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História e Evolução da Logística

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História e Evolução 
da Logística
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa 
(PROPEP)
Emilio Antonio Francischetti
Pró-Reitoria de Administração Acadêmica
(PROAC)
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância
(NEAD)
Márcia Loch
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Julio Loureiro
1ª Edição
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD)
Virginia Genelhu de Abreu Francischetti
Pró-Reitoria de Pós-Graduação Lato Sensu e Extensão 
(PROPEX)
Nara Pires
Sumário
História e Evolução da Logística
Para início de conversa… ................................................................... 04
Objetivos .......................................................................................... 05
1. Evolução da Logística ao Longo dos Tempos ............................. 06
1.2 Conceitos de Logística ........................................................... 12
1.3 A Importância da Logística como Diferencial Competitivo nos 
 Dias Atuais .......................................................................... 17
Referências ........................................................................................ 21
4 Logística Empresarial
Para início de conversa…
Veremos, neste capítulo, os passos que a humanidade trilhou até os 
dias atuais no que tange à logística, seus desafios, conquistas e possibilidades 
para auxiliar as organizações a alcançarem os seus objetivos.
Apresentaremos alguns dos principais conceitos que cercam a 
logística, suas áreas de atuação e abrangência. Além disso, verificaremos 
como as empresas podem contar com a logística integrada, um amplo 
sistema de visão gerencial da cadeia de suprimentos, desde o fornecimento 
de matérias-primas e insumos, até a distribuição do produto acabado ao 
cliente final ou consumidor. Pode-se considerar, ainda, o retorno dos resíduos 
oriundos dos produtos, tais como embalagens, produtos defeituosos em 
garantia para reciclagem (pós-venda) ou produtos que atingiram a sua vida 
útil e acabam retornando à cadeia de suprimentos para reaproveitamento de 
matérias-primas, reduzindo o acesso às fontes originais de fornecimento (pós-
consumo).
5Logística Empresarial
Objetivos 
 ▪ Compreender tendências de aplicação da logística em outras áreas, reconhecendo 
cenários, práticas contemporâneas e perspectivas futuras.
 ▪ Conduzir a uma reflexão sobre os desafios da mobilidade urbana, logística reversa e 
sustentabilidade nas operações logísticas.
6 Logística Empresarial
1. Evolução da Logística ao Longo dos Tempos
A história da humanidade é repleta de passagens e situações que fazem 
lembrar as atividades que, hoje, são englobadas e estudadas pela logística. 
Na Antiguidade, há diversos registros que evidenciam a preocupação dos 
antepassados com o transporte de coisas e de pessoas, armazenamento de 
objetos, líquidos e especialmente de alimentos, proteção e embalagem de 
produtos, entre outras práticas registradas.
Obras como as pirâmides do antigo Egito, a expansão do Império 
Romano, mobilização de exércitos e forças navais para os grandes embates 
da humanidade são bons exemplos de que existia um bom planejamento 
relacionado aos transportes, armazenagem, aquisição e tudo aquilo 
que fosse indispensável para garantir o sucesso esperado nos projetos e 
empreitadas militares.
As escrituras sagradas de diversas civilizações estão repletas 
de exemplos de situações que evidenciam a utilização de animais e 
embarcações para o transporte, uso de recipientes para o armazenamento 
de vinho, água, comida, entre outros recursos registrados desde os mais 
remotos tempos.
Figura 1: A história e a logística. Fonte: Elaborado pelo autor.
História da humanidade
Pirâmides do antigo Egito Expansão do Império Romano
Escrituras sagradas
7Logística Empresarial
O general chinês Sun Tzu, em sua obra a Arte da Guerra, percebeu a 
importância de cortar as linhas de suprimentos dos inimigos como forma de 
enfraquecê-lo, abrindo espaço para a vitória de seus soldados.
Figura 2: A obra de Sun Tzu – estrategista militar que escreveu A Arte da Guerra. Fonte: Dreamstime.
 
Com a evolução da complexidade tecnológica, a humanidade 
experimentou a Revolução Industrial, impulsionada pela máquina a vapor, 
que incentivou não apenas a indústria, mas a forma de deslocar produtos, 
matérias-primas e pessoas entre países e continentes.
A máquina a vapor de James Watt (1736-1819), além de equipar as 
fábricas, passou a ser usada em embarcações e veículos terrestres como trens, 
fazendo com que as distâncias ficassem cada vez menores.
