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Avaliação de Desempenho dos Processos

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DEFINIÇÃO
Apresentação do conceito de desempenho de processo e sua avaliação, além da discussão sobre os
indicadores de desempenho e aplicação da metodologia SMART na definição dos objetivos dos
indicadores de desempenho.
PROPÓSITO
Compreender o que é desempenho de processo e a criação de indicadores de desempenho, a partir do
método SMART, para sua mensuração e avaliação.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir o que é desempenho de processo e como avaliá-lo
MÓDULO 2
Descrever os diversos indicadores de desempenho de processos (KPI)
MÓDULO 3
Aplicar a metodologia SMART na definição de indicadores
INTRODUÇÃO
Para saber se uma organização está indo na direção esperada, os gestores têm a tarefa de medir e
avaliar o desempenho de seus processos de forma contínua e assertiva. A partir desse propósito, serão
descritos os modelos mais usados para essa avaliação de processos e a importância da criação de
indicadores-chave que facilitem essa medição (KPI).
Para isso, usaremos a metodologia SMART na definição dos objetivos para a criação de indicadores de
desempenho de processos.
MÓDULO 1
 Definir o que é desempenho de processo e como avaliá-lo
O QUE É DESEMPENHO DE PROCESSO E COMO
AVALIÁ-LO?
Empresas são instigadas e cobradas a entregarem resultados a todo momento. Conhecer, gerir e
melhorar os processos continuamente permite que a organização cumpra suas tarefas de forma mais
eficiente e eficaz. Há um esforço para medir o que está sendo realizado e, dessa forma, a mensuração de
desempenho se torna uma questão importante e multidisciplinar.
ENTENDE-SE DESEMPENHO DE PROCESSO COMO
SENDO A ATIVIDADE QUE VISA COMPARAR OS
RESULTADOS PREVISTOS COM OS REALIZADOS.
PARA ISSO, TAREFAS COMO MEDIÇÃO, COLETA E
TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES SÃO REALIZADAS.
No início, a gestão de desempenho, muito influenciada pelos conceitos tayloristas e fordistas, teve seu
foco voltado para a organização, sendo concebidos vários modelos, sistemas e frameworks que tinham o
desempenho financeiro como seu indicador principal.
A partir dos anos 1990, com o surgimento de novas filosofias e técnicas de gestão, como o just-in-time e a
gestão da qualidade total (TQM), a administração de desempenho buscou conciliar estratégia, inovação e
maleabilidade de produtos e processos, introduzindo controles quantitativos e qualitativos.
Desenvolveram-se modelos multidimensionais, como, por exemplo, o BSC (balanced scorecard), criado
por Kaplan e Norton, que consiste, basicamente, em quatro perspectivas indicadas a seguir:
FINANCEIRA
Nesta perspectiva, são definidos os objetivos financeiros e as respectivas responsabilidades que devem
ser atingidas por cada setor, indivíduo, organização e processo.
CLIENTE
Aqui, cada segmento da organização deve ter um entendimento claro do que realmente gera valor para o
cliente e, por conseguinte, satisfazê-lo.
PROCESSO INTERNO
Como os processos devem ser organizados e gerenciados para que se utilize o menor tempo possível,
maximizando recursos e esforços, aumentando a satisfação e a receita.
APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO
Leva-se em conta que tipo de conhecimento e qual competência devem ser adquiridos pelos indivíduos,
pelos departamentos, pelos processos e toda a organização para que se realize, constantemente, o
melhor trabalho possível.
 EXEMPLO
Uma empresa de confecção possui 130 colaboradores e, devido à impossibilidade de vender seus
produtos nas lojas físicas, por causa da pandemia da COVID-19, resolve investir pesado na sua loja
virtual. Portanto, definiu como meta que suas vendas online devem ter crescimento de 40%. Esse é o caso
de usar o BSC para adequar as ações que devem ser realizadas na equipe e nos processos para atingir o
desempenho esperado.
Pela perspectiva financeira, o objetivo é que haja um aumento das receitas. Por isso, um dos caminhos
escolhidos foi o de reduzir os custos. Sendo assim, o setor de desenvolvimento de produto alterou a
embalagem, que era feita de um material plástico acetinado, para a de um material de papel reciclado,
sem perder a qualidade visual e a sua funcionalidade, mas por um custo bem menor.

