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PSICOLOGIA GERAL E JURÍDICA PROFª DRª LUCIANA LEONETTI CORREIA DRª EM SAÚDE MENTAL- FMRP-USP PÓS- DOUTORA EM PSICOLOGIA PELA UNIVERSIDADE DE LISBOA PSICÓLOGA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SP PROFESSORA DE GRADUAÇÃO FACESB E PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADES METROPOLITANAS RECAPTULANDO... • PSICOLOGIA enquanto ciência; • Teorias psicológicas; • Conceitos/ Temas importantes da Psicologia aplicados ao Direito; • PSICOLOGIA JURÍDICA enquanto área da Psicologia (27/05 e 03/06) • Seminários PLANO DE ENSINO Unidade 3: Temas especiais: Seminários Dia 10/6- Tema 1: Varas de Família: legislação e suas implicações; separação conjugal, tipos de guarda e visitação. Dia 17/6- Tema 2: Psicologia e Infância e juventude: histórico de assistência e proteção à menoridade; ECA; Delinquência: medidas socioeducativas- quais? Dia 24/6- Tema 3: Adoção: histórico da adoção; tipos de adoção; adoção tardia; perfil dos adotantes; devolução de crianças; cartilha sobre adoção; cadastro nacional de adoção. Dia 01/07- Tema 4: Síndrome de Alienação parental: o que é; lei; quem é o alienador; prejuízos psicológicos; falsas acusações de abuso. Dia 08/07- Tema 5: Violência doméstica e Lei Maria da Penha; tipos de violência; desistência da denúncia. Dia 15/07- Tema 6: Escuta especializada e Depoimento especial: o que é? Como é realizado? Lei e modelo de entrevista. Dia 22/07: Avaliação bimestral: Psicologia Jurídica + seminários Exames finais: 29/07 PLANO DE ENSINO Unidade 3: Temas especiais: Seminários Dia 10/6- Tema 1: Varas de Família: legislação e suas implicações; separação conjugal, tipos de guarda e visitação. 1. Contextualizar a Vara de Família e o trabalho do psicólogo: Aluno: 2. Separação conjugal e as consequências para a família/ filhos. Aluno: 3. Tipos de guarda: aspectos positivos e negativos de casa tipo. Aluno: 4. Visitação: direito da convivência. Aluno: PLANO DE ENSINO Unidade 3: Temas especiais: Seminários Dia 17/6- Tema 2: Psicologia e Infância e juventude: histórico de assistência e proteção à menoridade; ECA; Delinquência: medidas socioeducativas. 1. Contextualizar a vara da infancia e juventude e o papel do psicólogo. Aluno: 2. Histórico de assistência à proteção do menor até as politícas atuais de proteção à primeira infância. Aluno: 3. Apresentar os pontos principais do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Aluno: 4. Deliquência e juventude. Aluno: 5. O que são e quais são as medidas socioeducativas? Aluno: PLANO DE ENSINO Unidade 3: Temas especiais: Seminários Dia 24/6- Tema 3: Adoção: histórico da adoção; tipos de adoção; adoção tardia; perfil dos adotantes; devolução de crianças; cartilha sobre adoção; cadastro nacional de adoção. 1. Histórico sobre a adoção. Aluno: 2. Tipos de adoção. Aluno: 3. Perfil dos adotantes e cadastro nacional da Adoção. Aluno: 4. Mitos em relação a adoção e Devolução de crianças. Aluno: 5. Diferenças entre apadrinhamento e acolhimento familiar. Aluno: PLANO DE ENSINO Unidade 3: Temas especiais: Seminários Dia 01/07- Tema 4: Síndrome de Alienação parental: o que é; lei; quem é o alienador; prejuízos psicológicos; falsas acusações de abuso. 1. O que é a Síndrome de Alienação parental (SAP)- apresentar termos legais. Aluno: 2. Causas determinantes do processo de alienação. Aluno: 3. Elementos da identificação da alienação parental (apresentar instrumentos, questionários). Aluno: 4. Prejuízos psicológicos às crianças. Aluno: 5. Falsas acusações de abuso sexual (falsas memórias). Aluno: PLANO DE ENSINO Unidade 3: Temas especiais: Seminários Dia 08/07- Tema 5: Violência doméstica e Lei Maria da Penha; tipos de violência; desistência da denúncia. 1. Tipos de violência. Aluno: 2. Lei Maria da Penha. Aluno: 3. Ciclo da violência doméstica. Aluno: 4. Porque as mulheres continuam com o agressor e/ou desistem da denúncia ao agressor? Aluno: 5. Atendimento aos agressores de violência doméstica. Aluno: PLANO DE ENSINO Unidade 3: Temas especiais: Seminários Dia 15/07- Tema 6: Escuta especializada e Depoimento especial: o que é? Como é realizado? Lei e modelo de entrevista. 