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Evolução, uma abordagem didática

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Evolução 
 uma abordagem didática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Momento a momento, evoluímos. Fomos todos 
nadadores em algum útero, pequenos exploradores em 
nossa juventude e bípedes desde a maturidade. No 
entanto essa não é a nossa forma final. Ao estudarmos 
processos biológicos entendemos que a vida é mudança 
e que evolução nunca se tratou dos resultados mas sim 
dos meios e dos inúmeros experimentos que a natureza 
fez com a nossa morfo-fisiologia. E como a mudança 
pode ser alterada, a vida pode ser projetada. 
 
 
 
1-Teoria sintética 
 ​Para compreendermos o passado é necessário entendermos o presente, por esta 
razão explicarei qual é o consenso científico atual a cerca da teoria evolutiva. 
Mas vale lembrar que o consenso científico atual sobre o Neodarwinismo está 
começando a ruir após as teorias e observações da bióloga Lynn Margulis que 
propôs a teoria da endossimbiose e rearanjou toda a árvore da vida. 
 
"A seleção natural elimina e talvez mantenha, mas não cria... 
Os neodarwinistas dizem que novas espécies surgem quando mutações ocorrem e 
modificam um organismo. Foi-me ensinado repetidamente que o acúmulo de 
mutações aleatórias levou a mudanças evolutivas que mais adiante levaram ao 
surgimento de novas espécies. Eu acreditei até procurar evidências." 
- Lynn Margulis 
 
 A teoria sintética da evolução ou neodarwinismo considera que as mutações, 
irradiação gênica, mudanças no meio, combinações gênicas e seleção natural são 
os fatores principais que culminam no processo evolutivo de uma espécie; A 
segregação independente dos cromossomos, e permutações que ocorrem durante a 
meiose produz um mecanismo hereditário para organismo sexuados permitindo 
praticamente inúmeras combinações gênicas. 
 Tanto esse processo quanto as mutações estão relacionadas à modificações do 
material genético de uma população, sendo que, por seleção natural, podem ser 
mantidas, como características adaptativas ou podem ocasionar a extinção caso a 
mudança no meio seja muito grande ou uma espécie muito sensível e com o nicho 
muito restrito. Assim, quando positiva (primeiro caso), este tipo de seleção permitirá 
que alguns representantes de uma população tenham mais chances de 
sobrevivência, reproduzindo e dando origem a indivíduos também mais bem, caso 
este fator seja hereditário. 
 Pode-se enquadrar a formação de novas espécies em três tipos distintos onde o 
que é considerado é apenas o resultado não o que ocasiona ele: 
● Na seleção direcional, um determinado fenótipo encontrado em uma minoria é 
favorecido e tem sua frequência aumentada. ​Esse tipo de pressão ocorre 
frequentemente em mudanças ambientais e quando ocorre migração de 
populações para novas áreas que possuem diferentes pressões ambientais. 
Nota-se o uso de seleção direcional na genética quantitativa, visto que ela 
demonstra em mudança de direção na média da população ao longo do 
tempo em características contínuas. Durante um longo período pode-se medir 
uma característica, por exemplo, o tamanho do bico em uma população de 
um pássaro, e fazer testes com a seleção direcional. Através desses testes é 
 
 
possível estimar a resposta a seleção fazendo medições durante um 
determinado período de tempo (anos) e também estimar a herdabilidade 
dessa população. Quanto mais a seleção estiver atuando mais forte será o 
diferencial de seleção. 
Se indivíduos melhores adaptados e que forem muito diferentes dos 
indivíduos médios na população, a seleção será forte e o diferencial de 
seleção será grande. Se a seleção for fraca, indivíduos bem sucedidos serão 
mais como uma amostra aleatória da população como um todo e será 
pequeno. ​Um exemplo é a ​Acinetobacter baumanii​ que era considerada 
inofensiva, recentemente em Fortaleza, no Ceará, ela contaminou a UTI do 
Hospital Messejana. A Acinetobacter agravou o quadro de saúde de sete 
pacientes, e eles morreram. Com décadas de uso de diversos antibióticos 
matando as não resistentes um pequeno grupo com uma mutação se tornou 
uma superbactéria, outro exemplo ​é o aparecimento de superpragas, uma 
população de insetos em que a grande parte é sensível a um determinado 
inseticida, alguns indivíduos contêm uma característica que os fazem 
resistentes. Essa resistência é conferida por genes mutantes que confere 
uma condição favorável ao ambiente em que o inseticida seja inserido. 
No caso de os insetos estarem em um ambiente em que tenha o inseticida, 
haverá uma grande queda da população,devido a alta mortalidade dos 
insetos sensíveis. Os insetos resistentes sobrevivem e continuam a se 
reproduzir originando uma prole com a mesma resistência. Dessa forma a 
população será adaptada ao inseticida, pois pelo processo da seleção 
direcional o genótipo favorável foi fixado na população 
 
● Na seleção estabilizadora ​ou seleção purificante​, o fenótipo que representa a 
média da característica é favorecido, sendo as formas extremas eliminadas 
da população. Essa seleção pode ser observada ao analisar os 
recém-nascidos da espécie humana. Estes geralmente nascem com peso em 
torno de 3,3 kg, um peso que representa menor mortalidade. Crianças muito 
pequenas ou muito grandes correm mais riscos de morte e, portanto, a 
seleção não as favorece. 
Vale destacar que essa seleção assim como outras agiram muito no passado, 
mas, atualmente, com os avanços da medicina, crianças muito pequenas 
possuem a seu favor tecnologias, como a incubadora, que garantem sua 
sobrevivência. Além disso, crianças grandes podem nascer por cesariana, 
evitando lesões no momento do parto relaxando a penetrância dessa 
pressão. ​Em um ambiente constante, a troca de genes entre os indivíduos irá 
aumentar a variância da população a cada geração, e a seleção 
estabilizadora a reduz para um valor próximo da geração anterior, assim, os 
valores médios da população não se modificam. 
 