Na perspectiva do cliente, o produto chega dentro das condições desejadas, sendo informado, por meio
de um tag, que a mudança da embalagem reduz os impactos ambientais e sociais, o que é percebido
como positivo pela pesquisa realizada junto aos consumidores.

Na perspectiva do processo interno, os processos devem continuar a evoluir, permitindo que sejam
descobertos outros fornecedores que continuem a garantir a qualidade e, se possível, a redução dos
prazos de entrega dos materiais.

Na perspectiva do aprendizado e do crescimento, os colaboradores da linha de produção recebem
capacitação para trabalhar e manusear a nova embalagem.
Mesmo possuindo grande aceitação, há críticas em relação ao BSC. Para alguns gestores e estudiosos,
ele é muito generalista, tendo dificuldade para se adequar a culturas organizacionais mais específicas.
Além disso, segundo esses críticos, deixa de contemplar algumas perspectivas importantes, como a
questão da sustentabilidade e o desempenho interorganizacional.
Com a evolução do entendimento de que administrar por processos é uma forma mais assertiva de obter
valor para os clientes, foi necessário, por parte das organizações, o direcionamento para uma gestão
holística.
ISSO QUER DIZER QUE A EMPRESA NÃO SE RESUME
A UMA COMBINAÇÃO DE DEPARTAMENTOS QUE
EXECUTAM ATIVIDADES E PROCESSOS DE FORMA
ISOLADA, MAS SIM COMO UM TODO, DE FORMA
SISTÊMICA.
A partir deste entendimento, modelos de desempenho de processos foram desenvolvidos, a partir do ano
2000, como o de Neely, que adotou 10 passos para a definição dos indicadores dos processos.
Além dele, surgiu o de Kueng, que adotou a perspectiva da “árvore de metas”, que consiste em cinco
perspectivas de desempenho de processos (visão financeira, visão cliente, visão empregado, visão
sociedade e visão inovação — figura 1) (KUENG, 2000).
 Figura 1 – Árvore de metas, modelo Kueng.
No modelo de Kueng, a visão financeira é compreendida como necessária, pois os processos não
podem ser realizados sem recursos. Essa questão é considerada a força motriz de uma organização.
 EXEMPLO
Para cada processo, uma organização tem recursos previstos e está empenhada na sua realização, como
é o caso do processo de desenvolvimento de novos produtos. Este passa por alguns departamentos
(engenharia, produção, compras), que devem ser geridos em alinhamento com a perspectiva financeira
definida na estratégia organizacional. É isso que permite ao processo de desenvolvimento de produto —
transversal a esses departamentos — garantir que os produtos sejam criados dentro dos limites
financeiros predefinidos.
A visão empregado foi incorporada, uma vez que colaboradores com boa qualidade de vida profissional,
com saúde e satisfeitos no trabalho impactam diretamente no andamento dos processos.
 EXEMPLO
Os processos devem permitir que o trabalho realizado seja estimulante e desafiador. Por isso, as
atividades mecânicas e repetitivas, como o arquivamento de laudos técnicos, vêm sendo substituídas por
sistemas de TI que as realiza automaticamente. Dessa forma, sobra mais tempo para que o colaborador
se dedique a atividades que agreguem mais valor para ele, para o negócio e, por conseguinte, para o
cliente.
Na visão cliente, existem duas abordagens consideradas: uma em que se pergunta diretamente ao
cliente quais as suas expectativas e percepções em relação a um produto ou serviço; e outra em que são
definidos critérios de qualidade e o cliente avalia, por meio de notas, o grau de atendimento a cada
critério.
 EXEMPLO
Após a compra de um novo celular, você recebe uma mensagem com um link para realizar a avaliação do
atendimento e se o produto correspondeu às expectativas.
A visão sociedade considera o impacto que seus processos geram na sociedade, como, por exemplo, se
há criação de empregos na comunidade local, se a atividade é poluidora ou não,se gera impactos sociais
positivos, entre outras.
 EXEMPLO
Devido à obrigatoriedade do uso de máscaras, por causa da COVID-19, muitas empresas estão
solicitando às associações de comunidades carentes que as produzam, a fim de gerar algum tipo de
receita para esses trabalhadores, que se encontram em situação extremamente precária.
A visão inovação trata do constante aperfeiçoamento dos processos, que contará com o
compartilhamento do aprendizado organizacional entre todos os colaboradores.