1. O que é o Depoimento especial? Histórico e Leis. Aluno: 2. Diferença da escuta especializada e do depoimento especial. Aluno: 3. Depoimento especial e escuta especializada na prática: realização. Aluno: 4. Depoimento especial: protocolos. Aluno: 5. Implicações do depoimento especial: para os profissionais do Setor Técnico, para a família e para a criança. Pós depoimento especial. Aluno: No dia da apresentação • Será seguida a sequência dos temas; •Cada aluno terá em média de 10 a 15 minutos para apresentar o seu tema; •Cada aluno deverá enviar um trabalho escrito sobre o tema até a véspera do dia da apresentação (toda terça), o qual será compartilhado com os demais alunos; • Os alunos receberão notas individuais pelo trabalho teórico e apresentação oral. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO • Antes • B2: NB2- Unidade 3- Prova escrita (5,0) + Seminário (4,0) + Participação (1,0- só uma falta) • Agora • B2: NB2- Unidade 3- Atividade avaliativa (3,0) + Seminário (6,0) + Participação (1,0- só uma falta a partir do dia 27/05) PSICOLOGIA JURÍDICA A PSICOLOGIA JURÍDICA • A psicologia jurídica é uma área emergente da ciência psicológica e tem como característica sua interface com o Direito. • A psicologia e o direito possuem um destino comum, pois ambos lidam com o comportamento humano. • Enquanto a psicologia preocupa-se com o comportamento, o direito é o conjunto de regras que busca regular esse comportamento para um adequado convívio em sociedade (Trindade, 2007). • Podem aparecer outros termos: Psicologia Legal, Psicologia Judicial, Psicologia e Lei, Estudos Psicolegais, Psicologia aplicada ao Contexto Legal e Psicologia Forense* * Forense remete ao foro, cortes ou tribunais. • Na Psicologia Jurídica, o psicólogo coloca seus conhecimentos à disposição do juiz (que irá exercer a função julgadora), assessorando em aspectos relevantes para determinadas ações judiciais, trazendo aos autos uma realidade psicológica dos agentes envolvidos que ultrapassa a literalidade da lei; trata-se de uma análise aprofundada do contexto em que essas pessoas que acorreram ao Judiciário estão inseridas. Essa análise pode incluir aspectos conscientes e inconscientes, verbais e não-verbais, individualizados e grupais, que mobilizam os indivíduos às condutas humanas (Silva 2007). • Cabe ressaltar que o psicólogo, ao concluir o processo da avaliação, pode recomendar soluções para os conflitos apresentados, mas jamais determinar os procedimentos jurídicos que deverão ser tomados. Ao juiz cabe a decisão judicial. A PSICOLOGIA JURÍDICA • A Psicologia jurídica visa estabelecer um elo terapêutico seja com os vitimados por um delito, seja com os infratores, seja com aqueles que trabalham no campo jurídico. • O psicólogo jurídico atua, geralmente, ao lado de assistentes sociais, em juizados para esclarecer, por exemplo, quais seriam as melhores ações em face de conflitos judiciais, quais as melhores estratégias para dirimir os efeitos psicológicos negativos de uma determinada decisão judicial. • Em se tratando do sistema penal acusatório, a Psicologia jurídica deve ser apta a sustentar dados empíricos bem alinhavados acerca do acusado, de forma que seus argumentos sejam persuasivos, mas, ao mesmo tempo, não sejam discriminatórios nem levianos. A PSICOLOGIA JURÍDICA HISTÓRICO DA PSICOLOGIA JURÍDICA • Assistam: Entre o Direito e a Lei https://www.youtube.com/redirect?redir_token=hE4zwwl2LuiC xmg- vRu2HnSQqQd8MTU4NjI2ODQ1MkAxNTg2MTgyMDUy&q=ht tp%3A%2F%2Fwww.crpsp.org.br%2Fportal%2Fcomunicacao %2Fjuridica%2Fjuridica.html&v=_xGg57hdO5E&event=video _description https://www.youtube.com/redirect?redir_token=hE4zwwl2LuiCxmg-vRu2HnSQqQd8MTU4NjI2ODQ1MkAxNTg2MTgyMDUy&q=http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/juridica/juridica.html&v=_xGg57hdO5E&event=video_description HISTÓRICO DA PSICOLOGIA JURÍDICA • A avaliação do criminoso, principalmentequando se tratava de um doente mental delinquente, remete a Antiguidade e a Idade Média, onde a loucura era um fenômeno bastante privado e ao “louco” era permitido circular com certa liberdade. • A partir de meados do século XVII, a loucura passou a ser caracterizada por uma necessidade de exclusão dos doentes mentais, com a criação de estabelecimentos para internação em toda a Europa. • Porém, no século XVIII, na França, Pinel realizou a revolução institucional, liberando os doentes de suas cadeias e dando assistência médica a esses seres segregados da vida em sociedade. • Os manicômios judiciários surgiram no século XIX. • No final do século 19, surgia a “Psicologia do Testemunho”, que objetivava verificar a veracidade dos depoimentos dos sujeitos envolvidos em um processo jurídico (criminoso e testemunha), considerando os processos internos que influenciam na veracidade do relato (Jacó-Vilela, 1999). • Desde 