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ÉTICA E SOCIEDADE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS – UNILESTE
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA MORAL E ÉTICA 
CORONEL FABRICIANO 
2020
RESUMO SOBRE NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA MORAL E ÉTICA.
Se quisermos compreender nossa condição humana e seus atos, é relevante distinguir duas dimensões: somos seres bio-culturais, isto é, somos seres vivos, programados pelas leis biológicas e, ao mesmo tempo, seres culturais criadores de nós mesmos e de nosso mundo humano. Como seres biológicos, pertencemos ao Reino Animal. Como seres culturais, contudo, nós nos diferenciamos dos outros animais, pois criamos e continuamos até hoje construindo o que há de específico em nossa espécie. Por isso, somos diferentes dos demais seres que recebem sua essência acabada; nosso ser específico, ao contrário dos demais seres não humanos, se constitui apenas como um poder-se que cria a si mesmo, cria seu próprio ser, constituindo-se como projeto inacabado até sua morte. Mas dizer que somos diferentes dos outros animais não significa que há uma separação radical entre nós e os animais, tampouco que haja uma separação entre nossos atos biológicos (corporais) e culturais (mentais): somos uma unidade do complexo biológico/cultural; continuamos ligados aos animais e a todos os seres terrestres, pois pertencemos todos à mesma mãe terra. Temos que olhar com olhos holísticos, ver cada ato humano dentro da totalidade e complexidade de nosso ser, a fim de conviver, de modo responsável e solidário, com todos os seres de nosso mundo (...) No Brasil, embora se costume falar em "cultura brasileira" como se fosse uma única, na realidade há centenas de culturas diferentes. Basta lembrar as centenas de culturas das tribos indígenas, das pessoas que vieram da África e imigrantes de diversos países europeus ou asiáticos (...). A palavra Ética provém do termo "Ethos" que é a transliteração de um termo grego escrito de duas matrizes diferentes: Éthos (ήθος) - com "eta" inicial, vogal longa (é) – hábitos, costumes (é o éthos social, as tradições); Êthos (έθος) - com "épsilon" inicial, vogal breve (ê) - morada, caráter, índole (onde reside o ‘eu real’). Em outras palavras, “o éthos se restringiu à expressão do consuetudinário, e, o êthos, passou a designar um modo filosófico de pensar os usos e os costumes. Foi justo por esse ponto de vista que o êthos angariou para si a força do ajuizamento crítico, e que passou a qualificar, em referência aos conceitos de bem e de mal, de justo e injusto, de belo e feio, a conduta humana” (SPINELLI, 2009, p. 9). Diante disso, pode-se propor uma definição etimológica da noção de ethos, articulando as duas matrizes conceituais, ethos como costume e ethos como hábito: Ethos como costume – modo de ser dos membros de um grupo social que procede da vivência comum dos princípios, valores, normas, leis e hábitos que expressam a ideia de Bem Comum ou BEM (universal) partilhada pelos membros de uma coletividade (comunidade, povo, etnia, civilização etc.). Ethos como hábito – constância no agir de uma pessoa, por meio do qual este incorpora à sua personalidade aquele ideal de BEM (virtude) e o efetiva por meio de ações, sempre perguntando pelo sentido delas. Pode-se dizer que o ethos se constitui historicamente como o ethos de um povo, ele é sua "expressão". O ethos é, antes de tudo, um sentir-se em casa. Nesse sentido, ethos se vincula a outra palavra grega, oikós, que tendo como sentido original a palavra "casa", deu origem às palavras "economia", "ecologia", "ecumenismo", todas expressando, de alguma forma, a noção de que vivemos em um mundo que é uma "grande casa" na qual todos os seus habitantes têm direito à sua dignidade. Pode-se dizer, assim, que a "ética" (ethos) são os critérios que utilizamos para decidir nossas ações visando o bem desta grande casa em que habitamos: o mundo. Podemos falar efetivamente do ethos como um valor universal simbólico que rege a instituição das normas, das leis, dos hábitos, das regras e dos valores. A questão ética surge, portanto, no momento em que é feito um apelo à iniciativa da pessoa, pressuposto que sua ação não é condicionada (inteiramente) pelo curso natural das coisas. Importa, pois, determinarmos o "lugar" da ética na atividade de alguém. A dimensão ética da ação inscreve-se na temporalidade própria do existir: capacidade de iniciativa para forjar, por si mesmo, seu ser futuro: poder de agir, decisão fundada na deliberação. (...) A exigência ética implicada na ação é, precisamente, a determinação da vontade na realização daquilo que a existência, como poder-ser, contém em si enquanto ainda não realizado. Existe tensão na pessoa porque o seu ser futuro já se encontra presente, mas carente de concretização. (...) esse comprometimento da pessoa em relação a si próprio (a realização de si como ser ético) põe em questão a sua responsabilidade sobre si mesmo e os outros. O resultado efetivo de nossas ações somos nós, enquanto ser-para-outro, pois todos os atos morais e éticos só têm sentido em vista da convivência