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Habilidades Cirúrgicas

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1 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
HABILIDADES CIRÚRGICAS – 7ª Etapa 
Prof. Dr. Maurício Galantier e Prof. Dr. José Henrique Gabriele Brochado 
Sumário 
Técnica cirúrgica e Bases da Cirurgia experimental ........................................................................................................ 2 
Ambiente cirúrgico ........................................................................................................................................................... 4 
Tempos cirúrgicos ............................................................................................................................................................. 9 
Equipe cirúrgica .............................................................................................................................................................. 13 
Organização da mesa cirúrgica ...................................................................................................................................... 14 
Posições da equipe cirúrgica .......................................................................................................................................... 15 
Assepsia e antissepsia – Técnica de esterilização ......................................................................................................... 16 
Segurança do Paciente: Cirurgia segura ........................................................................................................................ 19 
Técnica operatória II - Revisão ....................................................................................................................................... 24 
Ressecções e anastomoses intestinais .......................................................................................................................... 31 
Hemostasia e suturas vasculares ................................................................................................................................... 36 
Cricostomia e Traqueostomia ........................................................................................................................................ 38 
Acessos Vasculares ......................................................................................................................................................... 42 
Derrames pleurais, pneumotórax e drenagem pleural ................................................................................................. 46 
Acessos torácicos: Toracotomia e Toracoscopia ........................................................................................................... 50 
Laparotomias .................................................................................................................................................................. 53 
Transplantes cardíacos ................................................................................................................................................... 56 
CASO CLÍNICOS ............................................................................................................................................................... 58 
Caso clínico 1 – Adenocarcinoma de Pulmão ............................................................................................................ 58 
Caso clínico 2 – IAM.................................................................................................................................................... 62 
Caso clínico 3 – Insuficiência Aórtica ......................................................................................................................... 65 
Caso clínico 4- Sopro cardíaco – Persistência do canal arterial ................................................................................ 67 
Questões ..................................................................................................................................................................... 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Técnica cirúrgica e Bases da Cirurgia experimental 
Técnica Cirúrgica 
Repetição, Perfeição & Performance 
Sistematização das manobras fundamentais 
Gestos elementares 
Repetição   perfeição 
Evitar desperdício de tempo 
- Atenção às alterações bioquímicas, fisiológicas 
decorrentes da agressão cirúrgica (Ao divulsionar não tem erro 
de estruturas anatômica) 
 
 
 
Cirurgia experimental 
Pesquisa científica 
- Proposição dos objetivos 
- Planejamento do trabalho 
- Coleta de dados 
- Análise crítica dos resultados 
- Conclusões permitidas 
- Cuidadosa extrapolação 
Adestramento manual em modelos/animais de 
experimentação 
- Vantagens 
- Desvantagens (em animais é burocrático, sendo necessária a 
eutanásia
Por que usar animais? 
1- Restrições éticas ao uso de seres humanos em 
pesquisa 
2- Dificuldade de obtenção de amostras homogêneas 
entre humanos 
3- Dificuldade de uniformizar o ambiente com 
humanos 
4- Dificuldade de administração de drogas a 
intervalos regulares em humanos 
5- Dificuldade de controle sobre a pesquisa, em 
humanos 
6- Redução do número de humanos sujeitos à 
experimentação 
Regulamentação 
1876 – Inglaterra: “British Cruellity to Animal Act” 
1966 – EUA: “animal Welfare Act” 
1978 – UNESCO: “Declaração Universal dos Direitos dos 
Animais” 
Art.1º: ... todos os animais nascem iguais diante da vida e 
têm os mesmos direitos à existência. (!?) 
1979 – Brasil: Lei 6638/79 
Art. 3º: a vivissecção animal NÃO será permitida: 
I- Sem emprego de anestesia 
II- Em centros de pesquisa e estudos não 
registrados; 
III- Sem a supervisão de técnico especializado 
IV- Com animais que não tenham permanecido 
mais de 15 dias em biotérios legalmente 
autorizados 
V- Em estabelecimentos de ensino de 1º e 2º 
graus e em quaisquer locais frequentados por 
menores de idade 
1985- “Institucional Animal Care and Use Committees” 
- Propósito de experiência 
- Nível de sensibilidade 
 
- Competência do 
pesquisador 
- Checar alternativas menos lesivas 
- Grau de dificuldade da experiência 
- Nível de responsabilidade pública 
- Severidade e duração da dor 
1988 – MS/ Anvisa: Redução 01/88 
‘’ ... antes de se utilizar uma nova terapêutica, ela 
deverá ser testada em animais e quando se tratar de 
medicamentos, deverá tê-lo sido no mínimo em 3 animais 
diferentes e um não roedor” 
ARTIGOS do COBEA 
Art.I 
 Todas as pessoas que pratiquem experimentação 
biológica devem tomar consciência de que o animal é 
dotado de sensibilidade, de memória e que sofre sem poder 
escapara à dor 
Art.II 
 O experimentador é moralmente responsável por 
suas escolhas e por seus atos na experimentação animal 
Art.III 
 Procedimentos que envolvam animais devem 
prever e se desenvolver considerando-se sua relancia para 
as saúdes humana e animal, a aquisição de conhecimento 
ou o bem da sociedade; 
Art. IV 
BRASIL 
COBEA: Colégio Brasileiro de 
Experimentação Animal 
CONCEA: Conselho Nacional de 
Controle de Experimentação 
Animal 
CEP: Comitê de Ética em 
Pesquisa (universidades) 
 
3 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Os animais selecionados para um experimento 
devem ser de espécie e qualidade apropriadas e apresentar 
boas condições de saúde, utilizando-se o número mínimo 
necessário para se obter resultados válidos. Ter em mente 
métodos alternativos tais como modelos matemáticos, 
simulações por computador e sistemas biológicos “in vitro”; 
Art. V 
É imperativo que se usem animais de maneira 
adequada, incluindo aí evitar o desconforto, a angústia e a 
dor. Os investigadores devem considerar que os processos 
determinantes de dor ou angústia em seres humanos 
causam o mesmo em outras espécies; 
Art. VI 
Todos os procedimentos com animais que possam 
causar dor ou angústia, precisam desenvolver-se com 
sedação, analgesia ou anestesiaadequadas. Atos cirúrgicos 
ou outros atos dolorosos não podem se implementar em 
animais não anestesiados e que estejam apenas paralisados 
por agentes químicos e/ou físicos; 
Art. VII 
Os animais que sofram dor ou angústia intensas ou 
crônicas, que não possam se aliviar e os que não serão 
utilizados, devem ser sacrificados por método indolor e que 
não cause estresse; 
Art. VIII 
O uso de animais em procedimentos didáticos e 
experimentais pressupõe a disponibilidade de alojamento 
que proporcione condições de vida adequada à espécie, 
contribuindo para sua saúde e conforto. O transporte, a 
acomodação, a alimentação e os cuidados com os animais 
criados ou usados para fins biomédicos devem ser 
dispensados por técnico qualificado; 
Art. IX 
Os investigadores e funcionários devem ter 
qualificação e experiência adequadas para exercer 
procedimentos em animais vivos. Devem-se criar condições 
para seu treinamento no trabalho, incluindo aspectos de 
trato e uso humanitários dos animais de laboratório.
CATEGORIAS dos EXPERIMENTOS 
Nível A Nível B Nível C Nível D Nível E 
- não usa 
matéria viva 
- ou usa 
invertebrados 
- usa vertebrados 
- nenhum 
desconforto 
- sem dor 
- usa vertebrados 
- algum desconforto 
- dor de intensidade 
e duração pequenas 
- Usa vertebrados 
- Significantes desconforto e 
estresse 
- inevitáveis e de curta duração 
- dor extrema em animais 
conscientes, com privação 
severa 
 
A, B e C  ACEITÁVEIS 
 
D  EVENTUALMENTE 
ACEITÁVEL 
E  INACEITÁVEL 
 
 
 
 
Os 3 R’s da pesquisa com Animais 
REPLACE/Substituir 
REDUCE 
REFINE 
Responsability/ Responsabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Uma ética que se ocupa exclusivamente de humanos é 
desumana” (Scweitzer) 
 
“O verdadeiro pesquisador tem compromisso com a 
verdade, com a vida, com que vive, com a sociedade e 
com a natureza” 
 
Sempre ser honesto com a pesquisa, ter respeito com a vida 
de todas as formas. 
 
4 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Ambiente cirúrgico 
AMBIENTE CIRÚRGICO: unidade hospitalar onde se 
realizam as intervenções cirúrgicas 
SALA CIRÚRGICA: componente do ambiente cirúrgico onde 
se consuma o ato operatória 
 
AMBIENTE CIRÚRGICO 
- Concentra os materiais e equipamentos que serão 
utilizados pela equipe cirúrgica e serviços auxiliares 
- No conceito moderno o centro de material esterilizado é 
uma unidade autônoma 
- É um elemento nobre 
- Não planejados, edificados e administrados dentro das 
normas técnicas 
- Em geral são deixados em 2º plano 
- Estudados pelo colégio americano de cirurgiões 
- Assembleia legislativa 1970 com decreto – Lei com 
padrões mínimos para construção 
 
PLANEJAMENTO FÍSICO 
- No planejamento da assistência médico-hospitalar a 
filosofia é “servir o paciente”. 
- Nunca deve ser considerado definitivo e completo, 
evitando erros que poderiam ser contornados, em defeitos 
permanentes 
- Planejamento: Engenheiro especialista em bioengenharia 
- Centralização dos serviços: único e capacidade para 
atender diversos setores hospitalares (PS, unidade de 
internação, UTI e ambulatório) 
 
DIMENSIONAMENTO 
- 1º aspecto a ser considerado no planejamento 
- 5 % da área total do hospital 
- 3 m² / leito hospitalar 
- Devem ser considerados: 
 Nº de leitos cirugicos 
 Especialidade médicas 
 Nº de cirurgia por dia 
 Horario de utilização e funcionamento 
 Nº de equipes cirurgicas 
 Duração das cirurgias 
 Quantidade material e instrumental disponível 
 Desempenho do auxiliar 
 Hospital-escola 
 Indice de ocupação hospitalar 
- nº de salas correspondem a 5% do total de leitos 
hospitalares 
- 1 sala para 50 leitos hospitalares (Martin, 1974) 
- 1 sala para 200 leitos hospitalares (Borba, 1961) 
- Todas as salas cirúrgicas = ⅓ do total da área total do 
ambiente cirúrgico 
 
- Recomenda-se: aproximadamente 35 m² 
- otorrino e oftalmo pode ter 20 a 25 m² 
- Cirurgia geral 30 a 35 m² 
- Ortopedia, cardíaca, neurocirurgia 35 a 45 m² em função 
dos aparelhos 
- Independente da área ocupada, deve ter a largura mínima 
de 4 metros (para evitar a contaminação) 
 
LOCALIZAÇÃO 
- Perto das unidades que recebam casos cirúrgicos (PS, 
enfermaria e UTI) 
- Preferencialmente nos andares elevados 
- Abrigo da poluição aérea e sonora 
- Fora da interferência do tráfego hospitalar 
 
COMPONENTES DO AMBIENTE CIRÚRGICO 
- Ambientes cirúrgico é dividido em 3 áreas distintas: 
- ZONA DE PROTEÇÃO: onde todos do sistema hospitalar se 
relacionam  vestiários, transferência de paciente* e 
expurgo 
*Área de transferência de paciente impede a contaminação 
do ambiente cirúrgico 
 
- ZONA ESTÉRIL OU ASSÉPTICA: sala de cirurgia, 
subesterilização/ esterilização rápida e salas auxiliares 
 
- ZONA LIMPA: todos os demais componentes, ficando 
interposta entre zona de proteção e zona estéril. Onde 
todos da equipe atuam no centro cirúrgico 
 Lavabo, secretaria, conforto médico, sala de 
equipamentos, sala de materiais, corredores, sala 
de pré e pós anestesia, salas de serviços auxiliares 
 
VESTIÁRIOS 
- 2 vestiários 
- Armários 
- 2 sanitários completos com chuveiro 
- Uniforme próprio do ambiente cirúrgico 
- Bancos para calçar propés. 
- Tapete embebido de solução desinfetante ** (atualmente em 
desuso) 
- porta de acesso a zona limpa 
 
SALA DE RECEPÇÃO DOS PACIENTES/ sala pré-anestésica 
- Permanecem até serem conduzidos para a sala de 
operação 
- Poderão receber medicação pré-anestésica 
- Protegida por uma ante-sala para realização de 
transferência de paciente e mudança de maca. 
 
