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Apostila Saúde mental

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Sumário 
1 O Ser Humano ........................................................................................................................ 3 
2 RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO E TRATAMENTOS EM SAÚDE MENTAL ............................. 3 
3 Saúde X Doença Mental ......................................................................................................... 5 
4 Doenças Físicas e Aspectos Psicológicos ................................................................................. 7 
5 Papel da Enfermagem na Psiquiatria ...................................................................................... 9 
6 Tratamento das Doenças Mentais ....................................................................................... 10 
7 Tipos de Psicoterapia ........................................................................................................... 12 
8 História da Psiquiatria ......................................................................................................... 16 
9 Psiquiatria No Brasil ............................................................................................................. 18 
10 Novos Modelos de Atenção em Saúde Mental ................................................................... 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 O Ser Humano 
 
O ser humano é um ser social. Desde que nascemos somos inseridos em 
grupos sociais, seja por nossas escolhas, como os amigos, seja por imposição 
de uma série de variantes, como a família. 
Esses grupos ao qual pertencemos nos influenciam e são influenciados 
por cada um de seus membros mutuamente e individualmente e também nos 
norteiam como pensar e nos comportar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO E TRATAMENTOS EM SAÚDE 
MENTAL 
 
O Relacionamento terapêutico foi criado, desenvolvido e implementado na 
Enfermagem em Saúde Mental por Hildegard Peplau. Peplau desenvolveu a 
“Teoria das Relações Interpessoais em Enfermagem” fundamentada em sua 
experiência prática na aplicação de seus princípios nos Hospitais Psiquiátricos, 
assistência Domiciliar e Ambulatorial. Apoiou seus estudos na “Teoria 
Interpessoal da Psiquiatria” de Harry Stack Sullivan 
• Conceito de Relacionamento Terapêutico RT: 
Constitui-se em um processo com várias etapas ou fases com características 
próprias, atividades, fenômenos que surgem durante o desenvolvimento de suas 
diferentes etapas e desafios, ou problemas, que exigem supervisão para o seu 
desenvolvimento. 
1- Auto conhecimento: É o desenvolvimento da capacidade 
de conhecer as próprias atitudes que estão presentes e que dão 
vida ao comportamento de ser humano. 
2- Capacidade de Amar e Ser Amado: Todo ser humano tem 
necessidade de amar e ser amado. Amor é a capacidade de 
demonstrar afeto por outra pessoa de modo reflexivo sem esperar 
reciprocidade. Amar o cliente significa experimentar e demonstrar 
a ele compreensão, aceitação, respeito, paciência, proteção, 
segurança, entre outros. 
3- Aceitação e Não Julgamento: O enfermeiro deve aceitar o 
cliente como ele é, demonstrando compreensão e aceitação 
empática do porquê ele age daquela maneira no momento em que 
o comportamento se manifesta. É a expressão de seu transtorno. 
Agindo assim, é propiciada ao cliente a oportunidade de 
experimentar segurança e confiança. 
4- Dependência Aceita, Interdependência e Independência: 
No RT, essa dependência tem que ser aceita pelo Enfermeiro e ele 
precisa estar atento para percebê-la e demonstrar aceitação desta, 
sem estimulá-la. Assim que as condições do cliente permitiram, o 
Enfermeiro deverá ajudá-lo a aceitar a interdependência 
necessária e saudável e estimular a independência possível para 
cada cliente em particular. 
5- Empatia e Envolvimento Emocional: O conceito de 
empatia é multidimensional e contêm aspectos cognitivos, 
emocionais, comunicacionais e relacionais. O Enfermeiro deve 
adquirir maturidade suficiente a ponto de poder experimentar a 
empatia sem que haja envolvimento emocional. 
6- Confiança: É o sentimento de fidedignidade em relação a 
o outro. A confiança permite à pessoa aprender como lidar como 
mundo e a resolver os desafios que se apresentam. As 
características de confiança incluem respeito, honestidade, 
consistência e a crença no potencial do outro. 
7 - Respeito Mútuo: Ter respeito pela pessoa é acreditar em sua dignidade 
e seu valor, independente de seu comportamento; aceitar a pessoa que cada ser 
humano é sem julgá-la. 
 
