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1 Legisla ão isoladaç Direito Administrativo TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 2 Índice Lei 8987/95 - Serviços Públicos..................................................................................................................................3 Lei 9784/99 - Processo Administrativo..................................................................................................................12 Lei 8429/92 - Improbidade Administrativa..........................................................................................................20 Lei 11079/04 - PPP.........................................................................................................................................................27 Lei 8666/93 - Licitações e Contratos......................................................................................................................34 Lei 11107/05 - Consórcios Públicos........................................................................................................................64 Lei 12846/13 - Anticorrupção...................................................................................................................................67 Decreto-Lei 3365/41 - Desapropriação por Utilidade Pública.....................................................................71 Lei 4132/62 - Desapropriação por Interesse Social..........................................................................................76 Decreto-Lei 25/37 - Tombamento...........................................................................................................................79 Lei 10520/02 - Pregão..................................................................................................................................................82 Lei 13303/16 - Estatuto EP e SEM............................................................................................................................84 Lei 9790/99 - Oscip.....................................................................................................................................................104 Lei 9637/98 - Organização Social..........................................................................................................................107 Lei 12462/11 - RDC.....................................................................................................................................................111 Lei 8112/90 - Servidores Públicos.........................................................................................................................119 IMPORTANTE É proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos, em qualquer meio de comunicação, inclusive na internet. Lei de Direitos Autorais n° 9610/98 TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 3 ______Lei 8987/95____________Lei 8987/95______ Serviços Públiços Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o As concessões de serviços públicos e de obras pú- blicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos. Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a revisão e as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as pecu- liaridades das diversas modalidades dos seus serviços. Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Fede- ral ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão; II - CONCESSÃO de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante LICITAÇÃO, na modalidade de CONCORRÊNCIA, à pessoa jurídica ou consór- cio de empresas que demonstre capacidade para seu desempe- nho, por sua conta e risco e por prazo determinado; III - CONCESSÃO de serviço público PRECEDIDA DA EXE- CUÇÃO DE OBRA PÚBLICA: a construção, total ou parcial, con- servação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, me- diante LICITAÇÃO, na modalidade de CONCORRÊNCIA, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o in- vestimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo deter- minado; IV - PERMISSÃO de serviço público: a delegação, a TÍTULO PRECÁRIO, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que de- monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e ris- co. CONCESSÃO PERMISSÃO Licitação: modalidade concorrência Licitação Pessoa jurídica ou consórcio de empresas Pessoa física ou jurídica Precário LEI 8666/93 LEI 8987/95 LEI 11079/04 Risco da execução é da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Risco da execução é do CONCESSIONÁ- RIO ou PERMISSIO- NÁRIO Risco da execução é COMPARTILHA- DO entre a Admi- nistração Pública e o concessionário Art. 3o As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscali- zação pelo poder concedente responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários. Art. 4o A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes e do edital de licitação. Art. 5o O poder concedente publicará, previamente ao edi- tal de licitação, ato justificando a conveniência da outorga de concessão ou permissão, caracterizando seu objeto, área e pra- zo. Capítulo II DO SERVIÇO ADEQUADO Art. 6o TODA concessão ou permissão pressupõe a presta- ção de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários , conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das ta- rifas. § 2o A atualidade compreende a modernidade das técni- cas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. § 3o NÃO SE CARACTERIZA COMO DESCONTINUIDADE do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o inte- resse da coletividade. § 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado. (LEI 14015/ 2020) É constitucional lei estadual que proíbe que as empresas con- cessionárias façam o corte do fornecimento de água e luz por falta de pagamento, em determinados dias. STF (Info 928). O corte de serviços essenciais, tais como água e energia elétrica, pressupõe o inadimplemento de conta regular, sendo inviável, portanto, a suspensão do abastecimento em razão de débitos antigos. STJ. AgRg no Ag 1320867/RJ A obrigação de pagar por serviço de natureza essencial, tal como água e energia, não é propter rem, mas pessoal, isto é do usuário que efetivamente se utiliza do serviço. STJ. 1ª Tur- ma. AgRg no AREsp 45.073/MG Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efeti- vo por fraude no aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância aos princípios do con- traditório e da ampla defesa, é possível o corte administrati- vo do fornecimento do serviço de energia elétrica, mediante prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consu- mo recuperado correspondente ao período de 90 dias ante- TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-604 rior à constatação da fraude, contanto que executado o corte em até 90 dias após o vencimento do débito, sem prejuí- zo do direito de a concessionária utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 dias de retroação. STJ. (Info 634). É legítima a interrupção do fornecimento de energia elétrica por razões de ordem técnica, de segurança das instalações, ou ain- da, em virtude do inadimplemento do usuário, quando houver o devido aviso prévio pela concessionária sobre o possível corte no fornecimento do serviço. STJ. REsp 1270339/SC