Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
● Exame padrão para avaliar a geração e propagação da atividade elétrica do coração; que identifica atividade elétrica do coração, leitura da atividade, detecta alterações. ● mensura atividade elétrica ● detecta infartos novos e antigos ● hipertrofia do VD aumenta massa desvia atividade elétrica para VD e o eletro detecta isso ● eletrocardiograma NÃO é o potencial de ação ● observa como a eletricidade passa pelo coração ● o coração funciona com sinais elétricos ● tempo: horizontal, esquerda para direita, cada quadrado uma fração de tempo ● milivoltagem: vertical ● velocidade do papel 25mm/s ● 1mm = 0,04 s (horizontal). ● 1mm = 0,1 mV (vertical). ● A cada 5 mm há um risco mais largo REPOUSO: linha horizontal no eletro A princípio, em seu estado de repouso, as células miocárdicas encontram-se eletricamente negativas em seu meio interno e, em seu meio externo, positivas. Há maior concentração intracelular do íon potássio (K+) e, no meio extracelular, do íon sódio (Na+). Essa diferença de concentração leva a uma diferença de potencial entre o meio intracelular e o meio extracelular, que é equivalente a cerca de -90 mV, sendo esse o potencial de repouso. DESPOLARIZAÇÃO Quando o estímulo elétrico é gerado no nó sinusal (conforme demonstrado mais adiante), a corrente elétrica passa por cada célula, com a abertura de canais iônicos, principalmente os de sódio (Na+) e, em menor quantidade, de cálcio (Ca2+). Nesse momento, há uma inversão da polaridade, saindo de -90 mV para cerca de +20 mV. A essa estimulação elétrica na qual as células miocárdicas tornam-se positivas dá-se o nome de despolarização, e é esse o chamado potencial de ação necessário para que as células miocárdicas se contraiam. OBSERVADORES/ELETRODO: Adam: despolarização se afasta Eric: despolarização se aproxima despolarização se aproximando: eletrodo detecta como uma onda superior a linha horizontal despolarização se afastando: eletrodo detecta como uma onda inferior a linha horizontal Cada observador (eletrodo) pode registrar um mesmo fenômeno de formas diferentes. Tudo depende do “ponto de vista”. DESPOLARIZAÇÃO: O que se aproxima do eletrodo é registrado para cima da linha. O que se afasta do eletrodo é registrado para baixo da linha. Quanto menor o ângulo, maior a altura do traçado. REPOLARIZAÇÃO Como a repolarização é o oposto da despolarização, os traçados também são opostos. Diferente do que acontece no neurônio onde a repolarização segue o mesmo sentido da despolarização, na célula miocárdica a repolarização tem sentido oposto ao da despolarização. As fibras do epicárdio ventricular têm duração de potencial de ação ligeiramente menor que as fibras do endocárdio. O epicárdio (que foi o último a se despolarizar) é o primeiro a se repolarizar. Vai em direção ao observador. Se são fenômenos inversos, o traçado também deve ser inverso. Vai em direção oposta ao observador. Se são fenômenos inversos, o traçado também deve ser inverso. Por isso, despolarização e repolarização terão traçados semelhantes quando se observa de um mesmo ponto. ONDA P: DESPOLARIZAÇÃO DOS ÁTRIOS deflexão para cima: deflexão positiva (onda para cima) melhor observada em derivações de Lewis COMPLEXO QRS: DESPOLARIZAÇÃO DOS VENTRÍCULOS: contração dos ventriculos ONDA T: REPOLARIZAÇÃO DO VENTRÍCULO ONDE ESTÁ A REPOLARIZAÇÃO DOS ÁTRIOS? ESTÁ NO COMPLEXO QRS, NÃO É VISÍVEL. Os átrios repolarizam junto com a despolarização dos ventrículos. SISTEMA DE CONDUÇÃO DO IMPULSO ELÉTRICO NO CORAÇÃO EIXO CARDÍACO: sai do nó sinusal do átrio direito → feixe de bachmann atrio esquerdo → nó atrioventricular → feixe de his