 EXEMPLO
Uma empresa possui duas filiais em estados diferentes e ambas utilizam o mesmo processo de compra de
produtos. Caso uma filial consiga aprimorar esse processo, isso será compartilhado e colocado em prática
na outra. Dessa forma, toda a organização sairá beneficiada.
Com a evolução das tecnologias de informação e a necessidade das organizações em utilizar banco de
dados unificados para processos cada vez mais flexíveis, as empresas fabricantes de software tiveram a
oportunidade de desenvolver sistemas voltados para o desempenho de processos.
ESSA INOVAÇÃO NOS TIPOS DE SOFTWARE
RECEBEU O NOME DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE
PERFORMANCE DE PROCESSOS (PROCESS
PERFORMANCE MEASUREMENT SYSTEM — PPMS).
Os PPMS vieram cobrir uma lacuna referente à dificuldade de medição do desempenho dos processos de
forma mais ágil, permitindo aos gestores uma ação mais proativa na solução de problemas e na melhoria
dos processos.
 ATENÇÃO
É importante realçar que a competição enfrentada pelas empresas não ocorre nos processos, mas na
capacidade de melhorá-los (KOHLBACHER; GRUENWALD, 2011).
Um PPMS coleta resultados, de forma sistêmica, do desempenho dos processos e os compara com dados
históricos dos mesmos, gerando relatórios com resultados a serem analisados pelos atores importantes do
processo.
De qualquer forma, o PPMS deve apresentar uma visão holística do desempenho dos processos de
negócios e, portanto, três características são necessárias:
Deve ser focado nos processos;
Deve avaliar o desempenho de toda a organização;
Deve ser possível designar um responsável para cada indicador a ser medido.
Em estudo de Abeygunasekera et al. (2019), apresentado no Business Process Management Forum,
realizado na cidade de Viena, foram identificadas 30 características que um PPMS deve ter, são elas:
Claramente definido;
Validade e confiabilidade;
Relevância;
Simplicidade;
Monitoramento contínuo;
Brevidade;
Atualizações contínuas;
Uso da pesquisa;
Equilibrado e multidimensional;
Cobertura;
Alinhado à estratégia e aos objetivos;
Vinculado a fatores críticos de sucesso;
Considera os stakeholders;
Vinculado a recompensas;
Organização como um todo;
Controle;
Aplicação consistente;
Uso das fontes de informações existentes;
Atualização e recursos;
Consistência de relatórios e medições;
Visualização;
Feedback rápido e oportuno;
Feedback preciso;
Mapeamento das contribuições;
Abrangente e informativo;
Focado em melhorias;
Processo de decisão;
Utilização positiva;
Desafio para encorajar;
Orientação.
As vantagens de se usar um PPMS são:
Permite aos usuários uma clara percepção do impacto que o indicador usado para mensurar o
desempenho dos processos tem para o negócio, com a verificação de quais processos foram mais
eficientes e eficazes;
Permite uma velocidade maior no aprimoramento dos processos;
Permite que os processos melhorados possam, rapidamente, fazer parte do dia a dia da empresa;
A medição de desempenho dos processos é feita continuadamente e não de maneira esporádica,
evitando distorções em suas análises.
Recentemente, em artigo escrito por Davenport e Spanyi na Harvard Business Review, de abril de 2019,
foi identificada a importância da mineração de processos (process mining) na busca de uma visão
baseada em dados do desempenho dos processos.
A mineração de processos objetiva a coleta de conhecimento a partir de registros de eventos ou logs de
eventos, os quais estão acessíveis no sistema, a fim de descobrir, monitorar e melhorar processos. Essa
prática é considerada o que há de mais novo na área de gestão de processos, englobando inteligência
artificial e mineração de dados.
Sua utilização vem sendo cada vez mais defendida pelos gestores, que conseguem enxergar os
problemas e as oportunidades em relação aos processos, de forma detalhada e orientada por dados em
relação aos processos-chave.
 Figura 2 – Mineração de processos.
A partir da compreensão do que é um desempenho de processo, precisamos agora mensurá-lo. Esse
procedimento trata da coleta do dado, da metodologia e de indicadores a serem usados a fim de medir a
capacidade de desempenho do processo.
Dentre os principais modelos de mensuração, temos o BSC e a árvore de metas, ambos já vistos, e o
método SMART, que veremos com detalhes no módulo 3.
