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DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO ORGANIZACIONALORGANIZACIONAL Me. Romante Ezer Rodrigues I N I C I A R introdução Introdução A parcela mais valiosa na atualidade, talvez em todos os setores, é a informação. Quem a obtiver, e o que obtiver mais rápido, terá maior sucesso e vantagens. Diante de questões administrativas, a informação é o motor primordial para uma gestão e�caz e e�ciente. Os indicadores de desempenho de processos são usados para fornecer informações para a administração das organizações por meio do monitoramento das atividades da empresa, ou seja, pelo rastreamento, coletando dados relevantes e disponibilizando-os para os gestores decidirem quais ações conferirão maior e�ciência e e�cácia aos processos e, consequentemente, resultados positivos para negócio. É por essa razão que os indicadores de desempenho de processos são tão importantes para a administração dos processos de negócio. Não há administração de sucesso sem que haja indicadores de processo e�cazes para se analisar os processos, assegurar a melhoria contínua e mantê-los alinhados aos objetivos estratégicos da organização. Um indicador de desempenho é uma representação quantitativa de algum montante ou grandeza sob um determinado aspecto em particular. É uma forma matemática de medir (mensurar) o desempenho de uma empresa, área da entidade, um processo ou do seu nível de serviço. É um instrumento que permite aos administradores enxergar, por meio de números, o andamento da empresa, simpli�cando uma avaliação que de outro modo seria mais complexa e subjetiva. Duarte et al. (2004, p. 5) explica que, de forma usual, “[...] no seu conjunto, os indicadores de desempenho selecionados traduzem, de modo sintético, os aspectos mais relevantes do desempenho do operador de uma forma que se pretende verdadeira e isenta.” Dentro de sua particularidade, os indicadores contribuem para a quanti�cação do desempenho sob forma de parâmetros comparáveis de um determinado ponto de vista, extraindo, dessa forma, qualquer tipo de subjetividade nas avaliações em um certo universo de análise e durante um certo período de tempo. Indicadores deIndicadores de Desempenho deDesempenho de ProcessosProcessos Os indicadores facilitam o cumprimento dos objetivos, pois tornam claras as informações do que se persegue e, da mesma forma, faculta a análise de evolução ao longo do tempo. Assim, simpli�ca-se uma análise que, por natureza, é complexa. Um indicador de desempenho deve conter necessariamente informação relevante ao que se propõe, sob pena de estar burocratizando o sistema e sendo, desta maneira, suprimível, entretanto, apenas um ou poucos indicadores também podem ser insu�cientes para se ter uma visão realista do momento e da situação. Indicadores não podem ser utilizados sem um estudo e critérios claros para a sua aplicação, “[...] seu uso descontextualizado pode levar a interpretações erradas.” (DUARTE et al., 2004, p. 5). Conforme um jargão da administração, é necessário “cruzar os dados” e analisar sempre os indicadores de desempenho no seu conjunto. Para cada situação ou conforme os indicadores são colocados no processo, pode-se ter conhecimento de causa e, associados a um certo contexto, absorver exatamente a informação que estes indicadores estão apresentando. As representações dos indicadores seguem o caminho de suas entradas de dados, ou seja, são expressos segundo as variáveis para as quais são delimitados, por exemplo: a) podem ser em % (percentuais) quando representam um comparativo entre um valor referência e um valor atingido; b) podem ser comparativos entre duas grandezas que, de algum modo, expressam intensidade e não extensão - em US$/m3. “A cada indicador corresponde uma regra de processamento, especi�cando todos os dados necessários ao cálculo, a unidade em que devem ser expressos e a respectiva combinação algébrica.” (DUARTE et al., 2004, p. 5). Para que tenha relevância e con�abilidade, um indicador de desempenho jamais poderá ser analisado individualmente, pois representará pouco interesse prático, podendo até conduzir a conclusões equivocadas. É de suma importância que, ao proceder uma avaliação de desempenho, faça-se atendendo simultaneamente aos principais pontos de observação mais relevantes ao processo, com vista de um sistema de agregado de indicadores de desempenho. A seleção dos indicadores deve atender aos requisitos jade Highlight relativos a cada indicador, individualmente, e ao mesmo tempo aos requisitos relativos ao conjunto. Os mesmos autores em seus estudos concluíram que existem algumas condições comuns para a de�nição de indicadores e que servirão da mesma forma para validar os seus resultados no futuro: a) de�nição rigorosa, com atribuição de signi�cado conciso e interpretação inequívoca; b) possibilidade de cálculo pela globalidade dos operadores sem esforço adicional signi�cativo; c) possibilidade de veri�cação por entidades independentes, o que assume especial importância se se destinarem à utilização por entidades reguladoras, que poderão requerer a realização de auditorias externas; d) simplicidade e facilidade de interpretação; e) medição quanti�cada, objectiva e imparcial sob um aspecto especí�co do desempenho do operador, de modo a evitar julgamentos subjetivos ou distorcidos. (DUARTE et. al., 2004, p. 16). Os indicadores, para que expressem a realidade e recebam a devida atenção e relevância, precisam ainda atender a alguns requisitos de adequação: a) representação dos principais aspectos relevantes do desempenho da entidade geradora, permitindo