leva estimulo aos ventrículos → ramos direito e esquerdo do feixe de his → fibra de purkinje ventrículo esquerdo depois da onda P tem linha reta está passando pelo nó atrioventricular, sem atividade expressiva ONDA Q pelo feixe de His o eletrodo/observador não vê a curva, pode dar uma deflexão contrária ao P, bem pequena ONDA R depois do feixe já nos ramos parte do septo ventricular despolarização dos ventrículos ONDA S fibras de purkinje estão se afastando do observador, deflação negativa, normal nao ter ONDA T repolarização do ventrículo ONDA U: potenciais tardios pode ocorrer em corações normais INTERVALOS SEGMENTO PR: de 3 a 5 QUADRADINHOS PEQUENOS, SE DURAR MUITO QUER DIZER QUE HA UM TEMPO MUITO GRANDE DE DESPOLARIZAÇÃO, ESTA DEMORANDO PARA DESPOLARIZAR. O segmento PR é a pausa entre a despolarização do átrio e a despolarização do ventrículo, para que não contraiam ao mesmo tempo. SEGMENTO ST: período refratário, não responde a estímulos, tempo entre despolarização e repolarização dos ventrículos COMPLEXO QRS: até 0,12s; nao pode ter muita alteração de tempo, deve contrair os ventrículos juntos, 3 quadradinhos pequenos INTERVALO QT: todo evento ventricular, despolarização e repolarização INTERVALO RR: calcula o ritmo sinusal e a frequência cardíaca contagem da frequência cardíaca pela onda R; sístole cardíaca POSIÇÕES decúbito dorsal; imobilidade, sem contato com metal; DERIVAÇÕES Cada eletrodo “enxerga” o coração de um ângulo diferente DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS: bipolares Medem a diferença de potencial entre 2 eletrodos de membros diferentes. Vermelho: braço direito. Amarelo: braço esquerdo. Preto: perna direita. Verde: perna esquerda triângulo de Einthoven: Derivação DI: parte do braço direito negativo para o braço esquerdo positivo. Seu ângulo é 0°. Derivação DII: parte do braço direito negativo para as pernas positivas. Seu ângulo é 60°. Derivação DIII: parte do braço esquerdo negativo para as pernas positivas. Seu ângulo é 120°. D2: dá as melhores ondas do eletro, acompanha o eixo cardíaco AVR mais oposto de D2 Derivação aVL: parte do centro do tórax para o braço esquerdo positivo. Seu ângulo é -30°. Derivação aVR: parte do centro do tórax para o braço direito positivo. Seu ângulo é -150°. Derivação aVF: parte do centro do tórax para a perna esquerda positiva. Seu ângulo é +90°. padrão normal: entre -30 e +90 Se o QRS é positivo nas derivações Dl e aVF, isso indica que o eixo médio de ativação ventricular situa-se entre 0 e +90°, ou seja, o vetor médio de ativação dos ventrículos está direcionado para a esquerda e para baixo. Se for positivo em Dl e negativo em aVF, deve estar entre 0 e -90° (quadrante IV), portanto direcionado para a esquerda e para cima. DERIVAÇÃO UNIPOLAR eletrodo explorador no tórax em relação a um eletrodo indiferente, com potencial próximo a zero. V1: 4º espaço intercostal, na linha paraesternal à direita. V2: 4º espaço intercostal na linha paraesternal à esquerda. V3: equidistante entre V2 e V4. V4: 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular à esquerda. V5: 5º espaço intercostal na linha axilar anterior à esquerda. V6: 5º espaço intercostal na linha axilar média à esquerda. CÁLCULO DO EIXO CARDÍACO R - S (alturas) calcular altura de R e de S em D1 e ARF subtrair s de R EM d1 e em AVF gráfico de intersecção entre os valores da subtração, focar se é positivo ou negativo QUADRANTE NEGATIVO: DESVIO INDETERMINADO NORMAL CÁLCULO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA o que determina a FC é a frequência de despolarização das células automáticas do nodo sinusal. a contração ventricular, o que determina a