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Introdução ao Eletrocardiograma

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1 
 
Introdução ao Eletrocardiograma 
Definições 
Primeiro devemos entender como funciona a 
propagação do impulso elétrico pelo músculo 
cardíaco (o chamado Sistema de Condução).. 
Basicamente essa é uma função desempenhada 
por tecidos especializados e são eles: Nó sinoatrial 
(SA) – o “marcapasso do coração”, Nó 
atrioventricular (AV), Feixes de His e Fibras de 
Purkinje.. 
O controle da atividade cardíaca é feito pelo sistema 
nervoso simpático e parassimpático. 
 
Sístole → Contração da câmara cardíaca para 
ejeção de sangue presente no seu interior. 
Diástole → Relaxamento da câmara cardíaca 
para um novo preenchimento de sangue em 
seu interior. 
 
Então o impulso de despolarização cardíaca inicia-
se no nó SA e é propagado pelos átrios através do 
sistema de Purkinje provocando sua contração. 
Centésimos de segundos depois, o impulso atinge 
o nó AV, que retarda o impulso para que os átrios 
forcem a passagem de sangue para os ventrículos. 
Após esse retardo, o impulso é propagado pelo 
sistema de Purkinje aos ventrículos, contraindo-os. 
O eletrocardiograma é o registro dos potenciais 
elétricos gerados pela corrente elétrica pela qual 
passa o impulso cardíaco. Pequena parte dessa 
corrente se manifesta na superfície corporal e é 
dessa forma que os eletrodos conseguem captar 
os potenciais elétricos gerados. 
Características do Papel 
 
O ECG leva em consideração duas variáveis: tempo 
(na horizontal) e amplitude (na vertical). 
 
Com relação ao tempo temos: 
1 quadradinho = 0,04 seg 
5 quadradinhos = 1 quadrado maior = 0,20 seg 
25 quadradinhos = 5 quadrados maiores = 1 seg 
 
Com relação à amplitude temos: 
1 quadrado maior = 0,5 mV 
2 quadrados maiores = 1 mV 
 
 
 
2 
 
Características do ECG normal 
O ECG normal é composto pela onda P, pelo 
complexo QRS e pela onda T. 
 
Onda P → Produzida pelos potenciais elétricos 
gerados quando os átrios se despolarizam, antes de 
a contração atrial começar. 
Complexo QRS → Produzido pelos potenciais 
gerados quando os ventrículos se despolarizam 
antes de sua contração. 
Onda T → Produzida pelos potenciais gerados 
enquanto os ventrículos se restabelecem do estado 
de despolarização. O que acontece normalmente 
0,25 a 0,35 segundo após sua despolarização por 
isso é conhecida como uma Onda de repolarização. 
 
OBS: A onda de repolarização atrial (onda T atrial) 
ocorre cerca de 0,15 a 0,20 segundo após a onda 
P, por esse motivo é geralmente encoberta pelo 
complexo QRS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As derivações do ECG 
Derivações representam a ligação de dois eletrodos 
com pólos elétricos diferentes – positivo e negativo 
– que “olham” o coração de diversos ângulos (de 
frente, dos lados, de baixo) e captam as diferenças 
do potencial geradas pelo miocárdio. 
No total temos 12 derivações: 6 periféricas e 6 
precordiais. 
• Derivações Periféricas 
 Derivações Periféricas Bipolares 
As 3 derivações bipolares criadas por Einthoven na 
eletrofisiologia (DI, DII, DIII) formam um triângulo 
equilátero (o chamado Triângulo de Einthoven). 
 
D I: Resultante do diferencial de potencial elétrico 
entre o braço direito (-) e o braço esquerdo (+). 
D I I: Resultante do diferencial de potencial elétrico 
entre o braço direito (-) e a perna esquerda (+). 
D I I I: Resultante do diferencial de potencial elétrico 
entre o braço esquerdo (-) e a perna esquerda (+). 
 
 
 
 Derivações Periféricas Unipolares 
Captam a diferença de potencial elétrico entre um 
ponto periférico e um outro ponto neutro. 
 
aVR: Resultante entre o braço direito e o ponto neutro 
aVL: Resultante entre o braço esquerdo e o ponto 
neutro. 
3 
 
aVR: Resultante entre o potencial da perna (pés) e o 
ponto neutro. 
Unindo todas as derivações periféricas temos: 
 
Traduzindo para uma visão mais prática...... 
 