uma representação global; b) ausência de sobreposição em signi�cado ou em objectivos entre indicadores; c) referência ao mesmo período de tempo (um ano, um mês, uma semana, um turno, etc.); d) referência à mesma zona geográ�ca, que deve estar bem delimitada e coincidir com a área de intervenção do operador relativa ao serviço em análise. (DUARTE, et al., 2004, p. 16). Os indicadores de desempenho estratégicos são responsáveis por veri�car se a organização está alcançando os objetivos determinados pela alta direção. Um indicador pode ser de�nido de acordo com o seu uso ou aplicação, sendo que deve obrigatoriamente re�etir de forma clara a informação que se jade Highlight jade Sticky Note resposta 2 necessita e no momento necessário. Seguem, entretanto, alguns tipos de indicadores de desempenho mais comuns, pois estão sendo utilizados em grande parte das empresas, focados em como a tarefa é realizada, medindo seu desempenho e se estão conseguindo atingir os objetivos determinados. Quadro 4.1 - Tipos de indicadores de desempenho de processos Fonte: Elaborado pelo autor. A imagem a seguir mostra alguns dos indicadores mais comuns dentro de uma organização: Tipos de indicadores de desempenho de processos E�cácia E�ciência Capacidade Produtividade Qualidade Lucratividade Rentabilidade Competitividade Efetividade Valor Observando de uma ótica gerencial, nenhum indicador pode re�etir a realidade de um processo, de uma atividade ou da organização como um todo. Para que se atinja um nível con�ável de informação sobre uma etapa ou o resultado de um processo, é necessário combinar as leituras de alguns indicadores e somente após poder deliberar a respeito. Costuma-se, por exemplo, combinar as leituras dos indicadores de e�ciência x indicadores de e�cácia. E�cácia é a relação entre os resultados obtidos e os resultados pretendidos: entregar o que foi oferecido ou acordado. Um pedreiro foi contratado para construir um quarto simples com quatro paredes, e o fez. E�ciência é relação entre os resultados obtidos e os recursos empregados: fazer da melhor maneira utilizando a menor quantidade possível de recursos. O pedreiro gastou quatro dias para fazer as quatro paredes, mas se �zesse em três dias seria mais e�ciente. Efetividade é a conjugação da e�cácia com a e�ciência. Se o pedreiro entregar as quatro paredes em ordem (dentro dos padrões de qualidade estabelecidos) e em menor prazo, custará menos. Este trabalho foi efetivo, entregou o quepropôs e custou menos. Figura 4.1 - Indicadores Fonte: Jörg Schiemann / 123RF. Indicadores de capacidade: se a maioria dos pedreiros gasta um dia para construir uma parede, o pedreiro “X” deverá fazer no mesmo tempo, pois tem capacidade para isso, ou seja, é a relação entre a quantidade que se pode produzir e o tempo para que este trabalho seja concluído. Produtividade: é a relação entre os resultados da produção do pedreiro “X” e o quanto “no geral” deveria ter em um determinado espaço de tempo. Exemplo: nesta semana foram construídas cinco paredes, sendo que a capacidade deveria ser quatro paredes. Signi�ca que o pedreiro “X” teve uma produtividade superior em 25% da média para a semana. Resta saber se ele foi e�ciente, pois, se ele fez hora extra, ele foi e�caz, foi produtivo, demonstrou capacidade, mas não foi e�ciente. Os indicadores de qualidade referem-se ao nível aceitável de variação do produto �nal entregue. Exemplo: espera-se que as paredes construídas tenham, no máximo, 1 cm de empeno, de forma que não prejudiquem o reboco (fase �nal de acabamento de uma construção). Se o pedreiro “X” construiu todas as paredes com, no máximo, 1 cm de empeno, entregou as paredes dentro do índice de qualidade, caso contrário, não obteve êxito e terá de refazer aquela que �cou fora e, por consequência, causará prejuízo. Indicadores de lucratividade: relação percentual da relação entre o lucro e o custo do trabalho, ou seja, aproveitando o exemplo anterior, se o pedreiro “X” entregou todo o trabalho dentro do índice de qualidade e ainda produziu uma parede a mais, ele foi e�ciente e gerou um aumento no índice de lucratividade de 25% em relação ao custo de produção. Os indicadores de rentabilidade estão relacionados aos rendimentos �nanceiros relacionados ao montante que foi gasto em determinado projeto ou trabalho. Se ao �nal de determinado projeto ou período, o índice de lucratividade foi positivo, pode-se dizer que, se no início, o construtor aplicou R$ 10.000,00 e obteve R$ 1.000,00 de lucro em 10 meses, este obteve (1000 / 10) R$ 100,00 de renda ao mês, indicando uma renda (100 / 10.000 = 0,01) 1% ao mês de rentabilidade. Indicadores de competitividade: venda da empresa em relação com a concorrência no geral. O chamado “market share”; a empresa possui 2% do mercado total de determinado produto ou região. O indicador de valor está relacionado à percepção de valor �nanceiro de uma empresa. É uma combinação entre o quanto uma empresa produz, vende, lucra e gera em resultados para os seus acionistas, ou seja, é o quanto uma empresa gera de valor agregado. Se uma empresa obtém repetidamente valores positivos de rentabilidade para os seus investidores, ela se torna cada vez mais valiosa. Esta percepção de valor pode ser medida pelo percentual de crescimento (ou decréscimo) dos indicadores acima (produz, vende, lucra e gera em resultados). Avaliação Contínua Utilizar indicadores de desempenho ou métricas para monitorar e conduzir os processos é uma prática global, entretanto, não existe um conjunto universal de indicadores de desempenho para o processo, cada área, setor de atuação ou ramo de atividade ou