1792, pareceres psicológicos já eram requeridos nos tribunais dos Estados Unidos. HISTÓRICO DA PSICOLOGIA JURÍDICA • A história da atuação de psicólogos brasileiros na área da Psicologia Jurídica remete seu início ao reconhecimento da profissão, na década de 60 (especificamente, em 1962). • Tal inserção deu-se de forma gradual e lenta, muitas vezes de maneira informal, através de trabalhos voluntários. • Os primeiros trabalhos ocorreram na área criminal, enfocando estudos acerca de adultos criminosos e adolescentes infratores da lei (Rovinski, 2002). A PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL • Até a década de 60, a Psicologia Jurídica envolvia, principalmente, a realização de perícia como uma prática médica. • A contribuição do psicólogo se restringia à coleta de dados objetivos sobre o periciado, com os testes de QI – psicometria do coeficiente de inteligência –, acerca da averiguação da idade mental e o exame de personalidade, muitas vezes, de maneira informal. • O trabalho do psicólogo junto ao sistema penitenciário existe, ainda que não oficialmente há pelo menos 40 anos. Contudo, foi a partir da promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal nº 7.210/84), que o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária (Fernandes, 1998). A PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL • Nos anos 80 foi criado o cargo de psicólogo junto ao Poder Judiciário do Estado de São Paulo. • Em 1985, ocorreu o primeiro concurso público para a capital de São Paulo, regulamentando a atuação dos psicólogos do Tribunal de Justiça, com funções nas Varas de Menores e nas Varas de Família e Sucessões cumulativamente. • 1990: promulgada a Lei Federal Lei nº 8.069/90, denominada de Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)*, por meio da qual as crianças e adolescentes são reconhecidos como sujeitos de direitos, gozando de todos os direitos fundamentais e sociais (essa Lei veio substituir o Código de Menores, o qual vigorou de 1927 a 1990). *As inovações do ECA impulsionaram mudanças na prática profissional do psicólogo no âmbito da Justiça, especialmente nas Varas de Família e nas Varas da Infância e Juventude. A PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL • A resolução nº 014/00 do CFP institui o título profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro, incluindo, dentre outras, a especialidade de Psicologia Jurídica. • O CFP elenca, ainda, as seguintes atribuições profissionais do Psicólogo e Especialista em Psicologia Jurídica: atuar no âmbito da Justiça, nas instituições governamentais e não- governamentais, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência. • A atuação centra-se na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também para os indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis. HISTÓRICO DA PSICOLOGIA JURÍDICA Outras atribuições: • Assessora na formulação, revisão e execução de leis e de políticas de cidadania e direitos humanos, bem como de programas socioeducativos; • Realiza pesquisa visando à construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao Direito, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica; • Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em conexão com processos judiciais, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, ou determinação da responsabilidade legal por atos criminosos; • Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho, da família, da infância e juventude, elaborando laudos, pareceres e perícias, a serem anexados aos processos; HISTÓRICO DA PSICOLOGIA JURÍDICA Outras atribuições: • Eventualmente, participa de audiências, para esclarecer aspectos técnicos em psicologia que possam necessitar de maiores informações a juízes, curadores e advogados; • Elabora laudos, relatórios e pareceres; • Realiza atendimento psicológico para a resolução de questões; • Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às instituições de direito, visando à preservação de sua saúde mental, bem como presta atendimento e orientação a detentos e seus familiares; • Orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário, sob o ponto de vista psicológico, quanto às tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais; • Assessora autoridades judiciais no encaminhamento a terapias psicológicas, quando necessário. HISTÓRICO DA PSICOLOGIA JURÍDICA Psicologia Jurídica e as questões da Infância e Juventude; Psicologia Jurídica e o Direito de Família. Pode ainda surgir a figura do