3 Saúde X Doença Mental 
 
Em geral, entende-se ter saúde mental como o oposto de 
doença mental ou a ausência de psicopatologia, ou seja, um estado 
de saúde normal. 
A nossa mente não é uma entidade separada do resto de 
nós. Quando estamos desestruturados, a nossa saúde física 
também é afetada. 
Muitas condições físicas são, na realidade, enraizadas em 
uma aflição psíquica, ou em uma história de estresse que nunca foi 
cuidada. Nossas relações pessoais e de trabalho, e nossas 
habilidades são afetadas por ambas as questões de saúde física e 
mental. 
• Problemas de Saúde Mental e Emocional 
Um problema de saúde mental ou emocional pode ser de 
curto prazo, como uma reação a um estressor (como uma perda, 
doloroso acontecimento, doença, medicação, etc.). 
Se a situação não se reduzir ou se os sintomas de angústia 
estão interferindo com outros aspectos da vida, a assistência de um 
profissional de saúde mental pode ser necessária. Geralmente, não 
se pensa duas vezes em procurar ajuda para evitar um problema 
físico (como no caso de ter quebrado um osso procuramos por um 
ortopedista, ou diante de uma cárie, procuramos um dentista). 
Mas algumas pessoas acreditam que é vergonhoso procurar 
ajuda para um problema de saúde emocional, ou pensam que um 
problema emocional significa que você está "louco". (Leia mais 
sobre os stigma das doenças mentais) 
Em muitas situações, quanto mais cedo se pedir ajuda, 
menores serão as dificuldades com o problema.Tal como acontece 
com condições médicas, como a doença cardíaca ou diabetes, 
existem alguns problemas de saúde mental (tais como depressão 
maior, esquizofrenia ou transtorno bipolar), que tendem a correr em 
famílias – seja em função da genética ou do estilo de interação 
familiar. 
A maioria das pessoas que tem problemas de saúde mental 
pode superá-los ou aprender a viver com eles, especialmente se 
procurar ajuda na hora certa, e não esperar o problema se agravar. 
 
• O que é doença mental? 
No passado, o tema da doença mental foi cercado de 
mistério e medo. Hoje, nós temos feito enormes progressos na 
nossa compreensão e, sobretudo, em nossa capacidade de oferta 
de tratamentos eficazes. 
No entanto, dúvidas sobre as doenças mentais não 
respondidas, muitas vezes impedem que as pessoas procurem 
ajuda. Não existe uma definição precisa de "doença mental", e de 
muitas formas, o termo é enganador. 
 Há muita sobreposição entre transtornos mentais e físicos, 
e é comum que se tenha uma interação entre elementos de ambos. 
Em geral, pode afirmar-se que uma doença mental é uma 
condição que impacta de forma adversa os processos individuais 
de pensamento, as emoções, comportamentos e / ou interações 
com outras pessoas, e interfere negativamente com a sua 
capacidade de gerir eficazmente a vida 
 
• De acordo com a NAMI (Aliança Nacional de 
Doenças Mentais Americana): 
 Doenças mentais são distúrbios graves que causam 
alterações biológicas no cérebro e são debilitantes em diferentes 
graus. 
 Os sintomas de doenças mentais tipicamente começam a 
aparecer na adolescência ou idade adulta jovem. Doença mental 
atingecerca de 5% dos adultos e 9% das crianças e dos 
adolescentes nos Estados Unidos. 
 Há muitos equívocos a respeito das doenças mentais. Isto 
infelizmente contribui para o fato de que muitas pessoas não 
procuram tratamento. 
 Não tratada, a doença mental pode resultar em 
desemprego, abuso de substâncias psicoativas, deterioramento das 
relações interpessoais, e nos casos mais graves encarceramento e 
suicídio. 
 A fim de conquistar o estigma da doença mental, é 
importante compreender que essas condições não estão 
relacionadas com o caráter, inteligência, ou vontade. 
Doenças mentais são doenças como quaisquer outras, e com 
intervenções modernas, são altamente tratáveis 
 
4 Doenças Físicas e Aspectos Psicológicos 
 
Doenças de fundo emocional são estudadas há muito tempo 
pela psicologia. A psicossomática é um tema fascinante e trata da 
intercomunicação mente x corpo. 
Muito se fala sobre o poder de nosso cérebro sobre a saúde 
e nos faz pensar: "Já que somos “poderosos” em criar doenças será 
que podemos aplicar este poder na cura das doenças? Seu cérebro 
pode ser o seu próprio médico?" 
Doença psicossomática e Somatização se referem a 
aspectos diferentes do mesmo ponto: a influência da mente sobre 
a saúde de nosso corpo. 
Toda doença tem fundo emocional? 
Não, mas existem correntes que defendem esta ideia. Creio 
ser um pouco exagerado considerar que toda vez que ficamos 
doentes teremos nossa cabeça como responsável. Nosso corpo 
funciona independente de nosso pensamento e intenção, seu 
coração bate, seu sangue circula quer você queira ou não. A única 
ponta de verdade que consigo ver na afirmação de que toda doença 
tem fundo emocional é que toda pessoa angustiada, nervosa, 
preocupada, triste, irada, enfim com emoções negativas, terão seus 
sistemas imunológicos abalados. 
Com o sofrimento emocional e psicológico seu corpo produz 
cortizol, o hormônio do stress e com a repetição desta descarga 
hormonal seu organismo vai ficando cada vez mais e mais 
debilitado a ponto de adoecer. Mas o inverso também é verdadeiro, 
ou seja, toda vez que sua saúde física estiver abalada você sofrerá 
conseqüências emocionais e psicológicas. 
Quando uma pessoa descobre que tem câncer ficará 
abalada emocional e psicologicamente. Se ela não tiver ajuda para 
se controlar emocionalmente poderá ter sua resistência 
prejudicada e interferir em sua recuperação. Por isso é muito 
importante o acompanhamento psicológico nos casos mais graves. 
Quando alguém diz que a pessoa está somatizando está 
dizendo que esta pessoa apresenta sintomas físicos mesmo não 
havendo uma doença física - a causa destes sintomas é emocional. 
Por exemplo, o caso da pessoa que sente taquicardia, o coração 
dispara e ela vai ao médico achando que está com problema no 
coração, chegando lá ela faz exames, e não acusando nada, o 
médico dispensa o paciente dizendo que ele está bem fisicamente. 
Esta taquicardia pode ser sintoma de pânico - síndrome do 
pânico. Isso é somatização. Os exames não acusam nada porque 
a pessoa não tem nada fisicamente, o sofrimento físico é um reflexo 
do sofrimento emocional, que está escondido. O correto nessa 
situação é que o médico encaminhe a pessoa para um tratamento 
com psicólogo. 
Só o psicólogo pode tratar e amenizar esse sofrimento, que 
apesar de estar se manifestando no corpo é essencialmente 
mental, é psicológico. A ajuda deve ser feita a nível emocional. 
Somatização é quando a pessoa apresenta sintomas cuja 
avaliação do médico não identifica qualquer problema orgânico, 
mas identifica uma causa psicológica, e o tratamento é feito com o 
psicólo
 