 
Na natureza, grande parte das características estão sujeitas à seleção 
estabilizadora e esta tende a diminuir a variação herdável. Por exemplo, uma 
característica pleiotrópica que seja influenciada por quatro locus e que, em 
cada loco, estejam presentes dois alelos. Um dos dois alelos aumenta (A) o 
valor da característica, e o outro diminui (a). Sendo assim, cada haplótipo 
individual será composto de uma série de alelos. 
 Representante 1: AAAA/aaaa heterozigoto 
 Representante 2: AAaa/aaAA heterozigoto 
 Representante 3: AAaa/AAaa homozigoto 
A seleção natural irá favorecer indivíduos com um fenótipo intermediário, 
produzido por genótipos com metade de genes (A) e metade (a). 
Uma lógica equivocada seria concluir que se fosse mantida a variabilidade 
genética, pois os genótipos se re-cruzam e produzem descendentes 
variáveis. No entanto, se for assim, os representantes homozigotos (3) terão 
uma pequena vantagem, pois todos os descendentes serão iguais aos 
parentais, então estes possuirão o fenótipo ótimo, enquanto os descendentes 
dos heterozigotos (1) e (2) não, pois a prole não terá fenótipo ótimo como o 
da geração parental. 
Portanto, numa população composta por esses três genótipos, a seleção 
favorecerá assm levemente o genótipo (3), e se o ambiente não mudar 
durante um longo período o fenótipo (3) continuará sendo favorecido e a 
seleção irá produzir uma população uniforme.Todavia, existem outros 
genótipos que também podem ser homozigotos: 
 Representante 4: AaAa/AaAa homozigoto 
 Representante 5: AaaA/AaaA homozigoto 
 Representante 6: aAAa/aAAa homozigoto 
Imagine que exista uma população com os genótipos do (3) ao (6) e que a seleção 
ainda favoreça o fenótipo intermediário,portanto, novamente a evolução pressionará 
para a direção de apenas um genótipo, que deve ser homozigoto para todos os 
locos. 
Concluí-se, que qualquer homozigoto que possui uma frequência um pouco 
maior do que os outros terá vantagem. Por exemplo, se o genótipo (6) possui 
frequência maior que os genótipos (3), (4) e (5), todos os genótipos terão 
 
 
maior probabilidade de cruzar com o genótipo (6) do que com os outros 
representantes. 
Quando o representante (6) se cruza com outro representante (6), todos seus 
descendentes serão favorecidos, pelo mesmo mecanismo exemplificado 
anteriormente. Mas, se os representantes (3), (4) ou (5) cruzam com o 
representante (6), seus descendentes possuirão alguns genótipos 
desvantajosos (heterozigotos). Mesmo se seus descendentes tiverem o 
genótipo homozigoto sendo, portanto, vantajoso, estes terão uma prole com 
recombinantes desvantajosos. 
A conclusão, portanto, é que se um caráter está sofrendo pressão seletiva 
estabilizadora, o efeito da seleção será de reduzir a variação e a 
herdabilidade reduzindo a variabilidade genética para zero, mesmo com a 
seleção estabilizadora atuando. 
Mesmo com a herança poligênica tender a se tornar uniforme, há 
características reais com muita variabilidade genética. Porém, sabe-se de 
forma imperfeita qual(is) processos que mantém a variabilidade genética. 
● A ​seleção disruptiva, pode ser simplificada ao oposto da seleção 
estabilizadora é uma pressão ​que simultaneamente favorece os 
indivíduos nos extremos da distribuição normal. Quando este 
mecanismo opera, os indivíduos dos extremos da distribuição 
(consequentemente um grupo pequeno) tendem a produzir maior 
descendência do que aqueles no centro da distribuição. Os fenótipos 
extremos são beneficiados ao longo do tempo. A maior parte dos 
exemplos que podemos citar são populações que sofreram 
cladogênese como por exemplo os tentilhôes descritos por Darwin que 
em algumas aves podemos ter três tipos de bicos: adaptado a captura 
de vermes (bico longo e pontiagudo), bico curto e resistente para 
quebrar sementes duras e bico intermediário adaptado a consumir 
frutos. Se nesse ambiente o fotoperíodo das plantas frutíferas não 
induzir a floração ou se houver um desmatamento das árvores 
produtoras de frutos consumidos pelas aves de bico intermediário, a 
frequência das mesmas irá diminuir ao longo do tempo, em função da 
falta de alimento. Portanto, na seleção disrruptiva, somente os 
fenótipos extremos são beneficiados. 
 
A nossa espécie assim como todas as outras já passou por milhares de pressões 
seletivas moldando nossa morfologia e até mesmo nos fazendo ser animais sociais, 
o estado humano de ‘’amor’’ (seja ele qualquer um dos três tipos descritos pelos 
gregos) é apenas um mecanismo químico que evita que nos afastemos do grupo, e 
 
 
também por isso temos o impulso biológico de defendermos os idosos e crianças de 
predadores, ameaças e até de nós mesmos. Tais caracteristicas permitiram a 
perpetuação dos nossos ancestrais pois a pesar do que pensamos somos uma 
espécie fraca e ocupamos o nível 2,1 na escala trófica. Além desse exemplo 
podemos citar ​a quantidade de melanina no tecido epitelial humano. A pigmentação 
da pele tem como função o bloqueio de raios UV, impedindo sua reação bioquímica 
com o organismo, que tem potencial mutagênico. Essa quantidade está diretamente 
ligada à região do globo na qual o humano nascia, uma vez que perto da linha do 
Equador e nos trópicos há maior incidência de raios UV, concentrando pessoas de 
pele mais escura, enquanto regiões mais próximas aos pólos concentrariam pessoas 
de pele mais clara, uma vez que a radiação UV é menor nessas áreas.Outra 
adaptação ocasionada por uma interação interespecífica é a habilidade de digestão 
da lactose que Na maior parte das pessoas, os genes responsáveis pela digestão da 
lactose são​ ​inativados ainda na infância​. ​No entanto, em diversos indivíduos do 
norte europeu, descendentes de uma cultura muito ligada a criação de gado 6000 
anos atrás, foi observada a forma ativa desse gene durante a vida adulta. Esse é um 
caso no qual a nutrição extra que isso possibilitava foi uma vantagem tão grande aos 
adultos que os capazes de digerir leite foram selecionados e deixaram mais 
descendentes vivos, aumentando a frequência deste ocorrido na população. 
 ​A seleção natural, desta forma, elimina indivíduos que possuam aspectos 
desvantajosos para o seu respectivo meio, sendo estes, portanto, menos adaptados 
a ela. Assim, considerando que ambientes não são sistemas estáveis e constantes, 
diferentes pressões seletivas podem ocorrer dentro de uma população, evitando a 
eliminação ou inativação de determinados genes que não seriam mantidos caso o 
ambiente fosse homogêneo. 
 Compreendemos atualmente que a vida está em uma animada e tortuosa valsa com 
o meio ambiente com suas pressões seletivas e são os padrões ambientais que 
conduzem. 
 
2-Processo histórico de formação da teoria atual 
 
Antes da teoria evolutiva em sí ter sido proposta ou sequer pensada o que era 
consenso geral era o fixismo, ou em outras palavras a teoria de que existe um 
número fixo de espécies que se estendem desde a aparição da humanidade, ​Ideias 
sobre o mutacionismo foram expressas por pensadores chineses desde antes do 
tempo cronológico tais como 莊子 (Chuang Tzu), um filósofo taoísta que viveu por 
volta do século IV a.C. graças a 莊子, o taoísmo negou explicitamente a fixação de 
espécies biológicas e 莊子 especulava que as espécies teriam desenvolvido 
atributos diferentes em resposta a ambientes diferentes. 
Seres humanos, a natureza e o céu eram vistos como um estado em "constante 
transformação" conhecido como o ‘tao’, 莊子 em contraste com uma visão mais 
 
 
estática da natureza, típica do pensamento europeu.​ Um milênio depois a europa 
quando se descobriu a existência dos fósseis os pensadores propuseram que 
existiram mais espécies porem eventos catastróficos a extinguiram. 
 