A suspensão do serviço de energia elétrica, por empresa concessionária, em razão de inadimplemento de unidades públicas essenciais - hospitais; pronto-socorros; escolas; cre- ches; fontes de abastecimento d'água e iluminação pública; e serviços de segurança pública como forma de compelir o usuário ao pagamento de tarifa ou multa, despreza o inte- resse da coletividade. STJ. AgRg no AREsp A legitimidade do corte no fornecimento do serviço de telefonia quando inadimplentes entes públicos, desde que a interrupção não atinja serviços públicos essenciais para a coletividade, tais como escolas, creches, delegacias e hospitais. STJ. EDcl no REsp 1244385/BA Por ser a interrupção no fornecimento de energia elétrica medi- da excepcional, o art. 6º, § 3º, II, da Lei nº 8.987/95 deve ser in- terpretado restritivamente, de forma a permitir que o corte recaia apenas sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre outros imóveis de propriedade do inadimplente. STJ. REsp 662.214/RS A divulgação da suspensão no fornecimento de serviço de energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias antes da interrupção, satisfaz a exigência de aviso prévio, prevista no art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987/95. STJ. (Info 598). POSSIBILIDADE DE CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA EM VIRTUDE DE INADIMPLEMENTO DO CONSUMIDOR DÉBITOS DECORRENTES DO CONSUMO REGULAR (ATRASO NORMAL DE PAGAMENTO) Não se admite o corte para débitos antigos (consolidados) A obrigação de pagar a conta de energia elétrica é de natureza pessoal (não é propter rem) DÉBITOS RELACIONADOS COM RECUPERAÇÃO DE CONSUMO POR RESPONSABILIDADE DA CONCESSIONÁRIA RECUPERAÇÃO DE CONSUMO POR RESPONSABILIDADE ATRIBUÍVEL AO CONSUMIDOR (CORTE ADMINISTRATIVO POR FRAUDE NO MEDIDOR) A responsabilidade do consumidor pela fraude deverá ser devidamente apurada, conforme procedimento estipulado pela ANEEL (agência reguladora), assegurando-se ampla defesa e contraditório. Deverá ser concedido um aviso prévio ao consumidor; A suspensão administrativa do fornecimento do serviço deve ser possibilitada quando não forem pagos débitos relativos aos últimos 90 dias da apuração da fraude, sem prejuízo do uso das vias judiciais ordinárias de cobrança. Isso porque o reconhecimento da possibilidade de corte do serviço de energia elétrica pelas concessionárias deve ter limite temporal de apuração retroativa. Deve ser fixado prazo razoável de, no máximo, 90 dias após o vencimento da fatura de recuperação de consumo, para que a concessionária possa suspender o serviço. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível o corte da energia elétrica por fraude no medidor, desde que cumpridos alguns requisitos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodi- reito.com.br/jurisprudencia/detalhes/58d2d622ed4026cae2e56dffc5818a11> Capítulo III DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários: I - receber serviço adequado; II - receber do poder concedente e da concessionária infor- mações para a defesa de interesses individuais ou coletivos; III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente. IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessio- nária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado; V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço; VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços. Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de di- reito público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de 6 datas opcionais para esco- lherem os dias de vencimento de seus débitos. Capítulo IV DA POLÍTICA TARIFÁRIA Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pe- las regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato. § 1o A tarifa NÃO será subordinada à legislação específica anterior e SOMENTE NOS CASOS EXPRESSAMENTE PREVIS- TOS EM LEI, sua cobrança poderá ser condicionada à existên- cia de serviço público alternativo e gratuito para o usuário. § 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. § 3o Ressalvados os impostos sobre a renda (IR) , a cria- ção, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 5 legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, IMPLICARÁ A REVISÃO da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. § 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder conce- dente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração. § 5º A concessionária deverá divulgar em seu sítio eletrôni- co, de forma clara e de fácil compreensão pelos usuários, tabela com o valor das tarifas praticadas e a evolução das revisões ou re- ajustes realizados nos últimos cinco anos. Art. 10. SEMPRE que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio econômico- financeiro. Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente prever, em favor da con- cessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o dis- posto no art. 17 desta Lei. Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários. Capítulo V DA LICITAÇÃO Art. 14. TODA CONCESSÃO de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licita- ção, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao ins- trumento convocatório. Art. 15. No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios: I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser presta- do; II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder con- cedente pela outorga da concessão; III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos in- cisos I, II e VII; IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor técnica; VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão com o demelhor técnica; ou VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após qua- lificação de propostas técnicas. § 1o A aplicação do critério previsto no inciso III SÓ será ad- mitida quando previamente estabelecida no edital de licita- ção, inclusive com regras e fórmulas precisas para avaliação econômico-financeira. § 2o Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, VI e VII, o edital de licitação conterá parâmetros e exigências para for- mulação de propostas técnicas. § 3o O poder concedente recusará propostas manifesta- mente inexequíveis ou financeiramente incompatíveis com os objetivos da licitação. § 4o Em igualdade de condições, será dada preferência à proposta apresentada por empresa brasileira. Art. 16. A outorga de concessão ou permissão NÃO TERÁ CARÁTER DE EXCLUSIVIDADE, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5o desta Lei. Art. 17. Considerar-se-á desclassificada a proposta que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que não estejam previamente autorizados em lei e à disposição de todos os concorrentes. § 1o Considerar-se-á, também, desclassificada a proposta de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do poder concedente que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios do poder público controlador da referi- da entidade. § 2o Inclui-se nas vantagens ou subsídios de que trata este artigo, qualquer tipo de tratamento tributário diferenciado, ainda que em consequência da natureza jurídica do licitante, que comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer entre to- dos os concorrentes. Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder con- cedente, observados, no que couber, os critérios e as normas ge- rais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente: I - o objeto, metas e prazo da concessão; II - a descrição das condições necessárias à prestação ade- quada do serviço; III - os prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e assinatura do contrato; IV - prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos inte- ressados, os dados, estudos e projetos necessários à elaboração dos orçamentos e apresentação das propostas; V - os critérios e a relação dos documentos exigidos para a aferição da capacidade técnica, da idoneidade financeira e da re- gularidade jurídica e fiscal; VI - as possíveis fontes de receitas alternativas, complemen- tares ou acessórias, bem como as provenientes de projetos asso- ciados; VII - os direitos e obrigações do poder concedente e da con- cessionária em relação a alterações e expansões a serem realiza- das no futuro, para garantir a continuidade da prestação do servi- ço; VIII - os critérios de reajuste e revisão da tarifa; IX - os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros a serem utilizados no julgamento técnico e econômico-financeiro da pro- posta; X - a indicação dos bens reversíveis; XI - as características dos bens reversíveis e as condições em que estes serão postos à disposição, nos casos em que houver sido extinta a concessão anterior; TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 6 XII - a expressa indicação do responsável pelo ônus das de- sapropriações necessárias à execução do serviço ou da obra pú- blica, ou para a instituição de servidão administrativa; XIII - as condições de liderança da empresa responsável, na hipótese em que for permitida a participação de empresas em consórcio; XIV - nos casos de concessão, a minuta do respectivo contra- to, que conterá as cláusulas essenciais referidas no art. 23 desta Lei, quando aplicáveis; XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena ca- racterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte es- pecífica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra; XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de ade- são a ser firmado. Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que: I - encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os docu- mentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital; II - verificado o atendimento das exigências do edital, o lici- tante será declarado vencedor; III - inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisa- dos os documentos habilitatórios do licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições fixadas no edital; IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele ofertadas. Art. 19. Quando permitida, na licitação, a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas: I - comprovação de compromisso, público ou particular, de constituição de consórcio, subscrito pelas consorciadas; II - indicação da empresa responsável pelo consórcio; III - apresentação dos documentos exigidos nos incisos V e XIII do artigo anterior, por parte de cada consorciada; IV - impedimento de participação de empresas consorcia- das na mesma licitação, por intermédio de mais de um con- sórcio ou isoladamente. § 1o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e registro do con- sórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste ar- tigo. § 2o A empresa líder do consórcio é a responsável perante o poder concedente pelo cumprimento do contrato de concessão, sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais consorcia- das. Art. 20. É facultado ao poder concedente, desde que pre- visto no edital, no interesse do serviço a ser concedido, determi- nar que o licitante vencedor, no caso de consórcio, se constitua em empresa antes da celebração do contrato. Art. 21. Os estudos, investigações, levantamentos, projetos, obras e despesas ou investimentos já efetuados, vinculados à concessão, de utilidade para a licitação, realizados pelo poder concedente ou com a sua autorização, estarão à disposição dos interessados, devendo o vencedor da licitação ressarcir os dispên- dios correspondentes, especificados no edital. Art. 22. É assegurada a qualquer pessoa a obtenção de certi- dão sobre atos, contratos, decisões ou pareceres relativos à licita- ção ou às próprias concessões. Capítulo VI DO CONTRATO DE CONCESSÃO Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas: I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão; II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço; III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros defini- dores da qualidade do serviço; IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas; V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis neces- sidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações; VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utili- zação do serviço; VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamen- tos, dos métodos e práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la; VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma de aplicação;IX - aos casos de extinção da concessão; X - aos bens reversíveis; XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessionária, quando for o caso; XII - às condições para prorrogação do contrato; XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder concedente; XIV - à exigência da publicação de demonstrações financei- ras periódicas da concessionária; e XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergên- cias contratuais. Parágrafo único. Os contratos relativos à concessão de servi- ço público precedido da execução de obra pública deverão, adici- onalmente: I - estipular os cronogramas físico-financeiros de execução das obras vinculadas à concessão; e II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária, das obrigações relativas às obras vinculadas à concessão. Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o empre- go de mecanismos privados para resolução de disputas decor- rentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos cau- sados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 7 a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou ate- nue essa responsabilidade. § 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o de- senvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complemen- tares ao serviço concedido, bem como a implementação de proje- tos associados. § 2o Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros a que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder concedente. § 3o A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o cumprimento das normas regulamentares da moda- lidade do serviço concedido. Art. 26. É ADMITIDA A SUBCONCESSÃO, nos termos pre- vistos no contrato de concessão, desde que expressamente au- torizada pelo poder concedente. § 1o A outorga de subconcessão será SEMPRE precedida de concorrência. § 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconces- são. Art. 27. A transferência de concessão ou do controle soci- etário da concessionária sem prévia anuência do poder conce- dente IMPLICARÁ A CADUCIDADE da concessão. § 1o Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput deste artigo, o pretendente deverá: I - atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço; e II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor. Art. 27-A. Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder concedente autorizará a assunção do controle ou da administração temporária da concessionária por seus financia- dores e garantidores com quem não mantenha vínculo societário direto, para promover sua reestruturação financeira e assegu- rar a continuidade da prestação dos serviços. § 1o Na hipótese prevista no caput, o poder concedente exigirá dos financiadores e dos garantidores que atendam às exigências de regularidade jurídica e fiscal, podendo alterar ou dispensar os demais requisitos previstos no inciso I do parágrafo único do art. 27. § 2o A assunção do controle ou da administração temporária autorizadas na forma do caput deste artigo NÃO ALTERARÁ AS OBRIGAÇÕES da concessionária e de seus controladores para com terceiros, poder concedente e usuários dos serviços públicos. § 3o Configura-se o controle da concessionária, para os fins dispostos no caput deste artigo, a propriedade resolúvel de ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que atendam os requisitos do art. 116 da Lei no 6.404, de 15 de de- zembro de 1976. § 4o Configura-se a administração temporária da concessioná- ria por seus financiadores e garantidores quando, sem a transfe- rência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados os seguintes poderes: I - indicar os membros do Conselho de Administração, a serem eleitos em Assembleia Geral pelos acionistas, nas sociedades regi- das pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou administrado- res, a serem eleitos pelos quotistas, nas demais sociedades; II - indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos pe- los acionistas ou quotistas controladores em Assembleia Geral; III - exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas ou quotistas da concessionária, que repre- sentem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos no caput deste artigo; IV - outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste artigo. § 5o A administração temporária autorizada na forma deste ar- tigo NÃO ACARRETARÁ RESPONSABILIDADE aos financiado- res e garantidores em relação à tributação, encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder concedente ou empregados. § 6o O Poder Concedente disciplinará sobre o prazo da adminis- tração temporária. Art. 28. Nos contratos de financiamento, as concessioná- rias poderão oferecer em garantia os direitos emergentes da concessão, até o limite que não comprometa a operacionalização e a continuidade da prestação do serviço. Art. 28-A. Para garantir contratos de mútuo de longo pra- zo, destinados a investimentos relacionados a contratos de con- cessão, em qualquer de suas modalidades, as concessionárias poderão ceder ao mutuante, em caráter fiduciário, parcela de seus créditos operacionais futuros, observadas as seguintes condições: I - o contrato de cessão dos créditos deverá ser registra- do em Cartório de Títulos e Documentos para ter eficácia pe- rante terceiros; II - sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste arti- go, a cessão do crédito não terá eficácia em relação ao Poder Público concedente senão quando for este formalmente noti- ficado; III - os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo se- rão constituídos sob a titularidade do mutuante, independente- mente de qualquer formalidade adicional; IV - o mutuante poderá indicar instituição financeira para efetuar a cobrança e receber os pagamentos dos créditos cedidos ou permitir que a concessionária o faça, na qualidade de repre- sentante e depositária; V - na hipótese de ter sido indicada instituição financeira, conforme previsto no inciso IV do caput deste artigo, fica a con- cessionária obrigada a apresentar a essa os créditos para cobran- ça; VI - os pagamentos dos créditos cedidos deverão ser depo- sitados pela concessionária ou pela instituição encarregada da co- brança em conta corrente bancária vinculada ao contrato de mú- tuo; VII - a instituição financeira depositária deverá transferir os valores recebidos ao mutuante à medida que as obrigações do contrato de mútuo tornarem-se exigíveis; e VIII - o contrato de cessão disporá sobre a devolução à con- cessionária dos recursos excedentes, sendo vedada a retenção do saldo após o adimplemento integral do contrato. TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 8 Parágrafo único. Para os fins deste artigo, serão considera- dos contratos de longo prazo aqueles cujas obrigações tenham prazo médio de vencimento superior a 5 anos. Capítulo VII DOS ENCARGOS DO PODER CONCEDENTE Art. 29. Incumbe ao poder concedente: I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanen- temente a sua prestação; II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais; III - intervirna prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei; IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato; V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato; VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da concessão; VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão cientifi- cados, em até trinta dias, das providências tomadas; VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à exe- cução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropria- ções, diretamente ou mediante outorga de poderes à conces- sionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas in- denizações cabíveis; IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, pre- servação do meio-ambiente e conservação; XI - incentivar a competitividade; e XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço. Art. 30. No exercício da fiscalização, o poder concedente terá acesso aos dados relativos à administração, contabilidade, recur- sos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária. Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por inter- médio de órgão técnico do poder concedente ou por entidade com ele conveniada, e, periodicamente, conforme previsto em norma regulamentar, por comissão composta de representantes do poder concedente, da concessionária e dos usuários. Capítulo VIII DOS ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA Art. 31. Incumbe à concessionária: I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no contrato; II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vincula- dos à concessão; III - prestar contas da gestão do serviço ao poder conceden- te e aos usuários, nos termos definidos no contrato; IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláu- sulas contratuais da concessão; V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações inte- grantes do serviço, bem como a seus registros contábeis; VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato; VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los adequadamente; e VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessá- rios à prestação do serviço. Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessionária serão regidas pelas disposições de di- reito privado e pela legislação trabalhista, não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessi- onária e o poder concedente. Capítulo IX DA INTERVENÇÃO Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regula- mentares e legais pertinentes. Parágrafo único. A intervenção FAR-SE-Á POR DECRETO do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente de- verá, no prazo de 30 dias, instaurar procedimento administra- tivo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa. § 1o Se ficar comprovado que a intervenção não obser- vou os pressupostos legais e regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização. § 2o O procedimento administrativo a que se refere o ca- put deste artigo deverá ser concluído no prazo de até 180 dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção. Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a conces- são, a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que respon- derá pelos atos praticados durante a sua gestão. Capítulo X DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO Art. 35. Extingue-se a concessão por: I - advento do termo contratual; II - ENCAMPAÇÃO; III - CADUCIDADE; IV - rescisão; V - anulação; e VI - falência ou extinção da empresa concessionária e fa- lecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa indi- vidual. § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato. § 2o Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos levanta- mentos, avaliações e liquidações necessários. TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 9 § 3o A assunção do serviço autoriza a ocupação das insta- lações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis. § 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o po- der concedente, antecipando-se à extinção da concessão, proce- derá aos levantamentos e avaliações necessários à determinação dos montantes da indenização que será devida à concessionária, na forma dos arts. 36 e 37 desta Lei. Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se- á com a indenização das parcelas dos investimentos vincula- dos a bens reversíveis, ainda não amortizados ou deprecia- dos, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. Art. 37. Considera-se ENCAMPAÇÃO a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, POR MOTIVO DE INTERESSE PÚBLICO, mediante lei autorizativa es- pecífica e APÓS PRÉVIO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO, na forma do artigo anterior. Art. 38. A INEXECUÇÃO total ou parcial do contrato acar- retará, a critério do poder concedente, a declaração de CADUCI- DADE da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, res- peitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas con- vencionadas entre as partes. § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço; II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à conces- são; III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior; IV - a concessionária perder as condições econômicas, téc- nicas ou operacionais para manter a adequada prestação do ser- viço concedido; V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos; VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço ; e VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 dias, apresentar a documentação re- lativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 § 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processoadministrativo, assegurado o direito de ampla de- fesa. § 3o Não será instaurado processo administrativo de ina- dimplência antes de comunicados à concessionária, detalha- damente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais. § 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a CADUCIDADE será DECLARADA POR DECRETO do poder concedente, INDEPENDENTEMENTE DE INDENIZA- ÇÃO PRÉVIA, calculada no decurso do processo. § 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, desconta- do o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária. § 6o Declarada a caducidade, NÃO RESULTARÁ para o po- der concedente QUALQUER espécie de RESPONSABILIDADE em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária. ENCAMPAÇÃO CADUCIDADE Retomada durante o prazo da concessão, por motivo de in- teresse público Inexecução total ou parcial do contrato Mediante lei autorizativa específica Declarada por decreto Prévio pagamento da indenização Independentemente de Indenização prévia Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação ju- dicial especialmente intentada para esse fim. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser in- terrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado. Capítulo XI DAS PERMISSÕES Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante CONTRATO DE ADESÃO, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente. Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei. Capítulo XII DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 41. O disposto nesta Lei não se aplica à concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sono- ra e de sons e imagens. Art. 42. As concessões de serviço público outorgadas anteri- ormente à entrada em vigor desta Lei consideram-se válidas pelo prazo fixado no contrato ou no ato de outorga, observado o dis- posto no art. 43 desta Lei. § 1o Vencido o prazo mencionado no contrato ou ato de ou- torga, o serviço poderá ser prestado por órgão ou entidade do poder concedente, ou delegado a terceiros, mediante novo con- trato. § 2o As concessões em caráter precário, as que estiverem com prazo vencido e as que estiverem em vigor por prazo in- determinado, inclusive por força de legislação anterior, per- TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 10 manecerão válidas pelo prazo necessário à realização dos le- vantamentos e avaliações indispensáveis à organização das li- citações que precederão a outorga das concessões que as substituirão, prazo esse que não será inferior a 24 meses. § 3º As concessões a que se refere o § 2o deste artigo, inclu- sive as que não possuam instrumento que as formalize ou que possuam cláusula que preveja prorrogação, terão validade máxi- ma até o dia 31 de dezembro de 2010, desde que, até o dia 30 de junho de 2009, tenham sido cumpridas, cumulativamente, as se- guintes condições: I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos ele- mentos físicos constituintes da infra-estrutura de bens reversíveis e dos dados financeiros, contábeis e comerciais relativos à presta- ção dos serviços, em dimensão necessária e suficiente para a rea- lização do cálculo de eventual indenização relativa aos investi- mentos ainda não amortizados pelas receitas emergentes da con- cessão, observadas as disposições legais e contratuais que regula- vam a prestação do serviço ou a ela aplicáveis nos 20 anos anteri- ores ao da publicação desta Lei; II - celebração de acordo entre o poder concedente e o con- cessionário sobre os critérios e a forma de indenização de eventu- ais créditos remanescentes de investimentos ainda não amortiza- dos ou depreciados, apurados a partir dos levantamentos referi- dos no inciso I deste parágrafo e auditados por instituição especi- alizada escolhida de comum acordo pelas partes; e III - publicação na imprensa oficial de ato formal de autori- dade do poder concedente, autorizando a prestação precária dos serviços por prazo de até 6 meses, renovável até 31 de dezembro de 2008, mediante comprovação do cumprimento