com os outros. (...) o agir ético exige o reconhecimento recíproco dos agentes na determinação da qualidade ética da própria ação, sem esquecer que estamos enraizados na Mãe terra e que somos responsáveis também por ela. O primeiro passo é a passagem do ethos (Moral) – como modo de vida centrado na ideia de Bem e impresso na cultura como costume – à Ética, como inteligibilidade da ação virtuosa, como reflexão sobre a vida concreta das pessoas que constroem a si mesmas, enquanto existência e coexistência para produzir o bem comum. Esse passo foi preparado por Platão e consumado por Aristóteles, com o qual a ética adquiriu estatuto de disciplina autônoma (ciência da práxis). A ação humana, enquanto portadora de significação, é a medida (métron) das coisas, no sentido de que toda ação – seja como agir (práxis), seja como fazer (poiésis) – constitui um universo simbólico que é, a um só tempo, obra (ergon) da pessoa e referência para sua própria ação, ou seja, seu ethos. Ora, a essa obra coletiva, a essa ação criadora de objetos, signos e formas – pelas quais um determinado grupo humano se reconhece como coletividade – damos o nome de "cultura". Nesse sentido, como já afirmara Vaz (1993, p. 36), "o ethos é coextensivo à cultura". Aqui aparece um movimento dialético perpétuo: nascemos num determinado contexto social-cultural no qual certa configuração do ethos nos é transmitida (por meio das tradições) – e que nós devemos absorver, não somente a fim de evitarmos sanções, punições em caso de transgressão, mas simplesmente para podermos existir enquanto parte deste grupo social e a ele identificado. Participamos, portanto, mesmo que involuntária e inconscientemente, num primeiro momento, da perpetuação do ethos. Desse modo, podemos afirmar que o ethos não se reduz à tradição. O ethos é precisamente "em parte" tradição, enquanto ele se põe como Experiência heteronômica, ou seja, enquanto fundamento do conjunto dos costumes, dos princípios e dos valores tendo força suficiente para sobre determinar o agir de pessoas e grupos sociais. Contudo, o ethos deve, sobretudo, ser considerado como criação única, ainda que esta não cesse de ser, a cada vez, a ordem simbólica representativa de uma época e de um modo de ser coletivo. O ethos, obra da cultura de um povo, contudo, não é o reflexo de uma "ordem ideal" atemporal, a partir da qual "deduziríamos" o valor de nossas ações e de nossas instituições, posto que ele não existe senão como criação social-histórica. Para a Filosofia Moral, Lei Moral é a determinação do que cada ser humano deve seguir como norma da sua ação, independente de fatores externos. Segundo Immanuel Kant (1724-1804) – que abordamentos propriamente na Unidade 2 – lei moral é a lei que impomos a nós mesmos a fim de agirmos de acordo com o dever. Dever aqui compreendido como oposição à vontade (ou, nos termos de Kant, inclinação). Para Kant, a ação correta é aquela que depende da autonomia da razão, que sabe e tem como motivação fazer o certopelo certo. Agir pela vontade, segundo Kant, é agir hetenonomamente, guiado pela inclinação. O Direito é bilateral e a Moral, unilateral, pois a norma jurídica tem dois lados: de um lado, ela atribui um direto subjetivo; de outro, um dever correspondente; já a Moral é unilateral. O Direito é heterônomo (caracterizado pela heteronomia), enquanto a moral é autônoma, determinada pela razão do sujeito para o sujeito. Quando a pessoa aceita ou não a norma moral ela pode estar agindo pela inclinação, pelas vontades, pelos desejos, agindo heteronomamente. Exterioridade do Direito e Interioridade da Moral: as normas jurídicas tratam de atos externos da pessoa, manifestas a toda coletividade; as normas morais repercutem no interior ou consciência da pessoa. Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade da Moral: enquanto o direito pode usar a força e a coerção no caso de infração da lei, impondo à pessoa penalidades; a Moral, ao contrário, em caso de alguém infringir uma norma, se sentirá, no máximo, remorso e o afastamento das pessoas. Quanto ao conteúdo de Direito e Moral, temos algumas teorias: Teoria dos Círculos Concêntricos – um está inscrito no outro: o maior pertence à Moral e o Direito se subordina às normas morais. Teoria dos Círculos Secantes – Dois círculos que se cruzam até um determinado ponto; o Direito e a Moral possuem uma área comum, sobre a qual ambos têm competência para atuar; mas as partes dos círculos que ficam fora da área comum são específicas uma ao âmbito do Direito e outra ao âmbito da Moral. O jurista Kelsen defende que o direito é autônomo e a validade de suas normas não tem relação necessária com a Moral. Teoria do Mínimo Ético no Direito: O direito deveria conter o menor número possível de normas morais. Em 1961 Arendt acompanhou, como correspondente da revista americana The New Yorker, o julgamento do oficial nazista Adolf Eichmman. Eichmman havia sido capturado na Argentina, onde se refugiava após a fuga no final da Segunda Guerra Mundial. Eichmman era responsável pela deportação dos judeus para os campos de concentração e extermínio. Embora não fosse responsável pela elaboração