 O primeiro que se tem conhecimento à elaborar algo parecido com a teoria 
sintética foi o filósofo e naturalista iraniano أبو عثمان عمرو بن بحر الكناني البصري (​Abū 
ʿUthman ʿAmr ibn Baḥr al-Kinānī al-Baṣrī ) mais conhecido pelo apelido الجاحظ​ 
(​al-Jāḥiẓ) (781 – 868 ou 869​) Observou que determinados parasitas se adaptam à 
cor de seu hospedeiro, e realizou uma pesquisa sobre os efeitos da dieta e do clima 
não somente em homens, mas também em animais e plantas.As 87 páginas do 
Livro dos Animais (aproximadamente um décimo do texto original de​ ​ الجاحظ) estão 
preservados na Biblioteca Ambrosiana em Milão, e influenciou outros pensadores 
muçulmanos, tais como Al-Farabi, Al-Arabi, Al-Biruni e Ibn Khaldun.​[1] 
 publicou no início dos anos 800 o ‘’Livro dos Animais’’ uma ​enciclopédia que 
apresenta 350 espécies. Nele ​ الجاحظ ​postula as ideias como uma luta constante 
entre os seres vivos onde eles vão ficando mais fortes, rápidos e inteligentes com o 
passar das gerações como ele escreve:​ "Os animais estão envolvidos numa luta 
pela existência e pelos recursos, para evitar serem comidos e se reproduzirem", "os 
fatores ambientais influenciam nos organismos fazendo com que desenvolvam 
novas características para assegurar a sobrevivência, transformando-os assim em 
novas espécies" e "os animais que sobrevivem para se reproduzir podem transmitir 
suas características exitosas a seus descendentes". Ele chamou esse processo de 
seleção natural. 
Estava claro para ​ الجاحظ que o mundo animal estava numa luta constante para 
sobreviver, e que uma espécie sempre era mais forte que outra. 
Para sobreviver, os animais tinham de possuir características competitivas para 
achar comida,evitar virar comida de outros e se reproduzir. Isso os obrigava a 
mudar de geração em geração, dentre outros conceitos como: 
● Os organismos de uma mesma espécie não são rigorosamente iguais, uns 
aos outros, há diferenças particulares que tornam alguns sexualmente mais 
atraentes, mais forte, mais rápidos, mais adaptados às condições de vida 
local do que outros, não tão adaptados. 
● A consequência lógica de uma luta pela vida seria sempre a seleção natural 
dos mais aptos com a extinção dos menos aptos. 
As ideias de ​ الجاحظ influenciaram outros pensadores muçulmanos posteriores. 
Seu trabalho foi lido por homens como al-Farabi, al-Arabi, al-Biruni e Ibn Khaldun. 
 formulou a teoria de que o ambiente em conjunto com outros fatores الجاحظ 
comportamentais alteravam ao longo das gerações a morfo-fisiologia dos indivíduos 
transmu​tação de espécies, seleção natural ou da evolução. A característica que 
mais distingue a teoria do الجاحظ de todas as outras teorias é que a evolução é vista 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/869
 
como uma função da mudança da população e não da mudança do indivíduo como 
mais adiante a sociedade científica européia iria propor. 
Seja por xenofobia ou pelo império-colonialismo esse conhecimento nunca chegou 
até a Europa e o fato de que nessa época o criacionismo e o fixismo perduravam por 
lá (e que em pleno 2020 continuam perdurando) com a expansão do cristianismo a 
europa estava longe de ser estabelecida como referência do conhecimento 
científico. 
1700 anos depois das teorias de (الجاحظ) um naturalista chamado ​Jean-Baptiste 
Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck​ publicou as suas teorias retrógradas 
dando origem a uma corrente de pensamento que se disseminou pela europa 
chamada Lamarquismo. 
A teoria Lamarquista baseava em dois pontos fundamentais: 
● As espécies teriam evoluído em consequência de sucessivas alterações 
estruturais ocorridas em seus órgãos. essa alterações poderiam ser 
motivadas por uso excessivo ou desuso de tais órgãos. Segundo Lamark, a 
intensidade com que se faria o uso de cada parte do corpo seria ditada pela 
necessidade de adaptações do indivíduos às condições impostas pelo meio. 
● Essas alterações estruturais dos órgãos adquiridas durante a vida por 
influência do ambiente seriam transmissíveis por hereditariedade. 
 
A hipótese de Lamarck ficou conhecida como lei do uso e desuso. seu autor se 
fundamentava nas observações de atletas e paralíticos, nos quais o uso excessivo e 
o desuso da musculatura determinam respectivamente, a hipertrofia e a atrofia dos 
músculos e consequentemente dos membros afetados. Mas esse efeito só é real no 
tecido muscular estriado e não com os ‘’órgãos’’ como propunha Lamarck. 
Por outro lado, sabemos que as modificações adquiridas no meio não se fazem 
hereditárias. Muito mais tarde, Weissman testou essa hipótese cortando a cauda de 
camundongos por inúmeras gerações sucessivas e verificou que ao final eles 
continuavam a nascer com cauda e sem a menor diminuição no comprimento ou na 
espessura dela. 
Lamark errou porque:1) as transformações que ocorrem numa espécie independem 
do uso e desuso dos órgãos; 2) as transformações estruturais ou fisiológicas não 
ocorrem por vontade da vontade do organismo mas sim incidentalmente, ao acaso; 
c)Os caracteres estruturais adquiridos durante a vida não se transmitem por 
hereditariedade ( citei somente os estruturais pois estudos epigenéticos estão 
provando que ​ mudanças no funcionamento de um gene mesmo não sendo 
causadas por alterações na sequência de DNA, se perpetuam nas divisões 
celulares, meióticas ou mitóticas levando conhecimentos adquiridos durante a vida 
adiante por um mecanismo ainda desconhecido). 
O Lamarquismo estava correto em suas convicções, porém totalmente errado en 
suas explicações. O grande mérito de Lamarck foi o de ter sido um evolucionista 
 
 
ardente em um período histórico e geográfico onde predominava o fixismo e os 
dogmas cristãos. 
 
