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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Curativos" do EAD 
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução 
total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa 
do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
80 horas Atualização em Curativos 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
 
 
 
 
 
 
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do autor (Artigo 29). 
Atualização em Curativos 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
80 horas 
Com certificado 
online 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 6 
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 6 
1.3 PREMISSAS ............................................................................................................... 6 
O HISTÓRICO DOS CURATIVOS .................................................................................. 8 
A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO TRATAMENTO 
DAS FERIDAS ..................................................................................................................... 9 
A PELE ............................................................................................................................... 10 
4.1 DEFINIÇÃO .............................................................................................................. 10 
4.2 ANATOMIA DA PELE ............................................................................................ 11 
4.2.1 Camadas da Pele ................................................................................................. 11 
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS ........................................................................... 13 
5.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA ........................................................................................ 13 
5.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA ............... 13 
5.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO DAS 
ESTRUTURAS ............................................................................................................... 14 
5.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE / 
COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL ..................................................................... 14 
5.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS.............................................................. 14 
5.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO EXSUDATO 
(ASPECTO) ..................................................................................................................... 15 
5.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA................................................................. 15 
5.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA................................................................................. 16 
5.9 APARÊNCIA DA FERIDA ...................................................................................... 16 
5.10 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO .............................................. 16 
5.10.1 Lesão por Pressão ............................................................................................. 16 
5.10.2 Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece 17 
5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da Pele em sua espessura parcial com 
exposição da derme ..................................................................................................... 17 
5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total ................. 18 
5.10.5 Lesão por Pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda 
tissular .......................................................................................................................... 18 
5.10.6 Lesão por Pressão Não Classificável: perda da pele em sua espessura total e 
perda tissular não visível ............................................................................................. 18 
5.10.7 Lesão por pressão Tissular Profunda: descoloração vermelha escura, marrom, 
púrpura, persistente que não embranquece .................................................................. 19 
5.10.8 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico ...................................... 19 
5.10.9 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas .................................................... 19 
5.10.10 Requisitos para estadiar uma lesão por pressão.............................................. 19 
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO ............................................................................. 20 
6.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ................................................................................... 21 
TRATAMENTO DE PACIENTES COM FERIDAS .................................................... 22 
 
 
7.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO .......................................................... 22 
7.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO ............................................ 23 
7.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS...................................................................................... 23 
PREVENÇÃO DA ÚLCERA POR PRESSÃO .............................................................. 24 
O AMBIENTE IDEAL PARA CICATRIZAÇÃO ......................................................... 26 
PRINCÍPIOS PARA REALIZAÇÃO DO CURATIVO ................................................ 27 
10.1 LIMPEZA ................................................................................................................ 27 
10.2 PELE ÍNTEGRA ..................................................................................................... 27 
CURATIVOS ..................................................................................................................... 29 
PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS FERIDAS ................. 30 
12.1 ALGINATOS .......................................................................................................... 30 
12.2 PAPAÍNA ................................................................................................................ 31 
12.3 HIDROCOLÓIDE ................................................................................................... 32 
12.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGEs) ............................................................ 32 
12.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS LIPÍDIOS INSATURADOS RICOS EM 
ÁCIDO LINOLÉICO ...................................................................................................... 33 
12.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO ................................................................. 33 
12.7 SULFADIAZINA DE PRATA ............................................................................... 34 
12.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS .............................................. 34 
12.9 HIDROGEL ............................................................................................................. 35 
12.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS .............................................. 36 
12.10.1 Apresentações ................................................................................................. 36 
12.11 POMADAS ENZIMÁTICAS................................................................................ 36 
12.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS.......................................... 37 
12.13 CURATIVOS IMPREGNADOS COM PRATA .................................................. 37 
12.14 CURATIVOS COM DRENO ............................................................................... 38 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS CURATIVOS......................................39 
CUIDADOS BÁSICOS DE ASSEPSIA NO CURATIVO ............................................. 40 
CURATIVOS DE CATETERES, INTRODUTORES, FIXADORES EXTERNOS .. 41 
CURATIVOS EM DRENOS ............................................................................................ 42 
CURATIVOS EM FERIDAS ........................................................................................... 43 
DESBRIDAMENTO ......................................................................................................... 44 
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ................................................ 46 
19.1 INDICAÇÃO ........................................................................................................... 46 
19.2 CONTRAINDICAÇÃO .......................................................................................... 47 
19.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA ............................................. 47 
19.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ............................................................................... 47 
19.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA 
LASERTERAPIA ............................................................................................................ 48 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ............ 50 
20.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS ..................................................................................... 50 
20.2 CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO DE FERIDAS COM 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA .......................................................................... 51 
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM VITILIGO .......................... 53 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E 
PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA......................................................................... 54 
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 56 
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 60 
 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
6 
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conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia 
expressa do autor (Artigo 29). 
01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
A saúde é uma área de trabalho no qual a pesquisa científica é sempre ativa; os constantes 
progressos permitem melhorar a conduta clínico-cirúrgica e consequentemente a 
possibilidade de reparação dos clientes. Portanto, o crescente avanço científico na área de 
curativos tem favorecido o processo cicatricial e melhorado a qualidade de vida dos 
pacientes portadores de feridas. 
 
 
1.2 OBJETIVOS 
Atualizar o profissional de enfermagem e estudantes de enfermagem acerca dos 
mecanismos de cicatrização das feridas e sobre os curativos mais modernos utilizado no 
tratamento de feridas. 
Possibilitar ao aluno o conhecimento teórico sobre os estágios da cicatrização de 
feridas permitindo-o selecionar o curativo adequado. 
Esclarecer dúvidas acerca dos produtos mais utilizados no tratamento de feridas, 
seus benefícios, mecanismo de ação e contraindicações. 
 
 
1.3 PREMISSAS 
Historicamente, o tratamento de feridas tem como filosofia, a proteção das lesões contra a 
ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos. A preocupação com a 
contaminação exógena por microrganismos fez com que fossem instituídas técnicas de 
curativo, onde o princípio básico era a manutenção do curativo limpo e seco. Atualmente, 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
7 
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(Artigo 29). 
após a realização de estudos científicos que comprovaram os benefícios do meio úmido 
para a cicatrização das feridas, foram desenvolvidos diversos curativos biocompatíveis que 
possibilitam a cicatrização da ferida de maneira mais rápida e eficiente. 
Nos últimos anos houve uma explosão na quantidade de novos produtos de 
tratamento das feridas. Estes produtos foram elaborados para ter um efeito funcional. 
 
Atualização em Curativos 
 
 
8 
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02 
O HISTÓRICO DOS CURATIVOS 
 
 
 
 
Desde a era pré-histórica eram preparadas cataplasmas de folhas e ervas com o intuito de 
estancar a hemorragia e facilitar a cicatrização. Com o passar do tempo e evolução das 
civilizações foram aperfeiçoados vários métodos como emplastros de ervas, mel, 
cauterização das feridas com óleos ferventes ou ferro quente, desinfecção com álcool 
proveniente do vinho, utilização de banha de origem animal, cinzas, incenso, mirra dentre 
outros. 
Os egípcios eram habilidosos no processo de embalsamento, para o tratamento de 
feridas utilizavam o conceito de ferida limpa, com a utilização de óleos vegetais, e ocluída 
com cataplasmas e faixas de algodão. 
Winter em 1962 demonstrou que o meio úmido, enzimas como as colagenases e 
proteinases capacitam as células para migrarem através da ferida para as áreas úmidas onde 
há fibrina. Como a epitelização significa migração celular, o meio úmido favorece 
condições fisiológicas para a cicatrização. 
Quando permitimos a uma ferida secar e formar uma crosta, as células epiteliais 
necessitam penetrar mais profundamente na lesão para encontrar um plano de umidade que 
permita sua proliferação. Assim sendo, uma ferida seca exigirá maior atividade metabólica 
e necessitará de mais tempo para a cura. A crosta também é um fator que prejudica a 
visualização da evolução do processo cicatricial e muitas vezes impedem o diagnóstico 
precoce de complicações infecciosas. 
 