Neste vídeo, você entenderá como são utilizados tais sistemas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Descrever os diversos indicadores de desempenho de processos (KPI)
CRITÉRIOS PARA UM INDICADOR DE
DESEMPENHO
Um indicador de desempenho é fundamental para o controle um processo. Sem ele, é impossível
conceber melhorias, pois não há como avaliar se o desempenho do processo atendeu aos requisitos
esperados.
Os indicadores devem ser capazes de fazer medições eficazes, eficientes e adaptáveis, portanto, alguns
critérios devem ser seguidos no momento em que são escolhidos, tais como:
SIMPLICIDADE
Simplicidade - os indicadores devem ser fáceis de aplicar, pois quanto mais complexo for, pior será sua
comunicação e o seu entendimento. Ou seja, se não for simples, não será entendido, o que dificultará o
atingimento da meta determinada.
O indicador de peças com defeito é um exemplo de indicador simples, uma vez que o seu cálculo é bem
descomplicado, basta contar as peças que tiveram algum tipo de defeito e dividir pelo total de peças
produzidas no mesmo período.
CLAREZA
Clareza - os indicadores comunicam de forma direta e clara o que se propõe, ou seja, não são
redundantes. O indicador de peças com defeito é um exemplo, pois não há dúvida de que o que se
07:03
pretende verificar é o nível de qualidade com que os produtos estão sendo produzidos.
RASTREABILIDADE
Rastreabilidade - os indicadores devem permitir que sua origem seja facilmente identificada. Voltemos ao
caso do indicador de peças com defeito. Se quisermos saber como foi ele foi obtido, podemos verificar
pelos controles de produção diários.
ACESSIBILIDADE
Acessibilidade - os indicadores devem ser de fácil acesso. Se no caso do indicador de peças com defeito,
as anotações dos dados da produção forem preenchidas em folhas avulsas, que ficam trancadas na mesa
da supervisora de produção, isso traz dificuldades na consulta. O correto é que estejam inseridas em
sistema ou planilha eletrônica, e disponibilizada na rede, para a consulta dos interessados.
PERIODICIDADE
Periodicidade - os indicadores devem estar à disposição para que sejam consultados com frequência, por
exemplo, em um sistema ou em rede para consulta.
ABRANGÊNCIA
Abrangência - os indicadores devem ser representativos do que se está mensurando. Por exemplo, se
quero avaliar a motivação da minha equipe, o indicador de absenteísmo não mensurará o que se espera,
uma vez que as pessoas podem ter faltado por motivo de doença, e não por estarem desmotivadas.
COMPARABILIDADE
Comparabilidade - os indicadores devem permitir fazer comparações de maneira fácil, de acordo com
referenciais próprios.
SELETIVIDADE
Seletividade - os indicadores devem ser capazes de identificar os elementos-chave do processo na
seleção e diferenciação do que é medido.
Assista ao vídeo para entender como são aplicados tais critérios.
ALERTA! CLIQUE AQUI.
Atenção! Clique no botão acima. ×
Uma grande quantidade de indicadores não é recomendável, pois, além de exigir mais esforço, pode gerar
perda de foco no que realmente importa, trazendo impactos significativos para a gestão do negócio.
Outro ponto negativo do excesso de indicadoresé que muitos deles podem acabar medindo a mesma
coisa ou camuflar informações importantes com outras menos relevantes. Isso pode levar a uma confusão
na análise, por parte do gestor, e perda de tempo. Sugere-se um número de 4 a 8 indicadores como
sendo o desejável.
Na concepção dos indicadores, devem ser consultadas determinadas fontes que indiquem as diretrizes a
serem seguidas, como as necessidades dos stakeholders envolvidos, o planejamento estratégico da
organização e a cadeia de valor dos processos.
DIFERENÇA ENTRE PPI E KPI
05:01
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Quando tratamos de gerenciamento de processos, usamos o termo indicadores de desempenho de
processos (process performance indicators ‒ PPIs), utilizados no controle e na melhoria contínuos do
processo.
Para alguns estudiosos, um PPI tem o mesmo significado de um KPI (key performance indicator), que
significa, em português, “indicador-chave de desempenho”. Para outros estudiosos, os PPIs são casos
particulares dos KPIs.
Uma terceira interpretação entende que os KPIs possuem características únicas e estão relacionadas à
estratégia, enquanto os PPIs estão relacionados à parte operacional.
ADOTAREMOS O ENTENDIMENTO DE QUE UM KPI
OFERECE UMA VISÃO TÁTICA E ESTRATÉGICA DA
ORGANIZAÇÃO.