O advento europeu do Darwinismo ocorreu em 1859 com a publicação do livro a 
origem das espécies onde ele estrutura teorias evolutivas muito parecidas com as 
teorias do الجاحظ mas sua hipótese era também baseada em estudos que se 
provaram falsos desqualificando parte da teoria dele como: 
● As populações crescem numa progressão geométrica, enquanto as reservas 
alimentares para elas crescem apenas numa progressão aritmética 
(fundamento este tirado de um livro de Thomas Malthus, economista famoso 
ao tempo de Darwin) 
● Em face de desproporção entre o crescimento de população e quantidade de 
recursos disponíveis os indivíduos se empenhariam numa luta pela vida. 
Baseando-se também em suas observações feitas durante a sua viagem ao 
redor do mundo (durante cinco anos) no Beagle, navio de inspeção inglês. 
 
Com o avanço científico concluiu-se que a teoria de الجاحظ que mais tarde também foi 
a de Darwin estava incompleta, primeiramente Darwin, na tentativa de explicar a 
seleção natural dos mais aptos sobre os menos aptos, justificando o aparecimento 
de alguns e prevalência de outros, não soube justificar o surgimento de novas 
características, que posteriormente acabariam prevalecendo sobre os que não a 
tivéssem, e também errou por interpretar a luta pela vida como uma imensa 
competição entre indivíduos, isto é, a luta do indivíduo contra indivíduo. 
Todavia, o fenômeno luta pela vida, proposto por ​ الجاحظ, ​é indiscutível, assim como 
é inegável a seleção natural dos mais aptos. Esses dois fatores continuam em 
nossos dias, a ser reconhecidos como essenciais, ainda que não únicos no 
mecanismo de evolução das espécies. 
 
E a última teoria que sustentaria o último pilar da teoria sintética moderna aconteceu 
no século passado no advento do ​mutacionismo, ​ele surgiu depois que Hugo de 
Vries e outros pesquisadores identificaram a existência dos genes (já comprovada 
meio século antes por Mendel, que não encontrou apoio no mundo científico de sua 
época). Conhecidos os genes e os cromossomos, foi possível, então, compreender 
o fenômeno das mutações, descrito por De Vries. Embora o mutacionismo corrija a 
grande falha no Darwinismo e do Lamarquismo, que admitiam a hereditariedade dos 
caracteres adquiridos, ele se mantém fiel às ideias de luta pela vida e seleção 
natural. Para De Vries, as variações surgem em indivíduos de uma espécie em 
consequência de alterações no material genético transmitidos sexualmente através 
dos gametas, ou seja as mutações terias origem em gametas alterados e na sua 
dotação genética. 
 
 
 
 
"Novas mutações não criam novas espécies; eles criam filhos que são prejudicados." 
- Lynn Margulis 
 
Contribuindo assim com a explicação de como novos caracteres surgiam e provando 
que eles não surgiam pela vontade dos organismos e sim ao acaso e também por 
isso o mutacionasmo ficou conhecido por Neodarwinismo. 
 
Agora com conhecimento histórico podemos ver o esqueleto teórico a teoria sintética 
que se apoia nos conceitos de: 
● mutações 
● acaso 
● luta pela vida 
● seleção natural 
● isolamento do tipo mutante 
 
3-Principais fatores evolutivos 
 
Como mencionei no início os tipos de seleções naturais (direcional, estabilizadora e 
desrrupitiva) elas somente descrevem como as pressões seletivas afetam uma 
população específica e não quais seriam as pressões e suas possíveis causas. 
"Embora as mutações aleatórias tenham 
influenciado o curso da evolução, sua influência foi 
principalmente pela perda, alteração e 
refinamento. Porém, nunca uma mutação fez uma 
asa, uma fruta, um caule lenhoso ou uma garra 
aparecer. As mutações, em resumo, tendem a 
induzir doenças, morte ou deficiências. Nenhuma 
evidência na vasta literatura de alterações de 
hereditariedade mostra evidências inequívocas de 
que a própria mutação aleatória, mesmo com o 
isolamento geográfico das populações, leva à 
especiação ". 
- Lynn Margulis 
Todos os processo de especiação conhecidospodem ser enquadrados de acordo 
com o modo com que a especiação ocorre, sendo os processos​ ​nas quais espécies 
vivas se formam.​ ​Quando este processo é uma transformação gradual de uma 
espécie em outra que envolve uma mudança na frequência genética de uma 
população inteira, quando um número suficiente de mutações atingem a fixação 
numa população de tal maneira que existe uma diferença significativa em relação à 
população ancestral, uma nova espécie pode ser designada. Portanto, a população 
vai se modificando gradativamente, em função de continuas alterações nas 
condições ambientais, o que resulta em uma população tão diferente da original que 
 
 
pode ser considerada uma nova espécie esse processo se chama anagênese​ ​ou o 
seu oposto a cladogênese pela divisão de uma espécie em duas onde as novas 
espécies se formam por irradiação adaptativa, isto é, a partir de grupos que se 
isolam da população original e se adaptam a diferentes regiões. Depois de longo 
tempo de isolamento, as populações originam novas espécies. Embasando-se na 
anagênese e cladogênese tem-se quatro modos principais de especiação: 
● Especiação alopátrica, também conhecida como especiação 
geográfica, é o processo que acontece quando grandes populações 
biológicas ficam fisicamente isoladas por uma barreira externa e 
desenvolvem em isolamento reprodutivo interno (genético), de tal modo 
que, se depois a barreira desaparecer, indivíduos das populações já 
não podem se cruzar. Quando existe o livre fluxo gênico entre as 
populações de uma espécie, a coesão genética da espécie é mantida. 
Com o aparecimento de barreiras geográficas, como o surgimento de 
um rio, o aumento da densidade arbórea de uma floresta ou a 
formação de uma cadeia de montanhas, o fluxo gênico entre duas 
subpopulações é interrompido e as mudanças adquiridas por 
mutações, recombinação e seleção podem se acumular diferentemente 
entre as subpopulações, levando ao isolamento reprodutivo e à 
especiação. O isolamento reprodutivo evolui, portanto, como 
subproduto da divergência entre populações geograficamente 
afastadas. 
É consenso científico que a alopatria é a forma mais comum de 
especiação. A especiação alopátrica é fortemente suportada pela “lei 
da distribuição”: para uma dada espécie de uma região, a espécie mais 
próxima relacionada a ela tem baixa probabilidade de ser encontrada 
na mesma região ou em regiões muito distantes, mas existe uma alta 
probabilidade de ser encontrada em alguma região próxima separada 
da primeira por algum tipo de barreira. Podendo novamente serem 
citados como exemplos os tentilhões descritos por Darwin. 
● Simpátrica, é a divergência genética de várias populações (de uma espécie 
parental única) que habitam a mesma região geográfica, de modo a que 
essas populações se tornam espécies diferentes. Diferentemente da 
alopátrica apenas uma pequena parte da população se separa atendendo a 
um novo nicho. 
● Parapátrica é uma forma de especiação que ocorre em uma área geográfica 
contínua na qual as espécies divergentes apresentam distribuições 
adjacentes. Não há nenhuma barreira externa ao fluxo gênico, no entanto os 
acasalamentos não são completamente aleatórios. Este modelo difere da 
especiação alopátrica no que se refere a distribuição geográfica da espécie 
parental já que a alopatria requer sub-populações geograficamente isoladas. 
 