Unidade 3 – A Importância da Abordagem Interdisciplinar no Tratamento das Feridas 
 
 
9 
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(Artigo 29). 
03 
A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM 
INTERDISCIPLINAR NO TRATAMENTO 
DAS FERIDAS 
 
 
 
 
A formação de um grupo interdisciplinar para avaliar as feridas é importante, pois cada 
profissional abordará uma área específica e ao mesmo tempo se preocupará com a outra 
área que paralelamente está sendo tratada por outro profissional, de forma que o tratamento 
seja integral, global, possibilitando a troca de informações entre os profissionais. 
É necessária a avaliação inicial abrangente com todos os profissionais para 
traçarem um plano de cuidado adequado a esse paciente portador de ferida, 
compreendendo assim as questões biopsicossociais da doença. 
Atualização em Curativos 
 
 
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04 
A PELE 
 
 
 
 
4.1 DEFINIÇÃO 
A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vida e que isola 
os componentes orgânicos do meio externo. A pele apresenta grandes variações ao longo 
de sua extensão, sendo ora mais elástica e flexível, ora mais rígida. 
 
 
 
Unidade 4 – A Pele 
 
 
11 
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4.2 ANATOMIA DA PELE 
 
4.2.1 Camadas da Pele 
 Epiderme: é um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado de origem 
ectodérmica. Composta por cinco camadas: 
 Camada Basal: É também chamada germinativa, apresenta intensa atividade 
mitótica, sendo responsável pela constante renovação da epiderme. Forma uma 
membrana que separa a epiderme da derme. 
 Camada Espinhosa: Suas células possuem ramificações que saem do citoplasma. 
Possui tonofibrilas e desmossomas que tem função de na manutenção da coesão das 
células da epiderme e consequentemente na sua resistência ao atrito. Quanto maior 
a exposição ao atrito maior será esta camada. 
 Camada granulosa: Célula em cujo citoplasma são observado os grânulos 
grosseiros e basófilos (grânulos de querato-hialina que vão contribuir para a 
constituição do material interfilamento da camada córnea. 
 Camada Lúcida: Células achatadas, hialinas e eosinófilos, cujo núcleo e organelas 
desapareceram. O citoplasma consiste em numerosos filamentos compactados e 
envolvidos por material elétron denso. Ainda se podem ver desmossomas entre as 
células. 
 Camada Córnea: Constituída por células achatadas mortas e sem núcleo. 
Citoplasma com grande quantidade de substâncias córnea, uma escleroproteína 
chamada queratina. 
 
 Derme: É o tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme. Espessura máxima 
de 3 mm na região plantar. 
 Camada Papilar: Delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo, ela penetra 
nas papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
que se inserem na membrana basal e penetra profundamente na derme com a 
função de prender a derme a epiderme. 
 Camada Reticular: Mais espessa constituída por tecido conjuntivo denso. 
Apresenta menos células e fibras colágenas mais abundantes e espessas do que a 
camada papilar. 
 Hipoderme: (camada subcutânea): É formada por tecido conjuntivo frouxo que une 
de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. A hipoderme poderá ter 
uma camada variável de tecido adiposo, dependendo da região e nutrição, 
formando uma camada chamada Panículo Adiposo o mesmo proporciona 
isolamento térmico, com isso confere proteção contra o frio. 
Unidade 5 – Caracterização das Feridas 
 
 
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05 
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS 
 
 
 
 
5.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA 
Toda e qualquer ruptura da integridade de um tecido ou órgão, podendo atingir desde a 
epiderme até estruturas mais profundas como fáscias, músculos e órgãos cavitários. 
 
 
 
5.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA 
 Agudas: incisões cirúrgicas, traumas, térmicas e infecciosas. 
 Crônicas: Feridas ulcerativas (úlcera por pressão). Enfermidades dermatológicas 
(psoríase) 
 Drenantes: fístulas, drenos e estomas. 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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5.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO 
DAS ESTRUTURAS 
 Abertas: sem aproximação de bordas. 
 Fechadas: com aproximação e sutura de bordas. 
 
 
 
5.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE / 
COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL 
 Superficial: até a derme 
 Profunda Superficial: até o subcutâneo 
 Profunda Total: músculo e estruturas adjacentes 
 
 
5.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS 
 Feridas Abertas que cicatrizam por 2ª intenção, são classificadas segundo 
aparência em: 
 Necrótica: presença de placa necrótica dura (escara) ou tecida necrosado. 
 Infectada: presença de processo inflamatório e exsudação supurativa. 
 Com crosta: exsudação que solidificou. 
 Granulada: formação de tecido novo (angiogênese) e matriz do colágeno. 
 Epitelizada: formação e migração de células epiteliais sobre a superfície durante o 
processo de cicatrização. 
Unidade 5 – Caracterização das Feridas 
 
 
15 
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(Artigo 29). 
 
 
 
5.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO 
EXSUDATO (ASPECTO) 
 Exsudato fibrinoso: passagem de proteínas plasmática pela parede do vaso. 
 Fibrina: é uma proteína insolúvel, que se forma durante o processo de coagulação. 
Na ferida se apresenta aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou amarelada. 
 Padrões Mistos:serosanguinolento, seropurulento, serofibrinoso e fibrinopurulento. 
 Coloração: Esbranquiçada, amarelada e esverdeada. 
 Odor: Inodoro, fétido e pútrido. 
 Derivados de fístulas: biliar, entérica, urinária, pancreática e fecalóide. 
 
 
5.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA 
O formato e tamanho da ferida podem mudar durante o processo de cicatrização. No início 
quando retiram os tecidos necróticos e/ou desvitalizado, a ferida parece aumentar de 
tamanho. Isso ocorre porque a dimensão real da ferida era mascarada pelo tecido necrótico. 
É importante realizar a monitorização do formato e tamanho da ferida para definir o 
curativo ideal. 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
16 
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expressa do autor (Artigo 29). 
5.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA 
No exame físico do paciente se identifica a localização da ferida e evidenciam-se áreas 
com grandes possibilidades para contaminação, por exemplo, em região sacra. 
 
 
5.9 APARÊNCIA DA FERIDA 
A aparência da ferida está relacionada com a etapa de cicatrização ou com uma 
complicação. As feridas abertas podem ser classificadas como: necróticas, infectadas, com 
crosta, granuladas e epitelizadas. Ressalta-se que algumas feridas podem pertencer a mais 
de uma categoria denominada ferida mista. 
 