5 Papel da Enfermagem na Psiquiatria 
 
O estudo da Enfermagem em Saúde Mental é de certo modo 
fascinante, uma vez que, por vezes, nos leva a reflexões sobre 
nossos comportamentos. Em muitas situações pode-se perceber a 
tentativa de estudante de enfermagem em identificar sinais e 
sintomas das “doenças mentais” em seu próprio organismo. 
Cada vez mais, o conhecimento em saúde mental torna-se 
necessários a todos os profissionais da área da saúde, 
principalmente para a enfermagem, pois hoje, com todas as 
mudanças ocorridas no cenário atual das Políticas de Saúde 
Mental Nacional e Internacional vivencia-se uma realidade 
diferente de algumas décadas atrás, em que o doente mental, não 
está único e exclusivamente dentro dos hospitais especializados 
em psiquiatria, mas sim, ocupam todos os serviços de saúde 
instituídos na comunidade. 
O campo de trabalho da enfermagem se expande e seu 
significado torna-se notável. Sabe-se que cabe a ela o cuidado e a 
promoção da ressocialização de cada pessoa, respeitando sua 
subjetividade. Para efetivação do seu trabalho, o profissional pode 
desenvolver atividades junto ao portador de transtorno mental, 
famílias e comunidade, contribuindo para um convívio mais 
saudável na sociedade. 
Os técnicos de enfermagem, enquanto profissionais de 
saúde, devem munir-se de instrumentos que possibilitem melhor 
entendimento sobre a saúde mental, o que permitirá adequar os 
cuidados básicos, para planejar e implementar ações direcionadas 
aos portadores de transtorno mental, visando à melhoria da 
qualidade da assistência em nível comunitário, contribuindo para 
discussões desta temática, em nível nacional. 
6 Tratamento das Doenças Mentais 
 
De modo geral, os tratamentos psiquiátricos dividem-se em duas 
categorias; somáticos ou psicoterapêuticos. Os tratamentos somáticos incluem 
as terapias farmacológicas e eletroconvulsivantes. 
Os tratamentos psicoterapêuticos incluem a psicoterapia (individual, de 
grupo ou familiar), as técnicas de terapia do comportamento (como os métodos 
de relaxação e a hipnose) e a hipnoterapia. Muitas perturbações psiquiátricas 
requerem, para o seu tratamento, uma combinação de fármacos e de 
psicoterapia. 
No caso das grandes perturbações psiquiátricas, a maior parte dos 
estudos sugere tratamentos que compreendam tanto fármacos como 
psicoterapia, o que resulta mais eficaz que qualquer deles utilizados 
separadamente. 
• Tratamento Farmacológico 
Durante os últimos 40 anos desenvolveu-se um grande 
número de fármacos psiquiátricos altamente eficazes e 
amplamente usados pelos psiquiatras e por outros médicos. Estes 
fármacos são, muitas vezes, classificados de acordo com a 
perturbação principal para a qual se prescrevem. 
Por exemplo, os antidepressivos, como a imipramina, a 
fluoxetina e o buproprion, usam-se para tratar a depressão. Os 
fármacos antipsicóticos, como a clorpromazina, o haloperidol e 
o tioxiteno, são úteis para perturbações 
psiquiátricas como a esquizofrenia. 
Os novos antipsicóticos, como a clozapina e a risperidona, podem ser 
úteis para alguns doentes que não tenham respondido a outros fármacos mais 
tradicionais. 
Os fármacos ansiolíticos, como o clonazepam e o diazepam, podem 
utilizar-se para tratar as perturbações por ansiedade, como a perturbação por 
pânico e as fobias. estabilizantes do humor, como o lítio e a carbamazepina, 
foram usados, com certo êxito, em pacientes com doenças maníaco-
depressivas. 
 