 
Mais recentemente, os conflitos globais da 1ª e, em especial, da 2ª 
Guerra Mundial impulsionaram ainda mais os esforços de organização dos 
assuntos e implementação da logística, com a delineação de sua moderna 
configuração.
Um evento ocorrido na 2ª grande guerra mundial foi decisivo: a 
data passou a ser o símbolo para a comemoração do dia internacional da 
logística; trata-se da invasão da Normandia pelos aliados, que, no dia 6 
de junho de 1944, mobilizaram meios aéreos, terrestres e navais na maior 
ofensiva até então registrada na história da humanidade, abrindo caminho 
nas entrincheiradas linhas defensivas alemãs, viabilizando a instalação de 
uma cabeça de ponte, base territorial na parte norte do continente europeu, 
8 Logística Empresarial
fazendo com que importantes recursos fossem desembarcados em segurança, 
acumulados e, posteriormente, empregados para fazer recuar as tropas alemãs, 
até que, finalmente, a guerra terminou na Europa e, meses depois, se encerrava 
também no teatro de operações do Pacífico.
Figura 3: Máquina a vapor. Fonte: Dreamstime.
Com o encerramento dos confrontos da Segunda Guerra Mundial, 
as empresas que estavam com as suas linhas voltadas para o esforço bélico 
precisavam buscar novos mercados para manter a produtividade. Nesse 
momento, muitas indústrias encontraram um mercado consumidor em 
expansão, mas com muitos métodos de produção e de padronização sem a 
possibilidade de execução e ajustes. A logística se apresenta, então, como 
uma ferramenta capaz de prover os recursos necessários para que as empresas 
atingissem os seus objetivos de armazenar, controlar e levar produtos até os 
seus clientes. Imagine que os eletrodomésticos eram somente de um tipo e 
de uma cor e os estoques eram controlados manualmente; isso fazia com que 
a demanda fosse atendida com um tempo elevado, pois a comunicação de 
reposição junto aos fabricantes demorava.
9Logística Empresarial
Naquele momento, as empresas acreditavam que bastava se concentrar 
em disponibilizar aquilo que julgassem ser o mais adequado, sem considerar 
o atendimento ao consumidor final, que ficava em segundo plano. Para 
as empresas, o transporte visava unicamente à movimentação de grandes 
quantidades, e as escolhas eram feitas em função do preço. Nesse período, 
a qualidade do transporte e das entregas era baixa, pois o mercado não se 
preocupava com isso: unicamente se olhava como poderia realizar o transporte 
de um ponto ao outro, no menor tempo possível.
Com as sobras dos equipamentos de guerra, houve um significativo 
impulso na organização de empresas de transportes locais, regionais e entre 
países e continentes, bem como com a desmobilização e exportação para outros 
países (menos industrializados) de plantas industriais que, antes, produziam 
equipamentos bélicos e, agora, passavam a produzir caminhões, locomotivas 
e vagões, o desenvolvimento de diversas nações deu um salto positivo. Países 
como o Brasil, com uma industrialização tardia, viram a chegada demuitas 
empresas, que aqui se instalaram atraídas pelas possibilidades de expansão de 
mercados consumidores e acesso a matérias-primas.
No pós-guerra, a qualidade também sofreu um importante avanço, 
sendo os resultados aplicados no esforço de guerra, que passou a ser 
expandido para as empresas civis. O esforço de guerra enquanto mobilizador 
de recursos para o seu intento proporciona significativos avanços em diversas 
disciplinas, incluindo a logística. As empresas que estão atentas a esse detalhe 
identificam e absorvem os avanços que podem ser aplicados no seu âmbito, 
proporcionando o seu desenvolvimento e agregando valor aos seus processos.
Novas ideias surgiam para que a reposição e o transporte ganhassem 
outras possibilidades, pois havia um crescimento acelerado com muitas 
operações sendo realizadas ainda com processos manuais.
Para que a produção e a consequente entrega se tornassem viáveis aos 
consumidores, a preocupação dos estudiosos se estendia para o pós-produção, 
em que alternativas como transportes multimodais ganhavam espaço, apoiadas 
pelo surgimento e aperfeiçoamento de tecnologias que, a partir da década de 
1960, foram gradativamente introduzidas nas operações, mas que evoluíam 
rapidamente e conquistaram um espaço antes ocupado por tarefas manuais 
e demoradas. Os custos com transporte e distribuição também aumentavam 
10 Logística Empresarial
consideravelmente, sendo a década de 1970 e seus dois choques do petróleo 
decisivos para a elevação de preços de toda a cadeia logística.