 
5.10 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO 
 O National Pressure Ulcer Advisory Pane (NPUAP), que é uma organização norte- 
americana sem fins lucrativos, dedicada a prevenção e ao tratamento das lesões por 
pressão. Formado em 1986, o conselho diretor é Multidisciplinar, composto de 
especialistas em lesões por pressão e líderes de diversas áreas da saúde que 
compartilham o compromisso da organização. 
 No dia 13 de Abril de 2016, o NPUAP anunciou uma mudança na terminologia 
ÚLCERA POR PRESSÃO para LESÃO POR PRESSÃO e a atualização da 
nomenclatura dos estágios do sistema de classificação. 
 Segundo o NPUAP, a expressão descreve de forma mais precisa esse tipo de lesão, 
tanto na pele intacta como na pele ulcerada. 
 As Lesões por Pressão são categorizadas para indicar a extensão do dano tissular. 
 O sistema de classificação atualizado inclui as seguintes definições: 
 
5.10.1 Lesão por Pressão 
É um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmentesobre uma 
proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. 
A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser 
dolorosa. 
Unidade 5 – Caracterização das Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação 
com o cisalhamento. 
A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada 
pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. 
 
5.10.2 Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema 
que não embranquece 
Pele integra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer 
diferente em pele escura. 
 
 
5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da Pele em sua 
espessura parcial com exposição da derme 
Perda da pele em espessura parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de 
coloração rosa ou vermelha, úmida e pode também apresentar-se como uma bolha intacta 
(preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não 
são visíveis. 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua 
espessura total 
Perda de pele de espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de 
granulação está presente. Esfacelo e tecido desvitalizado pode está presente. A 
profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica, áreas com 
adiposidade significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrem 
descolamento e formação de túneis. 
 
 
5.10.5 Lesão por Pressão Estágio 4: Perda da pele em sua 
espessura total e perda tissular 
Perda de pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da 
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. 
 
 
5.10.6 Lesão por Pressão Não Classificável: perda da pele em 
sua espessura total e perda tissular não visível 
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do dano não pode 
ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. Ao ser removido (esfacelo 
ou escara), Lesão por pressão grau 3 ou grau 4 ficará aparente. 
 
Unidade 5 – Caracterização das Feridas 
 
 
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5.10.7 Lesão por pressão Tissular Profunda: descoloração 
vermelha escura, marrom, púrpura, persistente que não 
embranquece 
Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, 
marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com 
leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. 
Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração 
de pele. 
Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada de cisalhamento na interface 
osso- músculo. 
 
5.10.8 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico 
Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A lesão por pressão relacionada a 
dispositivo médico resulta do uso de dispositivo criados e aplicados para fins diagnósticos 
e terapêuticos. 
 
5.10.9 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas 
A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há histórico de uso de 
dispositivo médico no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem 
ser categorizadas. 
 
5.10.10 Requisitos para estadiar uma lesão por pressão 
Enfermeiro deve saber avaliar: epiderme, derme, tecido subcutâneo. 
Enfermeiro deve saber diferenciar: tecido granulado, músculos, tendões e ossos. 
As características lesionam devem ser observadas, pois influenciam diretamente na 
conduta e escolha do tratamento adequado: localização, dimensões da ferida, tipo e 
quantidade de exsudatos, condições do leito da lesão (tipo de tecido), conteúdo 
microbiano, pele Perilesional. 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
06 
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO 
 
 
 
 
O processo de cicatrização de feridas é composto por várias etapas tais como: inflamação, 
reconstrução, epitelização e maturação. 
 Inflamação: A reação inflamatória é uma reação local não-especificada a danos no 
tecido e/ou invasão bacteriana. Ela é uma parte importante dos mecanismos de 
defesa do corpo e é a parte fundamental no processo de cicatrização. Os sinais de 
inflamação são: dor, rubor, calor e edema. Esta etapa dura de quatro a cinco dias e 
requer recursos energéticos e nutricionais. 
 Reconstrução: Nesta fase o oxigênio tecidual estimula os macrófagos para criar 
fatores de angiogênese que instiga o processo de angiogênese. Os capilares não 
danificados estimulam a germinação de células que crescem na direção da 
superfície formando uma rede dentro da ferida fornecendo nutrientes e oxigênio 
(tecido de granulação). 
 Epitelização: Trata-se da fase em que a ferida é coberta por células epiteliais. Nas 
feridas fechadas essa fase começa logo no segundo dia. No entanto, nas feridas 
abertas, é necessário que a cavidade da ferida seja preenchida com tecido de 
granulação antes da epitelização poder começar. 
 Maturação: Durante a fase de maturação, a ferida se torna menos vascularizada. 
As fibras de colágeno são reorganizadas de forma que formam ângulos com as 
margens da ferida. O tecido da cicatriz presente é remodelado e lentamente fica 
igual ao tecido normal. 
 
 
Unidade 6 – Fisiologia da Cicatrização 
 
 
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(Artigo 29). 
6.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 
Dependendo da maneira como foi produzida a lesão, podemos classificar o processo 
cicatricial em: 
 Cicatrização por primeira intenção: Ocorre quando há perda mínima de tecido e 
as bordas são passiveis de ajuste por sutura. Neste tipo de lesão o curativo é 
utilizado apenas para proteção não havendo necessidade de manutenção do meio 
úmido. O curativo pode ser removido até após 48 horas. 
 Cicatrização por segunda intenção: Ocorre quando há perda acentuada do tecido 
e não há possibilidade de fechamento dos bordos. O tempo de cicatrização será 
invariavelmente superior e o curativo deve ser utilizado com tratamento da lesão, 
havendo necessidade de manutenção do meio úmido. 
 Cicatrização por terceira intenção ou mista: Ocorre quando há fatores que 
retardam o processo cicatricial por primeira intenção e há necessidade de deixar a 
lesão aberta para drenagem ou para debelar uma Infecção. Posterior ao tratamento a 
lesão poderá ser fechada por primeira intenção. 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
07 
TRATAMENTO DE PACIENTES COM 
FERIDAS 
 
 
 
 
Na assistência ao paciente portador de feridas se faz necessário uma abordagem holística, 
com um levantamento do histórico do paciente e a avaliação das condições atuais, 
incluindo o físico, psicológico e o espiritual. 
 
 
7.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO 
 Idade 
 Estado Nutricional 
 Patologias de base: diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia 
 Infecções 
 Mobilidade no leito 
 Duração da internação hospitalar 
 Incontinência urinária 
 Higiene 
 
 
Unidade 7 – Tratamento de Pacientes com Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
7.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO 
 Medo da morte 
 Estresse 
 Impotência 
 Baixa autoestima 
 Desânimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS 
A espiritualidade tem conceitos divergentes no campo da saúde. Todavia ela pode ser 
compreendida com um sentido dentro de nós que responde a realidades infinitas da vida. 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
08 
PREVENÇÃO DA ÚLCERA POR PRESSÃO 
 
 
 
 
 É o melhor remédio para o problema da úlcera de pressão e deve ser compartilhada 
entre os profissionais de saúde, pacientes e familiares. 
 Mudar de decúbito e redistribuir o peso a cada 2 horas. 
 Alivia a pressão e aumenta a resistência da pele a lesões. 
 Diminuir o tempo se houver hiperemia ou lesão instalada. 
 Elevar o decúbito em no máximo 30º. 
 Evita a fricção e principalmente o cisalhamento. 
 Elevar o decúbito do cliente em mais de 30º somente por 2 horas, incluir esta 
posição na mudança rotineira de decúbito. 
 
