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Módulo 1 - EBRADI
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*1*
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AULA I: DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
CASUÍSTICA
Em determinada Comarca, a cadeia está lotada; novos presos em flagrante chegam; a autoridade policial determina que eles sejam algemados uns aos outros e todos em volta do poste, em frente ao estabelecimento policial. São autores de crime grave e alguns, reincidentes. Como o advogado desses novos presos deve agir?
RESPOSTA ESPERADA: Não importa a gravidade do crime ou a situação pessoal de cada um (se reincidente ou primário); fere-se a dignidade da pessoa humana, pelo desrespeito com que são tratados pelos agentes estatais; não se pode amarrar pessoas em postes, a pretexto de superlotação do presídio. A autoestima é um valor universalmente consagrado e ela representa a própria dignidade do ser humano. Se presos forem tratados como ‘animais’, a lesão a direito individual torna-se evidente. O advogado deve ingressar com HC: como argumentação: a lesão à dignidade da pessoa humana; como pedido: a imediata soltura dos algemados ao poste; como pedido alternativo: a imediata transferência para cela de presídio.
QUESTÃO OBJETIVA
A dignidade da pessoa humana é: um princípio;
AULA II: DEVIDO PROCESSO LEGAL
CASUÍSTICA
Terminado um julgamento no Tribunal do Júri, o réu foi condenado a 28 anos de reclusão pela prática de dois homicídios. Lida a sentença em plenário, após transcurso do prazo, nem o acusado nem seu advogado dativo recorrem. Transita em julgado e o acusado vai cumprir a pena. A família se esforça e contrata um defensor. O que ele pode fazer para buscar uma saída técnica para o caso?
RESPOSTA ESPERADA: O advogado deve ingressar com HC, alegando nulidade absoluta, pois houve evidente prejuízo para o réu, que não pôde utilizar o duplo grau de jurisdição, por conta da deficiência nítida da defesa dativa. Portanto, feriu-se o devido processo legal, pois dois outros princípios foram lesados: ampla defesa (efetiva) e duplo grau de jurisdição. Há que se anular o trânsito em julgado permitindo que o réu possa recorrer da decisão condenatória.
QUESTÃO OBJETIVA
O devido processo legal é:um princípio regente das ciências criminais;
AULA III: LEGALIDADE
CASUÍSTICA
Um auxiliar de escritório foi ao banco fazer um depósito a mando de seu chefe. Chegando ao local, ficou preso naquela porta giratória. Pediram-lhe que tirasse todas as moedas do bolso, relógio, celular etc. Ele tirou tudo e ainda assim não passou. Pediram para que ele tirasse o cinto e os sapatos. Ele o fez e continuou preso. Disseram a ele que não poderia ingressar no banco. Irritado, ele tirou toda a roupa e ficou somente de cueca. O gerente chamou a polícia e ele foi preso por prática de ato obsceno (art. 233, CP). Como advogado, o que fazer?
RESPOSTA ESPERADA: Não aceitar a transação (embora seja crime de menor potencial ofensivo) e questionar ao juiz a legalidade da prisão com os seguintes enfoques: a) feriu-se o princípio da taxatividade, corolário da legalidade, pois ato obsceno é expressão muito aberta, sem significado claro; b) inexiste tipicidade, pois não houve dolo do agente; o acusado pretendia entrar no banco para fazer um depósito e foi tirando a roupa para mostrar que não portava arma; nunca teve a intenção de praticar um fato típico previsto no art. 233 do CP.
QUESTÃO OBJETIVA
Assinale a alternativa correta: a legalidade possui dois aspectos; no sentido amplo, ninguém é obrigado a fazer o que a lei não manda ou a deixar de fazer o que ela permite; no sentido estrito, não há crime, nem pena sem prévia lei.