 
 
CORREDORES 
- Local de grande disseminação de infecção 
- Corredor central 
- Corredor periférico ou corredor contaminado, saída de 
todos que entram na sala 
- Evita o cruzamento do fluxo de pessoas e instrumentos 
contaminados com os potencialmente contaminados 
- Reduz incidência de infecção da ferida operatória 
- Devem ter no mínimo 2,5 m de largura 
- O ideal seria ter corredores com fluxo unidirecional 
 
5 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
LAVABO 
- Escovação das mãos e antebraço antes de entrar na sala 
de operação 
- Fora da sala de operação e anexo às mesmas 
- Torneiras com braços longos facilitando o fechamento 
com o cotovelo ou acionamento com pés ou joelhos 
- Fluxo com água quente e fria 
Quem faz a escovação? Cirurgião, instrumental, auxiliar 
Os circulantes, que irão fornecer os materiais, não precisa fazer a 
escovação 
Anestesista: somente se for fazer raqui/ peridural, se anestesia 
geral não precisa fazer escovação 
 
 
 
 
SALA DE OPERAÇÃO 
- Zona estéril ou zona asséptica 
- deve estar pronta para se adequar aos avanços da 
medicina: videocirurgia 
- Mesa de operação com comandos de movimentos na 
cabeceira 
- Pelo menos 2 mesas de instrumental 
- Ideal: 2 para o instrumentador e 1 para o 1º auxiliar 
- Mesa para o anestesista 
- Aparelhos de anestesia e respiração conectados à rede de 
oxigênio, ar comprimido e vácuo (aspiração) 
- Prateleira para colocar materiais usados durante a cirurgia 
- Foco de luz principal 
- Espaço para a mesa de materiais, bisturi elétrico, 
circulação extracorpórea, não bloqueando a passagem 
 
SALA DE SUBESTERILIZAÇÃO/ ESTERILIZAÇÃO RÁPIA 
- zona estéril ou zona asséptica 
- Anexo à sala de operação 
- Autoclave para esterilização de materiais 
 Armazenar temporariamente roupa estéril e 
complementos para mesa 
- Serve 2 salas de cirurgia 
- Deve ter saída para o corredor periférico 
 
SALA AUXILIAR 
- Não é obrigatória 
- Anexa à sala de cirurgia 
- montagem de aparelhos ou equipamentos 
- Máquina de circulação extracorpórea 
- Usada para indução de anestesia 
- Preparos para transplantes 
 
SALA DE EQUIPAMENTOS 
- Zona limpa 
- Armazenamento de bisturi elétrico, eletrocardiograma, 
desfibriladores, microscópio cirúrgico, focos auxiliares, 
endoscópios, etc 
- Materiais devemestar: Limpos, testados e estéreis, 
prontos para serem usados. 
- Somente em condições para uso imediato 
DEPÓSITO DE MATERIAIS 
- Zona limpa 
- Todo material esterilizado: aventais, campos, gases, 
instrumental cirúrgico, soros, fios de sutura, etc 
- Material e roupas deverão ser utilizados em poucos dias, 
se não utilizados deverão ser levados ao centro de material 
para nova esterilização 
 
FARMÁCIA: Dreno, gaze, medicamentos 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA 
- Vigilância rigorosa 
- Separado da sala de pré-operatória para não causar 
alteração do estado emocional dos pacientes 
- Recuperação da consciência e dos sinais vitais 
- Isolamento físico para cirurgia contaminada 
- Liberados quando anestesista achar conveniente 
- Saída por área de transferência separada da sala de 
recepção 
 
SALAS DE CONFORTO 
- Descanso da equipe 
- Aguarda cirurgia 
- Dispõe de sofás, poltronas e divãs para descanso 
- Refeitórios 
 
SERVIÇOS AUXILIARES 
-ambiente cirúrgico necessita de 3 serviços auxiliares 
 Radiologia: Raios X portáteis para o ato cirúrgico e 
câmara escura para revelação 
 Anatomia Patológica: aparelhos para corte de 
congelação para resposta pronta e segura aos 
casos duvidosos 
 Laboratório clínico: Realização de exames com 
precisão em cirurgias de grande porte com 
alterações metabólicas importantes, dosagens de 
gases, perda sanguínea e eletrólitos. 
 
ADMINISTRAÇÃO 
- área própria - Enfermeira, cirurgião e anestesista responsável 
- Chefe do centro cirúrgico 
- Supervisor do serviço de enfermagem do centro cirúrgico 
- Supervisor do serviço de anestesia 
- Secretaria geral 
 
CENTRO DE GASOTERAPIA 
- Zona limpa 
- Registros e manômetros de entrada das tubulações de O2, 
gases anestésicos e ar comprimido 
- Alimenta todas as salas de cirurgia e RPA 
- Controle rigoroso da pressão principalmente no momento 
do uso 
- O ideal é ter várias salas de gasometria 
 
 
 
6 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
 
BIOENGENHARIA: Parte da engenharia que aplica os 
conhecimentos na medicina e em especial na biologia 
 Iluminação, ventilação, Tº e umidade, sistema de 
monitorização e sistema de comunicação. 
 
ILUMINAÇÃO 
- Iluminação da sala cirúrgica é mais difícil e mais 
importante do hospital 
- Iluminação adequada X abundância 
- Artificial e natural (perdeu a importância) 
- Objetivo é minimizar a tarefa visual com condições para 
agir com precisão, rapidez, segurança e prevenir fadiga 
visual 
- Considerar: 
 Iluminação adequada, redução dos reflexos e 
sombras 
 Eliminação do excesso de calor 
 Falta de energia elétrica (Geradores) 
- Foco multidirecional elimina sombras 
- Intensidade da luz depende do reflexo dos tecidos, 
instrumentos, compressas e campos. 
 Tecidos refletem 8 a 10% da luz 
 Compressas brancas 75 a 80% 
 Instrumentais e afastadores podem refletir 90% 
- Foco de iluminação 25 x a potência da sala para reduzir o 
contraste evitando a fadiga visual 
- Perpendicularmente a ferida e distante 120 cm, ajustado 
conforme necessidade 
- Liberação de calor, pode propiciar o aparecimento de 
infecção da FO (ferida operatória) e queimaduras na pele 
dependendo do tempo de exposição 
- Pode ser diminuído através de filtro de vidro, reduzindo o 
calor radiante 
- Atualmente: Led multicor 
 
VENTILAÇÃO 
- Incidência de infecção de 1 a 50% 
- Papel importante na fisiopatologia da infecção 
- Aspectos: 
 Fornecimento de ar 
 Remoção do acumulo de gases 
 Tº e umidade 
 Contaminação do FO (ferida operatória) 
 
Sistema de ventilação 
 Promover aeração adequada 
 Remover partículas potencialmente contaminadas 
 Impedir entrada de partículas potencialmente 
contaminantes 
- Calor da radiação do foco e energia liberada pelo corpo 
produz correntes de convecção e turbulência de partículas 
potencialmente contaminantes sobre a FO (ferida 
operatória) 
 
- Diferença de Tº da sala de operação e corredor 
desencadear corrente 
- Pressão da sala > corredor 
- Indispensável entrada e saída de ar 
- Fluxo laminar e linear (60 x mais eficiente) ou horizontal 
(12 x mais eficiente) 
- Ventilação convencional – ar contaminado com grande 
turbulência  CONTRA-INDICADO 
 Pré-filtro e filtro da ventilação remove 99,9% de 
partículas e bactérias 
- Ideal: 15 a 20 renovações completas do ar da sala para 
eliminar partículas potencialmente contaminantes 
- Cabinas ultra-estéril – cortinas ao redor da equipe (evita a 
contaminação da ferida operatória) 
 
7 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
 
 
 
 
 
 
Tº E UMIDADE 
- 19 a 21ºC para equipe 
- Paciente em 1º lugar: 24 a 26ºC (evitar o risco de hipotermia, 
distúrbios de coagulação, acidose metabólica) 
- Drogas anestésicas com vasodilatação periférica impedem 
adequada Tº corpórea 
 
- Baixa umidade: faísca e perda de água pela incisão 
- Alta umidade (> 70%): propício para o desenvolvimento de 
bactéria 
- > 60%: mal funcionamento de aparelhos eletrônicos 
- Manter entre 45 e 55% 
 
SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO 
- Controle hemodinâmico do paciente 
- Determinar infusão de fluidos e medicamentos 
- Manter paciente mais perto da normalidade possível 
- Controles 
 Tº esofágica e Tº retal 
 Traçado eletrocardiográfico 
 PA periférica e central 
 Traçado eletroencefalográfico 
 Pressão aórtica 
 Pressão do átrio esquerdo/ direito, etc 
 Oxímetro de pulso 
 
SISTEMA DE COMUNICAÇÃO 
- Visa evitar o tráfego desnecessário 
- ↓ incidência de infecção na FO 
- Rapidez e precisão de informações 
- Usados 
 Campainhas, telefone, interfones 
 Monitores 
 Sinais luminosos 
 Circuito interno de televisão 
ELETRICIDADE 
- ideal é ter uma fonte geradora de energia própria, 
permanente e independente de energia elétrica 
- Alimenta todo o sistema do ambiente cirúrgico 
- Sistema interligados e automáticos para acionar geradores 
reserva de imediato na eventualidade 
- Impedir variações de voltagem que danifiquem aparelhos 
e tragam riscos ao paciente (controle de voltagem) 
 
ACABAMENTO 
- Define eficiência e segurança 
- Inclui: 
 Cores do ambiente 
 Tipos de materiais empregados 
 Disposição de aparelhos 
 Pontos de Luz 
PISO 
- Material resistente 
- Não porosos (fácil visualização de sujeiras, fácil limpeza) 
- Livre de ralos e frestas 
- Pouco sonoro 
- Bom condutor de eletricidade estática (faísca) - Aplicado 
sobre uma grade de cobre ligada a um fio terra 
 
PAREDES 
- Superfícies lisas e uniforme 
- cantos e rodapés arredondados (fácil limpeza e evitar 
acumulo de poeira) 
- ↓ poluição sonora 
- Manter Tº ambiente 
- Aumentar capacidade de iluminação 
- Pontos de luz, energia, oxigênio e ar comprimido acima de 
150 cm para evitar faísca e inflamar gases anestésicos 
- Tomadas contra faísca 
- Indicado: azulejo fosco e liso 
 
8 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
FORRO 
- Material não poroso (impedir retenção de bactérias) 
- Fácil limpeza 
- Ultimo pavimento do conjunto: Laje com isolante térmico 
(radiação solar) 
- Laje que suporte peso dos focos e demais aparelhos 
fixados 
- Espaço de 80 cm entre laje e forro para manutenção de 
instalações que passam por este espaço 
 