• Psicoterapia 
Durante os últimos anos efetuaram-se grandes avanços no 
campo da psicoterapia. A psicoterapia é o tratamento que o 
terapeuta aplica ao doente mediante técnicas psicológicas e 
fazendo uso sistemático da relação doente-terapeuta. 
Os psiquiatras não são os únicos profissionais da saúde 
preparados para praticar a psicoterapia. Também podem incluir-se 
psicólogos clínicos, trabalhadores sociais, enfermeiros, alguns 
conselheiros espirituais e muitos outros que não são profissionais 
da saúde. 
No entanto, os psiquiatras são os únicos profissionais da 
saúde mental autorizados a receitar fármacos. 
Embora a psicoterapia individual se pratique de muitas 
formas diferentes, de modo geral os profissionais da saúde mental 
são especializados numa das quatro escolasde psicoterapia 
seguintes: a dinâmica, a cognitivo-comportamental, a humanista ou 
a comportamental. 
A psicoterapia dinâmica deriva da psicanálise e baseia-se 
em ajudar o doente a compreender as suas estruturas e conflitos 
internos que podem estar a criar sintomas e dificuldades nas suas 
relações. A terapia cognitivo-comportamental centra-se 
primariamente nas distorções do pensamento do doente. 
A terapia interpessoal centra-se no modo como uma perda 
ou uma alteração numa relação afeta o doente. A terapia 
comportamental está orientada para ajudar os doentes a modificar 
a sua forma de reagir diante de acontecimentos que ocorrem à sua 
volta. Na prática, muitos psicoterapeutas combinam várias técnicas 
segundo as necessidades do doente. 
A psicoterapia é apropriada para uma variedade ampla de 
situações. Inclusive as pessoas que sofrem de perturbações 
psiquiátricas podem encontrar nela ajuda para enfrentar problemas 
como dificuldades no trabalho, perda de um ente querido ou uma 
doença crônica na família. Também se utilizam amplamente a 
psicoterapia de grupo e a terapia familiar. 
 
7 Tipos de Psicoterapia 
 
Arteterapia 
É uma 
forma de 
terapia 
que utiliza 
recursos 
expressivos, artisticos e vivênciais com o objetivo de facilitar o 
auto-conhecimento e a comunicação do cliente. 
 
Programação Neurolingüística 
A PNL é um modelo de comunicação e comportamento que 
enfatiza o papel da linguagem na determinação de nosso 
estado físico e psicológico. 
 
Psicoterapias Corporais Para esta psicoterapia, nossas 
emoções possuem um correlato físico, tornando-se necessário 
o contato com o corpo, juntamente com a verbalização. 
 
Psicoterapia Familiar: Corresponde a uma serie de 
psicoterapias que são centradas nos problemas interativos das 
crises de relacionamento de casal ou no interior da família. 
 
Cognitiva: Sistema de terapia cujo princípio básico é de 
que as cognições(pensamentos, crenças, interpretações) de 
um indivíduo frente a situações influenciam suas emoções e 
comportamentos. O terapeuta atua sobre as cognições, a fim 
de alterar as emoções e comportamentos que as 
acompanham. 
 
Psicanálise: A Psicanálise é ao mesmo tempo um modo particular de 
tratamento do desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se 
ocupa dos processos mentais inconscientes. 
 
Hipnose e hipnoterapia: A hipnose e a hipnoterapia estão a ser utilizadas 
de modo crescente para tratar a dor e as perturbações físicas que têm um 
componente psicológica. 
Estas técnicas podem promover a relaxamento, fazendo, 
consequentemente, com que a ansiedade e a tensão se reduzam. 
Por exemplo, a hipnose e a hipnoterapia pode ajudar as pessoas com 
cancro que, além da dor, têm ansiedade ou depressão 
 