 
Nichos neste habitat podem estar diferenciados ao longo de um gradiente 
ambiental, impedindo fluxo gênico, e criando assim uma variação clinal. 
Um exemplo deste tipo de especiação é a erva ​Anthoxanthum​, que se sabe 
que sofreu especiação parapátrica em áreas onde ocorreu contaminação por 
metais a partir de minas. Isto cria uma pressão selectiva para a tolerância a 
metais. Há seleção contra os híbridos dessas populações, o que pode ter 
favorecido a autopolinização. Além disso, elas apresentam tempos de 
floração distintos o que funciona como um barreira reprodutiva. Sugere-se 
que essa diferença entre tempos de floração tenha sido favorecida pela 
seleção natural devido a menor aptidão dos híbridos. Esse tipo de mecanismo 
é denominado reforço do isolamento reprodutivo. 
 
● Peripátrica, neste modo, as espécies novas são formadas em populações 
periféricas isoladas; este modo é semelhante à especiação alopátrica na 
medida em que as populações estão isoladas e por isso não há transferência 
de genes. No entanto, a especiação peripátrica, ao invés da especiação 
alopátrica, propõe que uma das populações seja muito menor do que a outra​. 
● Seleção artificial​ ​é o processo de cruzamentos conduzido pelo ser humano 
com o objetivo de selecionar características desejáveis em animais e plantas. 
Estas características podem ser, por exemplo, um aumento da produção de 
carne, leite, lã, seda ou frutas. Para esse fim foram, e são, produzidas 
diversas raças domésticas, como cães, gatos, pombos, bovinos, peixes e 
plantas ornamentais. É uma seleção em que a luta pela vida, ou seleção 
natural, que foi substituída pela escolha humana dos indivíduos que melhor 
atendem aos seus objetivos. Distingue-se da seleção natural pela 
intencionalidade presente na intervenção influente. 
Um exemplo desse tipo de seleção é toda a espécie​ Canis familiaris​ ou um 
exemplo mais específico a raça Pitbull, que tem como característica a força 
mandibular e extrema agressividade. Esses animais cruelmente são 
colocados para se enfrentar em rinhas. Os perdedores muitas vezes saem 
mortos. Os campeões são valorizados e têm cruzamentos ou até mesmo seu 
esperma vendido por altos valores. Machos e fêmeas com grande força física, 
habilidades e, principalmente agressividades são cruzados e seus filhotes são 
comercializados por todo mundo​. 
 
3.1Deriva genética 
Deriva genética ou oscilação genética é um mecanismo que permite a 
ocorrência de mudanças evolutivas em pequenas escalas que modifica 
aleatoriamente as frequências alélicas ao longo do tempo. A deriva genética é 
um processo cujo estado é indeterminado, com origem em eventos aleatórios, 
 
 
não é possível prever a direção da mudança na frequência de um alelo 
causada pela deriva. Esse mecanismo resulta em perda de variação genética 
e na fixação de alelos em diferentes loci. Os alelos fixados pela deriva podem 
ser neutros, deletérios ou vantajosos. Nesses dois últimos casos, a trajetória 
da frequência alélica ao longo do tempo será determinada pela interação 
entre a deriva e a seleção natural. O efeito da deriva é maior quanto 
menor o tamanho da população, podendo aparecer em diferentes momentos 
da história evolutiva da população: 
● No estado inicial; (efe​ito fundador​); o estabelecimento de uma nova 
população por uns poucos organismos originais (em um caso extremo, 
por apenas uma única fêmea fertilizada), que contém somente uma 
pequena fração da variação genética total da população parental, se 
uma população irá se desenvolver ou não dependerá da População 
Mínima viável do próprio organismo 
 
● Repetidamente; (efeito de gargalo); Se caracteriza por uma variação 
genética reduzida, significa que a população pode não ser capaz de se 
adaptar a novas pressões seletivas; O efeito gargalo de garrafa é um 
evento genético causado por uma redução drástica do tamanho da 
população, onde há perda de variabilidade genética. Pode dizer que 
parte dos genótipos são impedidos de participarem na produção da 
geração seguinte. Pode ser causado por diversos fatores, como por 
exemplo o desastre natural; alta frequência de predação natural ou 
pela caça humana; redução do habitat; redução da migração devido a 
uma barreira geográfica, por exemplo; surgimento de novas 
ramificações populacionais; sendo um caso extremo de efeito de 
gargalo, a extinção.É um evento que ocorre independentemente da 
seleção natural e a heterozigosidade pode ser usada como uma 
medida da capacidade de uma população de responder a seleção 
imediatamente após um gargalo de garrafa. 
 
● Em intervalos regulares (variaçãodemográfica) Onde o nome é auto 
explicativo, assim como o efeito gargalo pode ser causado por diversos 
fatores, como por exemplo o desastre natural; alta frequência de 
predação natural ou pela caça humana; redução do habitat; redução da 
migração devido a uma barreira geográfica, por exemplo; surgimento 
de novas ramificações populacionais; Um exemplo variação 
demográfica causada por exploração florestal no banco de mudas de 
espécies florestais em resposta a diferentes tamanhos de aberturas no 
dossel florestal. 
 
 
 
● Constantemente; (há populações, em que a quantidade de indivíduos 
se mantém pequena durante anos); Isso pode ser explicado pela ​ ​lei do 
equilíbrio de Hardy-Weinberg. Por meio da equação de 
Hardy-Weinberg, podemos determinar a configuração genética de uma 
população que não está sofrendo evolução. A partir dessa análise, 
podemos comparar os dados com as informações reais da população 
e, desse modo, perceber se há ou não evolução. 
 