JANELAS 
- Janelas de vidro duplo com vácuo no interior (reter raios 
infravermelhos – ação antibactericida) 
- eixo para bascular e efetuar limpeza 
- Telas para evitar entrada de insetos 
 
PORTAS 
- De correr com trilho superior 
- Face livre de uma parede 
- Sistema de pressão positiva no interior da sala de cirurgia 
- Visores de vidro para visualizar os 2 ambientes e diminuir 
o n de abertura desnecessária 
Contra indicado: 
 Porta de dobradiças (turbulência na corrente 
aérea) 
 Porta entre duas paredes 
 
FLUXOS 
- Criteriosamente planejado e obedecido 
- ↓ Incidência de infecção da Ferida operatória(FO) 
- Linhas de tráfego 
-Objetivo: impedir cruzamento com materiais 
contaminados- Cirurgia contaminada: corredor periférico 
- Tráfego unidirecional deve ser conscientizado 
- Evitar circulação desnecessárias (parasitas) 
 
SISTEMA DE SEGURANÇA 
- Criar comissão permanente para controle da segurança 
próprio para cada unidade: 
 Eletricidade 
 Infecção 
 Incêndio 
 Explosões 
 Falta de energia 
 Manutenção geral 
 
 
 
 
 
CONTROLE DE INFECÇÃO 
- Sistema de ventilação 
- Implantação do tráfego unidirecional 
- Controles periódicos da esterilização 
- Métodos de assepsia e antissepsia 
- Infecção da Ferida operatória (FO): 
 Falta de disciplina 
 Técnica cirúrgica 
 Competência da equipe cirúrgica 
 Não pela falta de tecnologia (Dineen, 1973) 
 
INCÊNDIO 
- Grande possibilidade no centro cirúrgico 
- Materiais de fácil combustão (éter, álcool, benzina, gases 
anestésicos) 
- Unidade de combate a incêndio 
- Rede de extintores e mangueiras conectadas a hidrante, 
estrategicamente dispostos 
 
EXPLOSÕES 
- Presença de oxigênio, ar comprimido, gases anestésicos 
- Renovação periódica do ar circulante na sala cirúrgica 
- Sistema de ventilação é fundamental 
- Sistemas de tubulações com válvulas na central e 
secundárias, distribuídas ao longo da rede, determinando 
interrupção do fornecimento para uma área determinada. 
 
ELETRICIDADE 
- o aumento do nº de instrumentos elétricos conectados ao 
paciente, ↑ morbimortalidade 
- Maior risco: eletricidade estática, fogo, queimaduras, 
explosões e choques 
- Podem desencadear processos de fibrilação cardíacas por 
microchoques 
- Fio terra, estabilizador de voltagem, condutor de proteção 
- Testar aparelhos antes da utilização 
- Treinamento para uso de energia 
 
FALTA DE ENERGIA 
- Deve dispor de gerador próprio de energia elétrica, 
dotado de partida automática, conectado à rede geral 
- Sistemas que impeçam variações no potencial elétrico 
 
MANUTENÇÃO GERAL 
- Manutenção para ↑ a vida média das instalações e 
equipamentos 
- Funcionamento adequado imediato 
- Testes periódicos para avaliação 
- Não necessitar de reparações de defeitos já instalados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Tempos cirúrgicos 
Arrumação da mesa de Instrumentação: 
 
 
Afastador 
 
 
 
5- Especial 
(Pinças) 
Agulha 
Fio 
Porta- agulha 
 
4- Exposição 
 
 
 
6- Síntese 
 
Compressa 
Gaze 
 
 
Com 
dente 
 
Sem 
dente 
 
Tesoura 
 
Bisturi 
Kocher Kelly Hausted 
 
 
3- Hemostasia 
 
2- Preensão 
 
1- Diérese 
 
Sequência de uso 
DIÉRESE 
DIÉRESE ou DIVISÃO: manobra para cria via de acesso através dos tecidos, pode ser: 
 
 
- INCISÃO: usado instrumento de corte (bisturi) 
 
- Bisturi com lâminas desmontáveis 
- Vários formatos de laminas: 
 11 (+ fina), 
 15 (+ delicada e ponta 
arredondada) 
 
- SECÇÃO: cortar com tesoura, bisturi elétrico, 
laser 
 
SECÇÃO e DIVULSÃO 
 
Pinças mais longas para cavidade e as mais curtas para pele 
Ponta Reta: corta fios 
Pontas curvas: divulsão e secção 
- DIVULSÃO: separação dos tecidos com 
pinça, tesoura, afastadores. (Sem cortar) 
 
Tesoura de Mayo: ponta romba (pode ser curva ou 
reta) 
Tesoura de Metzenbaum: ponta fina/ delicada 
 
- PUNÇÃO: instrumentos perfurantes para 
drenagem, coleta de exames, acesso a 
cavidade. (Agulha, abocate, drenos, escalpe, trocarter) 
 
 
 
 
 
Agulha de Veres: para fazer o Pneumoperitônio – Na cirurgia vídeo laparoscópica, a 1ª a ser 
feita é o Pneumoperitônio (insuflar ar na cavidade abdominal) para passar o 1ª trocarte, e 
depois passar a câmera e os outros Trocarte 
Trocarte (permanente e descartável): para fazer acesso a parede abdominal 
 
 
- DILATAÇÃO: ↑ o diâmetro de canais e 
orifícios naturais ou fistulosos (pinças) 
 
 
 
BENIQUÉ: dilata a uretra/ cirurgias 
urológicas 
VELA DE HEGAR: dilação de reto 
 
 
- SERRAÇÃO: realizado por meio de serra, 
especialmente em cirurgia óssea 
 
 
 
SERRA DE GIGLI: Serração óssea 
 
 
 
 
10 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
HEMOSTASIA 
Objetivo: impedir, sessar ou coibir a 
hemorragia 
- Evita a perda excessiva de sangue 
- Pode ser temporária ou definitiva 
 
HEMOSTASIA TEMPORÁRIA 
- cruento (no campo operatório) 
 Pinçamento 
 Compressão de estrutura/vaso 
 
- Incruento (à distância do campo 
operatório) 
 Garroteamento: manguito 
pneumático, faixa de ESMARCH (fita de borracha para tirar estase sanguínea – faixa de 
compressão distal  proximal) – comum em cirurgias ortopédicas (máx. 40 min) 
 Ação farmacológica: hipotensão, correção de distúrbios de coagulação. 
 Hipotermia local (= vasoconstricção) 
 Oclusão vascular: pinças 
 Oclusão endovascular: balão endovascular 
 
HEMOSTASIA DEFINITIVA 
- Quase sempre cruenta (no locar da cirurgia), interrompendo a circulação do vaso o qual é 
aplicado 
- Tipos: 
 Ligadura: amarração com fios cirúrgicos 
 Cauterização: formas de coagulo com calor, eletricidade ou substancias químicas 
(eletrocautério) 
 Sutura: pontos englobando vasos 
 Obturação: aplicação de substancias exógena (cera de osso, Gelfoam – placa de proteína, 
ao colocar em um tecido que está sangrando, ele faz um coágulo e assim sessa o sangramento) 
 Tamponamento: compressão da área com gaze ou compressa – em 5 min forma coagulo e 
assim cessa o sangramento 
 Fotocoagulação: Laser, plasma de argônio (comum em colonoscopia) 
 Grampeamento: através de grampos metálicos – aço inoxidável ou titânico e também 
material absorvível (ex. clipe metálico usado na artéria cística na videolaparoscopia, ex.: suturas 
mecânicas) 
 
SÍNTESE 
- Aproximação das bordas de tecidos seccionados; visando pela manutenção da contiguidade dos tecidos e facilitar as fases 
iniciais da cicatrização 
- Mantida às custas de materiais que resistam às trações e tensões que irão exercer sobre a ferida nas fases iniciais da formação 
da cicatriz 
- Pode ser sutura manual ou mecânica 
 
AGULHA 
- Usada na reconstrução para transfixar o tecido, servindo de 
guia aos fios de sutura 
- Diversos tipos: retas ou curvas, cilíndricas (atraumáticas) ou cortantes (∆), montadas ou avulsas. 
- Divididas em 3 partes: 
 PONTA, CORPO e OLHO (onde sai o fio) 
- Ponta: cortante, romba ou plana 
- Corte transversal: plana, cilíndrica ou triangular 
- Formato: frações de um círculo total. Ex.: ¾ de círculo, 5/8 de círculo 
 
- Cilíndrica (atraumática): sutura de órgãos maciços/ e que não podem ter lesão) 
- triangular ∆/ cortante: pele 
 
INDICAÇÕES E TÉCNICAS DA VIA DE ACESSO 
- Via de acesso é fundamental para ato cirúrgico 
- Necessita material adequado e treino do cirurgião 
- Requisitos para fazer a via de acesso: 
 Ter extensão suficiente para boa visibilidade do campo cirúrgico 
 Ter bordas nítidas, favorecendo cicatrização estética e firme 
 Atravessar os tecidos, respeitando a anatomia e um plano de cada vez; 
 Não comprometer grandes vasos e nervos da região 
 Acompanhar as linhas de força da pele 
 Seccionar as aponeuroses na direção de suas fibras, para boa 
cicatrização 
 
INSTRUMENTOS AUXILIARES 
- Auxiliam na execução das operações fundamentais 
- Pinças de dissecção, pinças de tração ou preensão afastadores 
 
11 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
PORTA-AGULHA 
- Somente utilizado na agulha CURVA 
- Necessário na reconstrução/síntese, principalmente em cavidade 
- Oferece melhor conforto ao cirurgião e melhora condução a agulha curva 
- Mantida a agulha firme para passagem no tecido 
- Mais usados são do tipo MAYO- HEGAR 
- Com cremalheiras: MATHIEU e CASTROVIEJO (para suturas mais delicadas, ex. oftalmo, vascular) 
- Sempre realizar o movimento no sentido da curvatura para menor lesão do tecido 
 
FIOS 
- Usado para perfeita aproximação dos tecidos 
- Usados isoladamente ou montados em agulhas 
- Para uso devem ser considerados: 
 Baixo custo, adequada resistência tênsil, facilidade de esterilização, mínima reação tecidual 
- Características do fio ideal: 
 Manter força tênsilpor tempo suficiente, até cicatriz adquira sua própria resistência 
 Mínimo de reação tecidual 
 
- Levar em consideração as características de comportamento físico e biológico do fio em relação ao tecido a ser suturado 
- Evitar sutura isquemiante 
- Resistência Tênsil X Diâmetro do fio 
- Inabsorvíveis para tecido com cicatrização lenta ou menos vascularização 
 
FIOS ABSORVÍVEIS 
 
Categute: obtido da submucosa do ID de ovelhas ou serosa 
de boi, cromado ou simples, absorção de 21 dias e 8 dias 
respectivamente. Não deve ser empregados em suturas 
superficiais. Fácil manipulação. Reação inflamatória local 
intensa. Usado em suturas gastrointestinais, subcutânea, 
ginecológica e urológica 
 
Ác. Poliglicólico (DEXON): fio sintético, reabsorvido por 
hidrólise em 60 a 90 dias. Tensão em torno 21 dias. Usado 
em sutura de musculo, fáscia e TCSC. Pouca reação 
inflamatória, multifilamentado podendo armazenar 
bactérias, podendo causar infecções recorrentes. (pouco usado) 
 
Ác. Poligaláctico (VYCRIL): fio sintético, absorvido por 
hidrólise em 60 dias, tensão em torno de 21 dias. Branco 
ou violeta, usado para sutura Gastrointestinal, urológica, 
ginecológica, oftalmológica e TCSC mutifilamentar. 
 
