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TERMINOLOGIA

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Aula 1 - 01 de agosto 
de 2019
Profa Dra Danielle 
Bezerra
Enfermagem cirúrgica
É a parte da enfermagem que assiste o ser humano no pré,
trans e pós operatório através da educação e cuidados para
que ocorra seu restabelecimento no menor tempo possível. A
cirurgia é um evento estressante e complexo.
Avanços de técnicas cirúrgicas, de instrumentais, dos
equipamentos e da anestesia, muitos procedimentos cirúrgicos
são realizados em setores ambulatoriais
Terminologia cirúrgica
Raiz – parte primordial da estrutura da palavra
Prefixo – segmento anatômico
Sufixo – intervenção cirúrgico
Cirurgia – “tratamento de doença, lesão ou deformidade
externa e/ou interna com o objetivo de
reparar, corrigir ou aliviar um problema físico” 
Hospital, ambulatório ou consultório.
Orqui (testículo), 
Atro (articulação), 
Gastro (estômago), 
Entero (intestino), 
Hemo( sangue),
Mamo ( mamas) 
Espleno ( baço), 
Nefro ( rin)
Orqui – ORQUIDO (testículo) 
Angio (vasos sangüíneos)
Flebo (veia)
Traqueo (traquéia)
Rino (nariz)
Oto (ouvido) 
Oftalmo (olhos) 
Hister(o) (útero)
Laparo (parede abdominal)
Colpo (cólon)
Onfa (umbigo)
Blefaro (pálpebras)
Rino (nariz)
Prefixo
ACRO – (extremidades)
PIELO (pelve renal) PROCTO (reto e ânus)
TENO(tendões)
SALPINGO - SALPINGE (trompas)
ÓSTEO – ORTO (ossos) 
OOFORO – OOFOR (ovários)
FLEBO (veias)
ANGIO (vasos)
MIO (músculos) Dacrio (lágrimas)
Sinuvectomia (secção parcial ou total da membrana sinovial que envolve as
articulações)
Anenoidectomia versus Adenoamigdalectomia (remoção de adenoides e remoção das 
tireoides e das amigdalas
Circuncisão ou postectomia (Excisão do prepúcio)
SUFIXOS
Tomia: Incisão, corte
Stomia: Comunicar um orgão 
tubular oco, com exterior através 
de uma boca
Ectomia: retitada parcial ou total 
de um orgão
Plastia: reparação plástica
Pexia: fixação
Centese: punção de um orgão ou 
tecido para drenagem ou coleta de 
um líquido
Scopia : visualização de uma 
cavidade atravéz de um aparelho 
especial 
Rafia: sutura
Cirurgias terminadas em “tomia” 
 Artrotomia
 Broncotomia
 Coledocotomia (exploração e drenagem do ducto biliar)
 Ureterolitotomia (incisão do ureter para remoção de
cálculos)
Cirurgias terminadas em “pexia”
 Histeropexia (suspensão e fixação do útero à parede
abdominal)
 Retinopexia (fixação da retina descolada)
 Nefropexia (fixação do rim na parede abdominal)
 Colopexia (sutura da flexura sigmoide à parede abdominal
Cirurgias terminadas em “rafia” 
 Colpoperineorrafia (sutura do músculo aponeurótico
profundo com a parede vaginal)
 Osteorrafia (colocação do fio metálico no osso)
 Tenorrafia (sutura do tendão)
Cirurgias terminadas em “scopia”
 Gastroscopia (visualização direta do estômago)
 Laringoscopia (visualização direta da laringe)
 Duodenoscopia (exame com visualização direta do duodeno)
 Colonoscopia (visualização do intestino grosso)
Construção Cirúrgica de nova boca (Stomia) 
 Cistostomia; 
 Colecistostomia; 
 Coledocostomia; 
 Ileostomia; 
 Jejunostomia; 
 Gastrostomia; 
 Nefrostomia;
TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS DIVERSAS
AMPUTAÇÃO ELIMINAR MEMBRO NECROSADO OU SEGMENTO DO MESMO
ANASTOMOSE CONJUNÇÃO DE ÓRGÃOS SEMELHANTES
BIÓPSIA REMOÇÃO DE FRAGMENTOS DE TECIDOS PARA FINS DE
DIAGNÓSTICO
DIÉRESE MECÂNICA ROMPIMENTO DA CONTINUIDADE DO TECIDO POR
INSTRUMENTAL CORTANTE
DIÉRESE FÍSICA ROMPIMENTO DA CONTINUIDADE DO TECIDO POR USO DO
CALOR OU RAIO LASER
CISTOCELE HÉRNIA NA BEXIGA
CAUTERIZAÇÃO DESTRUÇÃO DE TECIDOS POR CÁUSTICO OU FIO AQUECIDO
DISSECÇÃO CORTAR/RETALHAR
Diagnóstica ou exploratória: exploração de um determinado órgão para confirmar
diagnóstico. Biópsias (laparotomia exploratória)
Curativa ou radical: retirada parcial ou total de um órgão ou segmento corporal
(retirada da amígdala inflamada). Reparação de múltiplos ferimentos (enxerto de pele)
Plástica ou estética: reconstituição (plástica para modelar o nariz – rinoplastia)
Paliativa: aliviar a dor ou melhorar as conduções do paciente. Aliviando os sintomas da
enfermidade, não havendo cura (abertura de orifício artificial para a saída de fezes sem
ressecção do tumor intestinal)
Transplante: substituir órgão ou estruturas não funcionantes.