• Eletroconvulsoterapia 
A ECT - eletroconvulsoterapia é um tratamento 
extremamente eficaz e seguro para doenças psiquiátricas, 
principalmente a depressão. O objetivo é promover uma 
estimulação elétrica no cérebro com a finalidade de induzir uma 
crise convulsiva que dura ao redor de 30 segundos, mas já suficiente 
para aliviar os sintomas das doenças. O tratamento é feito em 
sessões, o número de aplicações é definido pelo psiquiatra. Tudo é 
feito em um ambiente hospitalar, com o paciente anestesiado para 
que não sinta desconforto ou dor e a liberação é feita no mesmo dia. 
Apesar do alto índice de eficácia e da segurança do 
tratamento, a técnica ainda é incompreendida e confundida com 
tratamento doloroso, antiquado ou mesmo tortura. Antigamente a 
ECT era conhecida como “eletrochoque”. Nos anos 50, com a 
descoberta de remédios com efeitos antipsicóticos, antidepressivos 
e estabilizadores do humor, a ECT começou a ser vista 
negativamente. No entanto, nenhuma droga, até o momento, se 
iguala, em eficácia, à ECT. Quando os profissionais começaram a 
observar as limitações do efeito das medicações o interesse pela 
ECT voltou a crescer. Em 1959, foi relatado o uso de anestesia 
durante o procedimento. A partir dos anos 
70 a técnica foi extremamente aprimorada, com o desenvolvimento 
de aparelhos mais sofisticados, que permitem um controle preciso 
da carga fornecida, uso de anestesia, oxigenação, relaxamento 
muscular e monitoração detalhada das funções vitais. 
Atualmente, estima-se que 50 mil pessoas recebam ECT por 
ano nos Estados Unidos, no Brasil ainda não há dados precisos, 
mas a técnica é amplamente utilizada nos melhores e mais 
conceituados hospitais de todo o país. Infelizmente o preconceito e 
a falta de informação ainda existem, mas a cada dia mais 
profissionais e pacientes reconhecem que a ECT é uma 
intervenção eficaz, segura e, muitas vezes, capaz de salvar a vida 
em certos transtornos nos quais outras intervenções tiveram pouco 
ou nenhum efeito. 
O tratamento surgiu na década de 30, quando os 
neuropsiquiatras italianos, Ugo Cerletti e Lucio Bini, iniciaram 
pesquisas induzindo convulsões com eletricidade. Em 1938, 
Cerletti realizou a primeira terapia convulsiva induzida 
eletricamente com finalidade terapêutica. Descobriu-se, então, que 
o tratamento reduz o risco de suicídio, quase a ponto de 
desaparecimento, rapidamente. Em poucos anos, a ECT tornou-se 
um dos principais métodos de tratamento da esquizofrenia e 
transtornos do humor. 
Os quadros depressivos são os que melhor respondem a 
este tratamento. Todos os subtipos podem se beneficiar do 
tratamento: refratária, unipolar, bipolar, catatônica, associada a 
transtorno de personalidade ou a uma outra doença orgânica. 
A ECT tem indicação como primeiro tratamento nos quadros nos quais: 
● Há um risco de suicídio iminente; 
● Uma desnutrição que põe em risco a vida do paciente; 
● A presença de sintomas catatônicos; 
● Presença de sintomas psicóticos graves; 
Em situações nas quais outros tratamentos são mais 
arriscados devido aos seus efeitos colaterais (por exemplo: 
pacientes idosos, durante a gestação e amamentação). 
Outros quadros também podem ter indicação: mania e seus subtipos, 
esquizofrenia e outras psicoses funcionais resistentes ao uso de antipsicóticos, 
epilepsia refratária e transtornos mentais em epilépticos, síndrome neuroléptica 
maligna e doença de Parkinson (há melhora dos sintomas extrapiramidais e 
depressivos). 
 
 
8 História da Psiquiatria 
 
A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de 
curar a alma", sendo o ramo da medicina que se dedica ao 
diagnóstico, tratamento, reabilitação e prevenção das doenças 
mentais. 
A esquizofrenia, doença de Alzheimer e transtornos de 
humor são exemplos de afecções mentais graves, enquanto os 
transtornos de personalidade são tidos como de menor magnitude 
de severidade, entretanto, não dispendem de tratamentos e de 
devida atenção. 
É necessário entender a diferença e a importância da 
psiquiatria e psicologia. Enquanto a psiquiatria trata da 
anormalidade mental, a psicologia possui como foco a o 
funcionamento psicológico normal. Além disso, a psicologia é de 
responsabilidade de profissionais psicólogos, enquanto a 
psiquiatria é de cunho médico. 
A humanidade convive com a loucura há séculos e, antes de 
se tornar um tema essencialmente médico, o louco habitou o 
imaginário popular de diversas formas. De motivo de chacota e 
escárnio a possuído pelo demônio, até marginalizado por não se 
enquadrar nos preceitos morais vigentes, o louco é um enigma que 
ameaça os saberes constituídos sobre o homem. 
Na época da Renascença, a separação dos loucos se dava 
pelo seu banimento dos muros das cidades européias e o seu 
confinamento era um confinamento errante: eram condenados a 
andar de cidade em cidade ou colocados em navios que, na 
inquietude do mar, vagavam sem destino, chegando, 
ocasionalmente, a algum porto. 
No entanto, desde a Idade Média, os loucos são confinados 
em grandes asilos e hospitais destinados a toda sorte de 
indesejáveis – inválidos, portadores de doençasvenéreas, 
mendigos e libertinos. Nessas instituições, os mais violentos eram 
acorrentados; a alguns era permitido sair para mendigar. 
No século XVIII, Phillippe Pinel, considerado o pai da 
psiquiatria, propõe uma nova forma de tratamento aos loucos, 
libertando-os das correntes e transferindo-os aos manicômios, 
destinados somente aos doentes mentais. Várias experiências e 
tratamentos são desenvolvidos e difundidos pela Europa. 
O tratamento nos manicômios, defendido por Pinel, 
baseia-se principalmente na reeducação dos alienados, no respeito 
às normas e no desencorajamento das condutas inconvenientes. 
Para Pinel, a função disciplinadora do médico e do manicômio deve 
ser exercida com firmeza, porém com gentileza. Isso denota o 
caráter essencialmente moral com o qual a loucura passa a ser 
revestida. 
No entanto, com o passar do tempo, o tratamento moral de 
Pinel vai se modificando e esvazia-se das idéias originais do 
método. Permanecem as idéias corretivas do comportamento e dos 
hábitos dos doentes, porém como recursos de imposição da ordem 
e da disciplina institucional. No século XIX, o tratamento ao doente 
mental incluía medidas físicas como duchas, banhos frios, 
chicotadas, máquinas giratórias e sangrias. 
Aos poucos, com o avanço das teorias organicistas, o que 
era considerado como doença moral passa a ser compreendido 
também como uma doença orgânica. No entanto, as técnicas de 
tratamento empregadas pelos organicistas eram as mesmas 
empregadas pelos adeptos do tratamento moral, o que significa 
que, mesmo com uma outra compreensão sobre a loucura, 
decorrente de descobertas experimentais da neurofisiologia e da 
neuroanatomia, a submissão do louco permanece e adentra o 
século XX. 
A partir da segunda metade do século XX, impulsionada 
principalmente por Franco Basaglia, psiquiatra italiano, inicia-se 
uma radical crítica e transformação do saber, do tratamento e das 
instituições psiquiátricas. Esse movimento inicia-se na Itália, mas 
tem repercussões em todo o mundo e muito particularmente no 
Brasil. 
Nesse sentido é que se inicia o movimento da Luta 
Antimanicomial que nasce profundamente marcado pela idéia de 
defesa dos direitos humanos e de resgate da cidadania dos que 
carregam transtornos mentais. 
Aliado a essa luta, nasce o movimento da Reforma Psiquiátrica que, 
mais do que denunciar os manicômios como instituições de violências, propõe 
a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, 
profundamente solidárias, inclusivas e libertárias. 
 