Polidioxanona (PDS, MAXON): Fio sintético, 
monofilamentar, absorção lenta com manutenção da 
resistência tênsil por longo período. Sutura de tendões, 
capsulas articulares e fechamento da parede abdominal; 
Mas, demora muito tempo para cicatrizar (caro) 
 
 
 
FIOS NÃO ABSORVÍVEIS 
- Seda (SHALON): filamento proteico obtido do bicho-da-
seda, fios retorcidos ou trançados. Fácil manuseio com nós 
firmes. É degradado ao longo dos anos, perdendo sua 
resistência tênsil. Bucomaxilo, parede abdominal, 
gastrointestinal. (caro, pouco utilizado) 
 
- Algodão: multifilamentar, fio maleável e agradável ao 
tato, facilitando um nó forte, semelhante à seda em reação 
tecidual, podendo formar granuloma de corpo estranho. 
Utilizado para cavidades. 
 
- Poliéster (MERSILENE, ETHIBOND): sintético, 
multifilamentar, fios resistentes e de grande durabilidade. 
Pelo menos 5 nós pra segurança. Pouco reação 
inflamatória. Indicado para aponeurose, tendão e vasos. 
 
- NYLON: derivado das poliaminas, elasticidade e 
resistência a água. Pode ser mono ou multifilamentar, 
pouca reação inflamatória, porém de difícil manipulação. 
Duro e corrediço. Não produz nó firme. Perde a resistência 
tênsil ao longo do tempo, degradado e absorvido ao longo 
de 2 anos. (muito utilizado) 
 
- Polipropileno (PROLENE): Sintético e monofilamentar. 
Mantém resistência tênsil por vários anos. Pouca reação 
inflamatória. Muito usado em sutura vascular, intestino e 
aponeurose. (caro)
Ex.- Aponeurose precisa de fio com resistência 
- Nylon: é inabsorvivel, não pode ser usado no subcutâneo 
- Locais pouco vascularizados: fios com alta resistência tênsil 
MATERIAL DE PRÓTESE 
- Quando a solução de continuidade entre 
as estruturas, é extensa ou a síntese é 
feita sob demasiada tensão, dá-se a 
interposição de material de prótese ou 
implante, divididos em 2 grupos: 
- Criar uma fibrose local (tecido de cicatrização duro, 
para prevenir a deiscência da sutura) 
ORIGEM BIOLÓGICA 
- Fáscia autógena: hernioplastia, cirurgia 
plástica, ginecológica e urológica 
- Dura-máter: homóloga. Cirurgia geral, 
plástica e cardiovascular 
- Pericardio bovino: confecção de 
válvulas cardíacas 
ORIGEM SINTÉTICA 
- Prótese metálica: devem ser livres de atividade 
elétrica como vitálio, tântalo e outros aços 
inoxidáveis. Usado em ortopedia 
- Plásticas: nylon, teflon, polipropileno ou dacrón. 
Fáceis de esterilização, resistentes, corte. 
Manipulação e permeáveis aos Raios X. 
Não usados em cirurgias infectadas 
 
12 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
NÓS E SUTURAS 
- O nó cirúrgico deve ser de fácil execução e tem por 
finalidade evitar que o fio entrelace e se solte 
- Não deve ser afrouxar, permitindo ajuste das bordas 
- Devem ser levados em consideração: 
 Tipo de nó 
 Treino do cirurgião 
 Grau de tensão nos fios 
 Natureza do fio 
- 1ª laçada que aperta, 
- 2ª fixadora que impede o afrouxamento da 1ª 
Quando necessidade de maior segurança, acrescenta-se 
um 3º nó 
- Cada laçada deve ser feito no sentido oposto ao da 
anterior, caso contrário, tende a se afrouxar 
Ex. Nylon: dar o 1º ponto e fazer um nó duplo (verdadeiro - que 
não vai soltar), fazer um simples que vai travar o 1º (aproxima 
bordas) e garantir que não vai abrir, o 2º nó trava o 1º e o 3º nó é 
de segurança; 
 
TIPOS DE SUTURA 
Suturas de pontos separados: 
- Vantagens: 
 Afrouxamento de um nó sem interferir no restante 
da sutura; 
 Menor quantidade de corpo estranho 
 Menos isquemiantes 
- Desvantagens: Mais demorada e trabalhosa 
- Tipos: 
 Pontos Simples 
 Pontos simples com pontos para interior da ferida 
 Pontos em U horizontal (DONATTI) 
 Pontos em U vertical 
 Pontos em X horizontal 
 Pontos em X vertical 
 
Sutura contínua: 
- Considerar: 
 Nó inicial 
 Sutura propriamente dita 
 Nó terminal 
 É um pouco mais isquemiante, pode formar granuloma, 
pouco estética (se intradermico, pode usar o nylon) 
- Tipos: 
 Chuleio simples 
 Chuleio ancorado 
 Sutura em Barra Grega 
 Sutura intratecidual, em Barra grega 
 Sutura em pontos recorrentes 
 
 
 
- Suturas de pele: 
 “Apresentação do cirurgião” 
 Pontos inabsorviveis, intradérmicos e aproximação 
com esparadrapo microporado 
 
- Sutura de tela subcutânea (TCSC): Evitar espaço morto 
 
- Sutura de aponeurose: Sutura separado ou continua com 
fio inabsorvível, evitar deiscência 
 
- Sutura muscular: Fios absorvíveis e evitar pontos 
isqumiantes. (Com pouca tensão) 
 
- Sutura de vasos e nervos: Sutura separada ou contínua 
com fio inabsorvível para evitar deiscência 
 
- Sutura do Tubo digestivo: Sutura em 2 planos 
 1º plano total para fazer anastomose (confirmar se 
não tem vasamento) 
 2º plano: invaginar/ esconder a 1ª sutura 
 
- Sutura através de Grampeadores: Síntese adequada, 
rápida, segura com pequena reação tecidual 
 
 
SÍNTESE DE FERIMENTOS 
Atualmente adotada síntese das feridas cutâneas sem 
sutura: 
- Usado fitas raion ou materiais microporos 
- Microporos permitem a passagem de secreções da ferida, 
reduzindo proliferação de germes, mantendo seco e 
favorecendo a cicatrização 
 
RETIRADA DOS FIOS DE SUTURA 
- Mantidos enquanto úteis 
- Não deve ser feito adotado prazo para retirada 
- Retirado o mais breve possível, logo que cicatriz adquira 
resistência 
- Incisões pequenas (<4cm): retirar entre 4 e 5 dias 
- Incisões extensas: retirar entre 7 e 8 dias 
- Prática: 7 a 14 dias (laparotomia contaminada até 20 dias) 
- Experiência do cirurgião definirá o momento certo 
- elementos que favorecem: 
 Aspecto seco, sem edema e congestão 
 Local da ferida, livre de tensões excessivas 
 Ausência de condições que interferem na 
cicatrização 
 Tipo de tecido e capacidade de adquiri resistência 
tênsil 
 Tensão que o tecido será submetido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Equipe cirúrgica 
- Do ato cirúrgico dependo o sucesso do TTO 
- Dimensão ilimitada 
- Comparado à arte, exige a perfeição do artista 
- Deve produzir ato ordenado onde cada qual tem sua 
incumbência 
- Nos primórdios: cirurgião fazia tudo 
- Atualmente: atribuições específicas: 
 Maior perfeição 
 Maior rendimento com menor desgaste 
Equipe cirúrgica 
Cirurgião 
- Grande responsável pela 
intervenção 
- Coordena toda a equipe 
Características básicas 
 Rapidez raciocínio 
 Decisões prontas 
 Destreza manual 
 Comando 
 Equilíbrio emocional 
 Desejo à perfeição 
- Conhecimento: anatomia, 
fisiologia, fisiopatologia e 
anatomopatológica 
- Papel de liderança: 
* Afinidade e Atenção para a equipe 
- Ideal: poder escolher seus colaboradores 
Experiência e segurança= TEMPO 
- ERROS: fonte de humildade e 
consciência da limitações 
 NÃO COMOS “DEUSES” 
Anestesista 
- Pré-anestésia 
- Anestesia 
- Responsável pela: Autorização, 
suspensão ou interrupção da cirurgia 
- Recuperação do paciente 
- Controle do paciente durante todo 
o ato cirúrgico 
 
Assistentes: 1º auxiliar 
- Médico ou enfermagem 
- Prepara o paciente e o campo 
operatório 
- Pode ter uma mesa para si, som 
instrumentos mais utilizados 
- Fica em frente ao cirurgião 
- Deve conhecer todas as etapas 
 
 
 
 
Assistentes: 2º auxiliar 
- Útil em cirurgias complexas 
- Ajuda principalmente nos 
afastamentos 
 
Instrumentador 
- Comunicação entre campo 
operatório e os ajudantes da sala 
- Devem antecipar os tempos 
cirúrgicos; 
- 1º a se preparar 
- Sistemático 
- Em frente ao cirurgião 
- Conhecer a instrumentar que está 
a mesa, ficar atento ao campo 
cirúrgico 
- Manter limpo e ordenado o campo 
cirúrgico 
 
- Outros (ajudantes de sala: 
Circulante - entregam os materiais) 
MESA INSTRUMENTAL 
- Áreas Habitual: 
 - Limites: antebraços e mãos diérese, hemostasia e 
síntese 
- Áreas Eventual: raio dos membros superiores 
instrumentos menos utilizados específicos 
Mesa de instrumental, Retangular, dividida em 6 partes 
 Diérese 
 Preensão 
 Hemostasia 
 Exposição 
 Especiais 
 Síntese 
- Posição: depende da posição do cirurgião 
- Pode se utilizar da mesa de Mayo (que fica aos pés do Paciente)
 
Movimentos cirúrgicos 
- Simples e repetidos 
- Medidos e exatos 
- Deles dependem a integridade da equipe 
- Cada qual tenha a perfeição o que leva ao sucesso do grupo 
- Campos operatórios: isolados por campos esterilizados da 
área do anestesista 
- Cirurgião: ereto e com movimentos delicados 
Os movimentos dos dedos são mais sensíveis e fracos que os do 
punhos, antebraços e braços 
 
 
 
Sinalização e instrumentais cirúrgicas 
- Eliminação da troca de palavras: ↓ da contaminação 
- Não é necessário “cortesias” 
- Se equipe bem adapta: poucas palavras 
Sinais para instrumentos mais comuns 
- Bisturi, Tesoura, Pinça hemostática, Pinça anatômica, 
Pinça dente de rato, Porta agulhas, Fios 
Observações 
- Não devem, o cirurgião e o assistente, pegar material 
direto da mesa 
- Não passar pelas costas do instrumentador 
- Devolver o material, sempre ao instrumentador 
 
14 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Organização da mesa cirúrgica
 
 
 
Exposição 
- Afastador de Farabeuf 
- Afastador Langebeck 
- Afastador Doyen 
- Afastador Finochietto (tórax) 
- Afastador de Gosset (abdome) 
 
 
 