das políticas que visavam o aprisionamento e extermínio dos judeus, era responsável pela operação de transporte, a qual buscava executar com a maior eficiência possível. Para tanto Arendt analisa a figura de Eichmman, que nas palavras de Hannah, era "ordinário, comum, nem demoníaco, nem monstruoso". Ainda assim, sendo um homem comum, Eichmman foi capaz de executar, sem hesitar, ordens que tinham por objetivo exterminar milhões de vidas humanas. Estas ordens, para ele, não necessitar ser objeto de consideração ou reflexão, precisavam apenas serem executadas. E assim o fez. E o fez porque, segundo o próprio, seguia ordens. Questionado durante o julgamento se, sob ordens, executaria os próprios pais, respondeu também sem hesitar: "se estas fossem ordens superiores sim, os executaria". Importante ressaltar que Hannah Arendt não pretende isentar Eichmman da responsabilidade de suas ações. Muito pelo contrário: tendo cada ser humano a capacidade de pensar e refletir sobre o que faz e como age no mundo, cabe apenas a ele mesmo dar conta e responsabilizar-se pelos seus atos. Ao negar sua capacidade reflexiva Eichmman abdicou, segundo a filósofa, da mais humana de suas características: ter a capacidade de refletir, de pensar. É este ponto, como veremos nas seções e unidades a seguir, que caracteriza fundamentalmente o ser humano: a capacidade de pensar sobre como age no mundo, na relação com os outros seres humanos e com tudo aquilo que nos rodeia. Negar esta capacidade, ou mesmo abdicar, abrir mão dela, sobre qualquer pretexto, não é justificável, nem mesmo compreensível. A capacidade reflexiva, de pensar, fundamentalmente humana, é o que nos distingue, como seres racionais, dos outros animais deste mundo: podendo refletir e compreender o impacto de nossas ações, devemos exercitar esta faculdade humana. Pensar é a nossa capacidade de estabelecer um diálogo conosco mesmo, a fim de conseguirmos distinguir o certo do errado, o justo do injusto, o verdadeiro do falso. Desde Sócrates e Platão, na Grécia Antiga, aos dias de hoje, filósofos das mais diversas correntes e tradições mantém a necessidade de exercitar nosso pensamento como característica fundamental da ação moral e ética.
REDAÇÃO: RELAÇÃO QUE MORAL E ÉTICA COM A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS: QUE DESAFIOS ÉTICOS E MORAIS A EMERGÊNCIA SURGIDA COM A PANDEMIA NOS TRAZ? 
Na idade média, século XIV, o lixo era frequentemente atirado nas ruas pelas janelas, se acumulando nas avenidas e propiciando um ambiente perfeito para proliferação de pragas urbanas, foi o que deu início ao surto de peste-negra. É possível relacionar esse contexto histórico aos desafios éticos e morais com a emergência surgida perante a pandemia do coronavírus, já que, com essa nova epidemia, se não acabar com ela desde já, pode ser fatal como em outros países. Contudo, cabe ao Governo, medidas para dar melhor suporte aos profissionais da saúde cuidar dos infectados e parte da sociedade com a disseminação das notícias falsas.
Em primeira análise, conforme o mito da caverna de autoria do filósofo Platão: os indivíduos que não possuem pensamento crítico perante a uma situação da realidade, estão presos em uma gruta em que apenas sombras da existência são aparentes. Dessa forma, o indivíduo ao receber uma notícia em seu ‘’smartphone’’ deve checar se a veracidade de tal informação. Aquele que não procura saber se realmente o fato ocorreu, acaba ficando suscetíveis a receber mais informações falsas e ficar somente dentro da sua caverna não podendo compartilhar de suas ideias com pessoas de seu convívio e também, com perigo de colocar a sua saúde mental em risco.
Em segunda análise, a Carta Magna de 1988 — documento de maior soberania no território nacional — declara a saúde como um direito fundamental de todo cidadão. Sendo assim, cabe ao Governo ampliar suas políticas públicas para o controle da pandemia: proibir voos domésticos e reforçar o bloqueio das pessoas entrada e saídas de pessoas nos aeroportos de todo o Brasil para que o fluxo de gente reduza ainda mais evitando a disseminação do vírus e assim tem menos hipóteses de aumentar os índices dos gráficos estimados por pesquisadores por conta do contágio e número de mortes. 
Em virtude dos fatos mencionados, portanto, para que a pandemia do coronavírus não seja fatal quanto da peste-negra, torna-se imprescindível que o Ministério da Saúde intensifique a veiculação de informes que desmintam as notícias falsas acera do surto de coronavírus, através dos meios de comunicação existentes no país, de modo alertar a população. Assim, será possível conter o pânico que insiste em confundir a população. É importante, também, que as empresas aéreas com a Anac — Agência Nacional de Avião Civil — promovam medidas que facilitem o contato do cliente com a empresa, evitando congestionamento nos canais de comunicação e a companhia forneça para incentivo para o consumidor não cancelar sua passagem e ficar no prejuízo. 
NOME DO ALUNO
NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA MORAL E ÉTICA
CORONEL FABRICIANO 
2020

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