FC em batimentos por minuto (bpm) percorre 1.500 mm (quadradinhos) em 1 minuto compara as distâncias entre as ondas R, conta a frequência ritmo regular: distância de quadradinhos entre Rs Regra dos 1500 Em um traçado com frequência regular, divide-se 1.500 pelo número de quadrados menores que estão entre duas ondas R. Ou seja, escolher duas ondas R, determinar a distância entre elas e dividir o número 1.500 pela distância RR em quadradinhos. Isso significa que em uma distância de 1.500 quadradinhos (distância percorrida em 1 minuto) aparece um número determinado de QRS, o que caracteriza os batimentos por minuto Cálculo da frequênciacardíaca pela regra dos 1.500. Distância RR = 23 mm ou 23 quadradinhos. 1.500/23 = 65 bpm. Regra dos 300 Em um traçado com frequência regular, divide-se o número 300 pela quantidade de quadrados maiores entre duas ondas R. Para facilitar, é válido procurar uma onda R que coincida com uma linha espessa. Caso não seja exato o número de quadrados maiores, soma-se 0,2 para cada quadrado menor que sobrar ao número de quadrados maiores. Uma dica prática é fazer uma contagem regressiva começando do número 300, seguindo-se os números 150, 100, 75, 60, 50, 43, 37 para cada quadrado maior de distância. Isso equivale à divisão do número 300 pelo número de quadrados maiores Cálculo da frequência cardíaca pela regra dos 300. Distância RR = 20 mm ou 4 quadrados maiores. 300/4= 75 bpm ou pela contagem regressiva: 300, 150, 100 até 75, que equivale ao término do intervalo escolhido. ritmo irregular: multiplica número de R em 10 segundos por 6 Geralmente um ECG registra 10 segundos em DII longo, o que equivale a 50 quadrados maiores. Então, basta contar todos os complexos QRS e multiplicar por 6 para se obter a FC. Caso o ECG não registre 10 segundos, pode-se contar 30 quadrados maiores e observar quantos complexos QRS se inserem nesses 30 quadrados maiores. Basta multiplicar o número de QRS nos 30 quadrados maiores por 10 Eletrocardiograma normal. Ritmo sinusal. Observar a onda P positiva em DI, DII e aVF precedendo QRS RITMO NÃO SINUSAL Arritmia supraventricular Ritmo que se origina acima da junção entre o nó atrioventricular (AV) e o feixe de His. São exemplos: fibrilação atrial (Figura 2), flutter atrial, ritmo atrial ectópico, ritmo juncional, taquicardia por reentrada nodal, dentre outras. Fibrilação atrial. Notar que não há onda P positiva em DI, DIII e aVF precedendo um QRS, logo, o ritmo não é sinusal. Observar a ausência de onda P robusta. Essas irregularidades são chamadas de ondas f, e o intervalo RR irregular evidencia uma atividade atrial desorganizada com condução ventricular igualmente desordenada. Arritmia ventricular Ritmo originado abaixo do feixe de His, apresentando QRS necessariamente alargado, visto que não respeita o sistema normal de condução. São exemplos: taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e flutter ventricular. ATRIAL Ocorre quando a origem do ritmo se dá no átrio, porém em um local que não o nó sinusal. Pode ser ainda alto ou baixo e, para essa diferenciação, será analisada a morfologia da onda P na derivação aVF. O intervalo PR se mantém constante nos batimentos. Baixo Em um ritmo atrial baixo, encontra-se uma onda P negativa em aVF. Isso ocorre pois o vetor resultante da despolarização está indo contra aVF Ritmo atrial baixo. Observar a onda P positiva em DI e negativa em aVF. No plano frontal, o vetor resultante está a favor de DI e indo contra aVF. Alto Se um ritmo atrial é dito alto, observar uma onda P positiva em aVF. Isso se deve ao fato de o vetor resultante da despolarização ir em direção ao aVF (positivando-o). NODAL OU