 Solicitar avaliação nutricional 
Unidade 8 – Prevenção da Úlcera por Pressão 
 
 
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(Artigo 29). 
 Uma nutrição adequada aumenta a tolerância dos tecidos à pressão. 
 Prover líquidos e dieta conforme prescrição médica 
 Importante oferecer o aporte calórico descrito pelo médico ou nutricionista para um 
melhor desempenho na prevenção da úlcera de pressão. 
Atenção! NUNCA: 
 Utilize boias, almofadas, luvas e colchões de água. 
 Pastas e cremes que aderem à pele e que sejam de difícil remoção. 
 Boias com furo no centro. (Exceto para proteger a cadeira higiênica) 
 Panos juntamente com a fralda. 
 Deixe restos de alimentos caídos na cama do paciente. 
 Deixe o lençol ou camisola do paciente dobrada sob a pele. 
 Utilize placas hidrocolóides grossas e opacas. 
 Deixe o paciente em uma posição que você não gostaria de estar. 
Atualização em Curativos 
 
 
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09 
O AMBIENTE IDEAL PARA 
CICATRIZAÇÃO 
 
 
 
 
Atualmente, há uma vasta gama de curativos utilizados no tratamento de feridas no 
mercado. Esses curativos foram elaborados para ter um efeito funcional possuindo algumas 
características tais como: manter a alta umidade da interface ferida/curativo, permitir trocas 
gasosas, remover o excesso de exsudato, impermeável a bactéria, fornece isolamento 
pérvio, ser isento de partículas e tóxicos contaminadores das feridas e permitir sua remoção 
sem causar trauma na ferida. 
1. Manter a umidade da ferida: Deve-se manter o leito da ferida úmido, permitindo 
assim que as células epiteliais deslizem pela superfície da ferida. Portanto na 
limpeza das feridas abertas, não há a necessidade de secar a superfície da ferida. 
Deve-se secar a pele ao redor da ferida para ajudar manter o novo curativo fixado. 
2. Retirar o excesso de exsudato: O curativo deve ter um pouco de absorvência. Em 
algumas situações serão necessários à utilização de curativo secundário. 
3. Isolamento térmico: Pesquisas evidenciaram que leva três horas para a atividade 
mitótica retornar a sua velocidade normal. Portanto, as feridas não devem ser 
limpas com soluções frias e sim mornas. 
4. Impermeável à bactéria: um dos objetivos do curativo é criar uma barreira entre a 
ferida e o ambiente. 
5. Isento de partículas e tóxicos contaminadores de feridas: As partículas prolongam a 
reação inflamatória afetando a velocidade da cicatrização. 
6. Retirar sem traumas: a utilização de curativos secos diretamente na superfície da 
ferida é a causa principal de trauma. 
Unidade 10 – Princípios para Realização do Curativo 
 
 
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(Artigo 29). 
10 
PRINCÍPIOS PARA REALIZAÇÃO DO 
CURATIVO 
 
 
 
 
Atentar para a Dor: medicar se necessário. 
Curativo anterior: observar aspecto, quantidade do exsudato e odor. 
 
 
10.1 LIMPEZA 
 Usar SF 0,9% morno 
 Lavar sempre com seringa de 20 mL e agulha 40x12 
 Irrigar a ferida de cima para baixo. 
 Se houver necrose esfregar uma gaze úmida ao mesmo tempo em que irrigamos. 
 Se houver granulação, nunca esfregamos. 
 
 
10.2 PELE ÍNTEGRA 
 Manter borda o mais íntegra possível. 
 Manter a pele seca ao redor da lesão. 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
 Proteger efeitos danosos como maceração, fitas adesivas, dermatites químicas. 
 Preencher espaços mortos. 
 
Unidade 11 – Curativos 
 
 
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11 
CURATIVOS 
 
 
 
 
Por definição, curativo é todo material colocados diretamente por sobre uma ferida, cujos 
objetivos são: evitar a contaminação de feridas limpas; facilitar a cicatrização; reduzir a 
infecção nas lesões contaminadas; absorver secreções, facilitar a drenagem de secreções, 
promoverem a hemostasia com os curativos compressivos, manter o contato de 
medicamentos junto à ferida e promover conforto ao paciente. 
Os curativos podem ser abertos ou fechados, sendo que os fechados ou oclusivos 
são subdivididos em úmidos e secos. Os curativos úmidos têm por finalidade: reduzir o 
processo inflamatório por vasoconstricção; limpar a pele dos exsudatos, crostas e escamas; 
manter a drenagem das áreas infectadas e promover a cicatrização pela facilitação do 
movimento das células. 
alginatos hidrocolóides hidrogel espumas películas
exsudação; 
feridas 
contaminadas
exsudação; 
granulação; 
epitelização
granulação,feri
das secas, 
epitelização
exsudação; 
granulação
epitelização
curativo;tiras
curativo; 
pasta; 
curativo; 
gel
Curativo
curativo 
(secundário)
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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12 
PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO 
TRATAMENTO DAS FERIDAS 
 
 
 
 
As soluções mais utilizadas nos curativos são: 
 Soro fisiológico para limpeza e como emoliente; 
 Atualmente, a solução mais utilizada para limpeza das lesões/ feridas é solução 
fisiológica 0,9%. 
 
 
12.1 ALGINATOS 
 
São sais de polímero natural ácido algínico derivado de algas marinhas marrons. 
Estes curativos apresentam-se em embalagens individuais estéreis. 
Unidade 12 – Produtos Mais Utilizados no Tratamento das Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue interage com o 
cálcio presente no curativo promovendo uma troca iônica que auxilia no desbridamento 
autolítico, tem alta capacidade de absorção e resulta na formação de um gel que mantêm o 
meio úmido para cicatrização. 
Indicações: feridas abertas altamente exsudativas com ou sem infecção e lesões 
cavitárias com necessidade de estimulo rápido de do tecido de granulação. 
 
Contraindicações: lesões por queimaduras ou lesões superficiais e feridas sem ou 
com pouca exsudação. 
 
 
12.2 PAPAÍNA 
É uma enzima proteolítica extraída do látex da caricapapaya. 
Indicação: em todo tecido necrótico, particularmente naqueles com crosta. 
Mecanismo de ação: ação antiinflamatória, bactericida e cicatricial; atua como 
desbridante. 
Modo de usar: preparar a solução em frasco de vidro, irrigar a lesão e deixar gaze 
embebida na solução. 
Observações: a diluição é feita de acordo com a ferida: 10% em tecido necrosado, 
6% nas com exsudato purulento e 2% naquelas com pouco exsudato. 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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12.3 HIDROCOLÓIDE 
 
Partículas hidroativas em polímero inerte impermeável. 
Indicação - lesões não infectadas com ou sem exsudato, áreas doadoras e incisões 
cirúrgicas. 
Mecanismo de ação - promove barreira protetora, isolamento térmico, meio 
úmido, prevenindo o ressecamento, desbridamento autolítico, granulação e epitelização. 
Modo de usar - irrigar a lesão com soro fisiológico, secar as bordas e aplicar 
hidrocolóide e fixar o curativo à pele. 
Observações: não deve ser utilizado para feridas infectadas. 
 