assistente técnico- o psicólogo perito que é contratado por uma das partes- cuja principal função é acompanhar o trabalho do perito oficial; Psicologia Jurídica e Direito Cível (interdição e indenizações); Psicologia Jurídica do Trabalho (acidentes de trabalho); Psicologia Jurídica e o Direito Penal (fase processual): exames de corpo de delito e de insanidade mental; Psicologia Judicial ou do Testemunho, Jurado: testemunhos nos processos criminais; Psicologia Penitenciária (fase de execução): execução das penas restritivas de liberdade e restritivas de direito; Psicologia Policial e das Forças Armadas: seleção e formação geral ou específica das polícias civil, militar e do exército. DIVISÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA (França, 2004) Vitimologia: busca-se a atenção à vítima (atendimentos a vítimas de violência doméstica); Mediação: trata-se de uma forma inovadora de fazer justiça. As partes são as responsáveis pela solução do conflito com ajuda de um terceiro imparcial que atuará como mediador. Formação e atendimento aos juízes e promotores. DIVISÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA (França, 2004) O psicólogo jurídico que atua junto ao Direito de Família tem sua atuação delineada pela participação nos processos de separação e divórcio, disputa de guarda e regulamentação de visitas. Nos processos de separação de cunho litigioso, o psicólogo opera como mediador, ou ainda, caso o juiz verificar a inviabilidade da mediação ou conciliação, pode ser solicitada uma avaliação de uma das partes ou do casal, podendo o psicólogo sugerir encaminhamento psicológico, se julgar necessário. No que tange à regulamentação das visitas, o psicólogo contribui com avaliações, esclarecendo conflitos por meio da compreensão da dinâmica familiar, sugerindo medidas que poderiam ser tomadas. ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA Já o psicólogo que atua com o direito da criança e do adolescente aborda questões referentes à adoção, destituição do poder familiar e adolescentes autores de atos infracionais. Os profissionais que trabalham com a adoção em um primeiro momento avaliam se os candidatos estão dentro das exigências legais,busca-se assessorar os avaliados e verificar os mais aptos, objetivando prevenir a negligência, o abuso, a rejeição ou a devolução. No que se refere à destituição do poder familiar o processo de separar a criança de sua família exige muita atenção e cuidado, pois, independentemente da causa da remoção, a transferência da responsabilidade para estranhos jamais deve ser feita sem reflexão. Já os adolescentes autores de atos infracionais são submetidos a medidas socioeducativas que objetivam a responsabilidade dos autores e focalizam aspectos educativos, possibilitando reintegração social. ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA O psicólogo jurídico voltado ao Direito Civil atua nos processos em que são requeridas indenizações oriundas de danos psíquicos, assim como nos casos de interdição judicial. No que se refere ao dano psíquico o psicólogo, por intermédio de sua perspectiva teórica, avaliará a presença real do dano. Nos casos de interdição, o psicólogo nomeado perito pelo juiz realiza avaliação que comprove ou não a enfermidade mental. ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA No que se refere ao Direito Penal o psicólogo jurídico é solicitado a atuar como perito para verificação de periculosidade e das condições mentais do acusado. A atuação dar-se-á junto ao Sistema Penitenciário e aos Institutos Psiquiátricos Forenses. Segundo Lago et al., (2009), a Lei de Execução Penal criada em 1984 foi um elemento fundamental, garantindo a existência oficial do trabalho dos psicólogos no sistema prisional. ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA No que diz respeito aos processos trabalhistas, englobados no Direito do Trabalho, o psicólogo pode atuar como perito, possibilitando uma vistoria para avaliar as congruências entre as condições de trabalho e a saúde mental do trabalhador. Danos psicológicos causados por acidentes de trabalho, afastamento e aposentadoria por sofrimento psicológico são processos que demandam a atuação do psicólogo, que produzirá um laudo analisando e disponibilizando elementos que servirão de subsídios para a investigação. ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA A PSICOLOGIA JURÍDICA NA PRÁTICA As questões humanas tratadas no âmbito do Direito e do Judiciário são das mais complexas. • Muitas questões não são meramente burocráticas ou processuais, mas revelam situações delicadas, difíceis e dolorosas, como: pais que disputam a guarda de seus filhos ou que reivindicam direito de visitação, pois não conseguem fazer um acordo amigável com o pai ou a mãe de seu filho; maus- tratos e violência sexual contra crianças, praticados por um dos pais ou pelo(a) companheiro(a); casais que anseiam adotar uma criança por terem dificuldades de gerar filhos; pais que adotam e não ficam satisfeitos com o comportamento da criança e devolvem-na ao Juizado; jovens que se envolvem com drogas/tráfico ou passam a ter outros comportamentos que transgridem a lei, e seus pais não sabem como fazer para ajudá-los. A PSICOLOGIA JURÍDICA NA PRÁTICA Muitas pessoas buscam o Judiciário com a esperança de que o poder decisório do juiz resolva seus problemas. O que ocorre é uma transferência da responsabilidade de decisão para a figura do juiz, buscando neste uma solução mágica e imediata para todos os conflitos (Silva, 2003). Por isso, o juiz pode (e deve) recorrer ao auxílio do psicólogo jurídico para dirimir os conflitos ocorridos na dinâmica familiar, trazidos às Varas da Infância e Juventude ou às Varas de Família. O que se busca, através dos procedimentos e funções desse profissional, é uma forma de auxiliar o poder decisório do juiz ou do promotor, de modo a respeitar e proteger os direitos das pessoas envolvidas no processo, especialmente os direitos das crianças e/ou adolescentes A PSICOLOGIA JURÍDICA NA PRÁTICA Destaca-se a especificidade da situação judicial, pois as pessoas envolvidas no processo não escolheram a intervenção do psicólogo e: • muitas vezes, colocam-se numa posição defensiva, procurando prevalecer seus interesses sobre os de terceiros, com quem, em geral, estão mantendo vínculos afetivos conflituosos; • buscam solução mágica e pronta do juiz, e à medida que o psicólogo atua no sentido de fazê-las buscar uma solução para seus conflitos, essas pessoas podem não estar conscientes da real utilidade da avaliação psicológica; • por estarem intensamente comprometidas com o litígio, consideram a entrevista do psicólogo como algo desnecessário, não compreendendo a importância do questionamento subjetivo que ocorre por trás das ações judiciais. O PSICÓLOGO COMO PERITO O perito psicólogo que atua em Instituições Judiciárias, de acordo com Silva (2003), é um profissional de confiança do juiz, com conhecimentos técnico-científicos suficientes para realizar as atividades periciais, devidamente registrado no órgão de classe competente (Conselho Regional de Psicologia - CRP) e em pleno gozo de suas atribuições profissionais. O perito é, portanto, um auxiliar do juiz conforme está classificado no art. 139 do Código de Processo Civil (CPC). Os peritos assumem o compromisso de imparcialidade na avaliação dos casos, comprometendo-se a fornecer um parecer técnicopsicológico sobre as questões formuladas pelo magistrado, e de responder os quesitos elaborados pelos advogados das partes e pelo Ministério Público (Bernardi, 2005). • O psicólogo, especialmente na função de perito, não tem competência legal para assumir um posicionamento a favor de uma das partes em detrimento da outra, sob risco de tornar-se “perito adversarial”, aquele que fomenta o litígio, prejudicando ainda mais o contexto familiar. Os deveres dos peritos são: a) aceitar o encargo, não podendo se eximir de colaborar com a Justiça no descobrimento da verdade (salvo alegando motivo legítimo, força maior ou incapacidade técnica); b) cumprir o ofício; c) respeitar os prazos de entrega do laudo; d) comparecer à audiência a que o perito e os assistentes técnicos forem intimados; e) lealdade à prestação de informações inverídicas, por dolo ou culpa do perito, incorrerá em sanções. O PSICÓLOGO COMO PERITO Os direitos dos peritos são: a) escusar-se do encargo, alegando motivo legítimo, força maior ou incapacidade técnica; b) requerer prorrogação de prazo para entrega do laudo, alegando motivo justificado, e o juiz poderá concedê-lo; c) recorrer às fontes de informação, como meios lícitos de prova, que entenderem necessários e úteis ao conhecimento da matéria. O PSICÓLOGO COMO PERITO O PSICÓLOGO COMO PERITO De acordo com Veiner (citado em Silva, 2003), a perícia psicológica possui três momentos básicos: 1. Estudo: que consiste na fase da coleta de dados, testes, visitas domiciliares, exames e outros procedimentos; 2. Diagnóstico: momento de análise dos dados levantados e da reflexão diagnóstica; 3. Laudo: consiste na exposição formal do estudo diagnóstico da situação e do parecer técnico do perito. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • Nos campos de atuação da Psicologia Jurídica, encontramos um predomínio da avaliação psicológica. • A avaliação psicológica é um exame efetuado para responder questões específicas quanto ao funcionamento psíquico adaptado ou não de uma pessoa durante um período específico de tempo ou para predizer o funcionamento psicológico da pessoa no futuro (Noronha; Alchieri, 2004). • A avaliação deve fornecer informações fundamentadas que orientem, sugiram ou sustentem o processo de tomada de decisão que precisa levar em consideração informações sobre o funcionamento psíquico. A avaliação psicológica de cunho jurídico é denominada perícia forense. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA É composta por etapas, durante as quais o profissional terá subsídios para elaborar seu parecer final, sendo elas: • levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da avaliação e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame; planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico; levantamento quantitativo e qualitativo; • integração dos dados e informaçõese formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e objetivos do exame, culminando com a comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo. Compreende-se que a avaliação psicológica não se refere à aplicação de testagem, sendo o teste um elemento que servirá de subsídio para a compreensão do avaliado. Porém, a testagem ainda predomina na realização da AP (Lago, 2000; França, 2004). AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • Conforme explica o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (6ª Região): “Avaliação, em Psicologia, refere-se à coleta e interpretação de informações psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis que permitem ao Psicólogo julgar um comportamento. Aplica-se ao estudo de casos individuais ou de grupos ou situações. • Além disso, o processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos constitutivos no processo de subjetivação. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • São considerados como procedimentos confiáveis aqueles que apresentem alto grau de precisão e de validade. Entenda-se por precisão o grau de consistência do instrumento e por validade a capacidade para atingir os objetivos para os quais foi construído. • A avaliação psicológica pode destinar-se a analisar diferentes aspectos do comportamento, tais como interesses, atitudes, aptidões, desenvolvimento e maturidade, condições emocionais e de conduta e personalidade em geral, bem como reações em face de determinados estímulos ou situações, espontâneas ou previamente planejadas. • De acordo com dados históricos, a prática profissional do psicólogo era reduzia a perícia, exame criminológico e laudos psicológicos baseados em psicodiagnóstico, que é uma forma de avaliação psicológica. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • O psicodiagnóstico inclui aspectos diagnósticos e prognósticos da personalidade, fazendo uso de técnicas e testes psicológicos que, conforme a Resolução nº 02/2003 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA Entrevista psicológica • As entrevistas psicológicas tem como roteiro inicial o conteúdo das alegações das partes nos autos e os quesitos (apresentados pelos assistentes técnicos e/ou por seus advogados), com tempo delimitado e cuja finalidade é a de obter informações, verificar a dinâmica e adentrar questões subjetivas do entrevistado. • Há dois tipos de entrevistas: a fechada, na qual o entrevistador aplica um questionário previamente preparado para tal finalidade, e a aberta, que é a essência da entrevista psicológica, na qual o entrevistador tem a flexibilidade para permitir, na medida do possível, que o entrevistado configure o campo da entrevista segundo sua disposição psicológica particular. Qual o melhor tipo? AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA Testes psicológicos • Um teste psicológico é um instrumento de medida, um procedimento por meio do qual se busca medir um fenômeno psicológico. • Um teste deve ter validade estatística e abarcar todo o conteúdo do fenômeno psicológico que pretende medir (ex.: um teste para medir a ansiedade deve conter em si todo o conceito de ansiedade). Essa medição dos testes se refere às diferenças entre os indivíduos ou mesmo à reação do mesmo indivíduo em momentos diferentes. • Um teste psicológico é definido como uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento. Essa definição enfatiza alguns aspectos, ou seja, todos os sujeitos devem realizar uma mesma tarefa, com uniformidade no processo de aplicação. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA Testes psicológicos • Não basta apenas aplicar o teste, é preciso manter a postura do profissional, a análise e as condições de entendimento do caso. • Recomenda-se que o uso de testes psicológicos ou qualquer outra intervenção ocorra quando o profissional entendê-lo como necessário, e não somente com o objetivo único de dar legitimidade ao laudo pericial ou parecer técnico. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo. Os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados, estudos e interpretações de informações a respeito da pessoa ou grupo atendidos. Esses instrumentais técnicos devem obedecer às condições mínimas requeridas de qualidade e de uso, devendo ser adequados ao que se propõem a investigar.” • A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e concisa, ou seja, deve-se restringir pontualmente às informações que se fizerem necessárias, recusando qualquer tipo de consideração que não tenha relação com a finalidade do documento específico. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA Na Psicologia Jurídica há uma predominância das atividades de confecções de documentos, pressupondo-se que compete à Psicologia uma atividade de cunho avaliativo e de subsídio aos magistrados. São eles: • Atestado psicológico: documento que certifica uma determinada situação ou estado psicológico- afastamento, dispensa, falta. • Declaração psicológica: visa informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas- por exemplo, acompanhamento, comparecimento e informações sobre as condições do atendimento psicológico. • Relatório psicológico: é a apresentação descritiva acerca de situações ou condições psicológicas e suas determinantes históricas, sociais, políticas, culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • Laudo psicológico: tem por objetivo subsidiar uma decisão judicial, apresentando um resultado conclusivo acerca dos quesitos propostos. Corresponde a um relato de um especialista na avaliação de uma determinada situação, no âmbito do seu conhecimento. • O laudo destina-se a fazer a prova de uma situação ou condição psicológica. • O laudo é composto de: - Identificação do sujeito avaliado; - Descrição da demanda e do ponto controvertido; - Técnicas e métodos utilizados para avaliação; - Conclusão, da qual faz parte o diagnóstico, o prognóstico e os esclarecimentos relacionados à demanda; - Resposta aos quesitos (se necessário). AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • Parecer psicológico: é uma opinião técnica fundamentada acerca do ponto psicológico controvertido, sobre o qual se solicita uma manifestação para auxiliar na tomada de decisão. • Sua finalidade é de esclarecimento e seu destino é dirimir a dúvida sobre uma questão ou problema psicológico. • Pode ser realizado pelo perito ou por profissional designado pelo Juiz ou pelos interessados, no caso, o assistente- técnico. • O parecer é composto de: - Cabeçalho introdutório; - Exposição dos motivos do questionamento; - Discussão onde se faz uma análise detalhada dos fatos, da técnica e das teorias; - Conclusão, que consiste no posicionamento do profissional que assina. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA EXEMPLO: Poder Judiciário São Paulo Comarca de Ipuã EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA COMARCA DE IPUÃ AUTOS Nº 0000679-78.2018 INQUÉRITO POLICIAL Autor: Antônio Donizete Mariano M.M. Juiz, A Assistente Social e a Psicóloga deste Juízo, cumprindo determinação de Vossa Excelência vêm mui respeitosamente, encaminhar o relatório social do caso em tela. I-Metodologia: O presente estudo constou de visita domiciliar na casa da referida adolescente,Rayane Fernanda Libório de Oliveira (15), que mora com o pai, Gustavo Henrique Romanato de Oliveira (38), na Rua: José Molinare, nº 286- Ipuã. Foram realizadas entrevistas com Rayane e Gustavo, no Setor Técnico desta Comarca. II- Considerações sobre a família: Rayane mora com o pai, Gustavo, há cerca de 6 meses. Sua mãe mudou de Ipuã e mora perto de Caldas Novas/MG. Gustavo é vigilante autônomo e, ganha, mensalmente, R$ 1.500, 00. Ele mora com a filha em uma casa que era de sua mãe, já