 Figura 3 - Visão tática e estratégica da organização.
INDICADORES ESTRATÉGICOS
INDICADORES TÁTICOS
INDICADORES OPERACIONAIS
Indicadores Estratégicos - definidos pelos acionistas ou donos das empresas e servindo de referência
para todos os outros níveis. Por exemplo, o percentual de crescimento da marca no mercado ou o total de
vendas realizadas no ano.
Indicadores Táticos - divididos em indicadores executivos e para a gerência. O primeiro fica a cargo dos
diretores, e o segundo, dos gerentes. Por exemplo: a produtividade da empresa ou o custo médio dos
produtos fabricados.
Indicadores Operacionais - utilizados pela supervisão da empresa. Por exemplo, o índice de absenteísmo
ou tempo de set-up de uma máquina.
Imagine uma empresa tenha como uma das estratégias a retenção dos clientes. Portanto, um indicador-
chave de desempenho (KPI) seria a taxa de evasão, churn rate em inglês.
Digamos que no início do mês havia 340 clientes ativos e, no final, esse número caiu para 300. Então, a
taxa de evasão seria calculada dividindo o número de clientes perdidos pelo de clientes analisados no
período, no caso, 11,76%.
Quanto maior a taxa, pior para o negócio, pois indicaria que o cliente não está satisfeito com o serviço ou
produto oferecido pela empresa.
 Figura 4 - Indicador-chave de desempenho (KPI).
Para a elaboração dos KPIs, devem ser percorridas três etapas que estão representadas nas perguntas a
seguir:
Quais são os objetivos a serem atingidos pelo gestor?
Quais são as variáveis que mais impactam na obtenção dos objetivos?
Quais são os indicadores de desempenho que mensuram as variáveis definidas?
Os KPIs podem ser representados pela combinação de mais de um indicador, que tem como objetivo
representar um conjunto de medidas que sejam determinantes para atingir os objetivos organizacionais.
Eles são utilizados em larga escala nos mais variados tipos de empresas, e têm como objetivo principal
medir o que está sendo executado e a forma como é feito.
A utilização dos KPIs permite o acompanhamento e a avaliação do seu desempenho através do tempo.
Porém, não há regra obrigatória para sua elaboração, mas sim o preenchimento de etapas, apresentadas
acima, que devem ser retiradas do planejamento estratégico da empresa.
Existe uma quantidade imensa de KPIs, mas podemos agrupá-los em categorias, tais como: financeira,
cliente, RH e produção, marketing e outras.

Na categoria financeira, temos a receita, que é, basicamente, a entrada de capital na empresa, e o
custo, que se divide nos custos dos produtos vendidos (CPV) e despesas operacionais.

Na categoria cliente, temos a satisfação do cliente, índice de recomendação do produto ou serviço
ofertado, índice de engajamento do cliente etc.

Para a categoria RH, temos o índice de retenção de colaboradores e o índice de mobilidade interna, que
representa a possibilidade de o colaborador mudar de função ou de se enquadrar em outro patamar
salarial.

Na categoria produção, temos o índice da capacidade instalada utilizada, o índice de tempo de parada
da produção para reparos e o custo por unidade produzida.

Na categoria marketing, temos o índice de crescimento das vendas, taxa de eficácia dos canais de
venda e índice de visitantes ao site, no caso do marketing digital.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Aplicar a metodologia SMART na definição de indicadores
MÉTODO SMART
Para que possamos definir indicadores de desempenho claros e completos, utilizaremos o método
SMART, desenvolvido por Peter Drucker nos anos 1950, cujo significado é specific (específico),
measurable (mensurável), achievable (alcançável), relevant (relevante) e time frame (temporal).
SPECIFIC (ESPECÍFICO)
O objetivo definido não pode dar margem a outras interpretações, por isso, deve ser detalhado e descrito
da forma mais clara possível, esclarecendo o que deve constar ou não para o cálculo do indicador.
Algumas perguntas podem auxiliar nesse processo, são elas:
O objetivo deve ser alcançado em que local?
Qual intervalo de tempo deve ser considerado para atingir esse objetivo?
Quais as restrições para esse objetivo?
Ao se atingir o objetivo, qual benefício ou valor é obtido?