de produtos identi�ca aqueles que melhor contribuem para a melhor visão e vai se adaptando. A prática ensina, por meio de benchmarking (comparativo com outras empresas), que é necessário montar um conjunto de indicadores para orientar também as pequenas e médias empresas e posteriormente re�nar as escolhas, a�rma Cheng (2000) em sua obra. As estratégias organizacionais são os desdobramentos da visão destas empresas. Observa-se que os impactos que estas estratégias exercem nas operações dependem do quão e�caz for a sua transmissão para os níveis tático e operacional da organização e da sistemática de monitoramento e sua avaliação. O desenvolvimento de um plano operacional compatível com a estratégia é resultado do acompanhamento e gestão dos indicadores dos processos que agregam valor ao negócio. Os indicadores de desempenho são ferramentas para se analisar o cumprimento dos objetivos de�nidos no planejamento estratégico. A de�nição de indicadores de processo podem resolver a problemática da medição de desempenho que tradicionalmente era realizada a partir dos sistemas contábeis tradicionais. Kaplan (1984) explica e de�ne a evolução dos indicadores, seguindo a mesma tendência evolutiva das organizações desde o início do século XX, e ressalta: Eles eram instrumentos de promoção da e�ciência nas empresas de produção em massa, particularmente aquelas que produziam produtos relativamente pouco padronizados com um alto conteúdo de trabalho manual. A crença nesses sistemas no atual ambiente competitivo, o qual é caracterizado por produtos com muito menos uso da mão-de-obra direta, fornecerá um quadro inadequado sobre a e�ciência e a e�cácia da manufatura. (KAPLAN, 1984, p. 96). A clareza nas de�nições e decisões administrativas não se faz diferente nas questões relacionadas aos indicadores operacionais e de processos, pois precisam ser de�nidos com claros propósitos e justi�cativas, assegurando que as responsabilidades pela sua articulação sejam bem delineadas e compreendidas. Paralelamente e para que seja possível realmente medir a e�cácia dos indicadores, deve-se também evitar trocá-los a curto prazo, recomenda-se um prazo mínimo de um ano de monitoramento (FILGUEIRAS et al., 2010, p.4). As autoras ainda sustentam que mesmo em organizações que já trabalham com indicadores de processo, a utilização do BSC se apresenta relevante, pois reforça a necessidade de se adotar um conjunto sincronizado de indicadores com propriedades mais aderentes aos propósitos organizacionais, ou seja, que revelam um equilíbrio perene entre o curto e o longo prazo, garantindo dessa forma que as medidas das ocorrência e os relatórios de tendências e entre as diferentes perspectivas não destaquem apenas e simplesmente a perspectiva �nanceira da empresa. A empresa deve especi�car e tornar públicas suas convicções sobre como os processos geram resultados. As a�rmações públicas e os compromissos especí�cos para direcionar a ação e os resultados esperados fornecem uma base para a responsabilidade. Então, eles representam um elemento de risco para a administração, uma vez jade Highlight que esta pode ser questionada com mais precisão a respeito de seus fracassos. Muitos gerentes seniores podem achar inconveniente esse nível de risco. Os proprietários, porém, podem considerar tais declarações públicas como inspiradoras. (FILGUEIRAS et al., 2010, p. 5). Concluindo a sua abordagem sobre a utilização do Balance Score Card, as autoras Filgueiras et al. (2019, p. 5) a�rmam que especi�camente, na perspectiva da aprendizagem e crescimento organizacional, os resultados serão potencializados, uma vez que ocorrer o pleno desdobramento do planejamento estratégico e dos objetivos de negócio em toda organização; a�rmam que o BSC pode contribuir para o aprimoramento dos resultados, uma vez que os indivíduos estejam engajados, pois apresentam maior habilidade em conduzir as suas tarefas e facilidade em aprender, aproveitando e associando as oportunidades de melhoria que surgem, e colaborando desta forma para o aprimoramento dos resultados organizacionais. Segundo Oliveira et al. (2019, p. 17), o aumento das exigências de um modo geral pelo mercado competitivo em que vivemos e sua necessidade constante de produção rápida e barata, tornam-se grandes desa�os para os quais nenhuma organização consegue se furtar. As buscas cada vez mais aprofundadas por qualidade e inovação pelos consumidores estão cada vez mais acirradas. Estas razões motivam o desenvolvimento, criação e investimentos em novas tecnologias e a procura de oportunidades de evolução. Nesse contexto, é providencial o uso de ferramentas de medição que incluem indicadores de desempenho dos processos. Quesado e Costa (2019, p. 60) a�rmam que os KPIs permitem que as informações medidas de um determinado desempenho possam ser comparadas em uma “[...] base consistente e compreensívelentre as organizações, estes são escolhidos de forma a serem abrangentes e concisos [...].” As mesmas autoras a�rmam ainda que os indicadores “[...] são uma base para medir e comparar diretamente dentro do grupo.” (QUESADO; COSTA, 2019, p. 60), considerando que possibilitam a identi�cação de variáveis dentro do sistema e a comparação a padrões e melhores práticas advindas de outros sistemas similares. Por meio de benchmarking, os indicadores de desempenho da organização são comparados aos indicadores de desempenho de outras organizações, muitas vezes concorrentes, proporcionando o estabelecimento de metas mais realistas para a organização em questão (QUESADO; COSTA, 2019, p. 60). Segundo as autoras, o principal objetivo será analisar e