGICOS Pinçamento – pinças traumáticas (Kelly, Rochester, Halsted (mosquito). Na cirurgias endovasculares (Potts, Cooley, DeBakey – pinças atraumáticas) Garroteamento – faixa de Smarch, manguito pneumático, garroteamento de membros. Hemostasia preventiva Ação farmacológica – via parenteral para diminuir sangramento por vasoconstrição Ex: transamin para RTU Ocitocina pós-parto HEMOSTASIA TEMPOS CIRÚRGICOS Grego – exaíresis (significa retirada) CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA EXÉRESE Tecidos separados Cavidade aberta Funcionamento do órgão deve ser alterado Órgão deve ser extirpado Pinças de preensão – Adison, Nelson, Babcock e Collin Afastadores + material de corte (remover tecidos) Videocirurgias - uso de endoscópios para remover tumores,pólipos, cálculos e órgãos. TEMPOS CIRÚRGICOS Aproximação das bordas dos tecidos seccionados para a continuidade anatômica e funcional e facilitar a cicatrização. Respeitar a hierarquia tecidual e estratificação dos planos SÍNTESE Antissepsia local; Bordas nítidas; Hemostasia perfeita (ausência de hematomas ou coleções); Escolha dos fios apropriados para cada tecido; Execução da técnica correta; Ausência de corpos estranhos e tecidos necrosados; TEMPOS CIRÚRGICOS Fios cirúrgicos ou grampos metálicos SÍNTESE Porta-agulhas (Mayo Hegar e Mathieu) Agulhas nos fios cirúrgicos Ponta, corpo e fundo Agulhas cilíndricas→ mínimo de trauma e com melhor vedação entre tecido e fio Agulhas cortantes→ seccionar as fibras do tecido transpassando por elas Cruenta – utiliza-se agulhas, fios de sutura e porta agulhas Incruenta – aproximação dos tecidos com auxílio de gesso, ataduras e adesivos. TEMPOS CIRÚRGICOS Porta-agulhas Mathieu Métodos de sutura Sutura contínua Série de pontos – primeiro e último ponto recebem nós. Pouca tensão para fechamentos de tecidos Peritônio e vasos sanguíneos Sutura de retenção ou de escora Cada ponto é aplicado e amarrado individualmente – reforço na linha de sutura primária Evitar a deiscência da ferida, ruptura parcial das camadas Feridas abdominais, feridas laceradas e infectadas Náilon, seda, poliéster Métodos de sutura Sutura interrompida Cada ponto é aplicado e amarrado individualmente em tecidos ou vasos Mais forte e seguro Utilizado na pele e em qualquer camada tecidual Sutura em bolsa de tabaco Sutura circular contínua aplicada para circundar uma abertura Utilizada em órgãos como ceco, vesícula biliar e bexiga Resolução 278/2003 do COFEN estabelece que: “É vedado ao profissional de Enfermagem a realização de suturas. Salvo em situações de urgência, na qual, efetivamente haja iminente e grave risco de vida, não podendo tal exceção aplicar-se a situações previsíveis e rotineiras”. Recursos materiais no CC Especificidade dos artigos Características dos usuários – número de internações, leitos por especialidades, atendimentos ambulatoriais pacotes de curativos, aventais, gazes nas Clínicas Cirúrgicas Previsão: Frequência no uso de artigos – no reprocessamento de instrumentais (Período de 90 dias) Número de procedimentos – no exames realizados, qtd de cirurgias, sua complexidade e porte. Durabilidade – vida útil dos equipamentos e validade da esterilização Recursos materiais no CC Periodicidade de reposição: Mapa de consumo (diário, mensal ou quinzenal) Anotar a periodicidade para reposição (lavanderia, almoxarifado e farmácia) Previsão: Medida de segurança - 20 a 30% do total da cota Cálculo de Roupas Cirúrgicas em movimento – calcula-se pela qte máxima utilizada nas 24hs X 4 Compressas – previsão de 12 x a qtde utilizada Artigos descartáveis – previsão para 48h Recursos materiais no CC Reposição por tempo: Repor o estoque ao máximo predeterminado Provisão – reposição Reposição por quantidade: Estoque chega ao nível mínimo emite-se um requerimento, independente do prazo estipulado Reposição por quantidade e tempo: Garante o consumo durante o período predeterminado Qtde necessária para repor o estoque sem esquecer e sem estocar em demasia Ideal para o CC Recursos materiais