Por exemplo, se definíssemos que o processo de desenvolvimento de novos produtos deve ser rápido,
podemos verificar que essa não é uma meta específica, pois permite muitas interpretações e, da forma
como foi descrita, não é possível mensurá-la.
Podemos melhorá-la se dissermos que o processo de desenvolvimento de novos produtos dever ser
realizado com 20% a menos de tempo em relação ao último ano.
Perceba que devemos incluir critérios, como taxa de retrabalho, índices de qualidade, percentual de
faturamento etc. O importante é que seja o mais específico possível, assim não haverá dúvidas no que
deve ser feito para atingir o objetivo.
MEASURABLE (MENSURÁVEL)
O indicador deve ser medido de forma quantitativa, ou seja, pode ser traduzido em um número, para que
possa ser tratado e avaliado. Por isso, deve possuir uma unidade de medida (metros, peças, segunda
qualidade etc.) e não devem ser usados termos ambíguos e/ou incompletos.
Usualmente, a coleta de dados consome tempo e recursos, além de uma metodologia clara e bem
definida, principalmente por organizações que possuem várias unidades ou locais onde serão realizadas
as medições.
É preciso estar atento a questões, tais como: a definição dos relatórios que devem ser utilizados, se os
resultados são originários de dados absolutos ou relativos, e se a coleta será realizada por amostragem
ou na população em geral.
Por exemplo, se o objetivo é melhorar a qualidade dos produtos da empresa, não devem ser utilizados
questionários abertos que permitam várias respostas diferentes do cliente.
Em vez disso, deve-se elaborar um questionário usando uma escala Likert para perguntas objetivas sobre
características do produto, a fim de a avaliação refletir a métrica da maneira mais clara e objetiva possível.
ACHIEVABLE (ALCANÇÁVEL)
A realização do objetivo deve ser possível, ou seja, devem ser definidas metas, e esse é um dos
processos mais desgastantes entre gestores e colaboradores. Existe uma máxima que diz que “uma meta
que não pode ser conquistada não deve existir”.
A definição de metas exige muitos cuidados, pois se forem muito ousadas e quase impossíveis de serem
atingidas, isso acarretará em desmotivação e provável desistência. Da mesma forma, metas muito
brandas levam a acomodações e resultados que não agregarão valor para o negócio.
Analise se:
A equipe ou responsável tem as habilidades ou recursos disponíveis para o atingimento da meta;
Haverá suporte da liderança para se atingir a meta.
RELEVANT (RELEVANTE)
A meta definida é importantepara o resultado da organização ou para o líder, ou seja, o indicador deve
possuir variáveis que realmente tenham impacto no que se deseja avaliar.
Ao prestar consultoria em uma empresa produtora de tapetes, participei de uma reunião com a equipe de
vendas e o gerente da área. O objetivo era passar as metas de vendas que deveriam ser atingidas em
cada região por cada vendedor. Se os vendedores atingissem as metas, receberiam bonificações.
Uma das metas colocadas era a de que as vendas deveriam aumentar, sendo definido o indicador de
novos clientes para atingir esse objetivo. A equipe ponderou, de forma correta, que esse indicador não
seria relevante para demonstrar se o objetivo fora alcançado.
Afinal, o vendedor, mesmo que perdesse clientes, poderia conseguir com os que permaneceram, se esses
comprassem uma quantidade superior à do período passado. Assim, ele aumentaria as vendas, atingindo
a meta, contudo, o indicador do número de novos clientes não retrataria tal fato.
TIME FRAME (TEMPORAL)
O período em que será realizada a mensuração do indicador deve estar bem definido, a fim de que o
objetivo traçado seja atingido, ou seja, deve haver data de início e fim.
Como vimos no módulo anterior, os indicadores podem ser com fins estratégicos, táticos ou operacionais
e, em função disso, o período de coleta dos dados também varia. Para os indicadores estratégicos, o
prazo varia em anos; para os indicadores táticos, o prazo leva, no máximo, um ano, e para os indicadores
operacionais, usualmente, é determinado em meses.
O aspecto temporal é dar sentido, permitindo que os gestores façam o acompanhamento de acordo com
sua característica.
Vamos usar como exemplo um livro a ser escrito. Há um prazo a ser realizado e podemos colocar como
meta a entrega de um capítulo por semana. O autor, sabendo a quantidade de palavras e páginas que
deve fazer por dia, conseguiria medir o progresso na elaboração do material e fazer ajustes quando
necessário.