AULA IV: ANTERIORIDADE
CASUÍSTICA
O agente sequestrou uma pessoa maior de 60 anos em 10 de setembro de 2003. A vítima foi colocada em liberdade em 25 de setembro do mesmo ano. Inicia-se o processo-crime contra o réu. Em fevereiro de 2004, o juiz condena o acusado, com fundamento no art. 159, § 1o, do CP, a cumprir 12 anos de reclusão. Argumenta o magistrado que a vítima é idosa e, à data da sentença, já estava em vigor o Estatuto do Idoso, que acrescentou “se o sequestrado é maior de 60 anos” no parágrafo primeiro do art. 159, pois é Lei de 1º de outubro de 2003, com vacatio legis de 90 dias, igualmente ultrapassada. Na apelação, o que se deve alegar?
RESPOSTA ESPERADA: Houve erro do magistrado, que não respeitou o princípio da anterioridade. Para incidir a qualificadora de crime contra idoso, o delito teria que consumar-se após o período de vacatio legis. Ora, o crime se deu em setembro de 2003, quando ainda não havia a referida qualificadora. Logo, a pena precisa ser reduzida para o montante previsto no caput do art. 159.
QUESTÃO OBJETIVA
A anterioridade foi incluída no mesmo inciso XXXIX do art. 5º da CF e no art. 1º do CP porque: a sua importância é vital para que a legalidade seja eficaz.
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*2*
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AULA I: RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA 1
CASUÍSTICA
A Lei 11.464/2007 estabeleceu a possibilidade legal de progressão de regime para crimes considerados hediondos. Com a entrada em vigor do novo diploma legal, o § 1º do artigo 2º da Lei 8.072/1990, "Lei dos Crimes Hediondos" (LCH), passou a expressamente restabelecer o sistema progressivo de cumprimento de pena nos crimes rotulados como "hediondos" ao estatuir que a pena seja cumprida "inicialmente em regime fechado". A redação original estabelecia que a sanção penal fosse cumprida "integralmente em regime fechado".
A nova lei, contudo, determina parâmetros objetivos diferenciados para a progressão de regime nessa categoria de crimes. A atual redação do §2º do artigo 2º da LCH impõe o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena para que apenados primários tenham direito à progressão. Para condenados reincidentes a exigência legal é de cumprimento de 3/5 (três quintos) da sanção penal para que se possa obter o direito de ingresso em regime prisional menos gravoso.
Como é cediço, a regra geral para a progressão de regime é disciplina pelo artigo 112 da Lei 7.210/1984, "Lei de Execução Penal" (LEP), o qual estabelece como requisito objetivo para a concessão do benefício o cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena. O ordenamento execucional penal atual, portanto, apresenta três requisitos objetivos distintos para a progressão de regime: cumprimento de 1/6 da pena para apenados por crimes não rotulados como hediondos; 2/5 para condenados por crimes hediondos, desde que primários; e, por fim, 3/5 para condenados por crimes hediondos, quando reincidentes. (Fonte: Da irretroatividade dos novos patamares para progressão de regime em crimes hediondos, Napoleão Bernardes Neto, site: https://jus.com.br/)
Os condenados por crimes cometidos antes da entrada em vigor da nova lei têm direito de avançar ao regime prisional menos severo após o cumprimento da 1/6, 2/5 e 3/5 de pena?
RESPOSTA ESPERADA: Malgrado a lei atual se mostre benigna no que tange a assegurar a possibilidade de progressão aos condenados por crimes hediondos, é certo que, mesmo antes de sua edição, os tribunais reconheciam tal possibilidade, promovendo o sentenciado após o cumprimento de 1/6 da reprimenda, com fulcro na regra geral da LEP. Nesse passo, denota-se que a nova lei, na prática, configura novatio in pejus, pois institui frações maiores (2/5 e 3/5) de cumprimento para a progressão, razão pela qual não deve retroagir em face daqueles que praticaram crimes antes de sua edição.
QUESTÃO OBJETIVA
Quanto a extratividade da lei penal, pode-se dizer: a extratividade somente é admissível para a lex mitior.
AULA II: RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA 2
CASUÍSTICA
Considerando os conceitos de ultratividade e retroatividade, analise os seguintes dispositivos e responda:
Lei 11.343/2006
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo comdeterminação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§4º Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Lei 6.368/1976
Art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
Pena - Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
Como deve se resolver a situação de traficante que cometeu o crime antes da vigência da nova lei, porem está sendo julgado em janeiro deste ano?