comparar os indicadores de desempenho pelo benchmarking competitivo e elaborar um painel comparativo de indicadores chave de desempenho e, desta forma, proporcionar um planejamento estratégico factível, alcançável e realista. praticarVamos Praticar Toda ação deve existir para cumprir com certo objetivo em um contexto empresarial. A aplicação de recursos deve gerar os resultados esperados e se pressupõe que todo investimento gere um retorno. Assim “[...] os maiores esforços dos administradores devem ser concentrados na capacidade de geração de riqueza da organização, buscando continuamente incrementar e otimizar a criação de valor patrimonial pela organização, bem como mensurá-la.” (RODRIGUES, 2014, p.16 apud DAMODARAN, 2004). Os indicadores são instrumentos metodológicos que permitem identi�car e medir determinados aspectos relacionados a um conceito, situação, fenômeno, problema ou mesmo resultado de um processo ou etapa. Sobre os componentes básicos de um indicador, é correto a�rmar: a) Medida é o valor de um indicador em determinado momento. b) Fórmula é a grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classi�car as características, os resultados e as consequências dos produtos, processos ou sistemas. c) Índice é o padrão matemático que expressa a forma de realização do cálculo. d) Padrão de comparação é o padrão matemático que expressa a forma de realização do cálculo. e) Meta é um número orientado por um indicador em relação a um padrão de comparação a ser alcançado durante certo período. Ferramentas para melhoria e de gestão de processos e métodos estão amplamente difundidas e utilizadas na atualidade. Os planos de ação são as saídas para a conclusão de todos os estudos e propostas de mudanças e melhoria. Todas as ferramentas culminam em um plano de ação. As diversas ferramentas disponíveis são empregadas para identi�car oportunidades de melhoria, de�ciências e problemas, apontar causas, avaliar o desempenho, organizar ações, identi�car a frequência de fenômenos traçando linhas de tendência, dentre outras �nalidades. De um modo geral, as ferramentas de análise de processo e de gestão auxiliam os administradores em suas ações cotidianas e de melhoria contínua na busca da excelência gerencial. As ferramentas exercem um papel fundamental na implementação das propostas de mudança, pois promovem a elaboração dos planos de ação, fornecendo as informações necessárias que servem de entrada para o seu processo de elaboração, e que são utilizados para a escolha da ação adequada aos diferentes tipos de problemas. Dessa forma, os planos de ação guiam os esforços na busca pela excelência, mesmo sendo um processo complexo. Plano de Ação paraPlano de Ação para Melhoria de ProcessosMelhoria de Processos jade Highlight Nas operações das organizações são utilizados vários tipos de recursos, tais como equipamentos, instalações, matéria-prima, prédios etc., que re�etem diretamente na medida dos resultados alcançados, pois são estes que atribuem à empresa a possibilidade de serem convertidos em entregas para os clientes, produtos ou serviços (CHIAVENATO, 2014). Tanto nos esforços para a produção quanto como nos projetos de melhoria, deve-se planejar em detalhes para atender a dois objetivos importantes: alcançar a e�ciência, a e�cácia e a efetividade do processo produtivo. Os autores Lacerda et al. (2012) explicam que o uso de ferramentas (inúmeras) tornam possível melhor visualização dos processos, assegurando um perfeito mapeamento e compreensão dos detalhes, como foco na busca de oportunidades para melhorar o desempenho de um determinado indicador, processo ou organização de maneira global e sistêmica, na visão de negócios. Após criteriosas análises, as organizações precisam planejar de forma detalhada todas as atividades capazes de conferirem alguma melhoria dos processos da empresa para in�uenciarem no resultado �nal (ALVARENGA et al., 2013, p. 88). Estudo de Caso – Plano de Ação Os planos de ação são seguramente a forma pela qual praticamente todas as empresas no mundo resolvem as suas questões de implementação de mudanças, correção de problemas, implementação de melhorias de todas as espécies. Dias (2008) apresenta um caso de um plano de ação implantado numa empresa de transporte ferroviário. Nesta abordagem é proposta a formulação de um plano de ação para solucionar as principais causas da parada dos trens daquela empresa. Segundo o autor, “[...] um plano de ação e�caz revela-se de grande oportunidade e importância, já que o mesmo está explicitamente ligado à e�ciência produtiva da empresa.” (DIAS, 2008, p. 5). A de�nição de uma metodologia adequada foi o primeiro passo para se estruturar o plano de ação para avaliação, mensuração, prevenção e correção dos impactos causados pelas paradas de veículos nos resultados da operação (DIAS, 2008, p.16) e nos demais indicadores de desempenho da organização. O autor explica que o plano de ação abordou as ações de melhorias, padrão jade Highlight jade Sticky Note QUESTAO 07 para o setor, para iniciar uma simulação dos resultados, e posteriormente permitisse relacionar quais as atividades seriam críticas para o processo, suas justi�cativas e alocação dos recursos em posições e, de forma correta, agindo sobre os problemas corretiva e preventivamente. A conclusão do tema proposto, na visão do autor, foi uma ação mais ágil e e�ciente, auxiliando o processo de tomada de decisão e avaliação do desempenho corporativo. Na sequência, um exemplo de formulário de plano de ação utilizado por Dias (2008, p. 34) para explicar as ações e resultados do seu trabalho numa companhia de transporte