do disposto nos incisos I e II deste parágrafo. § 4o Não ocorrendo o acordo previsto no inciso II do § 3o deste artigo, o cálculo da indenização de investimentos será feito com base nos critérios previstos no instrumento de concessão an- tes celebrado ou, na omissão deste, por avaliação de seu valor econômico ou reavaliação patrimonial, depreciação e amortização de ativos imobilizados definidos pelas legislações fiscal e das so- ciedades por ações, efetuada por empresa de auditoria indepen- dente escolhida de comum acordo pelas partes. § 5o No caso do § 4o deste artigo, o pagamento de eventual indenização será realizado, mediante garantia real, por meio de 4 parcelas anuais, iguais e sucessivas, da parte ainda não amortiza- da de investimentos e de outras indenizações relacionadas à pres- tação dos serviços, realizados com capital próprio do concessio- nário ou de seu controlador, ou originários de operações de fi- nanciamento, ou obtidos mediante emissão de ações, debêntures e outros títulos mobiliários, com a primeira parcela paga até o úl- timo dia útil do exercício financeiro em que ocorrer a reversão. § 6o Ocorrendo acordo, poderá a indenização de que trata o § 5o deste artigo ser paga mediante receitas de novo contrato que venha a disciplinar a prestação do serviço. Art. 43. Ficam extintas todas as concessões de serviços públicos outorgadas sem licitação na vigência da Constituição de 1988. Parágrafo único. Ficam também extintas todas as conces- sões outorgadas sem licitação anteriormente à Constituição de 1988, cujas obras ou serviços não tenham sido iniciados ou que se encontrem paralisados quando da entrada em vigor desta Lei. Art. 44. As concessionárias que tiverem obras que se encon- trem atrasadas, na data da publicação desta Lei, apresentarão ao poder concedente, dentro de 180 dias, plano efetivo de conclu- são das obras. Parágrafo único. Caso a concessionária não apresente o pla- no a que se refere este artigo ou se este plano não oferecer con- dições efetivas para o término da obra, o poder concedente po- derá declarar extinta a concessão, relativa a essa obra. Art. 45. Nas hipóteses de que tratam os arts. 43 e 44 desta Lei, o poder concedente indenizará as obras e serviços realizados somente no caso e com os recursos da nova licitação. Parágrafo único. A licitação de que trata o caput deste artigo deverá, obrigatoriamente, levar em conta, para fins de avaliação, o estágio das obras paralisadas ou atrasadas, de modo a permitir a utilização do critério de julgamento estabelecido no inciso III do art. 15 desta Lei. JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ EDIÇÃO N. 13: CORTE NO FORNECIMENTO DE SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS 1) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação. 2) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de notificação. 3) É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando puder afetar o direito à saúde e à integridade física do usuário. 4) É legítimo o corte no fornecimentode serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população. 5) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente unidade de saúde, uma vez que prevalecem os interesses de proteção à vida e à saúde. 6) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando a inadimplência do usuário decorrer de débitos pretéritos, uma vez que a interrupção pressupõe o inadimplemento de conta regular, relativa ao mês do consumo. 7) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por débitos de usuário anterior, em razão da natureza pessoal da dívida. 8) É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica em razão de débito irrisório, por configurar abuso de direito e ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sendo cabível a indenização ao consumidor por danos morais. 9) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando o débito decorrer de irregularidade no hidrômetro ou no medidor de energia elétrica, apurada unilateralmente pela concessionária. 10) O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre outra unidade de consumo do usuário inadimplente. TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 11 TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 12 ______Lei 9784/99____________Lei 9784/99______ Proçesso Administrativo CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo ad- ministrativo no âmbito da Administração Federal direta e indire- ta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administra- dos e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desem- penho de função administrativa. § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, RAZOABILI- DADE, PROPORCIONALIDADE, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiên- cia. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito (princípio da juridicidade); II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autoriza- ção em lei; III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que deter- minarem a decisão; VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos di- reitos dos administrados; IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar ade- quado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de ale- gações finais, à produção de provas e à interposição de recur- sos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situa- ções de litígio; XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalva- das as previstas em lei; XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuí- zo da atuação dos interessados; XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, VEDADA APLICAÇÃO RETROATIVA de nova interpretação. CAPÍTULO II DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Admi- nistração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões pro- feridas; III - formular alegações e apresentar documentos antes da deci- são, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competen- te; IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. CAPÍTULO III DOS DEVERES DO ADMINISTRADO Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário; IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. CAPÍTULO IV DO INÍCIO DO PROCESSO Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por es- crito e conter os seguintes dados: I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; II - identificação do interessado ou de quem o represente; III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comu- nicações; IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que impor- tem pretensões equivalentes. Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser for- mulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 13 CAPÍTULO V DOS INTERESSADOS Art. 9o São legitimados como interessados no processo admi- nistrativo: I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser ado- tada; III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quan- to a direitos ou interesses difusos. Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 anos, ressalvada previsão especial em ato norma- tivo próprio. CAPÍTULO VI DA COMPETÊNCIA Art. 11. A competência é IRRENUNCIÁVEL e se exerce pelos ór- gãos administrativos a que foi atribuída como própria, SALVO os casos de DELEGAÇÃO e AVOCAÇÃO legalmente admitidos. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, DELEGAR parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, AINDA QUE ESTES NÃO LHE SE- JAM HIERARQUICAMENTE SUBORDINADOS, quando for con- veniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à de- legação de competência dos órgãos colegiados aos respectivospresidentes. Art. 13. NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autorida- de. Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publica- dos no meio oficial. § 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter res- salva de exercício da atribuição delegada. § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela au- toridade delegante. § 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a AVOCAÇÃO temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO Independe de hierarquia Órgão hierarquicamente inferior Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publica- mente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especi- al. Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo ad- ministrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. CAPÍTULO VII DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servi- dor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, teste- munha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o 3° grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o in- teressado ou respectivo cônjuge ou companheiro. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimen- to constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, pa- rentes e afins até o 3° grau. Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, SEM EFEITO SUSPENSIVO. CAPÍTULO VIII DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. § 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. § 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. § 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencial- mente e rubricadas. Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual trami- tar o processo. Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Adminis- tração. Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 14 dele participem devem ser praticados no prazo de 5 dias, salvo motivo de força maior. Parágrafo único. O prazo de 5 dias pode ser dilatado até o do- bro, mediante comprovada justificação. Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmen- te na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização. CAPÍTULO IX DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciên- cia de decisão ou a efetivação de diligências. § 1o A intimação deverá conter: I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade admi- nistrativa; II - finalidade da intimação; III - data, hora e local em que deve comparecer; IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se re- presentar; V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. § 2o A intimação observará a antecedência mínima de 3 dias úteis quanto à data de comparecimento. § 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. § 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. § 5o As intimações serão NULAS quando feitas sem observân- cia das prescrições legais, mas o comparecimento do adminis- trado supre sua falta ou irregularidade. Art. 27. O desatendimento da intimação NÃO IMPORTA o re- conhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado. Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. CAPÍTULO X DA INSTRUÇÃO Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e com- provar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo pro- cesso, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atua- ções probatórias. § 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do processo. § 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de inte- resse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho mo- tivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. § 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pe- los meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alega- ções escritas. § 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que pode- rá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais. Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, dian- te da relevância da questão, poderá ser realizada audiência públi- ca para debates sobre a matéria do processo. Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria rele- vante, poderão estabelecer outros meios de participação de ad- ministrados, diretamente ou por meio de organizações e associa- ções legalmente reconhecidas. Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realiza- da em reunião conjunta, com a participação de titulares ou repre- sentantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha ale- gado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei. Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registradosem documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da toma- da da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligên- cias e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. § 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão. § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão funda- mentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serão ex- pedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento. TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 15 Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão. Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo. Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 3 dias úteis, mencio- nando-se data, hora e local de realização. Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. § 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emi- tido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. § 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabili- dade de quem se omitiu no atendimento. Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser pre- viamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e es- tes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão res- ponsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes. Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de ma- nifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública pode- rá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a pré- via manifestação do interessado. Durante o processo administrativo instaurado para apurar a legalidade de determinada gratificação, a Administração Pública pode determinar, com fundamento no poder cautelar previsto no art. 45 da Lei nº 9.784/1999, a suspensão do pagamento da verba impugnada até a decisão definitiva do órgão sobre a sua validade no âmbito do procedimento aberto. STF. 2ª Turma. RMS 31973/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 25/2/2014 (Info 737). Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a ob- ter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de de- cisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à au- toridade competente. CAPÍTULO XI DO DEVER DE DECIDIR Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou re- clamações, em matéria de sua competência. Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Ad- ministração tem o prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. CAPÍTULO XII DA MOTIVAÇÃO Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com in- dicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou sele- ção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo lici- tatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios ofi- ciais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalida- ção de ato administrativo. § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, po- dendo consistir em declaração de concordância com funda- mentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato (funda- mentação aliunde) § 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das deci- sões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessa- dos. § 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escri- to. CAPÍTULO XIII DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. § 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atin- ge somente quem a tenha formulado. § 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Adminis- tração considerar que o interesse público assim o exige. Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. CAPÍTULO XIV DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 16 de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos ad- quiridos. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administra- tivos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários de- cai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de de- cadência contar-se-á da percepção do 1° pagamento. § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Qual o prazo de que dispõe a Administração Pública federal para anular um ato administrativo ilegal? Regra 5 anos, contados da data em que o ato foi praticado. Exceção 1 Em caso de má-fé. Se ficar comprovada a má-fé, não haverá prazo, ou seja, a Administração Pública poderá anular o ato administrativo mesmo que já tenha se passado mais de 5 anos. Exceção 2 Em caso de afronta direta à Constituição Federal. O prazo decadencial de 5 anos do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. Trata-se de exceção construída pela jurisprudência do STF. Não há previsão na lei desta exceção 2. STF. Plenário. MS 26860/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2/4/2014 (Info 741). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível a aplicação, por analogia integrativa, do prazo decadencial de 5 anos previsto na Lei do processo administrativo federal para Estados e Municípios que não tiverem leis sobre o tema. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurispru-dencia/detalhes/92650b2e92217715fe312e6fa7b90d82> Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. SÚMULAS SOBRE PRESCRIÇÃO STF Súmula 383-STF: A prescrição em favor da Fazenda Pública re- começa a correr, por 2 anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de 5 anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo. Súmula 443-STF: A prescrição das prestações anteriores ao pe- ríodo previsto em lei não ocorre, quando não tiver sido nega- do, antes daquele prazo, o próprio direito reclamado, ou a situa- ção jurídica de que ele resulta. STJ Súmula 85-STJ: Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação. CAPÍTULO XV DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de ra- zões de legalidade e de mérito. § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a deci- são, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o enca- minhará à autoridade superior. § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrati- vo independe de caução. § 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contra- ria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade pro- latora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as ra- zões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, confor- me o caso. Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no pro- cesso; II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. § 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso adminis- trativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. § 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser pror- rogado por igual período, ante justificativa explícita. Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexa- me, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou in- certa reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele co- nhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações. Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: I - fora do prazo; II - perante órgão incompetente; III - por quem não seja legitimado; TATIANA RIBEIRO - 136.252.027-60 17 IV - após exaurida a esfera administrativa. § 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autori- dade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. § 2o O não conhecimento do recurso NÃO IMPEDE a Adminis- tração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmen- te, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cienti- ficado para que formule suas alegações antes da decisão. Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmu- la vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explici- tará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se- á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabili- zação pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofí- cio, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Parágrafo único. Da revisão do processo NÃO PODERÁ RESUL- TAR AGRAVAMENTO DA SANÇÃO (PROIBIÇÃO REFORMATI- ON IN PEJUS) CAPÍTULO XVI DOS PRAZOS Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cienti- ficação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento (-C+F) § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver ex- pediente ou este for encerrado antes da hora normal. § 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. § 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais NÃO SE SUSPENDEM. CAPÍTULO XVII DAS SANÇÕES Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competen- te, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. CAPÍTULO XVIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a re- ger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei. Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: I - pessoa com idade igual ou superior a 60 anos; II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, ne- oplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilo- sante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radia- ção, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. § 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade adminis- trativa competente, que determinará as providências a serem cumpridas. § 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação pró- pria que evidencie o regime de tramitação prioritária. SÚMULAS SOBRE PROCESSO ADMINISTRATIVO STF Súmula vinculante 21-STF: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para ad- missibilidade de recurso administrativo. STJ Súmula 312-STJ: No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são necessárias as notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração. Súmula 373-STJ: É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo. Súmula: 434-STJ: O pagamento da multa
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