METAS FAST
Neste vídeo, você saberá mais sobre a aplicação do método SMART.
As METAS FAST também são interessantes. Segundo Sull & Sull (2018), para executar a estratégia, os
líderes devem estabelecer metas ambiciosas, traduzi-las em métricas e marcos específicos, torná-las
transparentes em toda a organização e discutir o progresso com frequência. Assim, elas ajudam as
organizações a serem melhores e mais dinâmicas, permitindo que os colaboradores estejam alinhados
com a estratégia da empresa.
Metas FAST
Frequently
discussed
(frequentemente
discutidas)
Discutir metas com frequência, em vez de uma ou duas vezes por ano (tente
metas trimestrais, por exemplo). Assim, as equipes podem se adequar a
desafios inesperados por meio de ajustes em períodos muito curtos.
Ambitious Dividir as metas em estendidas (radicais, mais arriscadas, com maior
02:52
(ambiciosas) potencial de retorno e incrementais), e de pequenas melhorias (geralmente
conservadoras). Segundo Marcel Telles, da AB InBev: “Estabelecer as metas
certas, que são quase impossíveis, mas não impossíveis!”. 
Por exemplo: uma empresa define que suas vendas devem aumentar 30%,
sabendo que o mercado tem potencial de crescimento estimado para 50%.
Essa meta não será desafiadora. Portanto, a meta deveria ser ajustada para
70%.
Specific
(específicas)
Objetivos traduzidos para métricas concretas, para que todos saibam o que é
esperado para entregar. Elas ajudam a corrigir desvios e identificar
problemas. Por exemplo: se uma meta é aumentar as vendas, ela pode ser
realizada de várias maneiras, e não é específica, mas se definirmos que a
meta é vender mais 10% na região Sul, para novos clientes, daí teremos uma
meta específica.
Transparent
(transparentes)
Metas públicas e divulgadas para todos. Não há segredo. Google e AB InBEV
tornaram internas suas metas públicas, o que aumenta a pressão dos
colegas, bem como torna mais fácil o alinhamento estratégico dos
departamentos. 
A divulgação das metas dos gerentes ou líderes permite aos colaboradores a
possibilidade de alinhamento de seus objetivos individuais e da equipe com o
restante da organização.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
SISTEMA DE GERENCIAMENTO OKR
O sistema de gerenciamento OKR que significa objectives and key results, ou seja, objetivos e resultados-
chave, é baseado nas metas FAST. O sistema OKR foi criado por John Doerr, ex-Intel, e autor do best-
seller Avalie o que importa.
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JOHN DOERR
Teve uma carreira bem sucedida na Intel. Depois, passou a ser investidor em empresas de tecnologia.
Atualmente, é um dos homens mais ricos dos EUA, e seu livro Avalie o que importa é best-seller mundial.
 John Doerr, autor do best-seller Avalie o que importa. Fonte: Forbes.
Atualmente, a OKR é considerada uma filosofia revolucionária na gestão de metas, pois é simples, prática,
transparente, favorece a justiça e vem sendo cada vez mais usada por diferentes organizações
inovadoras.
Seus resultados na melhoria da performance de pessoas e equipes são muito bons, visto que escrever
corretamente as metas aumenta as chances de alcançá-las.
Um OKR é composto de um único objetivo, ou O; e um conjunto de três a cinco resultados principais, os
KRs. O objetivo é qualitativo, possível, destinado a inspirar e direcionar ações.
 EXEMPLO
Pisar na lua (John Kennedy, em 1961); tornar a web a mais rápida possível (Google). O objetivo mostra
para onde se quer ir, ou seja, senso de direção e metas estratégicas. Uma empresa que trabalhe com
projetos de decoração e o seu objetivo (O) deve ser o de aumentar as vendas pelo site, pois, em época de
pandemia, o mundo digital se tornou imprescindível.
Os resultados-chave (KRs) são o desdobramento do objetivo em três a cinco metas quantitativas com
prazo curto (geralmente trimestrais) e simplicidade de mensuração e comunicação, para saber se está
perto de atingir o objetivo.
 EXEMPLO
Dez ótimos engenheiros de propulsão de foguetes contratados até março; tempo de carregamento de um
site diminuído em 20% dentro de 90 dias; 12 louças lavadas nos próximos três meses.