ferroviário: Os planos de ação não precisam, entretanto, ter ou seguir um modelo padrão, este é apenas ilustrativo, pois os fundamentos principais precisam conter a descrição das tarefas e atividades propostas, quem será o responsável por cada atividade, em qual fase ou localização do processo cada atividade será alocada, quanto tempo se espera ter cada atividade concluída, quais são as dependências ou interações com outras atividades que cada item possui, quais são os impactos esperados e qual é a relação entre a ação e os objetivos estratégicos da organização. Figura 4.2 - Modelo de formulário de plano de ação - 5W2H Fonte: Dias (2008, p. 34). jade Highlight jade Sticky Note questao 3 Uma forma bastante conhecida e utilizada para a estruturação de planos de ação é a metodologia 5W2H, originada nos movimentos pela qualidade total que buscava e busca a qualidade, e�ciência e desempenho dos processos e produtos. Na gestão de processos de negócio (BPM), a metodologia serve perfeitamente, pois a ideia de melhoria permanece a mesma. Portanto, na atualidade, os analistas e engenheiros de processos utilizam pelas mesmas razões essa ferramenta; a 5W2H é uma ferramenta para elaboração de planos de ação que é apreciada e difundida por sua simplicidade, objetividade e orientação à ação. O signi�cado da sigla vem do inglês: 5W (Where – onde; When – quando; Why – por que; What – o quê; e Who – quem) e 2H (How – como; How much – quanto). A imagem a seguir mostra um mapa mental para que nada �que despercebido no momento de se realizar o planejamento das ações para as melhorias pretendidas. A Figura 4.3 representa a ferramenta5W2H conforme é utilizada nos painéis de gestão à vista das empresas. Figura 4.3 - 5W2H Fonte: Yaowalak Rahung / 123RF. Esta sigla traz consigo um signi�cado muito bem aceito no ambiente empresarial que é: uma ação é in�uenciada por sete circunstâncias. Na fase de planejamento, deve-se responder às seguintes questões que assegurarão um plano de ação e�caz e e�ciente: a) O que deve ser feito? (a ação, em si); b) Por que esta ação deve ser realizada? (o objetivo); c) Quem deve realizar a ação? (os responsáveis); d) Onde a ação deve ser executada? (a localização); e) Quando a ação deve ser realizada? (tempo ou condição); f) Como deve ser realizada a ação? (modo, meios, método, etc.); g) Quanto será o custo da ação a realizar? (custo, duração, intensidade, profundidade, nível de detalhamento, etc.). Como saída, haverá um plano detalhado, claro e justi�cado, permitindo facilmente a sua execução, alocando recursos certos no momento pretendido e, da mesma maneira, permitindo o seu monitoramento e controle sobre todos os aspectos das atividade, gastos de recursos, prazo e todos os indicadores de resultados que se �zerem necessários sob o ponto de entendimento da organização. Pesquisa Documental Para que se possa consolidar o entendimento sobre o uso e aplicação da ferramenta “Plano de Ação”, podem ser levantados diversos casos de sucesso com a utilização da ferramenta. Um caso para ser analisado é a apresentação do plano de ação do governo brasileiro referente à inovação aberta na rede pública, comentado e apresentado por Freitas e Dacorso (2014). Este trabalho apresenta os detalhes do plano de ação do governo para que se possa utilizar como exemplo. A primeira fase do plano: A primeira parte do Plano de Ação brasileiro contém uma introdução em que é feita uma apresentação geral de como foi elaborado o documento. A segunda parte contém um resumo das principais ações governamentais já existentes referentes à abertura do processo de inovação. Essa seção do documento destaca programas, projetos e estratégias que já foram implementados e outros em andamento no país. Em seguida, passa-se a balizar os compromissos a serem realizados pelo governo. As ações previstas estão relacionadas aos projetos governamentais com suas práticas de transparência, participação e inovação. Os primeiros compromissos �rmados estão relacionados com a política de Aumento da Integridade Pública, na micropolítica do Sistema Federal de Acesso à Informação. Todas as ações desse primeiro compromisso estão relacionadas à primeira fase do processo de abertura de inovação, ou seja, a transparência. (FREITAS; DACORSO, 2014, p. 879). ÁREA: Sistema Federal de Acesso à Informação AÇÕES: a) Pesquisa de diagnóstico sobre valores, conhecimento e cultura de acesso à informação pública no Poder Executivo Federal Brasileiro. b) Estudo de diagnóstico sobre o papel das Ouvidorias dos órgãos e entidades do Poder Executivo federal na Política Brasileira de Acesso a Informações Públicas. c) Elaboração de Guia e/ou Cartilha sobre acesso à informação para servidores públicos. Realização de pesquisa para identi�cação das demandas da sociedade sobre acesso à informação, visando ao aperfeiçoamento da política de transparência ativa. d) Desenvolvimento de modelo para a estruturação dos serviços de informações ao cidadão em órgãos e entidades do Poder Executivo Federal e de procedimentos para o funcionamento do sistema de acesso a informações públicas. e) Elaboração de Curso EaD para capacitação de servidores públicos no tema Acesso à Informação. f) Elaboração e oferta de cursos de capacitação de servidores públicos em temas referentes a gestão da informação. g) Elaboração de Catálogo de Dados e Informações Públicas disponibilizados na internet por órgãos e entidades da administração pública federal. (FREITAS; DACORSO, 2014, p. 880). Os autores continuam as suas análises apresentando a segunda fase do plano de ação. Segundo eles, o objetivo daquela etapa era a abertura