 
12.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGEs) 
São óleos derivados dos vegetais poli-insaturados. A composição do produto 
comercializado para o tratamento de feridas e: Ácido Linoléico, Ácido Caprilíco, Ácido 
Capríco, Vitaminas A e Ee Lecitina de Soja. 
Indicações: Prevenção e tratamento de lesão por pressão e tratamento de lesões 
abertas com ou sem infecção. 
Contraindicações: Lesões com necrose tecidual sem desbridamento. 
Mecanismo de ação: Os AGEs possuem ação quimiotática. São precursores de 
substâncias farmacologicamente ativas envolvidas no processo de divisão celular e 
diferenciação epidérmica (tromboxanes e prostaglandinas- e possui capacidade de 
modificar reações inflamatórias e imunológicas, alterando funções leucocitárias e 
acelerando o processo de granulação tecidual. 
Unidade 12 – Produtos Mais Utilizados no Tratamento das Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
 
 
12.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS LIPÍDIOS INSATURADOS 
RICOS EM ÁCIDO LINOLÉICO 
Indicação- todos os tipos de lesões, infectadas ou não, desde que desbridadas previamente. 
Mecanismo de ação- promove quimiotaxia para leucócitos, facilita a entrada de 
fatores de crescimento nas células, promove proliferação e mitose celular, acelerando as 
fases da cicatrização. 
Modo de usar - irrigar a lesão com soro fisiológico, aplicar AGE por toda a área da 
ferida e cobrir. 
Observações - não é agente desbridante, porém estimula o desbridamento 
autolítico. 
 
 
12.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO 
 
Uma cobertura estéril para ferimentos, de baixa aderência, envolto por uma camada de 
tecido selado em toda sua extensão, com uma almofada impregnada por carvão ativado e 
prata a 0,15%. 
Mecanismo de Ação: o carvão ativado adsorve o exsudato e filtra o odor enquanto a 
prata exerce poder bactericida local pela liberação de prata. 
Contraindicações: Não deve ser utilizado em queimaduras, pois a prata pode 
provocar dor. O curativo não deve ser cortado para não ocorrer liberação do carvão ativado 
na lesão. 
Atualização em Curativos 
 
 
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12.7 SULFADIAZINA DE PRATA 
É um composto solúvel e com ação adstringente derivado de sais de prata com 
propriedades antisséptica local. 
Mecanismo de ação: o íon prata causa precipitação de proteínas e age diretamente 
na parede celular e membrana citoplasmática da célula bacteriana, exercendo ação 
bactericida imediata e ação bacteriostática residual pela liberação de pequenas quantidades 
de prata iônica. 
Indicações: prevenção de colonização e tratamento de queimaduras. 
 
 
12.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS 
 
É um material estéril com possibilidade de uso como cobertura primária ou secundária 
indicado principalmente para oclusão de lesões planas poucoexsudativas. São 
transparentes, facilitando a visualização das características da lesão e permitindo maior 
mobilidade ao paciente. 
Composição: filme de poliuretano, transparente, elástico, semipermeável, aderente 
a superfícies secas. 
Mecanismo de ação - Proporciona ambiente úmido, favorável a cicatrização 
permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e evaporação de água. Impermeável a 
fluidos e microorganismos. 
Indicação - Fixação de cateteres vasculares; proteção de pele íntegra e escoriações; 
prevenção de lesão por pressão por fricção, cobertura de incisões cirúrgicas limpas com 
Unidade 12 – Produtos Mais Utilizados no Tratamento das Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
pouco ou nenhum exsudato; cobertura de queimaduras de 1º e 2º grau; cobertura de áreas 
doadoras de enxerto. 
 
Contra indicações - Feridas com muito exsudato; Feridas infectadas. Trocar quando 
perder a transparência. 
 
 
12.9 HIDROGEL 
 
É um composto de água, carboximetil-celulose (CMC) e propileno-glicol (PPG) que forma 
um hidrogel transparente e incolor com função de remover tecidos necróticos através do 
desbridamento autolítico. 
Mecanismo de ação: a água (77,7%)- mantém o meio úmido, a CMC (2,3%)- 
facilita as propriedades reidratantese de desbridamento e o PPG (20%)- estimula a 
liberação do exsudato. 
Indicação: remoção de tecido necrótico em lesões cavitárias. 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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12.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS 
Descrição: São compostos de gelatina, pectina, carboximentilcelulose sódica e 
polisobutileno de uso tópico com a mesma função de proteger e regenerar a epiderme Peri-
ostomias e Peri-fístulas. 
 
12.10.1 Apresentações 
Pó - indicado em lesões úmidas e escoriado da pele Peri-ostomal. Sua função é secar e 
forma uma película protetora para fixação da placa. 
Pasta - indicada para correção de imperfeições do estoma. Sua função é de selante 
da pele com o estoma através da formação de um anel ao redor do estoma. 
Placa - indicada para a proteção e regeneração da pele Peri-ostomal e fixação da 
bolsa. 
Indicações: Peri-fístulas ou Peri-ostomias. 
 
 
12.11 POMADAS ENZIMÁTICAS 
São compostos de enzimas especificas para determinados substratos com o objetivo de 
auxiliar no desbridamento da lesão, entretanto não ha dados conclusivos sobre sua ação 
como estimulador do processo cicatricial. 
Composição - colagenaselostridiopeptidase A e enzimas proteolíticas. 
Mecanismo de ação - age seletivamente degradando o colágeno nativo da ferida. 
Indicação - desbridamento enzimático suave e não invasivo de lesões. 
Contraindicação - Feridas com cicatrização por primeira intenção. Não utilizar por 
mais de 15 dias. Trocar o curativo a cada 8 horas. 
Observações: há controvérsias quanto à eficácia das pomadas enzimáticas como 
estimulador da granulação e epitelização, visto que com o aumento dos níveis de ação das 
proteinases, temos a degradação dos fatores de crescimento e dos receptores de membrana 
celular, que são importantes para o processo de cicatrização. 
 
 
Unidade 12 – Produtos Mais Utilizados no Tratamento das Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
12.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS 
 
É um curativo altamente absorvente para feridas com baixa a moderada exsudação e que 
proporciona um ambiente úmido facilitador do processo de granulação. Este curativo é 
mais aderente devido à presença de uma camada de hidropolímero com capacidade de 
expansão e manutenção da adesão do curativo a lesão. 
Mecanismo de ação: Proporciona um ambiente úmido e estimula o desbridamento 
autolítico. Absorve o exsudato e expande-se delicadamente à medida que absorve o 
exsudato. 
Indicações: Tratamento de feridas abertas não infectadas. 
Contraindicações: Queimadura de 3º grau; lesões com vasculite ativa; 
Feridas colonizadas e infectadas, com tecido desvitalizado. 
 
 
12.13 CURATIVOS IMPREGNADOS COM PRATA 
 
Mecanismo de Ação: Os íons de prata destroem a parede celular da bactéria, interagem 
com o DNA inibindo a divisão celular e interferem na função celular da bactéria. 
Indicações:Feridas com risco ou sinais clínicos de infecção 
Feridas com retardo no processo de cicatrização. 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Observações: 
 Curativos com prata não são eficazes contra biofilme. 
 Necrose e película protegem a bactéria. A eficácia dos íons de prata por isto é 
altamente limitada. 
 Curativos com prata não podem realizar a limpeza da ferida (desbridamento). 
 A limpeza da ferida é necessária quando a ferida está coberta com necrose, fibrina e 
pus. Nestes casos é necessário uma limpeza cirúrgica, enzimática ou auto-lítica. 
 Curativos contendo prata não podem ser considerados como terapia antibiótica, só 
podem ser considerados como terapia complementar. 
 