Analisando as derivações que conhecemos até 
agora temos: 
- D III, D II e aVF representando as paredes inferiores 
- aVL e D1 representando as paredes laterais 
esquerdas 
• Derivações Precordiais 
Os eletrodos são colocados sucessivamente sobre 
as seis posições da superfície torácica. 
V1: Quarto espaço intercostal, á direita do esterno 
V2: Quarto espaço intercostal, à esquerda do 
esterno 
V3: Em meio caminho entre os pontos V2 e V4 
V4: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha 
clavicular média 
V5: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha 
axilar anterior 
V6: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha 
axilar média (V6). 
 
O esquema abaixo representa as 12 derivações do 
ECG e quais paredes cardíacas por elas podem ser 
analisadas: 
 
 Derivações contíguas = Mostram a mesma parede 
D2, D3 e aVF Parede inferior. 
V1 - V4 Superfície anterior, incluindo o 
septo interventricular 
D1, aVL, V5 e V6 Parede lateral. 
 
4 
 
ECG normal nas 12 derivações 
 
 
 
 
ECG Passo a Passo 
1. Ritmo Cardíaco 
1 – Verificar se é um ritmo sinusal. 
É o ritmo fisiológico do coração, que se origina no 
átrio direito alto. Como identificar ritmo sinusal? A 
onda P deve estar positiva em D2 
 
II – Verificar se é um ritmo regular ou irregular 
Para isso, medimos um intervalo R-R e verificamos 
se os outros têm intervalos semelhantes, sem 
oscilações + Identificar arritmias. 
 
2. Frequência Cardíaca 
Uma forma rápida de calcular a FC através do 
eletrocardiograma é seguir a seguinte fórmula: 
𝐹𝐶 = 
1500
𝑁° 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟𝑒𝑠
 
 
OBS: A contagem do número de quadradinhos é 
feita em um intervalo R-R. 
3. Onda P 
Corresponde à 
despolarização atrial, suas 
medidas fisiológicas estão 
sendo representadas na 
imagem. 
A Onda P possui 2 componentes: O primeiro 
é a despolarização atrial direita, que precede a 
esquerda por uma fração de segundo. 
5 
 
É importante entender 
isso porque às vezes a 
morfologia da onda P nos 
em qual átrio o problema 
provavelmente está. 
Na imagem abaixo temos uma sobrecarga 
atrial direita (onda P mais ampla) à direita e uma 
sobrecarga atrial esquerda (onda P mais 
alargada com um entalhe – Onda P mitrale) à 
esquerda. 
 
 
 
4. Intervalo P-R 
Corresponde ao tempo que o 
estimulo elétrico leva para sair 
dos átrios e entrar nos 
ventrículos. 
Sua duração normal é entre 
0,12 a 0,20 seg. Se estiver mais 
curto pode indicar pré-
excitação ventricular e se 
estiver mais longo pode indicar 
BAV (Bloqueio átrio-ventricular). 
 
5. Complexo QRS 
 
No complexo QRS devemos atentar para: amplitude 
e largura como mostrado nessa imagem acima. 
Além disso, verificamos o eixo do QRS. 
 
 
6. Onda T e Segmento ST 
Positiva em todas as derivações (Excepto aVR e V1) 
Normalmente a onda T tem a mesma direção que 
o complexo QRS, ou seja, existe concordância: 
É expectável que em adultos saudáveis, com mais 
de 20 anos, que a onda T seja positiva em DI, DII e 
de V3 a V6. 
6 
 
A onda T normalmente não é simétrica, pois o seu 
ramo ascendente é mais "lento" do que o ramo 
descendente. 
A onda T é a porção do ECG mais susceptível de 
alterações. Até mesmo a hiperventilação pode 
desencadear a presença de ondas T negativas. 
Ondas T apiculadas – Hipercalemia 
Ondas T hiperagudas - Em fases precoces de 
Enfarte Agudo do Miocárdio com elevação do 
segmento ST podem surgir ondas T de base 
alargada e com ramos não simétricos. 
Este tipo de ondas podem também surgir em 
doentes com Angina de Prinzmetal, durante o 
período de dor precordial. 
Ondas T "aplanada" À semelhança das ondas T 
bifásicas, as ondas T aplanadas ou achatadas podem 
estar presentes na Isquemia Miocárdica ou em 
contexto de Hipocalemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
ECG normal 
 
 
ECG Normal 
8 
 
 
ECG característico de BAV 
 
 
ECG característico de sobrecarga ventricular 
9 
 
 
ECG de um infarto com supra de ST 
 
ECG de Fibrilação atrial 
 
ECG de Fibrilação Ventricular

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