Finalidade cirúrgica
Limpas: realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência
de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras. Cirurgias
eletivas atraumáticas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem. Sem
penetração nos Tratos Digestório, Respiratório ou Urinário, em condições ideais de sala
de cirurgia.
Exemplo: mamoplastia, esplenectomia, neurocirurgias, cirurgias cardíacas, artroplastia
de quadril, cirurgia de pulmão.
Potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na
ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no
transoperatório. Ocorre penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, mas
sem contaminação significativa.
Exemplo: histerectomia abdominal, cirurgias gástricas e duodenais, cirurgias das vias
biliares sem ou com obstrução biliar.
Potencial de contaminação cirúrgica
Contaminadas: realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos,
colonizados por microbiota bacteriana abundante, com descontaminação difícil ou
impossível, com ausência de supuração local. Presença de inflamação aguda na incisão e
cicatrização de segunda intenção, grande contaminação a partir do tubo digestivo.
Exemplo: obstrução biliar ou urinária, cirurgias de cólon, debridamento de
queimaduras, cirurgias intranasal, bucal ou nasal e fraturas expostas com atendimento
após 10 horas.
Infectadas: intervenções cirúrgicas e qualquer tecido ou órgão em presença de processo
infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem
suja.
Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus, cirurgias abdominais em presença de pus e
conteúdo de cólon, nefrectomia com infecção, presença de vísceras perfuradas e
colecistectomia com empiema.
Potencial de contaminação cirúrgica
Classificação da 
cirurgia
Características Risco de 
desenvolvimento 
de ISC
Limpa Ausência de inflamação
Não abordagem dos tratos respiratórios, alimentar, genital ou
urinário estéril
Sistemas de drenagem devem ser fechados, se necessário
1,5% a 2,9%
Potencialmente
contaminada
Abordagens dos tratos respiratórios, digestório, genital ou
urinário em condições controladas.
Cirurgias do trato biliar, do apêndice, da vagina e da orofaringe
são incluídas nesta categoria se não há evidências de quebra da
técnica asséptica e/ou sinais evidentes de infecção.
2,8% a 7,7%
Contaminada Feridas abertas, recentes e acidentais
Cirurgias com quebra significativa de técnica asséptica (ex.
incisões em locais com inflamação aguda não purulenta e
respingos de secreção do tubo gastrointestinal
6% a 15,2%
Infectada Feridas traumáticas antigas com tecido desvitalizado, infectado
ou que envolvam vísceras perfuradas
30% a 40%
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
• Emergência: atenção imediata para manter a vida ou função
(hemorragia intensa, ruptura de aneurisma de aorta, ferimento por
arma de fogo/branca com perfuração de vísceras, traumatismo
craniano)
• Urgência:  necessita ser realizada, mas poderá ser aguardada (24 – 30 
horas). Casos de infecção aguda de vesícula e apêndice, cálculos renais 
ou uretrais, hemorroidectomia)
• Opcional: a decisão é do paciente
Eletiva ou programada: cirurgia necessária
para o bem do pcte. Programada para uma
data conveniente e segura, sem que haja risco
de vida iminente.
Ex: varizes, amígdalas, adenoides, herniorrafia
Tempo de utilização de sala 
cirúrgica
Porte 1: tempo de duração entre 0 a 2h. Ex:
Timpanoplastia. Retirada de cateter duplo J. Mama.