 
Compressas e gaze 
Especiais 
- Gastrointestinais: Pinça de Babcock, Pinças de Collin coração, 
Pinça de Allis, Pinça de Duval 
- Torácica e ♥vascular: Pinça de Mixter, Rugina de Farabeuf, Rugina 
de Doyen, Costótomo, Serra de Gigli, Serra elétrica, Aspirador de 
Campo, Bisturi elétrico. 
- Ortopédica: Cisalha de Liston, Osteótomo, Martelo cirurgico 
- Ginecológica e obstétrica: Espéculo vaginal de graves, Cureta de 
Sims, Vela de Hegar, Histerômetro de Sims, Pinça de Pozzi, Pinça de 
Foerter, Fórceps de Sims, Pinça de Cheron. 
- Oftálmica: Pinã e tesoura para íris, porta-agulha de Castroviejo. 
- Otorrinolaringológica: Estilete de paracentese de Lucae, 
Amigadalótomo de Sluter, Espéculo Nasal 
- Urogenital: Pinça para pedículo renal de Guyon, Pinça para 
pedículo renal de Wertheim-Cullen, Pinça para cálculos de 
Desjardins 
 
 
Síntese 
- Porta Agulha de Mayo-
hegar 
- Porta-agulha de 
Mathieu 
 
- Fios e agulhas 
 
Hemostasia 
- Pinças Hemostásicas (retas e 
curvas) 
- Pinças Bullgog, 
- Pinça Satinsky 
 Pinça de Bakey 
- Pinças de Kelly 
 
 
- Pinças de Crile 
- Pinça de Halsted 
- Pinça Mixter 
- Pinça Kocher 
- Pinça de Halsted 
 
Preensão 
- Pinça com dente e sem dente 
- Pinça anatômica 
- Pinça Adson com dente de rato 
 - Afastador 
 
 
Diérese 
- Cabo de bisturi 
- Tesoura de 
Metzenbaum 
- Tesoura de Mayo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Posições da equipe cirúrgica 
1- A posição da mesa de instrumentos é variável 
2- A posição dos instrumentos varia de acordo com a posição da mesa 
3- Durante uma cirurgia, os instrumentos devem ocupar posição fixa e conhecida 
4- Organização e limpeza são fundamentais em uma cirurgia 
 
Cirurgias Urológicas, Ginecológicas e Proctológicas 
Cirurgião: centro do campo 
Auxiliar: ao lado do Cirurgião 
Instrumentador: atrás da mesa, a direita do cirurgião 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cirurgias infra-umbilicais 
Cirurgião: à esquerda do pct 
Auxiliar: á direita do pct 
Instrumentador: á direita do pct 
Exceções: (ficar a direita) 
- Apendicéctomia 
- Herniorrafia inguinal direita 
- oofroréctomia direita 
- Salpingéctomia direita 
- Postéctomia (fimose) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimentos realizados nos quadrantes inferiores do 
abdome: 
- Prostatectomia 
- Cistectomia 
- Retossigmoidectomia 
 
 
 
 
 
 
Cirurgias supra-umbilicais 
Cirurgião: à direita do pct 
Auxiliar: á esquerda do pct 
Instrumentador: à esquerda do pct 
Exceções: (ficar a esquerda) 
- Pneuméctomia esquerda 
- Pancreatéctomia 
- Esplenéctomia 
- Correção de aneurisma da ATD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimentos realizados nos quadrantes superiores do 
abdome: 
- Colecistectomia 
- Gastrectomia 
- Esplenectomia 
- Acesso de hiato esofágico 
- Apendicectomia 
- Herniorrafia 
- Toracotomia direita 
- Cervitomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Assepsia e antissepsia – Técnica de esterilização 
INTRODUÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROBIOTA COMENSAL DO TRATO RESPIRATÓRIO 
Bactérias Fungo 
Acinetobacter 
Actinobacillus 
Actinomyces 
Cardiobacterium 
Corynebacterium 
Enterobacteriacea 
Eubacterium 
Fusobacterium 
Haemophilus 
Moraxella 
Mycoplasma 
Neisseria 
Peptostreptococcus 
Porphyromonas 
Prevotella 
Propionibacterium 
S taphylococcus 
Streptococcus 
Stomatococcus 
Treponema 
Veillonella 
 
Candida 
Parasitas 
Entamoeba 
Trichomonas 
 
 
MICROBIOTA COMENSAL DO TRATO GASTROINTESTINAL 
Bactérias Fungo 
Acinetobacter 
Actinomyces 
Bacterioides 
Bifidobacterium 
Campylobacter 
Clostridium 
Corynebacterium 
Eubacterium 
Enterobacteriacea 
Enterococcus 
Fusobacterium 
Haemophilus 
Helicobacter 
Lactobacillus 
Peptostreptococcus 
Porphyromonas 
Prevotella 
Propionibacterium 
Pseudomonas 
Staphylococcus 
Streptococcus 
Veillonella 
Candida 
Parasitas 
Blastocystis 
Chilomastix 
Endolimax 
Entamoeba 
Trichomonas 
 
MICROBIOTA COMENSAL DO TRATO GENITOURINÁRIO 
Bactérias 
Actinomyces 
Bacterioides 
Bifidobacterium 
Clostridium 
Corynebacterium 
Enterobacteriacea 
Eubacterium 
Fusobacterium 
Gardnerella 
Haemophilus 
Lactobacillus 
Mobiluncus 
Mycoplasma 
Peptostreptococcus 
Porphyromonas 
Prevotella 
Propionibacterium 
Staphylococcus 
Streptococcus 
Treponema 
Ureaplasma 
Fungo: Candida 
 
MICROBIOTA COMENSAL DA PELE 
Bactérias 
Acinetobacter 
Aerococcus 
Bacillus 
Clostridium 
Corynebacterium 
Micrococcus 
Peptostreptococcus 
Propionibacterium 
Staphylococcus 
Streptococcus 
Fungo - Cândida 
 
COLONIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES PARA DESENVOLVIMENTO DE INFECÇÕES 
- Suscetibilidade do hospedeiro; 
- lesões na pele ou nas mucosas; 
- alteração do ph normal do tecido pela acidez ou 
alcalinidade de várias secreções impedindo a proliferação de 
diversos microrganismos 
- idade, sexo e fatores hereditários podem predispor o 
indivíduo a alguns tipos de infecções  recém-nascidos e 
idosos vulneráveis. 
- medicamentos: corticosteroides e antibióticos. 
- distúrbios metabólicos: diabetes melitus 
- desnutrição, estresse e fadiga: alteram o mecanismo 
normal de defesa do corpo. 
- procedimentos invasivos: cateterismos - quebram as 
barreiras normais do corpo.Infecção do sítio cirúrgico 
Ocorrem como complicações de uma cirurgia, 
comprometendo a incisão, os tecidos, os órgão ou a 
cavidade manipulada, podendo ser diagnosticada em até 30 
dias após realização do procedimento ou até 1 ano 
(Implante de Prótese). 
Porque evitar a infecção hospitalar? 
- Evitar TTO agressivo oneroso 
- ↓ a permanência no hospital 
- A evolução pode ser fatal 
 
RISCO DE INFECÇÃO 
- Agressão ao organismo. 
-Intensidade variável. 
- Depende da extensão e gravidade da intervenção. 
 
ATO CIRÚRGICO 
Pele, boca, faringe, intestinos, órgãos genitourinários 
 
Bactérias, fungos, etc 
EQUILIBRIO INFECÇÃO 
PENETRAÇÃO, ALOJAMENTO E MULTIPLICAÇÃO DE UM AGENTE 
INFECCIOSO NO ORGANISMO DE UM HOSPEDEIRO, PRODUZINDO 
DANOS A ESTE, COM OU SEM O APARECIMENTO DE SINTOMAS 
CLINICAMENTE RECONHECÍVEIS. 
 
17 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
TERMINOLOGIAS: 
 - Contaminação: transferência do agente infeccioso para 
um organismo, objeto ou substancia 
 
- Assepsia: conjunto de medidas adotadas para impedir a 
penetração de microrganismos em local que não os 
contenha (estéril) 
 
- Antissepsia: processo de eliminação ou inibição do 
crescimento dos microrganismos das camadas superficiais e 
profundas da pele e mucosa por meio do uso de 
substancias químicas. 
 
- Antissépticos: substancias químicas utilizadas para reduzir 
o Nº de MO da microbiota Residente e transitória – uso em 
pele e mucosa 
 
Antissépticos 
- Solução tópica ou aquosa: veículo aquoso (pele e mucosa) 
- Solução alcoólica: associada a veículo alcoólico (pele) 
- Solução degermante: quando associada a sabão 
(degermação da pele) 
 
- Degermação: remoção de detritos e impurezas 
depositados sobre a pele mediante o uso de sabões. 
 
- Desinfecção: eliminação e destruição de MO em forma 
vegetativa, que esteja, presentes nos objetos inanimados 
mediante a aplicação de agentes químicos ou físicos 
 
- Esterilização: processo de destruição de todos os MO – 
forma vegetativa ou esporulada, presentes em um artigo, 
mediante a aplicação de processos químicos, físicos ou 
físico-químicos 
 
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO - CME 
- Setor destinado à limpeza, acondicionamento, 
esterilização, guarda e distribuição de materiais 
(Ver vídeo da CME – hospital das clínicas SP) 
 
Áreas da CME - CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
- área contaminada: recebe os artigos sujos e realiza a 
limpeza 
 
- área limpa: os artigos são secos, preparados, 
acondicionados, esterilizados, guardados e distribuídos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS 
 
Artigos críticos: usados em procedimentos invasivos com 
penetração em pele e mucosas, tecidos sub epiteliais e 
sistema vascular e os artigos que estejam diretamente 
conectados com essas regiões 
DEVEM SER ESTERILIZADOS  Ex.: INSTRUMENTAIS 
CIRÚRGICOS 
 
Artigos semicríticos: entram em contato com a pele não 
integra, ou com mucosas íntegras. 
DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL OU ESTERILIZAÇÃO – Ac. 
Peracético  Ex. SNG, EQUIPAMENTOS RESPIRATÓRIOS E 
DE ANESTESIA, ENDOSCÓPIOS... 
 
Artigos não críticos: destinados ao contato com a pele 
integra e aquele que não entram em contato direto com o 
paciente 
LIMPEZA OU DESINFECÇÃO DE MÉDIO OU BAIXO NÍVEL  
Ex. Comadres, cubas, aparelho de PA 
 
 
Métodos de limpeza 
Limpeza normal: fricção com escovas e uso de soluções de 
limpeza. 
Limpeza mecânica: lavadora ultrassônica, esterilizadora e 
termodesinfectadora. 
 
EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA 
ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS 
 Calor seco: estufa (proibido pela RDC 15) 
 Mecanismo de ação – princípio físico 
- Tempo e Tº (160 a 170ºC – cerca de 2h) 
- Oxidação do protoplasma celular: - Resistências 
elétricas e radiação infravermelho 
- Processo: irradiação do calor 
Ex.: óleos e pós 
 
Autoclave 
- Vapor saturado sob pressão: AUTOCLAVE 
- Mecanismo de ação – principio físico 
- Altamente eficiente pelo seu poder de penetração 
- Mais econômico para materiais termo resistentes 
Ex.: instrumentais cirurgicos 
- Transformação de água em vapor 
- Morte dos Mo por termo coagulação e a desnaturação de 
enzimas e proteínas estruturais da cél. microbiana 
Contra Indicação: fibras ópticas, óleos e pós 
 
- Efeito letal = Tº de 121ºC à 132ºC 
- Pressões: 775 a 1.400 mmHg 
- Processo: Aparelho frio, introduz água no “Tambor”; 
fecha-se hermeticamente 
- Tempo: 60 min 
- “Tempo de manutenção”: 15 a 30 minutos 
- Eliminação do vapor, queda da Tº e secagem do material 
(30 min) 
 
18 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Óxido de Etileno (C2H4O) 
- Mecanismo de ação: principio físico- químico 
- Explosivo 
- Misturas estáveis 
- Indicação: artigos termossensíveis 
Ex.: equipamentos elétricos de anestesia e terapia 
respiratória, cateteres cardíacos, endoscópios, 
equipamentos com lentes 
- A morte do MO ocorre por meio de uma reação de 
alquilação que interfere com o metabolismo dos MO. 
- Um átomo de hidrogênio da proteína da cél do MO é 
substituído pelo Hidroetil em uma ligação irreversível, 
causando efeito tóxico, impedindo novas síntese proteicas 
 MORTE 
 
Radiação ionizante – Principio físico 
- Brasil: radiação gama 
- Raios gama: ondas eletromagnéticas de alta energia e 
grande penetração nos materiais, produzidos pela 
desintegração de certos elementos radioativos, mais 
utilizado = Cobalto 60 
- Modificação no DNA da cél Alvo 
- Método a baixa Tº = pode ser usado em materiais 
termossensíveis 
 
 
Agentes antissépticos 
 
 
 
 
1-Álcool 
 
- Desnatura proteínas, ação rápida, amplo 
espectro (- esporos), não tóxico, barato 
- solução aquosa: 
 Etílico 50-70% 
 Isopropílico 50-90% - pele seca. 
-Desvantagens: sem efeito residual, 
inativado por matéria orgânica inflamável, 
pele seca. 
 
