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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL Estudo de Caso: TEA Lucia Helena Rodrigues Ribeiro Genilce de Souza Alves Cordeiro Trabalho da disciplina de Psicopatologia na Aprendizagem Tutor: Prof.ª Ana Luiza Barcelos Ribeiro Campos dos Goytacazes 2020 ESTUDO DE CASO: A IMPORTÂCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA CRIANÇA AUTISTA. 1 - INTRODUÇÃO: O presente trabalho apresenta resultado de um estudo de caso, cuja criança foi diagnosticada com transtorno do espectro autista. Organizamos o estudo com base na etapa inicial do seu desenvolvimento, seguido pelas intervenções realizadas a fim de auxiliar no processo ensino aprendizagem e evitar maiores prejuízos no decorrer de uma vida futura. 2- DESENVOLVIMENTO: O relato que segue, veio de uma mãe em busca de respostas para auxiliar seu filho Miguel, hoje com 10 anos, muito esperado pelos pais, que buscaram métodos para que fosse gerado, nasceu de parto cesariano e até então, tinha uma vida saudável, com seu desenvolvimento típico de sua idade, estava aprendendo as primeiras palavras, e certo dia simplesmente se calou, não interagia mais como antes, não apontava para os objetos de desejo, a mãe sabia o que ele queria e entregava em suas mãos. Por volta dos 12 meses, percebeu-se uma regressão em seu desenvolvimento de linguagem e cognitivo, algo estava errado, ele havia perdido o interesse em brincar, tinha crises de choro quando contrariado. Com a idade de 1 ano e 9 meses, a mãe foi fazer outro tratamento, queria aumentar a família, e lá conversou com a médica que a atendeu, relatando todo o comportamento do filho, que ele tinha dificuldade de socialização, pânico em lugares movimentados, era seletivo nos alimentos. A partir desses relatos, o Miguel fora encaminhado para especialistas em outro estado, Dra. Carla Gikovate. Médica — Neurologista infantil, pois na cidade onde residia não se ouvira falar sobre autismo e não sabia como lidar com crianças com esse tipo de transtorno, ele fora diagnosticado com (SA) síndrome de Asperge. Iniciando assim as intervenções, teria que ser alfabetizado novamente, dessa vez partindo de metodologias preparadas com ludicidade, trabalhando as interações sociais, a oralidade, buscando saber qual o interesse da criança e a partir desse interesse, criar meios para que ela interaja e aprenda, pois eles possuem identidade própria. Segundo o National Institute of Neurological Disorders and Stroke (ninds), parte do national institute of health, define como a síndrome de asperger; Uma desordem do desenvolvimento que se caracteriza por rotinas repetitivas ou rituais, peculiaridades na fala e linguagem, tais como falar de forma excessivamente formal ou de forma monótona, ou usando literalmente, figuras de expressão, comportamento social e emocional inadequados e a incapacidade de interagir de forma bem sucedida com os colegas, problemas com a comunicação não verbal, incluindo o uso restrito de gesticulações, expressões faciais limitadas ou inadequadas ou um peculiar, olhar fixo, falta de jeito e movimentos motores descoordenados. Após varias intervenções com o auxilio de profissionais especializados, como psicopedagogo, terapeuta educacional, fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo, grupo para socialização, psicólogo. Continua seletivo nas suas escolhas de amigos, é considerado uma criança super inteligente, exímio desenhista, chegou a tomar medicamentos, porém as reações não foram bem aceitas pela família, pois o deixava lento. A síndrome de Asperge ainda se encontra em estudo, pois possui as mesmas características do autismo, e quando falamos de inclusão é um grande desafio para a escola trabalhar com esse tipo de transtorno, onde o professor terá que ajustar o conteúdo para a alfabetização destes alunos, buscar meios e conhecimento para tentar conseguir os objetivos. Nesse momento a família e a escola precisam se alinhar, não colocando de lado as diferenças entre a criança que possui suas limitações e particularidades. O espaço educacional é de uma importância absurda nesse momento, para que ela possa vivenciar novas experiências, e também a escola poderá junto com a equipe pedagógica, estar fazendo adaptações de acordo com a realidade que esta criança se encontra. Segundo Araujo (2014), houve uma atualização e revisão no manual de transtornos mentais, mudando para o DSM-V, classificando assim todos os em um só nome, o transtorno do espectro autista, feito para agilizar o diagnostico, que atrasava muito, tornando as intervenções mais difíceis de serem realizadas nas crianças com autismo. O DSM-5, oficialmente publicado em 18 de maio de 2013, é a mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana. A publicação é o resultado de um processo de doze anos de estudos, revisões e pesquisas de campo realizado por centenas de profissionais divididos em diferentes grupos de trabalho. O objetivo final foi o de garantir que a nova classificação, com a inclusão, reformulação e exclusão de diagnósticos, fornecesse uma fonte segura e cientificamente embasada para aplicação em pesquisa e na prática clínica. Desta forma à síndrome de Asperger que é uma forma mais leve do autismo, que hoje atinge mais de dois milhões de pessoa só no Brasil. Atualmente à síndrome de Asperger é considerada parte do grupo de transtorno do espectro autista (TEA) e o código correspondente da Classificação Internacional de Doença – CID.10 F84. Existe uma semelhança entre o autismo e a síndrome do Asperger, as crianças diagnosticada com essa patologia não são gravemente afetadas com comportamento cognitivo e atraso no desenvolvimento da fala. Já o autismo é um transtorno que compromete o desenvolvimento da fala, a interação social da pessoa, apresenta comportamentos viciados, repetitivos e muito restritos e são supersensíveis. CONCLUSÃO: Atualmente a precisão do diagnóstico do (TEA) transtorno do espectro autista, tem sido satisfatória devido à metodologia aplicada e os serviços de saúde tem aumentado a atenção para o transtorno. O diagnóstico deve seguir critérios definidos internacionalmente com avaliação completa e uso de escalas validadas. O caso diagnosticado precocemente tem como sintomas: Atraso fala sons peculiares e ecolalia. A comunicação social é um dos sintomas, mas importantes para aqueles que foram diagnosticados mais tarde. Observa-se que é importante para pais, familiares, professores, escolas e pessoas ligadas diretamente com as crianças, estarem sempre atentos ao desenvolvimento infantil, para que percebam se a desvio nas normas padrões. Encontrando alguma anormalidade se faz necessário buscar ajuda médica e psicológica, uma equipe que seja especializada no (TEA). Ampliando assim as possibilidades da criança, habitação e reabilitação, evitando agravos e danos dos sintomas. Desse modo os avanços tende a diminuir e os prejuízos causados pelo diagnóstico tardio. A pessoa com síndrome de Asperger pode apresentar as características do autismo no sentido mais leve, e isso permite que ele tenha uma vida de maneira mais independente. A síndrome de Asperger e o autismo é uma síndrome que não tem cura, só tratamento, é uma condição permanente, cabe a nós buscarmos meios de ajuda-lós a ter uma vida melhor. REFERÊNCIAS: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452014000100007 http://autismo.institutopensi.org.br/wp-content/uploads/manuais/Manual_para_Sindrome_de_Asperger.pdf ( 5 )
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