Oftálmicas. Túnel do carpo.
Porte 2: Acima de 2h até 4h.
Ex: Colecistectomia. Lobectomia. Fraturas e enxertos.
Gastrectomia
Tempo de utilização de sala 
cirúrgica
Porte 3: acima de 4h até 6h. Ex: Gastrectomia.
Laparatomia exploratória oncológica.Craniotomia por
descompressão ou massa.
Porte 4: acima de 6h. Ex: Transplantes hepáticos, renais,
cardíacos. Doação de órgãos. Tumores medulares e
encefálicos
Zoneamento do Centro Cirúrgico (AORN):
* Irrestrita (zona de proteção): as áreas de circulação livre de pessoas (vestiários,
elevadores, sala de espera de acompanhantes, corredores externos que levam ao
CC).
*Semirrestritas (zona limpa): pode haver circulação tanto de pessoal como
equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas rotinas de controle e
manutenção da assepsia cirúrgica (secretaria, farmácia do CC, copa, salas de
guarda de material, administrativa, copa, expurgo)
*Restrita (zona asséptica ou estéril) ‐ o corredor interno, as áreas de escovação
das mãos e sala cirúrgica. Evitar infecção operatória, limita‐se a circulação de
pessoal, equipamentos e materiais.
TRÊS FASES CIRÚRGICAS 
I. Fase Pré‐Operatória  
II. Fase Transoperatório (insere o intra‐
Operatória)  
III. Fase Pós‐Operatória 
PRÉ‐OPERATÓRIO
Abrange desde o momento pela decisão
cirúrgica até a transferência do cliente para a
mesa cirúrgica. Caracteriza‐se pelo preparo do
paciente físico e emocional. É realizada a revisão
do prontuário, verificando se os exames estão
anexados e o ensino para o pós‐operatório.
PRÉ‐OPERATÓRIO DIVIDE‐SE EM MEDIATO E IMEDIATO:
*Pré‐operatório mediato: o cliente é submetido a exames
que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão
o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir
os sintomas e as precauções necessárias para evitar
complicações pós‐operatórias, ou seja, abrange o período
desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior à
mesma;
• Pré‐operatório imediato: corresponde às 24 horas anteriores à
cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico
mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal,
esvaziamento vesical, preparo da pele – banho com soluções
antissépticas e aplicação de medicação pré‐anestésica.
A tricotomia quando indicada, será realizada 2 horas antes da cirurgia 
para evitar colonização da pele.
PERÍODO TRANSOPERATÓRIO
Compreende desde o momento em que o paciente é recebido no CC
até o momento de seu encaminhamento para a sala de pós‐
recuperação anestésica (SRA)
PERÍODO INTRA‐OPERATÓRIO
Caracteriza‐se pela cirurgia propriamente dita, incluindo a
administração de medicamentos endovenosos, a monitorização
fisiológica ao longo do procedimento cirúrgico e prestação de apoio
emocional desde o início até o final da anestesia.
.
PERÍODO PÓS‐OPERATÓRIO
Inicia‐se com a admissão do paciente na unidade de cuidados
pós‐anestésicos e finaliza após a evolução de acompanhamento
no setor de clínica ou do domicílio.
Precisa‐se avaliar os efeitos dos agentes anestésicos e do
procedimento cirúrgico, a monitorização das funções vitais, a
provisão de conforto e de alívio da dor e a prevenção de
complicações.
Fases ou períodos pós‐peratório
 Fase pós-operatória imediata → admissão do pcte na
SRPA até às 48h pós-operatório.
 Fase pós-operatória tardia → inicia-se após 48h pós-
operatório e finaliza na alta do pcte, seja para o domicílio
ou ambulatório e outros setores.
Fase pós-operatória imediata e pós-operatória tardia
literatura aponta de 24 ou 48hs.
1 ‐ Analise as proposições abaixo referentes ao Sistema de
Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) segundo
Sociedade Brasileira de Enfermagem em Centro Cirúrgico – SOBECC
(2017):
I. O período pré‐operatório imediato é aquele que compreende as
24 horas que antecedem o procedimento anestésico‐cirúrgico,
estendendo‐se até o encaminhamento do paciente ao Centro
Cirúrgico, devendo o enfermeiro promover medidas físicas e
emocionais que garantam maior segurança e conforto ao paciente.
II. O período intraoperatório compreende desde o momento em
que o paciente é recebido na unidade de Centro Cirúrgico até sua
saída da sala de operações, devendo o enfermeiro atentar‐se para
cuidados como instalação de oxímetro de pulso e uso da placa de
bisturi de cautério.