 
 
 
 
 
2-Compostos 
Halogenados 
IODO 
- precipita proteínas e oxida enzimas 
- ação de velocidade intermediária 
- amplo espectro (+ esporos) 
- ação residual 
- polivinil pirrolidona: Povidine® (iodóforo) 
- álcool iodado 
- Desvantagens: irritante para pele e 
mucosas, inativado por matéria orgânica. 
CLORO 
- solução aquosa: 
 Hipoclorito 
 Ácido hipocloroso 
- desinfetantes 
 
 
3-Gluconato de 
clorexidina 
 
- lesão de membranas celulares 
- velocidade de ação mais lenta 
- amplo espectro 
- ação residual 
- não inativado por matéria orgânica 
- Desvantagens: ototoxicidade, ceratite 
AGENTE AÇÃO G+ G- Mb Fg VÍRUS VEL. AÇÃO 
EFEITO 
RESIDUAL 
INATIVAÇÃO 
BIOLÓGICA 
USO 
ÁLCOOL 
Desnatura 
proteínas 
++ ++ + + + Rápida 0 SIM 
SS 
PP 
CLOREXIDINE 
Lesão de 
membrana 
++ + - +- + Intermediária ++ NÃO 
SS 
PP 
IODINE Oxidação ++ + + + + Intermediária + SIM 
SS 
PP 
ss – escovação de pele. 
pp – preparo higiênico.
 
Cuidados com o paciente 
- Banho pré-operatório, Tricotomia, Paramentação 
- Preparo da pele 
 Higienização com degermantes 
 “Pintura” com antisséptico 
 
CUIDADOS COM A EQUIPE CIRURGICA 
- Higiene pessoal: aderência às condutas de ASSEPSIA 
PARAMENTAÇÃO 
1. UNIFORME DO 
AMBIENTE 
CIRÚRGICO 
- calça e camisa limpos 
- evitar trazer M.O. do exterior 
- trocar: sujo ao sair da zona limpa 
 
 
 
2. MÁSCARAS 
- evitar propagação bacteriana da oro 
e nasofaringe 
- proteção para a EC – equipe 
cirúrgica 
- Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC)? 
- descartáveis: mais eficientes 
- evitar falar, tossir.... 
3. ÓCULOS/FACE 
4.TOUCAS - evitar propagação de M.O. pelo 
cabelo 
- cobrir todo o cabelo 
5. PRÓPES - Proteção da EC (equipe cirúrgica) 
- Não diminui ISC (infecção em sítio 
cirúrgico) 
 
 
 
6. LUVAS 
ESTÉREIS 
- 1889 Halsted 
- após escovação rigorosa de 
antebraços e mãos 
1. minimizar a transmissão de M.O. 
da EC para o paciente; 
2. prevenir a contaminação da EC 
pelo sangue e outros fuídos 
biológicos do paciente. 
7. AVENTAL 
ESTÉRIL 
- ↓ a propagação de M.O. da EC para 
o campo operatório 
- descartável/ reutilizável 
- impermeável/semipermeável 
8. CAMPOS 
ESTÉREIS 
- ↓ o propagação de M.O. do 
ambiente e da EC para o CO 
- descartáveis/ reutilizáveis 
- impermeáveis 
 
 
19 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Escovação do antebraço e mão 
- Todos que terão contato direto com o CO e/ou 
instrumentos 
- Imediatamente antes do procedimento 
- Vários agentes: povidine, clorexidine, triclosan, etc. 
 
- Flora bacteriana da pele: contaminação 
Transitória: Permanente: 
- grande variedade 
- fácil remoção 
- agregada a partículas de 
poeira 
- nº e variedade +/- 
constantes 
- remoção mais difícil 
- restabelecimento precoce 
 
Escovação 
- Técnica 
- Rotina 
- Duração: 3 a 5 minutos 
 
Fatores que influenciam a escovação 
1- Agente utilizado 
2- Técnica 
3- Duração 6’ – 10 vezes em cada região 
4- Condições das mão 
5- Técnica para secagem e colocação das luvas 
estéreis 
RESPONSABILIDADE
 
Segurança do Paciente: Cirurgia segura 
OBJETIVOS DA AULA: 
- Contextualizar a Cirurgia Segura como parte integrante 
da Política de Segurança para o Paciente; 
- Expor este Protocolo como sendo o 2º Desafio Global 
proposto pela OMS a ser atingido; 
“A cada três minutos, cerca de dois brasileiros morrem em 
um hospital por consequência de um erro que poderia ser 
evitado.” 
Segurança: Primum Non Nocere. 
"Pratique duas coisas ao lidar com as doenças: auxilie e não 
prejudique o paciente". Hipócrates 430 aC 
“Pode parecer talvez um estranho princípio enunciar como 
primeiro dever de um hospital não causar mal ao paciente” 
Florence Nightingale 
Redução e/ou atenuação de atos considerados inseguros, 
atrelados ao sistema de assistência à saúde, bem como ao 
emprego das melhores práticas, no intuito de obter os 
resultados esperados (DICTIONARY,2009). 
OMS – estima que os danos ocorram em dezenas de 
milhares de pessoas todos os anos em diversos países. 
A segurança do paciente está relacionada com a qualidade 
da assistência, entretanto, é importante destacar que 
segurança e qualidade não são sinônimos. 
 
A segurança do paciente é um componente crítico da 
qualidade na assistência, ou seja, para oferecer cuidados 
com qualidade, é imprescindível que as instituições de 
saúde prestem um atendimento seguro. 
FATO!!! MOVIMENTO GLOBAL ATUAL SOBRE SEGURANÇA 
NA ÁREA DA SAÚDE! 
OMS estima que em cada 10 pacientes, 1 seja vítima de 
erros decorrentes da assistência; 
A segurança do paciente passou a ser objeto de estudo e de 
preocupações de governos e políticas de saúde a partir do 
aumento das despesas de seguro por erros: 
“Uso, não intencional, de um plano incorreto para alcançar 
um objetivo (erro de planejamento= prever e prover), ou a 
não execução a contento de uma ação planejada (erro de 
execução= fazer).” 
ERRO HUMANO: CONCEITO 
POR QUE OS RISCOS TORNAM-SE REALIDADE? 
 
 
20 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
PORQUE A SEGURANÇA DO PACIENTE ESTÁ PROPOSTA 
COMO DESAFIOS? 
(PROGRAMAS FOMENTADORES DO COMPROMETIMENTO) 
 
CULTURA ORGANIZACIONAL DE SEGURANÇA: IDEAL 
Fatores humanos que contribuem para os erros 
- Conhecimentos/ habilidades: Treinamento, 
aprimoramento, procedimentos técnicos e formação, etc. 
- Psicológicos: estresse, tédio, frustração, ansiedade, 
desconhecimento, etc. 
- Fisiológicos: Sono, fadiga, álcool, drogas, etc. 
- Institucionais: Gerenciamentos, falhas de equipamentos, 
manutenção, etc. 
- Ambientais: Barulho, agitação, calor, estímulos visuais, etc 
Gente que cuida de gente! 
1999 : Instituto de Medicina dos EUA divulgou o relatório “ 
Errar é Humano”, com intuito de quebrar a passividade 
com relação aos erros médicos – 98 mil óbitos por falhas 
previníveis nos hospitais; 
2002 : ( 55ª Assembleia) - OMS recomendou / encorajou a 
dedicação a segurança do paciente; 
2004 : em cumprimento a Resolução 55.18 - OMS – Aliança 
Mundial para a Segurança do Paciente: metas para 
sensibilizar, conscientizar, mobilizar, divulgar conhecimento 
e APOIAR, fortalecer às práticas assistenciais - 
“PRIMEIRAMENTE, NÃO PROVOCAR DANOS” 
 
 
 
ALIANÇA MUNDIAL DE SAÚDE 
1º DESAFIO MUNDIAL: ASSISTÊNCIA LIMPA É UMA ASSISTÊNCIA SEGURA 
REDUZIR: INFECÇÕES RELACIONADAS A SAÚDE 
 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS; - 5 de maio - Prática e conscientização! 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS OMS - 2008 
- Nº de operações anuais = 234 milhões mundo /1 para 25 pessoas 
vivas 
- Apenas 30% pop. mundial recebem 75% operações complexas/ 
extensas (difícil acesso, embora salvem vidas e reduzam 
incapacidades) 
- Mortalidade anual : 5 a 10% 
- Complicações: 7 milhões (50% evitáveis) 
- 3-16% complicações importantes 
Dados da JCI (1995 a 2009) = 6428 Eventos Sentinelas Cirúrgicos, 
destes: 
 13.5% erros de sítio cirúrgico 
 11,0% complicações de pós operatório 
 4,9% presença de corpo estranho (compressas, etc) 
Pacientes operados por ano (em milhões) 
- trauma: 63, câncer: 31, Complicações gravidez:10 
 
21 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
ALIANÇA MUNDIAL DE SAÚDE - 2º DESAFIO MUNDIAL: 
CIRURGIAS SEGURAS 
MELHORAR A ASSISTÊNCIA CIRÚRGICA NO MUNDO !!!! 
Aumentar os padrões de qualidade, consenso mundial: 
1- Prevenção de ISC ( ATM e instrumentais) 
2- Anestesia Segura; 
3- Equipes Cirúrgicas seguras; (comunicação, 
habilidade e consciência) 
4- Indicadores da Assistência (dados básicos) 
 
DETALHES QUE SALVAM VIDAS! 
 Falhas de comunicação 
 Informações inconsistentes 
 Falta de checagem 
 Demarcações incorretas de 
lateralidade 
 Medicação trocada 
 Mal dimensionamento de 
recursos 
QUALIDADE TOTAL
 
2010 :SEGURANÇA DO PACIENTE “CIRURGIAS SEGURAS 
SALVAM VIDAS” – OMS/OPAS/ MS 
PARTE 1 DO PROTOCOLO: OS OBJETIVOS 
OS 10 OBJETIVOS: 
1- paciente certo e sítio certo; 
2- impedir complicações anestésicas; 
3- preparo para emergências VAS; 
4-preparo para grandes perdas sanguíneas; 
5 – prevenir alergias; 
6- minimizar infecções; 
7- impedir retenção de 
compressas/ instrumentais; 
8- garantir espécimes cirúrgicos; 
9- comunicação efetiva; 
10- vigilância na capacidade, volume e resultados 
cirúrgicos. 
“TIMEOUT”: 
 DAR UM TEMPO !!! 
 PARE E PRESTE ATENÇÃO !!! 
 INTERROMPA O QUE ESTÁ FAZENDO E ATENTE-SE!! 
 