RESPOSTA ESPERADA: Sendo inviável a combinação de leis, a análise do caso dependerá das circunstâncias concretas, para saber qual dos diplomas regerá a situação. Assim teremos:
a) Caso o sujeito seja primário, estará guarnecido pelo reconhecimento do redutor previsto no §4º, da nova lei, cuja pena final poderá ser de 1 ano e 8 meses, sendo, portanto, mais benéfica que a disposição anterior.
b) Não sendo o sujeito primário, o diploma anterior será mais benéfico, pois a pena-base parte do patamar de 3 anos (menor que 5 anos previsto pela nova lei).
QUESTÃO OBJETIVA
Quanto às leis temporárias, pode-se dizer: são espécies de leis intermitentes.
AULA III: HUMANIDADE
CASUÍSTICA
Genival foi beneficiado com a progressão ao regime semiaberto pelo magistrado da vara das execuções criminais de Serro Azul, onde cumpre pena em regime fechado. Determinada a remoção, a Secretaria de Administração Penitenciária informou, por intermédio de ofício encaminhado ao juízo, que Genival ocupa a posição de número 137 na listagem de espera pela abertura de vaga no regime intermediário. Considerando que a decisão que deferiu a progressão foi proferida há 8 meses, como deve proceder o advogado de Genival?
RESPOSTA ESPERADA: O advogado de Genival deve impetrar habeas corpus perante o Tribunal de Justiça, alegando constrangimento ilegal por patente ofensa a humanidade, decorrente da manutenção de sua prisão sob o regime fechado. Deverá, por sua vez, requerer a expedição de alvará de soltura em favor do paciente, com o fito de que aguarde, em liberdade, a abertura da respectiva vaga no regime para o qual foi progredido.
QUESTÃO OBJETIVA
Não se coadunam com o Princípio da Humanidade, exceto: penas de caráter retributivo.
AULA IV: RESPONSABILIDADE PENAL PESSOAL
CASUÍSTICA
Analise a seguinte situação e responda:
Sujeito é condenado a pena de 1 ano de reclusão, em regime aberto, substituída por prestação pecuniária, no importe de 3 salários mínimos, em favor da vítima. Tendo em vista as dificuldades financeiras enfrentadas pelo sentenciado, seu irmão acaba depositando o valor integral da condenação, na conta do ofendido.
Tal situação enseja ofensa ao princípio da responsabilidade penal pessoal?
RESPOSTA ESPERADA: Sendo o patrimônio disponível, nada veda a doação de dinheiro entre pessoas. Neste caso, se o valor depositado pelo irmão, provém de origem lícita, não há como se sustentar qualquer impedimento ao depósito realizado, razão pela qual, muito embora burle a responsabilidade penal pessoal, não será vedada.
QUESTÃO OBJETIVA
 Acerca da Responsabilidade Penal não se pode dizer: impede que terceiros arquem com prejuízos indiretos decorrentes da pena.
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*3*
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AULA I: INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
CASUÍSTICA
Josué foi condenado em primeira instância pela prática de receptação (art. 180, caput, do CP). A pena aplicada foi de 01 (um) ano de reclusão, bem como 10 (dez) dias-multa, já que não havia circunstâncias judiciais e legais desabonadoras. Todavia, o juiz fixou o regime inicial fechado de cumprimento de pena, sob o argumento de que a receptação “fomenta a prática de inúmeros outros delitos patrimoniais”. Como advogado de Josué, quais argumentos você utilizaria em defesa de seu cliente no tocante ao regime inicial aplicado?
RESPOSTA ESPERADA: Como advogado, é importante demonstrar que a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não é motivo hábil para a fixação de regime mais gravoso do que o permitido segundo a pena aplicada.
O fato de a receptação fomentar a prática de outros crimes patrimoniais é um argumento genérico, já considerado pelo legislador na etapa da individualização legislativa da pena (ver súmulas 718 e 719 do STF, e ainda súmula 440 do STJ).