III. A recuperação pós‐anestésica compreende as primeiras 24 horas
após a intervenção anestésico‐cirúrgica. A permanência na sala de
recuperação pós‐anestésica (SRPA) ou na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), assim como a recuperação no domicílio, também se
incorporam a esse período.
IV. O período pós‐operatório mediato inicia‐se após as primeiras 24
horas que se seguem à cirurgia e se estende até a alta do paciente
ou mesmo após seu retorno ao domicílio. O enfermeiro deve avaliar
a complexidade do procedimento anestésico‐cirúrgico realizado e
implementar o plano de cuidados para pacientes internados, até a
sua alta.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Somente as proposições II e III estão corretas.
b) Somente as proposições I e III estão corretas.
c) Somente as proposições I e IV estão corretas.
d) Somente as proposições II e IV estão corretas.
RESPOSTA
LETRA B
2 ‐ De acordo com seus conhecimentos técnicos, correlacione os
procedimentos cirúrgicos às suas definições e assinale a opção correta.
PROCEDIMENTOS
(1) traqueostomia
(2) laparatomia
(3) blefaroplastia
(4) queiloplastia
(5) colporrafia
DEFINIÇÕES
( ) abertura da cavidade abdominal.
( ) sutura da região da parede vaginal.
( ) abertura na traqueia.
( ) correção cirúrgica das pálpebras.
( ) reparo de defeitos nos lábios.
a) (1)(2)(3)(4)(5)
b) (5)(4)(3)(2)(1)
c) (5)(2)(1)(4)(3)
d) (2)(5)(1)(3)(4)
e) (2)(4)(5)(3)(1)
RESPOSTA
LETRA D
TEMPOS CIRÚRGICOS
TEMPOS CIRÚRGICOS
DIÉRESE: secção tecidual para liberar estruturas anatômicas e possibilitar a
abordagem de órgão ou região.
Divulsão – separa anatomicamente os tecidos, sem seccioná-los.
Pinça, tesouras, afastadores, tentacânulas, tesouras roumbas.
Secção – cortar com tesoura, bisturi a frio ou elétrico,
lâmina afiada
Punção – instrumentos perfurantes como trocarte ou
agulha de Veres
Serração – serras em cirurgias ortopédicas
Curetagem – raspagem da superfície do
órgão com cureta
TEMPOS CIRÚRGICOS
DIÉRESE: secção tecidual para liberar estruturas
anatômicas e possibilitar a abordagem de órgão ou região.
Descolamento – separação dos tecidos de um espaço anatômico
virtual (descolamento da vesícula do leito hepático)
Dilatação – processo de aumentar o diâmetro de canais e
orifícios naturais (dilatação da uretra)
Tesouras curvas, retas, finas – Metzembaum, Mayo e Íris
Bisturis no 3 (atos cirúrgicos delicados) e 4 (cirurgias
gerais)
TEMPOS CIRÚRGICOS
HEMOSTASIA: prevenir, deter e coibir o extravasamento sanguíneo. Evitar
a formação de coleções sanguíneas e coágulos que gerem infecção.
Hemorragia espontânea/natural – pequenos vasos
seccionados fechados espontaneamente
Hemostasia temporária – diminui temporariamente o fluxo sanguíneo.
Pinças, garroteamento, ação farmacológica, oclusão endovascular
Cruenta (campo operatório - pinçamento) Incruenta (fora do campo
operatório – garroteamento (Faixas de Smarch e Manguito pneumático)
Hemostasia definitiva – interrompendo definitivamente a circulação do vaso.
Cauterização (calor), sutura (grampeamento), ligadura (fios não agulhados),
tamponamento (compressão com gazes ou compressas), obturação mecânica (ocluir
a luz do vaso com esponjas de gelatina, celuloses oxidada e congêneres)
TEMPOS CIRÚRGICOS
 Pinçamento – pinças traumáticas (Kelly, Rochester, Halsted (mosquito).