9 Psiquiatria No Brasil 
 
A psiquiatria surge com a chegada da Família Real ao Brasil. 
Com o objetivo de colocar ordem na urbanização e disciplinar a 
sociedade a partir de embasamento nos conceitos da psiquiatria 
européia que destratava o “louco” e intervia no tratamento do 
doente mental com seu isolamento, tratando-o no hospital 
psiquiátrico. 
No final da década de 70 com a mobilização dos 
profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com 
transtornos mentais, surge o movimento de reforma psiquiátrica. 
Esse movimento se inscreve no contexto de redemocratização do 
país e na mobilização político-social que ocorre na época. 
Importantes acontecimentos como a intervenção e o 
fechamento da Clínica Anchieta, em Santos/SP, e a revisão 
legislativa proposta pelo então Deputado Paulo Delgado por meio 
do projeto de lei nº 3.657, ambos ocorridos em 1989, impulsionam 
a Reforma Psiquiátrica Brasileira. 
Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de 
Caracas a qual propõe a reestruturação da assistência psiquiátrica, 
e, em 2001, é aprovada a Lei Federal 10.216 que dispõe sobre 
a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 
Dessa lei origina-se a Política de Saúde Mental a qual, 
basicamente, visa garantir o cuidado ao paciente com transtorno 
 
 
 
 
 
 
 
 
mental em serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, 
superando assim a lógica das internações de longa permanência 
que tratam o paciente isolando-o do convívio com a família e com 
a sociedade como um todo. 
A Política de Saúde Mental no Brasil promove a redução 
programada de leitos psiquiátricos de longa permanência, 
incentivando que as internações psiquiátricas, quando necessárias, 
se dêem no âmbito dos hospitais gerais e que sejam de curta 
duração. Além disso, essa política visa à constituição de uma rede 
de dispositivos diferenciados que permitam a atenção ao portador 
de sofrimento mental no seu território, a desinstitucionalização de 
pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos e, 
ainda, ações que permitam a reabilitação psicossocial por meio da 
inserção pelo trabalho, da cultura e do lazer. 
Em parceria, a Coordenação Nacional de Saúde Mental e o 
Programa de Humanização no SUS, ambos do Ministério da 
Saúde, registraram o cotidiano de 24 casas localizadas em 
Barbacena/MG, nas quais residem pessoas egressas de longas 
internações psiquiátricas e que, por suas histórias e trajetórias de 
abandono nos manicômios, mais parecem personagens do 
impossível. 
Antes, destituídos da própria identidade, privados de seus 
direitos mais básicos de liberdade e sem a chance de possuir 
qualquer objeto pessoal (os poucos que possuíam tinham que ser 
carregados junto ao próprio corpo), esses sobreviventes agora 
vivem. São personagens da cidade: transeuntes no cenário urbano, 
vizinhos, trabalhadores e também turistas, estudantes e artistas. 
Compuseram e compõem novas histórias no mundo. 
Essa mostra fotográfica de beneficiários do Programa de Volta para 
Casa e moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos é, acima de tudo, 
uma homenagem aos que transpuseram os muros dos hospitais, da sociedade 
e os seus próprios. 
 