 
12.14 CURATIVOS COM DRENO 
Atualmente, devido ao avanço nas terapias de tratamento e cuidados ao paciente portador 
de feridas, foram criados os curativos com drenos. Nesses curativos o exsudato é drenado 
para um recipiente e pode ser quantificado e avaliado com relação ao seu aspecto e 
coloração. 
Utilizado para permitir a saída de fluídos (sangue, linfa, fluidos intestinais), 
secreções que estão ou podem estar presentes na ferida. 
Unidade 13 – Características Importantes dos Curativos 
 
 
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(Artigo 29). 
13 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS 
CURATIVOS 
 
 
 
 
 Capacidade de absorção. 
 Que permitaintercâmbio gasoso e passagem do vapor de água. 
 Que seja uma barreira efetiva frente aos microorganismos. 
 Que seja um isolante térmico 
 Que seja uma barreira mecânica. 
 Capacidade de manter o meio úmido, de forma adequada para o processo de 
epitelização. 
 Que não seja irritante e nocivo para a pele ao redor da lesão. 
 Que não seja aderente ao leito da ferida. 
 Que seja estéril. 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
14 
CUIDADOS BÁSICOS DE ASSEPSIA NO 
CURATIVO 
 
 
 
 
 Lavar as mãos com água e sabão antes e após a realização do curativo. 
 Utilizar instrumento estéril. 
 Obedecer aos princípios da assepsia para evitar a contaminação do material. 
 Utilizar luvas estéreis (se for utilizar pinças estéreis não é necessário). 
 Curativos removidos para a inspeção da lesão devem ser obrigatoriamente trocados. 
 No caso de vários curativos, sempre realize o curativo menos contaminados antes 
do mais contaminado. 
 
Unidade 15 – Cuidados de Catetes, Introdutores, Fixadores Externos 
 
 
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15 
CURATIVOS DE CATETERES, 
INTRODUTORES, FIXADORES EXTERNOS 
 
 
 
 
O processo de limpeza é fundamental na realização de qualquer curativo, entretanto nem 
todos os procedimentos de curativos visam à cicatrização da ferida, pois há lesões 
realizadas intencionalmente para inserções de dispositivos com fins diagnósticos e 
terapêuticos, cujo cuidado é o de manutenção do curativo seco, com a finalidade de 
prevenir a colonização. 
Estes dispositivos devem permanecer limpos e o uso de solução antisséptica de 
PVPI ou clorexidina, minimiza a colonização bacteriana. 
A área de inserção deve ser inspecionada diariamente para a detecção precoce de 
sinais de infecção. 
Atualização em Curativos 
 
 
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CURATIVOS EM DRENOS 
 
 
 
 
No curativo do dreno deve ser realizadalimpeza com solução salina 0,9% separado do 
curativo da incisão cirúrgica, e o primeiro a ser realizado será sempre o do local menos 
contaminado. 
O curativo com dreno deve ser mantido limpo. Isto significa que o número de 
trocas está diretamente relacionado à quantidade de drenagem. 
Locais de inserção dos drenos devem ser protegidos no horário do banho. 
Devem ser utilizadas bolsas coletoras para controle de débito nos casos de 
drenagem aberta (penrose ou tubular). 
 
 
Unidade 17 – Curativos em Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
17 
CURATIVOS EM FERIDAS 
 
 
 
 
Em feridas abertas o curativo deve ser mantido limpo, ocluído e com manutenção do meio 
úmido. Não é recomendado o uso de curativo seco. Deve-se umidificar a ferida com soro 
fisiológico a 0,9% e secar somente a bordas da ferida. 
Indica-se a limpeza de feridas por meio de irrigação com solução fisiológica morna 
e sob pressão. Essa irrigação é capaz de remover partículas, bactérias e exsudato. Não 
recomendar esfregar o leito da ferida, pois causa destruição do tecido neoformado. 
O tipo do tratamento local depende do tipo e das condições da ferida. O número de 
troca do curativo está relacionado à quantidade de drenagem e às características da 
secreção, devendo ser trocado sempre que o curativo secundário estiver saturado. 
A troca de curativos pode baixar a temperatura da superfície em vários graus. Por 
isso, não se deve limpá-las com solução fria nem deixá-las expostas por períodos 
prolongados. 
Atualização em Curativos 
 
 
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18 
DESBRIDAMENTO 
 
 
 
 
Desbridamento é o ato de remover da ferida o tecido desvitalizado e/ou material estranho 
ao organismo. Ele é essencial para o tratamento de feridas, pois para que haja reparação 
tecidual, o tecido necrótico deve ser removido. 
 Sempre antes de iniciar um desbridamento devemos: 
 Avaliar se o paciente tem prognóstico 
 Avaliar condição vascular do paciente 
 Observar se há sinais flogísticos no local. 
 Somente o profissional enfermeiro e médico podem legalmente realizar um 
desbridamento mecânico com material pérfuro-cortante. 
 Realizar cursos e praticar com um Enfermeiro que tenha prática antes de realizar 
um desbridamento 
 Deve-se desbridar a lesão sempre que esta apresentar tecido desvitalizado: 
 Necrose de coagulação – caracterizada pela presença de crosta preta e/ou escura. 
 Necrose de liquefação – caracterizada pelo tecido amarelo/esverdeado. 
 Quando a lesão apresentar infecção e/ou presença de secreção purulenta. 
 Técnicas de desbridamento: 
 Mecânico 
 Cirúrgico 
 Químico 
Unidade 18 – Desbridamento 
 
 
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1. Desbridamento cirúrgico: consiste na remoção do tecido necrótico através de 
procedimento cirúrgico. É a técnica mais rápida e efetiva para a remoção da 
necrose, principalmente quando o cliente necessita de intervenção urgente, como 
nos casos em que há presença de celulite ou sepse. O desbridamento cirúrgico 
deverá ser realizado como técnica rigorosa asséptica. 
2. Desbridamento Mecânico: Consiste na aplicação de força mecânica diretamente 
sobre o tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção, promovendo um meio ideal 
para a ação de coberturas primárias. 
3. Desbridamento Enzimático: consiste na aplicação tópica de enzimas desbridantes 
diretamente no tecido necrótico. É um método prático, seguro e pode também ser 
associado ao desbridamento cirúrgico ou mecânico. 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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19 
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE 
FERIDAS 
 
 
 
 
A partir da década de 1960 foram realizados estudos sobre os efeitos biológicos da 
laserterapia na reparação tecidual, sucessivamente outras pesquisas demonstraram a 
aplicabilidade clínica e hoje a laserterapia é aplicada no tratamento de feridas. 
Para ser utilizado na reparação tecidual o raio laser deve possuir ótima interação 
com o tecido cutâneo. O laser pode ser composto de vários gases, tais como: CO2, Diodo, 
Neodímio (Nd) e Hélio- Neônio (HeNe). O laser HeNe é o mais empregado na reparação 
tecidual. 
Durante o tratamento da laserterapia, o leito da lesão deve ser úmido, como por 
exemplo, com ácido graxo essencial (AGE) e hidrogel. 
O curativo deve ser substituído, em média, a cada 12 ou 24 horas e toda vez que for 
contaminado. 
 
 
19.1 INDICAÇÃO 
Atua como coadjuvante no tratamento de feridas superficiais e profundas, limpas ou 
infectadas. 
 
 
Unidade 19 – Laserterapia no Tratamento de Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
19.2 CONTRAINDICAÇÃO 
 Tratamento de lesões neoplásicas, já que pode estimular seu desenvolvimento. 
 Clientes portadores de retinopatias 
 
 
19.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA 
 Proliferativo: aumenta a neoangiogênese, a síntese de fibroblastos, colágeno e ATP 
(adenosina Trifosfato). 
 Fibrinolítico: facilita fibrinólise. 
 Antiedematogênico: facilita o retorno venoso linfático, devido à ação 
vasodilatadora dos capilares. 
 Antiinflamatória: interfere na síntese de prostaglandina, aumentando a 
permeabilidade capilar. 
 Analgésico: libera substâncias quimiotáxicas, que estimulam a liberação de 
endorfinas, normalizando o potencial elétrico da membrana celular. 
 Bactericida: aumenta a quantidade de interferon, potente agente natural. 
 