no CC Racionaliza as marcas, tamanhos, fornecedores e qualidade Padronização dos artigos OBJETIVOS: Facilita o controle e inspeção; Elimina desperdícios; Reduz o no de itens a serem adquiridos; Reduz o custo operacional; Libera espaço para armazenamento; Evita aquisições de emergência. Compra de artigos nas instituições públicas: pregão, tomada de preços, concorrência Recursos materiais no CC Avaliação dos impactos dos equipamentos Impactos diretos: Custo do produto; Estratégia de substituição; Impactos indiretos: Consumo de energia elétrica; Custo para treinamento de pessoal; Depreciação Limpeza Recursos materiais no CC RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DECORRENTES DO MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS Fontes de ignição → canetas de bisturi elétrico, cabos de fibra óptica Substâncias oxidantes como O2 e Óxido nitroso – cautela a fontes de ignição Equipamentos que emitirem fumaça inesperada devem ser imediatamente REMOVIDOS da tomada elétrica. INCÊNDIO TODO EQUIPAMENTO deve ser inspecionado antes de cada USO. Recursos materiais no CC RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DECORRENTES DO MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS CÂMARAS DE AQUECIMENTO: Mais próximo dos pontos de utilização dos itens aquecidos; Soluções intravenosas submetidos a aquecimento de estufa, T máxima e T mínima conforme fabricante; Agentes antissépticos não devem ser aquecidos CILINDROS de oxigênio ou nitrogênio válvulas abertas durante o uso e completamente fechadas após o uso. Cilindros vazios identificados e armazenados separados dos CHEIOS. Bisturi elétrico ou eletrônico Gera e aplica corrente elétrica de baixa frequência em alta frequência e alta potência. Ponta metálica do eletrodo positivo – bisturi ou pinça Bisturi elétrico ou eletrônico Bisturi elétrico ou eletrônico monopolar Circuito monopolar do bisturi elétrico/eletrônico Fonte: BISINOTTO, F. M. B. et al. Queimaduras relacionadas à eletrocirurgia – Relato de dois casos. Rev Bras Anestesiol. v. 737, p. 1-8. 2016 Bisturi elétrico ou eletrônico bipolar Cirurgias minimamente invasivas – videocirurgias Neurocirurgias Cirurgias vasculares Coagulação Não utiliza placa dispersiva Bisturi elétrico ou eletrônico Placa dispersiva/ Placa paciente/ placa neutra Queimaduras cutâneas Pelos ou cicatrizes reduzem a condutividade do sistema monopolar O mau posicionamento da placa - ↓ a área de contato Contato com áreas de tecido altamente vascularizadas - ↑ dispersão de calor Evitar proeminências ósseas Bisturi elétrico ou eletrônico Placa dispersiva/ Placa paciente/ placa neutra Colocação depois da posição definitiva do pcte Mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo lado Área limpa e seca Ampla massa muscular Placa dispersiva Queimadura em cesárea Fonte: http://www.expressomt.com.br/nacional-internacional/jovem-tem-perna-queimada-durante-cesarea-em- maternidade-de-santos-55062.html Fonte: BISINOTTO, F. M. B. et al. Queimaduras relacionadas à eletrocirurgia – Relato de dois casos. Rev Bras Anestesiol. v. 737, p. 1-8. 2016 Queimadura em flanco Parte metálica da mesa cirúrgica coincidente com a queimadura Referências utilizadas: AMANTE, L. N; GIRONDI, J.B.R.; MAIA, A. R. C. R.; NASCIMENTO, K. C.; KNIHS, N. S. Cuidado de Enfermagem no Período Perioperatório: intervenções para a prática. 1 ed. Curitiba: CRV. 2016. 488p. MALAGUTTI, William; BONFIM, Isabel Miranda. Enfermagem em centro cirúrgico: atualidades e perspectivas no ambiente cirúrgico. 3. ed. São Paulo: Martinari, 2013. 333 p. RIEGEL F.; OLIVEIRA JUNIOR N.J. Centro Cirúrgico, Recuperação Pós‐Anestésica e Centro de Material e Esterilização para Enfermagem. Porto Alegre: Moriá. 2019. 360p. SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Centro cirúrgico e os cuidados de enfermagem. 6. ed. rev. atual. São Paulo: Iátria, 2010. 184 p. SOBECC. Diretrizes em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde. 7ed. Barueri: Manole, 2017.
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