QUESTÃO OBJETIVA
Selecione a assertiva correta: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
AULA II: PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
CASUÍSTICA
Fernando está sendo processado pela prática de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo (art. 155, § 4º, I, CP). Em debates orais, o representante do Ministério Público pugnou pela condenação do acusado. No tocante à dosimetria da pena, requereu a fixação da pena-base acima do mínimo legal em razão da existência de inquéritos em andamento contra Fernando. Na segunda fase, o promotor pediu a elevação da pena por conta da reincidência específica, pois o acusado possui uma sentença condenatória em primeira instância (ainda pendente de recurso) pela prática de um furto anterior. Finda a manifestação do promotor, o magistrado lhe concede a palavra para, na qualidade de advogado de Fernando, apresentar suas alegações finais. Formule suas considerações em relação aos argumentos do promotor de Justiça acerca da dosimetria da pena.
RESPOSTA ESPERADA: “A elevação da pena por conta de inquéritos em andamento ou sentenças sem trânsito em julgado ofende o princípio constitucional da presunção de inocência (CF, art. 5º, inciso LVII – “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”). Nos termos da súmula 444 do STJ, “é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”. Portanto, o advogado deve aduzir que não assiste razão ao representante do Ministério Público, sendo indevida a elevação da pena, quer na primeira fase, quer na segunda fase.
QUESTÃO OBJETIVA
Assinale a assertiva correta: Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
AULA III: CONTRADITÓRIO
CASUÍSTICA
"Marcos está sendo processado pela prática de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei 11.343/2006). Durante a instrução, foi ouvida uma testemunha arrolada pela acusação, que não se lembrou dos fatos, e interrogado o acusado, o qual negou veementemente a participação no crime. O juiz declarou encerrada a instrução e concedeu às partes prazo para apresentação de memoriais escritos. 
Nessa peça, o promotor de Justiça pediu a condenação de Marcos, juntando depoimento policial prestado em processo instaurado contra Ricardo, no qual o agente da lei relata o envolvimento de Marcos (prova emprestada). 
Você foi recém contratado por Marcos para redigir os memoriais de defesa. Diante das informações trazidas, o que poderia ser alegado? A utilização da prova emprestada para embasar a condenação, nesse caso, violaria algum princípio?
RESPOSTA ESPERADA: Sim, a utilização da prova emprestada violaria o princípio do contraditório, pois foi colhida em processo distinto instaurado contra outro acusado. Marcos não teve a oportunidade de participar de sua produção (não lhe foi possível, por exemplo, confrontar a testemunha e fazer reperguntas).

Assim é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

“(...) 6. A jurisprudênciaé firme na compreensão de que admite-se, como elemento de convicção, a prova produzida em outro processo, desde que a parte a quem a prova desfavorece houver participado do processo em que ela foi produzida, resguardando-se, assim, o contraditório, e, por consequência, o devido processo legal substancial. Assim, produzida e realizada a prova em consonância com os preceitos legais, não há falar em decreto de nulidade. (...) (AgRg no HC 289.078/PB, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 15/02/2017)”.

QUESTÃO OBJETIVA
Assinale a alternativa correta: Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
AULA IV: AMPLA DEFESA
CASUÍSTICA
Pedro foi condenado em primeira instância pela prática de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/2006). No dia da audiência de instrução, debates e julgamento, Pedro não foi apresentado pela escolta policial. Apesar da insurgência do advogado do acusado à época, o magistrado ouviu as testemunhas presentes e declarou encerrada a instrução, proferindo, após os debates orais, sentença condenatória. A família de Pedro contrata você para redigir a apelação. Apenas considerando as informações trazidas acima, o que poderia ser arguido no recurso?
RESPOSTA ESPERADA: A ampla defesa compreende não apenas a defesa técnica, mas também a autodefesa. Por essa razão, o acusado tem o direito de estar presente na audiência e também de apresentar sua versão dos fatos pessoalmente ao juiz, no interrogatório. Observe-se que, no caso, o acusado deixou de comparecer ao ato não por vontade própria, mas porque estava preso e não foi apresentado pela escolta. Logo, deve-se arguir a existência de nulidade por violação ao princípio constitucional de ampla defesa.