 
19.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 
 Técnica Pontual: é aplicado em determinados pontos da borda da ferida. 
 Técnica de varredura externa: é aplicada em toda a borda da ferida. 
 Técnica de varredura interna: é aplicada dentro da própria lesão. 
 Técnica de varredura mista: são aplicadas, de forma conjunta, as varreduras 
internas e externas. 
 Técnica associada: são aplicadas, de forma conjunta, a pontual e a varredura mista. 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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19.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA 
LASERTERAPIA 
 A Laserterapia é uma terapia não invasiva, não térmica, asséptica, indolor, sem 
efeitos colaterais. 
 A técnica de Laserterapia vem sendo amplamente utilizada nas condições de 
processo cicatriciais, visando obter cicatrização tecidual mais rápida. Seu êxito é 
sugerido às particularidades de respostas induzidas aos tecidos, como diminuição 
do processo inflamatório, redução de edema, aumento da fagocitose, da síntese de 
colágeno e da epitelização. 
 A fotobiomodulação laser tem sido cadavez mais utilizada com a finalidade de 
melhorar a qualidade da cicatrização. Os efeitos terapêuticos do laser sobre os 
diferentes tipos biológicos são amplos e, entre eles, destacam-se os efeitos trófico 
regenerativos, anti-inflamatórios e analgésicos, tendo sido demonstrado que a 
regeneração tissular se torna mais eficaz quando tratada com laser de baixa 
intensidade. 
 Sabe-se que a enfermagem tem um papel fundamental no tratamento das feridas, e 
é importante o aprofundamento científico nesta área a fim de promover o 
empoderamento dessa nova opção tecnológica de intervenção na cicatrização 
tecidual. 
 Assim, faz-se necessário ressaltar que há inúmeros trabalhos científicos que 
comprovam a eficácia do uso do laser de baixa intensidade no processo de 
cicatrização, entre tantas outras aplicações, e que na equipe de enfermagem o uso 
da Laserterapia é privativo do Enfermeiro em face ao necessário conhecimento 
técnico-científico para sua utilização. 
 O exercício profissional da Enfermagem no Brasil é regido pela Lei nº Lei nº 7.498 
de 25 de junho de 1986 e pelo Decreto nº 94.406 de 08 de junho de 1987, que a 
regulamenta e dá outras providências. Sendo assim, tais dispositivos legais se 
encarregaram de elencar quem são os membros da equipe de Enfermagem 
(Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteira), quais 
os requisitos legais para obtenção dos títulos, suas atribuições entre outras 
providências. 
 No tocante às atividades privativas do Enfermeiro, convém destacar as alíneas “i”, 
“j”, “l” e “m”: 
 Consulta de enfermagem; j) prescrição da assistência de enfermagem; l) cuidados 
diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida; m) cuidados de 
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base 
científica e capacidade de tomar decisões imediatas. 
 Diante do exposto, a Câmara Técnica do COFEN opina na utilização da laserterapia 
com autonomia pelo Enfermeiro, após estar devidamente capacitado através de 
curso, pois essa prática requer do profissional conhecimento de física, biofotônica, 
Unidade 19 – Laserterapia no Tratamento de Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
interação laser e tecido biológico, dosimetria, além de aprofundamento em 
fisiologia e reabilitação Resolução COFEN nº 0567/2018. Deve ainda pautar sua 
prática aplicando a Sistematização da Assistência de Enfermagem, conforme 
previsto na Resolução Cofen 358/09. 
Atualização em Curativos 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
20 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO 
TRATAMENTO DE FERIDAS 
 
 
 
 
A medicina hiperbárica possui dois grandes ramos de atividade: 
 
a. Dedicadoa atividade profissional de mergulhadores, aeronautas e trabalhadores sob 
ar-comprimido, prevalecendo uma abordagem voltada à saúde ocupacional; 
b. Referente às aplicações clinicas da oxigenoterapia hiperbárica (OHB). O tratamento 
é efetuado em várias sessões, cujo nível de pressão, duração, intervalos e número 
total de aplicações são variáveis de acordo com as enfermidades. A OHB consiste 
na inalação de oxigênio puro com a pressão do ambiente aumentada de duas a três 
vezes acima de seu valor normal, estando o cliente no interior de uma câmara 
hiperbárica. Durante as sessões ocorre um aumento de 10 a 20 vezes na quantidade 
de oxigênio dissolvido nos tecidos. 
 
 
20.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS 
Inúmeras são as indicações da OHB determinadas por vários protocolos aceitos 
internacionalmente: 
1. Embolias gasosas. 
2. Doença descompressiva. 
3. Embolia traumática pelo ar. 
Unidade 20 – Oxigenoterapia Hiperbárica no Tratamento de Feridas 
 
 
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(Artigo 29). 
4. Envenenamento por monóxido de carbono ou intoxicação por fumaça. 
5. Envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos. 
6. Gangrena gasosa clostridiana. 
7. Doença de Fournier. 
8. Outras infecções necrotizantes de tecidos moles: celulites, fasceíte e miosites, 
deiscência de sutura. 
9. Isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, 
re-implante de extremidades amputadas e outras. Retalhos ou enxertos 
comprometidos ou de risco. 
10. Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas 
(aracnídeos ofídios e insetos). 
11. Queimadura complexa. 
12. Lesões refratárias: úlceras de pressão, vasculogênica, neuropática (pé diabético e 
outras). 
13. Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actinicas de 
mucosas. 
14. Osteomielite crônica. 
15. Hipoacusia por ototoxidade a agentes quimioterápicos. 
16. Anemia aguda nos casos de impossibilidade de transfusão sanguínea. 
 
 
20.2 CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO DE FERIDAS COM 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA 
 Na OHB o cliente deve estar dentro da câmara hiperbárica. Estas podem ser 
multiclientes ou monoclientes. As multiclientes comportam simultaneamente várias 
pessoas. Ela é pressurizada com ar comprimido, sendo que nesta situação o 
oxigênio é respirado através das máscaras ou capuzes especiais. 
 As câmaras monoclientes permitem a acomodação apenas do próprio cliente, é 
pressurizada diretamente com oxigênio puro não havendo necessidade de 
dispositivos especiais para a inalação deste gás. 
 Antes de ser iniciada a terapia, o cliente deverá ser submetido à anamnese e exame 
clínico completo, com particular atenção ao tímpano e sistema pulmonar. Ele 
deverá ser informado sobre todas as medidas de segurança como: utilização de 
Atualização em Curativos 
 
 
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vestimenta adequada fornecida, retirar todo objeto de uso pessoal que possa 
originar fagulhas elétricas, pois o oxigênio é altamente inflamável. 
 A OHB atua acelerando a formação do tecido de granulação e como coadjuvante no 
controle de infecção. Seus resultados são evidentes no tratamento de fascites 
necrotizantes extensas e síndrome de Fournier. 
 Em condições hiperbáricas a ação do oxigênio possui alguns mecanismos de 
particular interesse fisiológico, como: 
1. Efeito antiedematogênico facilitando o retorno venoso. 
2. Ação microbicida através da inibição da biossíntese de aminoácidos, do transporte 
através da membrana bacteriana e da síntese e degradação do DNA da bactéria. 
3. Ação bioquímica oxidativa deslocando substâncias tóxicas. 
4. Efeito sinérgico com outras drogas, como antibióticos sistêmicos. 
5. Efeito regenerativo facilitando a neoangiogênese e a formação de colágeno. 
 