 
 
 
PARTE 2 DO PROTOCOLO: CHECKLIST - LISTA DE 
VERIFICAÇÃO 
 
CIRURGIA SEGURA: 
- 10 Objetivos 
- 01 lista de verificação 
- 05 dados estatísticos 
 
 
22 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
LISTA DE VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA = FERRAMENTA 
PRÁTICA E FÁCIL 
Conferencia dentro de uma sequência rotineira de 
eventos, considerando cada um dos riscos específicos que 
devem ser minimizados ou eliminados. 
Etapas sejam cumpridas de forma sistemática e oportuna 
Essencial: um líder para checar, ler e confirmar em voz alta 
e marcar os boxes 
Checar imediatamente antes 
 Confirmação do paciente- identificação do 
paciente, do local da cirurgia, do procedimento a 
ser realizado e preenchimento do consentimento 
informado. 
 Marcação do local da intervenção cirúrgica pelo 
profissional que irá realizar o procedimento e/ou 
pelo paciente. 
 Realização dos procedimentos de segurança para 
anestesia, pelo anestesista, como a conferência do 
equipamento de anestesia. 
 Oxímetro ligado e funcionando? 
 Paciente apresenta algum tipo de alergias? 
 Verificação das dificuldades de ventilação ou risco 
de aspiração. 
 Avaliação de possíveis perdas sanguíneas ou risco 
de aspiração 
 
 
Antes da incisão cirúrgica 
 Confirmação de todos os membros que compõem 
a equipe, apresentando-se pelo nome e função. 
 Confirmação do paciente, local da cirurgia e tipo 
de procedimento. 
 Verificação pelo cirurgião dos pontos críticos da 
cirurgia, duração do procedimento e perdas 
sanguíneas. 
 Verificação pelo anestesista dos pontos críticos da 
anestesia. 
 Verificação pela enfermagem dos pontos críticos 
da assistência, como indicadores de esterilização e 
equipamentos necessários para a cirurgia. 
 Realização de antibioticoterapia profilática. Verificação da necessidade de equipamentos 
radiográficos. 
 
 
Antes de o paciente sair da sala de operações 
 Confirmação do procedimento realizado. 
 Conferência dos instrumentais, compressas e 
agulhas. 
 Conferência, identificação e armazenamento 
correto de material para biópsia. 
 Anotação e encaminhamento de problemas com 
algum equipamento. 
 Cuidados necessários na recuperação anestésica. 
 
 
23 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
PARTE 3 DO PROTOCOLO: 5 INDICADORES DE MENSURAÇÃO 
- número de salas de operação do país; 
- o número de cirurgias realizadas em salas de operação no 
país; 
- os números de cirurgiões e de profissionais de anestesia 
habilitados no país; 
- o número de mortes nas primeiras 24h após cirurgia; 
- o número de mortes de pacientes internados após 
cirurgia; 
 
 
2009: ↓↓ 63% complicações PO e 55% taxa de 
mortalidade 
 
A SEGURANÇA DO PACIENTE NO BRASIL:PRÁTICAS 
FOMENTADORAS 
 
 
 
PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013- INSTITUI O 
PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE (PNSP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTARIA Nº 1.377, DE 9 DE JULHO DE 2013 
Protocolos Básicos de SEGURANÇA DO PACIENTE 
 
2010- REBRAENSP – 10 PASSOS PARA A SEGURANÇA DO 
PACIENTE 
1. Identificação correta do paciente; 
2. Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos; 
3. Cateteres e sondas – conexões corretas; 
4. Cirurgia segura (paciente, membros e local corretos) 
5. Sangue e hemocomponentes – administração segura; 
6. Paciente envolvido com sua própria segurança; 
7. Comunicação efetiva; 
8. Prevenção de queda; 
9. Prevenção de úlcera por pressão; 
10. Segurança na utilização de tecnologia. 
 
FINALIDADE: disseminar e sedimentar a segurança nas 
organizações de saúde, escolas, universidades, programas e 
organizações não governamentais com intuito de 
prevenção de danos e de fortalecimento das ações na 
assistência ao paciente. 
 
REBRAENSP é constituída de membros de todo Brasil 
reunidos através de Pólos Regionais. 
 
RIENSEP 
 
CONCLUSÃO: PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA 
O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em 
todos os locais dos estabelecimentos de saúde em que 
sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer 
diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano 
ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro 
ou fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de 
saúde. (Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz, 2013) 
 
EQUIPES CIRÚRGICAS EFICIENTES 
Na sala de operações, onde as tensões podem ser altas e 
vidas estão em jogo, a equipe de trabalho é um 
componente essencial da prática segura. 
 
A qualidade da equipe de trabalho depende de sua cultura 
e de seus padrões de comunicação, bem como das 
habilidades médicas e da consciência dos membros da 
equipe sobre os riscos envolvidos. 
 
IMPORTANTE !!! 
Os profissionais tem o dever de realizar práticas seguras 
com base na excelência clínica, na melhor competência 
profissional e na mais adequada informação científica, bem 
como desenvolver ou participar de investigações científicas 
que promovam a segurança dos pacientes. 
 
24 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Técnica operatória II - Revisão 
ESCOVAÇÃO 
ASSEPSIA – ANTISSÉPTICOS 
MESA CIRÚRGICA 
INSTRUMENTAL 
FIOS – NÓS – SUTURAS 
 
ESCOVAÇÃO 
- ESCOVA ADEQUADA – NÃO MUITO DURA – 2 PARTES: 
espuma e cerdas– ANTISSÉPTICO IODADO OU CLOREXIDINA 
(liquida, Saponácea e alcoólica) 
- Dispositivo para limpeza das unhas (desuso) 
- Água morna 
- TEMPO: vários hospitais tem em cada lavabo um 
marcador de tempo. Para o 1º procedimento do dia no 
mínimo 4 a 5 minutos, pode ser reduzido nos 
procedimentos seguintes 
 
A sequência pode ser modificada. O importante é a 
escovação de todas as partes e uma rotina muito rígida a 
ser seguida. 
Alguns cirurgiões além da escovação utilizam banho. 
Solução antisséptica 
- Iniciar dedo por dedo, face anterior, face posterior e 
lateral, palma da mão, punho, antebraço e flexura do 
cotovelo (subir 5 cm) – face ventral 
e dorsal 
ANTISSEPSIA COMPLEMENTAR 
(desuso) 
- ALCOOL 95% 
- CLOREXIDINE ALCOÓLICO 
= LUVA QUÍMICA 
 
LUVA CIRÚRGICA 
HISTÓRICO – século dos cirurgiões  Infecção Puerperal 
- Luva cirúrgica – HALSTED (pinça mosquito) 
 
CAMPO CIRÚGICO - ANTISSEPSIA 
- Solução SAPONÁCEA – Limpeza de várias áreas com 
compressa ou mesmo escova de mão. 
- Remoção do sabão com álcool 70 a 95% 
- Antisséptico local 
 
ANTISSÉPTICOS 
 Soluções saponácea – limpeza das várias áreas com 
compressa ou mesmo escova de mão 
 Remoção cuidadosa do Sabão com álcool 70 a 95% 
 Antisséptico local 
-1º  DEGERMANTES SAPONÁCEAS (pele) 
Depois as soluções: 
 Tópicas – aquosas (clorexidina ou PVP) (cirurgia 
intestinal) 
 Tinturas – alcoólicas (Pele) 
ANTISSÉPTICOS 
- ALCOOL 70 A 95% 
- FENOL – ÁCIDO FÊNICO 
- MERCURIO CROMO 
- MERTHIOLATE – 
TIMEROSAL 
- LÍQUIDO DE DAKIN 
 
- HEXACLOROFENO 
Mais utilizados: 
 
- IODO – ALCOOL IODADO 
 - POLIVINIL PIRROLIDONA – 
PVP 
- IODO – POVIDINE 
 
CLORO-HEXIDINA (por ser 
transparente, corre o risco 
de deixar “ilhas” onde não 
foi aplicado a solução) 
 
MESA CIRÚRGICA 
 
 
 
 
 
 
25 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
MESA CIRÚRGICA – cirurgia ♥ 
 
MATERIAIS 
CABOS DE BISTURI 
Cabo mais fino/ delicado: Lamina 11 a 15 (11- vasos e 
incisões delicadas, 15 – dissecção) 
Cabo 4: lamina de 20 a 22 (incisão de pele, dissecção) 
 
 
TESOURAS 
Tesoura Mayo: reta (corta fio) e curva 
 
 
 
 
BISTURI ELÉTRICO 
Hemostasia de pequenos e médios vasos 
- Estimular o processo de coagulo 
 
SERRA ELÉTRICA – ressecção óssea 
 
PINÇAS DE KELLY E CRILE 
Kelly: ranhuras nas pontas 
Crile: ranhura em toda a extensão da parte preensora 
 
PINÇAS DE HALSTED 
Pinças delicadas, muito usadas para pegar fio de 
reparo (traciona a estrutura) 
Muito utilizado em cirurgia de valva cardíaca 
(reparado no Halsted) 
 
 
26 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
PINÇAS DE MIXTER – Pinça de pedículo 
Ponta curva, utilizada para dissecar parte posterior. 
Pinça de dissecção de pedículo, na parte posterior da arteria 
 
PINÇAS ANATÔMICAS 
Superior: Dente de rato – Pinça de preensão (utilizada para 
fechamento, abertura de estuturas) 
Pinças lisas anatômica simples 
 
AFASTADOR DE FARABEUF (são pares – 2) 
 
AFASTADORES DE GELPI E WEITLANER 
Afastadores autostáticos (permanecem na posição que 
foram colocados), muito utilizados na dissecção da veia 
safena, cirurgia de hérnia. 
 
 
AFASTADOR ABDOMINAL 
- Laparotomia (celiuntomia): exploração do abdome (lapa = 
lado) 
Afastador utilizado em laparotomia (afastador lateral) 
 
AFASTADOR ABDOMINAL 
Afastador de Balfour 
- Válvula móvel, afasta a região púbica 
 
AFASTADOR DE FINOCHIETO 
Afastador autostático em sistema de cremalheira 
 
 
 
 
27 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
PINÇA DE ALLIS 
Pinça de tração (pinça traumática) ex. prender o apêndice 
que será retirado 
 
PINÇA DE BABCOCK 
Pinça de Babcock (atraumáticas) utilizadas em cirurgias 
cardiacas 
 
PINÇAS DE DUVAL 
Pinça de Duval (atraumáticas) utilizadas em cirurgias 
cardíacas 
 
PINÇA DE SATINSKY 
Prende um vaso lateralmente 
 
 
 
PORTA AGULHA – MAYO-HEGAR 
- A ponta possui uma área mais escura (videa – liga mais 
resistente que o aço) 
Quando prende a agulha, ela não roda, permitindo uma 
grande precisão no ponto. 
 