falecida. Na casa da frente, além de Gustavo e Rayane, mora um tio, José Carlos, em um cômodo separado. Já na casa dos fundos, mora o pai de criação, João Batista de Oliveira (56), que não trabalha há cerca de um ano e, TTiago Henrique de Oliveira, que trabalha na fábrica, e é responsável pelas despesas dos dois. Conforme relatos de Gustavo, todos que convivem na casa, tem uma boa convivência. III- Entrevista com o genitor Gustavo contou que Rayane foi morar com ele quando a genitora dela mudou de cidade. Ele disse que Rayane o obedece, porém, recentemente ela teve problemas de indisciplina na escola na qual estuda e cursa o primeiro ano do ensino médio. Segundo ele, a direção da escola o chamou para comunicar que Rayane está “andando em más companhias e carregando cadernos dos maconheiros”(sic) e, por essas e outras atividades de desrespeito com os funcionários da escola, a direção decidiu suspendê- la de frequentar as aulas por dois dias. Gustavo contou que bateu na fila e tirou o celular por uns dias, mas depois o devolveu porque ficou com dó da mesma. O pai disse que é rígido com a educação da mesma, que a filha não sai à noite e só fica na frente de casa com uma amiga. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • Cabe ressaltar que o psicólogo, ao concluir o processo da avaliação, pode recomendar soluções para os conflitos apresentados, mas jamais determinar os procedimentos jurídicos que deverão ser tomados. • Ao juiz cabe a decisão judicial, e não compete ao psicólogo incumbir-se dessa tarefa. É preciso deixar clara essa distinção, reforçando a ideia de que o psicólogo não decide, apenas conclui, a partir dos dados levantados por meio da avaliação, e pode assim, sugerir e/ou indicar possibilidades de solução da questão apresentada pelo litígio judicial. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PRÁTICA JURÍDICA • Por fim, a tarefa da avaliação psicológica não é fácil, uma vez que as inferências psicológicas sobre cada pessoa deve ser consubstanciada a cada passo, mediante confirmações independentes. • É preciso compreender a complexidade do processo de avaliação, o que exige competência na observação clínica, nos procedimentos de entrevista, no emprego de conhecimentos de psicopatologia, psicodinâmica e teorias do desenvolvimento. • É preciso ainda reconhecer que a informação que se presta ao processo de avaliação psicológica é relacional ou social, além de sensível a esse contexto. Deve-se considerar que novas informações podem vir a modificar ou complementar a avaliação inicial. A QUESTÃO DO SIGILO • O sigilo profissional é uma das mais importantes e delicadas questões da ética profissional do psicólogo. • É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional. • Exceto, em situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do CEPP e a intimidade de pessoas e/ou grupos, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. Em caso de quebra de sigilo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias. Em outras palavras, a quebra do sigilo profissional do psicólogo refere-se ao fato de que este não pode se negar a prestar as informações que esclareçam a Justiça, mas sem entrar no mérito das questões que devem ser mantidas em sigilo. • Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações. • O psicólogo deve considerar que seu compromisso com a instituição não pode ser maior que seu compromisso com a pessoa em questão. • Nos casos em que a pessoa envolvida na avaliação psicológica destinada à perícia for uma criança ou adolescente, o sigilo também deverá ser mantido, a fim de protegê-los, e o psicólogo deverá comunicar aos pais ou responsáveis somente o essencial para que se tomem medidas em benefício da criança ou adolescente. • No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício. A QUESTÃO DO SIGILO • Contudo, há situações em que a denúncia se torna uma questão imperiosa, especialmente nos casos de violência física ou abuso sexual contra a criança ou adolescente, sem que o psicólogo incorra em quebra de sigilo. • Em depoimentos pessoais ou nos laudos e pareceres, o psicólogo deve seguir as determinações do ECA, e não se omitir quanto à denúncia. • Em relação à atividade profissional do Psicólogo, é importante destacar a preservação do sigilo referente à vida da pessoa. A ética deve buscar sempre o equilíbrio, acompanhando as mudanças da consciência humana e as obrigações sociais do ser humano. A QUESTÃO DO SIGILO
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