A empresa define três KRs, que são:
Aumentar o número de visitantes oriundos do Facebook em 10%;
Aumentar a conversão dos visitantes do Instagram para 10%;
Converter em venda os pedidos de orçamento feitos pelo site em 5%.
A cada três meses, faz-se a análise dos resultados obtidos e os devidos ajustes para que o objetivo único,
que é o de aumentar as vendas pelo site, possa ser concretizado.
ESSE PRAZO DE TRÊS MESES NÃO É RÍGIDO. NA
VERDADE, CADA ORGANIZAÇÃO DEFINE O SEU
PERÍODO PARA O ACOMPANHAMENTO DOS
RESULTADOS, DEVENDO LEVAR EM CONTA QUE
PERÍODOS MUITO LONGOS PODEM LEVAR A
DESENGAJAMENTOS. EM CONTRAPARTIDA, NOS
PERÍODOS MUITO CURTOS, NÃO HÁ TEMPO HÁBIL
PARA A COLETA DOS DADOS, TRANSFORMANDO A
FERRAMENTA EM UMA SÉRIE DE TAREFAS
IMPRODUTIVAS.
Na mensuração dos resultados, o ideal é que os key results (KRs) possam atingir um percentual entre
60% e 80%. Caso consiga 100%, desconfie que sua meta está muito frouxa; e se tiver abaixo de 30%,
provavelmente, a meta definida foi muito elevada.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista as definições apresentadas neste tema, você é capaz de entender o que é um
desempenho de processo, os modelos existentes e como avaliá-los. E utilizando a metodologia SMART,
você poderá definir metas para os indicadores de desempenho de processos, os PPIs, e para os
indicadores-chave de desempenho de processos, os KPIs.
 PODCAST
REFERÊNCIAS
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an empirically validated framework. In: Business Process Management Forum: BPM Forum 2019,
Proceedings (Lecture Notes in Business Information Processing, v. 360, pp. 211-227, 2019.
ANDREWS, R. et al. Quality-informed semi-automated event log generation for process mining. In:
Decision Support Systems, v. 132, p. 41, February, 2020.DAVENPORT, T. H.; SPANYI, A. What process mining is, and why companies should do it? In:
Harvard Business Review, v. 2019, pp. 2-7, Abr. 2019.
DEL-RÍO-ORTEGA, A. et al. Using templates and linguistic patterns to define process performance
indicators. In: Enterprise Information Systems, v. 10, n. 2, pp. 159-192, 2014.
FRANCISCHINI, P. G.; FRANCISCHINI, A. S. N. Indicadores de desempenho. Rio de Janeiro: Alta
Books, 2017.
KOHLBACHER, M.; GRUENWALD, S. Process ownership, process performance measurement and
firm performance. In: International Journal of Productivity and Performance Management, v. 60, n. 7, pp.
709-720, 2011.
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In: Total Quality Management, v. 11, n. 1, p. 67-85, 2000.
MARSHALL JUNIOR, I. et al. Gestão da qualidade e processos. Rio de Janeiro: FGV Management,
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SAAB, N.; HELMS, R.; ZOET, M. Predictive quality performance control in BPM: proposing a
framework for predicting quality anomalies. In: Procedia Computer Science, v. 138, pp. 714-723, 2018.
SULL, D.; SULL, C. With Goals, FAST Beats SMART. In: MIT Sloan Review, Mai. 2018.
VAN LOOY, A.; SHAFAGATOVA, A. Business process performance measurement: a structured
literature review of indicators, measures and metrics. In: SpringerPlus, v. 5, n. 1, pp. 1-24, 2016.
WIELAND, U. et al. Process performance measurement system – towards a customer-oriented solution.
In: Business Process Management Journal, v. 2, n. 2, pp. 312-331, 2015.
EXPLORE+
Navegue no site da PPINOT, que apresenta um conjunto de ferramentas e técnicas para a definição e
análise automática de indicadores de desempenho de processos.
Busque vídeos sobre os temas KPI e SMART. Há uma grande quantidade de exemplos e materiais a
respeito.
Visite o site da Celonis, líder de mercado em Process Mining, para saber mais a respeito.
Procure vídeos na Internet para saber mais a respeito dos temas BSC e OKR.
Leia o livro Avalie o que importa, de John Doerr.
Pesquise sobre a renomada revista de gestão do MIT e analise os artigos que comparam os modelos
SMART e FAST.
CONTEUDISTA
Fernando Celso Garcia da Silveira
 CURRÍCULO LATTES
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