PORTA AGULHAS DELICADOS 
- Especiais: utilizados em cirurgias ♥ e ♥vascular, com 
pontas extremamente delicadas o possibilitam o manuseio 
de agulhas finas 
Porta agulhas: Castroviejo – utilizadas para suturas 
continuas 
 
 
 
28 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
PLACAS DE VIDIA - FIOS 
 
PINÇA DE BACKHAUS – Pinça de campo 
Pinça de campo, possui 2 dentes 
- Prende o aspirador, cabo de bisturi, tracionar estruturas 
delicadas 
 
AGULHAS CIRÚRGICAS - características 
- PENETRABILIDADE e RESISTÊNCIA (Fundamentais para umponto bem dado) 
- Resistência sequencial 
- Visibilidade 
- Encastoamento do fio (o fio tem o mesmo tamanho da agulha, já 
vem preso) 
Descartáveis – 
encastoada 
Reaproveitáveis 
(traumática) 
 
 
 
AGULHAS CIRÚRGICAS – CORPO - PONTA 
- O corpo e a ponta da agulha dependem do tecido no qual 
a mesma será utilizada. 
- ATRAUMÁTICAS: arredondadas, menor lesão tecidual e 
menor penetração 
- TRAUMÁTICAS: cortantes, tecido mais resistente, tecido 
mais resistente, pele, fibrose 
AS AGULHAS MAIS USADAS SÃO: 
 Curva com ponta cilíndrica 
 Curva com ponta cortante 
 Curva com ponta triangular 
 Curva com ponta triangular reversa 
 A curvatura é variável 
AGULHAS CILÍNDRICAS Ponta TRIANGULAR 
 
 
Agulhas triangulares 
 Triangular reversa 
 
 
 
 
29 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
AGULHAS – CURVATURAS 
1/2 3/8 
 
 
 
AGULHAS – TAMANHO 
É proporciona a espessura do fio e também ás estruturas a 
serem suturadas, permitindo a execução da mesma de 
forma mais adequada e precisa 
FIOS DE SUTURA – material ideal 
- Manutenção adequada da resistência à tensão 
- Não promover reação alérgica ou ser cancerígeno 
- Provocar mínima reação tecidual 
- Uso confortável ao cirurgião, segurança e resistência nos 
nós 
- esterilização segura 
- Custo 
 
FIOS DE SUTURA – origem 
NATURAIS SINTÉTICOS 
 CATGUT 
(SIMPLES – 
CROMADO) 
 
 ALGODÃO 
 
 LINHO 
 
 SEDA 
 
 NYLON (pele) 
 
 POLIESTER (MERSILENE, ETHIBOND) 
♥ (não absorvível) 
 
 POLIPROPILENO (PROLENE) (não 
absorvível) 
 
 POLIGLACTINA (VYCRIL) (absorvível – 
30 dias)- fechamento de parede 
 
 POLIGLICÓLICO (DEXON) (absorvível 
– 30 dias) 
 
 POLIGLICAPRONA (MONOCRYL) 
(absorção de 2 meses, muito utilizado 
em sutura intradermica) 
 
 POLIDIOXANONA (PDS) (leva meses 
a ser absorvido, cirurgia ♥ infantil) 
 
 FIO DE AÇO 
 
ABSORVÍVEIS 
 CURTA DURAÇÃO 
 CATGUT SIMPLES 
 CATGUT CROMADO
 
 LONGA DURAÇÃO 
 ACIDO POLIGLICÓLICO 
 ACIDO GALACTÍNICO 
 POLIGLICAPRONA 
 POLIDIAXANONA – PDS –
Absorção em até A 210 dias 
NÃO ABSORVÍVEIS 
 ALGODÃO 
 POLIESTER 
 NYLON 
 POLIPROPILENO 
 
 
 
 
 
NÓS CIRURGICOS 
 
TÉCNICA DE PAUCHET = técnica obstétrica 
 
 
 
30 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
NÓ DE SAPATEIRO DUPLO 
 
NÓ COM PORTA AGULHA 
 
 
 
 
NÓ DE CIRURGIÃO – DUPLO 
 
 
PONTOS SIMPLES SEPARADOS 
 
 
PONTO DE DONATI 
 
 
 
SUTURA INTRADÉRMICA 
 
31 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Ressecções e anastomoses intestinais 
Obs.: o que determina uma isquemia IMP! é a obstrução 
da mesentérica 
 
 
 
INDICAÇÕES DE RESSECÇÕES 
• NEOPLASIAS 
• POLIPOS 
• HERNIA ENCARCERADA 
• VOLVO (TORÇÃO) 
• TROMBOSE MESENTÉRICA 
• TRAUMA (PERFURAÇÕES) 
• INTUSSUSCEPÇÃO 
• ADERÊNCIAS (acotovelamento, tração de alça o que 
dificultam o transito) 
 
NEOPLASIA de Colón 
Conduta: ressecar o seguimento com margem de 
segurança, e fazer a anastomose das alças terminais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLIPOMATOSE (Doença pré-neoplasica) 
(Comum nos cólons) 
 
HERNIA ENCARCERADA 
 
VOLVO – TORÇÃO 
O seguimento intestinal rota em torno do seu próprio eixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NECROSE MESENTÉRICA (Trombose da mesentérica ½) 
 
 
 
 
 
 
 
Isquemia 
Necrose 
 
32 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
INTUSSUSCEPÇÃO 
(Comum no íleo e colón ascendente) 
- Comum em BB por distensão de alça do jejuno 
Se diagnosticado precocemente TTO: lavagem intestinal 
(introduz a sonda pelo reto, injetar o soro com pressão a 
alça volta ao local) 
 
FERIMENTOS (trauma, Tiros) 
 
ADERÊNCIAS (tecido que fibroso que une uma alça a outra) 
O tecido que sofre com intervenções cirúrgicas respondem 
com a formação de aderências (no processo de cirurgia 
precisam ser desfeitas) 
 
 
 
 
 
ASPECTOS RADIOLÓGICOS 
 RX simples de abdômen 
DISTENÇÃO DE ALÇAS 
Alça distendida: significa que a alça já lutou para vencer a 
obstrução de alça 
Aspecto pilha de moeda: sugestivo a distensão de alça 
intestinal de ID 
 
 
 
 
 
 
PNEUMOPERITÔNIO 
Tórax congesto  Presença de ar sub-diafragmatico indica 
que uma alça intestinal foi perfurada. 
 
ANASTOMOSES INTESTINAIS 
FATORES ESSENCIAIS PARA ANASTOMOSE SEGURA 
LOCAIS 
• PERFUSÃO ADEQUADA (ALÇA RÓSEA, MOTILIDADE) 
• SEM TENSÃO NA LINHA DE SUTURA 
• TÉCNICA DE SUTURA ADEQUADA 
• EVITAR LESÃO PELOS CLAMPS 
• RESSECÇÃO COM MARGEM DE SEGURANÇA 
GERAIS 
• PREPARO INTESTINAL (JEJUM, ENEMA) 
• ANTIBIÓTICO PROFITÁTICO (de largo espectro) 
• CUIDADOS ANESTÉSICOS (HIDRATAÇÃO, VENTILAÇÃO) 
• NUTRIÇÃO ADEQUADA 
 
ASPECTOS TÉCNICOS 
• MATERIAL DE SUTURA 
- FIO DE POLIPROPILENO (inabsorvível sintético), 
- POLIGALACTINA (VYCRIL), POLIGLICÓICO (DEXON) 
(absorvíveis de média duração, sintéticos) 
• DISTÂNCIA DOS PONTOS: 
- DO BORDO LIVRE* – 4 A 5 MM 
- ENTRE UM FIO E OUTRO 3 A 5 MM 
• SUTURA EM UM OU DOIS PLANOS (??) 
• PONTOS SEPARADOS OU CHULEIO SIMPLES (??) 
• SUTURA MANUAL E STAPLERS 
*Bordo livre: bordo que 
foi ressecado, onde foi 
cortada a alça 
 
 
33 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
SUTURA EM PLANO ÚNICO (TODAS AS CAMADAS) 
 
ANASTOMOSE CONTÍNUA 
DOIS PLANOS – SEROSO E TODOS OS PLANOS 
1ºfaz um chuleio na serosa, ou um chuleio simples pegando 
todos os planos 
 
 
 
 
ANASTOMOSE PONTOS SEPARADOS 
PLANO ÚNICO SERO-SUBMUCOSO 
 
 
ANASTOMOSE PONTOS SEPARADOS 
DOIS PLANOS SEROSO (FOTO) E SUBMUCOSO 
 
CONCLUSÃO 
A anastomose contínua em plano único é realizada 
em tempo significativamente mais curto e com 
similar número de complicações em relação á 
técnica em dois planos 
 
TIPOS DE ANASTOMOSES 
a. Termino 
terminal 
b. Latero lateral 
c. Termino Lateral 
(estomago) 
 
IMP!! a colocação dos planos para que conteúdo digestivo 
não vá em direção a sutura ou saia cavidade 
 
34 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
ANASTOMOSE TÉRMINO LATERAL 
 
ANASTOMOSE REALIZADA EM 2 PLANOS. O SEROSO COM 
PONTOS SEPARADOS E O SERO-SUB-MUCOSO COM 
SUTURA CONTÍNUA. 
ANASTOMOSE LÁTERO-LATERAL 
 
ANASTOMOSE COLON-RETAL 
STAPLER CIRCULAR 
 
 
 
 
 
 
TESTE DE PERMEABILIDADE + A IMPORTÂNCIA DE FECHAR 
O MESENTÉRIO (Se não fechar o meso, a alça pode penetrar no 
orifício e formar uma hérnia interna  complicação!!!) 
 
ANASTOMOSE COM STAPLER 
- Não é a mais segura, 
é mais cara e 
geralmente mais 
rápida. Avaliar a 
situação do pct. 
- Dar 3 pontos, fazer 
um triângulo na alça 
intestinal, aproxima os 
pontos e com o 
grampeador faz a 
sutura, ressecar com 
bisturi, e ir girando a 
alça para fazer as 3 suturas. 
ANASTOMOSE LATERO-LATERAL –TÉRMINO-TERMINAL 
 
STAPLER linear, fazer uma anastomose latero-lateral, e com 
outro Stapler fecha o orifício, 
COMPLICAÇÕES DAS ANASTOMOSES 
• VAZAMENTO DA SUTURA (LEAK) 
• FÍSTULA 
• SANGRAMENTO 
• INFECÇÃO DE PAREDE 
• ESTENOSE DA BOCA ANASTOMÓTICA 
 
 
 
35 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
ÚLTIMAS MENSAGENS 
• A CICATRIZAÇÃO DAS ANASTOMOSES INTESTINAIS É 
SIMILAR ÀS DEMAIS ANASTOMOSES 
• A SUTURA MANUAL NÃO É INFERIOR À SUTURA POR 
STAPLERS. ESTA É MAIS RÁPIDA E A TÉCNICA NÃO VARIA DE 
UM CIRURGIÃO PARA OUTRO. 
• AS ANASTOMOSES DEVEM SER REALIZADAS EM 
SEGMENTOS COM BOA VASCULARIZAÇÃO, SEM TRAÇÃO E 
COM MÍNIMA CONTAMINAÇÃO FECAL 
ANASTOMOSE CONTÍNUA 
SERO-SUBMUCOSO – PLANO ÚNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA DE HIRSHSPRUNG 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA DE CROHN 
 
COLITE ULCERATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 Letícia M. Dutra 7ª Etapa Hab. Cirúrgicas 
Hemostasia e suturas vasculares 
HEMOSTASIA: manobras cirúrgicas visando interromper um 
sangramento 
- Componente vascular (vasoconstrição local) 
- Ação plaquetária (bloqueio) 
- Coagulação 
 
HEMOSTASIA – Tipos 
TEMPORÁRIAS DEFINITIVAS 
- Tamponamento digital 
ou com gase 
- Pinçamento 
- Clampeamento 
- Cauterização com Bisturi 
elétrico 
- Ligaduras 
- Suturas 
- Clips ou Stamplers 
- Tamponamento com cera, 
fibrina, colas biológicas

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