QUESTÃO OBJETIVA
Considere as alternativas abaixo:
I. A ampla defesa compreende a defesa técnica, realizada por advogado legalmente habilitado, razão pela qual o réu não pode apresentar pessoalmente sua versão dos fatos ao julgador.
II. Aplica-se a ampla defesa na fase processual apenas, sendo vedado ao advogado acompanhar o interrogatório dA DEFESAe seu cliente na fase de inquérito policial.
III. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Estão corretas: Apenas a assertiva III
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*4*
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AULA I: JUIZ NATURAL E IMPARCIAL
CASUÍSTICA
O réu “X” foi condenado por tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/2006). Por ocasião do recurso, observa-se que um dos Desembargadores integrantes da Câmara Criminal foi, à época, o juiz prolator da sentença condenatória. Há óbice à atuação jurisdicional desse Desembargador?
RESPOSTA ESPERADA Sim. Cuida-se de causa de impedimento, nos termos do art. 252 do CPP: “O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: (...) III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão”.
QUESTÃO OBJETIVA
De acordo com o princípio do juiz natural: É vedada, em qualquer caso, a existência de juízo ou tribunal de exceção.
AULA II: PUBLICIDADE
CASUÍSTICA
"João Carlos, recém formado, tem atuado como advogado na seara criminal há poucos meses. Na última semana buscou, em prol de seu cliente, examinar material investigatório já documento, entretanto, não possui sucesso, uma vez que o Delegado Alfredo, responsável pelo caso, não o permitiu, sem oferecer maiores explicações.
Diante do caso narrado responda: Há irregularidade na conduta de delegado que impede advogado de examinar material investigatório já documentado?
"
RESPOSTA ESPERADA: “A resposta é afirmativa. O Delegado não poderia impedir que João Carlos tivesse acesso ao material investigatório, uma vez que além de vulnerar o princípio da publicidade (CF, art. 93, IX), a conduta contraria o disposto no Estatuto da OAB (Lei 8.906/1994), cujo art. 7º, XIV, assim estabelece: “Art. 7º - São direitos do advogado (...): XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital”. Nos termos do § 12 do referido artigo, “a inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente”. 
Inclusive, a Súmula Vinculante nº 14 diz que: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.”. 

QUESTÃO OBJETIVA
Marque a assertiva falsa: Por força do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, a publicidade dos julgamentos no processo penal é excepcional, dependendo sempre de expresso consentimento do acusado.
AULA III: VEDAÇÃO DAS PROVAS ILÍCITAS
CASUÍSTIVA
"Por meio de interceptação telefônica realizada sem autorização judicial, policiais ouvem conversa mantida entre dois traficantes, na qual mencionam a existência de grande quantidade de droga em determinada localidade. 
Com tal informação, os agentes da lei recebem um mandado judicial e vão até o local, onde apreendem a droga e prendem Josué, caseiro do local. 
Com base na situação narrada, é possível afirmar que a apreensão da droga foi lícita? Fundamente.
"
RESPOSTA ESPERADA:” A interceptação telefônica é ILÍCITA, pois realizada sem autorização judicial (Lei 9296/96 – artigo 1º). De tal sorte, a apreensão da droga é uma PROVA DERIVADA, sendo, portanto, também ILÍCITA. 
Nesse sentido é o artigo 157, §?1o, do Código de Processo Penal: “São inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas,?salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras”. 
QUESTÃO OBJETIVA
São consequências do descumprimento do princípio constitucional da duração razoável do processo, exceto: Causa de impedimento do Magistrado para julgar a causa.
AULA IV: ECONOMIA PROCESSUAL, DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO E DA PRISÃO CAUTELAR
CASUÍSTICA
Há 3 meses foi decretada a prisão preventiva de Sandro, que responde a processo por crime de ameaça (art. 147 do CP) praticado contra Paula, sua ex-companheira.