10 Novos Modelos de Atenção em Saúde Mental 
 
O modelo de atenção aos pacientes com transtornos 
mentais previsto pelo Ministério da Saúde para o SUS busca 
garantir os direitos conferidos pela Lei no 10.216/01, direito de ser 
tratado preferencialmente em serviço comunitário de saúde mental, 
direito à inserção na família, no trabalho e na comunidade. 
O art. 5o desta lei prevê que “o paciente há longo tempo 
hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave 
dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de 
ausência de suporte social, será objeto de política específica de 
alta planejada e reabilitação psicossocial assistida”. 
Para tanto, o Ministério da Saúde tem perseguido a 
mudança do modelo hospitalocêntrico para um modelo baseado na 
excepcionalidade da internação e prevalência de assistência extra 
hospitalar. O modelo preconizado pelo Ministério da Saúde é o 
atendimento em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e a 
desinstitucionalização dos pacientes de longa permanência, 
entendidos como aqueles internados por período superior a um 
ano, por meio de projeto terapêutico voltado para a reinserção 
social.
Embora a lei garanta a inserção na família (art. 2o, parágrafo 
único, inciso II), nem sempre ela e possível, pois depende das 
condições econômicas e sociais dos familiares. 
Para possibilitar a alta de pacientes para os quais a volta a 
família tornou-se impossível ou inadequada a reinserção social, 
foram criados os serviços residenciais terapêuticos (SRT). A fim de 
incentivar o retorno familiar, a Lei no 10.708/2003 criou a 
possibilidade de pagamento de beneficio assistencial mensal 
temporário de R$ 260,00 (Programa De Volta para Casa). 
Houve redução de 57 hospitais psiquiátricos, com a 
consequente diminuição de cerca de 30.000 leitos, que foram 
substituídos por mais de 100 serviços de cuidados extra 
hospitalares e cerca de criação de 2000 leitos para assistência a 
saúde mental em hospitais gerais. 
O Ministério da Saúde ainda criou os serviços residenciaisterapêuticos em saúde mental, entendidos como “moradias ou casa 
inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar 
dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações 
psiquiátricas de longa permanência, que não possuem suporte 
social e laços familiares e que viabilizem sua inserção social”, a fim 
de substituir a internação psiquiátrica prolongada. 
A partir de então a política publica para a saúde mental, 
seguindo as diretrizes da Declaração de Caracas, passou a 
considerar que as internações em hospitais especializados em 
psiquiatria devem ocorrer somente naqueles casos em que foram 
esgotadas todas as alternativas terapêuticas ambulatoriais 
existentes, partindo da premissa de que o modelo de atenção extra-
hospitalar tem demonstrado grande eficiência e eficácia no 
tratamento dos pacientes portadores de transtornos mentais. 
Sendo assim, a Lei nº 10.126/2001, reconheceu o direito a 
reinserção social dos pacientes de longa permanência em hospitais 
psiquiátricos e impulsionou o modelo atual de assistência ao 
paciente psiquiátrico: 
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: 
 
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, 
consentâneo as suas necessidades; 
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse 
exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua 
recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; 
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso 
e exploração; IV - ter garantia de sigilo nas 
informações prestadas; 
V - ter direito a presença medica, em qualquer tempo, para 
esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização 
involuntária; 
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; 
 
VII - receber o maior numero de informações a respeito de 
sua doença e de seu tratamento; 
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios 
menos invasivos possíveis; 
 