Na cirurgias endovasculares (Potts, Cooley, DeBakey – pinças
atraumáticas)
 Garroteamento – faixa de Smarch, manguito pneumático, garroteamento
de membros. Hemostasia preventiva
 Ação farmacológica – via parenteral para diminuir sangramento por
vasoconstrição
Ex: transamin para RTU
Ocitocina pós-parto
HEMOSTASIA
TEMPOS CIRÚRGICOS
Grego – exaíresis (significa retirada)
CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA
EXÉRESE
Tecidos separados
Cavidade aberta
Funcionamento do órgão deve ser alterado
Órgão deve ser extirpado
Pinças de preensão – Adison, Nelson, Babcock e Collin
Afastadores + material de corte (remover tecidos)
Videocirurgias - uso de endoscópios para remover
tumores,pólipos, cálculos e órgãos.
TEMPOS CIRÚRGICOS
Aproximação das bordas dos tecidos seccionados para a continuidade
anatômica e funcional e facilitar a cicatrização.
Respeitar a hierarquia tecidual e estratificação dos planos
SÍNTESE
 Antissepsia local;
 Bordas nítidas;
 Hemostasia perfeita (ausência de hematomas ou
coleções);
 Escolha dos fios apropriados para cada tecido;
 Execução da técnica correta;
 Ausência de corpos estranhos e tecidos
necrosados;
TEMPOS CIRÚRGICOS
Fios cirúrgicos ou grampos metálicos
SÍNTESE
 Porta-agulhas (Mayo Hegar e Mathieu)
 Agulhas nos fios cirúrgicos
Ponta, corpo e fundo
Agulhas cilíndricas→ mínimo de trauma e com melhor vedação entre tecido e fio
Agulhas cortantes→ seccionar as fibras do tecido transpassando por elas
Cruenta – utiliza-se agulhas, fios de sutura e porta agulhas
Incruenta – aproximação dos tecidos com auxílio de
gesso, ataduras e adesivos.
TEMPOS CIRÚRGICOS
 Porta-agulhas Mathieu
Métodos de sutura
Sutura contínua Série de pontos – primeiro e último
ponto recebem nós. Pouca tensão para
fechamentos de tecidos
Peritônio e vasos sanguíneos
Sutura de retenção
ou de escora
Cada ponto é aplicado e amarrado
individualmente – reforço na linha de
sutura primária
Evitar a deiscência da ferida, ruptura
parcial das camadas
Feridas abdominais, feridas laceradas
e infectadas
Náilon, seda, poliéster
Métodos de sutura
Sutura
interrompida
Cada ponto é aplicado e amarrado
individualmente em tecidos ou vasos
Mais forte e seguro
Utilizado na pele e em qualquer
camada tecidual
Sutura em bolsa de
tabaco
Sutura circular contínua aplicada para
circundar uma abertura
Utilizada em órgãos como ceco,
vesícula biliar e bexiga
Resolução 278/2003 do COFEN estabelece que:
“É vedado ao profissional de Enfermagem a
realização de suturas. Salvo em situações de
urgência, na qual, efetivamente haja iminente e
grave risco de vida, não podendo tal exceção
aplicar-se a situações previsíveis e rotineiras”.
Recursos materiais no CC
 Especificidade dos artigos
 Características dos usuários – número de internações,
leitos por especialidades, atendimentos ambulatoriais
pacotes de curativos, aventais, gazes nas Clínicas
Cirúrgicas
Previsão:
 Frequência no uso de artigos – no reprocessamento de
instrumentais (Período de 90 dias)
 Número de procedimentos – no exames realizados, qtd de
cirurgias, sua complexidade e porte.
 Durabilidade – vida útil dos equipamentos e validade da
esterilização
Recursos materiais no CC
 Periodicidade de reposição:
Mapa de consumo (diário, mensal ou quinzenal)
Anotar a periodicidade para reposição (lavanderia,
almoxarifado e farmácia)
Previsão:
Medida de segurança - 20 a 30% do total da cota
Cálculo de Roupas Cirúrgicas em movimento – calcula-se
pela qte máxima utilizada nas 24hs X 4
Compressas – previsão de 12 x a qtde utilizada
Artigos descartáveis – previsão para 48h
Recursos materiais no CC
 Reposição por tempo:
Repor o estoque ao máximo predeterminado
Provisão – reposição
 Reposição por quantidade:
Estoque chega ao nível mínimo emite-se um requerimento,
independente do prazo estipulado
 Reposição por quantidade e tempo:
Garante o consumo durante o período predeterminado
Qtde necessária para repor o estoque sem esquecer e sem
estocar em demasia
Ideal para o CC
Recursos materiais no CC
 Racionaliza as marcas, tamanhos, fornecedores e
qualidade
Padronização dos artigos
OBJETIVOS:
Facilita o controle e inspeção;
Elimina desperdícios;
Reduz o no de itens a serem adquiridos;
Reduz o custo operacional;
Libera espaço para armazenamento;
Evita aquisições de emergência.