Na audiência de instrução, debates e julgamento, Fernanda, testemunha arrolada pela acusação, não comparece. Por insistência do representante do Ministério Público, o magistrado redesigna a audiência para dois meses depois. Como advogado de Sandro, quais argumentos poderiam ser invocados para pleitear a liberdade do seu cliente?
RESPOSTA ESPERADA: Poderia ser invocado o princípio constitucional da duração razoável do processo (CF, art. 5º, LXXVIII) e, especialmente, a duração razoável da prisão cautelar. Além disso, o processo não se encerrou por insistência exclusiva da acusação na oitiva da testemunha, não podendo a demora ser atribuída à defesa. Por fim, o crime de ameaça tem pena mínima de 1 mês de detenção, sendo possível até mesmo a aplicação isolada da pena de multa. Desse modo, a pena aplicada, em caso de condenação, provavelmente será inferior ao período de prisão cautelar já cumprida pelo acusado.
QUESTÃO OBJETIVA
São inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, exceto: Quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independentedas primeiras.
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*5*
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AULA I: PLENITUDE DE DEFESA
CASUÍSTICA
Tício é levado a julgamento perante Tribunal do Júri, no entanto, durante o plenário o advogado de defesa apresentou sua manifestação de forma superficial e genérica, sem se aprofundar nas provas colhidas. Ao final, Tício foi condenado pelo crime de homicídio. No dia seguinte ao julgamento você é contratado como novo advogado de Tìcio. Qual deverá ser a medida adotada e a tese apresentada?
RESPOSTA ESPERADA: Deverá ser interposto recurso de apelação. Como preliminar deverá ser arguida a nulidade do julgamento por ofensa ao princípio da plenitude de defesa. Isto porque não basta que a defesa técnica se apresente formalmente, é necessário que exista defesa real, efetiva e adequada ao caso concreto.
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre a plenitude de defesa pode-se afirmar que: é mais completa do que a ampla defesa.
AULA II: SOBERANIA DOS VEREDITOS
CASUÍSTICA
José foi levado a julgamento perante o Tribunal do Júri, sendo alegada em sua defesa a tese de legítima defesa da honra. Após a quesitação os jurados reconhecerem ser José o autor dos disparos que causaram a morte da vítima. Porém, ao responderem a pergunta “o jurado absolve o réu?”, os jurados, por maioria, responderam SIM. O Ministério Público interpôs recurso de apelação alegando julgamento contrário às provas dos autos, afirmando não ser admitida na jurisprudência a chamada legítima defesa da honra. Na qualidade de advogado de José, o que deverá alegar em favor de seu cliente?
RESPOSTA ESPERADA: Deverá alegar que a decisão dos jurados não pode ser considerada contrária à prova dos autos já que reconheceram expressamente a autoria e a materialidade, ou seja, deram correta interpretação à prova existente nos autos. A decisão de absolvição/condenação proferida pelos jurados é imotivada e soberana, não cabendo recurso contra a decisão que reconhece o autor do crime e, mesmo assim, opta por absolvê-lo.
QUESTÃO OBJETIVA
No caso do Tribunal de Justiça entender que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, a instância superior deverá: Dar provimento para sujeitar o réu a novo julgamento.
AULA III: SIGILO DAS VOTAÇÕES
CASUÍSTICA
Verificando-se que houve comunicação entre os jurados, pergunta-se: Qual deve ser a medida adotada?
RESPOSTA ESPERADA: O jurado deverá ser excluído do Conselho de sentença, nos termos do art. 466, § 1º, do CPP. Além disso, será condenado a pagar multa no valor de 1 a 10 salários mínimos.
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre o sigilo votações no júri pode-se afirmar que: Serão aberto os votos até atingirem 4 votos iguais.