Estudos evolutivos em diferentes áreas 
 
Como vimos a evolução é algo que perpassa todos os organismos existentes e até mesmos grupos 
moleculares simples ou os vírus, portanto todas os campos científicos que trabalham com organismos 
tem de ter uma narrativa evolutiva e os que contribuem com mais informações a respeito da evolução 
são: 
 
Paleontologia; Quando um organismo morre, ele normalmente decompõem-se rapidamente ou é 
consumidos por necrófagos, não deixando nenhuma evidência permanente de sua existência. 
Entretanto, ocasionalmente, alguns organismos são preservados. Fósseis são extrema importância 
para o entendimento da história evolucionária da vida na Terra, já que fornecem evidência direta da 
evolução e informações detalhadas sobre as linhagens dos organismos. Paleontologia é o estudo da 
vida passada baseado no registro fóssil e suas relações com os diferentes períodos de tempo 
geológicos. 
Para que o processo fossilização ocorra, os traços e restos do organismo devem ser rapidamente 
enterrados para que descoramento e decomposição não ocorram. Estruturas esqueléticas e outras 
partes duras do organismo são as formas mais comuns de fossilização de restos de organismos. 
Existem também os “fósseis” de traços, mostrando moldes e impressões na rocha de alguns 
organismos antigos como os existentes na Baixada do Araripe. 
Quando um animal morre, o material orgânico deteriora-se gradualmente, como os ossos, por 
exemplo, que se tornam porosos. Se o animal é subsequentemente enterrado em lama, sais minerais 
irão infiltrar-se nos ossos e gradualmente preencher os poros. Os ossos se solidificarão em rocha e 
serão preservados como fósseis. Esse processo é conhecido como petrificação. Se um animal morto 
é coberto por areia, e se a areia posteriormente transformar-se em lama devido a pesada chuva ou 
enchentes, o mesmo processos de infiltração mineral pode ocorrer. Além da petrificação, o corpo 
morto de um organismo pode ser bem preservado em gelo, em resina endurecida de árvores 
coníferas (âmbar), em alcatrão, em ambientes anaeróbios e em turfas ácidas. Fossilização pode ser 
às vezes só um traço, uma impressão de uma forma. Exemplos incluem folhas e pegadas, fósseis 
que são feitos em camadas que são posteriormente endurecidas por ação natural. 
É possível descobrir como um grupo de organismos evoluiu arrumando seu registro fóssil em uma 
sequência cronológica. Tal sequência pode ser determinada porque fósseis são maioritariamente 
encontrados em rochas sedimentares. Rochas sedimentares são formadas por camadas de silte ou 
lama uma sobre o topo da outra; deste modo, a rocha resultante desse processo contém uma série 
de camadas horizontais, ou estratos. Cada camada contém fósseis que são típicos para o específico 
período de tempo durante o qual eles se formaram. Os estratos mais baixos contêm as rochas mais 
velhas e os fósseis mais antigos, enquanto os estratos superiores contêm as rochas mais novas e os 
fósseis mais recentes. 
 
 
Uma sucessão de animais e plantas também pode ser vista no registro fóssil. Evidências fósseis 
apoiam a teoria de que organismos tendem a aumentar progressivamente em complexidade. Ao 
estudar o número e complexidade de diferentes fósseis em diferentes níveis estratígrafos, foi 
demonstrado que rochas antigas que contêm fósseis apresentam poucos tipos de organismos 
fossilizados, e todos eles têm uma estrutura simples, enquanto que as rochas mais recentes contêm 
uma grande variedade de fósseis, frequentemente com um aumento na complexidade de suas 
estruturas. 
No passado, as idades dos vários estratos e dos fósseis encontrados eram irregularmente estimadas 
por geologistas. Eles faziam, por exemplo, a estimação do tempo para a formação das rochas 
sedimentares, camada por camada. Hoje, realizando medições das proporções de elementos 
radioativos e estáveis na rocha, as idades dos fósseis podem ser datadas pelos cientistas com uma 
grande precisão. Essa técnica é conhecida como datação radiométrica. 
Pelo do registro fóssil, muitas espécies que aparecem em um nível estratigrafo antigo, desaparecem 
em níveis posteriores. Isso é interpretado em termos evolucionários como a indicação do tempo em 
que uma espécie se originou e tornou-se extinta. Regiões geográficas e condições climáticas 
variaram consideravelmente através da história da Terra. Já que organismos se adaptam a ambientes 
em particular, a mudança constante das condições climáticas e geográficas favoreceu espécies que 
se adaptaram a novos ambientes através do mecanismo de seleção natural. 
De acordo com o registro fóssil, algumas espécies modernas de plantas e animais são encontradas 
quase que praticamente iguais às espécies que viveram em tempos geológicos antigos. Essas são 
espécies que fazem parte de antigas linhagens que permaneceram morfologicamente (e 
provavelmente também fisiologicamente) quase inalteradas por um longo tempo. Consequentemente, 
elas são chamados de “fósseis vivos” por leigos. Exemplos de fósseis vivos incluem o nautilus, límulo, 
celacanto, a ginkgo e a metasequoia. 
Devido à descoberta de um registro fóssil praticamente completo encontrado nos depósitos 
sedimentares da América do Norte do período antigo do Eoceno até o presente, o cavalo apresenta 
um dos melhores exemplos de história evolucionária (filogenia). 
Essa história evolucionária começa com um pequeno animal chamado Hyracotherium que viveu na 
América do Norte aproximadamente há 54 milhões de anos e espalhou-se pela Europa e Ásia. Restos 
de fósseis do Hyracotherium mostram que ele divergia do cavalo moderno em três importantes 
aspectos: era um animal pequeno (do tamanho de uma raposa), de estrutura leve e adaptada para 
correr; os membros eram pequenos e delgados, e patas alongadas fazendo com que os artelhos 
(dedos do pé) fossem quase verticais, com quatro artelhos nos membros anteriores e três artelhos 
nos membros traseiros; os incisivos eram pequenos, os molares tinham coroas com cúspides 
cobertas de esmalte. 
O curso provável do desenvolvimento dos cavalos, do Hyracotherium ao Equus (o cavalo moderno) 
envolveu no mínimo 12 gêneros a centenas de espécies. As maiores correntes vistas no 
desenvolvimento dos cavalos a mudanças das condições ambientais podem ser resumidas como se 
segue: 
 
● Aumento no tamanho (de 0,4 m para 1,5 m); 
● Alongamento dos membros e patas; 
● Redução dos artelhos laterais; 
● Aumento em tamanho e espessura do terceiro artelho; 
● Aumento em largura dos incisivos; 
● Substituição de pré-molares por molares; e 
● Aumento do tamanho dos dentes, altura da coroa dos molares. 
Plantas fossilizadas em estratos diferentes mostram que o ambiente pantanoso e arborizado no qual 
o Hyracotherium viveu tornou-se gradualmente seco. Sua sobrevivência dependia de uma posição 
elevada da cabeça para ganhar uma boa visão do ambiente ao redor, e de uma grande velocidade de 
rotação para escapar de predadores. Consequentemente, ocorreram o aumento de tamanho e a 
 