JUNCIONAL Origina-se no nó AV ou no feixe de His. Costuma despolarizar numa frequência entre 40 e 50 bpm, podendo assumir o ritmo se o nó sinoatrial (NSA) falhar, conforme mostra a Figura 4. O estímulo sai ao mesmo tempo em direção ao átrio e ao ventrículo, dessa forma, observam-se as situações a seguir. Alto Surge acima do nó AV, desse modo, o estímulo com direção ascendente chega primeiro ao átrio. Ele buscará “ativar” os átrios de baixo para cima, com uma onda P negativa e um intervalo PR reduzido. A onda P é vista “colada” com o QRS. Médio Surge na junção AV, consequentemente, o estímulo chega ao mesmo tempo ao átrio e ao ventrículo; assim, a onda P fica “escondida” atrás do complexo QRS. Isso pode alterar um pouco a morfologia do QRS ou mesmo prejudicar a visualização da expressão da onda P no ECG. Ritmo juncional. De início, nota-se que há uma bradicardia sinusal importante. No 4º batimento, há um encurtamento do intervalo PR e os batimentos seguintes evidenciam um ritmo juncional com onda P dentro ou logo após o QRS. Isso ocorre porque a frequência de despolarização das células juncionais está superando o nó sinoatrial (NSA), possivelmente por este possuir alguma disfunção que o impossibilita de comandar a frequência cardíaca. Baixo Surge abaixo do nó atrial, logo o estímulo alcançará primeiro o ventrículo e depois o átrio, observando-se, então, uma onda P negativa imediatamente após o QRS Ritmo juncional baixo. Observar que não foi possível preencher o critério de ritmo sinusal. Nota-se que neste eletrocardiograma há uma bradicardia (comum nos ritmos juncionais) e a onda P é formada logo após o QRS (o qual é estreito), indicando que o estímulo gerado primeiramente chegou aos ventrículos e em seguida aos átrios. ▶VENTRICULAR Trata-se de ritmos originados no ventrículo e se caracterizam pelo QRS largo (> 120 ms ou três quadradinhos), podendo ser classificados ainda de acordo com sua frequência, como apresentado a seguir. Taquicardia ventricular Neste ritmo, observa-se o complexo QRS largo com frequência maior que 100 bpm, porém frequentemente acima de 120 bpm (Figura 6). Pode-se subdividir de acordo com a morfologia do QRS, abordada em outro capítulo. Idioventricular É o ritmo com FC própria do ventrículo. Caracteriza-se por um complexo QRS largo e uma frequência inferior a 40 bpm. Ocorre como suplência em decorrência dos ritmos mais altos que não conseguiram assumir a FC. Idioventricular acelerado É caracterizado por um complexo QRS largo e uma frequência superior a 40 bpm (normalmente em torno de 60-100 bpm). É autolimitado e muitas vezes reflete o momento da reperfusão em pacientes que recebem fibrinólise. Taquicardia ventricular. Notar a ausência de onda P precedendo o QRS de modo sistemático. QRS largo com frequência superior a 100 bpm. EXERCÍCIOS 1. D1: R: 4 S: 17 R-S= 4-17= -13 NEGATIVO AVF: R: 11 S: 0 R-S= 11-0 =10 POSITIVO DESVIO PARA DIREITA! FC: regular 1500/13= 115 bpm 2. FC: irregular 100bpm D1 POSITIVO AVf NEGATIVO DESVIO PARA ESQUERDA 3. desvio normal D1 positivo 6-2=4 AVF positivo 8-5=3 FC ritmo regular 187,5 bpm ausência de onda P 4. desvio normal FC irregular 120 bpm 5. D1: R: 3 S: 0 POSITIVO R-S=3-0=3 AVF: D1: 3 AVF: 0 POSITIVO R-S=3-0=3 DESVIO NORMAL FC: regular 1550/19 78bpm baixa voltagem, na onda RS. variação da onda T 6. desvio normal FC regular 93,75 bpm 7. desvio indeterminado FC regular 88, 2 bpm 8. desvio para direita Fc regular 78,9bpm 9. desvio normal Fc 107 bpm regular supra de st onda p comeco atrio direito final atrio esquerdo parte direita mais baixa quer dizer que o lado esquerdo está com voltagem maior FC 78bpm desvio regular fc 78 bpm
Compartilhar