Compra de artigos nas instituições públicas: pregão, tomada
de preços, concorrência
Recursos materiais no CC
Avaliação dos impactos dos equipamentos
Impactos diretos:
Custo do produto;
Estratégia de substituição;
Impactos indiretos:
Consumo de energia elétrica;
Custo para treinamento de pessoal;
Depreciação
Limpeza
Recursos materiais no CC
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DECORRENTES DO
MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS
Fontes de ignição → canetas de bisturi elétrico, cabos de fibra
óptica
Substâncias oxidantes como O2 e Óxido nitroso – cautela a fontes
de ignição
Equipamentos que emitirem fumaça inesperada devem ser
imediatamente REMOVIDOS da tomada elétrica.
 INCÊNDIO
TODO EQUIPAMENTO deve ser inspecionado antes de
cada USO.
Recursos materiais no CC
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA DECORRENTES DO
MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS
CÂMARAS DE AQUECIMENTO:
Mais próximo dos pontos de utilização dos itens aquecidos;
Soluções intravenosas submetidos a aquecimento de estufa, T
máxima e T mínima conforme fabricante;
Agentes antissépticos não devem ser aquecidos
CILINDROS de oxigênio ou nitrogênio válvulas abertas
durante o uso e completamente fechadas após o uso.
Cilindros vazios identificados e armazenados separados dos
CHEIOS.
Bisturi elétrico ou eletrônico
Gera e aplica corrente elétrica de baixa frequência em alta
frequência e alta potência.
Ponta metálica do eletrodo
positivo – bisturi ou pinça
Bisturi elétrico ou eletrônico
Bisturi elétrico ou eletrônico 
monopolar
Circuito monopolar
do bisturi
elétrico/eletrônico
Fonte: BISINOTTO, F. M. B. et al. Queimaduras relacionadas à eletrocirurgia – Relato de dois casos. Rev Bras
Anestesiol. v. 737, p. 1-8. 2016
Bisturi elétrico ou eletrônico 
bipolar
Cirurgias minimamente invasivas – videocirurgias
Neurocirurgias
Cirurgias vasculares
Coagulação
Não utiliza placa dispersiva
Bisturi elétrico ou eletrônico
Placa dispersiva/ Placa paciente/ placa neutra
Queimaduras cutâneas
Pelos ou cicatrizes reduzem a
condutividade do sistema monopolar
O mau posicionamento da placa - ↓
a área de contato
Contato com áreas de tecido
altamente vascularizadas - ↑
dispersão de calor
Evitar proeminências ósseas
Bisturi elétrico ou eletrônico
Placa dispersiva/ Placa paciente/ placa neutra
Colocação depois da posição definitiva do pcte
Mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo lado
Área limpa e seca
Ampla massa muscular
Placa dispersiva
Queimadura em cesárea
Fonte: http://www.expressomt.com.br/nacional-internacional/jovem-tem-perna-queimada-durante-cesarea-em-
maternidade-de-santos-55062.html
Fonte: BISINOTTO, F. M. B. et al. Queimaduras relacionadas à eletrocirurgia – Relato de dois casos. Rev Bras
Anestesiol. v. 737, p. 1-8. 2016
Queimadura em flanco
Parte metálica da mesa cirúrgica coincidente
com a queimadura
Referências utilizadas:
AMANTE, L. N; GIRONDI, J.B.R.; MAIA, A. R. C. R.; NASCIMENTO, K. C.; KNIHS, N. S. Cuidado
de Enfermagem no Período Perioperatório: intervenções para a prática. 1 ed. Curitiba: CRV.
2016. 488p.
MALAGUTTI, William; BONFIM, Isabel Miranda. Enfermagem em centro cirúrgico: atualidades
e perspectivas no ambiente cirúrgico. 3. ed. São Paulo: Martinari, 2013. 333 p.
RIEGEL F.; OLIVEIRA JUNIOR N.J. Centro Cirúrgico, Recuperação Pós‐Anestésica e Centro de
Material e Esterilização para Enfermagem. Porto Alegre: Moriá. 2019. 360p.
SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Centro cirúrgico e os cuidados de enfermagem. 6. ed. rev.
atual. São Paulo: Iátria, 2010. 184 p.
SOBECC. Diretrizes em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde.
7ed. Barueri: Manole, 2017.

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