da acessibilidade à informação por parte dos usuários e por todos os envolvidos, a �m de aprimorar as políticas públicas. ÁREA: Transparência ativa de Dados Abertos AÇÕES: a) De�nição e Construção do Data Warehouse do Portal da Transparência. b) Reestruturação do Portal da Transparência. c) Disponibilização de dados do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv) em formato de dados abertos. d) Construção da Plataforma para Gestão de Informação Estratégica em Ciência, Tecnologia e Inovação. e) Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (Inda): conjunto de padrões, tecnologias, procedimentos e mecanismos de controle necessários para atender às condições de disseminação e compartilhamento de dados e informações públicas. f) Desenvolvimento da Infraestrutura Nacional de Dados Abertos. g) Plano de capacitação da Inda: plano de capacitação para servidores públicos federais, para aumentar a qualidade dos dados disponibilizados pelo governo. h) Ações de disseminação: delineamento e implementação de linha temática sobre dados abertos. i) Portal Brasileiro de Dados Abertos: desenvolvimento de ambiente virtual. (FREITAS; DACORSO, 2014, p. 881). Freitas e Dacorso (2014) explicam que a terceira fase cuidou de traçar ações para alinhavar o engajamento da população, ações relacionadas à área de aumento da integridade pública, trata da participação social e do engajamento direto do cidadão nas questões propostas pelo governo: ÁREA: Participação Social e Engajamento Cidadão AÇÕES: a) Realização da 1a Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social b) Realização do Seminário Nacional de Participação Social c) Realização de Encontros do Fórum Interconselhos PPA 2012-15 d) Filiação e Celebração de parceria com a organização W3C Brasil e) Celebração de parceria com o Laboratório de Cultura Digital f) Realização do I Encontro Nacional de Dados Abertos. (FREITAS; DACORSO, 2014, p. 881). Os autores continuam a sua análise e apresentação citando uma das fases �nais do plano e ressaltam a importância de dar a devida atenção a questões latentes que interferem diretamente na imagem e na visão das ações por parte de todos. Esta fase observou pontos relevantes: ÁREA: Transparência AÇÕES: a) Implementação do Cadastro Empresa Pro-Ética/Transparência Contratação e Gestão Contratual de Serviços de Tecnologia da Informação; b) Mapeamento da Prestação de Serviços Públicos/Integração Sistêmica de Ouvidorias; c) Colaboração Política de Formação Continuada para as Ouvidorias Públicas do Poder Executivo Federal; d) Serviços On-line ao Cidadão/Portal Guia de Serviços Públicos. (FREITAS; DACORSO, 2014, p. 883). Como foi possível observar, planos de ação em qualquer que seja a organização, é uma ferramenta simples de ser usada, pois, uma vez que focou nas questões notadamente problemáticas para a organização, os passos seguintes serão aquilo que a equipe executora irá proceder e aplicar os recursos necessários, entregando os resultados que a organização espera. praticarVamos Praticar Plano de ação é o produto do planejamento, capaz de orientar as diversas ações que devem ser implementadas, permitindo que seja realizado o acompanhamento do desenvolvimento planejado; é um documento que apresenta de maneira estruturada todos os procedimentos e recursos que devem ser empregados para a execução de tudo o que foi de�nido como escopo das ações. O Plano de Ação de�ne as ações, atividades, tarefas e recursos, visando, consequentemente, maximizar a e�ciência na realização dos objetivos propostos. VALENTIM, M. Métodos e técnicas de planejamento. Marília: Unesp, 2018. Em termos de gestão corporativa, o método gerencial baseado em quatro etapas bastante usado para planejar e executar os esforços de melhoria contínua dos processos e produtos, no intuito de realizar determinado conjunto de tarefas da forma mais e�ciente possível, recebe o nome de: a) Ciclo PDCA. b) Motivação. c) Licitação. d) 5 S. e) BSC.Por toda a esfera terrestre é consenso que conhecimento adquirido é patrimônio organizacional, assim como demonstrado por Rodrigues (2014, p. 36). Os esforços para o levantamento das informações, bem como os resultados de todo trabalho de “lapidação” das informações e suas deliberações necessitam ser guardados. No caso especí�co de processos, essas informações são armazenadas na forma de mapas de macroprocesso, �uxograma de processos, instruções de trabalho e relatório de indicadores. Na sequência, pode-se averiguar um exemplo real de um macroprocesso de uma empresa, a Figura 4.4 mostra um macroprocesso de desenvolvimento e aprovação de novos produtos. Documentação deDocumentação de ProcessosProcessos jade Highlight Outro tipo de documento de processo de suma importância que está presente em 100% das empresas é o POP (procedimento operacional padrão). Trata-se de uma instrução de trabalho utilizada para normatizar as atividades de cada parte do processo para que qualquer colaborador que ocupar uma função dentro do processo seja capaz de desempenhar o papel de forma padronizada. A Figura 4.5 mostra o POP (procedimento operacional padrão). Figura 4.4 - Macroprocesso de desenvolvimento e aprovação de novos produtos Fonte: Elaborada pelo autor. Outro registro que não pode faltar na de�nição de um processo é a matriz de responsabilidades; quando uma empresa opta pela gestão por processos, a importância dos departamentos perde o seu valor, do ponto de vista do produto, pois todas as áreas são responsáveis pelo resultado �nal. Uma matriz de responsabilidades coloca todas as áreas e funções como Figura 4.5 - POP (procedimento operacional padrão) Fonte: Elaborada pelo autor. necessárias e quais as suas contribuições para cada etapa do processo. Segue um exemplo de sua aplicação na Figura 4.6 que mostra uma matriz de responsáveis. Figura 4.6 - Matriz de responsáveis por desenvolvimento de produtos Fonte: Elaborada pelo autor. Ao pesquisar e analisar as documentações no mundo real, nota-se que a gestão de processos é uma área de conhecimento que está muito atualizada nas organizações e que a prática não foge da teoria e vice-versa. O que os autores têm publicado está totalmente alinhado e atualizado com o que há de prático no interior das empresas e nas suas melhores práticas. Cabe aos novos analistas inovar e testar novas soluções para contribuir ainda mais para o aprimoramento do processo de melhoria, pois também é um processo que pode e deve estar em constante aprimoramento. praticarVamos Praticar Muito se tem falado até aqui sobre a documentação do processo. O autor Capote (2013, p. 92), por outro lado, traz novos questionamentos sobre o tema “Documentação de Processos”. O autor pondera que é necessário produzir uma boa documentação de processo e que é de extremo valor. Todavia chama para um momento de re�exão que não se pode ignorar: “Qual era o objetivo do trabalho? Qual o valor do que foi entregue? De que forma esse trabalho vai ajudar na mudança necessária? Qual o entendimento da organização quando pensa em Gestão de/por Processos? Como as pessoas vão se comportar no dia seguinte a essas entregas? Como a informação sobre clientes/cidadãos está sendo tratada? Estamos utilizando os recursos disponíveis da melhor forma possível? Todo trabalho desnecessário e sem valor foi eliminado? CAPOTE, G. Medição de valor de processos para BPM. 1. ed. Rio de Janeiro: Gart Capote, 2013. Os registros da modelagem de processos BPM são considerados importantes, pois expressam a sua capacidade de fornecer a compreensão da empresa e dos mecanismos utilizados para o seu funcionamento. O resultado desse registro preconiza que: a) Restringem-se ao sistema de gerenciamento informatizado utilizado. b) Corresponde ao work�ow, assim entendido como sistema de gerenciamento de desempenho. c) Podem ser redesenhados e otimizados ainda que já padronizados. d) Constituem um sistema fechado que não comporta modi�cações. e) São classi�cados de acordo com seu nível de maturidade. praticarVamos Praticar Os registros de processos têm como características: a) Realizados por aqueles que possuem habilidade conceitual e ocupam os cargos mais altos, visando garantir que o melhor desempenho do processo seja alcançado. b) Servem para a revisão e aperfeiçoamento do processo que ocorrem esporadicamente. c) Delimitar, dentro de suas respectivas áreas, os processos assim como são considerados e tratados dentro de suas especialidades. d) Registra expectativa, necessidades e requisitos dos clientes internos e externos são identi�cados para que o processo seja projetado de modo a produzir os resultados que lhes satisfaçam. e) A documentação serve para instruir os gestores sobre o que se passa nas áreas de produção. O conceito de reengenharia vem desde o início da escola da compreensão sobre os signi�cados, abrangências e aplicabilidade dos termos e temas da administração para o bem da produtividade e da competitividade. Nesse sentido, surgiu o tema reengenharia que Abreu (1994, p.6) explica dentro de uma perspectiva mais abrangente. Pode-se de�nir a reengenharia como a busca de uma forma de realizar um processo a partir de uma inovadora realidade tecnológica, com �ns de aprimoramento da performance ao seu máximo pela utilização desta tecnologia. Partindo dessa ótica, na visão do autor, a reengenharia pode ser compreendida como um esforço iterativo (cíclico) de melhoria contínua. A reengenharia é uma forma, assim como demais abordagens ou conceitos aplicados ao aprimoramento dos resultados organizacionais, que pode proporcionar melhoria dos processos e, por sua vez, pode ser aplicada também em áreas fora da produção com as mesmas intenções (CARAVANTES, 1995, p. 13). Entretanto, este conceito não deve ser visto ou compreendido como uma fórmula mágica para solucionar todo tipo de problema, vai depender da forma de sua aplicação se proceder. Por permitir uma Reengenharia deReengenharia de ProcessosProcessos jade Highlight abordagem amplamente aplicada e muitas vezes equivocada, o autor renomeia tal abordagem para “Readministração”, pois, segundo o ele, é preciso compreender que as razões pelas quais se empregam os esforços vão além dos processos puramente produtivos. Caravantes (1995) prevê uma mudança necessária nos conceitos de reengenharia, fugindo do tradicional herdado da teoria cientí�ca focado propriamente na produção enxuta. Ele adverte para o uso da melhoria contínua partindo dos órgãos administradores da organização e com um senso de urgência aparente. Ele explica que, para atingir o sucesso desejado, deve-se considerar cinco elementos críticos de sucesso, classi�cando-os de “essencialidade”, aumentando a probabilidade de sucesso nos esforços constantes de aprimoramento dos resultados da organização. Os cinco elementos de sucesso para um movimento de melhoria contínua dos processos organizacionais, de forma geral, são descritos a seguir: a) Visão de ambiente – capacidade de compreender o ambiente externo à organização, foco holístico de todo sistema, saber “para onde sopram os ventos”, conhecer os apoiadores e os competidores. b) De�nição da missão ou �nalidade – o que a organização pretende fazer diante desse ambiente turbulento e competitivo; a de�nição da missão empresarial serve como “norte