O planejamento logístico conquistava seu espaço e começava a mudar o 
mercado de forma relevante. Traço marcante das fases anteriores, identificadas 
pela rigidez de processos e de integrações, agora tinham uma comunicação 
melhor e bem mais flexível dentro da empresa e entre os fornecedores e 
clientes, apesar de ainda estar longe do modelo do século XXI, embora já 
fossem identificadas melhorias significativas.
Essa fase ficou marcada pelo uso de dados eletrônicos, que 
possibilitavam a substituição das informações estritamente manuais; nascia 
o sistema de código de barras e o controle dos estoques. No Brasil, após a 
década de 1980, por conta dos processos de globalização, percebia-se uma 
maior velocidade nos processos, acompanhados de um número cada vez maior 
de informações, viabilizados por plataformas e canais de comunicação cada 
vez mais velozes.
Embora a internet ainda fosse discreta e limitada ao meio militar e 
centros de pesquisa, as mudanças promoveram avanços importantes para uma 
revolução tecnológica.
No modelo anterior, as operações logísticas se resumiam meramente 
às operações físicas para o armazenamento de materiais, pois não havia a 
preocupação de ser empregada como uma possível geradora de oportunidades. 
O surgimento das parcerias possibilitou que as empresas se organizassem 
formando uma cadeia de suprimentos, condição que as levou a obter vantagens 
competitivas, ganhos em escala a e a se firmarem como líderes do mercado.
A partir do amadurecimento nas relações e do momento tecnológico 
com novas possibilidades de integração, surge o conceito de Supply Chain 
Management (SCM), ou o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, esquema 
de organização que permite aos elos (como são chamadas as empresas que se 
organizam nesse tipo de arranjo) obterem vantagem competitiva no mercado.
Os desafios da logística evoluíram e ganharam outra dimensão, com 
acesso a novos mercados, bem como com a terceirização; tudo isso impulsiona 
11Logística Empresarial
trocas mais rápidas de informações e movimentação de produtos e serviços, 
o que gera um volume maior de variáveis, com indicação de redução no 
tamanho de estoques, redução de custos e dos prazos de entrega, agregando, 
ao mesmo tempo, valor ao cliente, com melhorias contínuas.
Com a evolução da internet, um novo mercado surge, o e-commerce, 
que é o comércio eletrônico, com suas lojas virtuais. Ele se instala, avança e 
se consolida como um segmento, ampliando as opções de compra e acesso de 
consumidores mundo afora; isso possibilita que, antes de efetivar a compra, o 
cliente otimize e personalize um produto, até recebê-lo em casa.
Essa tecnologia vem sendo estudada em função dos elevados 
custos com as entregas finais em ambientes cada vez mais congestionados, 
pressionada por consumidores cada vez mais exigentes por prazos reduzidos 
para entregas. As empresas identificaram, nessa ferramenta, a possibilidade 
de reduzir o tempo gasto nas formas tradicionais de entrega, que competem 
em congestionamentos cada vez mais frequentes nos grandes centros urbanos.
Figura 4: Tipos de drones. Fonte: Dreamstime.
Mas não apenas drones aéreos vêm sendo testados; outras possibilidades, 
incluindo os AGV – automatic guided vehicles ou veículos terrestres autônomos 
12 Logística Empresarial
já são utilizados em ambientes fabris e fazem parte do rol de pesquisas de 
empresas que buscam alternativas para potencializar suas entregas. A Figura 
5 mostra o uso de drones terrestres que estão em desenvolvimento e uso a 
partir de um furgão.
Figura 5: Modelo AGV. Fonte: Dreamstime.
1.2 Conceitos de Logística
No início, a logística era vista como uma atividade de apoio, pois era 
associada apenas ao transporte e à armazenagem, ou identificada apenas como 
uma despesa necessária ao atendimento de situações inevitáveis, tais como 
o deslocamento da matéria-prima de sua origem até o ponto de aplicação 
na produção, manutenção de estoques de produtos acabados, para suprir as 
variações da demanda ou mesmo para suprir as diferenças de ritmo entre 
a produção e a venda desses produtos, mantendo-os disponíveis para os 
consumidores finais.