 
substituição das patas abertas pelaspatas com cascos. O chão mais seco e duro tornaria as patas 
originais não muito adaptadas para o suporte do animal. As mudanças nos dentes podem ser 
explicadas presumindo-se que a dieta deles mudou de vegetação macia para grama. Um genus 
dominante de cada período geológico foi selecionado para mostrar o desenvolvimento progressivo do 
cavalo. Entretanto, é importante salientar que não há evidências de que as formas ilustradas são 
diretamente descendentes umas das outras, embora elas sejam relacionadas. 
 O registro fóssil é uma fonte importante para cientistas na investigação da história evolucionária dos 
organismos. Entretanto, devido a limitações inerentes ao registro fóssil, não existe uma boa 
sequência de formas intermediárias entre grupos relacionados de espécies. Essa falta de uma 
sequência contínua de fósseis(de espécies para espécies) no registro é uma grande limitação na 
investigação da descendência de grupos biológicos. Além disso existem lacunas entre certas 
linhagens evolutivas. Os fósseis que “tapariam” as lacunas são frequentemente chamados de “elos 
perdidos”. Esses elos perdidos são esporadicamente encontrados em escavações paleontológicas 
gradativamente melhorando o registro fóssil. 
Existe uma lacuna de aproximadamente 100 milhões de anos entre o período do Cambriano antigo e 
o período Ordoviciano posterior, O período do Cambriano antigo foi o período onde numerosos 
fósseis de esponjas, cnidários, equinodermos, moluscos e artrópodes são encontrados. No período 
Ordoviciano posterior, o primeiro animal que realmente possuí as características de um 
vertebrado(um peixe) apareceu. Portanto não existe uma sequência impecável de fósseis 
intermediários entre invertebrados e vertebrados. 
 
Alguma das razões para a imperfeição do registro fóssil são: 
● Em geral, a probabilidade de um organismo fossilizar-se depois de morto é bem baixa; 
● Algumas espécies ou grupos têm menos chance de tornarem-se fósseis porque apresentam 
corpos moles; 
● Algumas espécies ou grupos têm menos chance de tornarem-se fósseis, porque eles vivem 
(e morrem) em condições que não favorecem a fossilização. 
● Muitos fósseis são destruídos por movimentos de terra e pela erosão; 
● Alguns fósseis são completos, mas a maioria é fragmentada; 
● Algumas mudanças evolucionárias ocorrem no limite do alcance ecológico de uma espécie, e 
como essas espécies provavelmente são pequenas, a probabilidade da fossilização é baixa 
(veja Equilíbrio pontuado); 
● Similarmente, quando condições ambientais mudam, a população de um espécie 
provavelmente se reduzirão em grande quantidades, logo qualquer adaptação as condições 
tem chances baixas de ser fossilizada; 
● A maioria dos fósseis apresenta informações sobre a forma externa, mas muito pouco sobre 
como o organismo funcionava; 
● Usando a biodiversidade atual com um guia, supõem-se que os fósseis descobertos 
representam só uma fração do real número de organismos que viveram no passado. 
Estudos anatômicos; Estudos comparativos da anatomia de grupos de animais ou plantas revelam 
que certas estruturas são basicamente similares. Por exemplo, a estrutura básica de todas as flores 
consiste na sépala, pétala, estigma,estilete e ovário; enquanto que o tamanho, cor, e número das 
partes e estruturas específicas são diferentes para cada espécie individual. 
 
Estruturas homologas e evolução divergente (adaptativa). 
Se grupos bem separados de organismos são originalmente descendentes de um ancestral em 
comum, é esperado que eles apresentem certas características em comum. O grau de semelhança 
entre dois grupos de organismos deve indicar o quão próximos eles são no parentesco evolucionário: 
Se assume que grupos com pouco em comum devem ter divergido-se de um ancestral em comum 
muito cedo na história geológica do que grupos que têm muito em comum; 
 
 
Na decisão do grau de parentesco de dois animais, um anatomista comparativo procura por 
estruturas que, embora sirvam propósitos diferentes no adulto funcional de cada espécie, são 
fundamentalmente similares, sugerindo um origem em comum. Tais estruturas são descritas como 
homólogas; e no caso de estruturas similares que diferem em funções nos adultos, é talvez 
necessário investigar suas origens e desenvolvimento embriológico, para procurar por mais 
similaridades de um ancestral em comum. 
Quando um grupo de organismos compartilha uma estrutura homóloga que é especializada para 
realizar uma variedade de funções e adaptar-se a diferentes condições ambientais e modos de vida, é 
chamado de irradiação adaptativa. A difusão gradual de organismos com irradiação adaptativa é 
conhecida como evolução divergente. 
A disposição dos ossos dos membros chamados de pentadáctilos é um exemplo de estruturas 
homólogas. É encontrado em todas as classes de tetrápodes (de anfíbios a mamíferos). Pode até ser 
ligado as nadadeiras de certos fósseis de peixes dos quais os anfíbios teriam evoluído. O membro 
tem um único osso proximal (úmero), dois ossos distais (rádio e a ulna), uma série de carpos (ossos 
do pulso), seguido por uma série de metacarpos (ossos da palma) e falanges (dedos). Através dos 
tetrápodes, as estruturas fundamentais dos membros pentadáctilos são os mesmos, indicando que 
eles originaram-se de um ancestral em comum. Mas através do curso da evolução, estas estruturas 
fundamentais foram se modificando. Eles se tornaram estruturas superficialmente diferentes e 
aparentemente não relacionadas, que serviam a diferentes funções devido a adaptação a diferentes 
ambientes e modos de vida. Tal fenômeno é claramente evidenciado nos membros anteriores dos 
mamíferos. Por exemplo: 
 
● Nos macacos, os membros anteriores são muito mais alongados o que permite uma melhor 
adaptação para escalar e balançar entre árvores. 
● Nos porcos, o primeiro dedo foi perdido, o segundo e quinto dedo reduziram-se. Os dois 
dedos remanescentes são mais longos e robustos que o resto e têm um casco para dar 
suporte ao corpo. 
● No cavalo, os membros anteriores são adaptados para dar suporte e favorecer corridas 
devido a uma grande elongação do terceiro dedo que apresenta um casco. 
● A toupeira tem um par de membros adaptados para cavar e fazer tocas. 
● O tamanduá usa seu terceiro dedo alongado para destruir formigueiros e cupinzeiros. 
● Na baleia, os membros anteriores tornaram-se nadadeiras usadas na navegação e equilíbrio 
durante o nado. 
● No morcego, os membros anteriores se tornaram asas para o voo devido a um grande 
alongamento dos quatro dedos, e um dedo em formato de gancho permaneceu livre para se 
segurar em árvores. 
Estruturas análogas e evolução convergentes. 
Sobre condições ambientais similares, estruturas fundamentalmente diferentes em diferentes grupos 
de organismos podem passar por modificações para servirem a funções similares. Esse fenômeno é 
chamado de evolução convergente. Estruturas similares, processos fisiológicos ou modos de vida em 
organismos que aparentemente não apresentam ligações filogenéticas próximas, mas que 
apresentam adaptações para realizar as mesmas funções são descritas como análogas, por exemplo: 
 