Unidade 21 – Atenção do Enfermeiro ao Paciente com Vitiligo 
 
 
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(Artigo 29). 
21 
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO 
PACIENTE COM VITILIGO 
 
 
 
 
A assistência de enfermagem ao paciente com vitiligo incluem alguns cuidados taiscomo: 
 É fundamental o atendimento ao cliente portador de vitiligo com a maior brevidade 
possível, avaliando com a equipe do serviço a aplicação de protocolos de 
atendimento, buscando reduzir e recuperar a cor da pele nas regiões detectadas. 
 Conhecer as condições socioeconômicas e culturais em que vive o paciente 
observando para as condições físicas, de sustento financeiro da família, suas 
crenças, seus hábitos culturais e valores associados aos fatores afetivos-culturais e 
sociais. 
 Ter na família os elementos facilitadores do processo de cuidar do paciente, por 
isso envolvê-lo na consulta favorecendo a promoção da saúde ao paciente. 
 Uma vez diagnosticado vitiligo, (busque manter os pressupostos teóricos, 
metodológicos e filosófico que fundamentaram sua prática) oferecendo suporte que 
garanta a família e ao paciente, o atendimento, acesso ao serviço de saúde, com um 
sistema de referência que dê respostas eficazes e eficientes à família e ao paciente. 
 Implementar Grupo Terapêuticos de Auto- ajuda, estimulando e incentivando o uso 
das terapêuticas alternativas junto com uma equipe multidisciplinar, para orientação 
e apoio ao paciente com vitiligo e o uso de fitoterapia, homeopatia, pseudocatase, 
helioterapia, UVB, extrato de placenta humana, kuva, fenilalanina tópica e 
sistêmicas e antioxidantes. 
Atualização em Curativos 
 
 
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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO 
PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E 
PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA 
 
 
 
 
 As úlceras de perna estão presentes em 8% a 10% das pessoas com Doença 
Falciforme (DF), principalmente nos adolescentes e nos adultos jovens. 
 Ocorrem em geral no terço inferior da perna, sobre e ao redor dos maléolos medial 
ou lateral e em algumas ocasiões sobre a tíbia ou o dorso do pé. 
 Um percentual de 75% das pessoas com úlcera de perna tem genótipo SS. 
 Sua etiologia pode ser traumática, por contusões ou picadas de inseto, espontânea e 
por hipóxia tissular devido à crise vaso-oclusiva crônicas. 
 São lesões exsudativas, de tamanho variável, com margem definida, bordas em 
relevo, recoberta por película amarela e susceptível a infecção. São extremamente 
dolorosas, de difícil tratamento e com alto índice de recorrência. 
 Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com úlcera venosa, úlcera diabética, úlcera 
isquêmica, úlcera neuropática, úlcera por pressão e outras. 
 O envolvimento da pessoa com o estímulo do autocuidado é de essencial 
importância, não somente na prevenção, como no sucesso do tratamento. 
 Tratamento preventivo: inspecionar a pele diariamente, higiene corporal adequada, 
evita traumatismo e picadas de insetos, usar calçados adequados, hidratar a pele 
com creme à base de ureia, com óleo mineral ou vegetal; ingerir bastante líquido; 
fazer repouso com as pernas elevadas e manter acompanhamento médico regular. 
 
Unidade 22 – Atuação do Enfermeiro ao Paciente com Doença Falciforme e Portador de Úlcera 
de Perna 
 
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Tratamento tópico: 
1. Limpeza da lesão com soro fisiológico em jato não gelado. 
2. Métodos desbridamento autolítico ou enzimático para retirada do tecido necrótico e 
evitar o desbridamento mecânico. 
3. Utilizar coberturas interativas, com alginato de cálcio, hidrofibra, conforme as 
características apresentadas pela lesão. 
4. Em algumas situações utilizar bandagens elásticas (Bota de Unna) para o retorno 
venoso e aquecimento do membro. 
5. Coberturas interativas com prata devem ser utilizadas para tratar feridas infectadas 
ou criticamente colonizadas. 
 
 
 
Atualização em Curativos 
 
 
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AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
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ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado. 
 
 
1. Assinale a alternativa errada com relação às indicações da Oxigenoterapia Hiperbárica. 
 
a. Embolias gasosas. 
b. Doença descompressiva. 
c. Intoxicação alimentar 
d. Embolia traumática pelo ar. 
 
2. As feridas podem ser classificadas de acordo com profundidade / comprometimento 
estrutural, exceto em: 
 
a. Necrótica 
b. Profunda superficial 
c. Superficial 
d. Profunda total 
 
3. Antes de iniciar um desbridamento devemos realizar alguns procedimentos, exceto: 
 
Avaliação 
 
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(Artigo 29). 
a. Avaliar se o paciente tem prognóstico. 
b. Avaliar condição neurológica do paciente 
c. Avaliar condição vascular do paciente 
d. Observar se há sinais flogísticos no local. 
 
4. Quanto à presença de exsudato assinale a alternativa errada: 
 
a. Fibrina é a passagem de proteína plasmática pela parede do vaso. 
b. Exsudato fibrinoso é a passagem da proteína plasmática pela parede do vaso. 
c. A fibrina na ferida se apresenta aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou 
amarelada. 
d. Os padrões mistos incluem: serosanguinolenta, seropurulenta, serofibrinoso, 
fibrinopurulenta. 
 
5. O processo de cicatrização de feridas é composto por várias etapas, assinale a 
alternativa errada: 
 
a. Inflamação 
b. Reconstrução 
c. Derme 
d. Maturação 
 
6. São características do curativo ideal, exceto: 
 
a. Capacidade de absorção. 
b. Que eviteintercâmbio gasoso e passagem do vapor de água. 
c. Que seja uma barreira efetiva frente aos microorganismos. 
d. Que seja um isolante térmico 
Atualização em Curativos 
 
 
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7. Na assistência ao paciente portador de feridas se faz necessário uma abordagem 
holística, com um levantamento do histórico do paciente e a avaliação das condições 
atuais, incluindo o físico, psicológico e o espiritual. Sobre os cuidados físicos assinale a 
alternativa verdadeira: 
 
a. Incontinência urinária 
b. Estresse 
c. Impotência 
d. Medo 
 
8. Sobre os produtos mais utilizados no tratamento das feridas, assinale a alternativa 
errada: 
 
a. Membranas ou Filme semipermeável: são compostos de gelatina, pectina, 
carboximentilcelulose sódica e polisobutileno de uso tópico com a mesma função 
de proteger e regenerar a epiderme Peri-ostomias e Peri-fístulas. 
b. Alginatos: são sais de polímero natural ácido algínico derivado de algas marinhas 
marrons. 
c. Hidrocolóides: Partículas hidroativas em polímero inerte impermeável. Indicado 
para lesões não infectadas com ou sem exsudato, áreas doadoras e incisões 
cirúrgicas. 
d. Curativo de carvão ativado é uma cobertura estéril para ferimentos, de baixa 
aderência, envolto por uma camada de tecido selado em toda sua extensão, com 
uma almofada impregnada por carvão ativado e prata a 0,15%. 
 
9. Com relação à Sulfadiazina

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