AULA IV: COMPETÊNCIA PARA OS CRIMES DOLOSOS CONTRA AVIDA
CASUÍSTICA
Mário foi denunciado, perante a Vara do Tribunal do Júri, como incurso no art. 213 e art. 121, caput, ambos do Código Penal. Conforme narra a denúncia, a vítima caminhava pela via pública, ocasião na qual foi abordada pelo acusado e conduzida pelo braço até um bosque próximo. Enquanto Mário empregava força física para manter relação sexual com a ofendida, inclusive desferindo socos e tapas, a vítima debatia-se desesperadamente até lograr empreender fuga. Mário saiu em seu encalço, correndo, e ao se aproximar da vítima, saltou sobre seu corpo, jogando-a ao chão. Ao cair, a ofendida chocou a cabeça sobre uma pedra, vindo a falecer. Na qualidade de advogado de Mário, qual tese apresentaria em resposta à acusação?
RESPOSTA ESPERADA: Deverá ser alegado que a conduta se tipifica como estupro qualificado pelo resultado morte, nos termos do art. 213, § 2º, do Código Penal. Além disso, tal delito não é classificado como doloso contra a vida, devendo ser afastada a competência do júri.
QUESTÃO OBJETIVA
Qual das situações abaixo NÃO será julgada pelo júri?: extermínio de uma nação indígena.
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*6*
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AULA I: CULPABILIDADE
CASUÍSTICA
José e João são sócios em uma empresa de têxtil. José é o responsável por administrar a produção da fábrica, decidindo quais produtos serão fabricados, logística de transporte, gerenciamento dos trabalhadores etc. João, a seu turno, é o responsável pelas vendas das empresa, além de gerir as contas a pagar e receber, escrituração contábil, apuração de impostos, folha de pagamento de funcionários etc. Ambos foram denunciados pela prática de crime contra a ordem tributária. Na qualidade de advogado de José qual tese poderia ser arguida?
RESPOSTA ESPERADA: Poderá ser arguida ofensa ao princípio da culpabilidade, uma vez que José não participava da gestão contábil e fiscal da empresa. O simples fato de ser sócio não pode implicar em atribuição de crime de sonegação, pois haveria nítida responsabilidade penal objetiva.
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre o princípio da culpabilidade é correto afirmar que: veda a punição sem dolo ou culpa.
AULA II: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
CASUÍSTICA
Como é sabido, no processo penal existem decisões contra as quais não há a previsão específica de recurso cabível. Nessas situações quais meios processuais podem ser utilizados pelo advogado quando a decisão, embora irrecorrível, se mostre ilegal?
RESPOSTA ESPERADA: Se a decisão ilegal influir no direito de ir e vir do acusado, o advogado poderá fazer uso do habeas corpus, como por exemplo no caso de decisão de recebimento de denúncia por fato atípico. Porém, se a decisão não envolve o direito de locomoção, o advogado poderá impetrar mandado de segurança, por exemplo para discutir a liberação de bens apreendidos.
QUESTÃO OBJETIVA
É correto afirmar que do duplo grau de jurisdição: não se aplica aos processos com foro por prerrogativa de função.
AULA III: PROMOTOR NATURAL
CASUÍSTICA
Na qualidade de advogado do réu, qual medida processual deve ser adotada quando houver indícios de que o promotor de justiça possui interesse pessoal na causa?
RESPOSTA ESPERADA: Deverá ser oposta exceção de suspeição contra o membro do parquet, com fundamento no art. 104 do Código de Processo Penal.
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre o princípio do promotor natural pode-se afirmar que: não admite exceções; veda o chamado promotor de exceção.
AULA IV: OBRIGATORIEDADE DA AÇÃO PENAL E SUA INDISPONIBILIDADE
CASUÍSTICA
Qual medida pode ser tomada pelo advogado da vítima se, passados trinta dias do recebimento do inquérito, o promotor de justiça não tiver dado qualquer andamento?
RESPOSTA ESPERADA: Caberá ao advogado propor queixa-crime subsidiária da pública, com fundamento no art. 29 do CPP, alegando inércia do Ministério Público.
QUESTÃO OBJETIVA
É correto afirmar que: em caso de interposição de recurso contra sentença condenatória, o promotor não poderá desistir do recurso.

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