● Asas de morcegos, pássaros e insetos; 
● as pernas articuladas de insetos e vertebrados; 
● nadadeiras do rabo de peixes, baleias e lagostas; 
● os olhos dos vertebrados e moluscos cefalópodes (lulas e polvos). 
As diferenças entre as retinas invertidas e não invertidas, e as células censores abaixo do axônio 
podem ser vistos na figura (em inglês). Isso resulta na ausência de células censores onde o nervo 
óptico liga-se ao olho, consequentemente criando um ponto cego. O olho do polvo tem uma retina 
não invertida logo, as células sensoras ficam sobre o axônio. Portanto não há ponto cego nesse tipo 
 
 
de olho. Fora essa diferença, os dois olhos são incrivelmente similares, um exemplo de evolução 
convergente. 
Outro aspecto da anatomia comparada é a presença de estruturas vestigiais que podem ser órgãos. 
Órgãos que são menores e mais simples em sua estruturado que as partes correspondentes nas 
espécies ancestrais. Eles são normalmente degenerados ou subdesenvolvidos. A existência de 
órgãos vestigiais pode ser explicada em termos de mudanças no ambiente ou modos de vida da 
espécie. Supõe-se que esses órgãos eram funcionais em espécies ancestrais, mas tornaram-se não 
funcionais ou desnecessários. Exemplos são os membros traseiros de baleias, as asas traseiras 
vestigiais de moscas e mosquitos, as asas vestigiais de aves que não voam, como avestruzes, o osso 
cóccix no ser humano, e folhas vestigiais de algumas xeromorfas (cactus) e de plantas parasitas 
(cuscuta). 
Atavismo ("ancestral") é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias 
gerações de ausência. Em biologia, atavismo é uma reminiscência evolutiva, como reaparecimento 
de traços que tiveram ausentes em várias gerações. Pode ocorrer de várias maneiras. Uma maneira 
é quando genes para características previamente fenotípicas existentes são preservadas no DNA, e 
estes tornam-se expressar através de uma mutação que quer nocautear os genes primordiais para os 
novos traços ou fazer os traços antigos substituírem os atuais. 
 
 
Biogeografia; biólogos têm encontrado fatos enigmáticos sobre a presença de certas espécies em 
vários continentes e ilhas. 
Todos os organismos são adaptados ao seu ambiente a um maior ou menor grau. Se os fatores 
abióticos e bióticos dentro de um habitat são capazes de sustentar uma espécie em particular em 
uma área geográfica, então se supõem que a mesma espécie seria encontrada em um habitat similar 
em uma área geográfica também similar, por exemplo, África e América do Sul. Mas não é isso que 
ocorre. 
● Plantas e animais são descontinuamente distribuídos através do mundo: 
● África tem macacos com cauda mais curta (Velho Mundo), elefantes, leões e girafas. 
● América do Sul tem macacos de cauda longa, pumas, jaguares e lhamas. 
Diferenças ainda maiores podem ser evidenciadas se a Austrália é tomada em consideração embora 
ocupe a mesma latitude da América do Sul e da África. Marsupiais como o canguru podem ser 
encontrados na Austrália, mas são totalmente ausentes na África e só são representados pelo gambá 
na América do Sul e o gambá da Virginia na América do Norte: 
O equidna e o ornitorrinco, um dos únicos representantes dos primitivos mamíferos que colocavam 
ovos (monotremata), são encontrados somente na Austrália, e são ausentes no resto do mundo. 
Entretanto, a Austrália tem poucos mamíferos placentários, exceto aqueles que foram introduzidos 
pelo homem. 
Os grandes grupos de mamíferos modernos originaram-se no Hemisfério Norte e subsequentemente 
migraram para três direções principais: 
 
● Para a América do Sul através de pontes de terra (Estreito de Bering e Istmo do Panamá); um 
grande número de famílias sul americanas de marsupiais tornaram-se extintas como 
resultado direto da competição com suas contrapartes norte americanas. 
● Para a África através do Estreito de Gibraltar e para Austrália pelo Sudeste da Ásia que já foi 
no passado ligado por terra. 
● A superficialidade do Estreito de Bergin teria feita a passagem de animais entre os 
continentes do norte um processo relativamente raso, e explica a similaridade atual entre as 
duas faunas. Mas uma vez que houve migrações para os continentes ao sul, as espécies 
presumivelmente ficaram isoladas uma das outras por vários tipo de barreiras. 
● A submersão do Istmo do Panamá: Isolou a fauna da América do Sul 
● O Mar Mediterrâneo e o Deserto Norte africano: isolam parcialmente a fauna africana; e 
 
 
● A submersão da conexão original entre a Austrália e o Sudeste da Ásia: isolou a fauna 
australiana 
Uma vez isolados, os animais em cada continente apresentaram radiação adaptativa para evoluir ao 
longo de suas linhagens. 
O registro fóssil dos camelos indica que a evolução deles começou na América do Norte, de onde 
eles migraram pelo Estreito de Bering para a Ásia e consequentemente África, e através do istmo do 
Panamá para a América do Sul. Uma vez isolados, eles evoluíram nas suas linhagens, apresentando 
o camelo moderno na Ásia e na África e os lamas na América do Sul. 
Com a teoria da deriva continental propõe-se que os mesmos grupos de fósseis são encontrados em 
áreas que foram adjacentes umas às outras no passado mas que, através do processo de deriva 
continental, são agora locais geográficos amplamente diferentes. Por exemplo, fósseis do mesmo 
grupo de anfíbios antigos, artrópodes e pteridófitas são encontradas na América do Sul, África, Índia, 
Austrália e Antártica, os quais podem ser datados até a Era Paleozóica, e que nessa época essas 
regiões eram unidas em uma única massa de terra chamada Gondwana.. Algumas vezes os 
descendentes desses organismos podem ser identificados com similaridades irrefutáveis um com o 
outro, mesmo que eles habitem regiões e climas bem diferentes. 
Muitos dos animais em pequenas ilhas isoladas só têm espécies nativas que só poderiam chegar 
nelas pelo mar ou ar; como pássaros, insetos e tartarugas. Os poucos mamíferos grandes presentes 
hoje nessas ilhas foram trazidos a elas por colonizadores em barcos. Plantas em ilhas vulcânicas 
remotas como o Havaí poderiam ter chegado por esporos ou sementes trazidas por pássaros. 
"A vida é um fenômeno do nível planetário e a Terra está viva há pelo menos 3000 milhões de anos. 
Para mim, o movimento humano de assumir a responsabilidade pela Terra viva é risível - a retórica 
dos impotentes. O planeta cuida de nós, não nós. Nosso imperativo moral autoinflacionado para guiar 
uma Terra rebelde ou curar um planeta doente é evidência de nossa imensa capacidade de 
auto-ilusão. Antes, precisamos nos proteger de nós mesmos." 
- Lynn Margulis

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