 
• CAPS 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) possibilita a 
organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no 
país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, 
comunitários que oferecem atendimento diário. 
Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o 
acompanhamento clínico e a reinserção social dos pacientes pelo 
acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e 
fortalecimento dos laços familiares e comunitários. 
Os Centros de Atenção Psicossocial existe em diferentes 
modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, CAPSad e 
CAPSi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Hospital Dia 
O Hospital Dia em psiquiatria é uma modalidade de 
atendimento que possibilita a atenção integral ao paciente e à 
família evitando, em muitos casos, a internação É um tratamento 
intensivo, porém não afasta o paciente do convívio familiar. 
Através de recursos terapêuticos (oficinas, grupos verbais, 
grupos de terapia ocupacional, atividades físicas, etc.) oferecemos 
atenção multidisciplinar, focando o bem estar psicossocial e a 
qualidade de vida. 
Desde o início da atenção em nosso hospital dia, o paciente terá um 
projeto terapêutico individual estabelecendo-se o diagnóstico psiquiátrico nos 
diferentes eixos, a medicação adequada e atendimento terapêutico que 
possibilite a autonomia, ressociabilização e bem estar psíquico 
• Residências Terapêuticas 
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência terapêutica ou 
simplesmente "moradia" – são casas localizadas no espaço urbano, 
constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas 
portadoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não. 
O número de usuários pode variar desde 1 indivíduo até um pequeno 
grupo de no máximo 8 pessoas, que deverão contar sempre com suporte 
profissional sensível às demandas e necessidades de cada um. 
O suporte de caráter interdisciplinar (seja o CAPS de 
referência, seja uma equipe da atenção básica, sejam outros 
profissionais) deverá considerar a singularidade de cada um dos 
moradores, e não apenas projetos e ações baseadas no coletivo de 
moradores. O acompanhamento a um morador deve prosseguir, 
mesmo que ele mude de endereço ou eventualmente seja 
hospitalizado. 
O processo de reabilitação psicossocial deve buscar de 
modo especial a inserção do usuário na rede de serviços, 
organizações e relações sociais da comunidade. Ou seja, a 
inserção em um SRT é o início de longo processo de reabilitação 
que deverá buscar a progressiva inclusão social do morador. 
Cada casa deve ser organizada segundo as necessidades e 
gostos de seus habitantes: afinal é uma moradia! Por isso, a rigor, 
deverão existir tantos tipos de moradias quanto de moradores. No 
entanto, pensando em termos bem gerais, temos dois grandes 
tipos de SRTs: 
SRT I – O suporte focaliza-se na inserção dos moradores na 
rede social existente (trabalho, lazer, educação, etc.). O 
acompanhamento na residência é realizado conforme 
recomendado nos programas terapêuticos individualizados dos 
moradores e também pelos Agentes Comunitários de Saúde do 
PSF, quando houver. Devem ser desenvolvidas, junto aos 
moradores, estratégias para obtenção de moradias definitivas na 
comunidade. Este é o tipo mais comum de residências, onde é 
necessário apenas a ajuda de um cuidador (pessoa que recebe 
capacitação para este tipo de apoio aos moradores: trabalhador do 
CAPS, do PSF, de alguma instituição que faça esse trabalho do 
cuidado específico ou até de SRTs que já pagam um trabalhador 
doméstico de carteira assinada com recursos do De Volta Para 
Casa). 
SRT II – Em geral, cuidamos de nossos velhos, doentes e/ou 
dependentes físicos, inclusive com ajuda de profissionais: o SRT II é a casa 
dos cuidados substitutivos familiares desta população institucionalizada, 
muitas vezes, por uma vida inteira. O suporte focaliza-se na reapropriação do 
espaço residencial como moradia e na inserção dos moradores na rede social 
existente. Constituída para clientela carente de cuidados intensivos, com 
monitoramento técnico diário e pessoal auxiliar permanente na residência, 
este tipo de SRT pode diferenciar-se em relação ao número de moradores e 
ao financiamento, que deve ser compatível com recursos humanos presentes 
24h/dia. 
 
• Ambulatório com Equipe de Saúde Mental 
Os ambulatórios com equipe de saúde mental são 
considerados serviços de média complexidade, ou seja, unidades 
de saúde que oferecem atenção integral à comunidade incluindo o 
programa de saúde mental. 
A equipe especializada tem como um dos objetivos 
racionalizar os encaminhamentos para os serviços de maior 
complexidade, reduzindo a procura direta aos atendimentos de 
urgência e hospitalares,. 
Composta por médico psiquiatra, psicólogo e assistente 
social, e estes serviços devem contar com pelo menos dois 
profissionais de nível superior, que estejam capacitados para o 
trabalho em saúde mental. 
Alem dos profissionais de nível médio. Atendendo junto a 
Secretaria Municipal de Saúde, o Ambulatório de Saúde Mental é 
uma unidade especializada, onde são atendidos casos de urgência 
e emergência. As consultas são agendadas pelos usuários quando 
estes são encaminhados pelas UBSs - Unidades Básicas de Saúde. 
A demanda é passada por uma triagem onde as diversas sistuações são 
analisadas levando-se em consideração o grau de sofrimento do usuário 
(criança, adolescente, adulto e idoso) permitindo critérios de priorização no 
atendimento. Essa unidade deve ser composta por uma equipe multidisciplinar 
• Ambulatório Especializado em Saúde Mental 
São unidades de saúde com equipe multiprofissional 
especializada em saúde mental: médico psiquiatra, médico clínico, 
psicólogo, equipe de enfermagem especializada, assistente social, 
terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, neurologista e pessoal 
auxiliar. A composição e atribuições serão definidas pelo Gestor 
Local, considerandoa consolidação de um modelo de atenção à 
saúde voltada para um conceito de territorialização com o 
conhecimento da configuração epidemiológica, reconhecimento da historia, 
das demandas e dos problemas da população. 
Atenção aos usuários nestas unidades de saúde deverá 
incluir as seguintes atividades, desenvolvidas pela equipe 
multiprofissional: 
● atendimento individual (consulta, psicoterapia, 
dentre outros); 
● atendimento grupal (grupo operativo, 
terapêutico, atividades socioterápicas, de orientação, 
atividades de sala de espera, atividades educativas em 
saúde). Por profissional de nível médio poderão ser 
realizados grupos de orientação e de sala de espera; 
● visitas domiciliares por profissional de nível 
superior ou médio; atividades comunitárias por profissional 
de nível superior ou médio, especialmente na área de 
referência do serviço de saúde
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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