O dia 6 de junho de 1944 é tido como o dia internacional da logística, 
em tributo à maior operação de mobilização, armazenamento e envio de 
13Logística Empresarial
tropas e meios para uma única operação. Conhecido como o Dia D, foi a 
ofensiva que envolveu cerca de 200 mil profissionais que desembarcaram em 
uma faixa litorânea de aproximadamente oitenta quilômetros de extensão 
ou foram aerotransportados e lançados após as linhas de defesa alemãs ali 
instaladas. Esse dia foi decisivo para abreviar e encerrar, em menos de um 
ano, as ofensivas da Segunda Guerra Mundial (COSTA, 2014).
 
Figura 6: Maior operação de mobilização, armazenamento e envio de tropas. Fonte: Universidade Logística (2010).
O dicionário Webster’s (1996) cita que a logística é o ramo da ciência 
militar que lida com a obtenção, a manutenção e o transporte de materiais, 
pessoal e instalações.
Em uma visão mais ampla, cita o Conselho de Profissionais de Gestão 
de Supply Chain - CSCMP (2013), que ela é parte do processo de Supply 
Chain que planeja, implementa e controla, de forma eficiente e eficaz: os 
fluxos avante e reverso, a estocagem de bens e serviços, e toda informação 
relacionada, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, de forma a 
atender às necessidades de seus clientes.
De acordo com Ballou (2007), a logística é um assunto vital para as 
organizações, cabendo à logística empresarial estudar como a administração 
14 Logística Empresarial
pode providenciar um melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição 
aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e 
controle efetivos relacionados às atividades de movimentação e armazenagem 
que facilitam o fluxo de produtos.
Portanto, a logística vai muito além de simplesmente movimentar e 
guardar coisas. Ela lida com o planejamento, implementação e controle dos 
fluxos de produtos, informações e serviços, desde as fontes mais primitivas 
junto à natureza, até a sua chegada aos consumidores e o de volta, após o 
atingimento dos seus objetivos ou por problemas de qualidade, suas instalações 
e pessoal envolvido, de forma eficiente e eficaz.
Em uma visão mais detalhada, ela pode ser analisada a partir da sua 
atuação dentro do contexto da organização, como mostra a Figura 7:
Figura 7: Visão geral da logística(escopo empresarial). Fonte: Adaptado de NTC (2006, p.86) e Ballou (2007, p.23).
Logística de suprimentos, ou logística inbound, é a parte associada ao 
fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matérias-primas, materiais 
e insumos até a sua entrada na manufatura ou fábrica. Ela é a atividade 
que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, 
incluindo o descarregamento no recebimento e estocagem das matérias-primas 
e componentes. Cuida, ainda, da estruturação de abastecimento, devolução das 
embalagens e dos paletes que trouxeram os insumos citados. Estão relacionadas 
Atividades logísticas
Manufatura
Logística de produção
Logística
Integrada
Logística
Empresarial
Logística de
Distribuição
Logística de
Suprimentos
Fornecedores
Atividades logísticas
Clientes
15Logística Empresarial
a ela a execução da logística reversa de refugos (sobras de materiais que são 
eliminados durante o esforço produtivo) e as decisões relativas aos sistemas 
de abastecimento e outras.
Já a logística de distribuição, ou logística outbound, é a parte associada 
à administração do Centro de Distribuição (CD) ou unidade equivalente 
voltada para a prestação de serviços de envio de produtos acabados. Cuida, 
também, da localização de unidades de movimentação dos SKU (Stock Keeping 
Units ou unidades de apanhe), nos seus respectivos endereços, providencia 
o abastecimento de áreas de separação de pedidos (apanhe) e linhas de 
montagem, mecanismos e controles voltados para a expedição, transferências 
de cargas entre unidades de negócio da própria empresa e roteirização dos 
meios de transporte.
Dentro da fábrica ou manufatura, existe, também, um tipo de 
logística conhecida como logística de produção, cuja finalidade é administrar a 
movimentação para abastecimento das linhas de montagem ou transformação, 
seguindo as orientações e cronogramas estabelecidos pela programação da 
produção. Encarrega-se, ainda, da colocação nos almoxarifados das peças 
semiacabadas oriundas das linhas de produção, assim como o deslocamento dos 
produtos acabados para os armazéns desses produtos, à espera de sua destinação 
ao elo integrante seguinte da cadeia logística, em direção aos clientes.