orientador” para todas as decisões organizacionais, é necessário saber para onde ir, qual é a proposta ou objetivo principal ao qual a organização se propõe. c) O comportamento humano nas organizações – refere-se principalmente aos cargos de gestão; a contribuição daqueles que tomam as decisões é o limitador das capacidades organizacionais. Uma empresa só caminha até onde o seu responsável for capaz de guiá-la. d) Recursos – todo desenvolvimento dentro de uma organização advém dos recursos disponíveis, todos correspondem aos que as necessidades pressupõem: equipamentos, ferramentas, �nanceiros, tecnológicos e jade Highlight humanos, não menos importantes, todos dentro da sua capacidade e necessidade,sob pena de fracasso no desempenho. e) Resultados socialmente relevantes – toda e qualquer organização (pública ou privada) existe e existirá se prestar um serviço relevante para a sociedade: “atender, agradar e encantar a clientela”, pois é para isto que são criadas as empresas, para o bem da sociedade, caso contrário, estarão fadadas ao fracasso. Se não se ocuparem de tecnologias, metodologias e meios para estarem no topo da lista dos desejos, independente do tamanho ou de qualquer outra variável, irão fracassar. E ainda, sobreviverão aquelas que �zerem tudo isso mais rápido e com menor custo para o consumidor, e paralelamente gerando lucros para os seus acionistas (CARAVANTES, 1995, p. 15). reflita Re�ita Na época em que vivemos, de tamanha competitividade e necessidade de se reinventar o tempo todo, rea�rma-se conceitos nascidos na revolução industrial que, como pode ser percebido, perduram até a atualidade e apenas mudam o nome, mas fazer melhor e mais rápido, e ainda mais barato, é um direcional fundamental. Novas formas continuam a surgir em números signi�cativos: Administração por objetivos, Planejamento estratégico, Zero budgeting, Total Quality Management, Benchmarking, Arquitetura organizacional, entre outras tantas. Todas são esforços e evoluções no tocante à melhora e à superação; vale aquela que foi feita aproveitando os conhecimentos históricos e for mais acuradamente executada. Fonte: Caravantes et al. (1995). praticarVamos Praticar Reengenharia em processos de negócios: não conseguiremos os melhores resultados de um projeto de melhoria de processos de serviços se utilizarmos as mesmas abordagens para processos de produção, da mesma forma não conseguiremos se utilizarmos abordagens de processos químicos como os da produção de químicos. É preciso apoiar-se em ferramentas direcionadas aos setores e áreas de nossos interesses e necessidades. BALDAN, R. et al. Gerenciamento de processos de negócios (BPM): uma referência para uma aplicação prática. 1. ed. Rio de Janeiro: Elservier, 2014. Observando as necessidades de uma pequena organização, no que tange ao conceito de reengenharia de Gestão por Processos, um fabricante de autopeças pode considerar como um macroprocesso de seu negócio: a) A fabricação de um veículo. b) A usinagem de peças automotivas. c) O acabamento do chassi. d) A programação das atividades de controle. e) O reparo de um pneu defeituoso. praticarVamos Praticar A inovação (reengenharia) em processos consiste em quatro passos principais, entre os quais NÃO se encontra: a) Simulação do processo. b) Análise do cenário em alto nível. c) Uso da Teoria do Ishikawa. d) Benchmark do processo. e) Modelagem do processo. indicações Material Complementar LIVRO Medição de Valor de Processos para BPM Gart Capote de Britto Editora: Gart Capote ISBN: : ISBN-13: 978-1493500130 Comentário: [1] Segundo as expectativas do autor, “[...] uma vez compreendida a modelagem estratégica, todos começam o trabalho de representação dos processos da organização. Essa diagramação, orientada para evidenciar as desconexões entre os processos, já é uma grande quebra de paradigma.” Acrescenta o autor que, quando é �nalizada a diagramação dos processos para o modelamento com BPMN, começa a parte mais difícil do trabalho, ou seja, produzir de forma clarividente informação relevante para a tomada de decisão na organização. FILME Monstros S/A Ano: 2015 Comentário: Este vídeo mostra um pouco da realidade de várias empresas que estão indo por água abaixo e encontram na reengenharia uma forma de sobreviver. Assista e, se gostar, deixa o like e compartilha! T R A I L E R conclusão Conclusão Realizando uma análise prática do uso das referidas ferramentas de melhoria contínua, registro, de planejamento de ações e de execução, nota-se que o sucesso dos projetos de melhoria depende de certos fatores, os quais foram classi�cados como “críticos para o sucesso”. Dentre os autores estudados e para a maioria das abordagens encontradas na literatura e nos casos de sucesso ou até mesmo os de insucesso, atender parte destes fatores não é garantia su�ciente de que os projetos de melhorias obterão o sucesso almejado pela empresa. Recomenda-se, sob a ótica das experiências e melhores práticas, que as organizações que buscam sucesso na implantação dos projetos de melhoria avaliem o processo de implantação para atenderem aos fatores críticos, mantendo foco nos resultados esperados e que seja feito tudo e tão somente o que for realmente necessário, sob pena de desperdícios de recursos até mesmo nos projetos de melhoria. Os registros, por sua vez, não requerem nenhuma característica especial, apenas as informações que forem relevantes para a organização e seus processos, além de estarem à vista da compreensão de todos. referências Referências Bibliográ�cas ABREU, F. S. Reengenharia em busca de uma teoria. 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