Como forma de organizar e cuidar das três espécies indicadas existe a 
logística empresarial, que reúne as atividades de movimentação e armazenagem 
que organizam o fluxo de produtos e informações, desde os momentos iniciais 
de aquisição da matéria-prima, seu caminhar durante a produção até o ponto 
de consumo final. 
Aqui, são incluídos os fluxos de informações que movimentam os 
produtos, facilitados pelos modernos sistemas informatizados de CRM 
(Consumer Relationship Management - gerenciamento de relações com 
consumidores), ERP (Enterprise Resource Planning - planejamento dos 
recursos empresariais), SCM (Supply Chain Management - gerenciamento 
da cadeia de suprimentos), B2B (business to business - entre empresas), B2C 
(business to consumer - empresa x consumidor), entre outros. Serve para ajustar 
e proporcionar níveis de serviços adequados aos clientes.
16 Logística Empresarial
A Figura 8 ilustra as relações B2B e B2C:
Figura 8: Relações B2B e B2C: Fonte: Adaptado de Crédito ou Débito (2019).
Mais recentemente, considerando o advento da logística reversa, 
passou-se a considerar a logística integrada, que é um amplo sistema de visão 
gerencial da cadeia de suprimentos, desde o fornecimento de matérias-primas e 
insumos até a distribuição do produto acabado ao cliente final ou consumidor. 
A Figura 9 ilustra a logística reversa de pós-consumo, no contexto 
do universo corporativo, com a produção de bens, sua distribuição, 
comercialização, utilização, atingimento da vida útil e retorno para possível 
aproveitamento na indústria. Observe:
Figura 9: Logística reversa de pós-consumo. Fonte: Dreamstime.
B2B B2C
Logística
Reversa
17Logística Empresarial
1.3 A Importância da Logística como Diferencial Competitivo nos 
Dias Atuais
A cada dia, as empresas vêm dando maior ênfase e atenção aos 
processos organizacionais voltados para a logística, uma vez que o cliente, 
definitivamente, passou a ser percebido como o grande diferencial das 
organizações, que se expandem dentro dos seus mercados domésticos e muitas 
se lançam em mercados internacionais, impulsionadas pela necessidade de 
busca de novos mercados consumidores.
Figura 10: Os processos organizacionais voltados para a logística. Fonte: Dreamstime. 
Para conseguir atingir o nível de satisfação exigido pelos seus clientes 
ou consumidores, as organizações precisam reunir esforços coordenados para 
ações de planejamento, implementação e acompanhamento de ações voltadas 
para o seu atendimento. São clientes que buscam cada vez maior flexibilidade, 
visibilidade do processamento do pedido, rastreamento das encomendas, 
solução rápida de problemas e agilidade nas entregas.
18 Logística Empresarial
Ballou (2007) afirma que um dos maiores desafios da atualidade 
é disponibilizar o produto ou serviço solicitado, no local certo, na hora 
combinada, com a qualidade desejada e a um preço justo. A Figura 11 ilustra, 
de forma esquematizada, essa afirmativa.
Figura 11: Planejamento, implementação e acompanhamento de ações voltadas para o seu atendimento. Fonte: Adaptado 
de Ballou (2007, p.36).
Para conseguir atingir todos esses objetivos, a organização precisa 
lidar com diversos fatores. Nogueira (2016) indica que muitos desses fatores 
podem influenciar a eficiência da organização no tocante à logística: suas 
características organizacionais, tais como a estrutura, parque tecnológico; 
ambientais, tanto internos, quanto externos à organização; e cultura 
organizacional, empregados, políticas e práticas gerenciais.
Para estruturar a empresa para os desafios impostos pelo novo perfil 
de consumidor, as empresas devem criar ou repensar os seguintes tópicos, 
junto aos seus gestores designados para tratar do assunto:
 ▪ pesquisar e alinhar os objetivos com as estratégias da empresa;
 ▪ organizar as funções em consonância com a estrutura organizacional;
 ▪ esclarecer e definir as funções logísticas da empresa;
 ▪ conhecer o estilo de administração de cada responsável;
 ▪ tornar a estrutura flexível, adequando-se quando não tiver alcançado 
esse nível;
O produto
certo
No local certo No tempo certo Na qualidade
desejada
No menor custo 
possível
Disponibilizar
19Logística Empresarial
 ▪ conhecer e aplicar, quando possível, os sistemas de apoio existentes;
 ▪ distribuir e alocar os recursos materiais e as pessoas, buscando 
aliar, nestes últimos, os objetivos individuais com os da empresa.
Logo, o moderno gestor que atua em organizações logísticas deve 
trabalhar com objetivos específicos e mensuráveis, estratégias, planos e 
avaliações constantes para atingir os objetivos. Deve, ainda, conseguir 
granjear o comprometimento da equipe, visando a níveis de operacionalidade 
e engajamento cada vez maiores, proporcionais aos desafios.
Com a abertura de novos mercados, novas tecnologias sendo 
desenvolvidas e novas soluções colocadas à disposição da população, países 
industrializados e com mercados internos maduros vêm buscando novas 
oportunidades de colocar seus produtos em locais ainda pouco explorados, 
aumentando a competitividade das empresas. Um dos mecanismos que 
possibilita manter elevada a produção é a redução do ciclo de vida dos 
produtos, da sua personalização (customização) e diversificação.
A queda do Muro de Berlim foi um dos fatores que representou o 
início de uma nova era de negócios, tendo sido um dos fatores para a origem ao 
termo “globalização”. A globalização reflete a ruptura de barreiras e distâncias 
entre os países com a crescente fluidez de informações, pessoas e mercadorias 
sendo produzidas e comercializadas em quaisquer locais possíveis.
Nesse sentido, a logística adquire novas perspectivas ao incorporar 
técnicas e procedimentos, ora de exportação, ora de importação, passando pela 
escolhado modal de transporte a ser utilizado (aquaviário, aeroviário, rodoviário, 
ferroviário, dutoviário e infoviário), recursos acionados, tempos e movimentos 
e fluxo de informações a eles associados; tudo isso torna o gerenciamento da 
logística global mais complexo que o seu equivalente doméstico.
A logística acompanha, há muito tempo, por meio de suas áreas de 
atuação, a humanidade; esteve sempre ligada aos grandes desafios e, por 
onde passou, atuou de forma eficiente para garantir a realização dos objetivos 
dos seus gestores, mantendo a disponibilidade de equipamentos, recursos e 
alimentos, e transportando coisas e pessoas. Modernamente, as organizações 
dependem fortemente dela para o atingimento de seus objetivos, pois, graças 
20 Logística Empresarial
aos seus esforços, podem levar os produtos ou serviços certos, aos locais 
indicados, na quantidade e qualidade esperadas, por um preço justo. 
Com o aumento na complexidade das relações empresariais em 
um mundo cada vez mais globalizado, a logística assume e consolida, 
definitivamente, seu papel decisivo na manutenção e avanço das posições 
corporativas no mercado.
21Logística Empresarial
Referências
BALLOU, R. H. Logística empresarial – Transportes, administração de 
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007.
COSTA, M. A. O que temos a comemorar no dia da logística? 2014. 
Disponível em: https://www.logisticadescomplicada.com/o-que-temos-
comemorar-dia-da-logistica/. Acesso em: 10 abr. 2019.
CREDITOOUDEBITO. B2B e B2C: entenda mais sobre estes segmentos. 
2019. Disponível em: https://www.creditooudebito.com/b2b-b2c-entenda-
mais-sobre-estes-segmentos/ Acesso em: 24 jun. 2019.
CSCMP. Supply Chain Management Definitions and Glossary. Disponível 
em: https://cscmp.org/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_
of_Terms/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms.
aspx?hkey=60879588-f65f-4ab5-8c4b-6878815ef921. Acesso em: 24 jun. 2019.
HOUAISS. Novo Dicionário Folha Webster’s Inglês - Português. São 
Paulo: Folha de São Paulo, 1996.
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial – Uma visão local com pensamento 
globalizado. São Paulo: Atlas, 2016.
NTC. Glossário NTC de Logística e Transporte. São Paulo: Renover, 2006.
TZU, S. A arte da guerra. Porto Alegre: L&PM, 2006.
UNIVERSIDADE LOGÍSTICA. 6 de Junho, Dia da Logística. 2010. 
Disponível em: https://universodalogistica.wordpress.com/2010/06/06/6-
de-junho-dia-da-logistica/. Acesso em: 10 abr. 2019.

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